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Mateus 18:16
Você já viu conflitos na igreja? Ou mesmo já participou de algum conflito desses? Algumas pessoas
acham que a igreja é um local isento de conflitos. Mas não é bem assim. A igreja de Deus é composta de
pessoas de todas as idades, de diversos níveis de maturidade e experiência espiritual. E também
podemos encontrar em meio a esse ajuntamento muitos falsos crentes (Mateus 13:25-30). Tudo isso gera
um ambiente propício a conflitos.
Logo no início da igreja primitiva em Atos, observamos que não demorou muito para que houvesse
problemas e conflitos: “Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve
murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na
distribuição diária” (Atos 6:1). Um grupo achou que estava sendo injustiçado e logo começou um
conflito. Isso ficou registrado para que saibamos que a igreja não é um local isento de conflitos. Mas
também ficou registrado para que saibamos como lidar com esses conflitos de forma que nos tornemos
uma comunidade forte que vive juntos em prol de objetivos comuns. Por isso, precisamos aprender pelo
menos essas cinco dicas para lidar com conflitos na igreja:
5 dicas práticas para lidar com conflitos na igreja
(1) Quando estiver em um conflito, saiba que as pessoas da igreja podem errar
Geralmente queremos atribuir um certo grau de perfeição as pessoas que fazem parte da igreja. Parece
que achamos que elas não erram. Isso faz com que não saibamos lidar com certos erros que vão
acontecer. Cultivamos uma expectativa de santidade que não condiz com a realidade da maioria das
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pessoas que fazem parte da igreja (e que estão em busca de melhorias em sua vida, mas que não
acontecem do dia para a noite). Na igreja primitiva, estava havendo conflito por causa da distribuição
incorreta de alimentos às viúvas. Mas, infelizmente, esse erro virou causa de uma murmuração entre dois
grupos da igreja (helenistas “Judeus de fala grega” e hebreus), uma espécie de rivalidade. É muito
importante que saibamos que erros são possíveis dentro da igreja e acontecem. Isso não é o fim do
mundo, mas uma oportunidade de melhorarmos e crescermos.
(2) Não deixe um conflito na igreja sem uma solução definitiva
Quando existe algum conflito, geralmente as partes acabam não desejando muito se encontrarem para
resolvê-lo, pois é mais fácil murmurar do que enfrentar os conflitos. No entanto, os apóstolos nos
ensinam uma poderosa lição: “Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram:
Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas” (Atos 6:2).Diante de um
conflito, é preciso agilidade para dar uma solução. Deixar um conflito sem uma solução definitiva
causará muitos males nas vidas das pessoas e da obra de Deus. Por isso, se você fizer parte de uma
solução de um conflito, faça a sua parte! Como os apóstolos, tome uma providência em direção a
solução e não ao aumento do conflito.
(3) Use sempre o diálogo para resolver conflitos na igreja
Após convocarem a comunidade, os apóstolos dialogam sobre o problema e dali sai uma solução capaz
de resolver aquele conflito e restaurar a paz. É dentro do diálogo que temos as soluções dos maiores
conflitos. Por isso, todos nós que fazemos parte da igreja de Deus devemos sempre estar abertos ao
diálogo mesmo que estejamos magoados ou feridos. É preciso buscar a paz e a união resolvendo os
conflitos e não fomentando-os ainda mais. “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura
suscita a ira” (Provérbios 15:1).
(4) Aceite as soluções encontradas
Algumas pessoas, infelizmente, amam os conflitos e fazem de tudo para não sair deles. Mas essa não é
uma boa atitude. Precisamos resolver os conflitos e aceitar as possíveis soluções, ainda que não
concordamos 100% com elas. Precisamos ter sempre em mente que a paz é o objetivo maior dentro da
comunidade: “O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do
Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia” (Atos
6:5).
(5) Perdoe sempre
Conflitos na igreja sempre vão acontecer, injustiças também são possíveis, pois somos todos falhos. Mas
a maior arma, como vimos, é buscarmos a solução através do diálogo e da sabedoria que Deus nos dá e
usando, é claro, a maior arma de todas: o perdão. É importante perdoar e seguir em frente. Conflitos são
oportunidades de exercitarmos o perdão e o domínio próprio e também de aprendermos a amar uns aos
outros mesmo em face da nossas diferenças e erros. Não seja uma pedra de tropeço em sua comunidade.
Seja um promotor da paz: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”
(Mateus 5:9).
Resposta: Existem muitas áreas de uma igreja onde o conflito possa se desenvolver. No entanto, a
maioria deles tende a cair em uma das três categorias: conflito devido ao pecado flagrante entre os
crentes, conflito com a liderança e conflito entre os crentes. É certo que muitos problemas podem
envolver duas ou mais destas categorias.
Os crentes que pecam descaradamente representam um conflito para a igreja, assim como visto em 1
Coríntios 5. A igreja que não lida com o pecado entre os membros abre a porta a mais problemas. A
igreja não é chamada para ser crítica dos incrédulos, mas espera-se que enfrente e restaure os crentes que
não se arrependem dos pecados, como os listados em 1 Coríntios 5:11: "Mas agora vos escrevo que não
vos comuniqueis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou
maldizente, ou beberrão, ou roubador." Tais indivíduos não devem ser aceitos pela igreja até estarem
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dispostos a se arrepender. Mateus 18:15-17 fornece um procedimento conciso para o confronto e
restauração de um crente. A confrontação deve ser feita cuidadosamente, humildemente e com o objetivo
de restauração (Gálatas 6:1). As igrejas que amorosamente disciplinam indivíduos em pecado reduzirão
boa parte dos seus conflitos.
Às vezes os crentes talvez não estejam satisfeitos com as ações ou políticas dos líderes da igreja. Um
incidente no início da história da igreja ilustra isso (Atos 6:1-7). Um grupo de pessoas na igreja de
Jerusalém reclamou aos apóstolos que algumas pessoas não estavam recebendo os devidos cuidados. A
situação foi remediada e a igreja cresceu (Atos 6:7). A igreja primitiva usou o conflito como uma
oportunidade para melhorar o ministério. No entanto, quando as igrejas não têm um processo claro para
lidar com certos assuntos, as pessoas tendem a criar suas próprias plataformas. Os indivíduos podem
começar a questionar outros na igreja, a envolver-se em fofocas ou até mesmo formar um bloco de
"pessoas preocupadas". A liderança pode ajudar a evitar esses problemas ao ser pastores altruístas e
amorosos. Os líderes devem ser servos e exemplos, e não senhores (1 Pedro 5:1-3). Os membros
frustrados de uma igreja devem respeitar os líderes (Hebreus 13:7,17), ser tardios para acusá-los (1
Timóteo 5:19) e falar a verdade com amor diretamente a eles, não a outras pessoas sobre eles (Efésios
4:15). Nas ocasiões em que um líder aparentemente não esteja respondendo a uma preocupação, o
indivíduo deve seguir o padrão estabelecido em Mateus 18:15-17 para garantir que não haverá confusão
a respeito da posição de cada um dos envolvidos.
A Bíblia adverte que os membros de uma igreja talvez tenham conflitos uns com os outros. Alguns
conflitos decorrem do orgulho e do egoísmo (Tiago 4:1-10). Outros acontecem devido a ofensas que não
foram perdoadas (Mateus 18:15-35). Deus nos disse para lutar pela paz (Romanos 12:18, Colossenses
3:12-15). É da responsabilidade de cada crente tentar resolver o conflito. Alguns passos básicos para a
solução incluem o seguinte:
1. Desenvolva a atitude correta no coração - seja manso (Gálatas 6:1); humilde (Tiago 4:10); inclinado
ao perdão (Efésios 4:31,32) e paciente (Tiago 1:19,20).
2. Avalie a sua parte no conflito - Mateus 7:1-5 (remover o argueiro do teu olho primeiro é necessário
antes de ajudar os outros).
3. Vá diretamente ao indivíduo (não a outras pessoas) para expressar a sua preocupação - Mateus 18:15.
Isso deve ser feito em amor (Efésios 4:15) e não simplesmente para se queixar ou desabafar uma
emoção. Acusar uma pessoa tende a encorajar a autodefesa. Portanto, dirija-se ao problema ao invés de
atacar a pessoa em si. Isto fornece uma melhor oportunidade para esclarecer a situação ou pedir perdão
pela ofensa.
4. Se a primeira tentativa de resolução não alcançar os resultados necessários, continue com uma outra
pessoa que possa ajudar com a mediação (Mateus 18:16). Lembre-se de que seu objetivo não é ganhar
um argumento, mas ganhar o seu companheiro crente para a reconciliação. Portanto, escolha alguém que
possa ajudá-lo a resolver o conflito.
Os conflitos são tratados de forma melhor quando os indivíduos em oração e humildade se concentram
em amar os outros com a intenção de restaurar as relações. A maioria dos conflitos dentro de uma igreja
deve ser gerenciável se os princípios bíblicos acima forem seguidos. No entanto, há momentos em que
aconselhamento externo possa ajudar. Recomendamos a utilização de recursos como os dos Ministérios
PeaceMaker (www.hispeace.org). Esses recursos são em inglês.