Vous êtes sur la page 1sur 16

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ROTINA ESCOLAR

Ana Teresinha Claudino1


Elisabeth Christmann Ramos2

“Ocorre que nós, humanos, carregamos a marca da


liberdade, a qual continuamente nos permite atribuir
sentido às coisas e, assim, mudar tanto comportamentos
quanto reformular crenças e atitudes.” (Carvalho, 2006)

Resumo

A implementação do projeto “Qualidade ambiental, direito e responsabilidade de todos”


teve como proposta a prática de uma educação ambiental intencionada em contribuir
para a formação de sujeitos críticos e participativos, conscientes da importância que
representa a responsabilidade individual e coletiva sobre a qualidade ambiental. O
público alvo foi representado por alunos do 1º ano do Ensino Médio do Colégio
Estadual Joaquim de Oliveira Franco, situado no município de Mandirituba, estado do
Paraná. Aplicou-se um cronograma de ações fundamentado na lógica de uma
Educação Ambiental preocupada em relacionar a crise ambiental com o modelo de
produção contemporâneo sob a luz dos fundamentos históricos do ambientalismo. As
ações desenvolvidas articularam os conteúdos disciplinares de Biologia com a
realidade ambiental na qual vivem os estudantes desta escola, compondo um conjunto
de atividades que foram inseridas no planejamento curricular da disciplina. As
atividades constaram de leituras, exibição de videoclipes, estudo do conceito de
“pegada ecológica” e sua estimativa por aluno, debates, produção de textos, pesquisa
bibliográfica, seminários, visitas monitoradas, coleta e estimativa do descarte anual de
embalagens pelos alunos e avaliação das condições socioambientais das
comunidades onde moram os estudantes envolvidos no projeto. Estas atividades
subsidiaram uma reflexão crítica sobre a relação sociedade e meio ambiente e foram
desenvolvidas no período de um semestre, a partir de março de 2009.

Palavras-chave: Educação ambiental. Sujeitos críticos. Responsabilidade.

Abstract

The implementation of the Project “Environmental quality, everyone‟s right and


responsibility” has as proposal the practice of an Environmental Education intended to
contribute to the formation of critical and participatory persons, conscious of the
importance represented by the individual and collective responsibility about the
1
Professora de Biologia da Rede Estadual de Ensino do estado do Paraná no Colégio Estadual de Oliveira Franco.
Mandirituba – PR. E-mail: anatclaudino@gmail.com
2
Professora orientadora – Setor de Educação/UFPR
2
environmental quality. The target public was represented by students of high school‟s
first year of the State School Joaquim de Oliveira Franco, located in Mandirituba, State
of Paraná. A schedule was applied, based on the logic of an Environmental Education
concerned to relate the environmental crisis with the model of contemporary production
in light of the historical grounds of environmentalism. The developed actions
connected the disciplinary subjects of Biology with the environmental condition in which
student of this school lives, composing a set of activities that were incorporated into the
discipline‟s schedule. The activities consisted of reading, viewing videos, studying the
concept of “ecological footprint” and its estimate by student, debates, textual
production, literature, seminars, guided tours, collects and estimated annual disposal of
packaging by students and evaluation of the environmental conditions of the
communities where the project‟s participating students live. Such activities subsidized a
critical reflection about the relationship between society and environment, and were
developed over a semester, from March 2009.

Keywords: Environmental Education. Critical persons. Responsibility.

1 Introdução

As Diretrizes Curriculares da Secretaria de Estado da Educação do Paraná


destacam em seu texto a importância da contribuição dos conhecimentos para uma
postura crítica frente às contradições sociais, políticas e econômicas próprias das
estruturas sociais contemporâneas, de modo a promover a compreensão da produção
científica, a reflexão filosófica e a criação artística, nos contextos em que elas se
constituem. As mesmas diretrizes preconizam a valorização e o aprofundamento dos
conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas escolares como condição para se
estabelecerem as relações interdisciplinares, entendidas como necessárias para a
compreensão da totalidade. Deste modo, a identificação de condicionamentos históricos
e culturais, presentes no formato disciplinar do sistema educativo, não deve impedir a
perspectiva interdisciplinar que se constitui, também, como concepção crítica de
educação por estar condicionada à forma como o conhecimento é produzido, selecionado,
difundido e apropriado pelo diálogo entre as diferentes áreas, mas em consonância com
as suas especificidades. Estes são alguns dos princípios que fundamentam a proposta de
um currículo capaz de oferecer ao estudante uma formação ao mesmo tempo humanista
e tecnológica, exigida para o enfrentamento das condições presentes na sociedade da
qual ele faz parte. De acordo com essa concepção, o ensino da Biologia envolve o
conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de célula, no de indivíduo,
de todo organismo e o seu meio, na relação do ser humano e a natureza, bem como nas
relações sociais, políticas, econômicas e culturais que cercam esta relação.
3
Ao considerar a atual condição socioambiental, visivelmente comprometida pela
relação entre a sociedade e o meio ambiente construída pela Humanidade ao longo da
história, evidencia-se a urgência de se buscar uma prática pedagógica capaz de
proporcionar uma compreensão crítica sobre a ameaça à continuidade e qualidade da
vida no planeta.
Novas atitudes e comportamentos são necessários para reverter a crise provocada
pela civilização moderna. E a nós, educadores, cabe a responsabilidade de encontrar
ferramentas que nos auxiliem na tarefa de engajar nossos educandos no compromisso de
assumir a responsabilidade frente ao desafio de preservação do planeta, condição para a
sobrevivência humana e das outras formas de vida. Nesse sentido, a Educação Ambiental
reveste-se de grande potencial como instrumento para viabilizar a percepção dos alunos
sobre o seu entorno. Por outro lado, vale lembrar que a Constituição Brasileira de 1988,
em seu artigo 225 prevê que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”. (BRASIL,
1988, p. 132). Ao definir o meio ambiente como "bem de uso comum do povo", tal
dispositivo constitucional estabelece que os bens ambientais não podem ser utilizados
pelo Estado ou por particulares de forma a impedir o usufruto coletivo desses bens.
Entretanto, as marcas do tempo mostram sinais contraditórios com relação a este
bem público, sobretudo se for levado em conta que os indivíduos têm o poder de alterar
as condições de uso dos elementos constituintes do meio ambiente de toda uma
comunidade. A privação do acesso à água e o ar com a qualidade necessária à existência
da vida, por exemplo, pode resultar do uso impróprio que deles for feito. Deste ponto de
vista, os acidentes e a degradação ambiental são a manifestação da imposição do
interesse de poucos sobre o ambiente de todos e são, portanto, impedimentos à
construção de um ambiente ecologicamente equilibrado e de qualidade para todos
(RAMOS, 2008, p. 20).
Não é difícil perceber também, ainda segundo a mesma autora, que qualquer
problema ambiental sempre atinge um dos segmentos da sociedade com mais
intensidade e diretamente em seus direitos, sendo estas, geralmente, as comunidades
que vivem em ambientes com qualidade de vida insustentável. Ao quadro inconsistente da
cidadania no Brasil somam-se as limitações que as condições ambientais de vida colocam
para o exercício pleno dos direitos adquiridos por grande parte das populações. Esta
mesma cidadania precária deriva das condições ambientais de existência em que vivem
os moradores das encostas, dos moradores de áreas onde ainda ocorre o lançamento
incontrolado de lixo e outros resíduos tóxicos, que ameaçam as condições de saúde
4
destes, bem como daqueles trabalhadores vitimados pelas condições insalubres de
trabalho. “Todas estas pessoas são coagidas a exercer, de forma restrita, os seus direitos
de cidadania” (RAMOS, 2008, p. 20).
Para garantir o acesso ao direito de um ambiente de qualidade para toda a
população, a Carta Magna determina como dever do Poder Público promover a Educação
Ambiental. A escola, nesta perspectiva, se constitui em um dos espaços sociais onde se
realizam as práticas educativas formais que poderão contribuir, por meio da EA, para a
formação de sujeitos críticos e participativos no processo de mudança que se faz
necessário.

2 Pelos caminhos de uma EA crítica

Despontando como resultado dos movimentos sociais e ambientalistas a partir das


três últimas décadas do século XX – carregada de elementos revolucionários que
denunciam as consequências de uma relação dualista entre o ser humano e a natureza –
a EA assume dimensões que vão além dos limites da Biologia ou da Ecologia.
A crise ambiental deflagrada no final dos anos de 1960, no embalo dos grandes
movimentos sociais, suscita a proposição de um novo paradigma orientado por novos
valores e saberes visando à transformação da ordem econômica, política e cultural e a
mudança de mentalidade e comportamento das pessoas. Estes movimentos, entretanto,
desenvolveram-se em um horizonte histórico e cultural atravessado por interesses
múltiplos tornando-se, sobretudo, um lugar de embates entre concepções e ideologias. No
bojo desse movimento, segundo a história oficial da educação ambiental, a temática
ambiental surge também como um “novo” campo de ação político-pedagógica cujas
primeiras propostas foram divulgadas em nível mundial, na primeira Conferência Mundial
sobre Meio Ambiente, realizada em Estocolmo/1972.
Os programas internacionais, desde então, manifestaram uma intensa
preocupação em adequar a educação à crise ambiental. Num primeiro momento, esses
programas, sobretudo os produzidos em Tbilisi/19773 , definiram as atividades e metas da
EA em escala mundial, às quais se acrescentaram a partir da Agenda 21 (1992) 4 novas

3
Embora não seja o único grande evento realizado para traçar os rumos da educação ambiental, a Conferência
Internacional sobre Educação Ambiental (Tbilisi, 1977), se constitui no marco mais importante para a definição e
evolução da institucionalização da educação ambiental de abrangência mundial.
4
A Agenda 21 é o documento resultante do “consenso” internacional junto à Organização das Nações Unidas (ONU),
oficializado durante a Conferência Internacional sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992).
Apresenta as diretrizes básicas para o desenvolvimento sustentável entendido como o desenvolvimento que atende
às necessidades do presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras.
5
recomendações, re-orientando a educação ambiental para o “desenvolvimento
sustentável”.

Embora a EA tenha sido referendada pelos vários encontros, conferências e fóruns


internacionais sobre meio ambiente desde as três últimas décadas do século XX, muitos
conflitos conceituais e teóricos ainda são alvos de debates que envolvem diferentes
abordagens e conceitos.
No Brasil, a inclusão da educação ambiental em todos os níveis de ensino se
concretiza com a Constituição de 1988, e nos anos seguintes foi reforçada com uma série
de leis e programas oficiais, entre eles: o Programa Nacional de Educação Ambiental
(PRONEA) em 1994; os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) em 1998, com a
inclusão do meio ambiente como um dos temas transversais nos programas curriculares
do ensino fundamental; a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/1996) que
também reitera a necessidade de se desenvolver o entendimento do ser humano e do
meio ambiente em que vive e a realização de programas de capacitação para todos os
professores em exercício e, por fim, a sanção da Lei 9.795/99 que instituiu a Política
Nacional de Educação Ambiental (PNEA).
O conjunto de leis e dispositivos legais referentes à educação ambiental reforça,
assim, a necessidade de sua inclusão no ensino formal de modo a perpassar os
conteúdos de todas as disciplinas. Ou seja, a legislação vigente destaca a importância da
educação ambiental nos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, desde a
Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio, a Educação Superior, a
Educação Especial e a Educação Profissional. Os documentos citados ressaltam, ainda,
que a educação ambiental seja implantada não como disciplina específica, mas incluída
em todas as disciplinas dos diferentes cursos e níveis de ensino, e trabalhada de forma
interdisciplinar.

Se por um lado podemos considerar que os recursos legais atualmente disponíveis


significam avanços em relação à inclusão da dimensão ambiental na educação, também é
verdade que a existência destes recursos legais não são garantia, por si mesmos, de
mudanças positivas.

Certamente que conquistas aconteceram, mas estas têm sido insuficientes para
provocar as mudanças de rumo que a velocidade da crise ambiental requer. Ainda impera
uma instigante indefinição política provocada por “ignorância ambiental”, nas palavras de
Leff (2005). Afinal, não se compreende de outra forma a indiferença de muitos setores à
6
causa ambiental e à necessidade de mudanças na relação entre a sociedade e a
natureza.

De acordo com Guimarães (2005), conquistas foram obtidas no processo de


institucionalização da EA e, apesar da predominância de uma perspectiva conservadora
da educação ambiental, esta não é uma prática ideologicamente assumida pelos
educadores, pois ela ocorre pela influência dos paradigmas que muitas vezes levam a
uma ação inconsciente. Por outro lado, Ramos (2006) argumenta que:

... apesar de a complexidade ambiental envolver múltiplas dimensões observa-se, ainda hoje, que
muitos modos de fazer e de pensar a dimensão ambiental na educação absolutizam a dimensão
ecológica da crise ambiental, como se os problemas socioambientais fossem, desde sua origem,
independentes das práticas sociais (RAMOS, 2006, p. 2).

Outro aspecto a considerar está relacionado com a perspectiva puramente


preservacionista com que as questões ambientais historicamente são tratadas, tanto por
algumas correntes do ambientalismo, quanto nas propostas pedagógicas elaboradas e
divulgadas pela mídia, pelos livros didáticos e pela legislação ambiental e educacional
brasileira. Para Layrargues (2004), por exemplo, a pura transmissão de informações a
respeito dos processos ecológicos, na perspectiva de “conhecer para preservar” é
absolutamente insuficiente para a promoção de uma educação que se pretenda crítica e
transformadora.
Muitas vezes aqueles que defendem a importância da educação ambiental acabam
se rendendo a uma armadilha ideológica e para esses, Leroy e Pacheco (2005) propõem
uma escolha:

... ou contribuir para descobrir caminhos e propiciar mudanças, ou alienar-se, enclausurando-se


num sistema de valores e de atitudes que teoricamente se restringe exclusivamente à natureza,
mas que, ao fazê-lo, na verdade marginaliza-a e nega inclusive sua importância como palco da
própria experiência humana (LEROY e PACHECO, 2005, p. 35).

Assim, entre os muitos caminhos a serem seguidos pelo educador em busca de uma
orientação para seu processo de educar para o ambiente, é importante que se tenha
claro, recorrendo a Loureiro (2004) que

... educar sem clareza do lugar ocupado pelo educador na sociedade, de sua responsabilidade social,
e sem a devida problematização da realidade, é se acomodar na posição conservadora de produtor e
transmissor de conhecimentos e de valores vistos como ecologicamente corretos, sem o
entendimento preciso de que estes são mediados social e culturalmente (LOUREIRO, 2004, p. 23).

Ao defender uma educação ambiental crítica e emancipadora, não podemos


desconsiderar que as propostas educacionais inseridas na interface dos problemas
7
socioambientais fazem parte do macrossistema social, e estão subordinadas ao contexto
de desenvolvimento existente que condiciona sua direção pedagógica e política. Contudo,
convém frisar que quando nos referimos à educação ambiental, nesta pesquisa, a
situamos num contexto mais amplo, o da educação para a cidadania, configurando-se
como elemento determinante para a consolidação de sujeitos comprometidos e
responsáveis com seu entorno.
Muitas vezes a prática de uma educação ambiental desvinculada de uma reflexão
mais profunda a transforma em instrumento ideológico de reprodução das questões
sociais. A questão do lixo, por exemplo, de acordo com Layrargues (2004) é apontada
como alvo privilegiado de programas de educação ambiental nas escolas e, segundo o
autor, apoiados em uma concepção reducionista de EA, uma vez que desenvolvem
apenas a coleta seletiva do lixo, em detrimento de uma reflexão crítica e abrangente a
respeito dos valores culturais da sociedade de consumo, do consumismo, do
industrialismo, do modo de produção capitalista e dos aspectos políticos e econômicos
implícitos na questão do lixo.
Estes mesmos programas são reforçados pelo discurso ecológico oficial que
representa a ideologia hegemônica preocupada muito mais em manter o status quo do
que a reflexão e discussão sobre o tema. Mas, ao discurso hegemônico se contrapõe o
discurso ecológico alternativo que, ao representar a ideologia contra-hegemônica, aponta
o consumismo como um dos alvos de crítica à sociedade moderna.
No atual modelo econômico, a produção tem como finalidade o consumo que,
nesta perspectiva, é sinônimo de bem-estar e provoca o gasto de bens e serviços em
escala maior do que a real necessidade das pessoas. Razão pela qual, segundo os
especialistas no assunto, os problemas ambientais têm no consumismo 5 grande parte de
sua origem.
Mas outra questão precisa aqui ser considerada. Para que a oferta de bens de
consumo e os serviços prestados pelos grandes grupos se tornem conhecidos do público
e desejados pela sociedade, encontrou-se uma maneira de criar cada vez mais
necessidades. O poder de criar necessidades para o uso de novos produtos é praticado
pelos meios de comunicação em massa (jornais, televisão, rádio, internet) que o fazem
por meio das propagandas. A formação da opinião pública, realizada pelos meios de
comunicação, comandados por um número pequeno de pessoas, é vital para a criação de
necessidades. Deste modo, não se trata de a tecnologia atender as necessidades das

5
O termo consumismo se refere à atividade de usar até a exaustão, com a idéia de consumação (cf. Helene & Helene,
1997).
8
pessoas e sim de as necessidades serem criadas em favor de uma produção crescente e
cada vez mais diversificada dos bens de consumo (HELENE & HELENE, 1997).
A crescente produção de bens de consumo pelo sistema industrial tornou-se
símbolo do sucesso das chamadas sociedades capitalistas modernas. Entretanto, essa
abundância de bens de consumo continuamente produzida, passa hoje a ter uma
conotação negativa em face aos problemas socioambientais deflagrados que coloca em
xeque a sobrevivência do próprio modelo econômico que os originou.
A retirada contínua de recursos naturais para atender o consumo crescente de
bens produzidos causa, além de sua escassez, uma volumosa produção de resíduos. As
embalagens dos produtos que consumimos acumulam-se no ambiente e geram a
necessidade de programas com a finalidade de minimizar o impacto negativo produzido
pela produção exagerada de bens supérfluos. Para reduzir os danos provocados pelo
consumo, surgiram os programas de reciclagem das embalagens de vidro, papel,
alumínio, plástico e outros. Entretanto, o êxito desses programas é carente de ações do
poder público que viabilizem a participação da sociedade. Por outro lado, embora
inegavelmente necessários para reduzir o impacto ambiental e social gerado pela grande
produção de resíduos, os programas de reciclagem, ao serem colocados como uma
solução do problema, acabam desviando a sociedade de uma reflexão crítica e
abrangente sobre suas verdadeiras causas como o modo de produção capitalista e o
consumo desnecessário. Para Cortez (2008), a reciclagem do alumínio no Brasil chega a
ser um mito. Segundo o crítico, nos últimos dez anos nosso país vem apresentando
destaque mundial na demanda crescente de energia elétrica para a extração de bauxita e
na geração de resíduos no processo de produção do alumínio a partir do minério. A
explicação para o aparente paradoxo é a de que a reciclagem do alumínio garante o
aumento do potencial de exportação de alumínio semi-acabado. Na concepção do autor,
embora a reciclagem apresente importância social, dos catadores às usinas de
reciclagem, não reduz o impacto ambiental no que diz respeito à escassez de recursos, a
não ser pela menor demanda de espaço nos aterros e lixões. O autor conclui que, dizer
que a reciclagem de alumínio no Brasil traz benefícios ao ambiente é uma meia verdade,
uma vez que o modelo econômico brasileiro encontra-se escorado na exportação de
produtos primários, como é o caso da exportação deste minério. Enquanto não
questionamos este e nem propomos um outro modelo de desenvolvimento,
permanecemos no modelo colonial, o mesmo que se estabeleceu desde a época do
descobrimento, mudando apenas de senhores.
Também o modelo utilizado para a destinação dos resíduos orgânicos adotado no
9
país é inadequado, uma vez que esse material é encaminhado para aterros sanitários.
Entre os resíduos domésticos, o orgânico representa a maior fração do volume do lixo
gerado pela população. Por não passar pelo processo de transformação industrial, o
resíduo orgânico apresenta possibilidade de ser reciclado por processos naturais por meio
da compostagem, gerando um produto de valor, pois representa fonte de nutrientes para o
cultivo de plantas. No entanto, nas grandes cidades brasileiras esse material é
destinado a aterros sanitários ou a lixões a céu aberto, que geralmente são instalados
nos municípios vizinhos que são obrigados a recebê-lo, tornando-se os destinatários
compulsórios do lixo gerado nas metrópoles. Nesses locais, o lixo orgânico misturado a
outros tipos de materiais produz um líquido tóxico, o chorume, o qual acaba por
alcançar os rios e lençóis freáticos e provoca sua contaminação.
O enfrentamento dos problemas é o meio a ser utilizado pelos educadores para
tornar os indivíduos participativos nas decisões da sociedade. É preciso um
posicionamento crítico frente aos temas, problematizá-los aos estudantes, questionando
sempre a quem beneficia este ou aquele modelo.
Em sua pesquisa sobre educação ambiental voltada para a formação da cidadania,
Manzochi (1994, p. 01) assim se expressa: “podemos considerar como cidadão
„ambientalmente educado‟ aquele que é apto a produzir/participar de transformações
relacionadas a questões ambientais do mundo em que vive”.
A formação para a tomada de decisões é, segundo Benevides (1996), uma das
dimensões da educação para a democracia. A necessidade da formação para a
cidadania, também é enfatizada por Penteado (2007), como condição para compreender
as questões ambientais para além de suas dimensões biológicas, químicas e físicas:

Uma coisa é ler sobre o meu meio ambiente e ficar informado sobre ele, outra é observar
diretamente o meu meio ambiente, entrar em contato direto com os diferentes grupos sociais que o
compõem, observar como as relações sociais permeiam o meio ambiente e o exploram, coletar
junto às pessoas informações sobre as relações que mantêm com o meio ambiente em que vivem,
enfim, apreender como a sociedade lida com ele. Agir assim é experimentar comportamentos
sociais em relação ao meu ambiente que permitem constatar suas características e as reações dele
à nossa atuação. Sabemos que “aprende-se a participar, participando” (PENTEADO, 2007, p. 53).

Para Sorrentino (2005), o compromisso de cada um dos bilhões de habitantes do


planeta é essencial para que ocorra a implementação das medidas necessárias à
transformação que o momento exige. O autor salienta que para a construção de uma
cidadania planetária é preciso despertar em cada indivíduo o sentido de pertencimento,
participação e responsabilidade na busca das soluções locais e globais propostas na
temática do desenvolvimento sustentável.
10
3 Ações desenvolvidas e resultados

Com a proposta de uma EA crítica, o projeto “Qualidade ambiental, direito e


responsabilidade de todos” promoveu um conjunto de ações desenvolvidas a partir de
março de 2009, nas aulas semanais da disciplina de Biologia, seguindo a organização
descrita abaixo:

3. 1 Introdução ao tema
O tema do meio ambiente foi introduzido a partir de uma instigação que propôs aos
alunos relacionar os desafios ambientais mais frequentemente divulgados pela mídia.
Temas como o aquecimento global e mudanças climáticas, destruição da natureza por
meio de desmatamentos e queimadas, escassez de água potável, produção diária de
resíduos e pobreza foram os mais citados pelos alunos, e sobre os quais teceram seus
comentários. Este trabalho inicial teve ainda como embasamento teórico a exposição e
discussão sobre o contexto histórico no qual a preocupação com o meio ambiente levou à
criação dos programas internacionais de educação em nível mundial, com destaque para
os objetivos e finalidades propostos para a EA.

3.2 Estímulo ao Debate

Os debates desenvolvidos nas turmas tiveram como subsídio a leitura de textos


durante as aulas, os quais abordaram o tema sociedade de consumo e produção de
resíduos, contidos na produção didático-pedagógica, complementada com a
apresentação de videoclipes sobre o mesmo tema. A partir dessa atividade, foi possível
fazer com os alunos uma reflexão crítica acerca da relação entre indiferença, acúmulo de
riquezas, produção de resíduos, exclusão social e degradação do ambiente. A
participação dos alunos foi expressiva, com comentários e questionamentos que levaram
à produção de um texto sobre os assuntos discutidos.

3.3 Visita ao aterro sanitário

Uma visita monitorada ao aterro sanitário da Caximba proporcionou a visualização


da montanha de resíduos gerados pela população de Curitiba e região metropolitana, o
que provocou a reflexão sobre o quanto do material ali descartado poderia ser reciclado
como também os resíduos orgânicos que poderiam ter sido separados para a
11
compostagem. A exibição do filme “Ilha das Flores” também permitiu a reflexão sobre o
que representam os resíduos que geramos e o desperdício entre outras questões, não
apenas com relação aos prejuízos ambientais que provocam, como também com relação
à questão social e sobre a necessidade de mudança de atitude diante dos apelos ao
consumo e no que diz respeito à responsabilidade de cada um pelos resíduos que produz.

3.4 Pesquisa Bibliográfica e Seminários

Uma pesquisa bibliográfica fundamentou a elaboração de seminários sobre os


materiais que compõem as embalagens descartadas diariamente. A atividade
proporcionou um aprendizado sobre a origem de cada tipo de material e o impacto
produzido no ambiente pela sua utilização, além de promover o exercício da pesquisa
bibliográfica, do trabalho em grupos e de desenvolver a oralidade dos alunos. Permitiu
ainda reflexões como: até que ponto eu necessito consumir tudo o que consumo? De que
modo posso reduzir meus resíduos? Que destino costumo dar ao meu lixo? Que impactos
ambientais são gerados pelo excesso de resíduos? Os aterros sanitários e os lixões
representam a solução para o problema? As alternativas propostas pelo Poder Público
beneficiam a quem?

3.5 Visita à Unidade de Valorização de Resíduos em Campo Magro

Durante a visita à Unidade de Valorização de Resíduos, em Campo Magro, os


estudantes mostraram-se surpresos com a palestra que apresentou as inúmeras
possibilidades de reaproveitamento e reciclagem dos materiais, sobre a destinação do
“lixo que não é lixo” de Curitiba e o seu reaproveitamento por diversas indústrias.
Perceberam também grande quantidade de rejeitos dos materiais durante sua triagem
devido ao mau acondicionamento de embalagens – embalagens sujas – e da mistura
com resíduos não recicláveis.
Também o Museu do Lixo atraiu o interesse de todos devido ao seu curioso acervo
constituído por vários tipos de objetos como, roupas, sapatos e móveis antigos, entre
outros artigos, encaminhados ao Centro juntamente com os materiais recicláveis. Em
seus relatórios, os alunos concluíram sobre a necessidade de uma participação maior da
sociedade na coleta seletiva do lixo, e ao mesmo tempo relatam sobre as dificuldades que
suas famílias têm em participar deste processo pela inexistência de um programa de
coleta seletiva nas comunidades onde moram.
12

3.6 Coleta e separação de materiais recicláveis

A um grupo amostral de estudantes foi solicitada a coleta e separação dos


diferentes tipos de embalagens geradas diariamente pela família, durante quatro
semanas, para a estimativa do consumo diário por pessoa. Os estudantes responsáveis
pela coleta das embalagens em suas casas realizaram a pesagem dos materiais durante
uma visita ao Comitê Contra a Fome e Pela Moradia, entidade sem fins lucrativos que,
com o dinheiro obtido com a venda de materiais recicláveis presta auxílio às famílias
carentes do município.
Nesse local, uma palestra sobre o funcionamento da entidade foi dada aos alunos,
os quais se mostraram interessados sobre as maneiras de encaminhar o “lixo” reciclável
até ali. Num gesto de solidariedade, os alunos fizeram a doação dos materiais coletados à
entidade. Com os dados registrados, os estudantes, por meio de cálculos matemáticos,
estimaram o consumo médio diário de 0,90 Kg de resíduos provenientes de embalagens e
construíram um gráfico demonstrativo do percentual de cada tipo de material, sendo a
embalagem plástica a mais descartada, seguida pelas embalagens de papel, metal e
vidro, nesta ordem. O resultado remeteu novamente a uma reflexão sobre a necessidade
de reduzir o consumo excessivo, reutilizando sempre que possível e assumindo a
responsabilidade de separar os materiais recicláveis para a coleta seletiva.

3.7 Pegada Ecológica6

Utilizando-se deste indicador de sustentabilidade, foi realizado o cálculo para


estimativa da pegada ecológica de cada aluno, como também a média da turma. O
resultado obtido com as respostas do questionário surpreendeu a todos, pois apesar de a
maioria dos alunos viver em comunidades com características rurais, os valores
encontrados revelaram a necessidade de três planetas para sustentar seus cotidianos.
Por meio desse estudo foi possível estabelecer a relação entre nosso modo de

6
O termo Pegada Ecológica é uma tradução do termo em inglês ecological footprint e representa uma forma de medir
o impacto humano sobre a Terra, exprimindo a área produtiva equivalente de terra e mar necessária para produzir os
recursos utilizados por uma população, bem como para assimilar seus resíduos. Pode ser calculada por indivíduo,
por comunidade, por país ou para a população do planeta. Este indicador foi desenvolvido por Mathis Wackrnagel e
Willian Rees, que o publicaram no livro Our Ecological Footprint -1996 (cf. Dias, 2002). A organização não
governamental WWF realizou um estudo indicando que cada habitante da Terra necessita, em média, 2,9 hectares
por ano para manter seu estilo de vida, enquanto que, hoje, cada ser humano tem disponível, de modo a garantir a
sustentabilidade da vida na terra, apenas 1,6 hectares.
13
viver e a capacidade do planeta proporcionar e renovar recursos do ambiente e absorver
os resíduos que geramos todos os dias. Com os resultados obtidos, fez-se uma reflexão
sobre a quantidade de recursos naturais necessária para sustentar nossos cotidianos e
sobre os problemas sociais gerados pelo modelo econômico consumista como
desigualdade e injustiça. A partir dos conteúdos abordados nas questões, os alunos
discutiram alternativas para diminuir o tamanho de suas pegadas. Propostas como rever
hábitos alimentares, não desperdiçar água, economizar energia e praticar o consumo de
modo consciente, foram colocadas como principais medidas para reduzir a área
necessária para sustentar seus estilos de vida.

3.8 Avaliação das condições socioambientais das comunidades onde moram os


alunos envolvidos no projeto

Após receberem algumas orientações, os estudantes fizeram uma avaliação das


condições socioambientais de suas comunidades. Para tanto, fez-se um levantamento
coletivo com as turmas sobre fatores determinantes da qualidade de vida, entre os quais
foram citados: condições do ambiente natural, acesso à saúde e educação, atividades
econômicas da população, condições de trabalho, acesso a políticas públicas, acesso ao
saneamento básico, entre outros indicadores. Para subsidiar uma avaliação das
condições do ambiente natural, os alunos receberam também algumas informações sobre
legislação ambiental com destaque para o Código Florestal Brasileiro e Lei de Crimes
Ambientais.
Como roteiro para essa pesquisa , foi elaborado um questionário que abordou os
fatores relacionados com a qualidade socioambiental previamente levantados com a
turma, e respondido pelo aluno juntamente com sua família. Em seguida, os questionários
respondidos por alunos de uma mesma comunidade foram comparados e discutidos em
sala de aula. Entre os problemas apontados pelos alunos e suas famílias, destacam-se a
destruição indiscriminada do ambiente natural (desmatamentos) para instalação de
saibreiras, assoreamento e desaparecimento de riachos devido à inexistência de matas
ciliares, utilização de práticas agrícolas despreocupadas com a conservação dos solos
(plantio morro abaixo), utilização de defensivos agrícolas na proximidade de rios, coleta
de lixo reciclável ineficiente, precária oferta de empregos e baixos salários ofertados nos
empregos existentes.
No encerramento desta atividade, argumentou-se sobre a importância de votar e de
cobrar dos nossos representantes no poder público as boas condições socioambientais,
quer realizando as atividades necessárias ao saneamento básico, quer exigindo dos
14
proprietários rurais o cumprimento da legislação ambiental, bem como dos empresários o
cumprimento da legislação trabalhista, a fim de garantir qualidade de vida a todos os
cidadãos, como preconiza a Constituição Brasileira em seu capítulo sobre Meio Ambiente.

4 Conclusão

Atividades de EA foram inseridas no planejamento curricular da disciplina de


Biologia, de forma a articular conteúdos da disciplina com a realidade dos estudantes
sensibilizando-os para uma postura crítica e atuante frente aos problemas,
socioambientais do mundo.
As ações desenvolvidas abordaram aspectos relacionados ao modelo de
desenvolvimento atual e suas relações com a sociedade de consumo, a produção de
resíduos, a pobreza, a degradação ambiental e qualidade de vida de grande parcela da
população, com o objetivo de provocar a reflexão sobre as causas desses problemas e ao
mesmo tempo ressaltar valores como solidariedade e respeito aos direitos humanos.
Os resultados obtidos pelas ações introduzidas deverão ser avaliados no decorrer
do processo de intervenção (que pretende ser permanente) e o feedback resultante desse
monitoramento, que será utilizado para aprimorar os caminhos percorridos e buscar novas
alternativas, se necessário, na continuidade deste trabalho nos anos subsequentes.
Ao finalizar o período destinado à realização do Programa de Desenvolvimento
Educacional - PDE - 2008/2009, seguindo o seu cronograma de ações, pode-se dizer que
grande parte das ações propostas puderam ser cumpridas, outras precisaram ser
repensadas e adequadas à realidade da escola e do cotidiano da sala de aula, e outras
ainda ficaram por acontecer. A experiência ensinou que, independente do que foi
planejado, ainda há muito trabalho pela frente.
Embora existam as adversidades comuns à realidade das nossas escolas, como o
número excessivo de alunos por turma e da estrutura deficiente dos ambientes destinados
às aulas, os resultados têm sido positivos e o importante é seguir nesta direção, fazendo
da EA não apenas um conjunto de atividades pontuais, mas uma rotina escolar.
É importante lembrar que a EA não pertence apenas à Biologia, mas a todas as
disciplinas do currículo escolar nos diferentes níveis, e o ideal seria que ela fosse inserida,
em cada uma delas, dentro de seus próprios conteúdos.
15
REFERÊNCIAS

AGENDA XXI. Brasília: Editora do Senado, 1994.

BENEVIDES, Maria Victoria. Educação para a Cidadania na Democracia


Contemporânea. Instituto de estudos Avançados da Universidade de São Paulo.
Disponível em www.iea.usp.br/observatorios/educacao. Acesso em 04/06/2008.

BRASIL. Constituição Federal (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF: Senado 1988.

CORTEZ, Henrique. Questionando o mito da reciclagem de alumínio. Adital. Ceará,março


de 2008.Disponível em
http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=print&sid=654. Acesso
em 22/10/2008.

DIAS, Genebaldo Freire. Pegada Ecológica e Sustentabilidade Humana. São Paulo: Gaia,
2002.

GUIMARÃES, Mauro. Armadilha paradigmática na educação ambiental. In: LOUREIRO,


C. F. B. e LAYRARGUES, P.P. e CASTRO R. S. (org.). Educação Ambiental: repensando o
espaço da cidadania. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2005.

HELENE, M. E.M; HELENE, A. F. Eu consumo, tu consomes... KUPSTAS, M. (org.).


Ecologia em debate. São Paulo: Moderna, 1997.

LAYRARGUES, P. P. (coord.) Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília:


Ministério do Meio Ambiente, 2004.

LEFF, E. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade e poder. 4. Ed.


Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

LEROY, J.;PACHECO,T. Dilemas de uma educação em tempo de crise. In: LOUREIRO, C.


F. B. e LAYRARGUES, P.P. e CASTRO R. S. (org.). Educação Ambiental: repensando o
espaço da cidadania. São Paulo: Cortez, 2005.

LOUREIRO, C. F. B. Trajetória e fundamentos da educação ambiental. São Paulo: Cortez,


2004.

MANZOCHI, Lucia Helena. Participação do Ensino de Ecologia em uma Educação


Ambiental voltada para a Formação da Cidadania: a Situação das Escolas de 2º Grau no
Município de Campinas. Campinas: UNICAMP, 1994. 544 p. Dissertação (Mestrado) -
Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Universidade Estadual de Campinas,
Campinas, 1994.

PENTEADO, Heloísa D. Meio ambiente e formação de professores. São Paulo: Cortez,


2007.

RAMOS, Elisabeth C. A Abordagem Naturalista na Educação Ambiental. Uma Análise dos


Projetos Ambientais de Educação em Curitiba. Florianópolis: UFSC, 2006. 231 p. Tese
(Doutorado) – Programa de Pós –Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas,
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006.
16

______. Educação, Meio Ambiente e cidadania: o discurso pedagógico oficial em


discussão. In: Prâksis. Revista do ICHLA. Editora Feevale: Novo Hamburgo. Ano 5, vol. I
Jan/2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes curriculares de


Biologia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008.

SORRENTINO, Marcos. Desenvolvimento sustentável e participação: algumas reflexões


em voz alta. In: LOUREIRO, C. F. B. e LAYRARGUES, P.P. e CASTRO R. S.(orgs.).
Educação Ambiental: repensando o espaço da cidadania. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2005.

WWF- BRASIL. Pegada ecológica: que marcas queremos deixar no planeta? Brasília:
WWF-Brasil, 2007.

Vous aimerez peut-être aussi