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3º BIMESTRE – Módulo 01

→TERMOMETRIA 
Série: 9º Ano - Ensino Médio
ESQUIMÓS E BEDUÍNOS: PRÓXIMOS OU DISTANTES?

Você pode estar se perguntando: o que um esquimó, que vive nas regiões geladas próximas ao polo
norte, tem a ver com um beduíno, que vive nas areias escaldantes do deserto do Saara? A resposta é: Tudo!
Ambos usam o conhecimento sobre termologia em seu cotidiano.

Você já deve ter ouvido falar que os esquimós constroem casas de gelo, os iglus. E até achar estranho
a construção de casas com blocos de gelo num lugar gelado. E também se perguntar: “as pessoas não morrem
de frio dentro dela?” Bom, não! Não morrem de frio.

O gelo é um ótimo isolante térmico, tão bom quanto o concreto. Desse modo, ele mantém os habitante
no interior dos iglus protegidos das baixíssimas temperaturas polares (que chegam a -50 °C), pois impede
trocas de calor entre seu interior e o ambiente externo. Dentro do iglu as temperaturas ficam mais aceitáveis,
pois o calor produzido pela respiração e pela irradiação das pessoas ou pela combustão feita em seu interior
fica retido.

E os beduínos com aquelas roupas grossas? Bem, você deve ter visto algum filme com uma caravana
de beduínos montados em seus camelos, viajando através do deserto do Saara. Um detalhe deve ter chamado
a sua atenção: em vez de estarem de bermuda e camiseta (ou sem camisa), sob temperaturas que chegam a
mais de 45 °C, eles estão sempre muito agasalhados, com roupas grossas, cobrindo todo o corpo. Por quê?
O principal motivo que leva os beduínos a usarem roupas grossas em um lugar tão quente é que os tecidos são
maus condutores de energia térmica.

Como os tecidos de lã são isolantes térmicos, se a temperatura do corpo humano é aproximadamente


37 °C e a do deserto está a mais de 40 °C, é preferível que não ocorra troca de calor entre o corpo e o ambiente
quente. Assim, roupas grossas de lã mantêm o ar dentro delas a temperaturas próximas às do corpo e impedem
o calor de entrar. Além disso, a roupa envolvendo todo o corpo protege a pele do excesso de luz solar direta,
evitando queimaduras.

Com essas duas situações, podemos concluir que mesmo habitantes de regiões tão diferentes como as
polares ou de um deserto usam conhecimentos sobre transmissão do calor, que se revelam muito importantes
ao dia-a-dia. Assim, apesar das distâncias geográficas e culturais desses povos, podemos dizer que eles estão
unidos pelo seu conhecimento de termologia.

EXPERIMENTO DA BACIA DE ÁGUA

Um experimento muito simples que pode ser realizado para comprovar as sensações térmicas é o
experimento das bacias de água. São 3 bacias sendo: uma contendo água fria, outra contendo água morna
(temperatura ambiente), e a última contendo água quente. A pessoa coloca uma mão na água fria, e a outra
mão na água quente.

A mão que está na fria, é rapidamente colocada na bacia contendo água morna. O indivíduo pode
observar que a água morna parece estar quente. Posteriormente, a mão que está na água quente é colocada na
água morna. Agora é possível observar que a água morna parece que está fria.

Mas como é possível a água morna estar quente e fria ao mesmo tempo?? Isso pode ser explicado pois,
considerando que cada bacia possui água a temperaturas diferentes, assim como a mão da pessoa também
possui temperatura diferente da água das bacias. Quando a mão é introduzida á qualquer que seja a bacia (fria
ou quente) há troca de calor. Lembrando que sempre há troca de calor entre corpos de temperaturas diferentes,
sendo que o calor vai do corpo quente para o mais frio.
Observe o sentido do trânsito do calor quando as mãos estão mergulhadas nas bacias, e depois que são
inseridas na bacia de água morna:

TERMOLOGIA
A termologia é o ramo da Física que estuda os fenômenos relativos ao aquecimento, resfriamento ou
mudanças no estado de agregação em corpos quando recebem ou cedem energia.

I) TEMPERATURA
Temperatura é uma grandeza que permite a comparação entre os estados térmicos dos sistemas. De
forma intuitiva, temos a experiência de efetuar essa comparação através de nossos sentidos, como o tato. Mas,
de forma simples, podemos verificar que esta forma é muito imprecisa. Pessoas diferentes podem
experimentar sensações térmicas diferentes dentro de um mesmo ambiente, pois as noções sensoriais de
“quente” e “frio” são subjetivas e dependem, principalmente, do estado anterior ao qual estivemos expostos.

Para darmos uma visão mais precisa desses conceitos de “quente” e “frio”, tomemos como exemplo
um recipiente maleável, como uma bexiga de festa, cheia de gás. Ao aquecermos o gás, a bexiga infla. Isso
acontece porque as partículas do gás, em contínuo movimento, ficam mais rápidas em média e colidem com
as paredes da bexiga em tempos cada vez menores. Embora essa visão não seja tão simples em um líquido e
em um sólido, onde as partículas não se movem com tanta liberdade, podemos associar a temperatura e, por
consequência, a ideia de aquecimento, com o estado de movimento, agitação ou energia das partículas que
formam um sistema. Assim, de forma inicial, tomaremos isto como verdade:

Temperatura é um valor associado ao estado de movimento ou agitação


das partículas de um sistema.

II) CALOR E EQUILÍBRIO TÉRMICO


O QUE É CALOR?
Calor é energia térmica em trânsito de um corpo para outro, devido, unicamente, a uma diferença
de temperatura.
CALOR E TEMPERATURA

Não é considerado errado na linguagem coloquial, do cotidiano, usarmos as palavras temperatura e


calor como sinônimas. Contudo, do ponto de vista técnico, de acordo com os preceitos da termodinâmica,
calor e temperatura são aspectos diferentes da energia térmica, apesar de estarem totalmente relacionados.
Mais especificamente, podemos dizer que temperatura refere-se à medida da movimentação das
moléculas de um corpo. Quanto maior for a movimentação, maior será a temperatura e quando esta for baixa
é porque a movimentação está reduzida. Já o calor, é como em termodinâmica chamamos a quantidade de
energia que é deslocada de um corpo para outro em decorrência da diferença de temperatura entre os dois.
A medição da temperatura é feita através do termômetro, que indica a termometria. Já a calorimetria é
a medida do calor e é obtida através do cálculo que compara a diferença de temperatura de dois corpos em
determinado período de tempo.

EQUILÍBRIO TÉRMICO

Misture em um recipiente duas quantidades iguais de água, uma muito quente e uma muito gelada. Ao
final, o que teremos?
Sabemos que obteremos água morna e que não muda mais seu estado térmico, ou seja, não esquenta
mais ou esfria mais espontaneamente. A esse estado, no qual as características térmicas de um sistema não se
alteram, chamamos de equilíbrio térmico.
É importante ressaltar que a natureza, segundo nossa experiência cotidiana, tende a levar os sistemas
a um estado de equilíbrio térmico. Ao retirarmos um líquido gelado da geladeira e colocarmos em contato
com o ambiente, ele vai esquentando até o momento em que sua temperatura não mais se modifica.

Um dos princípios mais conhecidos da termodinâmica é a troca de calor. Se dois objetos com temperaturas
distintas estão em contato ou se encontram sob o mesmo ambiente, haverá uma troca de calor, de modo que
o objeto mais quente transferirá calor ao mais frio até que seja ATINGIDO O EQUILÍBRIO
TÉRMICO.

MEDIÇÃO DA TEMPERATURA

Se nossa impressão sensorial não é um bom método para analisarmos o estado térmico, o que fazer?
Existem algumas características em objetos que se alteram quando aquecemos ou resfriamos os
mesmos. Ao corpo utilizado para observarmos as variações dessas grandezas, chamaremos de termômetro. O
termômetro mais comum em nossa experiência diária é o termômetro de mercúrio, que utiliza a substância
citada como substância termométrica, pois este é líquido em condições ambientes, o que nos permite avaliar
o volume ocupado por ele.
Na extremidade inferior dele existe um reservatório chamado bulbo. No interior da haste, um vaso
mito fino, chamado capilar. Quando aquecido, o volume de mercúrio aumenta, fazendo com que a altura da
coluna de mercúrio cresça. Essa altura é o que chamamos de grandeza termométrica, ou seja, aquilo que será
utilizado nas medições.
III) ESCALAS TERMOMÉTRICAS

As escalas termométricas são utilizadas para medir a temperatura (medida do grau de agitação das
moléculas), ou seja, elas são utilizadas para indicar se um determinado corpo está quente ou frio.
Já existiram diversas escalas termométricas ao longo da História, mas apenas três são utilizadas
atualmente, sendo elas: Celsius, Fahrenheit e Kelvin. Essas escalas utilizam como padrão os pontos de fusão
e ebulição da água.

ESCALA CELSIUS
Trata-se de uma escala termométrica centígrada, ou seja, que apresenta cem intervalos entre os
pontos de fusão e ebulição. Ela foi determinada no ano de 1742 pelo astrônomo sueco Anders Celsius.
Quando desenvolveu a escala Celsius, chamou-a de Centígrado, mas, no ano de 1948, a escala passou a ser
chamada de Celsius em homenagem ao seu criador e para evitar confusões com a sigla SI (Sistema
Internacional), que é utilizada para designar todas as unidades de medida
Celsius utilizou como referência para a sua escala termométrica os seguintes valores para os pontos de
fusão e ebulição da água:

Ponto de fusão da água = 0 oC Ponto de ebulição da água = 100 oC


Esses valores são utilizados até os dias atuais. Vale ressaltar que a escala Celsius é utilizada hoje em
quase todos os países.

ESCALA FAHRENHEIT
A escala Fahrenheit foi desenvolvida pelo físico e engenheiro Gabriel Fahrenheit, no ano de 1724,
após obter conhecimento sobre a construção de termômetros de mercúrio.
Na sua escala, Fahrenheit utilizou como referência os valores dos pontos de fusão e ebulição da água,
para os quais ele adotou os seguintes valores:

Ponto de fusão da água = 32 ºC Ponto de ebulição da água = 212 ºC


Como temos 180 intervalos entre as temperaturas 32 e 212, a escala Fahrenheit não é considerada
centígrada, como é a escala Celsius.
Trata-se de uma escala que foi muito utilizada nas colônias britânicas, sendo muito utilizada hoje em
países como Inglaterra e Estados Unidos.

ESCALA KELVIN
A escala Kelvin foi proposta em 1864 pelo físico e engenheiro irlandês William Thomson, o qual
também era conhecido como Lord Kelvin. Ele acreditava que era necessária uma escala termométrica que
pudesse atribuir a um material uma total ausência de movimentação de suas partículas, o que ele chamou de
zero absoluto.
Assim, para Lord Kelvin, sua escala não poderia apresentar valores negativos para a temperatura.
Assim como Celsius e Fahrenheit, ele utilizou como referência os seguintes pontos de fusão e ebulição da
água:

Ponto de fusão da água = 273 K Ponto de ebulição da água = 373 K


Hoje, Kelvin é a escala termométrica adotada pelo Sistema Internacional.

Observe que na escala Kelvin não se pronuncia graus Kelvin e sim apena Kelvin. É errado dizer: 25 graus
kelvins. O correto é dizer 25 Kelvins
Vale destacar que o zero absoluto é um valor teórico obtido experimentalmente que
indica a “paralisação /morte da matéria” cujo valor é 0K. (zero Kelvin)

CONVERSÃO DE ESCALAS

A) CELSIUS PARA KELVIN, KELVIN PARA CELSIUS

A diferença entre as escalas Celsius (ºC) e Kelvin (K) é simplesmente o ponto 0. Assim para fazermos a
conversão basta somar 273:

K=ºC + 273
Ex.: Converta 37 °C para a escala Kelvin.

K = C + 273
C = 37 °C
K = 37 + 273
K = 310K
B) CELSIUS PARA FAHRENHEIT, FAHRENHEIT PARA CELSIUS

Observando a figura vemos que a diferença entre os pontos de fusão e de ebulição da água representam a
mesma variação de temperatura. Logo:

Ex.: Converta 37 °C para a escala Fahrenheit.


F=1,8 x 37+32
F=66,6+32
F=98,6

Ex.: Converta 95 °F para a escala Celsius:


C=(9 5−32) / 1,8
C=63 / 1,8
C=35

C) KELVIN PARA FAHRENHEIT, FAHRENHEIT PARA KELVIN

Para converter da escala Kelvin para Fahrenheit, podemos converter de Celsius para Kelvin e então para
Fahrenheit ou usar a fórmula:

CONCLUSÃO

Para convertermos valores de temperaturas de uma escala para outra, basta colocarmos na fórmula o valor
conhecido e calcularmos a incógnita sabendo que:
C = Temperatura em Graus Celsius (°C)
F = Temperatura em Graus Fahrenheit (°F)
K = Temperatura em Kelvin (K)
EXERCÍCIOS

→Transformar 20º C em Fahrenheit.

→Transformar 41 ºF em grau Celsius.


TC = 5 °C

→Transformar 27 ºC em Kelvin.
TK = 300 K

→Transformar 50 K em Celsius.
TC = -223 °C

→Transformar 293 K em grau Fahrenheit.


TF = 68 °F

→Transformar 275 ºF em Kelvin.


TK = 408 K

→No Rio de Janeiro, a temperatura ambiente chegou a atingir, no verão de 1998, o valor de 50 o C. Qual seria
o valor dessa temperatura, se lida num termômetro na escala Fahrenheit?

→A temperatura média do corpo humano é 36 o C. Determine o valor dessa temperatura na escala Fahrenheit.

→Lê-se no jornal que a temperatura em certa cidade da Rússia atingiu, no inverno, o valor de 14 o F. Qual o
valor dessa temperatura na escala Celsius?

→Um termômetro graduado na escala Fahrenheit, acusou, para a temperatura ambiente em um bairro de Belo
Horizonte, 64 o F. Expresse essa temperatura na escala Celsius.

→Quando medimos a temperatura de uma pessoa, devemos manter o termômetro em contato com ela durante
um certo tempo. Por quê?

→Você acha seguro comparar a temperatura de dois corpos através do tato? Explique sua resposta com um
exemplo.

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