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Disciplina: Formação Econômica

do Brasil II

As Correntes Desenvolvimentistas:
Nacionalistas e Não Nacionalistas

Prof. Dr. Julio Cesar Zorzenon Costa


Desenvolvimentismo no Brasil

• Dominante no Brasil: +/- de 1930 a


1988
• Importante atuação no setor público
• Nacionalistas – majoritários até 1964
• Não Nacionalistas – minoritários até
1964
Aspectos Comuns entre
Desenvolvimentistas Nacionalistas e Não
Nacionalistas
A. Importância da industrialização no
desenvolvimento da economia
brasileira
B. Aceitação do Planejamento –
embora com algumas distinções
C. Formuladores originados no
processo concreto de
desenvolvimento brasileiro no pós
1930
Principais Divergências
A. Papel do capital estrangeiro: participação
nos setores estratégicos ligados ao
desenvolvimento e aos seus interesses de
longo prazo
B. Papel das políticas de curto prazo
(monetárias, fiscais e cambiais) no controle
dos “desequilíbrios” econômicos –
principalmente inflacionários
C. Papel do capital estatal
D. Caráter do planejamento da economia
brasileira
E. Relevância dada às questões
regionais/sociais
Desenvolvimentistas Não-
Nacionalistas
A. Limite à ação do Estado
B. Ênfase no controle da inflação
C. Não domínio de instituições – formados
a partir da comissão mista Brasil –
Estados Unidos (p. 104)
D. Principais nomes: Horácio Lafer, Valentin
Bouças, Ary Torres, Glycon de Paiva,
Lucas Lopes e Roberto Campos
Principal Nome: Roberto
Campos
Cuiabá, 17 de
abril de1917
Rio de Janeiro, 9
de outubro
de 2001
economista,
diplomata e
político
Aspectos Gerais
A. Economista da “nova ordem” na 2ª. metade da
década de 1950: aquele que o modelo de
desenvolvimento realizado no Brasil mais se
aproximou de suas idéias – Industrialização via
internacionalização de capitais
B. Representou a ala “direita” do desenvolvimentismo
C. Não confundir seu pensamento e prática no pré
1964 com com sua atuação pós 1964 e no final de
sua vida – Antes economista não ortodoxo
D. 3 fases:
i. Conceitual (1952/53) – Problemática do
desenvolvimento
ii. Crítica à política monetária e cambial – defesa do
planejamento (1955 - 1959)
iii. Crítica aos nacionalistas (pós 1959) – (p. 106)
Divergências e Aproximações
com Gudin
A. Distância:
i. Planejamento
ii. Interpretação do subdesenvolvimento
B. Aproximações:
i. Defesa da iniciativa privada
ii. Abertura ao capital estrangeiro
iii. Crítica à política monetária –
inflacionária (na visão de ambos)
C. momento, no entanto, as discrepâncias
eram mais significativas entre os dois
economista (p. 107).
Defesa da Industrialização
A. Países subdesenvolvidos – Necessidade
da Industrialização
B. Industrialização se justifica pelo
emprego, pela utilização dos recursos e
pela utilização do potencial do mercado
interno
C. Processo mais rápido de
desenvolvimento
D. Defensor, portanto, da Industrialização
Intensiva
Defesa do Planejamento
A. Administração Pública não necessariamente
ineficiente – Formação de Profissionais
B. Aceleração do ritmo de desenvolvimento:
i. Compensar debilidades do setor privado
ii. Concentrar recursos
iii. Decisões de Longo Prazo
iv. Acelerar o ritmo
C. Planejamento Setorial – Mais adaptado ao Brasil
i. Desenvolvimento de setores considerados
prioritários
ii. “Pontos de estrangulamento” que se tornavam
“Pontos de Germinação”
iii. Base do Plano de Metas – Pontos chaves: maiores
potencialidades de irradiação (p.109 a 113)
Processo de Crescimento
2 importantes aspectos analíticos
A. Processo de Desenvolvimento – Processo
Cumulativo – Reações em cadeia – Aspecto
Pouco Desenvolvido na obra de Campos
B. Tendência a Desequilíbrios inerentes à
estrutura subdesenvolvida – principalmente
inflacionários, devido à oferta inelástica
fundamentalmente de produtos agrícolas,
às alterações dos hábitos de consumo e aos
investimentos que são frutos da rápida
urbanização (ver página 114)
Processo de Crescimento
C. Necessidade, porém, de impedir que
essas crises se tornem permanentes
D. Compatibilizar estabilidade e
crescimento em países que sofrem
severas pressões inflacionárias
(antiestruturalismo – início das polêmicas
com a CEPAL)
D. Inflação – excesso de demanda devido a
crédito anormal
D. Controle das política monetária e
cambial e dos gastos estatais (p. 119)
Capital Estrangeiro e Empresas
Estatais
• Aceleração do Desenvolvimento: necessidade de
atrair capitais e know-how estrangeiros
• Capital estrangeiro: atividades que demandam
doses maciças de capital, longo período de
maturação, grandes riscos. Ex. mineração e
atividades petrolíferas, energia e transportes
• Realização da efetiva independência (p.123)
• Crítica à visão dominante sobre a remessa de
lucros
• Críticas aos investimentos diretos estatais
• Atividades limitadas do Estado: Politização
acentuada e desconhecimento dos custos reais
(p. 125)
Desenvolvimentistas
Nacionalistas
A. Defesa do capitalismo industrial moderno no Brasil com
inclinação para ampliar a intervenção do Estado na
Economia
B. Defesa do Planejamento abrangente da Economia
C. Ceticismo quanto ao papel do capital estrangeiro em
setores estratégicos(p. 128)
D. Aceitação do Capital Estrangeiros em alguns setores
industriais com controle de remessa de lucros
E. Técnicos profissionais de orgãos estatais criados para
impulsionar o desenvolvimento
F. Instituição aglutinadora: Clube dos Economistas
G. Principais nomes:Rômulo de Almeida, Jesus Soares Pereira,
Américo Barbosa de Oliveira, Tomás Accioly Borges e Celso
Furtado
Desenvolvimentistas
Nacionalistas
• Características distintivas:
A. Defesa do Planejamento abrangente e
de investimentos estatais em setores
estratégicos
B. Subordinação da Política Monetária à
Política de Desenvolvimento Econômico
C. Defesa de medidas econômicas de cunho
social, embora o reformismo social fosse
o aspecto menos aprofundado dessa
corrente
Principal Nome: Celso
Furtado
• Pombal (PB), 26 de
julho de 1920
• Rio de Janeiro, 20
de novembro de
2004
• Economista
• Um dos fundadores
da CEPAL
• Membro da ABL
Aspectos Gerais
A. Trabalhou entre 1949 e 1953, sob a chefia
de Raul Prebisch, na elaboração das
principais teses da CEPAL
B. Chefiou o Grupo Misto CEPAL-BNDE
C. Criador da SUDENE em 1959 e seu
superintendente até 1962, quando
assumiu o Ministério do Planejamento no
Governo Jango
D. Responsável pela consolidação da
problemática e das teorias sobre o
subdesenvolvimento
Aspectos Gerais
A. Sua obra é uma síntese do desenvolvimentismo nacionalista
no Brasil
B. Defesa da liderança do Estado:
i. Em investimentos em setores estratégicos
ii. Planejamento
C. Defesa estruturalista da submissão das políticas monetárias e
cambiais ao desenvolvimento econômico
D. Defesa de reformas de cunho social
E. Keynesiano “ atípico”: Devido à escassez de divisas, em
economias subdesenvolvidas não era possível aplicar a
macroeconomia Keynesiana de forma semelhante às
economias maduras
F. Mercado interno é o elemento essencial da dinamização da
produção
G. Construção, portanto, de uma teoria própria para a análise do
subdesenvolvimento
Elementos Básicos do
Enfoque Furtadiano
A. Conceituação do Subdesenvolvimento
Periférico: Caracterização do
Subdesenvolvimento como condição da
Periferia
B. Compreensão do significado da
Industrialização: Indústria como novo
polo dinâmico
C. Industrialização periférica como
processo histórico sem precedentes e
problemático
Subdesenvolvimento como
condição da Periferia
• Heterogeneidade estrutural: 2 setores –
“moderno” (exportação) e “Tradicional “
(interno/subsistência)
• Desenvolvimento= homogeneização dos níveis
de produtividade – só possível via
industrialização
• Subdesenvolvimento = estrutura historicamente
determinada pelo desenvolvimento do
capitalismo europeu (ver p. 138)
• Final dos anos 1950 – preocupação com a
perpetuação do subdesenvolvimento
Indústria como novo polo
dinâmico
• Tomada de consciência da nova realidade
latino-americana e brasileira, em
particular.
• Registro da ocorrência entre um
persistente desequilíbrio externo =
capacidade de crescimento da renda e da
capacidade de importar
• Crise de 1929 = impulso à
industrialização substitutiva –
deslocamento do centro dinâmico
Industrialização periférica como
processo histórico sem precedentes e
problemático
• Heterogeneidade estrutural = escassa capacidade
de poupança quanto maior fosse a população
imobilizada no setor de subsistência.
• Problema aumentado pela industrialização
brasileira = intensiva em capital e poupadora de
mão-de-obra
• Diferente do modelo clássico pois nasceu para
suprir uma demanda já sofisticada, pois surgiu
pela quebra da capacidade de importar
• Déficits externos e inflação estrutural –
Decorrentes da heterogeneidade. Oferta pouco
diversificada com complexa estrutura de demanda
Decorrências
• Subordinação das Políticas
Instrumentais às Políticas de
desenvolvimento
• Papel do Estado (Planejamento) e do
Capital Estrangeiro
• Políticas distributivas

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