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Mecanismos Físicos e

Equações de Taxas de Transmissão


de Calor
Transferência de Calor e Energia Térmica

• O que é a transferência/transmissão de calor?

A transferência/transmissão de calor é o trânsito de energia térmica


devido a uma diferença de temperaturas num meio ou entre meios.

• O que é a energia térmica?


A energia térmica está associada à translação, rotação, vibração e aos
estados electrónicos dos átomos e moléculas que constituem a matéria.

A energia térmica representa o efeito cumulativo das actividades microscópicas


e está relacionada com a temperatura da matéria.
NÃO confundir ou trocar os significados físicos de Energia Térmica,
Temperatura e Transferência de Calor
Quantidade Significado físico Símbolo Unidades
Energia Energia associada ao comportamento
Térmica+ microscópico da matéria U ou u J ou J/kg
Temperatura Modo indirecto de determinar a
quantidade de energia térmica T º C ou K
armazenada na matéria

Transferência de Transporte de energia térmica devido a


Calor gradientes de temperatura

Calor Quantidade de energia térmica transferida


num intervalo de tempo t > 0
Q J
Taxa de transferência
de calor
Energia térmica transferida por unidade
de tempo
q W

Fluxo de calor Energia térmica transferida por unidade


de tempo e por unidade de área
q' ' W / m2
+
U  Energia Térmica
u  Energia Térmica específica
Modos de Transferência de Calor

Condução: Transferência de calor num sólido ou fluido estático (gás ou líquido) devida ao
movimento aleatório dos seus átomos, moléculas e/ou electrões constituintes.

Convecção: Transferência de calor devida ao efeito combinado do movimento


aleatório (microscópico) e do movimento macroscópico (advecção)
do fluido sobre uma superfície.

Radiação: Energia que é emitida pela matéria devido a mudanças das configurações
electrónicas dos seus átomos ou moléculas e que é transportada por ondas
electromagnéticas (ou por fotões).

• A condução e a convecção exigem a presença de matéria e de variações de temperatura nesse


meio material.
• Embora a radiação tenha origem na matéria, o seu transporte não exige a presença de um
meio material. Aliás, o transporte radiativo é mais eficiente no vácuo.
Aplicações
Identificação de mecanismos

Problema 1.73(a): Identificação de mecanismos de transferência de calor para janelas de vidro simples e duplo

qs Radiação solar incidente durante o dia: a fracção transmitida pelo vidro duplo é menor que a transmitida pelo vidro simples.
q c o n v ,1 Convecção entre a superfície interior da janela e o ar interior
q r a d ,1 Fluxo radiativo útil trocado entre as paredes do quarto e a superfície interior da janela
q c o n d ,1 Condução através do vidro que tem superfície interior em contacto com ar interior
q conv ,2 Convecção entre a superfície exterior da janela e o ar exterior
q rad ,2 Fluxo radiativo útil trocado entre a envolvente e a superfície exterior da janela

q c o n d , 2 Condução através do vidro que tem superfície interior em contacto com ar exterior na janela de vidro duplo

qconv ,s Convecção no espaço entre vidros (janela de vidro duplo)


qrad ,s Fluxo radiativo útil entre as superfícies dos vidros que limitam o espaço entre vidros
Taxas de Transferência de Calor
Condução
Forma geral (vectorial) da Lei de Fourier:

Fluxo de calor Condutibilidade térmica Gradiente de temperatura


W/m 2 W/m ⋅ K º C/m ou K/m
Aplicação ao caso de condução unidimensional, estacionária através de uma
placa plana com condutibilidade térmica constante:

Fluxo de calor (W/m2):

dT T −T
qx′′ = −k = −k 2 1
dx L
T1 − T2
qx′′ = k
L

Taxa de transferência de calor (W): qx = qx′′ ⋅ A


Taxas de Transferência de Calor
Convecção

Relação entre convecção e o escoamento sobre uma superfície e o desenvolvimento


das camadas limite hidrodinâmica e térmica:

Lei do arrefecimento de Newton :

q ′′ = h (Ts − T∞ )

h [W/m2.ºC] ou [W/m2.K]: Coeficiente de transferência de calor por convecção


Taxas de Transferência de Calor
• Advecção, difusão, convecção

• Convecção forçada, convecção natural

• Calor sensível e calor latente

• Ebulição e condensação

Gama de valores típicos do coeficiente de


convecção [W m-2 K-1]
Convecção natural - gases 2 - 25
Convecção natural - líquidos 50 - 1000
Convecção forçada - gases 25 - 250
Convecção forçada - líquidos 50 - 20000
Ebulição ou condensação 2500 - 100000
Taxas de Transferência de Calor
Radiação
A transferência de calor por radiação numa interface gás/sólido envolve a emissão de
radiação a partir da superfície e pode também envolver a absorção da radiação incidente
da envolvente (irradiação, G ), bem como da convecção (se Ts ≠ T∞)

Fluxo de energia que sai devido à emissão:


E = ε Eb = εσ Ts4

E [W/m2]: Poder emissivo da superfície


ε (0 ≤ ε ≤1): Emissividade da superfície
Eb [W/m2]: Poder emissivo de um corpo negro (emissor perfeito)
σ = 5,67××10-8 [W m-2 K-4] (constante de Stefan-Boltzmann)

Energia absorvida devida à irradiação: Gabs = α G

Gabs [W/m2]: Radiação incidente absorvida


α (0 ≤ α ≤ 1): Absorsividade da superfície
G [W/m2]: Irradiação
Taxas de Transferência de Calor
Irradiação: Caso especial de uma superfície exposta a uma
envolvente de grandes dimensões com temperatura uniforme, Tsur

4
G = Gsur = σ Tsur

Se α = ε, o fluxo radiativo útil a partir da superfície


devido às trocas de calor por radiação com a envolvente é:

q 'rad
'
(
= ε E b (TS ) − α G = ε σ Ts4 − Tsur
4
)
Taxas de Transferência de Calor

Em alternativa,

''
q rad = hr (TS − Tsur )
[
hr W / m 2 .K ] Coeficiente de transferência de calor por radiação

hr = ε σ (TS + Tsur )(TS2 + Tsur


2
)

Para convecção e radiação combinadas:

q ′′ = qconv ′′ = h (Ts − T∞ ) + hr (Ts − Tsur )


′′ + qrad (1.10)
Aplicações
Arrefecimento de componente electrónica

Problema 1.31: Dissipação de potência em chips que operam com uma temperatura superficial de 85°C
num quarto cujas paredes e ar estão a 25°C para (a) convecção natural e (b) convecção forçada.
Hipóteses: (1) Estacionário,
(2) Trocas de radiação entre superfície pequena e grande
envolvente,
(3) Transferência de calor desprezável das faces laterais
e da superfície de trás do chip

Pelec = qconv + qrad = hA (Ts − T∞ ) + ε Aσ (Ts4 − Tsur4 )


2
A = L2 = ( 0.015m ) =2.25×10-4 m 2
(a) Se for convecção natural,
5/ 4 5/4
qconv = CA (Ts − T∞ ) =4.2W/m 2 ⋅ K 5/4 ( 2.25×10-4 m 2 ) ( 60K ) =0.158W
qrad = 0.60 ( 2.25×10-4 m 2 ) 5.67×10-8 W/m 2 ⋅ K 4 ( 3584 -2984 ) K 4 =0.065W
Pelec = 0.158W+0.065W=0.223W

(b) Se for convecção forçada,


qconv = hA (Ts − T∞ ) =250W/m 2 ⋅ K ( 2.25×10-4 m 2 ) ( 60K ) =3.375W
Pelec = 3.375W+0.065W=3.44W
Conservação de Energia
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
(Primeira Lei da Termodinâmica)
• Uma ferramenta importante na análise do fenómeno de transferência
de calor, constituindo geralmente a base para determinar a temperatura
do sistema em estudo.

•Formulações Alternativas
Base temporal:
Num instante
ou
Num intervalo de tempo

Tipo de Sistema:
Volume de controlo
Superfície de controlo
APLICAÇÃO A UM VOLUME DE CONTROLO
• Num instante de tempo:

Notar a representação do sistema através de uma


superfície de controlo (linha a tracejado) nas
fronteiras.

Fenómenos superficiais

Taxa de transferência de energia térmica e/ou mecânica através da superfície de controlo,


devido à transferência de calor, escoamento de um fluido ou transferência de trabalho

Fenómenos volumétricos

Taxa de geração de energia térmica devido à conversão de outra forma de energia (e.g.
eléctrica, nuclear, química); conversão essa de energia que ocorre no interior do sistema

Taxa de variação de energia armazenada no sistema


APLICAÇÃO A UM VOLUME DE CONTROLO
• Num instante de tempo:

Notar a representação do sistema através de uma


superfície de controlo (linha a tracejado line) nas
fronteiras.

Conservação de energia

Cada termo tem unidades [J/s] ou [W].

• Num intervalo de tempo:

Ein + E g − Eout = ∆Est (1.11b ) Cada termo tem unidades [J].


O BALANÇO DE ENERGIA SUPERFICIAL
Há um caso especial para o qual não existe massa ou volume contidos na superfície de controlo

Conservação de Energia (num instante): E& in − E& out = 0

• Aplica-se em condições estacionárias e transientes


• Sem massa nem volume, não faz sentido falar em energia armazenada ou em geração no balanço de
energia, mesmo que estes fenómenos ocorram no meio de que a superfície faz parte.

Considere a superfície de uma parede com transferência de calor (condução, convecção e radiação).

′′ − qconv
qcond ′′ = 0
′′ − qrad
T1 − T2
k
L
( )
− h (T2 − T∞ ) − ε 2σ T24 − Tsur
4
=0
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
Exemplo 1.3: Aplicação à resposta térmica de um fio condutor com aquecimento por efeito
de Joule (geração de calor à passagem da corrente eléctrica).

E& in − E& out + E& g = E& st

E& in = 0 [ (
E& out = (π D L ) h (T − T∞ ) + ε σ T 4 − Tsur
4
)]
E& g = Relect I 2 E& st =
d
(ρ c V T )
dt
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
Exemplo 1.43: Processamento térmico de uma bolacha de sílica num forno de 2 zonas.

Sabe-se que a bolacha de sílica está posicionada no forno com as superfícies


inferior e superior expostas, respectivamente, à zona quente e zona fria.

Determinar
(a) Taxa inicial de aquecimento da bolacha a partir de Twi = 300K,
(b) Temperatura em regime estacionário.
A convecção é relevante?

Hipóteses:
ESQUEMA a) Temperatura da bolacha uniforme
b) Temperaturas uniformes das regiões quente e fria
c) Trocas radiativas entre corpo pequeno e envolvente
grande
d) Perdas da bolacha para o suporte desprezáveis
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
Exemplo 1.43: Processamento térmico de uma bolacha de sílica num forno de 2 zonas (cont)

ANÁLISE: No balanço de energia à bolacha de sílica deve contabilizar-se a convecção com o gás ambiente pelas
superfícies inferior (l) e superior (u), as trocas de radiação com as zonas quente e fria e a acumulação de energia.

E& in − E& out = E& st

Em termos de fluxo (por unidade de área)


d Tw
′′ , h + qrad
qrad ′′ , c − qcv
′′ , u − qcv
′′ , l = ρ cd
dt
dT
( 4
εσ Tsur ,h ) (
− Tw4 + εσ Tsur
4 4
)
, c − Tw − hu (Tw − T∞ ) − hl (Tw − T∞ ) = ρ cd
dt
w

(a) Como condição inicial temos Tw =Twi = 300K

) )
0.65 × 5.67 × 10−8 W / m 2 ⋅ K 4 15004 − 3004 K 4 + 0.65 × 5.67 × 10−8 W / m 2 ⋅ K 4 330 4 − 300 4 K 4
( (
−8 W / m2 ⋅ K ( 300 − 700 ) K − 4 W / m 2 ⋅ K ( 300 − 700 ) K =2700kg/m875J/kgK
3 ×⋅
×0.00078 m ( d Tw / dt )i

( d Tw / dt )i = 104 K / s
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
Exemplo 1.43: Processamento térmico de uma bolacha de sílica num forno de 2 zonas (cont)

Em regime estacionário o armazenamento de energia é nulo. O balanço de energia é efectuado com a temperatura
da bolacha em regime estacionário, Tw,ss

(
0.65 σ 15004 − Tw,ss
4
) (
K 4 + 0.65 σ 3304 − Tw,ss
4 K 4 −8 W / m 2 ⋅ K Tw,ss − 700 K − 4 W / m 2 ⋅ K Tw,ss − 700 K = 0
) ( ) ( )
Tw,ss = 1251 K

Para determinar a importância relativa da convecção, resolver o balanço de energia sem convecção. Obtém-se
(dTw/dt)i = 101 K/s e Tw,ss = 1262 K. Logo, a radiação controla a taxa de aquecimento inicial e o regime
estacionário.

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