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1.Introdução e Justificativa
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O ensaio a que nos referimos é o da colaboração entre Adorno e Horkheimer intitulado “A industria
cultural: O iluminismo como mistificação das massas”.
foi eleito e apoiado em suas decisões. O sujeito moderno é individual, mas ele tem
desejos individuais, ou desejos comerciais. A homogeinidade não melhora os padrões,
ela diminui a qualidade para que um geral, qualquer um, possa entender (ADORNO.
2002, p. 11). Ou seja, os padrões culturais são levados a zero, uma decadência
intelectual universal e homens iguais intelectualmente.
2. Síntese da Bibliografia Fundamental
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E também Anamaria Fadul em seu artigo Industria Cultural e Comunicação de Massa, 1994.
Indústria Cultural é uma forma de manipular os indivíduos em sociedade, de
individualiza-los com processos que dizem respeito apenas à casta dominante e não à
sociedade como um todo, isso porque a Indústria Cultural é feita por pessoas da classe
social de elite e dominante, ou seja, massificar o resto da população é uma forma de
manutenção de poder por meio de manipulação cultural. O uso direto da Educação tem
o papel de emancipação, de elucidar a alienação descrita acima, abrir os olhos para a
manifestação dessa massificação cultural e de dar a possibilidade de poder de escolha à
pessoas e não de mera reprodução.
No Brasil existe o chamado sistema dual, conceito usado por Pedroso de Robert
Dahl que diz que alguns indivíduos são integrados e podem influenciar e participar da
sociedade e que outros são excluídos e ficam vivendo em um regime de terror, de extremos e
de coerção3, ou ainda em outro conceito que Pedroso usa essas pessoas que não fazem parte
dos grupos dominantes socialmente e economicamente são cidadãos de segunda classe
segundo Weffort, e nos tempos modernos é preciso não só ter um diploma, mas também
saber dominar novas tecnologias de informática, não ter um e-mail é ser um cidadão de
segunda classe, significa não ter um emprego. É preciso para fazer parte da
modernidade ter acesso aos computadores, e apesar do artigo ter sido escrito em 2001 e
ter quase 15 anos esta afirmação se mantém fiel aos dias de hoje, ainda podemos
adicionar possuir um celular, dentre outras determinações sociais do momento.
Segundo Pedroso (2001, p. 57) desde o século XVIII o mesmo slogan brasileiro
de modernização vem sendo utilizado, o que implica que no Brasil há uma velha noção
de modernização desenvolvimentista e progressita. Há uma diferença, diz Pedroso, entre
modernidade e modernização, enquanto a modernidade implica mudança por toda
sociedade dado por uma elite que o organiza, mas não o dirige ou conduz, a
modernização implica um certo tipo de fio condutor das elites que por meio da
modernização as fazem mais ainda privilegiadas como se por meio desses novos
conceitos o caminho fosse moldado pelas elites e a expansão fosse delimitada por quem
tivesse trazido a modernização. Pedroso usa exemplos dessa modernização retirando
uma notícia sobre um encontro do G-8, os sete países mais ricos do mundo mais a
Rússia, pois em 2000 numa reunião os países assinaram a Carta de Okinawa e uma das
intenções era a participação de países pobres na “revolução da internet”, com o objetivo
de combater a exclusão digital, porém o fio condutor desta “revolução da Internet” não
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Ver nota 1 in PEDROSO 2001.
diz respeito às necessidades fundamentais dos países em desenvolvimento como
políticas públicas de formação de professores, melhorias nos projetos educacionais em
si, combate ao analfabetismo, entre outros problemas locais. É uma modernização
industrial que não tem personalização nem trata dos indivíduos ou de seus locais.
Ainda, no mesmo caminho, usando de dados e de notícias da época, Pedroso
reflete sobre o conceito popular de modernização e o que significa uma educação de
qualidade. O evento usado é a política pública progressista de aumentar o acesso à
internet com convênios com empresas de telefonia e investimentos pesados na mesma
época de um greve em que os professores pediam uma outra forma de educação e uma
mudança nos paradigmas do ensino médio do governo estadual de São Paulo.
A compreensão de modernização aos olhos do governo foi colocar tecnologia e
inserir computadores e no ponto de vista dos professores grevistas é de diminuir a dos
alunos por classe, mais segurança, matérias distintas no currículo, fim da aprovação
automática, além de melhorias nos salários e nas escolas em si. A autora deixa claro que
a educação precisa ter em conta seus problemas mais básicos, como citados acima, antes
de dar inserção de novas tecnologias, porém a informatização parece ser uma prioridade
dos problemas educacionais, o que parece uma contradição já que não existe um
mínimo fundamental na educação pública. Colocamos um novo ponto como questão:
Por que existe essa prioridade relacionada aos computadores e à informatização e não às
melhorias das escolas, do local, no combate ao analfabetismo, etc.? A resposta pode
estar no artigo de Zuin e Zuin, no qual eles explicam a revolução técnico-científica.
(ZUIN E ZUIN, 2011, P.219). Uma vez que houve uma revolução nas técnicas
científicas que geraram uma valorização do capital. Sabemos da revolução industrial e o
quão importante ela foi para consolidar o capitalismo, mas a revolução técnico científica
foi também nos anos 1930 essencial para que hoje se viva em uma sociedade que prega
muito mais pela técnica, pelo valor científico e suas informações do que qualquer outro
tipo de saber. Nada mais científico e técnico do que informática e computadores.
Portanto não é de surpreender que antes são de computadores que o Estado preste mais
atenção do que à população e sociedade para suas manchetes.
Sobre o problema dos analfabetos da aprovação automática, que segundo a
Revista IstoÉ 10/5/2000, reportagem de Gilberto Nascimento, as crianças chegariam até
a sexta série sem saber ler, escrever ou bases de aritmética. O problema é jogado para os
professores pelas instituições e governo, a noção de que o fracasso da escola tem mais a
ver com o esforço e paciência dos professores do que com investimento de políticas
públicas, estratégias políticas e investimento na mão-de-obra que cerca as escolas, como
psicólogos, médicos e seguranças. O problema desta noção pública é esquecer que o
fundamental é a formação dos professores. Volta-se ao conceito de modernização e da
guia das elites no que acontece com o resto da sociedade, pois a orientação dos países
envolvidos como G-8 aos países em desenvolvimento não dá a solução necessária para
seus problemas particulares, a inserção digital é ensinar a programar e não apenas
utilizar os softwares, segundo o italiano Umberto Eco, contudo Pedroso responde com o
problema fundamental do analfabetismo funcional, como é possível educar uma criança
que não sabe ler, nem escrever, tampouco usar linguagem lógica e matemática a usar
linguagem de informática? Não haveriam outras prioridades? A resposta nos parece que
sim, é preciso trabalhar a base e os problemas fundamentais no ensino brasileiro antes
de seguir diretrizes da indústria cultural. É preciso educar a partir de uma formação que
não tenha uma noção de desenvolvimento de formação infantil de alienação
massificada, emancipar as pessoas por meio da formação e utilizar esses métodos
tecnológicos sem que eles sejam apenas atrativos espetaculares e sim ferramentas de
emancipação.
3. Objetivos
Dos Santos cita o sociólogo C. Wright Mills que analisa sociedade norte-
americana dos anos 1950, nesta época a educação massivo da indução cultural leva o
analfabetismo educado existem indivíduos que são alfabetizados, que sabem ler, mas
que não tem nenhum nível cultural iluminista. É por meio da indústria cultural que os
meios de comunicação se tornam absolutos nas escolas e introduzem uma metodologia
completamente visual sonora, distinta do que se conhece por cultura até então com o
objetivo de obscurecer a percepção das pessoas, diminuir a formação de opinião e fazer
com que a massa tenha um mesmo pensamento e por consequência impedir as críticas
políticas e econômicas. Essas formas de embotamento são resultados de uma educação
massiva que vem dessa comunicação visual e sonora das mudanças dos métodos
pedagógicos.
Existe uma imposição de consumo incessante da indução cultural que não tem a
ver com necessidades básicas da cultura, mas com necessidades do sistema capitalista
ou da indústria, esse ciclo vicioso gera a barbárie. A única luta contra a barbárie,
segundo Dos Santos (2010) é uma educação que tem como objetivo a luta contra a
alienação dos indivíduos. A escola pode mostrar a reflexão pensamento e desmistificar
as ideias de consumo excessivo, deve questionar as ideias massificadas acerca da
felicidade no consumo, sobre a repetição alienante do trabalho. A educação pode dar um
contexto moral e ético e de coordenar entendimento e o processamento das informações
dadas pelo mundo das informações, um filtro para formar alunos críticos. Para tanto é
preciso que eles conheçam e critiquem a própria Indústria Cultural para poder
reconhecer ela para que ele possa racionalizar a situação em que ele está e escolher onde
ele vai (FADUL, 1994, 54). Talvez o objetivo do educador não seja o de defender ou de
exterminar a Indústria Cultural, mas de compreender e a partir desse exercício formar
uma política educacional que possa subsidiar alunos críticos. A proposta de Fadul
(1994) é superar uma dicotomia entre críticos dos meios de comunicação e críticos da
Indústria Cultural. Para ela, os meios de comunicação não são o único vilão do Brasil e
sua educação, eles são um meio, como bem diz o nome, para que a classe dominante
domine uma classe dominada, os meios são coadjuvantes da dominação e não é possível
fazer uma crítica coerente da indústria cultural sem que ela seja contextualizada no seu
local e momentos, é preciso conhecer por dentro da indústria, seus aspectos, vantagens,
desvantagens e trabalhar por dentro dela para combate-la. É preciso entender que
existem diversos novos aspectos no século XXI que Adorno em 1947 não conheceu e
continuar a crítica e conhecimento.
4. Materiais e Método
Eu não sei o que é isso!!!!!
Nem issooooooo
6. Cronograma e Plano de Trabalho
Plano de trabalho
CRONOGRAMA
Doze meses de trabalho, divido em seis etapas, cada uma com dois meses de duração
1ª Etapa
2ª Etapa
- realização de entrevistas com estudiosos, acadêmicos e profissionais que atuam nas áreas
relacionadas
3ª Etapa
5ª Etapa
6ª Etapa
Referências Biblográficas
ADORNO, Theodor W. Industria Cultural e sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002
BENJAMIN, Walter. Obras Escolhidas, Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo:
Brasiliense, 1994