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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS


ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ
TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMETNO DE SISTEMAS

FAUSTO PEGADO DE LIMA JUNIOR

SISTEMA EMBARCADO PARA CONTROLE E SUPERVISÃO DE


AMBIÊNCIA EM AVIÁRIO UTILIZANDO WEB SERVICE

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

MACAÍBA - RN
2017
FAUSTO PEGADO DE LIMA JUNIOR

SISTEMA EMBARCADO PARA CONTROLE E SUPERVISÃO DE


AMBIÊNCIA EM AVIÁRIO UTILIZANDO WEB SERVICE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a


banca examinadora do curso Tecnologia em Análise e
Desenvolvimetno de Sistemas da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção
do tı́tulo de Tecnólogo.

Orientador: Leonardo Rodrigues de Lima Teixeira


UFRN - Universidade Federal do Rio Grande
do Norte

Coorientador: Janete Gouveia De Souza


UFRN - Universidade Federal do Rio Grande
do Norte

MACAÍBA - RN
2017
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede

Lima Junior, Fausto Pegado de.


Sistema embarcado para controle e supervisão de ambiência em
aviário utilizando web service / Fausto Pegado de Lima Junior. -
2017.
45 f.: il.

Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do


Norte, Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias,
Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistema. Macaíba, RN,
2017.
Orientador: Prof. Dr. Leonardo Rodrigues de Lima Teixeira.
Coorientadora: Profa. Dra. Janete Gouveia de Souza.

1. Avicultura - Monografia. 2. Conforto térmico - Monografia.


3. Sistema supervisório - Monografia. I. Teixeira, Leonardo
Rodrigues de Lima. II. Souza, Janete Gouveia de. III. Título.

RN/UF/BCZM CDU 636.5


Dedico este trabalho inteirmaente a minha fa-
mı́lia.
AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.


Aos meus pais, minha esposa Marı́lia Pequeno, meu filho Miguel Pequeno e a toda
minha famı́lia que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse a
té esta etapa de minha vida.
Ao meu orientador, pela paciência e empenho dedicado à elaboração deste trabalho.
Eu denomino meu campo de Gestão do Conhe-
cimento, mas você não pode gerenciar conhe-
cimento. Ninguém pode. O que pode fazer - o
que a empresa pode fazer - é gerenciar o am-
biente que otimize o conhecimento. (PRUSAK,
Laurence, 1997).
RESUMO

Na avicultura o controle e supervisão da temperatura dos ambientes são de suma importância


para o conforto térmico das aves. A tecnologia está cada vez mais tomando espaço entre os pro-
dutores, de forma a permitir o aumento na eficiência dos processos, apoio na tomada de decisões,
e redução de tempo e custos da produção. Este projeto propõe o desenvolvimento de um sistema
supervisório de temperatura e umidade em um aviário para frangos, através da implementação
de um WebService e de um site responsivo para visualização de informações e interação com o
sistema. Nesse sistema, o usuário poderá controlar atuadores (lâmpadas e ventiladores), para
regular a temperatura do ambiente e ainda visualizar essa mudança em tempo real. Para que
isso seja possı́vel, é necessário realizar um monitoramento por meio de aquisição de dados. Essas
aquisições podem ser realizadas a partir de uma plataforma microcontrolada, utilizando sensores
especı́ficos para coletar a temperatura e umidade em perı́odos predeterminados e os enviar
para um microcomputador para processamento. Assim, o sistema poderá realizar comparação
entre os dados de ambiência coletados e valores informados pelo técnico, tomando assim deci-
sões automáticas sobre o estado elétrico dos atuadores para manter o conforto térmico das aves.

Palavras-chave: Avicultura. Conforto térmico. Sistema supervisório.


ABSTRACT

In poultry, the control and supervision of the environment temperature are really important for
the birds thermal comfort. The technology is taking space between the productores in a way
that is increasing the efficiency of the process, the support of decision-making and the reducing
of time and cost in the production. This project propose a development of a supervision system
of temperature and humidity in a broiler through the implementation of a webservice and a
website to visualize information and interact with the system developed. In this system, the user
may control lamps and fans to interfere in the environment climate and see the change in real
time. To make this happen, is necessary to monitor the environment through data acquisition.
These acquisitions will be done by a microcontrolled platform, using specific sensors to read
the temperature and humidity in pre-determined periods and send it to a microcomputer where
it will be processed. Therefore, the system will be able to compare the data collected by the
system, the values informed by a technician, taking automatic decisions about the actuators
electric status to maintain the birds thermal comfort.

Keywords: Poultry. Thermal comfort. Supervision system.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Arduino uno rev3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9


Figura 2 – Sensor DHT11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Figura 3 – Módulo relé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Figura 4 – Raspberry Pi 3 model B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Figura 5 – Nodejs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Figura 6 – Heroku . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Figura 7 – Mlab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Figura 8 – Gaiolas para criação de aves em ambientes confinados . . . . . . . . . . . 14
Figura 9 – Diagrama de caso de uso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Figura 10 – Diagrama de Atividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Figura 11 – Diagrama de implementação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Figura 12 – Esquema de ligação do sensor DHT11 no arduino . . . . . . . . . . . . . . 19
Figura 13 – Arquitetura de comunicação do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Figura 14 – Teste da primeira versão do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Figura 15 – Tela inicial do site responsivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Figura 16 – Botão de acesso ao menu do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Figura 17 – Menu do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Figura 18 – Menu do sistema, acesso a configurações . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Figura 19 – Menu do sistema, configurar modo autônomo . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Figura 20 – Menu do sistema, configurar modo autônomo . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Figura 21 – Botão para retornar à tela inicial do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Figura 22 – Termo-hidrômetro digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Primeira cotação materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28


Tabela 2 – Segunda cotação materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Tabela 3 – Primeira cotação produto existente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Tabela 4 – Segunda cotação produto existente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Tabela 5 – Comparação de dados obtidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1 JUSTIFICATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 OBJETIVO GERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.1 AMBIÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.3 PERDA DE CALOR E MELHORAMENTO GENÉTICO . . . . . . . . . . . 3
2.4 MICROCONTROLADORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.5 MICROPROCESSADORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.6 WEB SERVICE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.7 WEB SERVICE RESTFUL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

3 – TRABALHOS RELACIONADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

4 – MATERIAIS E MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.1 MATERIAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.2 RUP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.2.1 INÍCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4.2.2 ELABORAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.2.3 CONSTRUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4.2.4 TRANSIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.3 MANUAL DO USUÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
5.1 COMPARAÇÃO DE CUSTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
5.2 COMPARAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5.3 ACIONAMENTO DOS ATUADORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.4 ARMAZENAMENTO DOS DADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

6 – CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
6.1 TRABALHOS FUTUROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
1

1 INTRODUÇÃO

Segundo o relatório anual da Associação Brasileira de Proteı́na Animal – (EICH, 2017),


a produção brasileira de carne de frango no ano de 2015 foi de 13,14 milhões de toneladas,
ficando atrás apenas dos Estados Unidos em nı́vel mundial. Dessa produção, 67,3% foi destinado
ao mercado interno e 32,7% às exportações.
Por outro lado, a criação de aves nas regiões tropicais e subtropicais têm sido associ-
ada ao estresse calórico resultante de altas temperaturas no verão. Como conseqüências do
estresse calórico, há declı́nio na produtividade, diminuição do consumo de ração e aumento da
mortalidade (ABREU; ABREU; MAZZUCO, 1999). Dessa forma, o controle da temperatura se
torna um desafio.
As condições do ambiente no aviário, conhecidas como ambiência, quando corretamente
controladas, é um dos principais aspectos para aumentar a eficiência no empreendimento avı́cola
(FURLAN, 2006). Os sistemas de automação microcontrolados podem ser tecnicamente viáveis,
além de possuı́rem baixo custo (ALECRIM; CAMPOS; JÚNIOR, 2013).
A integração de novas tecnologias no meio agrário torna-se cada vez mais necessária
e comum, permitindo o aumento dos lucros e a redução de despesas, além da redução do
tempo necessário para se dedicar às tarefas diárias, incentivando o produtor a otimizar os seus
processos de produção.
Este trabalho desenvolve um sistema composto por hardware e software dedicado ao
monitoramento e atuação na ambiência de aviários. O sistema proposto permite monitorar
e controlar, através de um site responsivo, a temperatura e umidade. Através deste sistema,
o usuário poderá acompanhar a temperatura do aviário e intervir na ambiência caso julgue
necessário, por meio do site.
O fluxo das informações obedecerá a seguinte ordem: Uma placa microcontroladora
coleta dados de temperatura e umidade por meio de sensores especı́ficos instalados em seus
terminais, os dados coletado ao longo do perı́odo são enviados via porta serial para um
microprocessados que organiza esses dados de maneira que possa enviá-los para uma API
(Application Program Interface), onde serão salvos em um banco de dados não relacional
em nuvem, utilizando o protocolo HTTP (Hypertext Transfer Protocol, ou Protocolo de
Transferência de Hipertexto). A placa microcontroladora além de enviar dados através da porta
serial, também recebe comandos enviados pelo microprocessador através da porta serial, com o
objetivo de alterar o estado elétrico dos atuadores.

1.1 JUSTIFICATIVA

O monitoramento e controle da ambiência de aviários é um grande desafio para


os pequenos produtores. Os sistemas disponı́veis no mercado possuem valores altos, e são
Capı́tulo 1. INTRODUÇÃO 2

dedicados a grandes aviários. Além disso, é necessário a instalação de grandes estruturas, além
do alto custo com a manutenção.
A partir disso, pensou-se no desenvolvimento de um sistema barato e menos complexo,
mas que proporcionasse um resultado semelhante ao que é observado nos grandes sistemas de
controle avı́cola, destinado ao aviário da Escola Agrı́cola de Jundiaı́ (EAJ).
O desenvolvimento deste sistema de monitoramento e atuação da ambiência no aviário
da EAJ, coletará dados importantes para os produtores e técnicos responsáveis pelo local. Esses
dados serão disponibilizados de maneira simples e clara. Poderão ser utilizados em análises
estatı́sticas ou experimentais e poderão ser consultados a qualquer momento pelo celular ou
computador.
Ele proporcionará um conforto térmico necessário para as aves que são criadas no
local, e reduzirá riscos de mortalidade por falha na atuação térmica, evitando assim perda.
Portanto, a maior justificativa para o desenvolvimento desse sistema são as melhorias
que ele trará ao aviário, facilitando algumas tarefas feitas manualmente pelos técnicos e
reduzindo perdas indesejadas.

1.2 OBJETIVO GERAL

Desenvolvimento de um sistema de monitoramento e atuação na ambiência de um


aviário localizado na Escola Agrı́cola de Jundiaı́, com foco nas variáveis meteorológicas de
temperatura e umidade.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Evitar a mortalidade dos frangos por motivos de falhas no controle térmico;


• Otimizar o controle do conforto térmico das aves;
• Facilitar o monitoramento da ambiência;
• Coletar dados de umidade e temperatura para fins estatı́sticos.

1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

As informações serão contempladas na seguinte ordem: o segundo capı́tulo descreve


todo o referencial teórico, onde está descrito o embasamento do trabalho, expondo citações e
conceitos já abordados em outros estudos. Em seguida, temos o desenvolvimento do projeto,
no terceiro capı́tulo, no qual são descritos os métodos utilizados para alcançar os objetivos do
projeto. No quarto capı́tulo estão os resultados obtidos com o sistema em funcionamento. O
quinto capı́tulo contempla as conclusões do projeto.
3

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capı́tulo serão apresentados conceitos fundamentais, necessários para uma


melhor compreensão do conteúdo deste trabalho. Um apanhado de informações levantadas de
estudos anteriores relevantes ao tema de controle de ambiência de aviários e afins.

2.1 AMBIÊNCIA

Segundo (COSTA, 2002) a ambiência pode ser considerada como sendo o estudo do
ambiente que envolve os seres vivos, englobando seu espaço sócio fı́sico e tudo que está incluso
neste espaço.
Também podendo ser definida como sendo a soma dos impactos dos fatores biológicos
e fı́sicos nos seres vivos, no contexto avı́cola consistitui-se como sendo um dos principais
responsáveis pelo sucesso ou fracasso do sistema de produção (MACARI; FURLAN; SILVA,
2001).
Segundo (SILVA; VIEIRA, 2010), a ambiência exerce grande influência na adaptação
do ser vivo ao ambiente no qual se encontra inserido.

2.2 VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS

As variáveis meteorológicas estão diretamente associadas ao comportamento do tempo


e clima de uma determinada região. E influenciam na dinâmica dos ecossistemas, estando
inseridas nos processos biológicos da superfı́cie terrestre (SILVA, 2009).
Nesse contexto o ambiente no qual a ave é criada pode influenciar o seu desempenho
(MACARI; FURLAN; SILVA, 2001). O frango de corte é muito sensı́vel à temperatura ambiente
elevada, tendo seu desempenho prejudicado, resultando em crescimento retardado e baixo peso
à idade de abate além desta causar aumento na temperatura retal e na freqüência respiratória
(SILVA et al., 2003).
Percebe-se que para que as aves de postura possam expressar seu potencial máximo
de produção, é necessário que, entre outros fatores, a temperatura e a umidade relativa do ar
estejam dentro de nı́veis toleráveis (VIEIRA et al., 2015).

2.3 PERDA DE CALOR E MELHORAMENTO GENÉTICO

O controle do consumo de alimento ocorre por sinais que chegam ao hipotálamo,


região pré- piriforme do córtex cerebral, por meio de fatores intrı́nsecos nutricionais (glicose,
aminoácidos, lipı́deos e ı́ons) e não nutricionais (temperatura) e por fatores extrı́nsecos (visuais,
orais, olfatórios, gastrintestinais e hepáticos) (GONZALES et al., 2002).
Capı́tulo 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4

Para cada animal existe uma zona de conforto térmico tambem conhecida como zona
termo neutra, é onde o animal apresenta sua temperatura corporal normal, com o mı́nimo de
esforço do sistema termorregulador e não existe sensação de frio ou calor. Quando sai da zona
de conforto então surgem os limites na termorregulação para o frio e para o calor (MACIEL
UANDERSON; CARMO, 2011).
Existem duas teorias que são mais aceitáveis em relação ao crescimento das aves e o
consumo de alimento, elas respectivamente referem-se à glicostática (glicose) e a aminostática
(aminoácidos). De acordo com (BARBOSA, 2016), o melhoramento genético dos frangos de
corte com o objetivo de maximizar a ingestão de ração e o ganho de peso, gerou alterações no
comportamento fisiológico, estes frangos de corte perderam de certa forma a sensibilidade para
controlar a ingestão de ração pelo conteúdo de energia. Avaliando fontes energéticas e nı́veis
de energia observou que o aumento da densidade energética afetou o consumo de ração em
todas as fases de criação (BARBOSA, 2016).

2.4 MICROCONTROLADORES

Os microcontroladores são usados em tudo, desde sistemas relativamente simples, como


máquinas de lavar roupa e aspiradores a sistemas muito mais avançados, como carros e robôs.
Em uma configuração educacional ou de teste, esses microcontroladores são freqüentemente
montados em placas de desenvolvimento para facilitar a sua programação e integrá-los em
sistemas de teste. Essas placas de desenvolvimento, como padrão, possuem uma porta USB
para comunicação com um computador, tornando o acesso aos pinos de comunicação mais
simples do que utilizando somente o microcontrolador (GRAVEN; BJØRK, 2016).
Esse tipo de equipamento permite receber informações geradas pela leitura de sen-
sores e, a partir dessas, gerar comandos para atuadores ou transmitir dados via módulos de
comunicação (TORRES et al., 2015). É possı́vel desenvolver diversos projetos com este tipo de
tecnologia, como por exemplo. Desenvolvimento de Sistemas de Aquisição de Dados Usando a
Placa Arduino Uno e o Software Ni-Labview, este trabalho é um teste de protótipos de sistemas
de aquisição de dados desenvolvidos em 2015 como parte do projeto de iniciação cientı́fica
(SILVA; CHOQUE, 2017).
Controlando o consumo de água através da Internet utilizando Arduino o desenvolvi-
mento de um protótipo utilizando um microcontrolador Arduino em conjunto com módulos,
shields, sensores e outros componentes com o objetivo de controlar e monitorar em tempo real
o consumo de água em residências (GROSSKOPF; PYKOSZ, 2017).
Automação residencial para controle de iluminação, segurança e monitoramento de
temperatura usando o arduino mega. Este trabalho visa o desenvolvimento de uma residência
automatizada que possibilita controlar remotamente sistemas presentes na maioria das casas
dos dias atuais. Este modelo é resultado da integração da automação da iluminação, segurança,
monitoramento de temperatura e controle de acesso via uma fechadura eletromagnética
(SOMBRA, 2016).
Capı́tulo 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5

2.5 MICROPROCESSADORES

Segundo (DINIZ et al., 2017) microprocessador é o núcleo de processamento de um


dispositivo, onde ocorre o processamento de informações, e são tomadas decisões. É o elemento
que possibilita o usuário entrar em contato com o sistema .
Conhecido como CPU (Central Processing Unit, ou Unidade central de processamento),
processador ou microprocessador é o responsável por executar a função de processar os cálculos
ou requisições do usuário, podendo ser considerado o cérebro de um dispositivo (JUNIOR,
2008).
Segundo alguns dados estimados por pesquisas em alta tecnologia, mais de 90% dos
microprocessadores fabricados mundialmente são destinados a máquinas que usualmente não são
chamadas de computadores. Dentre alguns destes dispositivos estão aparelhos celulares, fornos
microondas e automóveis. O que diferencia este conjunto de dispositivos de um computador
“convencional” (PC – Desktop, Notebook), conhecido por todos é o seu projeto baseado em um
conjunto dedicado e especialista constituı́do por diversos componentes - um sistema embarcado
(CHASE; ALMEIDA, 2007).
De acordo com (CABRERA et al., 2010), para que um sistema de automação e
controle possa monitorar e controlar o funcionamento de um sistema fı́sico com segurança, de
forma automática e em tempo real, é necessário o uso de uma ou mais CPU’s, e softwares
especı́ficos por onde será possı́vel a programação das tarefas a serem executadas para o controle
e supervisão de forma automatizada.

2.6 WEB SERVICE

Web Services (em portugês, serviço web) são aplicações modulares que podem ser
descritas, publicadas e invocadas sobre uma rede, geralmente a Web. Ou seja, é uma interface
que descreve uma coleção de operações que são acessı́veis pela rede através de mensagens em
diversos formatos padronizados, além de permitirem uma integração de serviços de maneira
rápida e eficiente (Hansen et. al. 2002; Kreger 2001), o Web Service também pode ser descrito
como sendo um componente de software independente de implementação e plataforma. É
descrito utilizando uma linguagem de descrição de serviços, publicado em um registro e
descoberto através de um mecanismo padrão. Pode também ser invocado a partir de uma
Application Program Interface (API) através da rede e ser composto juntamente com outros
serviços (HANSEN; PINTO, 2003).
A ligação entre a base de dados e o Web Service é feita através de um componente
middleware, por exemplo, na linguagem Java, que utiliza o driver JDBC. O drive contém a
definição de métodos que permitem estabelecer esta ligação. Este componente permite que a
aplicação envie instruções para a base de dados e retorne os seus respetivos resultados. Estas
instruções recebidas pelo componente, são processadas e encaminhadas para a base de dados.
Esta ao aceitar o pedido vai processá-lo retornando um resultado correspondente à pesquisa
Capı́tulo 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6

realizada por (BENTO et al., 2015).

2.7 WEB SERVICE RESTFUL

Representational State Transfer (em português, Transferência de Estado Representaci-


onal - REST), define um conjunto de princı́pios arquitetônicos pelos quais você pode projetar
Web service que se concentram em um sistema de recursos, incluindo como os estados de
recursos são endereçados e transferidos através dos verbos HTTP por uma ampla gama de
clientes escritos em diferentes linguagens de programação. A depender da quantidade de Web
services que o utilizam, o REST têm emergido nos últimos anos sozinho como um modelo
predominante de design Web service. Na verdade, o REST teve um impacto tão grande na
Web que ele já deslocou o SOAP e o design de interface baseado em - WSDL, por possuir um
estilo consideravelmente mais simples de usar (RODRIGUEZ, 2008).
REST é uma arquitetura de aplicação de software, que modela a forma como os
dados são representados, acessados, e modificados na web. Na arquitetura REST, os dados e a
funcionalidade são considerados recursos, e esses recursos são acessados utilizando Uniform
Resource Identifiers (URIs), geralmente links na web. Os recursos são atuados usando um
conjunto simples de configurações, bem definido de operações. A arquitetura REST é fundamen-
talmente arquitetura cliente-servidor, e é projetado para usar um protocolo de comunicação sem
estado, tipicamente HTTP. Na arquitetura REST, clientes e servidores trocam representações
de recursos usando Interface e protocolo padronizados. Estes princı́pios incentivam as aplicações
REST a serem simples, leves e de alto desempenho. RESTful web services são aplicações web
construı́das na arquitetura REST. Eles expõem recursos (dados e funcionalidades) através de
URIs, e usam quatro métodos HTTP principais para criar (POST), recuperar (GET), atualizar
(PUT) e excluir (DELETE) recursos. Serviços Web RESTful tipicamente mapeiam os quatro
métodos HTTP principais para as chamadas ações CRUD: criar, recuperar, atualizar e excluir
(HAMAD; SAAD; ABED, 2010).
Uma das caracterı́sticas chave de um RESTful Web service é o uso explı́cito dos métodos
HTTP de uma maneira que segue o protocolo como definido pelo RFC 2616 (RODRIGUEZ,
2008).
7

3 TRABALHOS RELACIONADOS

• Sistema de Controle e Monitoramento de Ambiência para Aviários do Tipo Pressão


Negativa.
– Desenvolvimento de um Sistema de Controle Automatizado para Aviários com
Capacidade de Monitorar as Principais Variáveis (temperatura, umidade, pressão
estática e qualidade do ar), atuando sobre os sistemas de ventilação, cooling,
nebulização, inlets e cortinas. O sistema proposto utiliza tecnologia embarcada,
contendo elementos de hardware e software. O hardware desenvolvido pode ser
dividido em três módulos: placas de controle, interface e sensoriamento. O controle
é composto por um computador de placa única (Raspberry Pi), que se comunica
com as placas de interface e sensoriamento através dos barramentos de comunicação
IC e EIA485, respectivamente (TIGGEMANN, 2016).
• Desenvolvimento de Sistema Automatizado de Monitoramento de Ambientes de Produção
Animal, Utilizando uma Rede de Sensores sem Fio.
– Desenvolver e testar um sistema automatizado de controle ambiental, através
da utilização de sensores sem fio, que auxilie e proporcione maior segurança no
controle de ambientes automatizados. O sistema monitora variáveis que influenciam
na produtividade de aves, tais como temperatura e umidade e outras variáveis
fı́sico-quı́micas do aviário. A infraestrutura desenvolvida foi testada em um aviário
experimental e resultou em um sistema seguro e com grande escalabilidade, que
é capaz de controlar e monitorar o ambiente e ainda coletar e gravar dados. Foi
utilizado o protocolo ZigBee R para gerenciar o fluxo de dados do sistema. Foram

feitas análises da eficiência de comunicação do sistema no aviário, monitorando


os pacotes de dados perdidos. Os testes demonstraram uma perda de dados de
aproximadamente 2% dos pacotes enviados, demonstrando a eficiência das redes
ZigBee R para gerenciar o fluxo de dados no interior do aviário (OLIVEIRA, 2016).

• Sistema Embarcado em Microcontrolador para o Controle de Climatização de Aviários


de Corte.
– Desenvolver um controlador fuzzy embarcado em microcontrolador PIC composto
por software e hardware para controle e supervisão do ambiente térmico em galpões
de frangos de corte. O trabalho foi desenvolvido nas seguintes etapas: análise
computacional por meio de simulação; avaliação do software e do hardware desen-
volvidos por meio de teste do equipamento em experimento com frangos de corte
da linhagem Cobb 500, idade de 1 a 28 dias, em galpão experimental localizado na
região de Bambuı́, MG. O protótipo mostrou-se apto a operacionalizar, de forma
automática, o controle de equipamentos para ambiência para aviários e supervisão
de variáveis meteorológicas (ALECRIM, 2013).
8

4 MATERIAIS E MÉTODOS

Nesse seção apresento todo aparato necessário apra a realização desse trabalho,
incluindo uma pequena descrição sobre acada um.

4.1 MATERIAIS

O presente trabalho foi desenvolvido na Escola Agrı́cola de Jundiaı́, Unidade Especiali-


zada em Ciências Agrárias da UFRN. o objetivo principal é monitorar e atuar em duas variáveis
climatológicas, temperatura e umidade, dentro do aviário que fica localizado nas dependências
da escola.
Para o desenvolvimento deste projeto, foram utilizados uma Raspberry Pi 3 Model
B e um Arduino Uno Rev3. Esses equipamentos são microprocessadores e microcontrolado-
res, respectivamente, os quais atuam recebendo dados coletados de sensores ou de outras
placas, realizando ações em diversos tipos de atuadores, dependendo do resultado obtido e da
programação embarcada.
Arduino como mostrado na Figura 1, é uma plataforma eletrônica de código aberto
baseada em hardware e software de utilização simples. O Arduino é capaz de ler entradas
procedentes de diversos tipos de sensores pré projetados para sua arquitetura ou botões que
estejam ligados às suas portas lógicas; transformam estas entradas em saı́das, ativando um
motor, controlando um relé ou publicando algo na internet. Você pode informar na sua placa
Arduino, o que fazer, enviando um conjunto de instruções para o microcontrolador.
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 9

Figura 1 – Arduino uno rev3

Fonte: www.arduino.cc.

A plataforma Arduino é programada em uma IDE (Integrated Development Envi-


ronment ou ambiente de desenvolvimento integrado) própria e dedicada, e sua linguagem é
baseada nas linguagens de programação C/C++.
Para realizar o monitoramento das variáveis climatológicas, umidade e temperatura,
foi utilizado um sensor DHT11, inlustrado na Figura 2.
O sensor DHT11, possui internamente um microcontrolador de 8 bits que permite uma
comunicação simplificada com outro microcontrolador (no caso, com o Arduino). O DHT11
determina duas variáveis através de sensores internos, um sensor resistivo que mede umidade
relativa do ar e um sensor de tipo NTC (Negative Temperature Coefficient, ou coeficiente de
temperatura negativa) que mede temperatura.

Figura 2 – Sensor DHT11

Fonte: www.filipeflop.com.
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 10

O sensor DHT11 possui uma faixa de medição que vai de 0◦ C a 50◦ C com erro de
+- 2◦ C. Essas informações são informadas no próprio sensor. O erro de leitura igual a +- 2◦ C
é aceitável, pois somente irá interferir no tempo de reação dos atuadores.Como não iremos
trabalhar com medidas finas as aves não sentirão a diferença. A temperatura será em média
de 40◦ C para máximas, e de 24◦ C para mı́nimas. Dentro do aviário com o acréscimo do erro
teremos, 42◦ C de máxima e 22◦ C de mı́nima, o sensor atende perfeitamente a necessidade do
projeto.
Para alterar o estado elétrico dos atuadores foi necessária a utilização de um módulo
relé, veja a Figura 3. Este módulo basicamente controla a passagem da corrente para o atuador
elétrico (lâmpadas e ventiladores), bloqueando ou permitindo sua passagem por meio de indução
magnética de uma pequena bobina, que ao ser alimentada com 5v (tensão para este relé) fecha
o circuito permitindo a passagem da corrente elétrica.

Figura 3 – Módulo relé

Raspberry Pi representado na Figura 4, é uma placa de circuitos integrados, um pequeno


computador desenvolvido no Reino Unido pela Raspberry Pi foundation com a intenção de
estimular o ensino de ciência básica da informática nas escolas. Possui diversos modelos; para
cada um caracterı́sticas e configurações distintas, incluindo a pequena Raspberry Pi Zero, que
apesar de possuir a metade do modelo A+, dispõe de um hardware mais poderoso (JAIN et.
al., 2014).
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 11

Figura 4 – Raspberry Pi 3 model B

Fonte: www.raspberrypi.org

Para o desenvolvimento da lógica algorı́tmica, foi escolhido um interpretador de código


JavaScript que funciona do lado do servidor, chamado Node.js. Com ele foram desenvolvidos
os serviços web embarcados na Raspberry pi.
A API integrada ao site responsivo também foi desenvolvida com Node.js. O serviço
que está embarcado na Raspberry pi também foi desenvolvido com o Nodejs.

Figura 5 – Nodejs

Fonte: nodejs.org
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 12

A ospedagem do site foi realizada na plataforma em nuvem baseada em um sistema


de contêiner gerenciado, chamado Heroku que dá suporte a linguagem Node.js.

Figura 6 – Heroku

Fonte: dashboard.heroku.com

O banco de dados foi utilizado o mLab, que é um serviço de banco de dados no-sql
em nuvem, totalmente gerenciado que hospeda bancos de dados MongoDB, sua comunicação
com o Node.js é simples e prática.

Figura 7 – Mlab

Fonte: mlab.com

4.2 RUP

RUP (abreviação de Rational Unified Process ou Processo Unificado da Rational) é


uma metodologia iterativa de desenvolvimento que pode ser configurável ou melhor adaptada
aos seus propósitos de projeto conforme o seu tipo e tamanha.
A metodologia RUP identifica cada ciclo de desenvolvimento do projeto em quatro
fases, cada uma com respectivos marcos de finalização definidos (chamados milestones). Os
milestones são os indicadores de progresso do projeto, e são usados como base para decisões
para continuar, abortar, ou mudar o rumo do projeto. O RUP é dividido em quatro fases. inı́cio,
elaboração, construção e Transição (PEREIRA, 2017).
• Inı́cio: Fase inicial do desenvolvimento do sistema. É onde serão levantados todos os
requisitos necessários para a sua criação, e estudo da viabilidade.
• Elaboração: Consiste na modelagem do sistema. Avaliam-se os requisitos funcionais e
não funcionais gerados na fase de concepção. Os casos de uso são detalhados como o
modelo descritivo do sistema. Será especificada a arquitetura de hardware e software
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 13

para atender os requisitos elencados durante a fase de concepção do problema, assim


como realizada a escolha do tipo de banco de dados a ser utilizado.
• Construção: São realizados os planejamentos de cada iteração e o acompanhamento do
que está sendo produzido. Relatar o progresso do sistema para as partes de interesse, e
receber feedback sobre o sistema em questão.
• Transição: Essa é a parte que encerra o processo de desenvolvimento. Em que ocorre
a aprovação do software pelas partes interessadas, verificando se todos os objetivos
propostos foram atingidos. Ao fim da fase ocorre a entrega do sistema junto com as
documentações necessárias.

4.2.1 INÍCIO

Foram realizadas visitas com o acompanhamento do especialista no aviário, com o


objetivo de observar as principais necessidades do local, visualizar a estrutura do ambiente e
materiais existentes. Este levantamento inicial foi de extrema importância no primeiro contato.
Um bom levantamento de requisitos é importante para um desenvolvimento adequado
de qualquer sistema, e devem ser discutidos e determinados nesta fase do projeto. São divididos
em dois: funcionais e não funcionais.
Os requisitos funcionais descrevem ações “concretas” do sistema, como ligar uma
lâmpada caso a temperatura mı́nima seja identificada, e desligá-la caso a temperatura máxima
seja identificada, já os requisitos não funcionais estão relacionados ao uso da aplicação em
termos de desempenho, usabilidade, segurança ou disponibilidade.
Para tal foram realizadas visitas e encontros para discutir todos os requisitos, levando
em consideração todas as funcionalidades necessárias.
A especialista e responsável pelo aviário, acompanhou todas as visitas e relatou as
suas necessidades e pretensões para o sistema. A principal necessidade que ela relatou foi
a dificuldade de atuar e monitorar variáveis climatológicas como temperatura e umidade do
ambiente interno do aviário. Também explicou que não seria viável a compra de um sistema
disponı́vel no mercado para estes fins, devido o aviário ser de pequeno porte, e o sistema ser
de elevado custo.
A dificuldade de controlar as variáveis climatológicas manualmente, traz bastante
transtorno aos técnicos, pois em momentos de muito calor as aves sofrem um grave desconforto
térmico caso os ventiladores não sejam ligados, ou em noites frias, caso não liguem as lâmpadas
de aquecimento, isso por motivos de esquecimento ou falta de colaboradores no local. Os
ventiladores devem ser ligados e desligados em momentos especı́ficos. Outro fator abordado
foi a ocorrência de queima de alguma lâmpada no meio da noite, provocando novamente
desconforto térmico ou até mesmo a morte das aves.
Durante as visitas observamos e descrevemos o layout do aviário. O aviário é dividido
em dois, uma parte principal com um espaço maior 8 m x 6 m e outro espaço subdividido com
pequenos boxes, todos feitos com armação de aço e cobertas lateralmente com tela de arame
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 14

octogonal do tipo pinteiro, cada uma com 1.10 m x 0.5 m, 48 (quarenta e oito) ao todo, sendo
duas fileiras, contendo vinte e quatro gaiolas cada. Um corredor dividindo as fileiras ao meio,
para uma melhor compreensão dessa descrição observe a Figura 8.

Figura 8 – Gaiolas para criação de aves em ambientes confinados

São utilizadas lâmpadas incandescentes para o aquecimento, porém algo que obser-
vamos, foi a despadronização nos modelos utilizados. A possı́vel padronização aumenta a
performance do sistema. A especialista relatou a possibilidade de realizar esta padronização
ser possı́vel. A infra estrutura elétrica do local é precária e provavelmente serão necessárias
adequações para a instalação do projeto.
• Requisitos funcionais do sistema
– Efetuar logon: O logon é um método de segurança usualmente utilizado em sites e
sistemas em geral, que necessitem de uma segurança mı́nima. Utilizar neste sistema
os critérios de usuário e senha para acesso a sua interface.
– Ligar/Desligar lâmpadas: Para alterar o estado dos atuadores do aviário, o site
responsivo deverá atender este critério de forma fácil e prática. O técnico responsável
pelo aviário poderá acessar este site e realizar estas operações de onde estiver.
– Modo automático: No modo autônomo o usuário poderá configurar previamente
temperatura máxima e mı́nima para o dia e máxima e mı́nima para a noite. Ao
selecionar esta opção o próprio sistema se encarregará de controlar o conforto
térmico do local, baseado nas informações fornecidas.
– Atuar automaticamente no ambiente: A partir das informações cadastradas previ-
amente no sistema, se o modo autônomo for ativado as lâmpadas e ventiladores
serão controladas pelo sistema embarcado através de relés, acionando ou desligando
de acordo com a margem de conforto térmico estabelecida.
– Monitorar temperatura e umidade: O sistema deverá mensurar as variáveis meteoro-
lógicas temperatura e umidade de pontos especı́ficos do aviário. Estes dados serão
armazenados no banco de dados e poderão ser consultados a qualquer momento.
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 15

– Enviar alertas: O sistema deverá enviar um alerta ao técnico através do site respon-
sivo, em algumas situações como: lâmpada não está aquecendo, falha nas coletas
de temperatura e umidade e ou comunicação de hardware.

A diagramação é a representação gráfica da estrutura do projeto. É pela diagramação


que o desenvolvedor transforma o que está representado em códigos. O fluxo do sistema deve
obedecer rigorosamente a diagramação. Por esse motivo a criação de uma boa diagramação
tornará o projeto mais simples de desenvolver e mais prático, pois todas as funcionalidades já
estão representadas.
• Diagramação do sistema
– Diagrama de Casos de Uso do sistema

Figura 9 – Diagrama de caso de uso


Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 16

– Diagrama de Atividade do sistema

Figura 10 – Diagrama de Atividade


Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 17

4.2.2 ELABORAÇÃO

Seguindo a sequência do Processo de Desenvolvimento de Softwares RUP, abaixo


estão descritas as fases da Elaboração do sistema, a descrição do casos de uso e a modelagem
do sistema.

• Descrição do caso de uso


– Criar atuadores: a criação dos atuadores no sistema poderá ser realizada pelo site
responsivo. Somente técnicos autorizados poderão realizar esta operação no sistema.
Para criar um atuador o técnico deverá preencher o pino de atuação do componente
eletrônico de automação que vai de 1 até 13. Caso o pino escolhido já esteja
ocupado ou seja um atuador já foi criado com este pino, o sistema deverá informar
e solicitar que seja selecionado outro pino de atuação. Um dos dados necessários
será o tipo de atuador se é uma lâmpada ou um ventilador.
– Alterar estado dos atuadores: a alteração do estado dos atuadores (acionamento
ou desligamento), somente poderá ser realizada através do site responsivo, por
um técnico devidamente cadastrado no sistema. Essa ação deve ser realizada em
qualquer lugar, ou seja independente do local que o técnico esteja se estiver com
acesso a internet deverá ser possı́vel a realização dessa funcionalidade.
– Configurar modo autônomo do sistema: a configuração desta funcionalidade deve
ser simples, possibilitando o técnico ativar ou desativar de maneira prática. O
técnico informará ao sistema os valores de temperatura máxima e mı́nima, baseado
nesses valores o sistema irá alterar o estado elétrico dos atuadores de acordo com
a temperatura do ambiente, proporcionando o conforto térmico para as aves. O
estado elétrico dos atuadores não poderá ser alterado manualmente quando este
modo estiver ligado.
– Consultar temperatura e umidade atual: o site responsivo deverá mostrar a tempe-
ratura atual do aviário na tela inicial bem visı́vel e de fácil leitura, e atualizando
esse valor constantemente de forma a servir uma informação o mais real possı́vel.
– Temperatura e umidade coletada ao longo do dia: as coletas deverão ser realizadas
em dois turnos do dia, pela manhã e pela noite. O objetivo é coletar a média,
mı́nima e máxima de umidade e temperatura.
– Alertas de falha: caso o sensor de temperatura não detecte alterações térmicas, o
sistema deverá enviar uma mensagem de erro ao site responsivo.

Na fase de elaboração, a diagramação possui um peso relevante durante o desenvol-


vimento do sistema. Podemos ver no diagrama de implementação, Figura 11, que o sistema
foi dividido em três partes representadas por cinco blocos, API (Application Programming
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 18

Interface, ou Interface de Programação de Aplicativos), definida no diagrama como Servidor


Web Heroku, dentro da API estão, o site responsivo e um serviço web, que por meio dele
são realizadas comunicações com o banco de dados seja da parte do serviço web que está
embarcado na Raspberry pi ou de ações realizadas pelo técnico por meio do site responsivo,
o banco de dados no-sql definido no diagrama como MongoDB e os Hardwares utilizados,
microprocessadores e microcontroladores, Raspberry pi e Arduino.
• Modelagem
– Diagrama de implementação do sistema

Figura 11 – Diagrama de implementação

4.2.3 CONSTRUÇÃO

• Esquemático do Arduino
Embora a ligação de sensores com a placa Arduino seja prática, para alguns sensores
é necessário a inclusão de alguma biblioteca. O caso do DHT11 é necessário incluir nas
configurações do arduino uma biblioteca especı́fica disponibilizada na própria IDE da plataforma
de programação. A função da biblioteca é traduzir para a placa os sinais enviados pelo sensor.
Veja abaixo na Figura 12, como ficou a ligação do DHT11 no Arduino.
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 19

Figura 12 – Esquema de ligação do sensor DHT11 no arduino

O Arduino se comunica com a Raspberry pi por meio de comunicação serial utili-


zando um cabo USB (Universal Serial Bus), utilizando um Cabo High Speedy 2.0 USB A
Macho B Macho, são cabos normalmente utilizados nas Impressoras, para comunicação com
computadores.
A cada dez minutos o Arduino solicita ao sensor uma coleta de umidade e temperatura,
ao receber esses dados os envia para a Raspberry pi por meio da porta serial, durante o perı́odo
de uma hora o Arduino soma os valores obtidos de cada da variável, ao final desse perı́odo os
envia para a raspberry pi.
• Serviço web Raspberry pi
É um arquivo do tipo JavaScript, interpretado pelo Node.js. Esse serviço web é
executado toda vez que a Rpi (Raspberry pi) é inicializada e é executado localmente (localhost),
ou seja na própria Rpi.
As funções atribuı́das a este serviço, são: coletar as informações da API, tratar esses
dados e enviar para o Arduino por meio da porta serial, receber dados enviados pelo Arduino
e realizar as requisições na API. Essas requisições são feitas através dos verbos HTTP, que
são, GET (resgatar dados), POST (enviar dados), PUT (alterar dados existentes) e DELETE
(deletar dados). Checar a cada minuto o momento certo para solicitar ao Arduino uma nova
coleta das amostras de temperatura e umidade, após cada coleta realizada esse serviço web
embarcado envia as informações para a API, por meio de uma requisição do tipo PUT; a API
se encarrega de salvar essas informações no banco de dados.
Ao solicitar ao Arduino uma nova coleta de dados de temperatura e umidade, o serviço
web embarcado na Rpi faz comparações com os valores de temperatura coletados e cadastrados
no sistema para realizar alterações nos estados dos atuadores se necessário.
• API
É um serviço web também escrito em JavaScript e interpretado pelo Node.js, junto a
esse serviço está o site responsivo. As páginas web do site, utilizam uma tecnologia chamada
de socket.io um websoket, que se comunica com o serviço e permite a atualização de parte
das informações da página sem a necessidade do refresh, ou seja não é necessário atualizar a
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 20

página inteira para ver a alteração dos valores.


Este serviço possui as seguintes funções: receber comandos e formulários provenientes
das páginas web, e salvar estas informações em um banco de dados, receber comando do
serviço web que está embarcado na Rpi, e também salva estes dados no banco de dados.
• Banco de dados
O banco de dados escolhido é no-Sql, ou seja é um banco de dados não relacional,
orientado a documentos, não é necessário DER (Diagrama de Entidade Relacionamento), não
possui tabelas fixas, todo seu conteúdo é formado apenas por objetos do tipo JSON (um
acrônimo para ”JavaScript Object Notation”), documentos que possuem relação chave-valor.
Foi escolhido o MongoDB, pois tem suporte ao Node.js, é de fácil integração e o
servidor no qual foi hospedada a API possui meios facilitadores de integração entre essas
tecnologias.
• Arquitetura de comunicação
A arquitetura de comunicação do sistema está representada na Figura 13, onde é
possı́vel ver como os componentes se comunicam. As linhas que ligam as imagens na na figura,
representam o tipo de comunicação que foi utilizada, podendo ser do tipo elétrica por meio de
fios ou comunicação por meio da Internet.
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 21

Figura 13 – Arquitetura de comunicação do sistema

• Teste da primeria versão


O teste foi realizado dentro do aviário da EAJ. Como primeira versão do sistema
ainda não era possı́vel realizar todas as funcionalidades propostas. Durante o primeiro teste
foi possı́vel ver o funcionalidades do sistema já em prática, alterando o estado elétrico de um
atuador (Lâmpada), utilizando a interface do site. Foi possı́vel também visualizar a temperatura
do ambiente coletada pelo Hardware já na interface do site.
O modo autônomo já configurado funcionou como esperado, ao identificar a tempera-
tura máxima, desligou a lâmpada com um tempo aceitável de resposta. e ligou ao identificar a
temperatura mı́nima, mantendo a faixa de tempe configurada.
Para visualizar se os dados foram recebidos era necessário o refresh da página inteira.
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 22

O tempo de resposta ao pressionar o botão na tela até o atuador apagar ou acender, superou
2,5 segundos do momento da solicitação até a realização do comando pelo atuador.

Figura 14 – Teste da primeira versão do sistema

Conforme Figura 14, podemos ver a estrutura de hardware já em funcionamento, em


caráter de testes sobre as gaiolas do aviário, com a lâmpada de aquecimento logo abaixo no
estado de ligada.

4.2.4 TRANSIÇÃO

• Validação parcial
O sistema realiza diversas de suas funcionalidades com êxito, porém para uma validação
de fato será necessário a realização de mais testes, visto o altı́ssimo risco de mortalidade das
aves caso ocorra algo errado. Testar todas as suas funcionalidades, na prática e expor os sitema
a cenários extraordinários durante sua utilização deverá ser realizado antes da implementação
de fato, assim será realizada um melhor trancisão.
Algumas funcionalidades como cadastrar usuários, cadastrar atuadores, alterar estado
elétrico dos atuadores, visualizar os dados coletado como umidade e temperatura, acionamento
ou desligar os lampadas automáticamente, estão todos em conformidade com o que foi proposto
a fazer. O que não foi realizado nesse trabalho foi a exposição do sistema a um cenário onde
pudéssemos provar que todo esse aparato pode impedir a mortalidade das aves por meio da
ação na ambiência.

4.3 MANUAL DO USUÁRIO

Abaixo podemos visualizar parte do documento (manual do usuário), onde são apre-
sentados alguns informações que podem ser visualizadas no sistema e ações que podem ser
realizadas.
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 23

Figura 15 – Tela inicial do site responsivo

• Menu do sistema
Para acessar o menu do sistema, pressione o botão listrado, representado na Figura 16,
na barra superior da tela.
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 24

Figura 16 – Botão de acesso ao menu do sistema

Figura 17 – Menu do sistema

• Autonomia do sistema, (ativado ou desativado)


Para que o sistema possa alterar o estado elétrico dos atuadores, é necessário informar
a temperatura máxima e mı́nima de trabalho. O sistema tentará manter a temperatura entre
esses valores informados, dentro do raio de cobertura de cada atuador. Para configurar o modo
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 25

autônomo, acesse o menu do sistema, e clique no botão de configuração, Figura 18.

Figura 18 – Menu do sistema, acesso a configurações

Logo após abrirá as opções de configuração do sistema, clique na opção “configurar


modo autônomo”.

Figura 19 – Menu do sistema, configurar modo autônomo


Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 26

Deverá aparecer a seguinte tela de configurações, ver na Figura 20.

Figura 20 – Menu do sistema, configurar modo autônomo

Caso ainda não tenha configurado informe os valores de temperatura solicitados, clique
em salvar. Você pode apenas desativar ou mesmo ativar, clicando no botão laranja. Logo acima
do botão laranja é possı́vel visualizar se o modo autônomo está ou não ativado.
Capı́tulo 4. MATERIAIS E MÉTODOS 27

• Retornar para a tela inicial do sistema


O usuário poderá realizar esta operação de qualquer outra tela do sistema, bastando
apenas clicar no “Aviário EAJ” como mostra a Figura 21.

Figura 21 – Botão para retornar à tela inicial do sistema


28

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capı́tulo serão revisados alguns pontos importantes do projeto, realizaremos


alguns comparativos e discorreremos sobre os resultados.

5.1 COMPARAÇÃO DE CUSTOS

As cotações para os materiais utilizados nesse projeto, foram realizadas em dois sites,
com o objetivo de obter um valor mı́nimo entre duas comparações. Os valores informados não
incluem desenvolvimento do software, somente a parte do hardware

Tabela 1 – Primeira cotação materiais.

Nome Referencia Quantidade Valores


Placa Uno R3 + Cabo USB para Arduino 1AC01 1 R$ 44,90
Raspberry Pi N/A 1 R$ 299,90
Sensor de Umidade e Temperatura DHT11 9SS10 1 R$ 12,90
Jumpers Macho-Fêmea x40 Unidades 2CB08 1 R$ 14,90
Total R$ 372,60

Fonte: www.filipeflop.com

Tabela 2 – Segunda cotação materiais.

Nome Referencia Quantidade Valores


Placa Uno R3 + Cabo USB para Arduino N/A 1 R$ 119,00
Raspberry Pi N/A 1 R$ 449,00
Sensor de Umidade e Temperatura DHT11 N/A 1 R$ 15,00
Pacote com 10 Jumper Premium de 20 cm M/F N/A 4 R$ 10,00
Total R$ 623,00

Fonte: www.robocore.net

As cotações para aquisição de um produto pronto, foram realizada da seguinte forma,


escolhido um produto generalista, que serve para diversas aplicações e outro dedicado ao ramo
da avicultura, ambos com o aviário já construı́do.
Na primeira cotação o sistema de automação universal, da Kit Brasil. O seu anúncio
pode ser encontrado no site da MFrural, e possui um valor cerca de 53 vezes maior que a
cotação mais baixa realizada dos hardwares utilizados neste trabalho.
Para o sistema dedicado conhecido como Dark House, possui um valor exorbitante
porém esse valor cobre instalações e equipamentos, não está incluso a manutenção, e é um dos
sistemas mais utilizados para automatizar aviários de grande produção.
Capı́tulo 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 29

Tabela 3 – Primeira cotação produto existente.

Nome Referencia Quantidade Valores


kit Brasil Automação Universal 212916 1 R$ 16.000,00
Total R$ 16.000,00

Fonte: www.mfrural.com.br

Tabela 4 – Segunda cotação produto existente.

Nome Referencia Quantidade Valores


Dark House N/A 1 R$ 600.000,00
Total R$ 600.000,00

Fonte: www.expressomt.com.br

5.2 COMPARAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS

Para a realização da comparação dos dados obtidos pelo sensor DHT11, cujo qual foi
utilizado para realizar coletas de dados de temperatura e umidade relativa do ar, utilizamos um
Termo-higrômetro digital que mensura temperatura e umidade interna e externa da INCOTERM.
Um equipamento igual ao representado na imagem abaixo.

Figura 22 – Termo-hidrômetro digital


Capı́tulo 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 30

Tabela 5 – Dados coletados do sitema.


Coleta Horário Sistema Termo-higrômetro diferença
1o Coleta Temperatura 12:50 32o C 32o C 0o C
1o Coleta Umidade 12:50 49% 49% 0%
2o Coleta Temperatura 13:00 31o C 31o C 0o C
2o Coleta Umidade 13:00 51% 50% 1%
3o Coleta Temperatura 13:10 31o C 31o C 0o C
3o Coleta Umidade 13:10 58% 51% 7%
4o Coleta Temperatura 13:20 31o C 31o C 0o C
4o Coleta Umidade 13:20 61% 51% 10%

O ensaio foi realizado obtendo quatro coletas de temperatura e umidade, com um


intervalo de dez minutos para cada uma delas. A temperatura mostrou se bastante semelhante
ao do termo-higrômetro, os valores obtidos da temperatura se mantiveram iguais em todas as
coletas, não existiu diferença entre os valores obtidos pelo sistema e os valores mostrados na
tela do equipamento. No entanto a umidade relativa do ar mostrou se semelhante inicialmente,
porém houve um aumento repentino dos valores, se mantiveram estáveis com uma diferença
de 10 por cento para mais na comparação entre os valores mostrados pelo equipamento e os
valores obtidos pelo sistema.

5.3 ACIONAMENTO DOS ATUADORES

O acionamento dos atuadores, pode ser considerado uma das principais funcionalidades
do sistema será por meio dessa funcionalidade que os técnicos poderão controlar a temperatura
local, utilizando a interface do site responsivo.
A funcionalidade de controlar o estado elétrico dos atuadores, respondeu de maneira
coerente ao levantamento de requisitos. Proporciona o controle sobre o estado elétrico do
atuador na opção manual do sistema. A comunicação realizada entre o site responsivo e as
placas de circuito integrado passam por diversos tipos de tratamento até que ocorra a devida
comunicação entre eles.

5.4 ARMAZENAMENTO DOS DADOS

O armazenamento dos dados coletados são armazenados em uma base de dados


(mLab), para realização de consultas diversas, relatórios e levantamentos estatı́sticos, também
foi possı́vel, é possı́vel realizar as consultas pelo sistema e ver o que já foi armazenado. Os
dado que estão armazenado no mLab são armazenado como objetos JSON.
O sistema apresenta esses dados ao usuário, de maneira compreensiva, através de
listas ou gráficos.
31

6 CONCLUSÃO

É possı́vel desenvolver sistemas de automação com baixo custo, dedicado as aves


de corte. Cada sistema possui as limitações baseadas em seus valores de investimentos e
tecnologias utilizadas. Para cada situação é necessário um levantamento apropriado de suas
reais necessidade, a escolha mais adequada do tipo de arquitetura utilizada e seus mecanismos
de produção, assim como um bom planejamento antes de iniciar o projeto.
É possı́vel observar que o sistema realiza suas principais funcionalidades, de acordo
com as especificações propostas, em nı́vel de protótipo.
Para que se tenha um modelo apropriado de implementação em uma maior área, é
necessário um aparato maior. Uma maior quantidade de sensores fios condutores especı́ficos
para maiores distâncias e uma proteção adequada para as placas de circuito integrado.

6.1 TRABALHOS FUTUROS

Para os trabalhos futuros será desenvolvido um aplicativo móvel para integrar com
a API. Isso possibilitará uma melhor experiência de usabilidade para os técnicos responsáveis
do aviário da Escola Agrı́cola de Jundiaı́. Desenvolver soluções computacionais no formato
de aplicativos móveis representa um meio eficaz de disponibilizar a ferramenta e atingir o
público-alvo desejado.
Disponibilizar de maneira aberta, com livre consulta por qualquer pessoa as coletas
de temperatura e umidade armazenadas no banco de dados. Por meio da URL. A API deverá
retorna um JSON listando todas as coletas de umidade e temperatura realizadas entre duas
datas informadas na própria URL. O objetivo é proporcionar dados para realização de estudos
com Big Data. O Big Data representa uma nova era na exploração e utilização de dados. A
ideia é colaborar com este conceito.
Ainda para as funcionalidades do sistema, realizar logs dos usuários no sistema é uma
pretensão futura, esse tipo de controle pode ajudar a desvendar alguma ação não explicada
que ocorra.
Realizar controle de lotes através do sistema deve ser implementado incluindo, registro
da mortalidade das aves, recebimento e finalização dos lotes e controle do crescimento, é muito
interessante armazenar outros dados referente aos frangos propriamente dito, a partir disso
obter dados estatı́sticos.
32

Referências

ABREU, P. G. de; ABREU, V. M. N.; MAZZUCO, H. Uso do resfriamento evaporativo (adiabá-


tico) na criação de frangos de corte. Embrapa Suı́nos e Aves-Documentos (INFOTECA-
E), Concórdia: Embrapa Suı́nos e Aves, 1999., 1999. Citado na página 1.

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