Vous êtes sur la page 1sur 7

Direito processual penal I

Direito processual penal é o corpo de normas jurídicas cuja finalidades é regular o modo os
meios e os órgãos encarregados de punir do Estado, exercido pelo poder judiciário incumbido
de aplicar a lei ao caso concreto

Deve estar em consonância com a CF, e os direitos e garantias fundamentais

Princípios:

 Dignidade da pessoa humana


 Devido processo legal: legalidade, assegura uma justa punição
 Presunção de inocência: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado
de sentença penal condenatória
 Motivação das decisões judiciais : o juiz tem que enfrentar todas as provas do processo
para sua sentença não ser nula
 Vedação da revisão pro societare: não há revisão a favor da acusação, só há revisão pro
reo
 Prevalência in dúbio pro reo: em caso de dúvida deve prevalecer o interesse do réu
 Imunidade a autoacusacao: Nemo tenetur se detegere ninguém é obrigado a produzir
prova contra si mesmo
 Ampla defesa: o réu deve ter a mais vasta possibilidade de provar sua inocência
 Contraditório: a parte tem direito de ter conhecimento das alegações feitas pela outra
parte e contraria-las
 Juiz natural e imparcial: previamente constituído por lei
 Razoável duração do processo
 Iniciativa das partes: cabe ao MP e excepcionalmente as partes a iniciativa da ação penal
 Publicidade dos atos: regra
 Vedação das provas ilícitas: *provas ilícitas por derivação também são inadmissíveis
 Economia processual
 Duplo grau de jurisdição
 Vedação do duplo processo pelo mesmo faro bis in idem

Sistemas do processo penal

1- Sistema inquisitivo: concentração de poder nas mãos do julgador, que exerce também
a função de acusador, o juiz é parcial, a confissão do réu é essencial, não há debates
orais, o processo é sigiloso , há ausência do contrário
2- Sistema acusatório: há uma separação entre o órgão julgador e acusador, juiz imparcial,
ampla defesa e isonomia entre as partes, publicidade dos atos, há contraditório, é livre
a produção de provas , a liberdade do reú é a regra
3- Sistema misto: divisão dos processos em duas fases: a instrução preliminar(inquérito
policial) com elementos do sistema inquisitivo; e a fase de julgamento com
predominância do sistema acusatório

*O sistema adotado pelo Brasil é o misto (CF+CPP)

Fontes do processo penal

 Fontes materiais: União, Estados


 Fontes formais: costumes, lei, princípio gerais do direitos, analogia, tratados e
convenções

*Interpretação: é a extração do real conteúdo da norma, buscando dar sentido lógico a


sua aplicação

Aplicação da lei processual penal no espaço

*Princípio da territorialidade: aplicação da lei processual penal brasileira a todo delito ocorrido
em territórios nacional - art 1° CPP

Há casos que afastam a aplicação da lei processual penal: convenções, tratados e regras de
direito internacional. Ex: convenção de Viena. É o que ocorrem com os diplomatas que possuem
imunidade em territórios nacional quando estiverem a serviço de seu país de origem , tem
imunidade absoluta. Também acontece com o Consul que tem imunidade relativa, que é imune
desde que comerá infração pertinente ao exercício de suas funções e no território do seu
consulado.

Outros casos que afastam a aplicação da lei processual penal: processos de competência da
justiça militar e prerrogativas CONSTITUCIONAIS do presidente da República, dos.ministorso no
caso de crimes de responsabilidade- julgado pelo legislativo

O Brasil se submete a jurisdição do tribunal penal internacional – também afasta a aplicação da


lei processual penal brasileira, que mesmo que o delito tenha sido cometido no Brasil havendo
interesse do TPI podemos entregar o agente a jurisdição deles

Tratado x direito interno: Segundo a jurisprudência do STF o tratado situa-se acima das leis e
abaixo da CF

Aplicação da lei processual penal no tempo

Aplica-se a lei processual penal tão logo entre em vigor-> passa a valer imediatamente colhendo
processos em pleno desenvolvimento mas não afeta atos realizados sob a vigência de lei
anterior.

A aplicação da nova lei processual penal faz-se de imediato

Exceção: quanto ao transcurso do prazo já iniciado que ocorre pela lei anterior-> o prazo já
iniciado , será regulado pela lei anterior se está não prescrever prazo menor do que o fixado

*Normas processuais penais materiais: são aquelas que tem forte conteúdo de direito penal =
CP + CPP = material + processual. Há a aplicação da lei penal no tempo, ou seja, no caso de
matérias de direito material e processual, a lei pode retroagir para beneficiar o réu

Inquérito Policial

inquérito policial é um procedimento preparatório da ação penal de caráter administrativo


conduzido pela polícia judiciária e voltado a colheita preliminar de provas para apurar a prática
de uma infração penal e sua autoria

o inquérito policial consiste em todas as diligências necessárias para o descobrimento dos fatos
criminosos e suas circunstâncias e de seus autores devendo ser conduzida um instrumento
escrito

É função da polícia judiciária-> polícia federal e civil


Ou seja sua finalidade é a investigação do crime e a descoberta de seu autor, para fornecer
elementos para o titular da ação penal promovê-la em juízo

O titular da ação penal pode ser o ministério público ou particular

Destinatário direto do inquérito: MP/ particular

Destinatário indireto do que INQUÉRITO: juiz

*Existem outras formas de investigação legalmente previstas com uma CPI

Modos de dar início a um inquérito: 1. De ofício: quando a autoridade policial toma


conhecimento da prática de uma infração penal pública incondicionada. 2. por provocação do
ofendido: quando a pessoa que teve o bem jurídico lesado reclama a atuação da autoridade.
3.por delação de terceiro: quando qualquer pessoa do povo leva ao conhecimento da
autoridade a infração. 4. Por requisição da autoridade competente: exemplo juiz ou MP (é
uma.ordem). 5. Pela lavratura do auto de prisão em flagrante

Ação penal pública condicionada x ação penal pública incondicionada

ação penal pública condicionada somente se procede mediante representação ou


autorização/requisição

ação penal pública incondicionada o ministério público pode agir sem qualquer tipo de
autorização

Ação penal privada somente se procede mediante queixa feita pelo particular

ação penal pública condicionada e ação privada o inquérito só pode se iniciar mediante
provocação do ofendido ou do ministério Público se tiver autorização

Notitia criminis: é a ciência da autoridade policial da ocorrência de um fato criminoso. É a forma


da autoridade policial tomar conhecimento da prática de uma infração penal

Delatio criminis: é a comunicação feita por qualquer pessoa do povo a autoridade policial acerca
de uma infração penal

recusa da autoridade policial a instauração do inquérito quando o oferecido requerimento do


ofendido e a questão de denúncia anônima-> caso a autoridade policial se recusa a instaurar um
inquérito que foi requerido pelo ofendido ou por denúncia anônima cabe recurso ao chefe da
polícia

Chefe da polícia: delegado geral da polícia ou secretário de segurança Pública

*O anonimato é uma forma inadimissível insuficiente para instauração de inquérito- STF :


impossível a instauração de inquérito com base única e exclusivamente em uma denúncia
anônima, mas pode haver uma investigação informal

Quando a notícia criminis chega ao conhecimento do delegado ele deve dirigir-se ao local
aprender os objetos que tiverem relação com o fato colher todas as provas ouvir o ofendido
ouvir o indiciado proceder ao reconhecimento de pessoas determinar corpo de delito etc

O indiciamento

O indiciamento é um ato administrativo de convencimento pessoal da autoridade policial


Requisitos para o indiciamento: materialidade, se houve crime e indícios suficientes de autoria

Indiciado é a pessoa eleita pelo Estado como autora da infração penal, pelos indícios colhidos
no inquérito policial

a pessoa é suspeita da prática da infração penal passa a figurar como indiciada a contar do
instante em que no inquérito policial instaurado se verificou a probabilidade de ser um agente
do crime

- cabe HC

O indiciamento é ato exclusivo da autoridade policial

Indiciado é diferente se suspeito e diferente de réu

O indiciamento é um ato constrangedor: pois provoca anotação na folha de antecedentes e fica


nos registros policiais

O indiciamento não vincula o MP ou o juiz que podem decidir contrariamente a ele

A unilateralidade das investigações preparatórias da ação penal não autoriza a polícia judiciária
a desrespeitar as garantias judiciárias que assistem ao indiciado que não pode ser considerado
um mero objeto de investigação

O indiciado é sujeito de direitos e dispõe de garantias legais e constitucionais. exemplo tem


direito ao silêncio merece ter sua integridade física etc

Tendo em vista o princípio de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo o da
presunção de inocência e o direito ao silêncio o interrogatório deve ser realizado somente os
investigado desejar colaborar

A identificação criminal é a individualização física do indicado para que não se confunda com
outra pessoa por meio da colheita de impressões digitais mais fotografia

A a constituição diz que não será submetido a investigação criminal se tiver só identificação civil
apta

Reconstituição do crime pode ser uma fonte de prova importante, a simulação é feita utilizando
o réu a vítima e outras pessoas convidadas apresentando fotos e esquemas a elas para que as
autoridades possam reformar suas convicções. *O réu não é obrigado a participar da
reconstituição do crime

É verdade a reconstituição de crimes que ofendam a moralidade e a ordem pública

Prazos para conclusão do inquérito são três de acordo com a regra geral de acordo com a lei de
drogas ou de acordo com o crime da justiça federal

Prazo para conclusão do inquérito regra geral: reu solto 30 dias réu preso 10 dias

Prazo para conclusão de inquérito segundo a lei de drogas 11.343: réu solto 90 dias réu preso
30 dias

Prazo para conclusão do inquérito em crimes com competência da justiça federal: 15 dias para
réu preso ou solto
Caso a autoridade policial entenda que ainda há diligências a serem realizadas ela poderá pedir
a prorrogação do prazo ao juiz porém se o réu tiver preso ele será solto

A contagem dos prazos inclui o primeiro dia e a data da prisão e exclui o dia final

Requisitos para decretação de prisão preventiva estão previstas no artigo 312 do CPP
abrangendo a prova da materialidade e indícios suficientes da autoria

os instrumentos do crime São todos os objetos utilizados pelo agente para cometer a infração
penal

Características do inquérito policial

 o inquérito é inquisitivo ou seja não permite ao indiciado a ampla oportunidade de


defesas
 O inquérito tem natureza sigilosa não submetido a publicidade. Entretanto ao advogado
não se pode negar acesso ao advogado
 O inquérito é um documento escrito
 Realizado pela polícia judiciária
 Inquérito tem natureza dispensável

Autoridade policial deve ao encerrar as investigações relatar tudo que foi feito na presidência
do inquérito de modo a apurar a materialidade e autoria da infração penal

a falta do relatório ocasiona mera irregularidade não tendo promotor ou juiz o poder de obrigar
a autoridade policial a concretizá-lo

O juiz ou MP podem decidir contrariamente ao inquérito

O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial

uma condenação judicial não pode ser exclusivamente fundamentada em elementos


probatórios colhidos na fase de investigação, ou seja o juiz não pode usar somente provas do
inquérito para condenar o réu, salvo as provas cautelares não repetíveis e antecipadas

provas não repetíveis são aquelas que não podem ser repetidas em momento posterior uma vez
que seu comprimento tem caráter definitivo exemplo exame de corpo de delito

Prova antecipada é aquela produzida em juízo sob o crivo do contraditório real e da ampla
defesa como medida cautelar preparatória para o processo penal

Prova cautelar e a realização de elemento probatório de forma prematura a instrução


jurisdicional exemplo busca e apreensão

Termo circunstanciado é um substituto do inquérito policial realizado pela polícia nos casos de
infração de menor potencial ofensivo

Somente decisão judicial poderá determinar o arquivamento do inquérito policial ou seja só o


juiz pode arquivar inquérito. O MP ou a polícia somente podem representar pelo arquivamento
ou seja pedir pelo arquivamento

Encerradas as investigações e remetidos os autos do inquérito ao MP há quatro providências


que o titular da ação pode tomar: 1. Oferecer denúncia 2 requerer a extinção da punibilidade 3
requerer o retorno dos autos à polícia judiciária 4 requerer o arquivamento
Se o MP , titular da ação optar pelo arquivamento do inquérito ele deverá remeter ao juiz que
poderá concordar e arquivar o inquérito ou discordar do arquivamento

Caso juiz discorde do arquivamento pedido pelo MP, ele deverá remeter ação ao procurador-
geral da justiça ( se tiver feição estadual) ou ao procurador-geral da República (se tiver feição
federal). O procurador poderá: 1- insistir no arquivamento (concordar com MP) nesse caso o juiz
arquiva inquérito; 2 ele mesmo denunciar; 3 designar outro membro do MP para denunciar
(esse outro promotor designado será um instrumento de concretização da vontade do
procurador-geral

Pelo habeas corpus a pessoa eleita pela autoridade policial como suspeita pode recorrer ao
judiciário para acessar o inquérito policial, quando se perceber nítido abuso na instauração
deste

A decisão que determina o arquivamento do inquérito não gera coisa julgada material podendo
ser revista a qualquer tempo inclusive porque novas provas podem surgir

arquivado inquérito policial por despacho do juiz a requerimento do promotor de justiça não
pode ação penal ser iniciada sem novas provas

se o arquivamento ocorrer com fundamento na atipicidade da conduta é possível gerar coisa


julgada material

CPI comissão parlamentar de inquérito- são criadas pela câmara dos deputados e o senado
federal mediante requerimento de um terço de seus membros para apuração de fato
determinado e por prazo certo, possuem poderes de investigação próprios das autoridades
judiciais (só não possuem poder para decretar busca e apreensão e interceptação telefônica). A
CPI só apura os fatos suas conclusões são encaminhadas para o MP para que ele promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores

RESUMO

O INQUÉRITO POLICIAL É UM PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO REALIZADO PELA POLÍCIA


JUDICIÁRIA PARA SERVIR DE SUSTENTAÇÃO A DENÚNCIA OU QUEIXA CONFERINDO JUSTA
CAUSA AÇÃO PENAL

TEM COMO FINALIDADE FORMAR A CONVICÇÃO DO ÓRGÃO ACUSATÓRIO MINISTÉRIO PÚBLICO


OU OFENDIDO E COLHER PROVAS URGENTES E PERECÍVEIS – apurar indícios suficientes de
autoria e ter certeza da materialidade

FUNDAMENTA-SE EM EVITAR ACUSAÇÕES LEVIANAS GARANTINDO A DIGNIDADE DA PESSOA


HUMANA BEM COMO AGILIZAR O TRABALHO DE ESTADO NA BUSCA DE PROVAS DA EXISTÊNCIA
DO CRIME E SEU AUTOR

É INQUISITIVO E SIGILOSO

Ação penal

Ação penal é o procedimento judicial iniciado pelo titular da ação quando há indícios de autoria
e de materialidade a fim de que o juiz declare procedente a pretensão punitiva e condeno o
autor da infração penal

Seu objetivo é a condenação


São condições da ação penal: 1 legitimidade da parte: na ação privada a vítima move ação, na
ação pública o MP move ação; 2 interesse de agir: são os indícios de autoria e de materialidade;
3 possibilidade jurídica do pedido: o pedido é sempre a imposição de uma sanção penal

Ação penal pode ser: 1. ação penal pública ou 2. ação penal privada

Ação penal pública se divide em condicionada (à representação) ou incondicionada

ação penal privada se divide em exclusiva ou subsidiária da ação pública

Ação penal pública incondicionada

Movida pelo MP que não precisa de autorização

É a regra geral, quando o crime nada disser sobre a ação

Princípio da obrigatoriedade: havendo pro as suficientes de autoria e inexistindo obstáculos para


sua atuação, o MP, é obrigado a oferecer denúncia

O indiciamento é feito se tiver: indícios suficientes de autoria + materialidade do fato

Princípio da indisponibilidade: o MP não pode desistir da ação penal

*Se o MP ao decorrer do processo mudar de ideia e achar que o réu é inocente não pode desistir
da ação mas pode pedir a absolvição – pq além de ser parte o MP é fiscal da lei – por ser fiscal
da lei o MP pode recorrer a sentença que de o réu como culpado, se achar a condenação injusta

Ação penal pública condicionada

Também segue os princípios da obrigatoriedade e indisponibilidade

Também é movida pelo MP, mas condicionada a representação

Há um requisito de procedibilidade: 1- a representação do ofendido ; 2- requisição do ministro


da justiça ( crimes contra a honra do presidente ou chefe de governo estrangeiro e nos crimes
praticados no estrangeiro contra BR)

A necessidade de representação consta no título do crime “se procede mediante representação”

O particular tem um prazo de 6 meses, contados a partir da data de ciência da autoria para pedir
por representação. Esse prazo é decadencial

Só pode haver retratação da representação antes de ser oferecida a denuncia. A retratação


também tem prazo de 6 meses da ciência da autoria

A representação não vincula o MP, que pode não oferecer denuncia mesmo tendo
representação

A representação é feita pela vítima ou por um procurador com poderes especiais

A representação deve ser oferecida a um juiz, ao MP ou ao delegado de polícia

A representação deve ser apresentada de forma escrita ou oral

No caso de morte do ofendido o direito de representação passará primeiro ao cônjuge se não


houver cônjuge ao ascendente se não houver ascendente ao descendente e se não houver
descendente ao irmão CADI

Vous aimerez peut-être aussi