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Universidade Federal de São Carlos

Curso de Especialização Interdisciplinar em Dor

Dor Orofacial e
disfunção Temporomandibular
Profa. Dra. Giovana Fernandes
Cirurgiã-dentista - FOAr/UNESP
Mestre em Reabilitação Oral - FOAr/UNESP
Doutora em Reabilitação Oral - FOAr/UNESP, UvA/ACTA
Especialista em DTM e Dor Orofacial pelo CFO
Capacitada em Odontologia do Sono - IS/AFIP/UNIFESP
Pós-doutoranda em Reabilitação Oral – FOAr/UNESP, University of Naples Frederico II
Professora Colaboradora das disciplinas de Oclusão, DTM e Dor Orofacial – FOAr/UNESP
Monitora do Curso em Odontologia do Sono - IS/AFIP/UNIFESP
NÃO HÁ CONFLITO DE
INTERESSE
Objetivos da Aula

- Principais Dores Orofaciais


- Disfunção Temporomandibular
(a)Epidemiologia
(b)Etiologia
(c) Avaliação
(d)Modalidades de tratamento

- Comorbidades: a DTM no contexto interdisciplinar da dor


Dor / IASP
“Experiência sensorial e
emocional desagradável,
associada a dano
presente ou potencial, ou
descrita em termos de tal
dano”.
!5
Nova Definição de "DOR"

Pain is a distressing experience associated


with actual or
potential tissue damage with sensory,
emotional, cognitive,
and social components.
Williams and Craig
Pain, 2016
IASP The Internacional Association for the Study of Pain
www.iasp-pain.org

Classifica mais de 600 condições álgicas:

- 36 condições dolorosas generalizadas


- 66 síndromes acometendo cabeça e região cervical
- 35 membros superiores
- 154 coluna vertebral cervical e dorsal
- 136 região lombar, sacral, coccígena espinal e radicular
- 85 tronco
- 18 membros inferiores
(Merskey e Bogduk, 1994)
Dor
Orofacial

“Dor associada com os

tecidos duros e moles

do crânio, face e

pescoço.”
Internacional Association for the Study of Pain, 2013
45% Córtex Sensorial
A DOR OROFACIAL

Neurovasculares

Neuropática

Dentoalveolares
Musculoesquelética
É a maior causa de dor não dentária na região
orofacial! Okeson 1996

US National Institutes of Health, 2011


DTM é a condição de dor orofacial crônica mais comum!
É a segunda condição geral mais comum – perdendo apenas para
lombalgia crônica

9
nç ã o
s f u lar
Di n d ib u
o m a
p o r
Te m

Dor ATM/ Músculos


Sons articulares
Limitações ou desvios nos movimentos

American Academy of Orofacial Pain, 2013


Epidemiologia da DTM
Epidemiologia

Prevalência: 10 - 15%

Incidência: 3.9%

Mulheres: Homens - 2:1 (população geral)


> 4:1 (Clínica)

Drangsholt & LeResche. IASP. 1999


Slade et al. J Pain. 2011
Slade et al. J Pain. 2013
Ohrbach & Dworkin. J Dent Res. 2016
www.epdidor-adolescere. com.br

Prevalência:
2,0 a 62,4%
LeResche L. Crit Rev Oral Biol Med. 1997;8(3):291-305.

Nilsson IM, Drangsholt M, List T. Journal of orofacial pain. 2009;23(2):115-22.

Casanova-Rosado JF, et al. Clinical oral investigations. 2006;10(1):42-9.

Sonmez H, et al.Journal of oral rehabilitation. 2001;28(3):280-5.


Etiologia
Locais

Sistêmicos
Sociais

Ambientais
Genéticos
Modelo Heurístico
Maixner et al. J pain. 2011; 12: T4
Slade et al. J Pain. 2013: 14:T116
Etiologia
“...para que um dado fator etiológico possa causar um

sinal ou sintoma de DTM, ele deve ser maior que a

tolerância fisioestrutural”
Okeson, 2013
TOLERÂNCIA FISIOESTRUTURAL

Fatores constitucionais

Doenças agudas e crônicas

Condicionamento físico

Eficácia dos sistemas de


modulação da dor
ETIOLOGIA DAS DTM AAOP, 2013

Fatores Desencadeantes - precipitam início

Fatores Predisponentes - aumentam o risco

Fatores Perpetuantes - interferem com a cura e


favorecem progressão

Trauma Fatores Genética


Sistêmicos Fatores Fatores
Anatomia Locais Psicossociais
Disfunção Temporomandibular

Fatores etiológicos

Gênero
- Mulher: Homem = 2:1 (população)
> 4:1 (clínica)
Drangsholt, LeResche. IASP. 1999

- Uso de contraceptivo e reposição


hormonal - maior prevalência (20 - 30%)
LeResche. Crit Rev Oral Biol Med.1997

- Após puberdade - maior prevalência


- Menopausa - menor prevalência
LeResche et al. Pain.1997
LeResche et al. Pain.2005
Wang et al. Med Hyphotesis. 2008
Yu et al. Med Hyphotesis. 2009
Disfunção Temporomandibular
Fatores etiológicos

Traumas
Qualquer força aplicada nas estruturas mastigatórias que
excede a carga funcional normal.
American Academy of Orofacial Pain, 2013

Macrotrauma Microtrauma

Curto período de Longo período de


tempo tempo

Alta intensidade Baixa intensidade


American Academy of Orofacial Pain, 2013
Okeson, 2013
Disfunção Temporomandibular
Fatores etiológicos

Macrotrauma Direto
- Pacientes com DTM relatam traumas físicos mais frequentemente.
Ohrbach et al. J Pain. 2011

- Outros traumas diretos: abertura bucal ampla e prolongada.


(extração do terceiro molar e tratamento endodôntico)
Huang, Rue. JADA. 2006
Sahebi et al. J Dent Res Dent Clin Dent Prospects. 2010

Huang et al. Am J Public Health. 2014


Disfunção Temporomandibular
Fatores etiológicos

Macrotrauma Indireto
Trauma de chicote: mais prevalente em pacientes
com DTM

• Iniciador
• Perpetuante

Haggman-Henrikson et al. J Oral Rehabil. 2014


Disfunção Temporomandibular
Fatores etiológicos

Microtrauma
Hábitos Parafuncionais
• Morder objetos
• Marcar chiclete
• Onicofagia
• Mastigação unilateral
• Moder lábios e bochechas
• Movimentos mandibulares sem propósito definido
• Bruxismo da vigília
• Bruxismo do sono
Ohrbach et al. J Pain. 2013
Disfunção Temporomandibular
Fatores etiológicos

Hábitos Parafuncionais

Okeson, 2013
Disfunção Temporomandibular
Fatores etiológicos
Oclusão
Disfunção Temporomandibular

ETIOLOGIA

Oclusão & DTM

PENSAMENTO TRADICIONAL EM OCLUSÃO

Qualquer desvio da normalidade Intervenção

Eliminação dos “fatores de risco oclusais” como medida de


prevenção de futuras doenças.

Rich B., Goldstein G R. New paradigms in prosthodontic treatment planning:


A literature review. J Prosthet Dent, 88(2), p208-214. 2002
Disfunção Temporomandibular

ETIOLOGIA

Oclusão & DTM

O papel etiológico dos fatores oclusais tem sido cada


vez mais questionado.

Baseado em dados epidemiológicos e estudos


sistemáticos, a relação entre oclusão e DTM é
considerada fraca ou inexistente.
AAOP, 1997 ; Zarb et al, 1994; Mohl & Ohrbach, 1992; De Boever et al, 2000;
Selligman & Pullinger, 1989; Clark et al, 1999
Disfunção Temporomandibular

ETIOLOGIA

Oclusão & DTM


Disfunção Temporomandibular

ETIOLOGIA

Oclusão & DTM


Força de associação: quanto mais forte uma associação, mais
provável que seja causal.

1. Oclusão Ideal
2. Oclusal Fisiológica
3. Oclusão Patológica
COM DTM
4. Oclusão Classe I
5. Oclusão Classe II
6. Oclusão Classe III
7. Mordida aberta anterior
SEM DTM
8. Mordida aberta posterior
9. Mordida cruzada anterior
10. Mordida cruzada posterior
11. Mordida aberta
12. Mordida profunda
Seligman, Pullinger, 1991; Pullinger et al., 1993.
Disfunção Temporomandibular

ETIOLOGIA

Oclusão & DTM


Consistência: a relação deve ser condizente com o achado de outros
estudos.

As associações significativas entre tipos específicos de más oclusões e


desenvolvimento de sinais e sintomas de DTM não pôde ser verificada.
Há ainda uma necessidade de estudos longitudinais.

Mohlin et al., 2007


Disfunção Temporomandibular

ETIOLOGIA

Oclusão & DTM


Temporalidade: a causa deve ser anterior a doença.

O tratamento ortodôntico não causa nem previne DTM.


O gênero feminino foi o único preditor de DTM na idade adulta jovem.
Disfunção Temporomandibular
Oclusão & DTM

O papel da oclusão na etiologia das DTMs é menor do que acreditava-se no passado.


Tratamentos invasivos e irreversíveis não são aconselháveis para prevenção e tratamento
da mesma.
A “nova onda” da oclusão…
• Visão crítica dos rígidos padrões tradicionais - estreito

conceito mecanicista.

• Permite liberdade multidimensional dos contatos dentários

estáticos e dinâmicos.

• Mantém o foco no entendimento biológico da função e da

disfunção mandibular.

• Reconhece o potencial adaptativo de muitos componentes

do sistema mastigatório – especialmente as ATMs.

Davies, Gray, 2001


Disfunção Temporomandibular
Fatores etiológicos

Fatores Sistêmicos

• Obesidade
• Artrite Reumatoide
• Osteoartrite
• Fibromialgia
• Depressão
• Migrânea
• Muitos outros…
American Academy of Orofacial Pain, 2013
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs AAOP
De Leeuw, 2013

DTM MUSCULAR DTM ARTICULAR

SEM DOR

COM DOR
Mecanismos de dor envolvidos com as
disfunções temporomandibulares

!38
Aspectos Neuroanatomicos e
Fisiológicos da Dor

- Processamento periférico e central


- Tipos de dor
- Modulação da dor
NERVO TRIGÊMEO

V1- OFTÁLMICO
V2- MAXILAR
V3- MANDIBULAR
Ocorre quando o impulso nociceptivo
atinge o córtex. Início do sofrimento e
comportamento doloroso
Estímulos nocivos –
atividade elétrica nos Percepção
nociceptores.
Transdução
Modulação
Capacidade do SNC de alterar os
impulsos dolorosos.
Transmissão
Eventos que levam os
impulsos nociceptivos
para o SNC

Processamento da Dor
Dor - Informação de Saída!

Tincat St)dio
Aspectos Neuroanatomicos e
Fisiológicos da Dor

- Processamento periférico e central


- Tipos de dor
- Modulação da dor
Fisiopatologia da dor

TIPOS DE DOR

1. DOR PRIMÁRIA X DOR HETERÓPICA

2. DOR AGUDA X DOR CRÔNICA


Fisiopatologia da dor

Dor Primária & Dor Heterópica


Origem e local Origem e local
da dor são o da dor são
mesmo. diferentes

Dor central
Dor projetada
Dor referida

Okeson, 2013
Dor Heterópica - Central
Dor que emana de estruturas do SNC é sentida
perifericamente como dor heterotópica.
Okeson, 2013
Dor Heterópica - Projetada
Dor decorrente de um estímulo nocivo em uma raiz
sensitiva ou tronco nervoso principal e sentida na
distribuição anatômica exata deste nervo.
Okeson, 2013
Fisiopatologia da dor

Dor Heterópica - Referida


- A mais frequente acontece dentro de uma mesma raiz
nervosa, passando de um ramo para o outro.

- Algumas vezes a dor pode ser sentida fora do nervo


responsável por ela, movendo-se cranialmente.

- Na área trigeminal, a dor referida raramente cruza a linha


media, a não ser que se origine na linha média.
Dor Heterópica - Referida
CONVERGÊNCIA
Dor Heterópica - Referida
Dor que se origina em outros ramos do mesmo
nervo ou em outro nervo.
Okeson, 2013
Fisiopatologia da dor

TIPOS DE DOR

1. DOR PRIMÁRIA X DOR HETERÓPICA

2. DOR AGUDA X DOR CRÔNICA


J Prosthet Dent. 1994;72(1):29-38.

ça !
Quadro: As principais características de dor d
e n
o e crônica
o m o aguda

c a c
DOR AGUDA DOR CRÔNICA

ô n i
R c
TEMPOr CURTO LONGO

DO ETIOLOGIA PERIFÉRICA CENTRAL

RESPOSTA
“VIGILANTE" “DEPRESSIVA"
COMPORTAMENTAL

INTERVENÇÃO LOCAL BOA RUIM

Sharav & Benoliel. Dor Orofacial e Cefaleia, 2017


Fisiopatologia da dor

J Prosthet Dent. 1994;72(1):29-38.

Pacientes com dor crônica


são complexos!
SENSIBILIZAÇÃO CENTRAL
- Aumento na excitabilidade/função de neurônios e
circuitos das vias nociceptivas e redução no
mecanismo inibitório.
- É uma manifestação da plasticidade que ocorre no
sistema nervoso somatosensorial.

X X
Redução do limiar da dor
X
X X
Somação Temporal
X X
X
Disfunção do Controle
Inibitório Nociceptivo
A Neuroplasticidade pode envolver
neurônios aferentes, eferentes e
autonômicos

!57
EFEITOS EXCITATÓRIOS
CENTRAIS

• Alodinia

• Hiperalgesia

• Dor referida

• Lacrimejamento e vermelhidão da córnea

• Vermelhidão e edema da face

• Rinorréia e congestão nasal


!59
Avaliação do limiar

de dor à pressão

(LDP)
Limiar de dor a pressão (LDP) para as
regiões cefálica e extracefálica entre
os indivíduos com DTM dolorosa e
controles.

6 p<0,001
4 p<0,001
2

0
Área Trigeminal Área Extratrigeminal

Controle DTM
!62
Filamentos de Von Frey

Alodínia Mecânica Estática
Média de classificação da dor após estimulação
vibrotátil para as regiões cefálica e extracefálica
entre os grupos Controle e DTM Dolorosa.

p<0,001
40

30

20
p<0,001
10

0
Área Trigeminal Área Extratrigeminal
Controle DTM
Avaliação Clínica da
Sensibilização Central
CSI
Mayer et al. 2012
Aspectos Neuroanatomicos e
Fisiológicos da Dor

- Processamento periférico e central


- Mecanismos/Tipos de dor
- Modulação da dor
Ocorre quando o impulso nociceptivo
atinge o córtex. Início do sofrimento e
comportamento doloroso
Estímulos nocivos –
atividade elétrica nos Percepção
nociceptores.
Transdução
Modulação
Capacidade do SNC de alterar os
impulsos dolorosos.
Transmissão
Eventos que levam os
impulsos nociceptivos
para o SNC

Processamento da Dor
12 anos de dor
Cuida da

Mãe

Doente

Depressão

L.E.R.

Gastrite
Hipertensão !69
Modulação da Dor

Modulação Condicionada
da Dor (CPM)

Estímulo
Teste

Estímulo
Condicionante

(LEWIS, RICE, MCNAIR, 2012; SVENSSON, ELIAV, BENOLIEL, 2013)


Modulação da Dor

Modulação Condicionada
da Dor (CPM)

Saudável Dor Crônica/SC

(LEWIS, RICE, MCNAIR, 2012; SVENSSON, ELIAV, BENOLIEL, 2013)


Dor Centralizada
- Dor multifocal
- Distúrbio do sono (insônia)
- Problemas com memória
- Fadiga
- Alterações de humor
- Sensibilidade aumentada a outros
estímulos.
- Dor mais intensa
- Piora da qualidade de vida
- Pior prognóstico
Williams & Clauw 2009
Nijs et al. 2016

Fatores de Risco 


✴ Estresse na infância (Jones et al 2007 - ACR meeting)


✴ Síndromes dolorosas periféricas (+duração): AR, OA, DTM
muscular (Clauw et al 1997; Sarzi-Puttini et al. 2011)
✴ Trauma físico: acidente carro (McBeth 2006)
✴ Eventos catastróficos (não naturais) (Clauw et al 2003)
✴ Infecções (Ablin et al 2009)
✴ Estresse psicológico (Clauw et al, 1997)
✴ Genética/História Familiar (Mogil 1999; Diatchenko et al 2005; Buskila et
al. 2006)
✴ Sexo Feminino (Stisi et al, 2007)

86
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs AAOP
De Leeuw, 2013

DTM MUSCULAR DTM ARTICULAR

SEM DOR

COM DOR
Disfunção
da
Articulação
Temporomandibular
Componentes
da
ATM

Corte anatômico da ATM direita, plano sagital


(Foto cedida pela Profa. Dra. Ticiana Capote )
DTM Articular

Classificação das Disfunções Articulares

1. DOR ARTICULAR
Artralgia
Artrite

2. DISFUNÇÃO ARTICULAR
Desarranjo do complexo disco-côndilo

3. DOENÇAS ARTICULARES
Doenças articulares degenerativas
Artrite sistêmica

4. FRATURAS

5. DISFUNÇÕES CONGÊNITAS E DE DESENVOLVIMENTO


American Academy of Orofacial Pain, 2013
DTM Articular
Dor Articular
ARTRALGIA
Manifestação de um processo inflamatório.
(Siqueira e Teixeira, 2012)

carga funcional perda da capacidade


adaptativa

Função ATM INFLAMAÇÃO

capacidade
adaptativa EVENTO

Adaptado de Cairs, BE. J Oral Rehabil. 2010; 37:410


DTM Articular

Dor Articular
ARTRALGIA
Dor localizada, exacerbada pela função e carga articular posterior;

Pode haver edema flutuante (alterações oclusais);

Restrição do movimento mandibular;

Otalgia reflexa.

Aumento da atividade neuronal


trigeminal (sensibilização central)

American Academy of Orofacial Pain, 2013


Okeson, 2013
DTM Articular

Classificação das Disfunções Articulares

1. DOR ARTICULAR
Artralgia

2. DISFUNÇÃO ARTICULAR
Desarranjo do complexo disco-côndilo

3. DOENÇAS ARTICULARES
Doenças articulares degenerativas
Artrite sistêmica

4. FRATURAS

5. DISFUNÇÕES CONGÊNITAS E DE DESENVOLVIMENTO


American Academy of Orofacial Pain, 2013
DTM Articular

Disfunção Articular
Desarranjo do complexo disco-côndilo
Relação anormal ou mal alinhamento entre
disco articular e côndilo.
(Okeson, 2013)

Incidência maior na adolescência tardia.


( 3 vezes > meninas)

Huddeleston Slater et al. J Orofac Pain. 2007; 21:55


DTM Articular
Desarranjo do complexo
disco - côndilo

ESTUDO POPULACIONAL DOS SINAIS E


SINTOMAS DA DTM

Gonçalves et al. J Orofac Pain. 2010; 24:270

90,0%$
77,9%
80,0%$

70,0%$

60,0%$

PERFIL DOS PACIENTES QUE 50,0%$

PROCURARAM TRATAMENTO NA 40,0%$

FOAr - UNESP, 2009-2011 30,0%$


18,4%
20,0%$

(Arquivos pessoal) 10,0%$ 3,7%


0,0%$
Sem$DTM$ Desarranjo$ar:cular$ DTM$dolorosa$
DTM Articular

Disfunção Articular

Desarranjo do complexo disco-côndilo

PROVÁVEL CAUSA: estiramento ou rompimento de ligamentos que


unem o disco e o côndilo.

COM REDUÇÃO

DESLOCAMENTO DO DISCO

SEM REDUÇÃO

American Academy of Orofacial Pain, 2013


Okeson, 2013
DTM Articular
Disfunção Articular
Deslocamento do disco

com redução

Alongamento permanente dos ligamentos


colaterais;
(Valle, 2015)

Disco desalojado (anterior e medial);

Morfologia do disco alterada;

Redução do disco (estalido).


American Academy of Orofacial Pain, 2013
Okeson, 2013
(Valle, 2015)
DTM Articular
Deslocamento do disco
com redução

Características clínicas
Estalido;

Amplitude dos movimentos normais;

Desvio ipsilateral no movimento de abertura

bucal.

American Academy of Orofacial Pain, 2013


Okeson, 2013
DTM Articular
Disfunção Articular
Deslocamento do disco

sem redução
Maior alongamento dos ligamentos
colaterais;
(Valle, 2015)

Perda da elasticidade da lâmina retrodiscal;

Morfologia do disco alterada;

Capacidade de redução do disco é perdida.


American Academy of Orofacial Pain, 2013
Okeson, 2013 (Valle, 2015)
DTM Articular
Deslocamento do disco
com redução
Características clínicas
Ausência de ruídos;

Deflexão ipsilateral no movimento de abertura bucal;

Limitação na amplitude dos movimentos mandibulares.


American Academy of Orofacial Pain, 2013
Okeson, 2013

25 a 30 mm

~ 6 mm
DTM Articular

Classificação das Disfunções Articulares

1. DOR ARTICULAR
Artralgia
Artrite

2. DISFUNÇÃO ARTICULAR
Desarranjo do complexo disco-côndilo

3. DOENÇAS ARTICULARES
Doenças articulares degenerativas
Artrite sistêmica

4. FRATURAS

5. DISFUNÇÕES CONGÊNITAS E DE DESENVOLVIMENTO


American Academy of Orofacial Pain, 2013
DTM Articular
Doenças Articulares
Doenças articulares degenerativas
"Grupo heterogêneo de
condições que leva a sinais
e sintomas articulares que
são associados com
defeitos da integridade da
cartilagem articular, além
de mudanças no osso
subcondral"

American College of Rheumatology, 2007


DTM Articular

Doenças Articulares
Degenerativas
PRIMÁRIA
Não há fatores etiológicos local ou sistêmico – é idiopática.

SECUNDÁRIA
Há fatores etiológicos local ou sistêmico.
Exemplo: trauma direto na ATM, infecção na ATM, artrite
sistêmica ativa.

(Palla, 2004)
DTM Articular
Sinais e Sintomas
Deterioração e abrasão do tecido articular
Remodelação concomitante do osso subjacente
Dor à palpação e a função mandibular (processo ativo)
Presença de crepitação
American Academy of Orofacial Pain, 2013
Okeson, 2013
DTM Articular

Classificação das Disfunções Articulares

1. DOR ARTICULAR
Artralgia
Artrite

2. DISFUNÇÃO ARTICULAR
Desarranjo do complexo disco-côndilo

3. DOENÇAS ARTICULARES
Doenças articulares degenerativas
Artrite sistêmica

4. FRATURAS

5. DISFUNÇÕES CONGÊNITAS E DE DESENVOLVIMENTO


American Academy of Orofacial Pain, 2013
DTM Articular

Doenças Reumatológicas
Artrite Reumatoide

Prevalência: 1% 10 - 53%
65%
Mulheres Helenius et al. Oral Med Oral Pathol Oral
Radiol Endod. 2005; 99:455

Idade: 40 a 50 anos
78%

91%

65%

50%
American Academy of Orofacial Pain, 2013
Okeson, 2013
Siqueira e Teixeira, 2012
DTM Articular

"Doenças Reumatológicas afetam com


frequência a ATM e causam disfunção
articular, portanto devem ser parte do
diagnóstico diferencial na dor articular
da ATM"
Siqueira e Teixeira, 2012
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs AAOP
De Leeuw, 2013

DTM MUSCULAR DTM ARTICULAR

SEM DOR

COM DOR
DTM
MUSCULAR
Anatomia do Sistema Estomatognático

Músculos da Mastigação

1. Masseter

Origem:
Porção superficial: dois terços
inferiores do arco zigomático

Porção profunda: superfície medial


do arco zigomático

Função:
Elevador da mandíbula;
Inserção: superfície lateral do ramo ascendente e
ângulo da mandíbula

Anatomia do Sistema Estomatognático

Músculos da Mastigação
2. Temporal
Origem:
Fossa Temporal: Feixe anterior

Feixe médio

Feixe posterior

Inserção:
Processo coronóide e borda anterior
do ramo ascendente da mandíbula.

Função:
Elevador da mandíbula;

Anatomia do Sistema Estomatognático

Músculos da Mastigação
3. Pterigoideo lateral

Músculo Pterigoideo

Lateral Superior

Origem: superfície infratemporal


da asa maior do osso esfenoide.

Músculo Pterigoideo

Lateral Inferior
Origem: superfície lateral da
lâmina late ral do proce sso
pterigoideo do osso esfenoide.

Anatomia do Sistema Estomatognático

Músculos da Mastigação
3. Pterigoideo lateral
Músculo Pterigoideo Lateral
Inserção (S): disco articular

Superior

Músculo Pterigoideo Lateral


Inferior

Função:
Contração bilateral: protrusão

Contração unilateral: lateralidade

Inserção (I): capsula articular e


colo da cabeça da mandíbula

Anatomia do Sistema Estomatognático

Músculos da Mastigação

4. Pterigoideo medial
Função:

Elevação da mandíbula

Auxilia na protrusão mandibular

Inserção: porções posterior e


inferior da superfície interna do
ramo ascendente e ângulo da
mandíbula

Origem: superfície medial da


Músculo Pterigoideo
lâmina late ral do pro ce sso
Medial
pterigoideo do esfenoide.

Anatomia do Sistema Estomatognático

Músculos Supra - hioideos


Função:

Depressão da mandíbula

Músculo Digástrico
Anterior Músculo Digástrico
Posterior
Origem:
processo geniano
Origem: depressão
do processo
mastoideo.

Músculo milo-hioideo

Ligamento estilo - hioideo


Músculo genio-hioideo
Tendão intermediário
- osso hioideo -
DTM MUSCULAR
Condições clínicas relacionada à dor na região dos músculos da

mastigação, faciais e cervicais.

Figura 1: Pacientes que procuraram tratamento na


FOAr/UNESP. Araraquara. 2009 - 2011
Queixa mais comum de pacientes
que procuram tratamento;

Frequentemente associado a outros


diagnósticos

Podem representar mais de 85% dos


casos.
Okeson, 2013; Oliveira, 2015
DTM MUSCULAR

A DOR é o principal sintomas que leva o paciente a procurar por


tratamento!!
Oliveira, 2015

Principais áreas de queixa de dor

espontânea nos pacientes com

DTM muscular

Fernández-de-las Penãs et al. J Pain. 2010


COCONTRAÇÃO PROTETORA

Resposta inicial de um músculo a um estímulo proprioceptivo


alterado ou injúria (ou ameaça de injúria).

Um evento etiológico:
• Macrotrauma;
Relação Temporal
• Modificação proprioceptiva periodontal;
Dor aguda
• Parafunção;
• Estresse emocional marcante.

Grupos musculares antagonistas são


ativados na tentativa de proteger a
parte danificada.
Okeson, 2013; Oliveira, 2015
COCONTRAÇÃO PROTETORA

Resposta fisiológica normal do sistema


musculoesquelético!
Características clínicas:

• Movimentos funcionais tendem a provocar dor;

• Limitações funcionais aos movimentos mandibulares;

• Dor mínima ou ausente no repouso;

• Sensação de fraqueza muscular

• Palpação não provoca dor intensa

Okeson, 2013; Oliveira, 2015


DTM MUSCULAR

Salvador Dalí
DTM MUSCULAR

Se a cocontração protetora se mantiver por horas ou


dias o tecido muscular pode ficar comprometido.

Lent, 2010

Okeson, 2013

Oliveira, 2015
DTM MUSCULAR

Sensibilização Periférica

Lent, 2010

Okeson, 2013

Oliveira, 2015
DOR MUSCULAR LOCAL

Condição caracterizada por alterações no ambiente local dos


tecidos musculares.

Eventos associados:
• Cocontração protetora prolongada
• Trauma tecidual local
• Uso não rotineiro dos músculos
• Níveis aumentados de estresse emocional

Há uma relação
Lent, 2010 temporal com um
Okeson, 2013 evento

Oliveira, 2015 desencadeante!


DOR MUSCULAR LOCAL

Condição caracterizada por alterações no ambiente local dos


tecidos musculares.

Eventos associados:
• Cocontração protetora prolongada
• Trauma tecidual local
• Uso não rotineiro dos músculos
(bruxismo do sono)
• Níveis aumentados de estresse emocional

Lent, 2010
Okeson, 2013
Oliveira, 2015
DOR MUSCULAR LOCAL
Dor muscular tardia
Sensibilidade Muscular Pós - Exercício

Sobreuso de músculos não condicionados

Início: 8 - 24 horas após o sobreuso


Duração: 1 - 2 dias
Resolução: 5 - 7 dias

Mense, 2000
Lent, 2010
Okeson, 2013
Oliveira, 2015
DOR MUSCULAR LOCAL
Dor muscular tardia
Sensibilidade Muscular Pós - Exercício

Características clínicas:

• Repouso sem dor;

• Movimentos funcionais tendem a provocar ou exacerbar a dor;

• Limitações funcionais aos movimentos mandibulares

• Enfraquecimento da força muscular

• A palpação exacerba a dor

Okeson, 2013
Oliveira, 2015
Tabela 1. Modelo de Regressão Logística Multivarido para a presença de DTM dolorosa

Variáveis Independentes Regressão Logística Multivarida


n valor de p OR 95% IC
Bruxismo do sono Não 661
Sim 433 0,000 1,8 1,34-2,43

Bruxismo em Vigília Não 730


Sim 364 0,001 2,1 1,56-2,83

Outros hábitos parafuncionais Não 122


Sim 972 0,014 2,2 1,17-4,08

Dores no corpo Não 453


Sim 641 0,000 5,0 3,48-7,29
Modelos de estudo da
associação entre
bruxismo em vigília
e DTM

Modelos experimentais de dor


induzida: indivíduos saudáveis
Masseter

Temporal

LDP diminuiu apenas após o


esforço prolongado de baixa
intensidade!
Alterações

sensitivas e funcionais

- Imediatamente e após 48 horas -


• Intensidade da dor (EVA)
• Fadiga
• Número de pontos dolorosos a palpação
• Máxima abertura bucal (sem dor)
• Limiar de dor à pressão
• Diagnóstico “temporário" de dor miofascial
(RDC/TMD): 77,5%
2017
Bruxismo em vigília:
Modelos de estudo da
Indivíduos
associação entre
Saudáveis/DTM
bruxismo em vigília
e DTM

Modelos experimentais de dor


induzida: indivíduos saudáveis
Redução do limiar de dor à pressão
- sensibilização periférica -

Frequência dos episódios


(5:1 - 10% MCV; 10:1 - 30% MCV)
Níveis musculares de citocinas pró e anti-inflamatórias em pacientes (IL-6,
IL-7, IL-8 e IL13).
Limiar de dor à pressão em pacientes.

Aumento nos níveis


musculares de citocinas
em ambos os grupos.
Oral Behavior Checklist
Ohrbach et al. J Dent Res. 2004; 83: 1194

Comportamentos orais
parafuncionais foram fatores
preditivos para incidência de DTM
(RR: 1,75 95% IC: 1,28 - 2,39).
O comportamento de
apertamento diurno pode
ser regulado por um
alerta - lembrete!
Í !
A
R
PO Estratégia promissora para
EM
V
correlacionar o auto relato do
bruxismo em vigília e os sintomas
experimentados pelos pacientes
Manfredini D. https://julianadentista.com/category/bruxismo-2/
Toxina botulínica

Neurônio Motor

BTX

AcetiLcolina A TOXINA
BOTULINICA REDUZ
Contração A FORÇA
Muscular
MUSCULAR!
Não expostos expostos
DOR MIOFASCIAL
Dor miogéna regional caracterizada por
áreas locais de bandas musculares firmes
e hipersensíveis (pontos de gatilho)

Okeson, 2013

Condição frequente nos centros de dor!

Mais frequente no gênero feminino (79 - 84%).


Oliveira, 2015
DOR MIOFASCIAL
Características Clínicas:

• Disfunção estrutural: leve diminuição

na velocidade de amplitude do

movimento mandibular;

• Dor referida sentida mesmo em

repouso;

• Aumento da dor durante a função;

• Bandas tensas musculares com


Travell & Simons. Myofascial Pain and Dysfunction, 1999
pontos de gatilho - dor referida Okeson, 2013
Oliveira, 2015
DOR MIOFASCIAL

Dor miogéna regional caracterizada por

áreas locais de bandas musculares firmes

e hipersensíveis (pontos de gatilho)

Áreas hipersensíveis localizadas em tecidos


musculares.

Etiologia Multifatorial

Travell & Simons. Myofascial Pain and Dysfunction, 1999


DOR MIOFASCIAL
Pontos de Gatilho
Fatores Desencadeantes e Perpetuantes:

• Esforços repetitivos de baixa intensidade;

• Posturas sustentadas;

• Tensão muscular;

• Fatores hormonais;

• Doenças infecciosas, inflamatórias e imunológicas;

• Nutrição inadequada;

• Falta de condicionamento físico;


Bron & Dommerholt. Curr Pain Headache Report. 2012
• Estresse psicológico aumentado
Delgado et al. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2009
EVOLUÇÃO HUMANA??
DOR MIOFASCIAL

Pontos de Gatilho
Nódulos endurecidos, circunscritos e
sensíveis a palpação.

ATIVO LATENTE
Dor Espontânea Não há dor espontânea

• Local Dor local (pressão digital)

• Referida

Travell & Simons. Myofascial Pain and Dysfunction, 1999


DOR MIOFASCIAL

Pontos de Gatilho

Bradicinina
Prostaglandinas
CGRP
Substância P
TNF - alfa
Interleucinas

McNulty et al. Psychophysiology. 1994


Travell & Simons. Myofascial Pain and Dysfunction, 1999
Okeson, 2013
Oliveira, 2015
DOR MIOFASCIAL

Pontos de Gatilho
Ativo
CRITÉRIO DE DIAGNÓSTICO
1. Dor espontânea localizada na área de
referência;
2. Banda tensa, palpável no músculo que
apresenta o ponto de gatilho
3. Enfraquecimento muscular devido a dor,
sem atrofia
4. Redução na amplitude de movimento.

Travell & Simons. Myofascial Pain and Dysfunction, 1999


DOR MIOFASCIAL

Pontos de Gatilho

Padrão de Referência

Músculo Temporal

(40 - 50%)

Travell & Simons. Myofascial Pain and Dysfunction, 1999


Benoliel & Sharav. Curr Pain Headache Rep. 2010
DOR MIOFASCIAL

Pontos de Gatilho

Padrão de Referência

Músculo Pterigoideo
Lateral

(40 - 50 %)

Travell & Simons. Myofascial Pain and Dysfunction, 1999


Benoliel & Sharav. Curr Pain Headache Rep. 2010
DOR MIOFASCIAL

Pontos de Gatilho

Padrão de Referência

Músculo Masseter

(60 %)

Travell & Simons. Myofascial Pain and Dysfunction, 1999


Benoliel & Sharav. Curr Pain Headache Rep. 2010
DOR MIOFASCIAL

Pontos de Gatilho

Padrão de Referência

Músculo Pterigoideo
Medial

(40 - 50 %)

Travell & Simons. Myofascial Pain and Dysfunction, 1999


Benoliel & Sharav. Curr Pain Headache Rep. 2010
DOR MIOFASCIAL

Pontos de Gatilho

Padrão de Referência

Músculo
Esternocleidomastoideo

(30 - 45 %)

Travell & Simons. Myofascial Pain and Dysfunction, 1999


Benoliel & Sharav. Curr Pain Headache Rep. 2010
DOR MIOFASCIAL

Pontos de Gatilho

Padrão de Referência

Músculos
Cervicais Posteriores

(30 - 45 %)

Travell & Simons. Myofascial Pain and Dysfunction, 1999


Benoliel & Sharav. Curr Pain Headache Rep. 2010
DOR MIOFASCIAL

Pontos de Gatilho

Padrão de Referência

Músculo Trapézio

(30 - 45 %)

Travell & Simons. Myofascial Pain and Dysfunction, 1999


Benoliel & Sharav. Curr Pain Headache Rep. 2010
DOR MIOFASCIAL

Pontos de gatilhos ativos podem se tornar latentes!

CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS

1. Sensibilidade local sem dor referida

2. Redução na amplitude de movimento

3. Fraqueza e fadiga muscular


CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs AAOP
De Leeuw, 2013

DTM MUSCULAR DTM ARTICULAR

SEM DOR

COM DOR
Avaliação e Diagnóstico
- Disfunção Temporomandibular -
Como estabelecer um correto diagnóstico?
A. ANAMNESE
Queixa Principal
História Médica
História Odontológica
História Psicossocial
1. EXAME CLÍNICO
B. EXAME FÍSICO
Avaliação dos movimentos mandibulares
Palpação dos mm. da mastigação
Palpação das ATMs
Palpação dos músculos cervicais
Exame intraoral

2. EXAMES COMPLEMENTARES
ANAMNESE

American Academy of Orofacial Pain, 2013


Padrão e extensão dos movimentos
2. RUÍDOS ARTICULARES
3. PALPAÇÃO MUSCULAR
DC/TMD
!154

Schiffman, et al. J Oral Facial Pain Headache 2014; 28:6-27


- Hipertensão.
- Problemas digestivos (sem diagnóstico
específico).
- Síndrome do Intestino Irritável.
- Infecções urinárias recorrentes.
- Sono leve e não reparador.
- Alterações circulatórias/varizes.

- Depressão e ansiedade.
- Somatização: dor de estômago, lombalgia, dor no peito,
tontura, taquicardia, constipação intestinal, náuseas, fadiga.
- Estresse emocional intenso nos últimos 5 anos.
- Vida social restrita por causa da dor .
Casuística)–)FOAr/UNESP)
2007)8)2014)
Dor'Espalhada'CorMo' 92%

673 pacientes - 38 anos (18-76 anos) - 76% Mulheres


Cefaleias'Primárias' 88.8%
82.9%
492 (73%) DTM Dolorosa
Somatização'
Depressão' 73.5%

CerEicalgia/Lombalgia' 59.3%

Sedentarismo' 58.9%

Sinusite/Rinite' 48.9%

Gast@ite/Úlcera' 31%

Hiper=ensão' 18.4%

Otite' 17.8%

Fibromialgia' 13.4%

Alterações'Reumatológicas' 12.6%

Asma/Bronquite' 10.1%
!156
Diabete' 4.6% 27
A DTM NO CONTEXTO
INTERDISCIPLINAR DA DOR
Pacientes não são
“mono-sintomáticos”
ou
“uni-patológicos”.
Croft et. al., 2007

Dores crônicas parecem ser comórbidas.


Aaron &Buchwald, 2001
5
Síndromes Dolorosas Funcionais

"Conjunto de condições cujo o relato clínico de dor é

desproporcional aos achados físicos correspondentes"

Diatchenko et al., 2006

"Condições cujo a classificação é baseado nos sintomas,

pois não expressam patologias significante nos órgãos

envolvidos, como sintomas primários"

Gonçalves & Camparis, 2015


Trauma DTM
Cervical/ Fibromialgia
Golpe de
Chicote Síndrome
Intestino
Zumbido
Irritável
crônico
Cistite
Cefaléias intersticial
Dor pélvica
crônicas
crônica (Diatchenko et al., 2006)
Amplificação da Dor
Associação entre a intensidade da dor por DTM e o número de comorbidades

Dahan et al., 2015


DTM & Fibromialgia
Fibromialgia
Dor musculoesquelética caracterizada por um conjunto

de manifestações:

• dor espalhada por todo o corpo

• fadiga

• distúrbios do sono

• redução dos movimentos

• alterações em funções psicológicas

• problemas de memória, concentração, humor


Gonçalves & Camparis,2015
Fibromialgia
• Aproximadamente 6 a 20% da população

• Mulheres: 70 a 90%

• Brancas: 90%

• Faixa de idade: 10-55 anos

Petean & Fernandes, 2015


DTM & Fibromialgia

A prevalência da fibromialgia em pacientes com DTM


dolorosa é bastante elevada (7-82%).
Gonçalves & Camparis, 2015

A prevalência de DTM em pacientes com fibromialgia


também é elevada.

77,5%
Fibromialgia
40,0%

10,0% dor muscular


Controle
10,0% dor articular
Pimentel et al, 2013
DTM & Fibromialgia

Pacientes com fibromialgia apresentam um risco maior para o


desenvolvimento da DTM dolorosa severa e sintomas de incapacidade.
DTM & Fibromialgia

A fibromialgia está associada com a persistência da DTM dolorosa


severa e sintomas de incapacidade.
DTM & Fibromialgia

• A prevalência de fibromialgia em pacientes com DTM dolorosa é

elevada;

• A presença de fibromialgia está associada com a presença e

persistência da DTM dolorosa severa com sintomas de incapacidade;

• A fibromialgia pode colaborar no processo de cronificação da DTM;

• Dificuldade no manejo e tratamento desses pacientes!

Velly et al., 2010; Gonçalves & Camparis, 2015


DTM & Cefaleias
Cefaleias

Cefaleia é uma experiência

humana quase universal e

pode representar a expressão

final de uma ampla variedade

de agressões ao sistema

nervoso humano
Candy et al., 2002

IHS, 2004
SINAIS DE ALERTA
• Primeira ou pior dor da vida

• Início súbito ou após esforço físico

• Idade maior que 50 anos

• Presença de fator de risco

• Piora progressiva

• Presença de febre e/ou vômito e/ou sinais meníngeos

• Presença de alterações ao exame físico neurológico


Campos, 2015
Migrânea Tipo Tensional
12-18% Prevalência 52%

4-72 horas Duração 30 minutos - 7 dias

Pulsátil, latejante Qualidade da dor Pressão, aperto

Unilateral Localização Bilateral

Forte Intensidade Fraca ou moderada

Esforço ou atividade
física Fatores agravantes Não há

Foto e fonofobia Foto ou fonofobia


Outros sinais
Náuseas e/ou vômitos Ausência de náuseas
IHS, 2004
Epidemiologia da DTM
Observações
Clínicas

Implementação de Epidemiologia
Mudanças Práticas
Ciclo
Analítica
Epidemiológico

Identificação de
Estudos Clínicos
Fatores de Risco
Controlados
Modificáveis

Lilienfield e Stolley
DTM & Cefaleias

Distribuição das cefaleias


primáriasnapopulaçãoRP/SP

CCD
2,9%

CTT
E 17,4%
Migr
ânea
20,8%
DTM & Cefaleias

Franco et al., 2010


DTM & Cefaleias

Clin J Pain, 2011

A severidade da DTM está associada com a


frequência das cefaleias.
DTM & Cefaleias

Adolescentes com DTM dolorosa apresentam maiores chances de


apresentar migrânea.

Fernandes et al., 2014


Dados em preparação
s t a
ro l ogi
Neu
D - 3
IC H
e at al -
r b i tom
Linha o DT M
l is t a
eci a
Esp
DTM & Migrânea

Cady et. al., 2002


Cady, 2007
Fisiopatologia da Migrânea
Depressão
Cortical
Alastrante

Inibição
o
Excitaçã

e r exci t áve l
cérebro hip

Tronco
Encefálico/
Sistema
Trigeminal
Dismodulação
DTM & Migrânea

Depressão Cortical Alastrante


Ou
Mecanismos Similares

a ç ão
DOR si biliz
Sen t r al
Cen

Sensibilização Alodínia Cefálica


Ativação Dor / DTM
Do Núcleo Caudado
V1 / V2 / V3
do Trigêmeo
Treatment of comorbid migraine and temporomandibular
disorders: a factorial, double-blind, randomized, placebo-
controlled study.
Gonçalves DAG, Lipton RB, Camparis CM, Speciali JG, Castanharo SM, Ujikawa L, Bigal ME
J Orofac Pain. 2013 Fall;27(4):325-35. doi: 10.11607/jop.1096.

10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
Baseline 1 2 3 4 5 6

1- Propranolol + SS 2- Placebo + SS
3- Propranolol + NOS 4- Placebo + NOS
DTM & Cefaleias
• A prevalência de migrânea em pacientes com DTM dolorosa é alta e

vice-versa;

• A presença da migrânea está associada a maior intensidade de dor

da DTM dolorosa;

• A frequência da migrânea está associada com o aumento da

severidade da DTM;

• A migrânea pode colaborar no processo de cronificação da DTM e

vice-versa;

• Dificuldade no manejo e tratamento desses pacientes!


Silva et al., 2011; Gonçalves & Camparis, 2015
“... porque acima de tudo há um
ser humano a ser tratado.”
(Graff-Radford, 2007)
Saúde ≠ Ausência de Doença
Reabilitação:
Recuperação total ou parcial da saúde física e/ou
mental.

A reabilitação permite ao indivíduo o retorno às suas


atividades normais pela recuperação total ou parcial de suas
funções intelectuais ou psicológicas e físicas perdidas por
trauma ou doença.
Metas no controle de
pacientes com DTM:

• Reduzir ou eliminar a dor;

• Restabelecer função mandibular;

• Reduzir a necessidade de
tratamentos futuros;

• Melhorar a qualidade de vida.


(Academia Americana de Dor Orofacial. Dor Orofacial - Guia de Avaliação, Diagnóstico e
Tratamento. 2013.)
Os sinais sintomas das DTMs
podem ser passageiros e
autolimitantes;

Evitar o uso precoce


de tratamentos
agressivos e
irreversíveis
(AAOP 2013)
OPÇÕES TERAPÊUTICAS
Não invasivos Levemente
Invasivos
(Reversíveis) invasivos
AINES Ajuste oclusal
Aconselhamento
Antidepressivos Cirurgia
Autocuidados
Relaxantes Ortognática
Termoterapia
musculares Reabilitação Oral
Ultrassom
Ansiolíticos
Laser
Corticóides
Terapia Manual
Anti-
TENS
convulsivantes
Placas
Artrocentese
Acupuntura Adaptado de Siqueira &
Artroscopia
Teixeira, 2001
OPÇÕES TERAPÊUTICAS
Ação
Ação Periférica e
Periférica Ação Central
Central
Termoterapia
Autocuidados (?)
Ultrassom Antidepressivos
Aconselhamento (?)
Laser Ansiolítico
TENS
AINES Anti-
Acupuntura
Corticóides convulsivante
Placa (?)
Artrocentese
Agulhamento
Ajuste oclusal
Ortognática
Adaptado de Siqueira &
Teixeira, 2001
Aconselhamento
Aconselhamento e autocuidados

CONSCIENTIZAÇÃO!
O paciente precisa SABER COMO mudar seus
comportamentos

O paciente precisa QUERER mudar o comportamento

O paciente precisa estar DISPOSTO a praticar os novos


comportamentos com frequência

Alencar Jr et al. Oclusão, dores orofaciais e cefaleia, 200


Aconselhamento e autocuidados
“Pacientes bem
informados são mais
propensos a participar
ativamente no seu
cuidado, tomar
decisões mais
conscientes e aderir
totalmente ao
Epstein RM, Alper BS, Quill TE. Communicating evidence for
participatory decision making. JAMA. 2004;291(19):2359-66.
tratamento.”
1) TENHA UMA DIETA MACIA

Evite comidas duras e que exijam muito da


mastigação

Corte frutas e vegetais em pedaços pequenos

Não masque chicletes

Alencar Jr et al. Oclusão, dores orofaciais e cefaleia, 2005


2) MASTIGUE BILATERALMENTE

Reduza a concentração de esforços de apenas


um lado

60%
Procure mastigar os
5% alimentos com os dentes
posteriores em vez dos
anteriores

Alencar Jr et al. Oclusão, dores orofaciais e cefaleia, 2005


3) EVITE HÁBITOS PARAFUNCIONAIS

Alencar Jr et al. Oclusão, dores orofaciais e cefaleia, 2005


4) IDENTIFIQUE EVENTOS QUE
DESENCADEIAM A DOR

p a r a
ç õ e s
a n o t a d e s
Use t iv id a
a r a o r e
revis avam a d e
a g r m e n t
que q u e n t e
on s e m o
c i f ic a
mod amento

p o r t d e
c o m ç õ e s
s it u a d e )
(ex . s ie d a
s , a n
s t r e s
Alencar Jr et al. Oclusão, dores orofaciais e cefaleia, 2005
5) EVITE CAFEÍNA,ÁLCOOL E CIGARRO

Podem perturbar o sono e aumentar a


tensão muscular

Estimulantes podem
estar presentes em:
chá, refrigerantes,
chocolate Alencar Jr et al. Oclusão, dores orofaciais e cefaleia, 2005
7) DURMA BEM

Controle o ambiente em que


H
I dorme
G
I
E Reduza iluminação e barulho
N
E
Deite em colchão confortável
D
O
Evite dormir de barriga para
S baixo
O
N
O Reduza atividades
estimulantes a noite Alencar Jr et al. Oclusão, dores orofaciais e cefaleia, 2005
Autocuidados
Exercícios
Indicações:
• Relaxar os músculos da mastigação

• Aumentar a mobilidade da mandíbula

• Fortalecer os músculos mandibulares fracos

• Melhorar a coordenação muscular e/ou


movimentos articulares
Alencar Jr et al. Oclusão, dores orofaciais e cefaleia, 2005.
Sandro Palla. Mioartropatias do sistema mastigatório e dores orofaciais, 2004.
Abertura bucal

Fortalece
musculatura

Melhora
coordenação
Sandro Palla. Mioartropatias do sistema mastigatório e dores orofaciais, 2004.
Abertura e movimentos laterais controlados

Reduz tônus muscular


Consciência na abertura
Sandro Palla. Mioartropatias do sistema mastigatório e dores orofaciais, 2004.
Abertura contra-resistência

Inibição Recíproca
(Relaxamento Reflexo)

Melhora coordenação

Sandro Palla. Mioartropatias do sistema mastigatório e dores orofaciais, 2004.


TERMOTERAPIA
Aplicação de calor úmido ou gelo:

Dor crônica: calor úmido - bolsa


térmica; 10 a 20 minutos por
local; 3 a 4 vezes ao dia

Dor aguda: gelo - envolvido em


um pano ou bolsa térmica fria por
5 minutos. Alencar Jr et al. Oclusão, dores orofaciais e cefaleia, 2005.
Sandro Palla. Mioartropatias do sistema mastigatório e dores orofaciais, 2004.
Massagem

Sandro Palla. Mioartropatias do sistema mastigatório e dores orofaciais, 2004.


Placa miorrelaxante lisa

Placa de silicone/acetato

Placa reposicionadora anterior

Placa de mordida anterior


Placa Miorrelaxante
✓ Adjunto no controle de sinais e
sintomas de disfunção musculares
dolorosas;

✓ Proteção contra desgaste dental


excessivo;

✓ A d j u n t o n o t r a t a m e n t o d e
disfunções articulares inflamatórias.

Sandro Palla. Mioartropatias do sistema mastigatório e dores orofaciais, 2004.


FARMACOLOGIA

“Uma terapia de suporte"


Farmacoterapia

• Terapia de suporte, sintomática: controle da


dor / inflamação;

• Melhor eficácia quando associada à outras


modalidades de tratamento;

• Sempre oferecer instruções claras sobre dose/


posologia.
Okeson, 2013
TERAPIA FARMACOLÓGICA
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES)

Relaxantes musculares

Antidepressivo

Anticonvulsivante
Tratamento: DTM & Comorbidades

Objetivo: reduzir/eliminar dor; restaurar função; melhorar


qualidade de vida; reduzir necessidade de tratamentos
futuros.

NÃO há uma abordagem isolada que possa atingir o


objetivo!

Identificar fatores contribuintes e comorbidades e planejar


plano de tratamento personalizado de acordo com a
complexidade do caso!

Equipes multidisciplinares!

Educação e Autocuidados!!!
SITES PARA CONSULTA

Sociedade Brasileira de Dor Orofacial (SBDOF): www.sbdof.com

Internacional Association for Study of Pain: www.iasp-pain.org

Sociedade Brasileira de Cefaleias: https://sbcefaleia.com.br

Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor: www.sbed.org.br/

American Academy of Orofacial Pain: www.aaop.org


Araraquara
Equipe FOAr
razil Daniela A G Gonçalves
Pós-Doutorandos
Grupo Pesquisa: Dor Orofacial e Cefaleias Giovana Fernandes
Pós-Graduandos
Paula Jordani
Leticia Campi
Guilherme Vinicius do Vale Braido
Juliana dos Santos Proença
Fernanda Gruninger Mercante
Participantes Externos
Marcelo Bigal- Teva-USA
ACTA - Amsterdam
Frank Lobbezoo
Corine Visscher
Maurits Van Selms
University of Texas
Robert Gatchel
foar.unesp.br Randy Nebblet
University of Naples Frederico II
Ambra Michelotti
Aarhus University
Group: Dor Orofacial e Cefaleias Lene Baad-Hansen
www.facebook.com.br/gapedoc UNIFESP
giovana_fernandes@hotmail.com Helena Hachul de Campos
gfernandes@foar.unesp.br Monica Levy Andersen

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