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TÉCNICAS REFRATIVAS II
João Pessoa
2018
RESUMO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................5
2.PROVA AMBULATÓRIAL........................................................................7
2.1. CAIXA DE PROVA.................................................................................8
2.2. ARMAÇÃO DE PROVA..........................................................................9
2.3. EFEITO TUBULAR.................................................................................9
2.4. ÂNGULO PANTOSCOPICO...................................................................10
2.5. DISTANCIA VÉRTICE............................................................................11
3. VALORAÇÃO ACOMODATIVA................................................................12
3.1. DESENVOLVIMENTO DAS FALHAS DE ACOMODAÇÃO..................13
3.2. COMPONENTES DA ACOMODAÇÃO..................................................14
3.3. DISFUNÇÕES ACOMODATIVAS..........................................................14
3.4. FLEXIBILIDADE ACOMODATIVA.........................................................16
3.5. AMPLITUDE DE ACOMODAÇÃO.........................................................16
3.6. MÉTODOS PARA AVALIAR A ACOMODAÇÃO..................................17
3.6.1 AMPLITUDE DE ACOMODAÇÃO MÉTODO DE SHEARD................17
4. RESERVAS FUSIONAL............................................................................18
4.1. FUSÃO....................................................................................................18
4.2. FUSÃO MOTORA...................................................................................18
4.3. FUSÃO SENSORIAL..............................................................................19
4.4. DEFINIÇÃO.............................................................................................19
4.5. OBJETIVO...............................................................................................19
4.6. REQUESITOS..........................................................................................19
4.7. PROCEDIMENTOS..................................................................................20
5. VISÃO CROMÁTICA...................................................................................20
5.1. MECANISMO DA VISÃO.........................................................................20
5.2. COR E TIPOS DE LUZ.............................................................................21
5.2.1. TIPOS DE LUZ.......................................................................................22
5.2.2. CARACTERÍSTICAS DA COR..............................................................22
5.3. DALTONISMO...........................................................................................23
5.3.1 TIPOS DE DALTONISMO.......................................................................24
5.4. TESTES USADOS PARA VISÃO CROMÁTICA......................................27
5.4.1. ANOMALOSCÓPIO DE NAGEL...........................................................28
5.4.2. LÃS DE HOLMGRNIN...........................................................................28
5.4.3. TESTE DE ISHIHARAS.........................................................................28
5.4.4. TABELAS DE PSEUDOISOCROMÁTICAS..........................................29
5.4.5. TESTE DE FARNSWORTH-MUNSELL.................................................30
5.5. TRATAMENTO..........................................................................................32
6. CAMPO VISUAL...........................................................................................33
6.1 CAMPO VISUAL PERIFÉRICO..................................................................34
6.2 CAMPO VISUAL CENTRAL.......................................................................35
7. AVALIAÇÃO DA LAGRIMA.........................................................................36
7.1. TESTE DE JONES.....................................................................................37
7.2. TESTE DE BUT..........................................................................................38
7.3. TESTE DE SHIMMER................................................................................38
8. TONOMETRIA...............................................................................................39
8.1. TIPOS DE APARELHO PARA MEDIR P.I.O.............................................40
8.2. COMO É REALIZADO A TONOMETRIA...................................................40
9. FÓRMULA FINAL.........................................................................................41
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo maior refletir e demonstrar
praticamente os procedimentos da avaliação visual completa, no intuito de
amparar e orientar o aprendiz e o profissional da área. De natureza instrucional,
a apostila tem como desafio guiar o estudante na prática consciente da
Optometria, fornecendo-lhe as bases teóricas e práticas necessárias à boa
formação técnica acadêmica e posterior exercício da profissão. Amparado em
literatura especializada na definição de conceitos, procedimentos, técnicas e
reflexões epistemológicas; a apostila contempla uma dimensão visual e estética
mediante o uso de imagens para facilitar a exemplificação e a apreensão do
objeto em estudo, no caso, a avaliação visual completa.
A Avaliação Visual Completa são técnicas ou exames que auxiliam o
profissional optometrista no dia a dia, como ferramentas importantes na
avaliação visual que visa ajudar o profissional a medir, quantificar alterações
visuais e descobrir possíveis patologias. Tem como objetivo avaliar o
comportamento da frente de onda emitida pelos exames e equipamentos
refletida pelas estruturas do olho humano. Os resultados do exame vão detectar
a existência da necessidade de compensação visual (erros refrativos): miopia,
hipermetropia e astigmatismo, presbiopia, forias, tropias, reservas fusionais,
flexibilidades, amplitudes, percepção de cores, insuficiências, excessos,
estereopsia, reflexos pupilares, motilidade ocular e patologias.
Para a prática da optometria assim como a oftalmologia estes
procedimentos são de grande valia, pois somente através das técnicas refrativas
seremos capazes de realizar uma avaliação visual completa com todos os
passos da ficha clínica.
Os profissionais de saúde habilitados para realizar este exame são os
optometristas, assim como o oftalmologista, entre outros exames optométricos e
oftalmológicos. O optometrista deve ser capacitado para manipular todos os
equipamentos existentes na área com restrição apenas àqueles equipamentos
que tenha um caráter invasivo ou que seja necessário o uso de alguma droga
(medicamentos).
O optometrista é um especialista da optometria capacitado para avaliação
da capacidade visual por processos ópticos não médicos, possibilitando uma
compreensão dos conhecimentos anatômicos, fisiologia e refrativos, medidas da
córnea, avaliações da lágrima, avaliações do aparelho lagrimal, estruturas do
segmento anterior e posterior, reflexos e todos os testes que devem ser
realizados em todos os pacientes. Isso tudo entendendo que o processo visual
humano não nasce pronto e que se desenvolve a partir do nascimento e que
neste período todo cuidado é necessário para evitar problemas que possa gerar
danos à visão e até mesmo pôr em risco a vida da criança.
A Refração por sua vez é a mudança de direção que a luz sofre ao passar
de um meio para outro com índices diferentes. Exemplo clássico de refração é a
imagem de um lápis dentro de um copo com água. Temos a impressão que o
lápis está torto ou quebrado, isto acontece por que o lápis atravessa um meio de
um certo índice de refração(ar) e passa para outro meio com outro índice de
refração (água) e as imagens se tornam diferentes. E na optometria existem
vários exames e equipamentos para avaliar esta mudança de direção que a luz
sofre ao sair da atmosfera (ar) até chegar à retina do olho humano, passando
por várias estruturas transparentes do olho.
2. PROVA AMBULATÓRIO
Depois de realizada a refração, a dioptria encontrada é montada na
armação de prova e conforme os resultados das técnicas de refração, com a
melhor acuidade visual e o paciente caminha pelo gabinete para avaliar se ele
reporta algum sintoma ao usar a dioptria encontrada ou se o paciente sente-se
confortável.
- Distância pupilar.
- Distância ao vértice.
- Ângulo pantoscópico.
- Altura da ponte.
Figura 03.
Figura 04.
3. VALORAÇÃO ACOMODATIVA
Definições sobre Acomodação
Werner et al (2000) defendem que ao se estudar o mecanismo básico da
acomodação torna-se essencial entender a fisiologia do olho. Assim, os autores
explicam que o olho normal jovem pode facilmente focalizar de perto e de longe
os objetos, isto é, ele pode alterar o foco ou acomodar. De acordo com estes
autores, a palavra "acomodação" tem origem relativamente recente e foi
definitivamente introduzida por Burow em 1841.
Sobre a Acomodação, Dome (2008, p. 174) define-a ao exemplificar que
um objeto no infinito, fixado por um olho emétrope, tem sua imagem focalizada
sobre a retina. “Quando esse objeto se desloca do infinito em direção ao olho e
a imagem retiniana sofre um deslocamento para trás, tornando o indivíduo
hiperópico, há a necessidade de um mecanismo de ajuste.” E é a esse
mecanismo que denominamos acomodação.
O mesmo autor refere que a ligeira turvação da imagem determina,
imediatamente, um estímulo de acomodação, para ajuste da nitidez da imagem
4. RESERVAS FUSIONAL
4.1. FUSÃO
"Tem como finalidade eliminar a disparidade da imagem retiniana.”
"A fusão é um fenómeno binocular em que imagens separadas são percebidas
como única devido ao estimulo de áreas retinianas correspondentes nos 2
olhos."
"Isto está associado com a localização bi-dimensional dos objectos no espaço."
"Existem 2 tipos de componentes, a motora e a sensorial."
4.4 DEFINIÇÃO:
As reservas fusionais representa uma importancia capital, já que condiciona a
existencia de umavisão binocular normal. Estas reservas fusionaissão
particularmente frequentes e necesarias quando a ortoforianão é
perfeitaouquandoocorreheteroforia, assim se evita a diplopia.
4.5 OBJETIVOS:
Medir a amplitude de fusão tanto em convergencia como em
divergencia no paciente.
Definir os valores normais por meio das amplitudes de fusão do
paciente.
Detectar atraves do estudo das fusõesquandoum paciente
requerounão ampliar suas reservas.
4.6.1 DO PACIENTE:
Visão binocular (pontos retinianos correspondentes).
Colaboração e entendimento.
Maiores de 5 anos.
Instruir se necesitamos ajuda (prismas soltos).
4.6.2 DO EXAMINADOR:
Explicar bem o que é diplopia e ponto de recuperação.
Evitar a fadiga do paciente.
4.6.3 DO EQUIPAMENTO:
Calibrar se trabalhocomamblioscopio.
Prismas Risleyou barra de prismas preferivelmente.
Controle de iluminação.
4.7 PROCEDIMENTO:
Amblioscopio.
Barra de prismas.
Prismas soltos.
Controle de iluminação.
5 metros com ponto de fixação para produzirdiplopia.
Adicionar prisma até gerardiplopia: limite de movimento de fusãoem
máximo.
Reservas de convergencia: base EXT.
Reservas de divergencia: base INT.
Diminuir até ter novamentevisãosensivel: ponto de recuperação.
Divergencia longe: 10 a 8 Dpt.
Divergencia perto: 15 a 12 Dpt.
Convergencia longe: 25 a 20 Dpt.
Convergencia perto: 40 a 35 Dpt.
5. VISÃO CROMÁTICA
Determina o estado da visão cromática (visão de cores) do paciente nos
seus aspectos fisiológicos e patológicos. Determina a quantidade de visão
cromática para a atividade laboral que realize o paciente e seu desempenho
cotidiano. Com resultados de tertanomalia, deutanomalia (verde), protanomalia
(vermelho) e tritanomalia (azul).
5.1 MECANISMO DA VISÃO
A luz é a porção do espectro de radiação eletromagnética que conseguimos
perceber através do sentido da visão. A amplitude de onda visível -que se mede
em nanômetros (nm)- varia, dependendo das condições de observação e do
próprio observador, entre 380-400 nm e 700-780 nm.
Visão acromática é o nome dado a um distúrbio/doença que corresponde ao
grau máximo do daltonismo. Um portador de visão acromática não possui
os cones que fazem a recepção das cores vermelha, verde e azul, vendo então
tudo a preto e branco.
5.3 DALTONISMO
Mecanismo
FIGURA 08
Genética FIGURA 09
A mutação genética que provoca o daltonismo sobreviveu pela vantagem dada
aos daltônicos ao longo da história evolutiva.Essa vantagem advém, sobretudo,
do fato de os portadores desses genes possuírem uma melhor capacidade de
visão noturna, bem como maior capacidade de reconhecerem elementos
semiocultos, como animais ou pessoas disfarçadas pela sua camuflagem.
Antônio Cláudio da silva Maciel Página 19
Técnicas Refrativas II
Como o daltonismo é provocado por genes recessivos localizados
no cromossomo X (sem alelos no Y), o problema ocorre muito mais
frequentemente nos homens que nas mulheres. Estima-se que 8% da população
masculina seja portadora do distúrbio, embora apenas 1 % das mulheres sejam
atingidas.
FIGURA 10
Genótipo Fenótipo Detalhes
Mulher com visão Homozigótica não portadora do gene
normal anômalo (DD, normal)
Mulher com visão Heterozigótica portadora do gene anômalo
normal (Dd, normal)
Mulher daltónica Homozigótica recessiva (dd, daltónica)
Homem com visão
Homozigótico dominante (D, normal)
normal
Homem daltónico Homozigótico recessivo (d, daltónico)
Se a mãe não for daltónica nem portadora (DD) e o pai possuir visão normal
(D), nenhum dos descendentes será daltónico nem portador.
Se a mãe possuir visão normal (DD) e o pai for daltónico (d), nenhum dos
descendentes será daltônico, porém as filhas serão portadoras do gene (Dd).
Se a mãe for portadora do gene (Dd) e o pai possuir visão normal (D), há a
probabilidade de 50% dos filhos serem daltónicos e 50% das filhas serem
portadoras do gene.
Se a mãe for portadora do gene (Dd) e o pai for daltónico (d), 50% dos filhos
e das filhas serão daltónicos.
Se a mãe for daltónica (dd) e o pai possuir visão normal (D), todos os filhos
serão daltónicos (d) e todas as filhas serão portadoras (Dd).
Se a mãe for daltônica (dd) e o pai também (d) 100% dos filhos e filhas
também serão daltônicos.
Porém, suas vantagens fazem com que esse teste seja largamente usado, junto
com outros testes destinados a triagens, como o Ishihara. Entre elas, podemos
citar: a presença de pranchas destinadas à detecção de defeitos azul-amarelo,
as quais raramente são encontradas nas outras PIC; os símbolos utilizados são
fáceis de ensinar a crianças, analfabetos, ou a pessoas que tenham
alfabetização com notações de estilos diferentes (chineses, árabes, etc.); é o
teste do tipo PIC mais sensível para diferenciar e classificar os defeitos deutan
e protan.
Como outras opções, temos: teste de Dvorine, produzido nos Estados Unidos
em 1944 e atualizado em 1953, para defeitos vermelho-verde; teste TMC- Tokyo
Medical College, produzido em 1954, com pranchas para detectar defeitos
vermelho-verde e azul-amarelo; teste de Farnsworth "F2", de 1955, que possui
pranchas para detecção de tritanopia, mas foi muito usado para triagem dos
defeitos vermelho-verde, tanto congênitos como adquiridos(8).
A grande vantagem do uso desse teste é que ele pode ser aplicado em
indivíduos com deficiências congênitas ou adquiridas. Porém, seu uso no estudo
das deficiências congênitas é limitado, pois nem sempre consegue classificar o
defeito em protan ou deutan. O seu valor no estudo das deficiências adquiridas
é notável, principalmente para efeito de seguimento. Outra aplicação importante
do teste FM 100 Hue é promover a classificação de indivíduos com visão
cromática normal em grupos que possuem discriminação cromática alta, média
e baixa, fator extremamente importante para o desempenho profissional em
alguns setores específicos, como nas indústrias têxteis e de tintas.
É um teste valioso na prática clínica, porém, seu uso é limitado devido ao fato de
ser um teste longo e que depende inteiramente da colaboração e do
entendimento do paciente.
O teste de Lanthony D-15 Desatured tem como objetivo avaliar os indivíduos que
conseguiram realizar o teste de Farnsworth-Munsell D-15 sem dificuldades. É
esperado que esses indivíduos cometam erros nessa segunda avaliação, pois
as peças desse teste possuem diferenças de cores menores que o primeiro.
Também vem sendo muito usado no estudo das deficiências adquiridas da visão
de cores.
5.5 TRATAMENTO
Atualmente não existe nenhum tipo de tratamento conhecido para esse
distúrbio. Há, porém, uma empresa americana fabricando lentes que permitiriam
a distinção de cores pelos daltônicos. Elas seriam seletivas quanto à passagem
de luz, bloqueando o necessário para corrigir defeitos da visão. Os tais óculos
devem custar cerca de US$ 700. Mas alguns estudiosos ainda encaram a
iniciativa com reservas alegando que não há estudos científicos que
reconhecidamente indiquem o método.
Porém, um daltônico pode viver de modo perfeitamente normal, desde que
tenha conhecimento das limitações de sua visão. O portador do problema pode,
por exemplo, observar a posição das cores de um semáforo, de modo a saber
qual a cor indicada pela lâmpada.
Como na idade escolar surgem as primeiras dificuldades com cores,
sobretudo em desenhos e mapas, os pais e professores devem estar atentos ao
problema, evitando constranger e traumatizar a criança. Pode ser frustrante para
uma criança ter a certeza de que está vendo algo em determinada cor, enquanto
todos os colegas e a professora afirmam que ela está errada.
Em 2009 pesquisadores da Universidade de Washington e da Universidade
da Flórida conseguiram restabelecer o processo de visão de macacos da
espécie Saimirisciureus através de tratamento genético.
Adaptações
Para um daltônico, navegar em websites coloridos da Internet pode ser uma
experiência não muito agradável. Alguns textos podem estar ilegíveis, ou mesmo
a leitura dos gráficos pode ser impossibilitada devido o esquema de cores
utilizado. Para possibilitar a leitura destes textos e gráficos foi desenvolvido por
Daniel Ruoso, um desenvolvedor daltônico, o libcolorblind [1] que é
um software que faz transformações nas cores no sentido de permitir que cores
dúbias sejam colocadas em posições diferentes do espectro de cor, de forma a
tornarem-se diferenciáveis por um daltônico. O programa de acessibilidade
do Gnome, gnome-mag, tem suporte a esse software e fornece uma maneira
intuitiva de ativar e desativar os filtros.
Antônio Cláudio da silva Maciel Página 25
Técnicas Refrativas II
Algumas cidades já possuem semáforos adaptados para os portadores de
daltonismo (quer condutores/quer pedestres), que apresentam uma faixa branca
ao lado da luz amarela, possibilitando ao daltônico distinguir qual a cor do sinal
aceso pela posição da luz (acima ou abaixo da faixa).
Lápis de cores podem ter o nome de cada cor gravada em seu corpo de modo a
facilitar sua identificação.
6. CAMPO VISUAL
Teste para avaliar de maneira rápida e precisa a densidade, o diâmetro e a
localização de escotomas (que por sua vez comprometem a integridade da
retina).
Indicações:
- Diagnóstico de glaucoma;
- Acompanhamento (evolução) do glaucoma;
- Doenças da coróide (coroidite, tumores);
- Doenças da retina (oclusões vasculares, degeneração macular senil, retinose
pigmentar);
- Doenças do nervo óptico (papiledema, papilite, intoxicação por metanol);
- Alterações neurológicas (AVEs, tumores, TCEs);
- Dor ocular (CID H 57.1);
- Intoxicação medicamentosa;
- Afecções exo-oftálmicas;
- Doenças endócrinas e metabólicas;
- Alterações do campo visual; escotoma e degeneração macular
- Enxaqueca oftálmica.
FIGURA 12
Uma tela de Amsler, vista por uma pessoa com visão normal.
FIGURA 13
Uma tela de Amsler, vista por uma pessoa com degeneração macular
relacionada à idade.
No teste, a pessoa fecha um dos olhos e fixa o pequeno ponto no centro da
grade com o olho aberto. Depois repete o mesmo procedimento com o outro
olho. Pacientes com doença macular podem ver linhas onduladas ou algumas
linhas podem estar faltando.
A tela de Amsler pode ser fornecida por um oftalmologista ou um optometrista e
pode ser usada para testar a visão em casa.
A tela de Amsler original era em preto e branco. Uma versão nas cores azul e
amarelo é mais sensível e pode ser usada para testar uma ampla variedade de
anomalias do sistema visual, incluindo aquelas associadas com a retina, o nervo
óptico e a glândula pituitária.
Prova de Amsler
Consiste em uma cartilha quadriculada e um ponto central
Cada quadrado mede um grau na retina o que corresponde a uma
área de 0,23mm2
Determinar de maneira rápida e econômica a densidade, o diâmetro
e a localização de escotomas (integridade retiniana)
Detecta a presença de escotomaretiniano num total de 20 graus de
área
Confirma o diagnóstico presuntivo de DMRI e maculopatias
7. AVALIAÇÃO DA LÁGRIMA
Testes para avaliar a qualidade e a quantidade da lágrima. São eles:
BUT: avalia a qualidade da lágrima através do tempo de rompimento do
filme lagrimal;
SHIMER: avalia a quantidade da lágrima, ou seja, a função lagrimal;
JONES: avalia a existência de obstrução no canal lagrimal.
Avaliação do Filme Lacrimal
O filme lacrimal é a lágrima propriamente dita. Tem a função de
manter a superfície ocular úmida e regular o que é essencial para uma boa
acuidade visual. É formada por três camadas: oleosa, aquosa e mucóide ou de
mucina.
A camada oleosa é camada mais externa e inibe a evaporação da
lágrima. Enquanto a camada aquosa é produzida pela glândula lacrimal principal,
que é responsável por cerca de 95% da produção e o restante é produzido pelas
glândulas lacrimais acessórias de Krause e Wolfring. E por último temos a
camada mucoide ou de mucina que é produzida pelas células caliciformes da
conjuntiva, criptas de Helen e glândulas de Manz. A mucina tem a propriedade
de transformar a superfície da córnea em hidrofílica(aderente a água), permitindo
sua hidratação, referência CORAL-GHANEM, 1998.
A composição aquosa do filme lacrimal é constituída basicamente de
água, sal, glicose, uréia, globulinas, lisozimas e outros componentes.
A deficiência da produção das glândulas oculares, com consequente
diminuição das diversas camadas, causa a ceratoconjuntivitesicca, isto é, a
doença do olho seco, referência CORAL-GHANEM, 1998.
As principais funções do filme lacrimal são: refrativas que cria uma superfície
óptica uniforme, regularizando a superfície corneana; lubrificante que tem como
tarefa umidificar a córnea e conjuntiva, proporcionando conforto ao piscar;
antimicrobiana que remove germes através da constante irrigação e pela ação
das lisozimas, globulinas e lactoferrinas; nutritivas quetraz nutrientes e oxigênio
para as células da córnea e conjuntiva, removendo detritos e gás carbônico; e
defensiva que dificulta a aderência de corpos estranhos e microorganismos á
superfície ocular, trazendo leucócitos á córnea em casos de infecção.
7.3 SHIMER
Já o Teste de Shirmer, procede-se da seguinte forma: coloca-se uma
tira especial de papel na pálpebra inferior (porção temporal). O candidato ao uso
das LC pode ficar olhando para frente ou pode manter os olhos fechados. Ao fim
de 5 minutos, retira-se a tira e observa-se qual foi a área molhada.
A avaliação deve seguir os seguintes valores: abaixo de 5mm:
indicadores de olho seco; entre 5 e 10mm: indicam olho relativamente seco e
acima de 10mm: olho normal.
É importante o avaliador ao realizar o teste, cuidar para não tocar a
córnea ao colocar ao tira de papel, o que provoca lacrimejamento reflexo e
falseia o resultado, referência CORAL-GHANEM, 1998.
8. TONOMETRIA
A tonometria é um exame que permite a medida da pressão intra-ocular. É
fundamental para o diagnóstico e acompanhamento do paciente com
glaucoma.Apesar de simples, sua realização nas consultas é muito importante,
indolor e extremamente rápida sendo realizada em menos de 2 minutos para
ambosos olhos.Medidas da pressão intra-ocular são consideradas dentro dos
parâmetros normais quando aferidas entre valores de 10 a 20mmHg.
Existem pacientes que não possuem dano no nervo óptico que possuem
medidas pressóricas acima de 20mmHg (chamados Hipertensos Oculares) e
outros com dano ao nervo óptico mesmo apresentando medidas pressóricas
abaixo de 20mmHg (chamados Glaucoma de Pressão Normal).
9. FÓRMULA FINAL
É o que vai ser passado para compensar o erro refrativo e/ou motor do
paciente. Deve-se descrever a dioptria indicada, o eixo, prisma, base, a acuidade
visual, o tipo de lente, o material, a cor da lente, tratamento da lente e a DP
(Distância Pupilar).Chamamos prescrição final à fórmula óptica e outros fatores
clínicos a considerar na avaliação.Os fatores clínicos deve conter a distância
pupilar e acuidade visual
a) Alternado Permanente
b) Uso Prolongado
c) Uso para Visão Próxima
d) Uso Para Visão de Longe
e) Uso de Proteção Solar
a) Lentes monofocaisCilindricas
b) Lentes monofocaisTóricas
b) Lentes Bifocais
c) Lentes Multifocais
d) Lentes Especiais
9.5O Material:
Formula Final
Expressar numericamente o valor a ser préscrito como resultado de uma
avaliação realizada e que esse valor vai compensar a deficiência refrativa para
longe e perto com a melhor acuidade visual.
Exemplo:
OD +1,00 - 0,50 x 180
OE +1,00 - 0,50 x 180
AD 3,00
OBS: 20/20 AOJ1
10. DIAGNÓSTICO
Expressão científica dos resultados encontrados. Faz-se necessário a
apresentação do diagnóstico: Refrativo, Motor e Patológico. Um diagnóstico é
aquilo que pertence ou que se refere à diagnose. Este termo, por sua vez, refere-
se à ação e ao efeito de diagnosticar (recolher e analisar dados para avaliar
problemas de diversa natureza).
Na medicina, um diagnóstico é o ato de determinar e conhecer a natureza de
uma doença pela observação dos seus sintomas e sinais. Também corresponde
ao nome com que o médico qualifica a doença de acordo com os sinais
detectados, isto é, é o nome dado à conclusão em si mesma.
Pode-se distinguir o diagnóstico médico, que se enquadra na avaliação
psicológica e que pressupõe o reconhecimento de uma doença ou de um
transtorno pela observação dos respectivos sinais e sintomas, do diagnóstico de
enfermagem, no qual são analisados os dados acerca do paciente para
identificar os problemas que irão constituir a base do plano de
cuidados/tratamentos.
O diagnóstico médico engloba dois aspectos da lógica: a análise e a síntese.
Recorre-se a diversas ferramentas durante o processo, como o histórico clínico,
o exame físico e os exames complementares, entre outras.
Existem dois grandes tipos de diagnóstico: o diagnóstico diferencial (que é o
método usado para identificar doenças, feito por processo de eliminação) e o
diagnóstico provisório (é aplicado em situações de dúvida, quando o médico
presume que o paciente apresenta os critérios para um determinado transtorno,
mas não dispõe de informação suficiente para o confirmar).
11.DISPOSIÇÃO OU CONDUTA
12. CONTROLE
Outra faixa etária que merece atenção especial, é a das pessoas acima
de 50 anos, já que estão mais propensos a doenças oculares que podem levar
a perda parcial ou até total da visão.
Estudos apontam que 18.8% dos brasileiros convivem com algum tipo de
deficiência visual, portanto, faz-se necessário que os exista uma maior atenção
por parte dos profissionais Optometristas, independente do aparecimento de
sintomas, já que a é possível identificar muitas patologias ainda em sua fase
inicial, possibilitando assim a realização de tratamentos mais eficientes.
É sabido que a prevenção é a melhor solução, portanto, se o profissional
Optometrista é formado, capacitado e preparado de forma teoria, prática e possui
aparelhos suficientes para identificar toda e qualquer patologia e ou deficiência
motora em se tratando de visão, não existe justificativa para que os
Optometristas não assumam esta responsabilidade frente à população.
É preciso uma maior conscientização dos profissionais Optometristas e
auxílio das instituições de ensino e do conselho dos ópticos e Optometristas,
para que seja difundido o uso da ficha clínica como forma de contribuir para a
identificação de patologias e problemas motores e/ou musculares, desta forma,
se comprometendo com a população e buscando diminuir os índices de
deficiência e de cegueira no Brasil.
Os Optometristas devem assumir a responsabilidade, assim como devem
conscientizar os donos de ópticas a respeito da importância da ficha para se
realizar um bom atendimento, desta forma, deixando de priorizar a venda de
óculos e priorizando a saúde visual dos pacientes.
É realizando um trabalho sério e comprometido, que a optometria será
capaz de encaminhar patologias aos profissionais apropriados e assim começar
a galgar um caminho de reconhecimento e parceria junto a oftalmologista,
neurologistas e outros profissionais da saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS