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Pintura

1. INTRODUÇÃO
Pintura é a aplicação de uma substância líquida, pastosa ou em pó sobre uma superfície
metálica ou não que após secagem e/ou cura forma um revestimento duro.

A proteção anticorrosiva através da pintura é o processo mais utilizado em dutos aéreos, e o


que traz melhor custo benefício. Outras finalidades são:
• Facilitar a identificação de fluidos em tubulações e reservatórios,
• Auxiliar a segurança industrial,
• Impedir aderência de vida marinha,
• Tornar a aparência atraente.

A cada dia, novos produtos são especificados de forma a atender as crescentes expectativas
dos clientes quanto à proteção do duto e a redução de custo final da aplicação, para tal, devem
apresentar no mínimo as seguintes características e propriedades:
• Boa adesão (fixação da película à superfície a ser protegida por meio de fixação mecânica).
• Resistência a ataques químicos (pelo meio agressivo), raios ultravioletas e biológicos.
• Flexibilidade (tração e compressão).
• Boa Coesão (união dos constituintes do revestimento de forma a garantir a homogeneidade
da película).

2. PRINCIPAIS FATORES PARA A ESCOLHA DO SISTEMA DE PINTURA


• Temperatura de operação da tubulação.
• Condições climáticas (ambiente seco ou úmido, salinidade, etc).
• Condições do meio (presença de gases, ácidos, etc).
• Necessidade ou não de isolamento térmico.
• Ciclo de operação da temperatura da tubulação.

2.1 Constituintes Básicos das Tintas


a)Veículo: Parte principal da tinta e geralmente é uma resina. É o colante das partículas.
• Principais Propriedades: dureza, resistência. à umidade, ácidos ou bases e a solventes,
às radiações ultravioletas e às variações climáticas.
• Tipos: resinas acrílicas, vinílicas, borrachas cloradas, EPOXI, poliuretana, silicone,
alquídicas e fenólicas.

b)Solvente: é a parte que normalmente se evapora


• Principal Propriedade: dissolver a resina e diminuir sua viscosidade
• Tipos: Hidrocarbonetos Alifáticos (aguarrás, mineral e nafta), Hidrocarbonetos
Aromáticos (tolueno e xileno),.Álcoois (etílico, butílico e isopropílico),.Ésteres (acetatos
de etila e butila), .Cetonas e água.

c)Pigmentos: substâncias em pó que podem ser de natureza orgânica ou inorgânica


• Principais Propriedades: dar cor, aumentar a espessura e brilho, aumentar a proteção
anti-corrosiva, conferir propriedades especiais (fluorescência, anti-crustante e
impermeabilidade)
• Tipos: Tintoriais (óxido de Ferro, dióxido de Titânio, Alumínio)
Reforçantes (Talco, Caulim, Amianto, Gesso)
Anticorrosivos: (zarcão, cromato de Zinco, fosfato de Zinco e pó de Zinco)

d)Aditivos: melhorar as características das tintas


• Tipos: Plastificante (confere maior flexibilidade a tinta), Secante (acelera a secagem),
Antipele ou antinata (evitam a formação de pele sobre a superfície líquida da tinta),

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Tensoativos (mantêm os pigmentos em suspensão) e Espessantes (dão consistência a


tinta para pintura em superfícies verticais).

3. NORMAS APLICÁVEIS
• N5c – Limpeza de Superfícies de Aço por ação Físico-Química;
• N6c – Tratamento de Superfícies de Aço com Ferramentas Manuais e Mecânicas;
• N9e – Tratamento de Superfícies de Aço com Jato Abrasivo e Hidrojateamento;
• N13g–Requisitos Técnicos para serviços de pintura;
• N442m- Pintura Externa de Tubulações em Instalações Terrestres;
• N1201h – Pintura Interna de Tanques
• N2135b – Determinação das espessuras de películas secas de tinta,
• N2136b – Determinação de perfil de rugosidade para pintura,
• N2631a – Pintura interna de Tubulações
• N-2747– Uso da Cor em Instalações Industriais Terrestres e Marítimas
• NBR 11003 – Tintas – Determinação da aderência

4. PROCEDIMENTOS

4.1 Recebimento
a) Todas as tintas devem ser de fornecedores/fabricantes qualificados pelo cliente e devem
estar acompanhadas pelos respectivos certificados da qualidade, devidamente rastreáveis as
embalagens.

b) As embalagens de tintas devem conter no mínimo as seguintes informações:


• Nome do fabricante
• Nome comercial da tinta
• Código (Petrobrás ou outro)
• Número do lote
• Cor
• Validade

c) Embalagens com sinal de danos físicos (amassadas), fechamento irregular e corrosão


devem ser separadas e ter o seu conteúdo analisado quanto ao risco de contaminação ou
degradação fazendo um relatório de não-conformidade e enviando ao fabricante destas.

d) Os materiais consumíveis para uso no jateamento ( granalha esférica ou pontiaguda e


escória de alto forno) devem ser certificados pelo fabricante e estarem isentos de
contaminação.

4.2 Armazenamento
a) As latas de tinta devem ser armazenadas em local arejado, protegidas de intempéries e
umidade excessiva e providas de sistema de combate a incêndio.

b) O armazenamento deve ser feito de forma tal que possibilite a retirada, em primeiro lugar,
do material mais antigo e permita uma movimentação que evite danos.

c) O empilhamento máximo dos volumes deve seguir as recomendações do fabricante e


atender aos seguintes valores máximos:
20 galões (3,6 litros)
5 baldes (18 litros)

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3 tambores (200 litros)

4.3 Condições Ambientais


Os serviços de preparação da superfície e pintura devem ser iniciados desde que as condições
ambientais sejam devidamente atendidas conforme a seguir:
a) Que não haja riscos de chuva ou contaminação por poeira ou outros materiais
contaminantes;
b) Que a temperatura ambiente não seja menor que 5ºC;
c) Que a temperatura da superfície metálica não seja ou inferior a 2ºC ou menor que a
temperatura do ponto de orvalho acrescida de 3ºC, a que for maior ou superior a 52ºC
(ou 40ºC para tintas a base de silicatos inorgânicos ricos em zinco);
d) A umidade relativa do ar (URA) não exceda 85%. Entretanto, as tintas formuladas para
aplicação em superfícies condensadas, com umidade residual, não são sujeitas as
restrições do ponto de orvalho e umidade relativa do ar.

4.4 Preparação da superfície


Os mecanismos básicos da preparação de superfícies são:
a) Remoção de qualquer material contaminante na superfície;
b) Aumento da área da superfície e;
c) Criação do perfil de ancoragem (rugosidade).

4.4.1 Graus de Intemperismo (ISO 8501-1)


Grau Descrição
A Superfície de aço completamente coberta de carepa de laminação
intacta e com pouca ou nenhuma corrosão
B Superfície de aço com princípio de corrosão e da qual a carepa de
laminação tenha começado a desagregar
C Superfície de aço da qual a carepa de laminação tenha sido eliminada
pela corrosão ou possa ser retirada por meio de raspagem, e que
apresente pequenos alvéolos
D Superfície de aço da qual a carepa de laminação tenha sido eliminada
pela corrosão e que apresenta corrosão alveolar de severa
intensidade

4.4.2 Graus de Preparação de Superfície


SIS NACE Descrição
Sa1 4 Jateamento leve
Sa2 3 Jateamento Comercial
Sa2 ½ 2 Jateamento ao Metal Quase branco
Sa3 1 Jateamento ao Metal branco
St2 Escovamento Manual (lixa ou escova)
St3 Escovamento Manual/elétrico
SIS – Swedish Institute Standard
NACE – National Association of Corrosion Engineers

4.4.2.1 Características dos graus de preparação


• Sa1: remove carepa de laminação, ferrugem e materiais estranhos pouco aderidos;
• Sa2: remove grande parte da carepa de laminação, ferrugem e material estranho;
• Sa2 ½ : quase toda a carepa de laminação, ferrugem e materiais estranhos são
removidos, permanecendo apenas traços destes;
• Sa3: toda a superfície encontra-se limpa com a cor metálica;
• St2: remove carepa de laminação, ferrugem e materiais pouco aderidos;

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• St3: remove carepa de laminação, ferrugem e materiais pouco aderidos apresentado


uma aparência metálica pronunciada.

4.4.2.2 Vantagens e Desvantagens


Graus Vantagens Desvantagens
St2 Baixo custo Não confere perfil de
Não requer energia ancoragem
Não requer equipamento (lixar Não aumenta a área de
manualmente) superfície
Adesão comprometida
St3 Baixo custo Não confere perfil de
Equipamento mínimo (lixar com lixadeira ancoragem
elétrica) Não aumenta a área de
superfície
Adesão comprometida
Sa1/Sa2 Conferem perfil de ancoragem Custo de equipamento e
½ /Sa3 Aumentam a área de superfície consumíveis (granalhas)
Diminuem o descolamento catódico Risco de contaminação
ambiental (hidrojateamento)

4.4.3 Etapas da preparação


a) Submeter toda a superfície a uma inspeção visual de forma a identificar os pontos com
vestígios de graxa,óleo e outros contaminantes e danos sobre a pintura existente;
b) Executar a limpeza através de solventes;
c) Submeter a superfície ao processo e preparação por escovamento e/ou jateamento
abrasivo conforme sistema de pintura aplicável

Nota 1: No caso de retoque de pintura, quando da impossibilidade de efetuar o jateamento


abrasivo a superfície deve ser preparada até o grau St3,.

4.5 Preparação da Tinta


a) A preparação da tinta deve ser executada em locais abertos, ventilados e distantes de
centelhas ou chamas.
b) A homogeneização deve ser processada no recipiente original até a obtenção da
incorporação de todo o pigmento sedimentado ao veículo (componente B). Admite-se a
retirada parcial e temporária do veículo a fim de facilitar o processo.
c) A mistura e homogeneização devem ser executadas com misturador mecânico (manual
ou pneumático) para volumes de tintas maiores que 18 litros e para qualquer volume de
tinta rica em zinco. Já para tintas pigmentadas com alumínio, excetuando a N2231 (etil-
silicato de zinco-alumínio), devem ser homogeneizadas sempre manualmente.
d) Tintas de dois ou mais componentes devem ter cada componente homogeneizado
separadamente antes de misturá-los nas proporções recomendadas, apresentam-se na
forma de componente A e B (veículo).
e) É permitida a diluição da tinta desde que o diluente e o volume aplicado seja o
especificado pelo fabricante e que seja executada durante a fase de mistura e
homogeneização.
f) Não é permitido a aplicação de aditivo tipo secante na`tinta

4.6 Aplicação da tinta


a) Deve ser preservada uma faixa de 5 cm sem pintura na extremidade do tubo que será
submetida à soldagem .
b) Superfícies usinadas não devem ser pintadas, mas serem recobertas com uma camada
de verniz removível;
4 CURSO DE INSPETOR DE DUTOS TERRESTRES – NÍVEL 1
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c) A aplicação da tinta de fundo em arestas, cantos, fendas, rebaixos e soldas deve ser
feita sempre com trinchas, exceto para tintas inorgânicas ricas em zinco.
d) A trincha utilizada pode ser feita de fibra natural vegetal ou animal e de no máximo
125mm (5”) de largura.
e) Na pintura de rolo deve-se promover uma sobreposição de 5 cm entre faixas adjacentes
de uma mesma demão.
f) Na pintura com pistola o sistema de ar deve possuir separadores de forma a garantir
que o ar esteja isento de água ou óleo .
g) As tubulações pintadas não devem ser manuseadas sem ter sido alcançado o tempo de
secagem.
h) Durante a aplicação e secagem devem ser tomadas medidas a fim de evitar a
contaminação da superfície por cinzas, poeiras do chão ou em suspensão, tintas de
outras espécies ou cor, sal ou outras matérias estranhas.

4.7 Inspeção

4.7.1 Condições Ambientais


A aplicação não deve ser executada quando:
- A temperatura ambiente for menor que 5ºC.
- A temperatura da superfície metálica for inferior a 2ºC ou menor que a temperatura do
ponto de orvalho acrescida de 3ºC ou superior a 52ºC (40ºC para tintas a base de silicatos
inorgânicos ricos em zinco).
- Se a umidade relativa do ar (URA) estiver acima de 85%.

As condições ambientais podem ser registradas diariamente em um mapa de registro tipo


“pizza” onde as condições de temperatura e URA, data do serviço, parte do dia (manhã e
tarde),etc são indicadas para controle.

4.7.2 Visual do substrato metálico


Deverá ser certificado quanto ao nível de limpeza e preparação da superfície (rugosidade)
conforme o padrão requerido.

4.7.3 Visual e Espessura da Película Úmida (EPU)


Cada demão deve apresentar-se de forma uniforme, isenta de defeitos como: porosidade,
escorrimento, crateras, empolamento, manchas ou presença de contaminantes. Ao longo do
serviço de aplicação da tinta com uso do “pente”, o inspetor deve monitorar a espessura da
demão de tinta aplicada.

Em tubulações deve ser realizada, no mínimo, para cada 10m ou fração do comprimento.

Para os demais itens (chapas, perfis, etc) devem ser executado um número de medições, em
valor absoluto, correspondente a 20% da área total pintada, distribuída uniformemente por toda
a área.

4.7.4 Espessura de Película Seca (EPS)


Efetuar pelo menos uma medição para cada 25m ou fração do comprimento da tubulação. Para
os demais itens (chapas, perfis, etc) devem ser executado um número de medições, em valor
absoluto, correspondente a 10% da área total pintada distribuídas uniformemente por toda a
área.

Os instrumentos (“elcometer”, ”microtest”) devem estar devidamente calibrados e atender as


faixas de medição características do sistema;

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Nenhuma medição deve apresentar valor menor que a espessura mínima de película seca
especificada. Onde constatar-se uma espessura menor que a especificada a área deverá ser
submetida a uma nova demão adicional exceto para tintas ricas em zinco a base de silicato de
etila (N1661) que deverão ser completamente removidas para uma nova aplicação.

São aceitas áreas com aumento até 40% da espessura prevista por demão no esquema de
pintura, exceto para as tintas ricas em zinco a base de silicato de etila onde o limite é 20% da
espessura especificada.

OBS.: A película seca é medida geralmente por um aparelho portátil chamado de “pica-pau”
onde seu funcionamento utiliza o princípio da força magnética.

4.7.5 Descontinuidade em película seca


Este teste deve ser aplicado após a ultima demão de acabamento e quando recomendado pela
norma do sistema.

A escolha do instrumento (Holliday Detector) via úmida ou via seca para o ensaio deve ser
definida em conformidade com a espessura a ser inspecionada.

4.7.6 Aderência
O teste de aderência deve ser executado após ter decorrido o tempo mínimo de secagem por
cada demão. Quando possível deverá utilizar-se de corpos de provas (réplicas) representativos
da superfície que está sendo revestida.

O ensaio deve ser realizado à temperatura de 25±5ºC e umidade relativa até 70%, a cada
demão tinta aplicada.

Efetuar para cada 100m ou fração do comprimento da tubulação. Para os demais itens
(chapas, perfis, etc) deve ser executado um número de teste, em valor absoluto,
correspondente a 1% da área total pintada distribuídas uniformemente por toda a área. Por
exemplo, para uma área pintada de 300m2 (1% de 300 ´é igual a 3), devem ser feitos no
mínimo 3 ensaios de aderência.

No caso de reprovação de um teste, dois novos pontos devem ser escolhidos, distanciados de
1m do ponto anterior e caso um deste seja também reprovado toda a pintura correspondente a
esta inspeção deve ser rejeitada.

De acordo com a espessura de película seca, deve ser definido o tipo de teste a ser executado
onde:

1) Método A -Corte em X – para espessuras > 100µm


Etapas:
• limpar a superfície com pano embebido de solvente (não utilizar estopa)
• efetuar dois cortes com estiletes com 40mm. Fazendo ângulo (entre 30º e 45º) atingindo o
substrato, pode-se colocar um gabarito de alumínio.
• pressionar 10cm da fita adesiva semitransparente (25mm - adesividade de 32±4 g/mm -
ASTM D1000) sobre a região de estrelaçamento se possível utilizar uma borracha;
• arrancar a fita adesiva, sobre ela mesma, após aguardar de 1 a 2 minutos em um ângulo
próximo a 180º;
• considerar aprovado caso obtém-se no máximo X1 (sobre o corte) ou no caso de tinta de
fundo rica em zinco X2 (máximo) para avaliação ao longo das incisões e Y2 (no vértice)
para a avaliação na interseção dos cortes.

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Nota 2: Nos esquemas de pintura utilizando a tinta de fundo rica em zinco a base de
silicato o método A é sempre o aplicável independente da espessura da película seca das
demãos.

2) Método B - Corte em quadriculados (grade #) – para espessura ≤ 100µm


Etapas
- limpeza da superfície com solvente.
- executar com o dispositivo de corte (tipo c-2mm) cortes cruzados em ângulo reto, de
modo a alcançar o substrato, formando–se grade de 25 quadrados.
- remover os resíduos provenientes do corte com auxílio de um pincel macio.
- pressionar a fita adesiva semitransparente sobre área quadriculada em um dos sentidos
dos cortes.
- arrancar a fita adesiva,sobre ela mesma, após aguardar de 1 a 2 minutos em um ângulo
próximo a 180º.
- considerar aprovado caso obtenha no máximo Gr1

4.8 Execução de Reparos


• Deve-se executar o esquema original de pintura no caso de retoques, entretanto na
impossibilidade do jateamento abrasivo, a superfície deve ser preparada conforme norma
Petrobrás N6 até o grau St3.
• Regiões pintadas com tintas à base de silicatos (N1661) devem ser retocadas com a tinta
de fundo epóxi pó de zinco amida curada (N1277).
• Retoques em serviços de manutenção deve-se utilizar a tinta de fundo epóxi pigmentada
com alumínio conforme norma Petrobrás N2288.
• Deve-se atentar sempre para a compatibilidade entre as tintas utilizadas, não podendo
haver mistura de marcas.

4.9 Sistemas de Pintura Petrobrás


Os principais sistemas de pintura externa e interna de dutos atendem as normas Petrobrás
N442M, N1201 e N2631.

4.9.1 Sistema conforme N442M Condição nº2


• Ambiente: seco ou úmido, contendo ou não gases derivados de enxofre, com ou sem
salinidade;
• Tubulação de utilidades, processo e de transferência;
• Tubulação sem isolamento térmico;
• Temperatura de operação: de ambiente até 120 ºC

Intervalo entre
Camada Tinta PB Espessura min. Nº de Método Cor
demãos
(µm) demão
(horas)
Fundo N2630 100 01 R/T/P 16-48 O/B/C
Interm. - - - - - -
Acabam. N1259 25 02 R/P 24-72 AL
(N2677) (70) (01) (R/T/P) (outras)
Legenda:
R: rolo O: óxido AL:alumínio
T: trincha B: branco V: verde claro
P: pistola C: cinza

Obs: N2630-Tinta epóxi-fosfato de Zinco de Alta Espessura


N1259- Tinta de Alumínio Fenólico

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N2677- Tinta de Poliuretano Acrílico

4.9.2 Sistema conforme N442M Condição nº3


• Ambiente: seco ou úmido, contendo ou não gases derivados de enxofre, com ou sem
salinidade;
• Tubulação de utilidades, processo e de transferência;
• Tubulação com isolamento térmico
• Temperatura de operação: de 15ºC até 80ºC contínuo ou de 60ºC até 120ºC com serviço
intermitente

Camada Tinta PB Espessura demão método Interv. Cor


mín.(µm) (horas)
Única N2630 100 01 R/T/P - O,B,C

4.9.3 Sistema conforme N442M Condição nº7


Ambiente: Orla marítima ou sobre “pier”
Temperatura de operação: de ambiente até 60 ºC

Camada Tinta PB Espessura demão método Interv. Cor


mín.(µm) (horas)
Fundo N1661 75 01 P 30-48 V,O
Interm. N1202 30 01 R/P 8-72 C
Acabam. N2628 200 01 R/P - AL

OBS: N1661-Tinta de Zinco Etil Silicato


N1202-Tinta de fundo Epóxi Óxido de Ferro
N2628-Tinta Epóxi Poliamida de Alta Espessura

Nota 3: Quando ultrapassar o tempo de aplicação da tinta epóxi deverá ser aplicado um
lixamento leve sobre a mesma e uma limpeza com solvente não oleoso e para tintas ricas em
zinco (N1661) a superfície deverá ser lavada com água doce. Tinta a óleo resinosa (N1259) é
recomendado a limpeza superficial com aguarrás mineral isento de contaminantes.

Nota 4: Nos cordões de solda e trechos de apoio sobre cavaletes, a aplicação da tinta deve ser
obrigatoriamente à trincha, exceto para a tinta N1661 que deve ser feita com pistola.

4.9.4 Sistema conforme N1201


Este esquema, originário para pintura interna de tanques, em alguns casos, aplica-se em
linhas de lastro, rede de incêndio, álcool, água salgada ou doce e hidrocarbonetos líquidos.

Temperatura de operação: menor que 120ºC (conforme produto)

Revestimento tipo I – (água salgada ou doce, gasolina, lastro querosene, óleos diesel,
combustível e lubrificante, naftas)

Camada Tinta PB Espessura demão Método Interv. Cor


mín.(µm) (horas)
Fundo N2630 100 1 R,T,P 16 a 48 O, B, C
Acabam. N2629 150 2 R/P Secar ao Verde (1º) e (2º)
toque branca

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5. SEGURANÇA
• Os locais de armazenamento de tintas e solventes devem ser providos de sistema de
combate a incêndio (extintores) e não podem armazenar outro tipo de material;
• Os operadores de equipamento de jateamento abrasivo (granalha) devem estar protegidos
com EPI (calças compridas de brim, botas de couro, jaqueta de mangas compridas de
raspa de couro e máscara de ar comprimido) na cabine isolada. No caso de jateamento
abrasivo úmido usar vestimenta e calçados impermeáveis, viseira de acrílico, luvas e
protetor auricular. Normalmente ocorre ao ar livre.
• Para a operação de pintura deve ser utilizado máscara com filtro mecânico (contra pó) ou
com filtro químico (contra gases) no caso de uso como solventes tóxicos, e não as finas de
feltro na cor branca usualmente em fábricas contra poeiras.

6. ANEXOS
I - PADRÕES DE ADERÊNCIA (Nbr11003)– Métodos A e B
II - TIPOS DE TINTAS
III - PADRÕES ISO 8501-1 (GRAUS DE IMTEMPERISMO/TRATAMENTO SUPERFÍCIE)
IV – CÁLCULOS DO PONTO DE ORVALHO, ESPESSURA ÚMIDA E RENDIMENTO

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ANEXO I (NBR 11003) – MÉTODO A

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ANEXO I (NBR 11003) – MÉTODO A

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ANEXO I (NBR 11003) – MÉTODO B

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ANEXO II – TIPOS DE TINTAS

PRINCÍPIO PONTOS FAVORÁVEIS APLICAÇÕES TINTAS


PETROBRÁS
ALQUÍDICA BAIXO CUSTO LOCAIS DE POUCA N 1232
(SINTÉTICA) FÁCIL APLICAÇÃO AGRESSIVIDADE N 2492
MONOCOMPONENTE IMPLEMENTOS N 1228 (*)
SECAGEM RÁPIDA AGRÍCOLAS
BOA APARÊNCIA MÁQUINAS EM GERAL
PAINÉIS
EPOXI ÓTIMA RESISTÊNCIA A ÁREAS INDUSTRIAIS N 2630(*)
INTEMPÉRIES USINAS DE AÇÚCAR N 2628
(Cinza fosca) ÓTIMA RESISTÊNCIA INDÚSTRIA NAVAL N 2629
QUÍMICA EQUIPAMENTOS N 2288(*)
ÓTIMA RESISTÊNCIA A MÁQUINAS N 1202(*)
ABRASÃO N 1761
ÓTIMA ADERÊNCIA N 1265
RESISTÊNCIA MECÂNICA
RESISTÊNCIA A UMIDADE
ALTA DURABILIDADE
ETIL SILICATO DE PROTEÇÃO CATÓDICA ÁREAS INDUSTRIAIS N 1661
ZINCO RESISTÊNCIA QUÍMICA INDUSTRIA NAVAL N 2631
RESISTÊNCIA A UMIDADE
(Verde) RESISTÊNCIA A
ALTA/BAIXA
TEMPERATURA
BAIXO CUSTO ÁREAS INDUSTRIAIS N 1259
ALUMÍNIO RESISTÊNCIA QUÍMICA USINAS DE AÇÚCAR
RETENÇÃO DE INDÚSTRIA NAVAL
FENÓLICA BRILHO/COR EQUIPAMENTOS
MÁQUINAS
POLIURETANO RETENÇÃO DE PRÓXIMO A ORLA N 1342
ALIFÁTICO BRILHO/COR MARÍTIMA N 2677
RESISTÊNCIA A INCIDÊNCIA A RAIOS
(Cinza brilhosa) INTEMPÉRIES SOLARES
RESISTÊNCIA A LUZ ÁREAS INDUSTRIAIS
RESISTÊNCIA QUÍMICA COM TOXIDADE ALTA
VEÍCULOS
MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS

CURSO DE INSPETOR DE DUTOS TERRESTRES – NÍVEL 1 13


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ANEXO III – GRAUS DE INTEMPERISMO E PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES (ISO 8501-1)

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ANEXO IV – PONTO DE ORVALHO / ESPESSURA ÚMIDA/RENDIMENTO

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EXERCÍCIOS
1) Marque a alternativa abaixo que indica uma não conformidade quanto a tintas e/ou
consumíveis usados no jateamento:
(a) Amassamento da lata e sílica limpa.
(b) Nº do lote da lata legível e granalha isenta de umidade.
(c) Nome comercial legível e granalha certificada.
(d) Prazo de Validade em dia e sacos de consumível sobre estrados de madeira.
(e) N.R.A.

2) Marque a alternativa correta quanto ao grau de intemperismo:


(a) Grau C: Superfície do aço sem carepa de laminação (eliminada pela corrosão) ou que
possa ser retirada por raspagem, e que apresente pequenos alvéolos.
(b) Grau D: Superfície de aço com carepa de laminação e que apresente corrosão alveolar de
severa intensidade.
(c) Grau A: Superfície de aço com carepa de laminação intacta e com corrosão generalizada.
(d) Grau B: Superfície de aço sem corrosão cuja carepa de laminação tenha sido totalmente
desagregada.
(e) N.R.A.

3) Quanto ao grau de preparação de superfície (limpeza), segundo a norma SIS,


consideramos a sigla para o jateamento ao metal quase branco, como sendo:
(a) St3.
(b) Sa3.
(c) Sa2.
(d) Sa2 ½.
(e) St2.

4) Marque a alternativa correta quanto aos graus de preparação:


(a) St2: Baixo Custo / Adesão Não-Comprometida.
(b) St3: Baixo Custo / Não confere perfil de ancoragem.
(c) Sa2: Baixo Custo / Não confere perfil de ancoragem.
(d) Sa3: Diminui o deslocamento catódico / Adesão Comprometida.
(e) Sa21/2: Não aumenta a área de superfície / Risco de contaminação ambiental.

5) Cite dentre as afirmativas abaixo quanto a preparação de tinta a que está


INCORRETA.
(a) Tintas de dois ou três componentes devem ter cada componente homogeneizado
separadamente, antes de misturá-los nas proporções recomendadas.
(b) A homogeneização deve ser feita por misturador mecânico para qualquer volume de tinta a
ser utilizada.
(c) Não é permitido a aplicação de secante a tinta.
(d) A preparação deve ocorrer em local aberto, ventilado, distante de chamas.
(e) N.R.A.

6) Durante a inspeção visual da película de tinta fresca, cada demão deve ser uniforme
(sem falhas) e isenta de defeitos, tais como:
(a) Bolhas de ar, presença de contaminantes e padrão de cor opaco.
(b) Porosidade, escorrimento e empolamento.
(c) Escorrimento, crateras e alvéolos de corrosão.
(d) Porosidade, manchas e calcinamento.
(e) NRA.

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Pintura

7) A inspeção da espessura de película seca deve ser feita a cada 25m lineares ou
fração do comprimento da tubulação, utilizando qual tipo de instrumento?
(a) Micro-test.
(b) Elcometer.
(c) D’meter.
(d) As alternativas “a” e “b” estão corretas.
(e) As alternativas “a”, “b” e “c” estão corretas.

8) Correlacione as colunas, segundo os pontos favoráveis e aplicações


respectivamente se correspondem ao principio de cada tinta.
(a) Zinco ( ) Ótima aderência e Usinas de açúcar
(b) Epóxi ( ) Resistência a Intempéries e Próximo a orla marítima
(c) Alumínio ( ) Baixo Custo e Máquinas em Geral
(d) Alquídica ( ) Retenção de Brilho/Cor e Industria Naval
(e) Poliuretano ( ) Alta/Baixa temperatura e Industria Naval

9) As condições atmosféricas têm grande influência na qualidade e eficiência no


resultado do processo de pintura. Dentre as opções abaixo, assinale a mais
recomendada para a efetivação da aplicação da tinta:

Temperatura ( ºC) Umidade Relativa (%)


(a) 10 10
(b) 14 85
(c) 22 55
(d) 30 90
(e) 35 15

10) O sistema de pintura que proporciona melhor proteção para um equipamento


construído em aço carbono, instalado em uma planta industrial próxima ao mar e em
serviço na faixa de temperatura de 200ºC a 300ºC é:
(a) Fundo a base de resina alquídica com acabamento de esmalte alquídico.
(b) Epóxi.
(c) Acrílico.
(d) Primer a base de etil silicato de zinco com acabamento de silicone.
(e) Borracha clorada.

CURSO DE INSPETOR DE DUTOS TERRESTRES – NÍVEL 1 17

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