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A, com 21 anos de idade, dirigia seu automóvel em São Paulo, Capital, quando parou para

abastecer o seu veículo. Dois adolescentes, que estavam nas proximidades, começaram a
importuná-lo, proferindo palavras ofensivas e desrespeitosas. A, pegando no porta-luvas do
carro seu revólver devidamente registrado, com a concessão do porte inclusive, deu um tiro
para cima, com a intenção de assustar os adolescentes. Contudo, o projétil, chocando-se com
o poste, ricocheteou, e veio a atingir um dos menores, matando-o. A foi denunciado e
processado perante a 1.ª Vara do Júri da Capital, por homicídio simples – art. 121, caput, do
Código Penal. O magistrado proferiu sentença desclassificatória, decidindo que o homicídio
ocorreu na forma culposa, por imprudência, e não na forma dolosa. O Ministério Público
recorreu em sentido estrito, e a 1.ª Câmara do Tribunal competente reformou a decisão por
maioria de votos, entendendo que o crime deveria ser capitulado conforme a denúncia,
devendo A ser enviado ao Tribunal do Povo. O voto vencido seguiu o entendimento da r.
Sentença de 1.º grau, ou seja, homicídio culposo. O V. Acórdão foi publicado há sete dias.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO ACÓRDÃO Nº... DO


EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

A, já qualificado nos autos do recurso em sentido estrito nº ..., por seu advogado
que esta subscreve, não se conformando com o venerando acórdão que, por votação não
unânime, alterou a capitulação jurídica da sentença desclassificatória proferida em primeiro
grau, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, opor
EMBARGOS INFRINGENTES com fundamento no artigo 609, parágrafo único, do Código de
Processo Penal.

Requer seja recebido e processado o presente recurso, com as inclusas razões.

Termos em que,

Pede deferimento

Local, data

Advogado, OAB
RAZÕES DE EMBARGOS INFRINGENTES

Embargante:

Embargado:

Autos nº:...

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COLENDA CÂMARA

DOUTA PROCURADORIA

É cabível os presentes embargos infringentes para que o voto vencido seja reconhecido pelas
razões a seguir expostas:

I – DOS FATOS

A foi denunciado e processado perante a 1.ª Vara do Júri da Capital, por homicídio
simples – art. 121, caput, do Código Penal. O magistrado proferiu sentença desclassificatória,
decidindo que o homicídio ocorreu na forma culposa, por imprudência, e não na forma dolosa.

O Ministério Público recorreu em sentido estrito, e a 1.ª Câmara do Tribunal


competente reformou a decisão por maioria de votos, entendendo que o crime deveria ser
capitulado conforme a denúncia, devendo A ser enviado ao Tribunal do Júri. O voto vencido
seguiu o entendimento da r. Sentença de 1.º grau, ou seja, homicídio culposo.

II – DO DIREITO

Analisando o conteúdo dos autos verifica-se ter razão o julgador que proferiu o voto vencido

No caso em apreço, é evidente que o agente não agiu com a vontade direta de produzir o
resultado morte, diante do que não se pode falar em dolo em quaisquer de suas formas.

Nesse sentido, ao efetuar disparo de arma de fogo, A deixou de tomar as cautelas necessárias
para que o projétil não ricocheteasse em nenhum objeto, vindo a atingir terceiros que
estivessem próximos ao local dos fatos, de forma que agiu de modo imprudente.

Portanto, ante os fatos, trata-se de cometimento de crime culposo, nos termos do art. 121,
§3º do CP, razão pela qual não é justo ser o embargante condenado por conduta mais grave
que aquela supostamente praticada. Desse modo, de rigor, seja mantida a desclassificação nos
termos do voto vencido.

III – DO PEDIDO

Ante o exposto, requer seja o recurso conhecido e provido acolhendo o voto vencido de
maneira que seja mantida a desclassificação sendo o embargante devidamente processado
pela suposta prática de homicídio na sua forma culposa.

Local, data - Advogado, OAB nº...

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