GUIA PURE LABWATER

Uma perspectiva geral essencial das

para laboratórios, monitorização e

normas.

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 1 8/7/09 17:28:21


O GUIA PURE LABWATER
Introdução
Conteúdo
1 Introdução
2 Aplicações de análise e pesquisa
3 Diagnóstico clínico
4 Cuidados de saúde
5 Perspectiva geral da purificação
de água
6 Glossário
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 2-3
O Guia Pure LabWater é
um recurso essencial para
indivíduos que utilizam água
pura ou para indivíduos que
1-4 pretendam aprender mais sobre
5-22 o assunto. Ao disponibilizar uma
23-28
perspectiva geral dos requisitos
de purificação de água, técnicas
29-32
e aplicações nas áreas de ciência
33-72
e medicina, este guia educativo
irá permitir-lhe seleccionar
73-76
o grau correcto de água e o
método mais fiável de produção
a um custo económico, tanto
para o seu orçamento como para
o ambiente.
Desafios: impurezas e variações na
água potável
A água para a maioria das aplicações clínicas
e laboratoriais é normalmente purificada
a partir da água potável. No entanto, a
capacidade da água para dissolver (de certa
Introdução
1-2
forma) virtualmente todos os compostos "A água pura é a
químicos e sustentar, praticamente, substância mais
todas as formas de vida, significa que o comum que serve de
fornecimento de água potável contém base a uma grande
muitas substâncias em solução ou variedade de aplicações
suspensão; as impurezas adicionais científicas e médicas
resultam do processo de tratamento – a sua importância
da água potável. Para além disso e nunca deverá ser
ao contrário de outras matérias não subestimada."
tratadas, a água potável pode variar
significativamente as características
dependendo da região geográfica e das Como utilizar este guia
estações do ano.
Este guia elaborado pela ELGA e baseia-se na experiência de
Nos laboratórios actuais, a
mais de 70 anos dedicados exclusivamente à pesquisa, design,
disponibilidade de água pura é um
fabrico e instalação de sistemas de purificação da água. Todo
factor essencial, e enquanto que os
o Guia Pure LabWater corresponde a uma concentração dos
consumidores domésticos consideram a
nossos Guias originais Pure LabWater e Pure Clinical LabWater,
água da torneira como sendo "pura", os
publicados respectivamente, pela primeira vez, em 1991 e
cientistas de laboratório e profissionais
2003. Para além de disponibilizar actualizações no campo da
de saúde olham para esta como estando
purificação de água (por ex., novas tecnologias de purificação
altamente contaminada. Os cientistas
de água, aplicações adicionais e normas revistas), o guia
analíticos e investigadores preocupam-
se com os elementos e compostos em
foi concebido de forma a poder aceder mais facilmente à
concentrações baixas (gamas de partes
informação necessária. Ao longo deste guia poderá encontrar
dicas e sugestões e "Factos Puros" sobre purificação de água
por bilião (ppb) ou inferiores). Grande
com diagramas de resumo de tecnologias, sistemas e processos
parte destes contaminantes podem ter
importantes. É fornecido um glossário no final deste guia, de
efeitos negativos em aplicações através
da interacção com outras substâncias,
forma a poder consultar e compreender em simultâneo termos
incluindo a substância em análise.
técnicos com os quais se encontra menos familiarizado.
Este guia encontra-se dividido em 4 secções de fácil acesso.
Existem 5 classes de impurezas na água
potável e na água natural: • Pesquisa e ensaios (secção 1)
• Partículas em suspensão • Diagnóstico clínico (secção 2)
• Cuidados de saúde (secção 3)
• Compostos inorgânicos dissolvidos
• Compostos orgânicos dissolvidos • Perspectiva geral da purificação de água
(secção 4, dividida em 5 subsecções)
• Microrganismos e biomoléculas
• Produção de água potável
• Gases dissolvidos
• Impurezas na água potável
Os métodos de purificação da água • Tecnologias de purificação de água
para aplicações na área científica e
médica têm como objectivo retirar as • Manutenção da pureza da água purificada
impurezas da água potável enquanto • Normas de água purificada
minimiza a contaminação adicional dos
componentes do sistema de purificação
e o crescimento bacteriano.
8/7/09 17:28:23

Sobre a ELGA
Como parte integrante da Veolia, a
empresa líder mundial dos serviços
de água, a ELGA proporciona uma
fonte de água fiável que corresponde
economicamente à conformidade
exigida por todas as aplicações
científicas e médicas dos nossos
clientes. Com mais de 70 anos de
experiência dedicados exclusivamente
à criação pioneira de sistemas de
purificação de água, continuamos a
utilizar pesquisas vanguardistas com
um design inovador e ergonómico.
A ELGA proporciona sistemas
robustos e de fácil instalação de
forma a corresponder às necessidades
em mudança constante dos
nossos clientes. Trabalhamos em
parceria com empresas líderes em
instrumentos para laboratório de
forma a personalizar os sistemas de
purificação de água para aplicações
específicas. Para além disso,
desempenhamos um papel proactivo
com as organizações de normas de
qualidade da água que, desenvolvem
e recomendam especificações da água
para laboratório. Com uma rede com
mais de 600 centros de serviço a nível
mundial, a ELGA garante um conjunto
de serviços e assistência sem igual,
independentemente do local onde se
encontrar, para toda a sua gama de
sistemas de purificação de água.
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 4-5
Secção 1
Pesquisa e ensaios
Dá ênfase à vasta gama de aplicações executadas em
diferentes laboratórios, desde a lavagem e enxaguamento de
vidraria básica até às mais importantes técnicas de biologia
molecular e cultura de células. Esquematiza os tipos de água
necessários para cada categoria de aplicação.
Secção 2
Diagnóstico clínico
Realça a importância da utilização de água extremamente
pura de forma a que os ensaios químicos obtenham resultados
válidos e fiáveis. Esquematiza as normas e regulamentos
internacionais necessários para estas aplicações.
Secção 3
Cuidados de saúde
Esquematizamos inúmeras aplicações nos cuidados de saúde
que necessitam de água de elevada pureza, incluindo o
processo de lavagem de descontaminação de instrumentos
cirúrgicos (por ex., endoscópios) e a produção de vapor para a
esterilização de instrumentos. Pormenoriza as mais exigentes
directrizes e normas de qualidade da água agora impostas para
estas aplicações.
Secção 4
Perspectiva geral da purificação de água
Proporciona uma perspectiva geral completa sobre a água,
fornecendo detalhes sobre os tipos de impurezas encontradas
na água e as tecnologias, design de sistema e componentes
necessários para removê-las eficazmente. A selecção das
etapas iniciais de um sistema de purificação irá depender
das características da água de alimentação e todo o processo
tem início com uma etapa de pré-tratamento. As principais
tecnologias de purificação de água são esquematizadas e para
cada uma são apresentadas as suas vantagens e restrições;
por exemplo, determinadas tecnologias podem remover
grandes quantidades de várias impurezas, enquanto outras
podem remover um tipo específico de impureza até níveis
extremamente baixos.
Existe uma grande variedade de
diferentes normas publicadas que
definem a qualidade da água necessária
para aplicações específicas. A ASTM®
(American Society for Testing and
Materials) e a ISO® (International
Organization for Standardization) 3696
fornecem directrizes para aplicações
laboratoriais; as directrizes CLSI®
(Clinical and Laboratory Standards
Institute) definem os requisitos de
qualidade da água para laboratórios
clínicos. Determinados laboratórios irão
também adoptar normas delineadas
na Farmacopeia Europeia, Americana
ou Japonesa. Contudo, muito poucas
destas normas são específicas para a sua
aplicação particular; ir demasiado longe
irá resultar em custos desnecessários,
enquanto não ir suficientemente longe
irá colocar em risco a precisão dos
seus resultados. Este guia irá permitir-
lhe navegar através de um labirinto
de normas e ajudá-lo a escolher com
facilidade o tipo certo de água e o
método de produção que lhe irá fornecer
a correcta pureza a custos reduzidos para
o seu orçamento e para o ambiente.
Introdução
3-4
Purificação de água para laboratório pioneira:
1937 – 1955 Walter Lorch fundou a ELGA. A destilação esteve
na vanguarda da purificação de água, embora
as limitações desta tecnologia, no que respeita
à pureza, tenham sido um impulsionador de
mudança. O desionizador de tipo cartucho foi
inventado por Walter Lorch
1960 – 1970 A ELGA colaborou com a London School of
Pharmacy (Escola de Farmácia da Universidade de
Londres) para desenvolver produtos destinados ao
mercado hospitalar, laboratórios e sector em geral
1980 – 1989 A ELGA fundou a School of Water Sciences (Escola
das Ciências Aquáticas). Walter Lorch publicou
"The Handbook of Water Purification" (O Manual
de Purificação de Água). A ELGA foi a primeira a
introduzir a foto-oxidação por raios ultravioletas
num sistema de purificação para laboratório.
A ELGA lançou o MedRo, um sistema concebido
especialmente para o mercado renal
1990 – 1999 A ELGA lançou o PURELAB UHQ, uma combinação
de permuta iónica, processos de membrana,
adsorção e foto-oxidação num "sistema" de
purificação de água que fornece água de elevada
pureza a baixo custo. A ELGA foi galardoada com
o prémio Queens na categoria "Design". A ELGA
inventou o "Tipo II" ou sistema de substituição
de destilação que foi incluído na sua gama
de produtos "Options". A ELGA desenvolveu o
MEDICA, o primeiro sistema de purificação de
água concebido especialmente para o mercado
de diagnóstico clínico.
A ELGA lançou o sistema PureSure (utilização
de um controlo multi-etapas), bem como o seu
método de controlo do carbono orgânico total
(COT) em tempo real
2000 A ELGA tornou-se na divisão de Água para
Laboratório da Veolia. A ELGA lançou o Option E5, o
primeiro sistema de purificação para laboratório com
recirculação de electrodesionização da água tratada
2003 A ELGA lançou os revolucionários sistemas CENTRA,
o primeiro sistema centralizado compacto para a
purificação de água para laboratório
2004 A ELGA lançou o BIOPURE, o primeiro produto
concebido especificamente para corresponder às
mais recentes e rigorosas normas de qualidade
da água em aplicações médicas
8/7/09 17:28:28
 Aplicações de análise e pesquisa
5-6

Tipo I+ – vai além dos requisitos de pureza de água

Secção 1

Aplicações de
de Tipo I.

Tipo I – Frequentemente designado como ultrapuro, este

grau é necessário para algumas das mais importantes
aplicações de água, tal como a preparação de fase móvel de

análise e
HPLC (Cromatografia Líquida de Alta Pressão) e a diluição
de amostras e preparação de brancos para outras técnicas
analíticas principais; tais como GC (Cromatografia de
Gases), AAS (Espectrofotometria de Absorção Atómica)

pesquisa
e ICP-MS (Espectrometria de Massa com Plasma
Indutivamente Acoplado). O Tipo I é igualmente necessário
para aplicações de biologia molecular, assim como cultura
de células de mamíferos e IVF (Fertilização In Vitro).

Tipo II+ – é o grau utilizado para aplicações laboratoriais

Os cientistas colocam em prática uma vasta gama de
técnicas, em diferentes laboratórios. Assim, é necessário
purificar e utilizar diferentes tipos de água para ir de
encontro aos procedimentos ou aplicações pretendidos. A
água é um dos maiores componentes em muitas aplicações,
mas o significado da sua pureza não é, muitas vezes,
gerais que necessitam de uma pureza inorgânica mais
elevada.
Tipo II – é o grau para aplicações gerais de laboratório.
Poderá incluir preparação de meios, soluções de pH e
tampões, e alguns analisadores clínicos. Também é comum
que sistemas de Tipo II sejam utilizados para alimentar
sistemas de Tipo I*.

reconhecido.
Tipo III – é o grau recomendado para trabalhos menos
Nesta secção, destacamos algumas Existem muitas normas para a qualidade
exigentes que podem incluir enxaguamento de vidraria,
técnicas / aplicações comuns e da água, publicadas pelo mundo inteiro,
banhos em água e alimentação desinfectada, assim
fornecemos directrizes sobre a mas apenas algumas são relevantes
como câmaras ambientais e estufas de crescimento de
qualidade necessária da água. Também para aplicações específicas em
plantas. Estes sistemas também podem ser utilizados para
fornecemos algumas informações sobre investigação. Esta situação fez com que
alimentar sistemas de Tipo I*.
as tecnologias de purificação que deve a maioria das empresas de purificação
procurar para o seu sistema de água. da água, incluindo a ELGA, adoptasse
classificações genéricas definidas por
limites físicos e químicos mensuráveis.
Resistividade TOC Endotoxinas Ao longo deste manual, iremos falar
*A produção de água ultrapura (com resistividade 18,2 MΩ-cm, <5 ppb TOC)
(MΩ-cm) (PPB) Bactérias (EU/ml) sobre os "Tipos" de água mencionados a partir da água da torneira é normalmente realizada em duas etapas -
Tipo I+ 18,2 <5 <1 <0,03 neste gráfico (ver esquerda). pré-tratamento e polimento. Idealmente, o pré-tratamento reduz todos
os principais tipos de impurezas – componentes inorgânicos, orgânicos,
Tipo I >18 <10 <1 <0,03
microbiológicos e partículas - em mais de 95%. Isto poderá ser conseguido
Tipo II + >10 <50 <10 NA de uma forma mais eficaz utilizando apenas osmose inversa ou osmose
Tipo II >1 <50 <100 NA inversa combinada com permuta iónica ou EDI. Alternativamente, a
permuta iónica pode ser utilizada, mas não consegue reduzir os níveis de
Tipo III >0,05 <200 <1000 NA impurezas orgânicas, bacterianas e de partículas com a mesma capacidade.
Quanto melhor for o pré-tratamento, mais elevada será a qualidade
potencial da água ultrapura final.

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 6-7 8/7/09 17:28:35


Aplicações analíticas
e gerais
(Resumido na tabela da página 16)
Electroquímica
Uma vez que estas técnicas dependem
da medição sensível de pequenos sinais
eléctricos, é fundamental que a água
utilizada interfira o minimo possivél. A
água de Tipo II, tipicamente com TOC
(Carbono Orgânico Total) <50 ppb e uma
contagem bacteriana inferior a 1 CFU/ml
(Unidades Formadoras de Colónias por
mililitro) é recomendada para aplicações
de electroquímica. Para análises
electroquímicas de ultra detecção, será
necessário utilizar água (ultrapura)
de Tipo I.
As técnicas incluem:
Potenciometria
A potenciometria mede o potencial
de uma solução entre dois eléctrodos.
Trata-se de uma técnica passiva que
afecta muito pouco a solução durante
o processo. O potencial é, então,
relacionado com a concentração de
um ou mais compostos. A estrutura
da célula utilizada é frequentemente
referida como um eléctrodo, apesar de
conter dois eléctrodos: um eléctrodo
indicador e um eléctrodo de referência
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 8-9
(distinto do eléctrodo de referência
utilizado no sistema de três eléctrodos).
A potenciometria é uma técnica selectiva
iónica, com um eléctrodo diferente para
cada ião. O eléctrodo potenciométrico
mais comum é o eléctrodo de vidro de
pH.
Medição de pH
O pH é uma subclasse de potenciometria
e é utilizado para medir a acidez ou a
alcalinidade de um líquido. A medição do
pH em água pura é problemática devido
à baixa força iónica da solução e porque
a rápida absorção de dióxido de carbono
afecta a leitura observada.
Coulometria
A colorimetria utiliza corrente aplicada
ou potencial para converter totalmente
um composto de um estado de oxidação
para outro. Nestas experiências, a
corrente total passada é medida directa
ou indirectamente para determinar o
número de electrões que passaram. Tal
poderá indicar a concentração do analito
ou se a concentração for conhecida, o
número de electrões envolvido com
um par redox. O volume de electrólise,
também designado por coulometria
Aplicações de análise e pesquisa
Aplicações analíticas e gerais 7-8
potencial controlada, ou algum híbrido cronoamperometria. Um factor que
com as duas designações, é talvez a distingue a amperometria de outras
forma mais comum de coulometria. formas de voltametria é que é comum
somar as correntes durante um
Voltametria determinado período de tempo em
vez de considerá-las como potenciais
A voltametria aplica um potencial
individuais. Esta soma pode resultar em
constante e/ou variável na superfície
maiores registos de dados e redução
de um eléctrodo e mede a corrente
de erros. A titulação amperométrica
resultante com um sistema de três
é uma técnica que seria considerada
eléctrodos. Este método consegue revelar
como amperometria uma vez que mede
a redução potencial de um analito e uma
a corrente, mas não seria considerada
reactividade electroquímica, entre outros.
voltametria, pois toda a solução é
Este método, em termos práticos, é não
transformada durante a experiência.
destrutivo, uma vez que uma quantidade
muito pequena do analito é consumida
na superfície a duas dimensões do
eléctrodo de trabalho e do eléctrodo
auxiliar.
Polarografia
A polarografia é uma subclasse da
voltametria que usa um eléctrodo de
mercúrio como eléctrodo de trabalho e
utiliza, frequentemente, o conteúdo de
mercúrio resultante como o eléctrodo
auxiliar. A preocupação em relação à
toxicidade do mercúrio, juntamente com
Identificar a qualidade da água potável
o desenvolvimento de eléctrodos de
elevada qualidade, pouco dispendiosos,
inertes e facilmente limpos feitos em
Os mais de 70 anos de experiência na indústria de água
materiais como metais nobres e carvão
para laboratório, em conjunto com a experiência da Veolia
em vidro, provocaram uma grande
na gestão de muitos planos de tratamento municipais,
redução na utilização de eléctrodos de
proporcionam um conhecimento sem igual sobre as
mercúrio.
qualidades da água de alimentação, por todo o mundo.
Na nossa primeira visita ao seu laboratório iremos
Amperometria
efectuar um ensaio no local para análise da qualidade da
A amperometria é uma subclasse água de alimentação. Com dados sobre a qualidade da
da volumetria na qual o eléctrodo água do seu laboratório, aplicações necessárias, design
é mantido a potenciais constantes e orçamento a nossa equipa de vendas irá entregar uma
para várias extensões de tempo. Esta proposta com informações acerca das melhores soluções
distinção é essencialmente histórica e de purificação de água para se adaptarem às suas
ainda dá origem a alguma confusão, necessidades.
por exemplo, a voltametria de pulso
diferencial também é designada por
amperometria de pulso, que pode
ser vista como a combinação de
voltametria de varrimento linear e a
8/7/09 17:28:37
 Aplicações de análise e pesquisa
Aplicações analíticas e gerais 9-10

Espectrofotometria de
Absorção Atómica em
Câmara de Grafite (GFAAS)
também designada por
Espectrofotometria de
Espectroscopia e espectrometria Absorção Atómica em
Câmara de Carvão (CFAAS)
Sistema PureSure
Esta variante de AAS, em que a chama
é substituída por um tubo ou barra de
A espectroscopia foi historicamente o estudo da interacção entre radiação e matéria
grafite aquecido electricamente, pode
em função do comprimento de onda (l), e referia-se à utilização de luz visível
alcançar uma sensibilidade muito elevada
dispersa de acordo com o seu comprimento de onda, ou seja, por um prisma. Mais
em análises elementares. É necessário um
tarde, o conceito foi expandido para abranger qualquer medição de uma quantidade
polidor topo de gama de água de Tipo I,
em função de comprimento de onda ou de frequência. Assim, também se pode referir
que garanta níveis ppt de impurezas
a interacções com radiação de partículas ou uma resposta a um campo alternado
elementares, resistividade de 18,2 MΩ-cm
ou frequência variável (v). Quando foi compreendida a relação estreita entre energia
e baixo TOC, enquanto a monitorização 1 4
dos fotões e frequência (E=hv), em que h é a constante de Plank, uma extensão da
de multi-etapas (disponibilizada pelo
definição acrescentou a energia (E) como uma variável. Uma parcela da resposta
sistema ELGA PureSure - ver direita)
como uma função de comprimento de onda — ou frequência mais comum — é
fornece a melhor garantia de pureza.
referida como um espectro.
O melhor desempenho é conseguido
A espectrometria é a técnica espectroscópica utilizada para avaliar a concentração quando o pré-tratamento melhorado
ou quantidade de uma dada substância e o instrumento que executa tais medições é seguido de recirculação contínua e
é um espectrómetro ou um espectrógrafo. repurificação da água polida.
2 3

Espectrometria de Massa
As Técnicas incluem: Cromatografia Gasosa– Esta técnica altamente sensível permite
1 Conjunto de purificação principal

Espectrometria de Massa análises de detecção de misturas

Espectrofotometria de
Absorção Atómica com
Chama (F-AAS)
Apesar de ser um pouco eclipsada por
análises de multi-elementos ICP-MS e
ICP-ES, o custo relativamente modesto
da ASS garante a sua utilização em
laboratórios mais pequenos ou para
análises específicas. Dependendo
do elemento, os limites de detecção
variam entre ppb baixo para níveis
de ppm. A água de Tipo II é, no geral,
suficientemente pura para a maioria de
ASS de rotina e não existe um requisito
para níveis baixos de compostos
orgânicos ou bactérias.
(GC-MS)
Para a Cromatografia Gasosa (GC), a
água purificada é utilizada para preparar
amostras em branco, padrões e pré-
tratamentos de amostras, por exemplo,
extracção de fase sólida. Uma vez que a
GC-MS consegue alcançar uma elevada
sensibilidade, o requisito da pureza da
água é extremamente rigoroso. São
necessários níveis muito baixos de TOC,
ou seja, inferiores a 3 ppb, o que poderá
ser melhor conseguido utilizando um
polidor topo de gama alimentado com
água pré-tratada por osmose inversa para
remoção de iões e compostos orgânicos.
2 Sensor R1 de qualidade da água intermédio
complexas, necessitando, assim, de
água com elevada pureza. Todos os 3 Sensor R2 de qualidade da água de saída
pré-tratamentos de amostras, como
a extracção de fase sólida e etapas de 4 Conjunto de purificação de polimento
preparação de amostras necessitam
de água (ultrapura) de Tipo I, que é
produzida por um sistema topo de gama
de "polimento" da água. Este permite O sistema PureSure:
níveis ppt de impurezas elementares,
Na ELGA LabWater colocámos um sensor
resistividade de 18,2 MΩ-cm e TOC
extra entre as duas etapas de purificação
extremamente baixo, tipicamente <3 ppb.
de um sistema ultrapuro. É uma forma
A monitorização multi-etapas (ver direita)
é o único método que garante este nível de assegurar que o segundo conjunto
de purificação pode ser mudado antes
de pureza e o melhor de desempenho
é alcançado com pré-tratamento que as impurezas fracamente carregadas
melhorado seguido de recirculação contaminarem a sua aplicação.
contínua e repurificação da água polida.

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 10-11 8/7/09 17:28:41


Espectrometria de Emissão
Atómica com Plasma
Indutivamente Acoplado
(ICP-AES)
Na ICP-AES, a sensibilidade difere
marcadamente para diferentes
elementos, no entanto, metais, semi-
metais, fósforo e enxofre têm limites
de detecção na gama de ppb (μg/l) e
necessitam de uma pureza de água
bastante rigorosa. A melhor opção
traduz-se num sistema (polidor) de água
de Tipo I de elevada pureza, apresentando
resistividade >18 MΩ-cm, no entanto,
os requisitos TOC não são, geralmente,
importantes e o pré-tratamento pode
ser efectuado por osmose inversa ou
permuta iónica.
Espectrometria de Massa
com Plasma Indutivamente
Acoplado (ICP-MS)
Os avanços na instrumentação analítica
moderna continuaram a melhorar a
sensibilidade da análise de detecção
de metais. Estes elementos são agora
medidos a níveis ppt e sub-ppt,
utilizando técnicas como a ICP-MS. O
trabalho analítico de detecção necessita
de água isenta dos componentes a
serem medidos e exige a mesma pureza
extremamente rigorosa da água para
o trabalho mais sensível da ICP-MS.
São preferidas instalações tipicamente
limpas para preparar reagentes de
elevada qualidade para análises em
branco, diluições padrão e preparação
de amostras. O sistema de água
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 12-13
especificado deverá ser um sistema de
Tipo I especialmente concebido. Deverá
incluir uma forma de monitorização
multi-etapas (ver Diagrama PureSure,
página 10) para garantir estes níveis
de pureza. O melhor desempenho
é alcançado com pré-tratamento
melhorado resultante de um sistema
de recirculação de Tipo II.
Espectrofotometria
A água purificada para aplicações de
espectrofotometria terá que ter, pelo
menos, uma qualidade de Tipo II, com
um baixo nível de contaminantes
inorgânicos, orgânicos ou coloidais.
Tipicamente, a água apresenta uma
resistividade >1 MΩ-cm e foi micro
filtrada. Um teor baixo de TOC (<50 ppb)
é de particular importância em técnicas
em que são utilizados sistemas de
detecção de raios ultravioleta, pois os
orgânicos dissolvidos podem interferir
na detecção.
Cromatografia
A cromatografia pode ser preparativa
ou analítica, mas as duas não são
mutuamente exclusivas. A cromatografia
preparativa procura separar os
componentes de uma mistura para
futuras utilizações. A cromatografia
funciona normalmente com quantidades
mais pequenas de material e procura
medir as proporções relativas de
compostos numa mistura.
Aplicações de análise e pesquisa
Aplicações analíticas e gerais 11-12
Cromatografia Líquida de Alta
Pressão (HPLC)
A HPLC pode ser utilizada para a análise
directa e determinação de componentes A variante de detecção de HPLC da
menores e maiores numa mistura água de grau primário e ultrapuro
complexa. Na fase móvel, a água
purificada de grau geral para laboratório
(Tipo II) com TOC, tipicamente, <50 ppb e
uma resistividade >1 MΩ-cm é utilizada
para preparar amostras em branco,
padrões e para o pré-tratamento de
amostras.
Permeado de OI
A variante de HPLC consegue limites
de detecção extremamente baixos, por
exemplo, bem abaixo de 1 ppb, pelo que Água de grau ultrapuro
amostras em branco e pré-tratamento
de amostras necessitam de água pura
de elevada qualidade extremamente
mAU
rigorosa, em que os níveis mais baixos Em branco
de TOC são tipicamente inferiores a
3 ppb (ver gráfico). Esta situação será
mais bem conseguida com um sistema
(polidor) de água de Tipo I topo de gama,
especialmente concebido para o efeito,
alimentado com água pré-tratada por
osmose inversa de Tipo II ou Tipo III.
Cromatografia Iónica (IC)
A IC determina componentes menores
e maiores numa gama de substâncias
Tempo
até 0,1 ppm por injecção directa de
10 a 50 amostras de microlitro. É
necessária água altamente purificada
para amostras em branco, padrões, e podem ser analisados desta forma. Um
para a preparação de eluentes. Apesar sistema de água de Tipo I (de preferência
de a água de Tipo I constituir a melhor de Tipo I+) topo de gama é essencial
opção, a água de Tipo II+é, muitas vezes, para obter níveis ppt de impurezas
adequada, especialmente se o preço elementares, resistividade de 18,2 MΩ-cm
for um factor condicionante. Podem e baixo TOC. A monitorização multi-
ser alcançados limites de detecção etapas fornece uma garantia de pureza
extremamente baixos (até níveis baixos que não é oferecida pelas alternativas
de ppt) utilizando a IC se os iões forem (ver diagrama PureSure, página 10).
pré-concentrados numa curta coluna O melhor desempenho é alcançado com
de permuta iónica e depois eluídos pré-tratamento melhorado seguido de
na corrente eluente para separação recirculação contínua e repurificação da
e análise. 50 ou 100 ml de amostra água de Tipo I.
8/7/09 17:28:41

Aplicações laboratoriais gerais
Química geral
A água purificada para laboratório com
resistividade >1 MΩ-cm, TOC inferior a
50 ppb e contagem bacteriana
<10 CFU/ml é recomendada para
aplicações de química geral.
Lavagem/enxaguamento de
vidraria
A lavagem de vidraria é uma prática
rotineira na maioria dos laboratórios e
o grau de água necessário depende da
natureza das aplicações. Para minimizar
os custos (e dependendo da qualidade da
água potável local), a maioria da vidraria
de utilização geral pode ser lavada com
água de Tipo II. Para técnicas analíticas
ou de investigação mais sensíveis,
deverá ser utilizada água de Tipo II com
uma resistividade de 1 até 15 MΩ-cm.
Para aplicações mais complexas, como
técnicas analíticas de detecção (por
exemplo, ICP-MS), cultura de células ou
rigorosos métodos clínicos, a vidraria
deverá ser lavada com água ultrapura,
especialmente no enxaguamento final,
para garantir que os tampões, meios ou
diluentes ultrapuros estão presentes em
vidraria "não contaminada". Para este
efeito, os componentes inorgânicos de
água (ultrapura) de Tipo I deverão ser de
18,2 MΩ-cm, TOC < 10 ppb e contagens
bacterianas <1 CFU/ml.
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 14-15
Análise qualitativa
A maioria dos métodos de análises
qualitativas para maiores ou menores
constituintes necessitam de água
purificada para laboratório com
resistividade >1 MΩ-cm, TOC inferior
a 50 ppb, nível baixo de partículas e
contagem bacteriana. No entanto, para
técnicas mais sensíveis como ICP-MS, é
necessária água ultrapura proveniente
de um polidor de água de topo de gama
para produzir níveis ppt de impurezas
elementares, água com resistividade de
18,2 MΩ-cm e baixo TOC.
Diluição de amostras e
preparação de reagentes
A água necessária para diluição de
amostras, amostras em branco, reagentes
e normas deverá ser suficientemente pura
de forma a que as análises subsequentes
não sejam afectadas. Na preparação de
tampões para utilização geral, amostras
em branco e normas para técnicas
químicas gerais, e para análises > 1 ppm,
a utilização de uma água purificada para
laboratório com uma resistividade típica
de >1 MΩ-cm, TOC de <50 ppb e baixa em
bactérias irá permitir resultados rigorosos.
Para análises de detecção a níveis ppb ou
inferiores, a água (ultrapura) de Tipo I é
necessária para preparar amostras em
branco e padrões.
SPE – Extracção de Fase
Sólida
Esta técnica é amplamente utilizada na
detecção de determinações orgânicas
como um pré-tratamento para separar
os componentes de interesse dos
componentes restantes da matriz.
Na análise de detecção, será necessário
utilizar água da mais elevada pureza
orgânica para preparar amostras em
branco e padrões, e para enxaguar a fase
sólida. Tal poderá ser conseguido com
um sistema de água de Tipo I, topo de
gama, com uma especificação mínima
de TOC (especialmente concebida para
este efeito) e alimentado com água pré-
tratada por OI. Poderão ser necessários
protocolos de funcionamento adicionais
para garantir um elevado desempenho
contínuo.
Geradores de vapor
Os geradores de vapor são utilizados
numa gama de aplicações que inclui
a humidificação de salas limpas,
hidratação, aquecimento de vapor
directo, injecção e em autoclaves
e esterilizadores. A maioria dos
geradores de vapor beneficiam do
pré-tratamento da água fornecida
para evitar acumulação, precipitação
ou contaminação, de forma a reduzir a
manutenção, melhorar o desempenho
Aplicações de análise e pesquisa
Aplicações analíticas e gerais 13-14
e aumentar os níveis de higiene.
Os geradores de vapor podem utilizar
água de Tipo II com condutividade no
intervalo de 1–50 μS/cm (resistividade
de 0,02 a 1,0 MΩ-cm), que é tipicamente
produzida por osmose inversa após o
pré-tratamento adequado. Algumas
autoridades aplicam especificações
estritas quanto à água utilizada para
produzir "vapor puro" utilizado em
serviços de desinfecção em ambientes
de cuidados de saúde.
Análise de Carbono Orgânico
Total (TOC)
Este método não específico é capaz de
quantificar o teor total de carbono nos
materiais. As aplicações variam desde
níveis elevados em efluentes e correntes
de processo até níveis sub-ppb em água
ultrapura. As amostras são diluídas e os
reagentes e padrões são preparados com
água. Para uma medição de nível elevado,
a água de Tipo II é a mais adequada,
mas para os trabalhos de detecção, será
necessária água (ultrapura) de Tipo I.
8/7/09 17:28:44
 Aplicações de análise e pesquisa
Aplicações analíticas e gerais 15-16

Aplicações analíticas e gerais

Resistividade* TOC Filtro Bactérias Endotoxinas Grau de
Técnica Sensibilidade MΩ-cm ppb µm CFU/ml (UE/ml) Nuclease Água pura
Análise da água Câmaras ambientais Electroquímica Geral >5 <50 <0,2 NA NA NA Laboratório geral

e estufas para crescimento

Elevada >18 <10 <0,2 <1 NA NA Ultrapuro
As análises da água são necessárias para
uma vasta gama de objectivos, como de plantas Alimentação dos reservatórios Baixa >0,05 <500 NA NA NA NA Primário

por exemplo, garantir o cumorimento Alimentação de sistemas de Geral >0,05 <50 NA NA NA NA Apirogénico
A concentração em sais e a água ultrapura Elevada >1 <10 <0,2 <1 NA
da legislação para as águas potáveis, NA Primário
contaminação bacteriológica da água
verificar se os processos de purificação Chama-AAS Geral >5 <500 <0,2 NA NA NA Laboratório geral
são questões de grande importância. A
foram bem sucedidos e para os ensaios GC-MS Elevada >18 <3 <0,2 <1 NA NA Ultrapuro
remoção de sílica (presente em alguma
ambientais em lagos e rios. A análise
água de alimentação e não removida por Química geral Geral >1 <50 <0,2 <10 NA NA Laboratório geral
da água necessita de água purificada
algumas técnicas de purificação) é GF-AAS Elevada 18,2 <10 <0,2 <10 NA NA Ultrapuro
para a preparação de amostras, padrões
considerada critica, de forma a evitar "um Lavagem de vidraria
e brancos e deverá possuir uma pureza Geral >1 <50 <0,2 <10 NA NA Laboratório geral
efeito de pó", ou seja, depósitos de sílica Elevada >18 <10 <0,2 <1 NA
suficientemente elevada que não NA Ultrapuro
em plantas ou amostras. Em
interfira com as técnicas analíticas. Estas HPLC Geral >1 <50 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral
organizações que utilizam câmaras
aplicações das análises são normalmente Elevada >18 <3 <0,2 <1 NA NA Ultrapuro
walk-in, a presença de bactérias
efectuadas com água de Tipo II com uma ICP-AES Geral >5 <50 <0,2 NA NA NA Laboratório geral
representa uma preocupação crescente,
resistividade de >5 MΩ-cm, TOC <50 ppb Elevada >18 <10 <0,2 <1 NA NA Ultrapuro
uma vez que a contaminação por
e uma contagem bacteriana inferior a ICP-AES
bactérias transportadas pelo ar pode Geral >10 <50 <0,2 <10 NA NA Laboratório geral
1 CFU/ml. Elevada 18,2 <10 <0,2 <1 NA
ameaçar os resultados. Um sistema de NA Ultrapuro

purificação de água de Tipo I ou de Tipo II

Preparação de meios é, normalmente, adequado, no entanto,
Cromatografia iónica Geral
Elevada
>5
18,2
<50
<10
<0,2
<0,2
<10
<1
NA
NA
NA
NA
Laboratório geral
Ultrapuro
e tampões se o nível de bactérias constituir uma Diluição de amostras e Geral >1 <50 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral
O grau de pureza da água necessário preocupação, então o sistema deverá preparação de reagentes Elevada >18 <10 <0,2 <1 NA NA Ultrapuro
para preparar ou diluir reagentes incluir recirculação total da câmara,
Extracção de Fase Sólida Geral >1 <50 <0,2 <10 NA NA Laboratório geral
depende da sensibilidade da aplicação. assim como recirculação de UV em linha. Elevada >18 <3 <0,2 <1 NA NA Ultrapuro
Para muitas das aplicações de química A gama da ELGA de sistemas BIOPURE
Espectrofotometria Geral >1 <50 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral
geral, a sensibilidade não constitui o concebida para aplicações rigorosas de Elevada >18 <10 <0,2 <1 NA NA Ultrapuro
factor primário, pelo que a água de cuidados de saúde pode ser utilizada
com eficácia nestas situações. Geração de vapor Geral >1 <50 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral
Tipo II apresenta a pureza necessária.
Possui a vantagem acrescida de ter Análise de TOC Geral >1 <50 <0,2 <10 NA NA Laboratório geral
Elevada >18 <3 <0,2 <1 NA NA Ultrapuro
uma pureza elevada em termos iónicos
e se as tecnologias UV e de filtragem Revelar a detecção de metal Geral >5 <50 <0,2 <10 NA NA Laboratório geral
Elevada 18,2 <10 <0,2 <1 NA
forem incorporadas com recirculação, NA Ultrapuro

também é capaz de garantir níveis Análise da água Geral >5 <50 <0,2 <10 NA NA Laboratório geral
baixos de contaminantes orgânicos e Elevada >18 <10 <0,2 <1 NA NA Ultrapuro
microrganismos.
* A 25 °C NA - Não aplicável ND - não detectado Imagens a vermelho- impurezas importantes

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 16-17 8/7/09 17:28:49


Aplicações em
Ciências da vida
(Resumido na tabela da página 22)
Aplicações
de investigação
Biologia molecular
Focalizada no estudo de ácidos nucleicos,
proteínas e enzimas, a investigação
em biologia molecular pode ser
seriamente afectada por microrganismos
contaminantes, e produtos associados
de células biologicamente activas. Para
além de remoção de nucleases da água,
é necessário garantir que uma pureza
da água incorrecta não tem efeito nas
concentrações salinas de soluções
preparadas para electroforese e blotting,
assim como na produção de reagentes
para sequenciamento de ADN e PCR
(Reacção em Cadeia de Polimerase). O
efeito do ácido húmico enquanto inibidor
de ADN é frequentemente neglicenciado.
Todas estas preocupações podem ser
consideradas na escolha de um sistema
de água "Genetics Grade" de elevada
qualidade, especialmente concebido para
o efeito, que irá fornecer água acima da
pureza de Tipo I.
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 18-19
Electroforese
As macromoléculas podem ser separadas
umas das outras através de várias
técnicas diferentes, incluindo métodos
químicos, ultracentrifugação e
electroforese. O elemento fundamental
da água para electroforese reside na
ausência de níveis significativos de
moléculas biologicamente activas, como
endotoxinas (tipicamente <0,005 UE/ml),
nucleases e protéases (não detectáveis).
O ideal é a utilização de água ultrapura
com uma resistividade de 18,2 MΩ-cm,
TOC <10 ppb C, 0,1 μm ou filtragem de
partículas inferior e contagens
bacterianas inferiores a 1 CFU/ml.
Electrofisiologia
Os métodos de electrofisiologia
vão desde a medição de respostas
biológicas a correntes eléctricas e
campos electromagnéticos em animais,
até estudos em células únicas com
microeléctrodos e técnicas de patch-
Aplicações de análise e pesquisa
Aplicações em Ciências da vida 17-18
clamp. Estas técnicas são, geralmente, Hibridização
muito sensíveis e podem dar origem a
resultados imprecisos se for utilizada – ver Biologia molecular
água com contaminação relativamente
elevada de componentes inorgânicos.
Tipicamente, deverá ser utilizada água
de Tipo II com uma resistividade de
>1 MΩ-cm, TOC <50 ppb e contagem
bacteriana <1 CFU/ml.
Análise de endotoxinas
As especificações de endotoxinas são
definidas para uma ampla variedade
de aplicações da água que incluem
diálise, injectáveis e cultura de células.
Os níveis máximos permitidos variam
entre 0,25 UE/ml (Unidades de
Endotoxinas/mililitro) e 0,03 UE/ml.
Na análise de endotoxinas é necessária
água (ultrapura) de Tipo I, com uma
especificação de endotoxinas apropriada
de tipicamente 0,05 UE/ml ou inferior. É
necessária a utilização de ultrafiltração
ou filtros com carga, de preferência
combinados com foto-oxidação por raios
ultravioleta.
Histologia
As células para histologia são fixas e não
viáveis, assim sendo a água de Tipo II é
adequadamente pura. Os valores típicos
apresentam uma resistividade de
>1 MΩ- cm, TOC <50 ppb e contagem
bacteriana <1 CFU/ml.
8/7/09 17:28:51

Cultura hidropónica
A fonte de água para cultura hidropónica
necessita de ser suficientemente pura
para permitir uma avaliação correcta
de concentrações acrescidas de
minerais e nutrientes, assim como para
protecção contra os possíveis efeitos
indirectos que a contaminação poderá
causar. Por exemplo, níveis elevados de
elementos dissolvidos, especialmente
cálcio e magnésio, podem levar a uma
alcalinidade elevada, que varia de
acordo com a profundidade da água.
O sódio e o cloreto também podem
causar toxicidade directa em plantas,
em concentrações elevadas, assim como
danos indirectos ao interferir com a
absorção de cálcio, magnésio, nitrato e
microelementos. A água de Tipo II, com
baixos níveis de contaminação iónica,
orgânica e bacteriana, é recomendada
para a cultura hidropónica.
Imunocitoquímica
A utilização de anticorpos na
imunocitoquímica para detectar a
distribuição de proteínas específicas
é sensível a interferências de
microrganismos contaminantes e
detritos e produtos associados de células
biologicamente activas, pelo que a água
(ultrapura) apirogénica de Tipo I é a mais
recomendável. Esta água é produzida a
partir do "polimento" de água que foi
pré-purificada por desionização, osmose
inversa ou destilação, e depois
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 20-21
ultrafiltrada para garantir a remoção de
nucleases e endotoxinas.
Análise microbiológica
A análise microbiológica de rotina
necessita de água purificada do
Tipo II pois está largamente isenta de
contaminação bacteriana e apresenta
níveis baixos de impurezas iónicas,
orgânicas e de partículas. Os valores
típicos apresentam uma resistividade
de >1 MΩ- cm, TOC <50 ppb e contagem
bacteriana <1 CFU/ml.
Investigação sobre anticorpos
monoclonais
Os anticorpos monoclonais representam
uma valiosa ferramenta no
desenvolvimento de novas terapêuticas e
de produtos de diagnóstico in-vivo. Os
meios ou tampões de pureza elevada são
essenciais para a cultura de linhas
celulares sensíveis que apresentam
anticorpos monoclonais. Os níveis
elevados de componentes orgânicos,
inorgânicos e gases dissolvidos
contaminantes podem causar um
impacto directo ou indirecto na cultura,
como por exemplo, alterações no pH, mas
a maior preocupação em aplicações de
culturas de células reside nos efeitos dos
microrganismos contaminantes e os seus
detritos e produtos associados de células
biologicamente activas. A água utilizada
em culturas de bactérias que apresentam
anticorpos monoclonais deverá ter, pelo
menos, o grau de laboratório geral, com
resistividade >10 MΩ-cm, TOC inferior a
50 ppb e uma contagem bacteriana
inferior a 1 CFU/ml. Para culturas
sensíveis de células de mamíferos,
é recomendável a utilização de água
apirogénica de Tipo I.
Cultura de tecidos vegetais
(micropropagação)
As técnicas de micropropagação
permitem uma clonagem, a grande
escala, de espécies de plantas e a
produção de plantas isentas de doenças.
Para minimizar os efeitos de espécies
biologicamente activas potencialmente
contaminantes, é recomendável
a utilização de água (ultrapura)
apirogénica de Tipo I.
PCR
– ver Biologia molecular
Cultura de células de
mamíferos e bacterianas
Uma cultura de células bem sucedida
necessita de meios e tampões de elevada
pureza para garantir que as células
estão isentas de bactérias, leveduras e
contaminantes virais. Os níveis elevados
de componentes orgânicos, inorgânicos e
gases dissolvidos contaminantes podem
causar um impacto directo ou indirecto
na cultura, por exemplo, alterações
no pH, mas a maior preocupação
Aplicações de análise e pesquisa
Aplicações em Ciências da vida 19-20
nas aplicações de culturas de células
reside nos efeitos dos microrganismos
contaminantes e os seus detritos
e produtos associados de células
biologicamente activas. É recomendável
que a água utilizada para a cultura de
células bacterianas seja, pelo menos, da
qualidade de Tipo II com resistividade
>10 MΩ-cm, TOC de <50 ppb e uma
contagem bacteriana inferior a 1 CFU/ml,
enquanto que a cultura mais sensível de
células de mamíferos necessita de água
(ultrapura) apirogénica de Tipo I.
Radioimunoensaio (RIA)
e Ensaio imunoabsorvente
ligado a enzima (ELISA)
As reacções de anticorpos utilizadas
no ELISA são relativamente robustas e
não necessitam, tipicamente, do nível
mais elevado de pureza da água. A
água de Tipo II com uma resistividade
>10 MΩ-cm, TOC de <50 ppb e contagem
bacteriana inferior a 1 CFU/ml é
considerada adequada.
8/7/09 17:28:55
 Aplicações de análise e pesquisa
Aplicações em Ciências da vida 21-22

Aplicações clínicas de cuidados

de saúde Aplicações em Ciências da vida
Resistividade* TOC Filtro Bactérias Endotoxinas Grau de
Técnica Sensibilidade MΩ-cm ppb µm CFU/ml (UE/ml) Nuclease Água pura
Bioquímica clínica e marcadores de enzimas que podem ser
Cultura de células bacterianas Geral >1 <50 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral
afectados por subprodutos de bactérias
imunologia existentes na água. Neste caso, é Bioquímica clínica USP/EP >2 <500 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral
(Ver secção 2 Diagnóstico clínico) necessária uma especificação da bactéria CLSI >10 <500 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral

Nos laboratórios clínicos, a água <1 CFU/ml (para o analisador e não Electroforese Elevada >18 <10 UF <1 <0,005 ND Apirogénico
Ultrapuro
deverá seguir as normas adequadas de apenas a saída do sistema de água). Será
necessária uma avaliação detalhada da Electrofisiologia Geral >1 <50 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral
qualidade da água; a mais relevante
é o Tipo de água reagente para distribuição e armazenamento da água. ELISA Geral >1 <50 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral

laboratório clínico (CLRW) do Clinical Recomendamos que entre em contacto Análise de endotoxinas Padrão >1 <50 <0,2 <1 <0,05 NA Laboratório

Laboratory Standards Institute (CLSI) com o especialista da ELGA mais próximo Apirogénico

( – ver página 65). A água utilizada para da sua área para obter conselhos sobre Elevada >18 <10 UF <1 <0,002 ND Apirogénico
Ultrapuro
alimentar analisadores clínicos, ou em este assunto.
Histologia Geral >1 <50 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral
quaisquer procedimentos de preparação
ou análise deverá ser de qualidade Endoscopia Cultura hidropónica Geral >1 <50 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral

elevada, sendo produzida através de Importantes aplicações nos cuidados de

Imunocitoquímica Elevada >18 <10 UF <1 <0,002 ND Apirogénico
Ultrapuro
uma combinação de tecnologias de saúde podem exigir níveis muito baixos
purificação. A qualidade da água exigida Cultura de células de Elevada >18 <10 UF <1 <0,002 ND Apirogénico
(tão baixos como 10 CFU/100ml) de Ultrapuro
para analisadores clínicos é especificada mamíferos
bactérias. Em alguns casos, é necessária
pelo fabricante e terá, tipicamente, água com níveis muito baixos de Meios de preparação Geral >1 <50 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral
uma resistividade >10 MΩ-cm, endotoxinas para enxaguar endoscópios Análise microbiológica Geral >1 <50 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral
TOC <50 ppb e níveis bacterianos após a desinfecção. A água de grau Tipo Biologia molecular Elevada >18 <10 UF <1 <0,002 ND Apirogénico
<5 CFU/ml. No entanto, com o aumento III ou Tipo II pode ser utilizada com UV, Ultrapuro
de imunoensaios nas instalações de ultrafiltragem e sanitização regular. Para Investigação sobre anticorpos Geral >1 <50 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral
analisadores automatizados aumentam, aplicações importantes, é recomendado monoclonais Elevada >18 <10 UF <1 <0,002 ND Apirogénico
igualmente, os requisitos para um sistema especial para alcançar os Ultrapuro
qualidades bacterianas mais elevadas. níveis necessários de Biopureza (por Cultura de tecidos vegetais Elevada >18 <10 UF <1 <0,002 ND Apirogénico
Esta situação deve-se, essencialmente, exemplo, o sistema BIOPURE da ELGA).
Ultrapuro

ao facto de alguns ensaios utilizarem Radioimunoensaio Geral >1 <50 <0,2 <1 NA NA Laboratório geral

* A 25 °C NA - Não aplicável ND - não detectado Imagens a vermelho- impurezas importantes

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 22-23 8/7/09 17:28:55


Secção 2
Diagnóstico clínico
– impurezas específicas e os seus efeitos
em ensaios
A qualidade da água é extremamente importante no
diagnóstico clínico. A qualidade da água que esteja abaixo
dos níveis aceitáveis não só afecta a química dos ensaios,
como também pode afectar o funcionamento geral do
analisador que, por sua vez, irá reduzir a fiabilidade dos
resultados do ensaio e aumentar os tempos de calibragem
e os custos dos reagentes.
1 Estação de lavagem de cuvetas
Água de qualidade elevada e
consistente para uma lavagem 2 5
eficaz de cuvetas, eliminação de
transferência e contaminação.
2 Sonda de reagente e estação
de lavagem
Água de qualidade elevada e
consistente aumenta a estabilidade da
calibração e elimina a contaminação
cruzada amostra a amostra.
3 Seringas de medição com pipeta
Água de elevada qualidade, isenta
de partículas, para uma medição
com pipeta mais correcta e
precisa, quer da amostra quer
do reagente. Vista em diagrama de como a água purificada é utilizada numa
análise clínica
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 24-25
Banho de incubadora
6 • Banhos de incubadora
Água isenta de bactérias e
1
partículas para leituras fotométricas
correctas e precisas.
6
5 Sonda de Reagente e estação
de lavagem
A qualidade elevada, consistente
e isenta de bactérias, da água
3 proporciona a estabilidade do
reagente e elimina a contaminação
de reagente a reagente.
4 Reservatório interno
Filtro de 0,2 mícron UV para
4 um controlo e bacteriano e
de partículas, reduzindo a
contaminação bacteriana.
A água pode ser utilizada para muitas
funções diferentes num analisador
clínico, incluindo:
• Lavagem de cuvetas de reacção
• Alimentação de estações de lavagem
para sondas e pás de agitadores
• Diluição de reagentes, amostras
e detergentes
• Uma interface entre seringa
e amostra
Uma água com pouca qualidade pode
afectar o desempenho do analisador de
várias formas, incluindo:
• Redução da exactidão do volume
de medição com pipeta devido a
partículas e bactérias
• Erros nas leituras fotométricas
resultantes da interferência de
partículas quando é utilizado um
banho em água
• Contaminação na lavagem de
cuvetas, passagem e marcas de água
Diagnóstico clínico
23-24
• Contaminação na lavagem da
amostra e sonda do reagente e
passagem
• Afectar amostras e diluição causando
erros e pouca estabilidade do reagente
• Enquanto padrão zero (Ca, Mg,
PO4, HCO3, etc.) a estabilidade da
calibração e a sensibilidade são
reduzidas
• Nos sistemas de imunoensaios,
os subprodutos bacterianos
(principalmente fosfatase alcalina)
podem interferir com alguns
resultados de ensaios baseados em
enzimas
A fiabilidade é talvez o aspecto mais
importante da água para analisadores de
patologia automatizados. Os laboratórios
sem orçamento ou espaço para um
sistema "duplex" (como segurança),
necessitam de um design robusto que
incorpore sistemas "contínuos" para
serem utilizados na eventualidade de
uma emergência ou falha nos sistemas.
8/7/09 17:28:58
 Diagnóstico clínico
25-26

Normas Clinical Laboratory Standards

Institute (CLSI) – "Preparation
Tendências na química clínica purificada, dentro das especificações
exigidas, tal como detalhado na

internacionais
Uma vez que a água purificada é
necessária em todas as indústrias e
organizações de base científica, as
autoridades nacionais e internacionais
decidiram estabelecer normas de
qualidade da água para diversas
aplicações. As normas mais relevantes
para o mercado de análises clínicas são
as do Clinical and Laboratory Standards
Institute (CLSI), antigo National
Committee for Clinical Laboratory
Standards, (ver Secção 4: Normas de
Água Purificada, para mais detalhes).
Nos casos em que as aplicações são
ainda mais exigentes do que as já
estabelecidas, a ELGA colabora com a
empresa de diagnóstico para especificar
o grau de água correcto.
Máx. bactérias (CFU/ml)
pH
Mín. resistividade (MΩ-cm @ 25 °C)
Máx. SiO2 mg/l
Componentes de Partículas
Contaminantes orgânicos
Maior eficácia, produtividade e melhoria
and testing of reagent water dos custos efectivos são pontos que
in the clinical laboratory" – estão a ser alcançados através de
procedimentos químicos clínicos
3ª Edição (1997) – Alterado automatizados. A automatização pode
em 2006 agora ser incorporada na identificação
sofisticada de amostras, pré-análises
As principais directrizes sobre água
(classificação de amostras, centrifugação,
purificada na 3ªedição do CLSI
descamação e colocação em tubos
designavam três tipos principais de água
secundários codificados para várias
(Tipo I-III), sendo o Tipo I o mais relevante
estações de trabalho on-line e off-
para laboratórios clínicos e alimentação
line), sistemas de detecção para
de instrumentos automatizados. Estes
transferências de amostras para vários
foram substituídos pelos termos Água
utilizadores e, finalmente, um sistema
Reagente para Laboratório Clínico de armazenamento refrigerado para a
(CLRW), Água Reagente Especial (SRW) e retenção de amostras permitindo futuras
Água de Alimentação para Instrumentos. investigações e ensaios.
Ver página 65 para mais detalhes sobre
estes tipos.
Validação e monitorização
de tendências
A validação de sistemas de purificação
da água está a tornar-se, cada vez
mais, obrigatória, ou seja, têm que
ser fornecidas provas concretas que
Tipo I Tipo II Tipo III confirmem que o sistema de purificação
está a cumprir com os requisitos de uma
10 1000 NE
utilização ou aplicação específica. A água
NE NE 5,0 - 8,0
deverá ser validada como "adequada
10 1 0,1
para os objectivos pretendidos" e, as
0,05 0,1 1 especificações de pureza deverão ser
Filtro de 0,2 μm NE NE incorporadas no procedimento de
validação de purificação da água. Estes
Carvão activado, NE NE
destilação ou dados são utilizados para documentar a
osmose inversa capacidade do sistema no fornecimento
de volumes adequados de água
especificação exigida pelo utilizador.
Depois de validar a água como "adequada
para o objectivo" é importante garantir
que esta continua a cumprir com os
requisitos necessários; tal é conseguido
através da medição e documentação
de parâmetros definidos dentro de
intervalos regulares estabelecidos. Além
disso, esta abordagem consegue detectar
a deterioração dos componentes de
purificação antes que tenha impacto na
qualidade da água exigida. A deterioração
num parâmetro medido, por exemplo,
alterações na resistividade necessária ou
TOC, indica a necessidade de manutenção
do sistema ou mais investigação, para
garantir que a especificação da água
necessária está a ser cumprida. Além
disso, é essencial registar parâmetros
importantes dentro de um determinado
período de tempo, para identificar
alterações graduais na qualidade da
água e permitir que possam ser tomadas
medidas correctivas. Por exemplo, se
os cartuchos de permuta iónica forem
utilizados para além do seu período
de duração, as impurezas que poderão
interferir nas reacções da análise podem
ser eluídas na água purificada a níveis que
poderão não ser registados em sistemas
de monitorização incorporados.

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 26-27 8/7/09 17:29:00

 Diagnóstico clínico
27-28

Possíveis contaminantes na água – fontes e tecnologias de purificação

Ensaio Clínico* Interferência * Fonte Remoção

Cálcio total Fluoreto Tratamento da água, geologia OI, PI

Oxalato Folhas, vegetação OI, PI, CA

Sulfatos Rochas, tratamento da água OI, PI

O efeito dos requisitos

Sais de cálcio Rochas, tratamento da água OI, PI
nmols/l ou pmols/l e são detectadas por técnicas
extremamente sensíveis. Quando comparados com Fosfatase alcalina Fluoreto Tratamento de água OI, PI

de água pura testes/ensaios tradicionais, estes métodos actuais

de detecção apresentam a vantagem de reduzir
Oxalato

Fosfato
Folhas, vegetação

Rochas, detergente, tratamento

OI, PI, CA

OI, PI
o número de ensaios que têm que ser realizados. de água
Pureza mais elevada No entanto, uma vez que estão mais sujeitos à Sais de zinco Rochas OI, PI
interferência de contaminantes, é fundamental
Os avanços das tecnologias de análise exigem que Manganésio Rochas OI, PI
que a água possua o grau adequado, para que não
a água de alimentação seja de boa qualidade para Arseniato Rochas, pesticidas OI, PI
contribua para este problema.
manter elevados níveis de desempenho e fiabilidade. Citrato Citrinos OI, PI, CA
Uma vez que a água é virtualmente utilizada em
todos os processos num analisador, é fundamental Regulamentações EDTA Processo químico, detergentes OI, PI, CA

Bactérias Tubagem/biofilme OI, filtro de 2 μm, UV, san

que a sua qualidade seja monitorizada e verificada Na maioria dos países, os laboratórios do sector
Endotoxinas Tubagem/biofilme OI, PI, UF
para garantir a integridade dos resultados do ensaio. público são aconselhados/regulamentados por um
A integração de tecnologias múltiplas, num único Creatina-quinase (CK) Agentes oxidantes Tratamento de água CA
organismo homologado que estabelece normas e
analisador, para executar aplicações químicas e directrizes de trabalho. Apesar de não ser obrigatório Amilase Oxalato Folhas, vegetação OI, PI, CA

imunológicas necessita de água pura de elevada para laboratórios do sector privado, a credibilidade e Citrato Citrinos OI, PI, CA
qualidade para ensaios imunológicos mais sensíveis. vantagens significativas obtidas fizeram com que um Fluoreto Tratamento de água OI, PI

As amostras e volumes de reagentes mais maior número destes laboratórios se registasse num EDTA Detergentes do processo químico OI, PI, CA

pequenos reduzem os custos, mas necessitam de organismo homologado; por exemplo, apesar de o
Lactatodesidrogenase (LDH) Oxalato Folhas, vegetação OI, PI, CA
água com maior nível de pureza devido ao aumento Collegiate of American Pathologists (CAP) ser um
Ureia Efluente OI, CA
da sensibilidade necessária para volumes de organismo homologado nos Estados Unidos, muitos
laboratórios noutros países também se candidatam Fósforo Citrato Citrinos OI, PI, CA
amostras mais pequenos.
ao registo no CAP. O CAP recomenda que a água de Oxalato Folhas, vegetação OI, PI, CA

laboratório cumpra, no mínimo, com o grau padrão

Ensaios Nitrogénio ureico Citrato Citrinos OI, PI, CA
do CLSI para Água Reagente para Laboratório Clínico Fluoreto (alta conc.) Tratamento de água OI, PI
O diagnóstico ou a extensão de determinadas (CLRW). Ferro Citrato de sódio Citrinos OI, PI, CA
doenças está associado aos níveis de proteínas
As empresas de analisadores clínicos também EDTA Processo químico, detergentes OI, PI, CA
específicas, designadas por biomarcadores,
possuem mais regulamentações através de Fluoreto Tratamento da água, rochas OI, PI
no sangue – por exemplo, níveis elevados de
organizações como a Federal Drug Association
Tropinas significam arteriosclerose, peptídeos Oxalato Folhas, vegetação OI, PI, CA
(FDA) e a Medical Devices Agency. As empresas de
natriuréticos de tipo B (BNP) indicam doenças Magnésio Citratos Citrinos OI, PI, CA
analisadores são, em última instância, responsáveis
das artérias coronárias, AFP indicam carcinomas Triglicéridos Glicerina Químicos de preparação para o OI, CA
por garantir que os seus químicos são validados
hepatocelulares, CA-19-9 está relacionado com o Inverno, plásticos
e que é utilizada água purificada de acordo com
cancro do pâncreas e PSA é um marcador do cancro LDH Peróxido de hidrogénio Químicos de sanitização CA, UV
a norma adequada, de forma a que todos os
da próstata. Estas proteínas ocorrem geralmente Quaisquer reacções baseadas Peróxido de hidrogénio Químicos de sanitização CA, UV
resultados sejam rigorosos e reproduzíveis.
em concentrações muito baixas, por exemplo, na peroxidase

* Várias fontes incluindo: Tietz, Norbert W., ed., "Clinical Guide to Laboratory Tests", 2ª edição, 1990 e 4ª edição, 2006 W.B. Saunders Co.

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 28-29 8/7/09 17:29:01

 Cuidados de saúde
29-30

infecciosos, excepto se pertencerem a

um conhecido grupo de risco. Como o
agente infeccioso que provoca a doença
é muito estável e não fica inactivo
através de métodos rotineiramente
utilizados para limpar e esterilizar
instrumentos, existe o pequeno risco de
que a transmissão possa ocorrer durante
uma cirurgia de rotina, nesses mesmos
indivíduos, especialmente nos casos
que envolvam o contacto com tecidos
de risco elevado como o cérebro ou o
sistema nervoso central. A luta contra

Secção 3 estas infecções secundárias contraídas

Cuidados
no hospital, também designadas por
infecções nosocomiais e, em particular,

PL
/S
K
a transmissão de doenças com base

A
E
SI
PA
D
priónica fez com que, em alguns países, ALF
RE

de saúde
as autoridades de saúde e organismos
profissionais regulamentassem o
procedimento de descontaminação
utilizado nos instrumentos médicos, fundo antes da esterilização/desinfecção.
incluindo os endoscópios. Poderão ser apresentados benefícios
económicos nos casos em que a utilização
De forma a prevenir a contaminação
de água de melhor qualidade reduziu o
priónica, os profissionais de saúde devem
volume de agentes químicos de limpeza.
garantir que os seus instrumentos
A limpeza e esterilização de equipamento médico Os requisitos típicos de qualidade da
e endoscópios estão sempre
reutilizável está a tornar-se cada vez mais regulamentada impecavelmente limpos, desinfectados água incluem:
por directrizes da indústria e normas internacionais, à e prontos para utilização. A limpeza a
• Contagem Total Viável de Bactérias
medida que cresce a preocupação em relação ao controlo fundo dos instrumentos é necessária
inferior a 10 CFU/100ml
para garantir que os agentes infecciosos
de infecções nos hospitais e ao aumento de MRSA, hepatite, aderentes são removidos juntamente • Níveis de endotoxinas inferiores a
CJD e outros organismos patogénicos resistentes. Existem com a matéria orgânica que os protege, 0,25 UE/ml
dois elementos fundamentais – a protecção das pessoas permitindo um melhor contacto entre
• Condutividade inferior a 30 μS/cm
(pacientes e pessoal) e a protecção do equipamento – a o desinfectante e quaisquer agentes
infecciosos que tenham permanecido • Os sistemas de enxaguamento de
serem considerados na esterilização de equipamento na superfície do instrumento ou no água deverão ser regularmente
médico reutilizável. dispositivo médico. desinfectados e validados para
garantir que continuam a cumprir
Protecção do paciente (evitar sendo estas doenças (actualmente Equipamento de protecção com a especificação da água
incuráveis) fatais. As doenças priónicas
a contaminação cruzada) mais comuns no ser humano incluem
Os contaminantes inorgânicos como a • Deverão ser recolhidas, com
ferrugem, depósitos calcários e resíduos frequência, amostras de água para
As encefalopatias espongiformes a clássica Doença de Creutzfeldt-Jakob
de aparelhos de limpeza podem, com o demonstrar o cumprimento
transmissíveis (TSE), também designadas (CJD) e uma nova variante da Doença
decorrer do tempo, danificar a superfície
de doenças priónicas, constituem um de Creutzfeldt-Jakob (vCJD), ambas Estas directrizes e normas foram
do instrumento médico e criar um habitat
grupo de condições progressivas raras relacionadas com a encefalopatia introduzidas para minimizar o risco
que facilite o crescimento bacteriano.
que afectam o cérebro e o sistema espongiforme bovina (BSE). Tipicamente, de infecção cruzada de uma gama
Também o calor e alguns desinfectantes
nervoso dos seres humanos e de alguns os indivíduos não apresentam sintomas de bactérias em pacientes, incluindo
(alcoóis e aldeídos) são fixadores de
mamíferos. Causam uma deficiência da doença durante muitos anos após a Micobactérias, Pseudomonas e
tecidos e podem fazer com que as partes
gradual da função cerebral, incluindo contaminação, assim, durante esta fase Estafilococos.
amovíveis de um dispositivo endureçam,
alterações da memória, alterações da de incubação, nem eles nem os seus
se as superfícies não forem limpas a
personalidade e problemas a nível motor, médicos sabem que são potencialmente

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 30-31 8/7/09 17:29:08


Descontaminação de
endoscópios
A maioria dos instrumentos cirúrgicos
é desinfectada através de um processo
de limpeza, desinfecção térmica e
esterilização; no entanto, os endoscópios
e muitos outros instrumentos são
termicamente instáveis. Incapazes
de suportar temperaturas de 60
°C ou superiores, não podem,
consequentemente, ser desinfectados
e esterilizados termicamente.
Assim, os endoscópios são esterilizados
através de um procedimento de
desinfecção química e depois
enxaguados em água purificada
para remover todos os resíduos de
desinfectante. Após a descontaminação,
o equipamento deve ser manuseado com
todo o cuidado para minimizar qualquer
risco de nova contaminação.
Recentemente, a International Standards
Organisation publicou normas (ISO
15883 parte 4) relativas aos requisitos e
ensaios para desinfectantes de lavagem
utilizando a desinfecção química para
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 32-33
Cuidados de saúde
31-32
endoscópios termoinstáveis. Estas
normas regulam a utilização de água
com uma especificação microbiana
<10 CFU/100ml (testada em, pelo menos,
duas amostras) e, se o dispositivo
médico entrar em contacto com a
corrente sanguínea ou outras áreas do
corpo normalmente estéreis, as normas
exigem que a água de enxaguamento
final seja controlada e monitorizada
dentro dos limites especificados por
regulamentações nacionais (por
exemplo, HTM0101 no Reino Unido, ou
talvez a Farmacopeia dos Estados Unidos
de "Água para Injectáveis" noutros
países). Muitos países exigem uma
especificação de endotoxinas <0,25 UE/
ml.
Para alcançar estas exigentes normas,
é recomendada a utilização de um
sistema de purificação da água que
utilize a osmose inversa (OI) com UV
recirculado e endotoxinas on-line. No
entanto, o aspecto mais importante dos
requisitos está na necessidade de utilizar
um sistema de purificação da água que
mantenha a biopureza através de uma
sanitização simples e fácil.
8/7/09 17:29:11
 Perspectiva geral da purificação de água
A fonte - produção de água potável 33-34

A água potável é frequentemente

• Passada por uma série de filtros para remover detritos, sendo depois misturada com cloro ou
ozono em tanques de contacto para oxidar pesticidas e herbicidas e destruir bactérias e algas
• Tratada para destruir o cloro ou o ozono em excesso
• Clarificada para remover sólidos em suspensão, que são recolhidos como um bolo de lama
(por vezes, é acrescentado um floculante como o policloreto de alumínio para ajudar no
processo)
• Filtrada através de leitos de areia e/ou posterior ozonição
• Filtrada através de carvão granulado activado (GAC) para capturar matéria sólida e
orgânica
Secção 4

Perspectiva geral da
• Tratada com cloro para destruir bactérias que possam ter resistido. É deixada uma
pequena quantidade residual para manter baixos níveis de bactérias. Também está a ser
cada vez mais utilizada uma etapa de ultrafiltragem extra para remover Criptosporidium

purificação de água Variações na qualidade da As variações sazonais na qualidade

da água são mais evidentes em águas
água não tratada de superfície. Durante os meses
Ao contrário de outras matérias do Outono e do Inverno, as folhas
não tratadas, a água potável pode mortas e as plantas em decomposição

A fonte – produção
variar significativamente em pureza libertam grandes quantidades de
dependendo da região geográfica e das matéria orgânica em riachos, lagos
estações do ano. A água proveniente de e reservatórios. Como resultado, a

de água potável
uma fonte nas terras altas, por exemplo,
apresenta normalmente um baixo teor
de sais dissolvidos e é relativamente
macia, mas apresenta uma elevada
A água purificada de laboratório é normalmente produzida in situ a concentração de contaminação orgânica,
partir de água potável que foi obtida através do tratamento de fontes de essencialmente coloidal.
água natural. O requisito essencial para produzir água potável reside no Por outro lado, a água proveniente
cumprimento de regulamentações e numa clareza, sabor e odor aceitáveis. de uma fonte subterrânea apresenta,
A água natural provém de fontes nas terras altas, como reservatórios, de geralmente, níveis elevados de sais
e dureza, mas um baixo teor de
rios ou de aquíferos subterrâneos; a água potável é produzida a partir componentes orgânicos. As fontes
de uma série de passos que variam dependendo da fonte da água, das provenientes dos rios são intermédias em
regulamentações locais e nacionais e da escolha de tecnologias. qualidade, mas contêm, frequentemente,
produtos resultantes de actividades
industriais, agrícolas e domésticas.
contaminação orgânica em águas de
superfície alcança um pico no Inverno
e cai para um mínimo no Verão. As
águas subterrâneas são muito menos
afectadas pelas estações. A qualidade
e características do fornecimento de
água potável determina o regime de
purificação necessário para produzir
água purificada.
A qualidade da água natural varia com:
• Geografia
• Fonte, ou seja, água de superfície,
aquífero (fonte subterrânea)
• Estação

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 34-35 8/7/09 17:29:11

 Perspectiva geral da purificação de água
Impurezas na água potável 35-36

Compostos inorgânicos Compostos orgânicos

dissolvidos
As substâncias inorgânicas representam
as maiores impurezas na água. Incluem:
• Sais de cálcio e magnésio que
originam a dureza “temporária”
ou “permanente”
• Dióxido de carbono, que dissolvido
dissolvidos
As impurezas orgânicas na água são
principalmente de origem biológica.
A decomposição de matéria vegetal
dá origem a subprodutos que incluem
ácidos húmicos e fúlvicos, taninos e
lignina. A agricultura, a produção de
papel e os desperdícios domésticos

Impurezas na água potável

resultanda em ácido carbónico de e industriais também dão origem
reduzida acidez a compostos orgânicos, incluindo
detergentes, gorduras, óleos, solventes
• Sais de sódio
e resíduos de pesticidas e herbicidas.
• Silicatos lixiviados dos leitos arenosos Além disso, os componentes orgânicos
dos rios transportados pela água podem
A capacidade única da água para dissolver, de certa forma, incluir compostos lixivados de canos,
virtualmente todos os compostos químicos e sustentar, • Compostos de ferro ferrosos e férricos
tanques e meios de purificação. Os
derivados de minerais e de canos de
praticamente, todas as formas de vida, significa que o ferro ferrugentos
componentes orgânicos dissolvidos
podem interferir com técnicas analíticas
fornecimento de água potável contém muitas substâncias e afectar experiências biológicas como
• Cloretos resultantes da entrada salina
em solução ou suspensão. Muitos destes contaminantes a cultura de células. Mesmo a mais
• Alumínio do doseamento de químicos
podem afectar aplicações científicas através da sua pequena contaminação existente na
e minerais
interacção com outras substâncias - algumas poderão ser as água utilizada para preparar eluentes
• Fosfatos de detergentes cromatográficos líquidos pode provocar
substâncias que está a analisar. instabilidade na base de referência,
• Nitratos de fertilizantes diminuir a sensibilidade e a resolução,
Partículas em suspensão Poderão estar presentes muitos outros assim como reduzir o período de vida
iões, dependendo da fonte de água da coluna.
A matéria em suspensão na água inclui natural. Mesmo a nível de detecção,
partícula sólidas (areia, rocha, lodo, os iões inorgânicos podem afectar as
detritos dos canos), partículas macias reacções orgânicas e bioquímicas ao
(detritos vegetais) e partículas coloidais agirem como um catalisador.
A água potável e natural contém cinco (orgânicas ou inorgânicas). As partículas
grandes classes de impurezas: em suspensão podem sujar membranas
de osmose inversa, bloquear colunas
• Partículas em suspensão
analíticas de diâmetro fino, assim como
• Compostos inorgânicos dissolvidos interferir no funcionamento de válvulas
e aparelhos de medição. As partículas
• Compostos orgânicos dissolvidos
coloidais dão origem a névoa ou turvação
• Microrganismos da água interferindo, desta forma, com o
funcionamento dos instrumentos.
• Gases dissolvidos

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 36-37 8/7/09 17:29:13


Microrganismos
As bactérias são os principais microrga-
nismos que contaminam a água
natural. A cloração garante a remoção
de bactérias prejudiciais, mas a água
potável contém, ainda, microrganismos
vivos, por exemplo, o nível típico
bacteriano no fornecimento de água
potável de laboratório é de dez unidades
formadoras de colónias por mililitro
(CFU/ml) ou menos. As bactérias são
normalmente mantidas a níveis baixos
através da utilização de níveis residuais
de cloro ou outros desinfectantes; no
entanto, quando são removidas durante
a purificação da água, as bactérias têm
a hipótese de proliferar. As bactérias
podem interferir nas experiências
laboratoriais de uma forma directa ou
através dos seus subprodutos, como
os pirogénios, fosfatase alcalina ou
nucleases.
Gases dissolvidos
A água potável está em equilíbrio com
o ar e por isso contém gases dissolvidos
como o azoto, oxigénio e dióxido
de carbono. Na água purificada,
o dióxido de carbono dissocia-se para
formar um ácido carbónico diluído
(CO2 + H2O⇔H2CO3⇔ H+ + HCO3-).
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 38-39
Este anião diluído reduz a capacidade
das resinas de permuta aniónica.
O oxigénio dissolvido só se transforma
num contaminante quando a
formação de bolhas é um problema. A
concentração de oxigénio pode afectar
reacções bioquímicas específicas, e nas
aplicações em que a água purificada
é utilizada em recipientes abertos,
irá rapidamente re-equilibrar-se com
gases no ar. Tanto o oxigénio como o
azoto podem formar bolhas que são
prejudiciais para processos como a
contagem de partículas ou a medição em
espectrofotómetros.
Medição de impurezas na
água potável
Para conceber ou seleccionar um sistema
de purificação da água é necessário obter
informações sobre a composição da água
de alimentação, que é, normalmente,
a água potável local. Os dados médios da
qualidade da água podem ser obtidos
através do seu fornecedor de água local.
Como alternativa, poderá recolher uma
amostra e analisá-la.
Perspectiva geral da purificação de água
Impurezas na água potável 37-38
Análise directa da água:
• O potencial de colmatação do filtro é estimado utilizando
um teste de índice de colmatação (Fouling Index - IF) ou,
menos fiável,
a turvação.
• Os componentes inorgânicos podem ser determinados
por:
• Cromatografia iónica
• ICP-Espectrometria de Massa
• Métodos espectrofotométricos
• A condutividade eléctrica proporciona um guia para
potenciais problemas.
• Os compostos orgânicos podem ser determinados
individualmente, por ex., cromatograficamente, ou
através de uma indicação geral de conteúdo orgânico
através da medição do carbono orgânico total (TOC).
• As contagens totais viáveis de bactérias ou as de espécies
individuais podem ser medidas através da incubação
num meio de crescimento adequado.
• O total de sólidos dissolvidos (TDS) é o resíduo (em
ppm) produzido pela evaporação de uma amostra de
água até à secura e aquecimento a 180 °C. Uma vez
que os sais inorgânicos formam a maior proporção do
resíduo de TDS, este é utilizado como indicador do nível
total de compostos inorgânicos. Este pode ser medido
directamente ou estimado através da multiplicação da
condutividade da água, em μS/cm a 25 °C, por 0,7.
8/7/09 17:29:13
 Perspectiva geral da purificação de água
Métodos de purificação de água
Factos puros – filtros de profundidade microporosos
39-40

Vantagens:
• Este pré-filtros proporcionam uma forma económica de remover
>98% de sólidos em suspensão protegendo assim os processos a
jusante da incrustação e da obstrução
• Elevada capacidade
Restrições:
• Não regenerável

Métodos de purificação de água Factos puros - carvão activado

Vantagens:
• Estes pré-filtros removem o cloro e as cloraminas e
A água da maioria das aplicações clínicas e laboratoriais é normalmente a alguns níveis reduzem a contaminação orgânica
purificada a partir da água potável. O principal objectivo é remover dissolvida
impurezas da água potável (ou seja, água de alimentação ) minimizando, Restrições:
ao mesmo tempo, a contaminação adicional dos componentes do
sistema de purificação e o crescimento bacteriano. O design do sistema
Perspectiva geral • Não é eficaz na remoção de iões e partículas

e a selecção de componentes são importantes para o sucesso. A selecção das tecnologias • Necessitam de ser substituídos regularmente para
minimizar a acumulação bacteriana
das etapas iniciais de um sistema de purificação irá depender das
características da água de alimentação. de pré-tratamento • Podem libertar componentes finos de carvão

O processo de purificação inicia-se com uma etapa de pré-tratamento para reduzir os danos dos
de água
componentes subsequentes de purificação da água, a garantia de funcionamento fiável e a diminuição
dos custos operacionais, evitando a substituição excessivamente frequente de componentes
Filtros de profundidade Carvão activado (CA) –
dispendiosos. As principais tecnologias de purificação da água estão destacadas abaixo. Cada uma microporosos em meios de pré-tratamento
delas apresenta as suas vantagens e restrições. O carvão activado é utilizado no pré-
Os filtros de profundidade microporosos
consistem em fibras entrançadas ou tratamento da água de alimentação.
Bactérias – o principal desafio de microrganismos plantónicos
Remove o cloro e as cloraminas de forma
(flutuação livre). O deslizamento do materiais comprimidos que formam uma
Os microrganismos e os seus biofilme e subprodutos do crescimento matriz, constituindo uma barreira física a prevenir que os filtros de membranas
subprodutos constituem um desafio e metabolismo de microrganismos (por à passagem de partículas por adsorção e as resinas de permuta iónica se
específico, uma vez que entram nos exemplo, endotoxinas), são sempre ou inclusão aleatória. Caracterizam-se danifiquem. A maioria do carvão activado
sistemas de purificação da água sem potenciais contaminantes da água. pela classificação nominal da dimensão é produzida através da "activação" de
protecção contra água de alimentação, das partículas. A maioria das água não carvão vegetal proveniente das cascas
aberturas do sistema ou através do Os desafios para um sistema de tratadas contém colóides, que possuem de coco ou de carvão mineral por
ponto de uso. Crescerão como biofilmes purificação de água ultrapura são: uma ligeira carga negativa (medida calcinação a 800-1000 °C na presença
em todas as superfícies húmidas • Remover as bactérias existentes pelo potencial Zeta). O desempenho do de vapor de água e CO2. A lavagem ácida
dos componentes de purificação na água de alimentação filtro pode ser aumentado através da remove a maioria dos óxidos residuais
da água, incluindo tanques de utilização de microfiltros que incorporem e de outros materiais solúveis O carvão
armazenamento e tubagem do sistema • Garantir o número mínimo de uma superfície modificada, que irá atrair activado contém uma complexidade de
de distribuição. O biofilme é uma bactérias existentes na água e reter estes colóides de ocorrência poros minúsculos com dimensões que
camada essencialmente composta por • Prevenir a entrada de bactérias natural, geralmente menores do que variam entre 500-1000 nm e uma área
glicoproteínas e heteropolissacarídeos no sistema bem como a sua os poros na membrana. Os filtros de de superfície de 1000 metros quadrados
onde as bactérias podem multiplicar-se, recontaminação profundidade (tipicamente 1-50 μm) por grama. O processo de adsorção é
quando a concentração de nutrientes são normalmente utilizados como uma controlado pelo diâmetro dos poros no
na água é muito baixa, e a camada • Impedir o crescimento de bactérias forma económica de reter os sólidos filtro de carvão e pela taxa de difusão de
protege os organismos do tratamento no sistema pelo design e desinfecção em suspensão (> 98%) e de proteger as moléculas orgânicas através dos poros.
periódico com biocidas que são periódica tecnologias de purificação a jusante da A taxa de adsorção é uma função entre o
primeiramente eficazes na eliminação incrustação e obstrução. São substituídos peso molecular e a dimensão molecular
periodicamente. dos componentes orgânicos.

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 40-41 8/7/09 17:29:13


É utilizado carvão sob a forma de
grânulos ou cartuchos moldados
e encapsulados, resultando desta
forma numa menor quantidade
de partículas finas. O carvão
activado reage quimicamente com
2 a 4 vezes o seu peso em cloro e
produz muito rapidamente cloretos;
consequentemente, até mesmo
pequenos filtros de carvão podem
remover eficazmente o cloro da água.
Pelo contrário, o carvão decompõe as
cloraminas através de uma reacção
catalítica relativamente lenta para
produzir amoníaco, azoto e cloreto;
consequentemente, este processo
necessita de maiores volumes de carvão.
A incrustação orgânica (cujos níveis irão
variar de local para local) pode reduzir a
eficácia do carvão e este aspecto deverá
ser considerado aquando da selecção da
dimensão dos cilindros de carvão.
A ampla superfície e a elevada
porosidade dos carvões activados,
juntamente com os materiais
capturados pelos mesmos, tornam-
se numa área de desenvolvimento
de microrganismos; no entanto,
este aspecto pode ser parcialmente
moderado através da adição de biocidas
insolúveis, desde a prata ao carvão.
Os leitos de carvão activado necessitam
de ser substituídos regularmente para
minimizar a acumulação bacteriana.
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 42-43
Perspectiva geral das
principais tecnologias
de purificação da água
Osmose inversa (OI)
As membranas de OI removem os contaminantes da água com
um diâmetro inferior a 1 nm e removem, tipicamente, mais de
90% da contaminação iónica, a maior parte da contaminação
orgânica e praticamente toda a contaminação por partículas.
A remoção por OI dos contaminantes não iónicos com peso
molecular inferior a 100 Daltons pode ser baixa. Aumenta com
maior peso molecular e, teoricamente, as moléculas com peso
molecular superior a 300 Daltons, incluindo partículas, colóides
e microrganismos (inclusive pirogénios), serão totalmente
removidas. Os gases dissolvidos não são removidos.
No processo de osmose inversa, a água de alimentação
é pressurizada na entrada de uma membrana de OI
(tipicamente, entre 4–15 bar, 60–220 psi) do tipo fluxo cruzado.
As membranas de OI são, tipicamente, uma película fina de
poliamida e são resistentes numa ampla gama de pH, embora
possam ser danificadas por agentes oxidantes, como o cloro.
O pré-tratamento da água de alimentação com filtros de
profundidade microporosos e carbono activado é geralmente
obrigatório para proteger a membrana de partículas grandes,
metais de transição e cloro livre. Tipicamente, entre 15 a
30% da água de alimentação passa através da membrana
sob a forma de permeado e o resto sai da membrana sob a
forma de concentrado que contém a maior parte dos sais,
substâncias orgânicas e, essencialmente, todas as partículas.
A relação entre o volume de permeado e o volume de
água de alimentação é designada como "recuperação". A
Perspectiva geral da purificação de água
Métodos de purificação de água 41-42
1 Água de alimentação
1
2 Membrana de OI
9 8 3 Espaçador de Alimentação
4 Membrana de OI
5 6 7
5 Espaçador de Produto
4
6 Permeado
1 3
7 Concentrado
2
8 Permeado
utilização de um sistema de OI com 9 Módulo de OI em Espiral
uma taxa de recuperação baixa irá
reduzir a incrustação da membrana,
provocada pela precipitação de sais
de baixa solubilidade. No entanto,
são possíveis recuperações até 75%,
dependendo da composição da água
de alimentação e do pré-tratamento
de filtração e descalcificação. O
desempenho da membrana de OI é
controlado, tipicamente, através da
medição da percentagem de rejeição
iónica, que consiste na diferença entre
Factos puros - osmose inversa
as condutividades da alimentação e do
Vantagens:
permeado, dividida pela condutividade
da alimentação, calculada sob a forma • Remoção eficaz de todo o tipo de contaminantes
de uma percentagem. a diversos graus (bactérias, colóides, pirogénios,
partículas e contaminantes inorgânicos dissolvidos)
A "rejeição iónica" e a "recuperação"
• Requer uma manutenção mínima
variam consoante a água de alimentação,
a pressão de entrada, a temperatura da • Parâmetros de funcionamento – de fácil controlo
água e o estado da membrana de OI. A
Restrições:
osmose inversa, com a sua excepcional
• As taxas de fluxos limitadas por unidade de superfície
eficácia purificadora, é uma tecnologia
obrigam a uma maior superfície da membrana ou a um
com uma boa relação custo/benefício
armazenamento temporário de água
no âmbito da remoção da maior parte
das impurezas. No entanto, é limitada • Requer um correcto pré-tratamento para evitar que os
pela taxa de produção relativamente contaminantes danifiquem a membrana:
lenta e tende, por conseguinte, a ser
- Acumulação: depósitos de CaCO3 na superfície
utilizada para encher um depósito
- Incrustação: depósitos orgânicos ou coloidais na
antes de qualquer utilização ou
superfície
purificação suplementar. A osmose
inversa protege o sistema da incrustação - Perfuração: danos físicos provocados por partículas
orgânica e de colóides e é muitas vezes
seguida de uma permuta iónica ou de
electrodesionização.
8/7/09 17:29:15

Permuta iónica (PI)
Neste processo, os leitos de resinas de
permuta iónica conseguem remover
eficazmente espécies ionizadas da água
permutando-as por iões H+ e OH-. Estas
resinas são grânulos porosos sub-1 mm
de polímeros insolúveis com elevadas
ligações cruzadas e elevados números de
fortes locais de permuta iónica. Os iões
em solução migram para os grânulos
onde, em função das suas densidades
de carga relativa (carga por volume
hidratado), competem pela permuta de
locais. Os grânulos de desionização são
catiónicos ou aniónicos e permutam
iões de hidrogénio por catiões, por
exemplo, sódio, cálcio e alumínio ou iões
de hidróxilo por aniões, por exemplo,
de cloreto, nitrato e sulfato. O ião de
hidrogénio do permutador catiónico
une-se com o ião de hidróxilo do
permutador aniónico para formar
água pura. As resinas catiónicas fortes
são ácidos polisulfónicos derivados de
polistireno de ligações cruzadas com
divinilbenzeno. As resinas aniónicas
fortes são hidróxido de amónio
quaternário benzil-trimetil (Tipo 1)
ou hidróxido de amónio quaternário
benzil-dimetiletil (Tipo 2) derivadas de
polistireno de ligações cruzadas com
divinilbenzeno.
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 44-45
Perspectiva geral da purificação de água
Métodos de purificação de água 43-44
Os leitos de resinas de permutas iónicas
estão disponíveis em cartuchos ou
cilindros e são tipicamente utilizados Factos puros - permuta iónica
durante um determinado período
Vantagens:
de tempo, sendo depois substituídos
quando os aniões e os catiões tiverem • Remove iões inorgânicos dissolvidos, apresentando
substituído a maioria de locais activos de uma resistividade de 18,2 MΩ-cm (a 25 °C);
H+ e OH- nas resinas. Os cilindros podem contaminação iónica total <1ppb
ser alimentados directamente com água
• Regenerada pela desionização utilizando ácido e
potável para fornecer água purificada
bases ou electrodesionização
quando necessário. Quando ficam
exaustos, são devolvidos a uma estação • Relativamente acessível economicamente
de regeneração para recarga ou são
Restrições:
eliminados. Uma maior pureza da água
e duração prolongada de resinas pode • Não remove eficazmente bactérias, substâncias
ser alcançada através do pré-tratamento orgânicas, partículas ou pirogénios
da água de alimentação por osmose
• Capacidade limitada – assim que todos os locais de
inversa antes da permuta iónica; esta
iões estejam ocupados, estes deixam de ser retidos
abordagem é frequentemente utilizada
para purificadores de água de laboratório • As camadas desionizadas regeneradas quimicamente
de elevada pureza. Tal também evita a podem produzir componentes orgânicos e partículas
incrustação da superfície da resina por
• As resinas de utilização única requerem água pré-
grandes moléculas orgânicas, o que
tratada de boa qualidade para ser utilizada eficaz e
reduziria a capacidade.
economicamente
8/7/09 17:29:17

18,5
18,0
Resistividade (MW-cm)
17,5
17,0
Resistividade
Sílica
16,5
TOC
16,0
15,5
15,0
Volume
As amplas áreas da superfície das
resinas de permuta iónica tornam-se
num potencial local de desenvolvimento
de microrganismos, podendo causar
a libertação de componentes finos e
solúveis. Por estas razões, deverão ser
utilizadas resinas de boa qualidade e o
volume dos leitos deverá ser mantido
o mais pequeno possível, dentro
dos limites razoáveis. Os filtros são,
tipicamente, instalados depois dos
leitos, para capturar componentes finos
e partículas. A acumulação bacteriana
pode ser minimizada pela recirculação
frequente da água e pela substituição
frequente dos cartuchos. À medida
que os leitos de permuta iónica vão
ficando exaustos, libertam vestígios de
contaminantes que se acumularam da
água. Os contaminantes fortemente
ligados podem deslocar contaminantes
menos ligados, sendo provável que os
primeiros vestígios de contaminantes
sejam substâncias pouco ionizadas que
terão um efeito mínimo na resistividade
da água produzida.
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 46-47
Perspectiva geral da purificação de água
Métodos de purificação de água 45-46
90
80
70
Concentração (ppb)
60
50
40
30
20
1
10
<1 MΩ-cm 18,2 MΩ-cm
0
3
É pouco provável que a monitorização
da resistividade detecte a libertação
inicial destas espécies pouco ionizadas,
incluindo componentes orgânicos com
POLIMENTO
PRIMÁRIO
carga, silicatos e boratos. Esta situação
está ilustrada no gráfico acima, que
demonstra a libertação de sílica e
componentes orgânicos como TOC antes
de a resistividade se tornar detectável,
à medida que o leito de permuta iónica 2
começa a ficar exausto.
A libertação indetectável de contami-
nantes fracamente ionizados pode
ser prevenida pela monitorização em
multi-etapas (por exemplo, o PureSure da
Elga), que utiliza dois leitos idênticos de
resina de permuta iónica em série com
um monitor de resistividade entre eles.
À medida que o primeiro leito (primário)
1 O cartucho principal fica totalmente exausto e o
começa a ficar exausto, as espécies controlo inter-etapas dispara
libertadas fracamente ionizadas são
2 No entanto, o cartucho de polimento assegura
captadas pelo segundo leito (polimento)
sempre a pureza máxima da água do produto
não estando, portanto, presentes na
água produzida. A resistividade é medida 3 < 5% da capacidade utilizada
após a primeira etapa para detectar
a exaustão do leito. O segundo leito é
então mudado para a primeira posição,
sendo instalado um leito novo na
segunda posição.
8/7/09 17:29:19

Esta estratégia premite utilizar
eficientemente a resina, porque
o primeiro leito não tem que ser
substituido até que a resistividade
intermédia desça abaixo de 1 MΩ-cm
@25 °C, o que é facilmente determinado,
e o segundo leito irá, ainda assim, manter
virtualmente toda a sua capacidade
original quando é mudado para a posição
primária. Outras abordagens, menos
eficazes, incluem a substituição de leitos
muito antes de chegarem à exaustão
ou a utilização de resinas especializadas
que ligam de uma forma mais estreita
espécies ionizadas. Com a escolha
adequada de resina, o pré-tratamento
e o design de sistema, a permuta iónica
permite que sejam alcançados níveis
mais baixos de contaminação iónica.
Electrodesionização (EDI)
A Electrodesionização (EDI) é uma
tecnologia que combina resinas de
permuta iónica e membranas selectivas
iónicas com corrente directa para
remover espécies ionizadas da água.
O seu desenvolvimento e utilização na
purificação da água ultrapassou algumas
das limitações dos leitos de resina de
permuta iónica, em especial a libertação
de iões à medida que o leito fica exausto,
existindo a consequente necessidade
de mudar ou regenerar as resinas. A
água passa por uma ou mais câmaras
cheias de resinas de permuta iónica
mantidas entre membranas selectivas
catiónicas ou aniónicas. Os iões que
se ligam às resinas de permuta iónica
migram para uma câmara separada
sob a influência de um campo eléctrico
aplicado externamente, que também
produz H+ e OH- necessários para manter
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 48-49
MEMBRANA DE OI PERMUTA IÓNICA
ALIMEN- PRODUTO DE OI
TAÇÃO
Iões <5%
Iões MW baixo
Partículas Componentes
Componentes orgânicos orgânicos
Microrganismos N2, O2, CO2
Gases
REJEITA
Iões >95%
Componentes orgânicos
Partículas
Microrganismos
as resinas no seu estado regenerado. Os
iões existentes na câmara em separado
resultam em desperdício.
Os leitos de permuta iónica nos sistemas
de EDI são continuamente regenerados,
não ficando exaustos como ficam os
leitos de permuta iónica que funcionam
em modo agrupado. Além disso, os leitos
EDI são, normalmente, mais pequenos
e funcionam por períodos mais longos.
As resinas utilizadas em sistemas EDI
podem estar em câmaras separadas
de leitos aniónicos ou catiónicos, em
camadas de cada tipo dentro de uma
câmara única ou numa mistura de
grânulos de aniões ou catiões. O processo
EDI de laboratório da ELGA utiliza
leitos separados de resinas catiónicas
e aniónicas, assim como um leito de
resinas mista. Os leitos separados de
resinas aniónicas e catiónicas estão
alojados em células grandes que
proporcionam uma via de fluxo para os
iões em trânsito, oferecendo vantagens
na flexibilidade do design e simplicidade
mecânica à escala laboratorial. A resina
existente nas células fornece uma
protecção contra alterações na qualidade
da água de alimentação.
A qualidade da água produzida é depois
reforçada por um leito de resinas mistas.
Perspectiva geral da purificação de água
Métodos de purificação de água 47-48
Água purificada
10 a >15 MΩ-cm
PRODUTO
Iões <0,0001%
MW baixo CI-
Componentes CI-
orgânicos Na+
Na+
N2, O2
ÂNODO CÁTODO
Na+
Na+
CI-
CI- Na+
CI- Na+
LAVAGEM ALIMENTAÇÃO LAVAGEM
Resina Aniónica Resina Catiónica
Resina Mista
A osmose inversa é tipicamente utilizada
antes de o sistema EDI para garantir que o
módulo EDI não está sobrecarregado com
elevados níveis de sais, componentes Factos puros – electrodesionização
orgânicos ou partículas. O pequeno Vantagens:
volume de resinas no módulo resulta
numa baixa concentração de moléculas • Remove iões inorgânicos dissolvidos apresentando uma
orgânicas. Tipicamente, a osmose inversa resistividade de 5 -17 MΩ-cm (a 25 °C) e um teor de TOC
remove cerca de 95% dos iões; a EDI irá abaixo de 20 ppb
remover cerca de 95% dos restantes iões, • Amiga do ambiente:
assim como dióxido de carbono e sílica.
• Não são necessários químicos para regenerar a resina
Tipicamente, o produto de água da EDI
apresenta uma resistividade de 5 a • Não existe eliminação de químicos ou de resina
17 MΩ-cm (a 25 °C) e um teor de TOC
• As resinas nas células têm uma baixa "concentração" de
inferior a 20 ppb. Os níveis bacterianos
componentes orgânicos e tampões contra alterações na
são minimizados porque as condições
qualidade da água de alimentação
químicas e eléctricas dentro do sistema
Restrições:
impedem o crescimento de microrga-
nismos. A EDI não fornece, normalmente,
• Remove apenas um número restrito de componentes
água ultrapura com uma resistividade
orgânicos com carga e, por isso, não consegue produzir
de 18,2 MΩ-cm; no entanto, poderá
água ultrapura com uma resistividade de 18,2 MΩ-cm
ser eficazmente obtida através da
incorporação de um baixo volume de • A água de alimentação deve ser de boa qualidade
resina de permuta iónica a jusante do de forma a não sobrecarregar o monte EDI com
módulo. Esta resina tem poucos iões componentes orgânicos, sais ou partículas multi-
para remover e terá um período de valentes. É tipicamente tratada com OI
vida muito longo.
8/7/09 17:29:21

Destilação
A destilação é um processo há muito
estabelecido para a purificação da água
que separa a água dos contaminantes
ao alterar o estado da água de uma
fase líquida para uma fase gasosa,
e novamente para a fase líquida.
Cada uma destas transições fornece
uma oportunidade para separar a
água dos contaminantes. A água é
primeiramente aquecida até ao ponto
de ebulição e o vapor da água chega
1 pelo que os reservatórios são mais
6 de cerca de 1 MΩ-cm à medida que o
2 armazenamento estéreis e efectuada
5 autoclave; mas, uma vez aberta a garrafa
3 4
Calor
1 Termómetro 4 Água destilada
2 Vapor de água 5 Armazenamento de condensação
3 Água não tratada 6 Dispositivo de arrefecimento
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 50-51
até um condensador onde a água de
arrefecimento baixa a temperatura para
que o vapor da água condense, seja
recolhido e armazenado. Em princípio,
a destilação consegue remover todas
as classes de contaminantes da água,
excepto aqueles com pressões de vapor
próximas da água e de azeótropos. A
destilação é mais eficaz com água pré-
tratada para minimizar a acumulação de
depósitos e a passagem de impurezas.
É pouco provável que os destiladores
dos laboratórios consigam produzir uma
purificação adequada a partir de água de
alimentação não tratada, especialmente
com a ocorrência de precipitação,
frequentemente alimentados com
água pré-purificada por osmose inversa
ou permuta iónica. Os destiladores de
laboratório são contínuos; à medida que
a água fervida é destilada e substituída
por água fresca de alimentação. O
design meticuloso é essencial para
minimizar a possível transferência de
contaminantes menos voláteis, por
exemplo, através de salpicos ou por
Perspectiva geral da purificação de água
Métodos de purificação de água 49-50
arrastamento à superfície ou por vapor.
Os contaminantes com pressões de
vapor mais elevadas do que a água são Factos puros – destilação
removidos na fase de condensação. Os
Vantagens:
condensadores (multi-etapas) compostos
que equilibram o vapor e a água em • Remove uma vasta gama de contaminantes
ebulição em compartimentos múltiplos
• Maior vida útil
e especializados são necessários para
remover estes contaminantes de uma Restrições:
forma eficaz. A contaminação do ar
• Lenta purificação da água
ambiente (por exemplo, pó, elementos
voláteis, etc.) também deverá ser • Alguns contaminantes são transmitidos em
minimizada. quantidades variáveis para a condensação
Tal como a osmose inversa (OI), a • Deve ser alimentada com água pré-purificada
destilação só produz água purificada
• A água destilada pode ter tendência a uma re-
lentamente e o destilado deverá ser
contaminação durante um armazenamento prolongado,
armazenado para posteriores utilizações.
pelo que requer uma manutenção meticulosa
Os destiladores necessitam de muita
energia - utilizando tipicamente 1kW de • Não é económica nem amiga do ambiente – requer
electricidade por litro de água produzida. grandes quantidades de energia eléctrica para
Dependendo do design, a água destilada aquecimento e um grande volume de água da torneira
pode apresentar uma resistividade para arrefecimento
CO2 no ar se dissolve. A água destilada
será estéril quando produzida de
fresco, no entanto, para manter a
esterilidade, é recolhida em garrafas de
fica exposta a bactérias e a outras
impurezas transportadas pelo ar e a sua
pureza deteriora-se rapidamente.
8/7/09 17:29:22

Factos puros – carvão activado
Vantagens:
• Produz uma redução significativa no TOC
• Longa duração atribuída a uma elevada capacidade
de ligação
Restrições:
• Não remove todos os contaminantes orgânicos
dissolvidos
• Por vezes liberta componentes finos e solúveis na
corrente de água
Carvão activado –
em Água Purificada
A segunda maior aplicação de carvão
activado está na remoção de compostos
orgânicos da água purificada, muitas
vezes no circuito de purificação
anterior ao leito de permuta iónica
final. O carvão activado recolhe os
contaminantes da água através de forças
iónicas, polares e de Van der Waals e
por atracção tensoactiva. Os leitos de
carvão activado têm tendência para
libertar componentes finos e solúveis na
corrente da água e a não remover todos
os contaminantes orgânicos dissolvidos,
Factos puros – filtros microporosos
Vantagens:
• Os filtros de tela funcionam como filtros absolutos que
retêm e removem todas as partículas e microrganismos
com maior dimensão do que os poros
• Funcionam eficazmente, a não ser que estejam
danificados
• De fácil manutenção, por ex., só necessitam de ser
substituídos
Restrições:
• Ficam bloqueados quando a superfície está coberta de
contaminantes, pelo que devem ser utilizados no último
passo da purificação, como garantia
• Não removem substâncias orgânicas, inorgânicas ou
pirogénios dissolvidos
• Não podem ser regenerado
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 52-53
mas a sua utilização pode produzir uma
redução significativa de TOC. Por vezes, é
utilizada para esta aplicação uma forma
mais pura de carvão activado feita de
grânulos de polímeros.
Microfiltros
Os microfiltros constituem uma barreira
física à passagem de partículas e
de microrganismos em sistemas de
água purificados. Os filtros de tela,
caracterizados pela dimensão absoluta
das partículas, possuem estruturas
moleculares uniformes que, tal como um
crivo, retêm todas as partículas maiores
do que a dimensão controlada do poro
da sua superfície. Microfiltros (0,05 a
0,22 μm) são tipicamente utilizados
o mais próximo possível do ponto de
uso, para capturar microrganismos, e
partículas finas. As partículas capturadas,
incluindo microrganismos ou os seus
produtos metabólicos, e matéria solúvel,
podem ser removidos dos filtros, sendo
necessária uma manutenção adequada
(desinfecção regular e substituição
periódica) para manter níveis de
desempenho estimados. Os filtros
instalados recentemente necessitam,
geralmente, de enxaguamento antes da
remoção de contaminantes extraíveis.
Uma membrana de filtro microporoso é
geralmente considerada indispensável
num sistema de purificação de água,
excepto se for substituída por um
ultrafiltro.
Perspectiva geral da purificação de água
Métodos de purificação de água 51-52
Desempenho da ultrafiltração (UF)
Amostra Conc. endotoxinas (UE/ml) Conc. bactérias (CFU/ml)
Exposição 1000 2 x 107
Pós UF 1 <0,001 <0,01
Pós UF 2 <0,001 <0,01
Pós UF 3 <0,001 <0,01
Pós UF 4 <0,001 <0,01
Pós UF 5 <0,001 <0,01
Redução log10 >6 >9
Ultrafiltração (UF)
A ultrafiltração (UF) é uma tecnologia
que utiliza membranas e que remove
Factos puros – ultrafiltros
partículas tão pequenas como Vantagens:
macromoléculas de proteínas. Os
• Remove eficazmente a maioria dos colóides,
poros vão tipicamente de 1 a 10 nm
partículas de microrganismos e endotoxinas
e são frequentemente utilizadas
acima das dimensões de taxa, mantendo-os
membranas sob a forma de fibras
acima da superfície do ultrafiltro
ocas para permitir taxas de fluxo mais
elevadas. Caracterizam-se pela eficácia • Funcionamento eficaz a não ser que esteja
com que reduzem a concentração danificado
de contaminantes relevantes para
níveis aceitáveis. Os ultrafiltros são • O período de vida pode ser prolongado por
normalmente instalados perto da saída de uma lavagem de água a alta pressão
um sistema de purificação de água para
Restrições:
reduzir a concentração de microrganismos
e grandes moléculas orgânicas, incluindo • Não remover substâncias orgânicas ou
nucleases e endotoxinas. Os ultrafiltros inorgânicas dissolvidas
(UF) devem ser regularmente sanitizados
• Pode bloquear se apresentar um nível
e/ou substituídos para manterem a sua
elevado de contaminantes de forte peso
eficácia. Os ultrafiltros (UF) podem ser
instalados de uma forma tradicional, em molecular
que todo o fluxo de água é direccionado
através da membrana, ou sob a forma
de "fluxo cruzado" (fluxo tangencial), em
que uma porção da água de entrada corre
ao longo da superfície da membrana
para reduzir a incrustação através do
enxaguamento dos contaminantes. Os
ultrafiltros (UF) constituem uma excelente
tecnologia para garantir uma qualidade
consistente da água ultrapura em relação
às partículas, bactérias e pirogénios.
8/7/09 17:29:23
 Perspectiva geral da purificação de água
Métodos de purificação de água 53-54

Tecnologias utilizadas para controlar microrganismos

Filtro microporoso

Carvão activado
Osmose inversa

Luz ultravioleta
Permuta iónica
Ultrafiltro
Microrganismos 333 333 33 3* 3* 333

Endotoxinas 3 333 33 33* 3* 3

Legenda
Filtros de ventilação Membranas de desgaseificação 333 Remoção excelente

Os filtros microporosos hidrofóbicos são, (ou extracção do ar) 33 Remoção boa

3 Remoção parcial

muitas vezes, colocados em reservatórios Um dispositivo de contacto utiliza um * Elevada eficácia inicial

de armazenamento de água, como os filtro de membrana hidrofóbica para

filtros de ar, para prevenir que partículas, remover gases (por exemplo, CO2, O2)
incluindo bactérias, penetrem na água da água. A corrente da água passa por
armazenada. Ao combinar meios de um dos lados da membrana e um gás Luz Ultravioleta (UV)
absorção com meios de filtragem, de lavagem ou vácuo remove os gases
os filtros de ar em compósito (CVF) do outro lado da membrana. A taxa de A luz ultravioleta é amplamente utilizada como um bactericida, Factos puros – luz UV
também poderão minimizar o CO2 remoção de uma espécie depende da para decompor e foto-oxidar contaminantes orgânicos em
e a contaminação orgânica de água espécies polares ou ionizadas para remoção subsequente por Vantagens:
permeabilidade da membrana, da área
armazenada. A substituição regular é de contacto, do tempo de contacto e da permuta iónica. As fontes de UV nos sistemas de purificação • Oxidação de compostos orgânicos
essencial para manter a eficácia. diferença na pressão parcial ao longo da de água de laboratório traduzem-se em lâmpadas de (185 nm e 254 nm) para alcançar os
membrana. mercúrio de baixa pressão que produzem radiação com um níveis de TOC < 5 ppb
comprimento de onda de 254 nm. Isto apresenta a maior
acção bactericida, uma vez que danifica a polimerase do ADN • Tratamento bactericida eficaz
e ARN a baixas doses prevenindo, desta forma, a replicação, Restrições:
Lâmpada germicida enquanto doses mais elevadas são biocidas. As câmaras e
Saída a 253,7 nm as lâmpadas de UV necessitam de ser concebidas de forma • A foto-oxidação de orgânicos é um
100 a fornecer uma dosagem suficiente de UV para evitar a passo no polimento que apenas
90 produção de microrganismos vivos mas inactivos. A radiação consegue diminuir os níveis de TOC
80 Eficácia germicida de comprimentos de ondas mais curtos (185 nm) é mais eficaz numa quantidade restrita.
Saída Relativa ou Eficácia

Linhas de saída Curva com pico a 265 nm para a oxidação de componentes orgânicos, já que decompõe
70 • Sem influência em iões, partículas ou
de 185 nm grandes moléculas orgânicas em componentes ionizados mais colóides
60
pequenos, que podem ser removidos por um leito de resinas de
50 • A resistividade da água diminui como
permuta iónica de elevada pureza a jusante. A remoção prévia
40 Outra Lâmpada germicida de iões orgânicos, por permuta iónica inicial, optimiza a eficácia resultado da libertação de CO2 pela
30 Linhas de saída deste tratamento. A radiação de UV a 185 nm é um oxidante foto-oxidação, uma vez que produz
20 altamente eficaz e um componente fundamental na produção H2CO3 (H+, HCO3-)
10 de água ultrapura com os níveis mais baixos de contaminantes
0
orgânicos.

180 210 240 270 300 330 330 390 420

Comprimento de onda em Nanómetros (nm)

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 54-55 8/7/09 17:29:24

 Perspectiva geral da purificação de água
Métodos de purificação de água 55-56

Design do sistema
Foram descritas nesta secção diferentes tecnologias de purificação da água; cada
uma delas apresenta as suas vantagens e restrições. Algumas são capazes de
remover grandes fracções de diversas impurezas, enquanto outras são excelentes
na remoção de um contaminante específico até níveis extremamente baixos. Assim,
para remover todos os contaminantes de forma a produzir o nível desejado de
purificação de água para uma aplicação em particular, é necessário utilizar uma
combinação de tecnologias.
A água é, em seguida, tratada por uma ou mais técnicas, dependendo da pureza
exigida - permuta iónica e/ou EDI para remover iões, carvão activo ou outros
absorventes para remover compostos orgânicos, luz ultravioleta para destruir
bactérias e/ou para oxidar compostos orgânicos residuais, microfiltração para
remover partículas e bactérias e ultrafiltração para remover endotoxinas, protéases
e nucleases. Todas ou algumas destas etapas podem ser combinadas na mesma
unidade como a osmose inversa, ou separadamente, num "polidor".

TRATAMENTO
RESERVATÓRIO POLIDOR
PRIMÁRIO

Pré-filtragem Armazenamento Permuta iónica

de água
Carvão Activado protegido EDI
(Recirculação)
Osmose Inversa Adsorção de
carvão
Permuta iónica
Foto-oxidação
EDI
Filtragem

Recirculação

Cada sistema necessitará de algum pré-tratamento baseado na água de alimentação

para remover partículas, cloro ou cloraminas e, possivelmente, cálcio e magnésio.
A este pré-tratamento segue-se, de preferência, a osmose inversa para remover
virtualmente todos os colóides, partículas e compostos orgânicos de elevado
peso molecular e mais de 90% dos iões. A água de grau primário resultante, que
é produzida de uma forma relativamente lenta e armazenada num reservatório,
irá possuir algum nível de compostos orgânicos, iões, bactérias e detritos de
células, dióxido de carbono e oxigénio dissolvido. Estas etapas podem ocorrer em
unidades separadas a nível local ou num sistema mais amplo, com um circuito de
fornecimento de água para um único laboratório ou para um edifício inteiro.

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 56-57 8/7/09 17:29:26

 Perspectiva geral da purificação de água
Métodos de purificação de água 57-58

Eficácia da recirculação e repurificação

da água em contaminação bacteriana

Tanque Estático Circuito de Recirculação

1000

100
Contagem Total Viável (CFU/ml)

10

Água de Pós-filtro de Pós Osmose Pós UV Pós permuta

alimentação carvão Inversa iónica
1 Condutividade (µS/cm) 50 a 900 50 a 900 1 a 30 1 a 30 0,055

Cálcio (mg/l) 20 a 150 20 a 150 0,4 a 5 0,4 a 5 <0,0001

Sódio (mg/l) 20 a 150 20 a 150 1 a 10 1 a 10 <0,0001

0,1
Ferro (mg/l) 0,01 a 0,1 0,01 a 0,1 <0,01 <0,01 <0,0001
05 Mar

02 Ago
04 Mai
28 Mar

09 Abr
23 Mar
19 Mar

24 Mai
02 Abr
12 Mar

30 Abr

18 Mai

20 Jun
01 Jun
11 Mai
17 Abr
21 Fev

Bicarbonato (mg/l) 30 a 300 30 a 300 1 a 10 1 a 10 <0,0001

Data Cloreto (mg/l) 10 a 150 10 a 150 0,5 a 5 0,5 a 5 <0,0001

Sulfato (mg/l) 1 a 100 1 a 100 0,1 a 5 0,1 a 5 <0,0001

TOC (mg/l) 0,2 a 5 0,1 a 2 0,05 a 0,2 <0,05 <0,01

6
Cloro total (mg/l) 0,1 a 1 <0,1 <0,05 <0,05 <0,05
1 Sistema de gestão controlado
Bactérias (CFU/ml) 10 a 100 10 a 100 1 a 10 <1 <1
por microprocessador e 1
monitor de pureza de água Endotoxinas (UE/ml) 1 a 100 1 a 100 <1 <1 <0,1
8 7 Turvação 0,1 a 2 0,1 a 1 <0,01 <0,01 <0,01
2 Filtro de carvão activado

O armazenamento e a distribuição são forma a evitar aqueles com material de

2
potenciais fontes de contaminação, enchimento e aditivos que possam ser
3 Módulo de foto-oxidação UV 8 Membrana de osmose inversa
principalmente de bactérias. Uma boa arrastados e assim contaminar a água.
5 concepção e uma manutenção adequada Os reservatórios devem ser protegidos da
são necessárias para minimizar estes entrada de contaminantes com filtros de
4 Recirculação de água através
3
7 Ponto de água purificada -
problemas. Os materiais escolhidos ar em material adequados, devendo ser
do reservatório acoplado 18,2 MW-cm para a construção também são muito efectuada uma recirculação frequente
para armazenar e manter a importantes e deve evitar-se os da água purificada, de forma contínua
qualidade da água metais, excepto o aço inoxidável. Estão ou intermitente, através de algumas das
disponíveis muitos plásticos de elevada tecnologias de purificação com vista a
5 6
Cartucho de purificação
4
Filtro de ar em compósito, que pureza mas é necessário ter cuidado, de manter a pureza.
- permuta iónica + meios impede a entrada de impurezas
de absorção tranportadas pelo ar

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 58-59 8/7/09 17:29:27


Monitorização – manter
a pureza da água purificada
Condutividade/
resistividade eléctrica para
detecção de iões
A condutividade e a resistividade
eléctrica medem a capacidade de um
fluido conduzir corrente eléctrica. A
condutividade é o inverso da resistividade,
por ex., condutividade = 1/resistividade.
O conteúdo iónico de água purificada é
fornecido pela medição da condutividade
electrolítica, k, e do seu inverso,
resistividade, r.
k=F.Σ ci zi ui
r = 1/k
Baixa condutividade = alta resistividade
Na prática, as unidades de condutividade
são tipicamente utilizadas quando
se referem a água, variando da água
não tratada à água potável e de grau
primário, enquanto que as unidades de
resistividade são utilizadas para água
ultrapura como água desionizada ou água
de osmose inversa.
A unidade de condutividade é Siemen
(S/cm) e a unidade de resistividade é
Ohms (Ω-cm). Um Meg-ohm (MΩ-cm)
=1000000 Ohms.
Uma vez que a condutividade e
resistividade se referem a uma área
em que a corrente é medida, por ex.,
comprimento/área, é normal que as
unidades sejam expressas em MΩ-cm
ou µS/cm.
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 60-61
Perspectiva geral da purificação de água
Monitorização da pureza da água 59-60
Dicas e Sugestões
O armazenamento de água
purificada, não recirculada, deverá
manter-se num valor mínimo
absoluto de forma a limitar a
deterioração da qualidade
e o crescimento bacteriano.
(uma resistividade de 18,2 MΩ-cm).
Valores típicos de condutividade
Não é possível monitorizar todas as Para um sal fortemente ionizado, o valor µS/cm
potenciais impurezas na água purificada. de k é aproximadamente proporcional 1mg/l NaCl 2,2
Os sais inorgânicos e os componentes à concentração salina em solução
10mg/l NaCl 22,0
orgânicos diluídos são os principais e às deslocações dos seus iões, que
100mg/l NaCl 220,0
são expressos como u+ (catião) e u-
contaminantes que afectam a maioria das (anião). Os valores de u+ e u- também 1mg/l HCl 8,0
aplicações laboratoriais sendo, por isso, dependem bastante da viscosidade 10mg/l CO2 4,0
importante que sejam monitorizados on- da solução e, consequentemente, da
temperatura da água, t. Para muitos
line em sistemas de água para laboratório. iões, o coeficiente de temperatura
a presença ou concentração de espécies
químicas não ionizadas, nem é sensível
A resistividade e o TOC constituem as relativa de u é de cerca de 2%/°C. Além às concentrações sub-ppb de iões devido
principais técnicas rápidas on-line. disso, o valor do equilíbrio constante ao equilíbrio com os iões de hidrogénio e
para a dissociação da água, Kw, está de hidróxilo da água. Quando tais níveis
Condutividade Resistividade também dependente da temperatura, são importantes, os contaminantes
0,01 µS 100 MΩ
pelo que a condutividade da água pura individuais poderão necessitar de ser
pode chegar até aos 6%/°C. A prática medidos utilizando técnicas analíticas
0,055 µS 18,0 MΩ
corrente é a de automaticamente corrigir como a espectrometria de massa com
0,1 µS 10 MΩ
todos os valores de condutividade e plasma indutivamente acoplado, a
resistividade para 25 °C. A resistividade cromatografia iónica e a câmara de
A condutividade, k, representa a contribuição de todos os iões
e a condutividade são fáceis e rápidas grafite AAS.
individuais na água fornecendo, deste modo, uma importante
de medir utilizando uma sonda de
indicação não específica da presença de iões na água purificada.
condutividade em linha (sensor) com
Estão incluídos todos os iões das impurezas e os iões de
cabo e um medidor, ou visor, com
hidrogénio e hidróxido, resultantes da dissociação natural da
electrónica associada, frequentemente Variações de resistividade com temperatura
água. São estes hidrogénios e iões de hidróxilo os responsáveis
fornecido com compensação de Temperatura Resistividade de água Resistividade de 21,1 µg/l
para que a água totalmente pura apresente uma condutividade
temperatura. O medidor mede a (°c) pura (MΩ-cm) NaCl em água (MΩ–cm)
de 0,055 μS/cm a 25 °C
resistência, R, entre os eléctrodos 0 86,19 28,21
sensíveis da célula de condutividade.
Controlo de impurezas 5 60,48 22,66
10 43,43 18,30
Impureza Método de controlo Valores de condutividade inferiores a
Iões Utilização de OI, permuta iónica, EDI, monitor de resistividade
2 μS/cm devem ser medidos em linha 15 31,87 14,87
on-line uma vez que a água de elevada pureza 20 23,85 12,15
absorve rapidamente contaminantes
Componentes Utilização de OI, carvão, foto-oxidação UV, monitor TOC em 25 18,18 10,00
orgânicos linha que estejam próximos, particularmente 30 14,09 8,28
Partículas Utilização de filtros absolutos. Ensaios ocasionais on-line, o dióxido de carbono, causando o
se necessário
35 11,09 6,90
aumento da condutividade. Apesar de
40 8,85 5,79
Bactérias Utilização de microfiltros, UV e sanitização. Ensaios off-line a resistividade fornecer uma excelente
45 7,15 4,89
Endotoxinas Utilização de ultrafiltros, foto-oxidação UV. Ensaios off-line indicação da qualidade iónica da água
50 5,85 4,15
Espécies bioactivas Utilização de ultrafiltros, foto-oxidação UV. Ensaios off-line de elevada pureza, não consegue indicar
Gases Desgaseificação no ponto de uso. Ensaios ocasionais on-line,
se necessário
8/7/09 17:29:27
 Perspectiva geral da purificação de água
Monitorização da pureza da água 61-62

Dicas e Sugestões
É essencial efectuar
desinfecções regulares para
evitar a acumulação de
biofilme. As pastilhas de
libertação de cloro, ácido
peracético ou peróxido de
hidrogénio são consideradas
agentes sanitizantes
apropriados.

Valores típicos de TOC (ppb) Dicas e Sugestões 9

Água da rede pública 500 - 5000*
Para garantir um
Permeado de OI 25 - 100 funcionamento eficiente dos
8
monitores de resistividade,
Água no IDL 50 - 500** um técnico qualificado 7,6
deverá limpar os eléctrodos

pH
OI + DI 10 - 50 7
da célula em linha e
Polido 3-5 recalibrá-los 6,6
periodicamente.
Polido com 185 nm UV <2 6
*(Tipicamente entre 1000 - 3000)
**Pode aumentar consoante a exaustão do cilindro devido à eluição
de espécies orgânicas de fraca ligação, tais como componentes orgânicos. 5

Carbono Orgânico Total (TOC)
para detecção de
componentes orgânicos
A grande variedade e complexidade de
compostos orgânicos na água purificada
torna impossível a sua medição de uma
forma rotineira, pelo que é utilizado um
indicador de contaminação orgânica
geral. O TOC mostrou ser o mais prático,
pois para a sua determinação são
oxida das as substâncias orgânicas em
amostras de água e medidos os produtos
de oxidação resultantes. Existe uma
vasta gama de análises de TOC que
pode ser dividida entre as que oxidam
todo o carbono em dióxido de carbono
e medem a selectividade de CO2 e as
que oxidam parcialmente os compostos
orgânicos em, por exemplo, ácidos, ou
oxidam totalmente todas as espécies
presentes e medem a alteração da
condutividade devido a todas as espécies
oxidadas. As primeiras são, normalmente,
utilizadas off-line para mostrar o
cumprimento com as especificações TOC,
4
enquanto que as últimas são utilizadas 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
para monitorização on-line e incluirão,
Resistividade (Mohm-cm)
por exemplo, contribuições de ácidos
nítricos e sulfúricos de átomos N e S. A
função principal do TOC é monitorizar e pH
verificar tendências. Na maior parte das A medição do pH não é recomendável
águas, o TOC não pode ser directamente para a água pura. A água de elevada
relacionado com a concentração de pureza atrai rapidamente contaminantes
moléculas orgânicas, uma vez que a que afectam o seu pH, possuindo
quantidade de carbono diferem em igualmente uma condutância baixa,
moléculas diferentes. causando instabilidade em quase todos
os medidores do pH. Uma vez que a
concentração de iões de hidrogénio
na água afecta o pH e a resistividade,
o pH deve manter-se dentro de certos
limites para uma determinada leitura
de resistividade. Por exemplo, se a
resistividade for de 10 MΩ-cm, o pH deve
manter-se entre 6,6 e 7,6.
Dicas e Sugestões
Efectue a drenagem de, no mínimo, 5
litros de água purificada após um período
de inactividade, por ex., após o fim-de-
semana, especialmente ao utilizar água
em aplicações críticas.

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 62-63 8/7/09 17:29:27

 Perspectiva geral da purificação de água
Monitorização da pureza da água 63-64

Dicas e Sugestões
Para prolongar a vida de uma
Dicas e Sugestões membrana de osmose inversa,
certifique-se de que esta é
Substitua regularmente regularmente lavada e limpa.
Dicas e Sugestões os cartuchos de permuta O processo de lavagem remove
iónica, normalmente a os componentes de partículas
Para prevenir o crescimento
cada seis meses, para ou depósitos sólidos
de algas, evite utilizar
minimizar a acumulação de da superfície da
reservatórios e tubagens
contaminação bacteriana. membrana.
transparentes e evite
instalar recipientes de
armazenamento perto
da luz directa ou fontes
de calor.

Monitorização de espécies
biologicamente activas
Para monitorizar espécies biologica-
mente activas, as amostras de água
purificada são filtradas através de um
filtro estéril de membrana de 0,22 µm.
As bactérias presentes na amostra são
retidas no filtro, que é depois colocado
na superfície de um meio baixo em
nutrientes e incubado. Os nutrientes dos
meios espalham-se pelo filtro permitindo
o crescimento de colónias que são,
tipicamente, contadas ao fim
de 3 a 5 dias.
Uma vez que esta técnica de "contagem
de placas" passa por um longo atraso
inerente antes de se poder chegar
aos resultados, é essencial utilizar
contagens bacterianas regulares para
monitorizar o historial de aceitação
de bactérias a longo prazo. Tal será
conseguido utilizando a epifluorescência
microscópica de uma amostra filtrada
com coloração e utilizada para
rapidamente detectar e fazer a distinção
entre microrganismos vivos e mortos,
sendo útil quando for indicada uma
acção correctiva rápida. É provável
que as contagens de epifluorescência
difiram das contagens obtidas pela
contagem de placas, uma vez que
os microrganismos que crescem em
sistemas de purificação de água para
laboratório crescem rapidamente, ou em
poço, meios de placa. As endotoxinas
são lipopolissacarídeos presentes na
célula de bactérias gram-negativas.
Produzem efeitos adversos em muitos
procedimentos biológicos moleculares e
uma resposta tóxica quando injectadas
em humanos. Os ensaios padrão
baseados na actividade do Lisado de
Amebócitos de Limulus são utilizados
para medir os níveis de endotoxinas. De
uma forma semelhante, outras espécies
biologicamente activas como de ARN,
DNA e protéases podem interferir
severamente em muitas técnicas
biológicas moleculares. Vários ensaios
específicos, muitas das vezes sob a forma
de kit, estão disponíveis para detectar
estas espécies off-line.
Dicas e Sugestões
Utilize aparelhos ultralimpos (de vidro
ou plástico) para o trabalho que envolva
água de elevada pureza. Para técnicas
de análise sensíveis, os contentores de
amostras devem ser embebidos em
água ultrapura antes da utilização.
Recomenda-se a utilização de recipientes
de vidro quando a qualidade orgânica for
importante; estes podem necessitar de
preparação especial.
Terão quer ser estabelecidos
procedimentos relativos à manutenção
e/ou substituição dos componentes
do sistema de purificação da água,
para garantir que a água produzida
se adequa- sempre às especificações.
A monitorização de parâmetros que
medem as especificações do produto
da água tornam possível a antecipação
de alguma intrevenção. A frequência
das actividades de manutenção deverá
seguir, no mínimo, as recomendações do
fabricante.
A sanitização do sistema de purificação
de água e do sistema de distribuição
é importante para garantir o controlo
da contaminação microbiana em
relação às especificações. A frequência
da sanitização deve ser adequada
para manter as especificações de
pureza e é estabelecida com base na
utilização do sistema, dados regulares
de controlo de tendência, assim como
as recomendações do fabricante quanto
ao sistema. As soluções de cloro, ácido
paracético e peróxido de hidrogénio
são frequentemente utilizadas como
sanitizantes.
Dicas e Sugestões
A pureza microbiológica da água num sistema
de tratamento de água só pode ser mantida
fazendo-a recircular pelos diversos processos
de purificação através do reservatório
de armazenamento. O reservatório de
armazenamento deve estar vedado e
equipado com um filtro de ar bacteriano ou
filtro de abertura em compósito para evitar a
contaminação aérea.

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 64-65 8/7/09 17:29:28

 Perspectiva geral da purificação de água
Normas de água purificada 65-66

Ultrapuro As normas relevantes são:

• Clinical and Laboratory Standards

Normas de água purificada

A água de grau ultrapuro aproxima-se de
graus teoréticos de pureza em termos de Institute (CLSI) – antigo NCCLS
resistividade, teor orgânico, contagens • The International Organization for
de partículas e de bactérias. Este nível de Standardization (ISO)
pureza é obtido através do “polimento”
• The American society for Testing and
As normas definem laboratórios e graus de água diferentes, tanto por da água que foi pré-purificada por
Material (ASTM)
permuta iónica, osmose inversa ou
motivos técnicos como económicos. Estas normas existem para garantir destilação. Tipicamente, a água • A Farmacopeia, incluindo USP, EP e JP
que a qualidade de água correcta está a ser utilizada para uma aplicação ultrapura tem uma resistividade de
específica, minimizando os custos operacionais do laboratório. Geralmente, 18,2 MΩ-cm, TOC <10 ppb C, filtração Para casos em que as aplicações são
de 0,1 μm ou inferior de partículas e ainda mais exigentes do que aquelas
quanto mais puro for o grau de água necessário, mais dispendiosa será a já estabelecidas, a ELGA irá colaborar
contagens bacterianas inferiores a
sua produção. 1 CFU/ml. A água de grau ultrapuro com a empresa ou a organização para
é necessária para diversas técnicas especificar o nível e métodos correctos
A ELGA faz a distinção entre quatro graus gerais de água para laboratório purificada: analíticas sensíveis tais como a de purificação.
cromatografia líquida de alta pressão As normas nesta secção estão correctas
Grau primário Laboratório geral (HPLC), a cromatografia iónica (IC) e a e podem ser impressas, no entanto, não
espectrometria de massa com plasma estão integralmente citadas, e como são
A água de grau primário apresenta o nível A água de grau para laboratório geral indutivamente acoplado (ICPMS). A regularmente revistas e actualizadas, os
de pureza mais baixo e tem normalmente não tem apenas uma elevada pureza água apirogénica ultrapura é usada utilizadores deverão consultar a versão
uma condutividade de 1-50 μS/cm. Pode em termos iónicos, mas também em aplicações como a cultura de mais recente das normas completas.
ser produzida por resinas de permuta baixos níveis de compostos orgânicos células de mamíferos. A ultrafiltração é
iónica (aniónica fraca), osmose inversa e microrganismos. Uma especificação utilizada para remover quaisquer níveis
ou destilação única. Os aniões com carga típica seria uma condutividade <1,0 μS/cm significativos de espécies biologicamente
fraca, como o dióxido de carbono e a sílica, (uma resistividade >1,0 MΩ-cm), um teor activas, como endotoxinas (tipicamente
poderão não ter sido removidos, estando, de carbono orgânico total (TOC) < 50 ppb <0,005 UE/ml), nucleases e protéases
portanto, presentes neste grau de água. e uma contagem bacteriana inferior (não detectáveis).
As aplicações típicas para a água de grau a 1 CFU/ml. A água desta qualidade
primário incluem o lavagem de vidraria, pode ser usada numa multiplicidade de
a alimentação de máquinas de lavar e
humidificadores.
aplicações que vão desde a preparação
de reagentes e soluções tampão até à
Normas
Desionizada
preparação de meios nutrientes para
cultura de células bacterianas e estudos
internacionais
microbiológicos. A água de grau para Uma vez que a água purificada é
A água desionizada apresenta laboratório pode ser produzida por necessária em todas as indústrias e
tipicamente uma condutividade de 1,0 destilação dupla ou por sistemas de organizações de base científica, as
a 0,1 μS/cm (uma resistividade de 1,0 a purificação de água que incorporem autoridades de normas nacionais e
10,0 MΩ-cm) e é produzida por permuta osmose inversa e permuta iónica ou internacionais decidiram estabelecer
iónica de leito misto (resina aniónica EDI e possivelmente com absorção e normas de qualidade da água para várias
forte). Poderá ter um nível relativamente tratamento UV. aplicações. As normas mais relevantes
elevado e variável de contaminação para o mercado de análises clínicas são
bacteriana e orgânica. É utilizada para as do Clinical and Laboratory Standards
uma diversidade de fins, incluindo o Institute (CLSI), antigo NCCLS (National
lavagens, a preparação de padrões e Committee for Clinical Laboratory
reagentes analíticos de utilização geral e Standards).
a diluição de amostras.

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 66-67 8/7/09 17:29:29


Clinical Laboratory Standards
Institute (CLSI) – "Preparation
and testing of reagent water
in the clinical laboratory" –
3ª Edição (1997) – Alterada
em 2006
As principais directrizes sobre água
purificada do CLSI designavam três tipos
principais de água (Tipo I, II e III), sendo o
Tipo I o mais relevante para laboratórios
clínicos e alimentações de instrumentos
automatizados.
Clinical Laboratory Standards
Institute (CLSI) – "Preparation
and testing of reagent water
in the clinical laboratory" –
4ª Edição (2006)
Com o objectivo de incentivar os
utilizadores a compreenderem os
aspectos importantes relativos à
escolha de sistemas de purificação de
água, o CLSI adoptou uma abordagem
diferente no manual revisto. Passou
das designações de Tipo I, II e III para a
importância da garantia de que a água
seja adequada para a sua utilização.
A compatibilidade da água do produto
em relação à especificação de uma
aplicação terá de ser confirmada para
cada procedimento laboratorial em
Máx. bactérias (CFU/ml)
pH
Mín. resistividade (MΩ-cm @ 25 °C)
Máx. SiO2 mg/l
Componentes de Partículas
Contaminantes orgânicos
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 68-69
Perspectiva geral da purificação de água
Normas de água purificada 67-68
Água Reagente para Laboratório Clínico (CLRW)
A água reagente para laboratório clínico (CLRW) deverá ir de encontro às exigências
será utilizada. O sistema que produz
da maioria dos ensaios de rotina de laboratórios clínicos. Os limites especificados
água purificada também deverá
corresponder à especificação exigida
para os parâmetros deverão ser determinados à saída do sistema de purificação para
pelo utilizador. Será necessário efectuar
armazenamento ou utilização. As especificações têm por objectivo a monitorização
de parâmetros críticos para garantir o fornecimeto de água purificada adequada
uma monitorização regular, verificar a
aos procedimentos específicos de ensaios clínicos laboratoriais. É obrigatório que a
tendência e documentar parâmetros
água produzida cumpra as especificações para as impurezas, e que os parâmetros
apropriados para confirmar se os
sistemas e tecnologias de purificação da
sejam monitorizados regularmente para verificar tendências, que poderão indicar
deterioração no processo de purificação de água.
água estão a funcionar eficazmente.
As linhas de orientação do CLSI destacam um importante aspecto relativo às normas.
Terão que ser estabelecidos
Salientam o facto de que as normas prescritas só poderem ser indicadoras do que
procedimentos relativos à manutenção
poderá ser considerado como grau aceitável de água pura. É da responsabilidade do
do sistema, de forma a manter o sistema
fabricante analisador garantir que um grau ou especificação de água em particular é
em conformidade com as especificações
adequado para a aplicação química.
de pureza da água.
Uma vez que a química, etc. pode ser alterada, ou novos parâmetros introduzidos, a
Apenas o grau de Água Reagente para
única opção "segura" é fornecer água da melhor qualidade para todas as aplicações.
Laboratório Clínico (CLRW) é definido
Mesmo assim, para alguns químicos, as impurezas específicas têm que estar
em detalhe. Pode ser utilizado para
substituir o Tipo de água ou Tipo II do
destacadas se for provado que afectaram os resultados.
anterior manual. Os outros graus, abaixo
mencionados, são descritos em relação Água Reagente Especial (SRW) • Análises de vestígios orgânicos que
podem exigir um TOC mais baixo ou
à sua aplicação e detalhes de definição Necessária para ensaios laboratoriais
uma especificação de absorvância
pelo utilizador: clínicos especiais, a água reagente
espectrofotométrica de UV
especial é água pura com especificações
• Água de grau de reagente especial
de pureza diferentes, normalmente, • Ensaios de ADN e ARN que exigem
(SRW)
mais elevadas, da água reagente para especificações típicas para níveis de
• Água de alimentação para laboratório clínico (CLRW). A especificação actividade de protéases, ADN e ARN
instrumentos deverá incluir os mesmos parâmetros, tal
como é necessário com os parâmetros • Análise de vestígios de metais que
• Água fornecida para utilização como adicionais de água reagente para necessitam de uma resposta negaiva do
diluente ou reagente laboratório clínico (CLRW). Poderá ser branco para cada metal a ser medido
necessário que um laboratório possua
• Água engarrafada pré-embalada • Poderá ser necessária água com níveis
o mesmo número de diferentes águas
reagente especial (SRW). Na maioria dos baixos de endotoxinas (0,25 UE/ml
• Aplicações em autoclave e água de
casos, a água reagente especial (SRW) ou inferior) para aplicações biológicas
lavagem
qualifica-se como adequada ao objectivo moleculares sensíveis, como cultura de
de uma aplicação pelo teste durante o células, ensaio de órgãos e detecção
Tipo I Tipo II Tipo III desenvolvimento do ensaio, utilizando fluorescente de anticorpos de
técnicas como resposta em branco de microrganismos
10 1.000 NE
amostra, resposta em branco de reagente,
NE NE 5,0 - 8,0 acréscimos de normas e interferências • Poderá ser necessária água com
10 1 0,1 no ensaio. Quando considerada CO2baixo para preparar tampões padrão
qualificada, o laboratório terá que definir para a calibragem do pH
0,05 0,1 1
as especificações e validação do ensaio
Filtro de 0,2 μm NE NE
para garantir que a água corresponde aos
Carvão activado, NE NE requisitos do ensaio clínico especializado.
destilação ou As especificações comuns para uma água
osmose inversa
reagente especial (SRW) incluem:
8/7/09 17:29:29
 Perspectiva geral da purificação de água
Normas de água purificada 69-70

Água de alimentação para instrumentos Grau 2

A água de alimentação para analisadores automáticos foi concebida para funções Contaminantes inorgânicos, orgânicos ou coloidais muito baixos e adequados a
internas de lavagem, diluição e banho. A utilização de água reagente para laboratório determinações analíticas sensíveis, incluindo a espectrofotometria de absorção
clínico (CLRW) para esta aplicação terá que ser confirmada com o fabricante do atómica (AAS) e a determinação de constituintes em quantidades detectáveis. Pode
analisador específico e terá que ser utilizada a água com esta especificação. ser produzido por destilação múltipla, permuta iónica ou osmose inversa seguida
de destilação.
O CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute) salienta a importância de
garantir que a água de laboratório é adequada para a sua utilização. A água terá
de ser considerada adequada para cada procedimento laboratorial no qual será
Grau 3
utilizada. O sistema que produz água purificada também terá de ser considerado Adequado para grande parte do trabalho de laboratório químico por via húmida e
adequado. Será necessário efectuar uma monitorização regular, verificar a preparação de soluções reagentes. Pode ser produzido por destilação única, permuta
tendência e documentar os parâmetros apropriados para confirmar se os sistemas iónica ou osmose inversa. Deverá ser utilizado para trabalho analítico comum,
e tecnologias de purificação da água estão a funcionar eficazmente. Terão que ser excepto nos casos determinados em contrário.
estabelecidos procedimentos relativos à manutenção do sistema. Apenas o grau de
Água Reagente para Laboratório Clínico (CLRW) é definido em detalhe. Outros graus
são descritos em relação à sua aplicação e definidos pelo utilizador em detalhe.
Parâmetro Grau 1 Grau 2 Grau 3
Gama do valor do pH a 25 ºC (inclusive) N/A N/A 5,0 a 7,5

Condutividade eléctrica µS/cm 25 ºC, 0,1 1,0 5,0

Especificações para água reagente para laboratório clínico (CLRW)
máx.
Teor de oxigénio (O2) de matéria N/A 0,08 0,4
Impurezas Iónicas – Resistividade de 10 MΩ-cm
oxidável mg/l, máx.
Impurezas Orgânicas – TOC < 500 ppb
Absorvância a 254 nm e 1cm de 0,001 0,01 Não especificado
Impurezas microbiológicas contagem total de heterotróficos em placa < 10 CFU/ml*
comprimento do trajecto óptico,
Teor de Partículas – Filtro em linha de 0,2 µm ou mais fino próximo do nível de saída unidades de absorvância, máx.
*os ensaios de epifluorescência e endotoxinas são opcionais, fornecendo informações
Resíduo após evaporação com N/A 1 2
adicionais
aquecimento a 110 ºC mg/kg, máx.
Teor de sílica (O2) mg/l, máx. 0,01 0,02 Não especificado

Especificação da Organização Internacional de Normalização

relativa à água para uso laboratorial ISO 3696: 1987
Esta norma abrange três graus de água conforme a seguir especificados:

Grau 1
Essencialmente isenta de contaminantes iónicos e orgânicos dissolvidos ou coloidais.
Adequada aos requisitos analíticos mais rigorosos, incluindo os requisitos de
cromatografia líquida de alta pressão (HPLC). Deve ser produzida por tratamento
adicional de água de grau 2, por exemplo, por osmose inversa ou permuta iónica,
seguida de filtragem através de um filtro de membrana de 0,2 µm de para remoção
de matéria de partículas ou bidestilação por um aparelho
de sílica fundida.

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 70-71 8/7/09 17:29:30

 Perspectiva geral da purificação de água
Normas de água purificada 71-72

Especificação da Norma D1193-06 para Água de Grau Reagente Normas farmacopeias

da Associação Americana para Ensaios e Materiais (ASTM) Determinadas autoridades elaboram farmacopeias distintas, nomeadamente nos EUA, Europa
Esta especificação abrange os requisitos relativos à água adequada para a utilização e Japão. Cada uma especifica materiais, incluindo água, a serem utilizados no trabalho médico.
em métodos de análise química e ensaio físico, sendo a selecção de um dos diversos O nível de pureza geral da água especificado é semelhante em cada caso, mas difere em detalhe.
graus determinada pelo método ou pelo investigador. São estabelecidos critérios extra quanto à água a ser utilizada em aplicações estéreis. As normas
relativas à água purificada na Farmacopeia Europeia (EP) e na Farmacopeia Norte-Americana (USP)
são resumidas abaixo. A água para injecção em humanos ou noutros animais possui exigentes
Tipo I* Tipo II** Tipo III*** Tipo IV critérios bacterianos/pirogénicos e são especificados os métodos de preparação.
Máx. condutividade eléctrica 0,056 1,0 0,25 5,0
(µS/cm @ 25 ºC) Requisitos de farmacopeia para "água purificada"
Mín. resistividade eléctrica 18,0 1,0 4,0 0,2
Propriedades EP USP
(MΩ-cm @ 25 ºC)
Condutividade <4,3 µS/cm a 20 °C <1,3 µS/cm a 25 °C
pH @ 25 ºC - - - 5,0 - 8,0
TOC <500 µg/l C <500 µg/l C
Máx. TOC (µg/l) 50 50 200 Sem
limite Bactérias (directriz) <100 CFU/ml <100 CFU/ml

Máx. sódio (µg/l) 1 5 10 50 Nitratos <0,2 ppm -

Máx. sílica (µg/l) 3 3 500 Sem Metais pesados <0,1 ppm -

limite

Máx. cloreto (µg/l) 1 5 10 50

Legenda:
Norma Europeia EN285
*Requer o uso de um filtro com membrana de 0,2 µm A norma europeia EN285:2006+A1:2008 especifica os requisitos e os ensaios relevantes para os
**Preparado por destilação grandes esterilizadores a vapor tendo um volume de câmara de pelo menos 60 L. Estes são
***Requer o uso de um filtro com membrana de 0,45 µm primeiramente utilizados em serviços de saúde para a esterilização de aparelhos médicos e dos seus
acessórios e também durante a produção comercial de aparelhos médicos. Sugere os valores máximos
para contaminantes na alimentação de água dessas unidades.
Quando houver necessidade de controlar os níveis bacterianos,
os tipos de grau reagente devem ser ainda classificados como: Valores mínimos sugeridos para contaminantes na alimentação
de grandes esterilizadores a vapor(EN285)
Tipo A Tipo B Tipo C
Água de alimentação
Contagem máx. bacteriana total 1 10 1000
Resíduos na evaporação < 10 mg/l
CFU/100 ml
Silicato (SiO2) < 1 mg/l
Máx. endotoxinas UE/ml 0,03 0,25 -
Ferro < 0,2 mg/l

Cádmio < 0,005 mg/l

Chumbo < 0,05 mg/l

Restantes metais pesados excepto ferro, < 0,1 mg/l

cádmio e chumbo
Cloreto (Cl) < 2 mg/l

Fosfato (P2O5) < 0,5 mg/l

Condutividade (a 25 °C) < 5 µS/cm

valor do pH (grau de acidez) 5 a 7,5

Aspecto Límpido incolor sem sedimentos

Dureza (∑ iões alcalino-terrosos) < 0,02 mmol/l

NOTA: A conformidade deverá ser testada de acordo com métodos analíticos reconhecidos:

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 72-73 8/7/09 17:29:30


Glossário
Absorção – Um processo através do
qual uma substância é química ou
fisicamente recolhida em volume por
um material (absorvente) e mantida em
poros ou interstícios no interior.
Adsorção – Aderência de moléculas,
átomos e espécies ionizadas de gás ou
líquido na superfície de outra substância
(sólida ou líquida), como resultado de
uma variedade de atracções diluídas.
Água de alimentação – A água introduzida
num processo de purificação.
Azeótropo – Uma mistura de dois ou
mais componentes com composições
de fase de vapor em equilíbrio e fase
líquida idênticas a uma determinada
temperatura e pressão.
Bactericida – Um agente químico ou
físico que destrói bactérias.
Biocida – Um agente químico ou físico
que destrói microrganismos.
Biofilme – Uma camada de
microrganismos inseridos numa matriz
polissacarídea de glicoproteína, que
aderem entre si e/ou a superfícies.
Carbono Orgânico Total (TOC) –
Concentração total de carvão presente
em compostos orgânicos.
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 74-75
Cartucho – Um recipiente descartável
pré-embalado para alojar uma resina,
meios ou membrana de purificação
de água.
Carvão Activado – Uma forma de
carvão altamente poroso utilizada para
adsorção de componentes orgânicos e
remoção de cloro e cloramina.
Célula em Linha – Um conjunto de
eléctrodos inserido numa corrente
de água através da qual se mede a
condutividade ou resistividade.
CFU/ml – Unidades Formadoras de
Colónias por mililitro. Uma medida de
populações microbianas viáveis.
Colóide – Uma dispersão estável de
partículas finas na água com uma
dimensão típica inferior a 0,1 μm.
São comuns na água natural e potável
colóides que contêm ferro, alumínio,
sílica e componentes orgânicos.
Componente Finos – partículas
libertadas de um leito de material,
como resinas de permuta iónica.
Componentes Finos de Carvão –
Partículas de carvão muito pequenas que
podem separar-se de um leito de carvão
activado.
Concentrado – O líquido que contém
matéria dissolvida e em suspensão que
se concentra no lado de entrada de uma
membrana e que sai no escoadouro.
Condensador – A etapa de um sistema de
destilação que remove calor suficiente de
um líquido vaporizado fazendo com que
o vapor passe para uma fase líquida.
Condutividade – A condutividade é o
inverso da resistividade. Relativamente
aos sistemas de purificação de água, a
condutividade é, normalmente, expressa
em microSiemens por centímetro
(μS/cm) a 25 °C.
Descalcificação – Um processo de
tratamento da água através do qual os
catiões, nomeadamente os iões de cálcio
e magnésio de formação de dureza, são
permutados por sódio utilizando resinas
de permuta catiónica sob a forma de
sódio.
Desgaseificação – A remoção de O2 e CO2
da água, geralmente pela transferência
através de uma membrana hidrofóbica.
O CO2 é removido para aumentar a
capacidade de permuta iónica a jusante.
Desionização (DI) – Remoção de iões
da água. Geralmente utilizada com
referência à permuta iónica – ver
Permuta Iónica.
Destilação – Um processo de purificação
que tira partido da mudança de fase de
uma substância de líquido para vapor e
novamente para líquido, normalmente à
temperatura de ebulição da substância,
de forma a separá-la de outras
substâncias com pontos de ebulição
mais ou menos elevados.
Glossário
73-74
Dureza – A qualidade de formação de
incrustações e inibição de espuma de
alguns abastecimentos de água, causada
por elevadas concentrações de cálcio e
magnésio. A dureza temporária, causada
pela presença de bicarbonato de cálcio
ou magnésio, assim denominada, porque
pode ser eliminada através da ebulição
da água, convertendo os bicarbonatos
em carbonatos insolúveis. Os sulfatos e
cloretos de cálcio e de magnésio causam
dureza permanente.
Electrodesionização (EDI) –Tecnologia
que combina resinas de permuta iónica
e membranas selectivas iónicas com
corrente directa para remover espécies
ionizadas com impurezas da água.
Em linha – Sistemas de monitorização
na água, referentes a aparelhos de
medição que estão directamente ligados
à corrente da água.
Endotoxinas – Um componente
lipopolissacarídeo termicamente estável
da parede celular de microrganismos
gram-negativos viáveis ou não viáveis.
Podem funcionar como pirogénios.
Epifluorescência – Método de
fluorescência microscópica que pode ser
utilizado para detectar bactérias após
filtragem e coloração.
Esterilização – Destruição ou remoção
de todos os microrganismos vivos.
Filtração – Um processo de purificação
através do qual a passagem de fluidos
por um material poroso resulta na
remoção de impurezas.
Foto-oxidação – Ver Oxidação
(Fotoquímica) Ultravioleta.
Gram-negativo – refere-se às bactérias
que não absorvem uma coloração violeta
originalmente descrita por Gram.
8/7/09 17:29:31

Ião – Qualquer partícula não agregada
de dimensões inferiores às de um colóide
que possua uma carga eléctrica positiva
ou negativa.
Índice de Colmatação – também
designado Índice de Sujidade (IS) é um
teste utilizado para calcular o potencial
da água para bloquear filtros, a partir da
taxa de bloqueio de um filtro de 0,45 μm,
sob condições padrão.
Índice de Sujidade – Ver Índice de
Colmatação.
Microrganismo – Qualquer organismo
demasiado pequeno para ser visto a olho
nu, tal como bactérias, vírus, bolores,
leveduras, protozoários e alguns fungos
e algas.
Off-line – Sistemas de monitorização na
água, referentes a aparelhos de medição
que não estão directamente ligados à
corrente da água.
Osmose Inversa (OI) – Um processo
pelo qual a água é forçada, sob
pressão, a atravessar uma membrana
semipermeável, deixando para trás
impurezas orgânicas e iónicas dissolvidas
e impurezas em suspensão.
Oxidação (Fotoquímica) Ultravioleta
– Um processo que utiliza luz de
comprimento de onda curto para separar
ou oxidar moléculas orgânicas.
Partículas – Quantidades discretas de
matéria sólida dispersa na água.
90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 76-77
Permeado – A solução purificada
produzida pela passagem através de
uma membrana de osmose inversa
semi-permeável.
Permuta Iónica (PI) – O processo de
purificação de água que remove os
sais ionizados da solução, substituindo
impurezas catiónicas por iões de
hidrogénio e impurezas aniónicas por
iões de hidróxilo.
pH – A medida de acidez ou alcalinidade
de uma solução igual a log [H+].
Pirogénio – Uma categoria de
substâncias, incluindo endotoxinas
bacterianas, que podem provocar febre
quando injectadas ou em infusão.
Plantónico – Utilizado para descrever
microrganismos aquáticos flutuantes.
Polimento – A(s) etapa(s) final(is) de
tratamento de um sistema de purificação
de água.
Ponto de Uso – Um ponto de distribuição
de um sistema de purificação de água
onde a água pode ser recolhida.
PPB – Partes por bilião; é uma unidade
igual a um micrograma por quilo de
água. Numericamente, ppb equivale
a microgramas por litro em soluções
aquosas diluídas.
PPM – Partes por milhão; é uma unidade
igual a um miligrama por quilo de
água. Numericamente, ppm equivale
a miligramas por litro em soluções
aquosas diluídas.
Glossário
75-76
PPT – Partes por trilião; é uma unidade Turvação – O grau de opacidade da água
igual a um nanograma por quilo de causado pela presença de partículas em
água. Numericamente, ppt equivale suspensão ou colóides. A turvação reduz
a nanogramas por litro em soluções a transmissão de luz e é medida em
aquosas diluídas. Unidades de Turvação Nefelométricas
(NTU).
Regeneração – O método pelo qual as
resinas de permuta iónica exaustas são Ultrafiltragem – Um processo pelo
reactivadas por tratamento com um qual a água é filtrada através de uma
ácido ou um álcali forte. membrana polimérica com uma
estrutura de poros muito finos.
Reservatório – Trata-se de um recipiente
com quantidade de água purificada, nos Unidades de Endotoxinas (UI/ml ou UE/ml)
sistemas de purificação de água. – Uma quantificação dos níveis de
endotoxinas relativamente a uma
Resina de Permuta Aniónica – Uma
quantidade específica de endotoxinas de
resina de permuta iónica com grupos
referência. 1 UE/ml é aproximadamente
permutáveis imobilizados com carga
equivalente a 0,1 ng/ml.
positiva, que se podem ligar a espécies
ionizadas com carga negativa, aniões. Validação – Confirmação, através de
provas concretas, de que os requisitos
Resina de Permuta Catiónica – Uma
para uma utilização ou aplicação
resina de permuta iónica com grupos
específica pretendida foram cumpridos.
permutáveis imobilizados com carga
negativa, que se pode ligar a espécies
ionizadas com carga positiva (catiões).
Resistividade – A resistência eléctrica
entre as faces opostas de um cubo de
um centímetro de um determinado
material a uma temperatura específica.
A resistividade é o inverso da
condutividade. Relativamente às análises
da água, a resistividade é, normalmente,
expressa em mega ohm-cm (MΩ-cm)
e corrigida para o valor a25 °C. Todos os
valores de resistividade mencionados
neste manual estão a 25 °C, salvo
menção em contrário.
Sanitização – Processos químicos
e/ou físicos utilizados para destruir
microrganismos e reduzir a
contaminação de microrganismos.
Total de Sólidos Dissolvidos (TSD) –
A medida do total de sais orgânicos e
inorgânicos dissolvidos na água, obtida
secando os resíduos a 180 ºC.
8/7/09 17:29:31
 Contactos
77-78

Literatura aconselhada Nota de direitos de autor

Não existem obras em inglês com um destaque específico em água pura para O texto escrito, a informação técnica e
laboratórios. O Ultra pure Water Journal (Tall Oaks Publishing) contém artigos de as ilustrações contidos neste documento
interesse, assim como duas obras de T.H. Melltzer da mesma editora: "High Purity são propriedade da ELGA LabWater, uma
Water Preparation for the Semiconductor, Pharmaceutical and Power Industries" divisão da Veolia Water Systems Ltd e
(1993) e "Pharmaceutical Water Systems" (1996). E também, o "Handbook of Water estão protegidos pelas leis de direitos
Purification", editado por Walter Lorch, publicado pela McGraw Hill. de autor.
"Water Treatment Handbook – Degrémont", publicado pela Lavoisier. A informação é fornecida sem
responsabilidade por erros ou omissões.
Muitas das normas ASTM são relevantes para a água purificada (www.astm.org).
Nenhuma parte do Guia Pure LabWater
Podem ser encontradas informações sobre o tratamento de água em pode ser copiada, reproduzida ou
www.groupve.com e www.elgalabwater.com transmitida sob qualquer forma ou meio,
electrónico, mecânico, magnético ou
manual, inclusive fotocópia, gravação
ou armazenagem de informação e
sistemas de recuperação ou informação
a terceiros, bem como utilização
com qualquer objectivo que não a
utilização pessoal do leitor, sem uma
expressa autorização escrita ter sido
primeiramente obtida da ELGA LabWater.
A ELGA LabWater reserva-se o direito
de alterar sem aviso prévio o texto, a
informação técnica e as ilustrações
contidas neste guia.01/06/2005
Contacte-nos hoje para mais
informações.
Contacte o seu representante ELGA
LabWater mais próximo em:
© 2008 ELGA LabWater/VWS (UK) Ltd. Todos os direitos
Aceda ao nosso website em
reservados.
www.elgalabwater.com
Envie-nos um e-mail para Se encontrar algum erro, omissão ou se tiver alguma
info@elgalabwater.com sugestão adicional ao conteúdo, contacte-nos através do
+44 (0) 1494 887500 ou, em alternativa, através do nosso
website: www.elgalabwater.com

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 78-79 8/7/09 17:29:31

 Notas
79-80

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 80-81 8/7/09 17:29:31

 Notas
81-82

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 82-83 8/7/09 17:29:31

 Contacte-nos:
Os escritórios e distribuidores ELGA estão localizados A ELGA é a marca mundial de água para laboratório da
em mais de 60 países e têm formação total em todos Veolia Water. PureSure é uma tecnologia e uma marca
os sistemas ELGA. registada da ELGA LabWater. Copyright 2008 ELGA
LabWater/VWS UK Ltd. Todos os direitos reservados.
Para encontrar o nosso representante ELGA mais
E&OE
próximo, aceda a www.elgalabwater.com e escolha
o país para dados de contacto.

Centro de Operações Global da ELGA

Tel.: +44 1494 887 500
Fax: +44 1494 887 505
E-mail: info@elgalabwater.com
Web: www.elgalabwater.com

Os Especialistas
LabWater
laboratórios garante que pode concentrar-se na obtenção
de resultados precisos para as suas aplicações de ensaio e
Compromisso
pesquisa. com a cidadania
ELGA é uma parte integrante da Veolia, a empresa líder global
mundial em serviços de água e ambiente. A Veolia Water
possui uma equipa mundial de 70 000 colaboradores
e é reconhecida pelas suas capacidades de soluções de
qualquer dimensão no fornecimento de água para clientes
em todo o ciclo hídrico. A equipa da ELGA concentra-se
exclusivamente na água e no seu tratamento, contribuindo
continuamente para uma especialização única em
A Veolia Environment Foundation apoia
últimos 50 projectos por todo o mundo contribuindo para
que surgem durante o desenvolvimento, instalação e um desenvolvimento sustentável, com especial
destaque para a solidariedade, a inserção
ponto de uso único, assim como em grandes projectos que
envolvem a consulta de arquitectos, consultores e clientes.
Desde 2004 , com um orçamento anual de
5 milhões de euros, a Fundação apoiou mais
de 450 projectos.
(consulte www.fondation.veolia.com para
obter mais informações)
LITR 38772-01

www.elgalabwater.com

90390_Pure_Labwater_Guide_84pp_PT.indd 84 8/7/09 17:29:34