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A gente estendeu o tapete verde pra vocês.

Enunciado do anúncio: “Chegou a revista Terra da Gente. A


primeira revista que trata dos temas que a gente mais ama.
Para quem se preocupa há 18 anos com os pulmões da Mata
Atlântica, um cérebro a mais é sempre bem-vindo. Parabéns
mesmo, de coração.”
Revista Terra da Gente, ano 1, n° 1.
Entendendo o anúncio:
01 – Esse anúncio foi publicado no primeiro número da revista Terra
da Gente, lançada em maio de 2004. Considerando o enunciado
principal do anúncio e o logotipo do anunciante, responda:
a) A que se refere a expressão "tapete verde"?
Refere-se a Mata Atlântica.
b) Qual é o anunciante desse texto?
É a Fundação S.O.S. Mata Atlântica.
c) A quem a expressão "pra vocês" pode se referir?
Antes de ler o enunciado da parte de baixo do anúncio, o leitor pode
achar que a expressão se refira aos leitores em geral. Depois que lê
o enunciado, nota que a expressão também pode estar se referindo
à equipe jornalística responsável pela revista.
02 – Na parte inferior do anúncio, lê-se o seguinte enunciado:
“Chegou a revista Terra da Gente. A primeira revista que
trata dos temas que a gente mais ama. Para quem se preocupa
há 18 anos com os pulmões da Mata Atlântica, um cérebro a
mais é sempre bem-vindo. Parabéns mesmo, de coração.”
a) Considerando, no anúncio, a parte visual, a parte verbal e o
anunciante, levante hipóteses: De que temas provavelmente a
revista Terra da Gente se ocupa?
De temas relacionados à natureza (fauna e flora) e à sua
preservação.
b) Na expressão “um cérebro a mais”, que sentido é atribuído pelo
anunciante à palavra cérebro?
Como o anunciante considera que cuida com inteligência da
preservação da Mata Atlântica, a revista, na opinião dele, também
contribuirá de forma inteligente para a preservação da natureza,
apresentando matérias que orientem os leitores, façam-nos refletir,
etc.
c) Às vezes, quando queremos homenagear uma pessoa, dizemos
que vamos “estender o tapete vermelho” para ela. Explique o jogo
de linguagem feito no anúncio com base nessa expressão.
A expressão “tapete vermelho” foi trocada por “tapete verde” porque
tanto a Fundação S.O.S. Mata Atlântica quanto a revista Terra da
Gente lutam pela preservação da natureza, isto é, do verde. Logo,
um “tapete verde” é o maior prêmio que a revista poderia receber.

Conto: Gaetaninho

Alcântara Machado

-- Xi, Gaetaninho, como é bom!


Gaetaninho ficou banzando bem no meio da rua. O Ford quase
o derrubou e ele não viu o Ford. O carroceiro disse um palavrão e
ele não ouviu o palavrão.
– Eh! Gaetaninho Vem pra dentro.

Grito materno sim: até filho surdo escuta. Virou o rosto tão feio
de sardento, viu a mãe e viu o chinelo.
– Subito!
Foi-se chegando devagarinho, devagarinho. Fazendo beicinho.
Estudando o terreno. Diante da mãe e do chinelo parou. Balançou o
corpo. Recurso de campeão de futebol. Fingiu tomar a direita. Mas
deu meia volta instantânea e varou pela esquerda porta adentro.
Eta salame de mestre!
Ali na Rua Oriente a ralé quando muito andava de bonde. De
automóvel ou carro só mesmo em dia de enterro. De enterro ou de
casamento. Por isso mesmo o sonho de Gaetaninho era de
realização muito difícil. Um sonho.
O Beppino por exemplo. O Beppino naquela tarde atravessara
de carro a cidade. Mas como? Atrás da Tia Peronetta que se
mudava para o Araçá. Assim também não era vantagem.
Mas se era o único meio? Paciência.
Gaetaninho enfiou a cabeça embaixo do travesseiro.
Que beleza, rapaz! Na frente quatro cavalos pretos
empenachados levavam a Tia Filomena para o cemitério. Depois o
padre. Depois o Savério noivo dela de lenço nos olhos. Depois ele.
Na boleia do carro. Ao lado do cocheiro. Com a roupa marinheira e
o gorro branco onde se lia: ENCOURAÇADO SÃO PAULO. Não.
Ficava mais bonito de roupa marinheira mas com a palhetinha nova
que o irmão lhe trouxera da fábrica. E ligas pretas segurando as
meias. Que beleza, rapaz! Dentro do carro o pai, os dois irmãos
mais velhos (um de gravata vermelha, outro de gravata verde) e o
padrinho Seu Salomone. Muita gente nas calçadas, nas portas e
nas janelas dos palacetes, vendo o enterro. Sobretudo admirando o
Gaetaninho.
Mas Gaetaninho ainda não estava satisfeito. Queira ir
carregando o chicote. O desgraçado do cocheiro não queria deixar.
Nem por um instantinho só.
Gaetaninho ia berrar mas a Tia Filomena com mania de cantar
o “Ahi, Mari!” todas as manhãs o acordou.
Primeiro ficou desapontado. Depois quase chorou de ódio.
Tia Filomena teve um ataque de nervos quando soube do
sonho de Gaetaninho. Tão forte que ele sentiu remorsos. E para
sossego da família alarmada com o agouro tratou logo de substituir
a tia por outra pessoa numa nova versão de seu sonho. Matutou,
matutou, e escolheu o acendedor da Companhia de Gás, seu
Rubinho, que uma vez lhe deu um cocre danado de doído.
Os irmãos (esses) quando souberam da história resolveram
arriscar de sociedade quinhentão no elefante. Deu a vaca. E eles
ficaram loucos de raiva por não haverem logo adivinhado que não
podia deixar de dar a vaca mesmo.
O jogo na calçada parecia de vida ou morte. Muito embora
Gaetaninho não estava ligando.
– Você conhecia o pai do Afonso, Beppino?
– Meu pai deu uma vez na cara dele.
– Então você não vai amanhã no enterro. Eu vou!
O Vicente protestou indignado:
– Assim não jogo mais! O Gaetaninho está atrapalhando!
Gaetaninho voltou para o seu posto de guardião. Tão cheio de
responsabilidades.
O Nino veio correndo com a bolinha de meia. Chegou bem
perto. Com o tronco arqueado, as pernas dobradas, os braços
estendidos, as mãos abertas, Gaetaninho ficou pronto para a
defesa.
– Passa pro Beppino!
Beppino deu dois passos e meteu o pé na bola. Com todo o
muque. Ela cobriu o guardião sardento e foi parar no meio da rua.
– Vá dar tiro no inferno!
– Cala a boca, palestrino!
– Traga a bola!
Gaetaninho saiu correndo. Antes de alcançar a bola um bonde
o pegou. Pegou e matou.
No bonde vinha o pai de Gaetaninho.
Agurizada assustada espalhou a notícia na noite.
– Sabe o Gaetaninho?
– Que é que tem?
– Amassou o bonde!
A vizinhança limpou com benzina suas roupas domingueiras.
Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da Rua do
Oriente e Gaetaninho não ia na boleia de nenhum dos carros do
acompanhamento. Lá no da frente dentro de um caixão fechado
com flores pobres por cima. Vestia a roupa marinheira, tinha as
ligas, mas não levava a palhetinha.
Quem na boleia de um dos carros do cortejo mirim exibia
soberbo terno vermelho que feria a vista da gente era o Beppino.
Novelas Paulistanas. 3. ed. Rio de Janeiro:
J. Olympio, 1979. p. 11-3.
Entendendo o conto:
01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
 Araçá: nome de um cemitério da cidade de São Paulo.

 Banzar: pensar detidamente, meditar.

 Boleia: cabina do motorista.

 Cocre: cascudo.

 Palhetinha: chapéu de palha.


02 – Esse conto pode ser dividido em seis partes ou cenas. De uma
cena para outra, há um corte narrativo que introduz uma nova
situação num tempo e num espaço também novos. Essa
superposição de cenas vai compondo o todo como uma colagem,
como se o narrador estivesse de posse de uma teleobjetiva e fosse
fotografando cena por cena. Que tipo de linguagem se utiliza desse
recurso técnico?
A linguagem cinematográfica.
03 – Indique o parágrafo em que, ao descrever uma ação da
personagem, o narrador, como um locutor esportivo, se utiliza da
linguagem radiofônica.
O sexto parágrafo.
04 – O ambiente é reconstituído com traços leves, demonstrando
uma preocupação jornalística. Apesar disso, o autor consegue
identificar magistralmente a origem e a condição socioeconômica
das personagens.
a) Que elementos do texto confirmam que Gaetaninho e sua família
são italianos?
O nome das personagens, as gravatas dos irmãos mais velhos,
verde e vermelha, a tia cantando a ópera “Ahi, Mari!”, a fala da mãe
Subito! (“rápido”), a referência ao Palestra Futebol Clube
(“Palestrino”), etc.
b) Identifique alguns fatos que demonstram a condição
socioeconômica da Gaetaninho.
Morar na Rua Oriente, em São Paulo, antigamente habitada por
imigrantes italianos pobres; andar de bonde; jogar no bicho; o irmão
trabalhar na fábrica; o jogo de futebol na rua com bola de meia; as
flores pobres cobrindo o caixão, etc.
05 – Alcântara Machado preocupa-se não só em reproduzir os
traços rítmicos e melódicos da linguagem coloquial, como também
em mostrar a influência do imigrante italiano na fala paulistana.
a) Identifique nos diálogos uma situação em que se observa um desvio
em relação à variedade padrão formal da língua.
“Então você não vai amanhã no enterro. Eu vou!”
b) Identifique no texto palavras da língua italian.
Nomes de personagens (Beppino, Peronetta, Nino, etc); o título da
ópera, “Ahi, Mari!”; a palavra Subito.
06 – Que valor social está presente no desejo de Gaetaninho de
andar de automóvel e de ser admirado pelas pessoas?
O desejo de ascender socialmente. Como imigrante italiano
marginalizado, Gaetaninho queria ser aceito, afirmar-se na
sociedade brasileira.
07 – O final do conto é surpreendente, tanto pela rapidez com que
se dá a morte de Gaetaninho quanto pela ambiguidade causada
pela frase “amassou o bonde!”. Considerando o sentido do verbo
amassar em português e sabendo que ammazzare, do italiano,
significa “matar”, explique a ambiguidade contida nessa frase.
Entre outras interpretações, pode-se considerar Gaetaninho
como sujeito da ação (o menino foi atropelado/amassou o bonde,
precipitando-se sob as rodas do veículo) e ao mesmo tempo
paciente da ação (o menino foi atropelado/amassado/morto pelo
bonde). A ambiguidade da expressão “Amassou o bonde” suaviza a
crueza do espetáculo; a ironia suaviza a piedade.
Postado por Armazém de Texto às 08:08 Nenhum comentário:
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POEMA: CANÇÃO DO EXÍLIO - GONÇALVES DIAS -


COM QUESTÕES GABARITADAS
POEMA: CANÇÃO DO EXÍLIO

GONÇALVES DIAS
Sábado, 28 de janeiro de 2017
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso Céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossas vidas mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
In Manuel Bandeira. Poesia e vida de Gonçalves Dias.
São Paulo, Ed. das Américas, 1962.
Entendendo o poema:
01 – Que visão de pátria é apresentada no poema? Confirme sua
resposta transcrevendo dois versos do texto em seu caderno.
Uma visão positiva e idealizada da pátria (Brasil). “Minha terra
tem primores”; “Nossos bosques têm mais vidas/Nossa vida mais
amores”.
02 – No poema, as palavras “lá” e “cá” aparecem repetidamente. O
que elas representam para o eu poético?
O lugar deixado para trás (a pátria) e o lugar em que o eu
poético se encontra no momento em que sente saudades.
03 – Apesar de se referir ao próprio país, o Brasil, podemos
considerar universal a maneira como o poeta vive seu sentimento
em relação à pátria. Por quê?
Porque muitas pessoas, de diferentes culturas e países,
experimentam a sensação de saudades da terra de origem quando
vivem em outro lugar. Assim como Gonçalves Dias, inúmeros
poetas “cantaram” o exílio.
04 – Como você interpretaria a repetição da expressão “Minha terra
tem...”?
Ela dá ênfase àquilo que a pátria tem, `aquilo que ela é. Ou seja,
o poema valoriza a pátria.
05 – Transcreva, em seu caderno, os versos do poema que podem
ilustrar os seguintes sentimentos:
a) Desilusão.
“As aves, que aqui gorjeiam, / não gorjeiam como lá”.
b) Encantamento.
“Nosso céu tem mais estrelas, / Nossas várzeas têm mais
flores”.
06 – Alguns versos do poema de Gonçalves Dias podem ser
relacionados a trechos do “Hino Nacional Brasileiro”, escrito 63
anos depois, em 1909. Identifique esses versos e transcreva-os em
seu caderno.
“Nossos bosques têm mais vida”, / “Nossa vida” no teu seio
“mais amores”.
07 – O que é exílio?
Afastamento voluntário ou forçado do lugar onde reside.
08 – Caracterize o eu lírico do poema.
Alguém que está vivendo fora da sua terra natal e tem saudades
desse lugar.
09 – No poema, o eu lírico compara a terra natal com a terra onde
está exilado. Que elementos são utilizados nessa comparação?
a) Sociais.
b) Naturais.
c) Econômicos.
d) Políticos.
10 – A distância da terra natal provoca no eu lírico:
a) Tristeza.
b) Desespero.
c) Angústia.
d) Saudade.
11 – Ao se referir à terra natal, o eu lírico apresenta uma imagem:
a) Realista.
b) Racional.
c) Idealizada.
d) Imparcial.
12 – Quais os principais temas característicos do Romantismo
apresentados nesse poema?
O nacionalismo, a exaltação da natureza, pessimismo e o
escapismo.

13 – Nos versos “Em cismar, sozinho à noite/ Mais prazer encontro


eu lá”, destaca-se a característica romântica:
a) Exaltação da natureza.
b) Valorização da cultura popular
c) Escapismo.
d) Crítica social.
14 – Apresenta um apelo o verso:
a) “Minha terra tem palmeiras”.
b) “Que tais não encontro eu cá”.
c) “Nosso céu tem mais estrelas”.
d) “Não permita Deus que eu morra”.
15 – Revela-se no poema um tom de:
a) Lamento.
b) Humor.
c) Ironia.
d) Rancor.
16 – A distância e a saudade provocam a distorção da imagem da
terra natal, cuja natureza é minuciosamente comparada com a da
terra do exílio.
a) A oposição e a distância são marcadas por dois advérbios
insistentemente repetidos ao longo do poema. Quais são eles e o
que cada um representa?
Os advérbios são: “cá” (aqui), que representa a terra do exílio, e
“lá”, que representa a terra natal.
b) Entre os diversos elementos da natureza, dois se destacam e se
tornam símbolos da pátria distante. Quais são eles?
O sabiá e a palmeira.
17 – Os críticos literários atribuem a extraordinária beleza da
canção à simplicidade dos recursos expressivos utilizados.
Analisemos alguns deles:
a) Métrica: versos redondilhos, que dão ao poema um ritmo bem
marcado e de gosto popular. Faça a escansão dos dois primeiros
versos.
Mi/nha ter/ra tem/ pal/mei/ras – On/de can/ta o/ as/bi/á.
b) Rimas: alternância de versos rimados (pares) com versos brancos
(ímpares). Quais são as três palavras que se repetem em posição
de rima, ao longo de quase todo o poema?
São as palavras: “Sabiá”, “cá” e “lá”.
c) Paralelismo: um terço da canção compõe-se de versos repetidos.
Dois desses versos funcionam como um refrão. Quais são eles?
“Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá.”

REDICATIVOS- QUESTÕES OBJETIVAS - COM


GABARITO
VERBO DE LIGAÇÃO – PREDICATIVOS
1 – (FM-POUSO ALEGRE) – Todas as frases abaixo apresentam
um predicativo do sujeito, exceto:
a) O chapéu e o guarda-chuva são novos.
b) As portas estão abertas.
c) A montanha permanecia ao longe.
d) Minha mãe anda adoentada.
e) Sua coragem ficará famosa.
2 – (FM-POUSO ALEGRE) – Os garotos estavam indóceis à
espera do grande mocinho.
Na frase acima a palavra destacada é:
a) Sujeito.
b) Predicativo do sujeito.
c) Aposto.
d) Objeto direto.
e) Predicativo do objeto.
3 – (FC-MENDES) – Angélica, animada por tantas pessoas, tomou-
lhe o pulso e achou-o febril. Febril, sintaticamente é:
a) Objeto direto.
b) Complemento nominal.
c) Predicativo do objeto direto.
d) Predicativo do sujeito.
e) Adjunto adverbial.
Nos exercícios: 4 a 21, coloque:
a) Para verbo de ligação.
b) Para verbo intransitivo.
c) Para verbo transitivo.
4 – Meu tio foi nomeado embaixador.
Verbo de ligação.
5 – Estavam roxos os olhos da criança.
Verbo de ligação.
6 – A atriz permaneceu sentada e parecia abatida.
Verbo de ligação.
7 – Alguns acham meu discurso um desastre parlamentar.
Verbo intransitivo.
8 – Consideraram meu irmão como malfeitor.
Verbo intransitivo.
9 – Ando desconfiado, esse homem parece espião.
Verbo de ligação.
10 – Recebi a notícia como verídica.
Verbo intransitivo.
11 – Em toda a pare andava acesa a guerra. (Camões).
Verbo de ligação.
12-– Sou favorável ao novo projeto.
Verbo de ligação.
13 - O carrapato lembrava miséria e abandono.
Verbo transitivo.
14 – Era muito feliz.
Verbo de ligação.
15 – A fogueira estalava. (G.R.)
Verbo Intransitivo.
16 – A fazenda renasceria. (G.R..)
Verbo intransitivo.
17 – Vede como está contente, pelos horrores escritos. (Cecília
Meireles).
Verbo de ligação.
18 – Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. (C.D. Andrade).
Verbo transitivo.
19 – Meu pai virou uma fera.
Verbo de ligação.
20 – O carro virou na esquina.
Verbo intransitivo.
21 – A criança virou a xícara.
Verbo transitivo.
22 – (UNAERP) – Qual a função sintática dos termos destacados no
período seguinte:
Ciro a encontrou andando lentamente no corredor de entrada.
Correu até ela, ansioso para contar as coisas que o inspetor
dissera.
a) Objeto direto, predicativo, objeto direto.
b) Adjunto adnominal, adjunto adverbial, sujeito.
c) Objeto direto, adjunto adverbial, objeto direto.
d) Objeto indireto, predicativo, objeto indireto.
e) Adjunto adnominal, predicativo, objeto direto.

Antes mundo era pequeno


Porque Terra era grande
Hoje o mundo é muito grande
Porque Terra é pequena
Do tamanho da antena parabolicamará.
Gilb
erto Gil.
23 – O verbo ser no texto acima é:
a) Intransitivo.
b) Transitivo direto.
c) De ligação.
d) Transitivo indireto.
e) Transitivo direto e indireto.
24 – (MACKENZIE) – As frases abaixo têm seus verbos classificados
respectivamente, em:
I – Meu avô foi buscar prata, mas a prata virou índio. (Cassiano
Ricardo).
II – Virou a cara assim que me viu.
III – O sol nascia atrás do morro.
IV – O interesse do povo não diminuiu. (J. J. Veiga).
V – Estavam dentro da cristaleira, não estavam?
a) Transitivo direto – verbo de ligação – transitivo direto – intransitivo
– intransitivo – intransitivo.
b) Transitivo direto – verbo de ligação – intransitivo – intransitivo –
intransitivo – intransitivo.
c) Transitivo direto – verbo de ligação – transitivo direto – transitivo
direto – intransitivo – verbo de ligação.
d) Verbo de ligação – transitivo direto – verbo de ligação – intransitivo
– transitivo direto – intransitivo.
e) Verbo de ligação – transitivo indireto – verbo de ligação – transitivo
direto – transitivo direto – verbo de ligação.
25 – Em: O mestre tachou-nos de indisciplinados, o termo destacado
é:
a) Objeto direto.
b) Predicativo do sujeito.
c) Predicativo do objeto.
d) Complemento nominal.
e) Nenhuma das anteriores.
26 – Em: Com o tempo veio fenômeno interessante,interessante é:
a) Adjunto adnominal.
b) Predicativo do sujeito.
c) Predicativo do objeto.
d) Adjunto adverbial.
e) Sujeito simples.
27 – Em: Estremeci de prazer, o termo destacado é:
a) Adjunto adverbial de causa.
b) Adjunto adverbial de modo.
c) Adjunto adverbial de condição.
d) Objeto indireto.
e) Complemento nominal.
Questões de 28 a 38.
Faça a análise dos termos destacados, de acordo com a seguinte
indicação.
a) Sujeito.
b) Objeto direto.
c) Objeto indireto.
d) Predicativo do sujeito.
e) Predicativa do objeto.
f) Complemento nominal.
28 – Não duvides das verdades divinas.
Objeto indireto.
29 – Tenho grande amor a meus pais.
Complemento nominal.
30 – Vinham ver-nos os curiosos.
Sujeito.
31 – A porta da verdade estava aberta. (C. D. A.)
Predicativo do sujeito.
32 – A Cruz Vermelha assistiu os feridos.
Objeto direto.
33 – Encontrei o doutor doente.
Predicativo do objeto.
34 – Falta-me dinheiro.
Sujeito.
35 – Todos tem direito à vitória.
Complemento nominal.
36 – Deixei-o confuso.
Predicativo do objeto.
37 – Há um pouco de amargura em tudo isso.
Objeto direto.
38 – Ele telefonou ao médico.
Objeto indireto.
Nos exercícios 39 a 41, assinale a única alternativa em que o verbo
não é de ligação.
39 –
a) O professor ficou aborrecido.
b) O professor ficou na sala.
c) O animal estava doente.
d) O sol estava alto.
40 –
a) A alma exterior daquele judeu eram os seus ducados. (M. A.)
b) Eu sou tão infeliz... (A. Azevedo).
c) Continuarei sozinho.
d) Continuarei no parque.
e) Você parece louco.
41 -
a) Todos estavam com medo.
b) A cidade ficava em silêncio.
c) Sua vida fora um erro.
d) As casas ficavam na colina.
42 – (MACKENZIE) – Julgaram-no o melhor presidenciável.
O termo destacado acima exerce a função sintática de:
a) Sujeito.
b) Objeto direto.
c) Predicativo do sujeito.
d) Objeto indireto.
e) Predicativo do objeto.
Postado por Armazém de Texto às 08:16 Um comentário:
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Marcadores: PROJETO DE LEITURA: EU E O AUTOR

sexta-feira, 3 de abril de 2015

PROJETO DE LEITURA : "EU E O AUTOR"


PROJETO DE LEITURA : "EU E O AUTOR"

Lê-se para entender o mundo, para viver melhor. Em nossa cultura, quanto mais
abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral
quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem costuma)
encerrar-se nela. LAJOLO (2004, p.7)

JUSTIFICATIVA

Tendo em vista as dificuldades de interpretação


de textos e a falta de hábito de ler pelos alunos,
observados na sala de aula, criei o Projeto: "Eu e o
Autor", desde 1995 cuja a finalidade era despertar o
interesse pela leitura, gerar afinidade e criar uma
atmosfera de amizade entre o leitor e o autor do
livro, através do gênero textual: carta pessoal, tão
pouco usado nos dias atuais.
Por meio da carta o leitor interage com o autor,
fazendo perguntas, questionando algumas
passagens do livro, dando opiniões sobre o
direcionamento da obra e assim que recebe em sua
casa uma carta-resposta do autor ele se surprende e
motiva a continuar lendo. Desse modo o leitor foi
cativado para a leitura.
Com isso, motivando o aluno a participar
ativamente do projeto, descobrindo o que ler,
criando e recriando situações literárias e adequando-
as à sua realidade e ao seu modo de vida.
Assim, o leitor mergulha no texto e se
confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é
o que afirma "Roland Barthes, quando compara o
leitor a uma aranha:
[...] o texto se faz, se trabalha através de um
entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido-
nessa textura-, o sujeito se desfaz nele, qual uma
aranha que se dissolve ela mesma nas secreções
construtivas de sua teia."
Desta forma, a leitura passa a ser um imã que
atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual
ele, por sua vez, não deseja desprender-se.
OBJETIVOS

 Estimular o prazer e as competências de leitura


e escrita com ações humanas de apreciação e
produção estética e afetiva;

 Promover uma prática constante de leitura


motivando o aluno para esta ação;

 Desenvolver o senso crítico, a criatividade, a


oralidade e a socialização;
 Valorizar os autores brasileiros e suas obras
literárias;

 Resgatar o Gênero Textual: carta pessoal;

 Proporcionar situações de leitura compartilhada;

 Enriquecer e ampliar o vocabulário.

CONTEÚDOS CURRICULARES
INTERDISCIPLINARES

Os principais conteúdos trabalhados no Projeto


e suas respectivasÁreas:
Linguagem: as tipologias textuais: narrativas,
descritivas, expositivas, argumentativas e
instrucional;leitura compartilhada;produção textual e
cartazes;gêneros textuais: carta pessoal, texto
didático, texto publicitário e reportagens;
Ciências Humanas: a solidariedade, a leitura crítica
da realidade e do contexto em que os alunos estão
inseridos;o espaço geográfico do texto e também de
locomoção entre a Escola e o Correios;
Matemática: custo do envelope e do selo postal.
METODOLOGIA

O projeto propôs aos alunos do 9º Ano do


Ensino Fundamental do Centro Educacional Ayrton
Senna a leitura de um livro paradidático infanto-
juvenil "Procura-se um coração" de Lúcia
Seixas, durante o primeiro bimestre, sendo uma
aula semanal com o paradidático.
Com o livro em mãos numa roda de leitura foi
apresentado aos alunos o livro, sua temática e a
biografia da autora Lúcia Seixas.
Em seguida começou a leitura compartilhada em
voz alta se alternando e parando quando se faz
necessário para discussão sobre o tema ou o
significado de palavras desconhecidas.
Durante os meses de fevereiro e março fizeram a
leitura do livro com debates sobre a temática do
livro"doação de órgãos", a partir dai despertou
interesse nos alunos em saber mais sobre o
assunto, então foram pesquisar na internet e
trouxeram todo o material pesquisado para a sala de
aula e diante do exposto, convidamos a Enfermeira
Fabiana Regina de Souza Molina -
Coordenadora da Central de Transplantes de Mato
Grosso - para ministrar uma palestra sobre o tema e
os alunos também fizeram uma exposição na
escola,convidamos os demais alunos da escola para
assistirem.
Sendo assim, para concluir o projeto, os alunos
escreveram uma carta para escritora Lúcia Seixas e
foram ao Correios postá-la.
Mas, alegria mesmo foi quando receberam a
resposta da carta que enviaram para a escritora, a
mesma postou em seu blog
http://procuraseumcoracao.blogspot.com.br fotos
dos alunos e comentou sobre o projeto.
Desta forma o aluno fica motivado a ler outra obra
de outro escritor e escrever novamente.
AVALIAÇÃO
Acredito que este projeto sustentou uma
proposta de trabalho para construção da leitura e da
escrita de forma prazerosa e real.
O trabalho foi altamente valorizado pelos alunos
da própria turma, os demais da escola e também por
outros educadores que tiveram a oportunidade de
observar durante a culminância do projeto.
A estratégia do projeto foi criar habilidade de
leitura e escrita dos alunos, além da sensibilidade
estética na produção textual.
O envolvimento dos alunos com a pesquisa
sobre "Doação de Órgãos", mostrou a função social
que se deu com a leitura deste livro.
Também, o interesse dos alunos por obras e
autores brasileiros.
A avaliação foi realizada a cada etapa do projeto,
ouvindo os alunos, coordenação e direção da
escola, os quais sinalizaram sucesso e desafios para
futuros trabalhos.

AUTOAVALIAÇÃO

Assumi e encarei a diversidade de tarefas no âmbito


das funções como uma oportunidade de melhoria;
Envolvi nas tarefas que me foram atribuídas com
vista à execução do projeto, de forma pontual e
rigorosa;
Demonstrei ter aptidão e conhecimentos adequados
para coordenar este projeto;
Procurei me atualizar os meus conhecimentos com
relação a temática do livro durante a execução do
projeto;
Acredito que superei o objetivo.

OBS.: Vou escrever aqui algumas falas de escritores


que já participaram deste Projeto.
...Agradeço a você e a seus alunos pelas deliciosas
cartas que me enviaram.....Mas você é super gentil,
sensível e deve conseguir que seus alunos amem as
aulas, o estudo e os livros!Lúcia Goes (2/1/1996)
...Fiquei encantado com as cartas que recebi de
seus alunos sobre meu livro. Agradeço, do fundo do
coração. Isso é o mais gratificante para um
escritor. Wagner Costa (12/12/1995)
...Quero, em primeiro lugar,parabenizá-la pelo
trabalho efetuado com os alunos, tão importante
para incentivar o gosto pela leitura...espero que
continue estimulando em seus alunos o amor pelos
livros...Rosana Rios (21/05/1996)
...De novo, as cartas de vocês me banharam de
alegria, e vai aqui meu muito obrigado!Achei bonito e
da melhor qualidade pedagógica o trabalho que você
desenvolveu com "O Segredo da Amizade"...gostaria
que me enviasse, pois pretendo mostrar nas minhas
andanças e dizer com orgulho, carinho e esperança
que em Juina(pois morava lá) há professoras com
essa sensibilidade e competência! Wagner Costa
(3/12/1995)
...Que bom receber notícias de você e do belo
trabalho que você continua desenvolvendo....e que
desse modo sejam despertados para o prazer da
leitura, tenho certeza de que todos os horizontes de
seu sucesso e felicidade futuros estão sendo abertos
à frente deles. Pedro Bandeira (nov/2012)
...Fiquei muito contente com as cartas de vocês, com
o carinho, com as palavras amigas. E quero mandar
um beijo bem gostoso para cada um, com os votos
de que continuem a gostar de ler, sempre...Sonia
Junqueira (1/2/1996)
...Fiquei encantada com as cartas..são lindas,
emocionantes.Recebi deles muitos estímulos,
excelentes comentários, desenhos, elogios, abraços,
beijos e uma porção de convites para visitar Juina.
Depois de ler as cartas fui procurar Juina no
mapa.Achei e fiquei me perguntando como é que
essa meninada vive, o que fazem, ...quem são esses
meninos e meninas, como são os professores, como
vivem? Coloquei as cartas deles num quadro para
enfeitar a parede do meu estúdio, perto do
computador. Vou lê-las sempre.Regina Chamlian
(10/6/2002)
...Seus alunos são muito legais e você também deve
ser, por dar estímulo e liberdade a eles. Eva Furnari
(25/11/2001)
...Achei interessante este projeto e lindos acrósticos
seus alunos fizeram...continue incentivando a
leitura. Angela Carneiro (10/2/1996)
....Continuem lendo, lendo bastante. Ler é diferente
de estudar. É muito mais gostoso do que estudar. E
a gente aprende muito, muito mais! Se vocês não
puderem comprar livros, visitem a biblioteca da sua
escola, do seu bairro, peçam livros emprestado,
peçam para seus pais comprarem para vocês. Mas
nunca deixem de ler. No conhecimento está a
diversão, está a felicidade. Na falta de leitura, na
ignorância, está a tristeza, está a escravidão. Pedro
Bandeira (15/7/1996)
...Eu achei simplesmente admirável o trabalho que
você tem com os seus alunos. Fazê-los participar de
primeiras experiências como ler e escrever cartas é
muito mais que se preocupar em ensinar. É uma
demonstração de puro amor à profissão e chega a
emocionar. E olha que eu sou meio durão... quer
dizer, durão uma ova! Eu me emociono facilmente e
confesso que fiquei mole quando vi aqueles
garranchos infantis me elogiando. Realmente, o
trabalho desenvolvido por você merece que a gente
fique aplaudindo sem parar. Aurélio de Oliveira
(4/11/1996)
e muitas outras......
"Eu quero desaprender para aprender de novo. Raspar as tintas com que me
pintaram. Desencaixotar emoções, recuperar sentidos" Rubem Alves
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domingo, 5 de novembro de 2017

SIMULADO DE PORTUGUÊS PARA ENSINO


FUNDAMENTAL - COM DESCRITORES E GABARITO
01 – Leia o cartaz abaixo e responda à questão:

De acordo com o texto, quem deve ser vacinado?


a) Crianças com paralisia.
b) Crianças menores de 5 anos.
c) Meninas de várias idades.
d) Meninos que tem 5 anos.

D.0 Compreender frases ou partes que compõem um texto.

02 – Leia o texto:
CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras,


Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,


Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,


Mais prazer encontro eu lá,
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,


Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,


Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Gonçalves Dias, A. “Poesias Completas 2 ed.
São Paulo: Saraiva, 1975. p. 83-84.

De acordo com o texto pode-se afirmar que o autor:


a) Mora na cidade onde nasceu.
b) Sente saudades de sua terra natal.
c) Faz elogios ao lugar onde está morando.
d) Quer morrer no lugar onde está vivendo.

D. 3 Inferir informações implícitas em um texto.

03 – No verso “Não gorjeiam como lá”. O termo destacado refere-se a:


a) Palmeiras.
b) Minha terra.
c) Sabiá.
d) Céu.

D. 15 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições


ou substituições que contribuem para sua continuidade.

04 – Leia o texto abaixo e responda a questão:

Conheça o robô que tem como local de


trabalho a maior floresta tropical do mundo!
Ele tem uma tarefa muito importante: cuidar da floresta amazônica. Esse
guardião é capaz de andar na água, na lama, na terra e na vegetação – e sem
fazer barulho, para não incomodar nem os animais nem os moradores do lugar.
Ele também é forte, aguenta até mordida de jacaré! E consegue obter dados
importantes sobre a Amazônia, além de coletar amostras do local. Prepare-se
para conhecer esse faz-tudo que é o robô ambiental híbrido.

Chico Mendes. www.cienciahoje.uol.com.br

Leia novamente a frase abaixo:

“Ele tem uma tarefa muito importante: cuidar da floresta amazônica”.

Nessa frase, o uso dos dois pontos (:) serve para:


a) Marcar uma pergunta.
b) Anunciar uma explicação.
c) Indicar que alguém vai falar.
d) Demonstrar surpresa.

D. 23 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de


outras notações.

05 – Leia o texto e responda à questão:


O ELEFANTE

O Juquinha e outros dois garotos foram levados ao diretor do zoológico por


causa de uma baita briga.
O diretor começa o interrogatório:
-- Quem é você e por que está aqui?
-- Eu sou Juquinha e joguei amendoim nos elefantes.
Então o diretor perguntou ao segundo:
-- Quem é você e por que está aqui?
-- Eu sou Joãozinho e joguei amendoim nos elefantes.
Então o diretor perguntou ao terceiro menino, que estava todo machucado:
-- Quem é você e por que está aqui?

Fonte Domenico, Guca; Sarrumar, Laert. O elefante. In:


Um campeonato de piadas. São Paulo: Nova Alexandria, 1999.

O texto é engraçado porque:


a) Juquinha e seus amigos foram levados para o diretor do zoológico.
b) Os meninos jogaram amendoim no elefante.
c) O terceiro menino tinha apelido de amendoim.
d) O terceiro menino estava todo machucado.

D. 21 Identificar efeitos de ironia e humor em textos.

06 – Leia o texto:
MATAM OU ENGORDAM?

Tem uma coisa que os adultos dizem que eu tenho certeza de que
aborrece as crianças:
“Vá lavar as mãos antes de comer! Ela está cheia de micróbios. Não coma
esse troço que caiu no chão! Lave logo o machucado, senão os micróbios
tomam conta!” Daí a criança vai logo pensando: “Coisa chata essa de
micróbio!” E eles vão ficando com essa fama de monstrinhos, sempre prontos a
atacar em caso de desleixo.
Mas sem micróbios e bactérias também não dá para viver, porque há um
montão deles que são essenciais para manter vida em nosso planeta. Quando
a gente vai lavar as mãos antes de comer fica até meio desapontado, pois não
vê micróbio nenhum. E acha aquilo um exagero. É que os micróbios são
microscópicos.
Os micróbios – não há como negar – são responsáveis por uma série de
aborrecimentos: gripe, sarampo, tifo, malária, febre amarela, paralisia infantil e
um bocado de coisas mais. Mas também há inúmeros micróbios benéficos, que
decompõem o corpo morto das plantas e animais, transformando suas
moléculas complexas em moléculas pequenas, aproveitáveis na nutrição das
plantas.
O vilão de nossa história, portanto, não é totalmente malvado. Se ele
desaparecesse, nós também acabaríamos junto com ele.

Adaptado: Ciência hoje das crianças. Rio de Janeiro:


SBPC, ano 6. n. 30, p. 20-23.
O assunto do texto é:
a) A chatice dos micróbios.
b) A falta dos micróbios.
c) O papel dos micróbios.
d) O desaparecimento dos micróbios.

D. 1 Identificar um tema ou sentido global de um texto.


07 – Leia o trecho abaixo retirado do texto:
No trecho: “... mas também há inúmeros micróbios benéficos, que decompões
o corpo morto das plantas e animais...”, a palavra grifada significa:
a) Que fazem mal.
b) Que causam aborrecimentos.
c) Que fazem bem.
d) Que provocam doenças.

D. 5 Inferir o sentido de palavra ou expressão.

08 – Na frase: “E eles vão ficando com essa fama de monstrinhos, sempre


prontos a atacar em caso de desleixo.” O termo destacado refere-se:
a) Adultos.
b) Crianças.
c) Micróbios.
d) Adultos e crianças.

D. 15 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições


ou substituições que contribuem para sua continuidade.

09 – Leia o texto abaixo:

A GALINHA MEDROSA

Logo ao nascer do sol, uma galinha medrosa, que acordou antes das
outras, saiu do galinheiro.
Ainda tonta de sono e meio distraída, viu a própria sombra atrás dela e
levou o maior susto:
-- Cocó... cococó... cocoricó... socorro! Tem um bicho horroroso me
perseguindo! Cocoricó... cocoricó...
E saiu correndo pra lá e pra cá, toda arrepiada, soltando penas para tudo
quanto é lado.

A barulheira acordou as outras galinhas que, assustadas saíram do


galinheiro (...)
Fonte: Lacocca, Liliana e Michele. A galinha e a sombra. SP: Ática, 1990.

De acordo com o texto, o que provocou medo na galinha:


a) Acordar com o nascer do sol.
b) Ver sua própria sombra.
c) Acordar antes das outras.
d) Ver um bicho no galinheiro.

D. 2 Localizar informações explícitas em um texto.

10 – Leia o texto:

O DESPERDÍCIO DA ÁGUA

A maioria das pessoas tem o costume de desperdiçar água, mas isso tem
de mudar, porque o consumo de água vem aumentando muito e está cada vez
mais difícil captar água de boa qualidade. Por causa do desperdício, a água
tem de ser buscada cada vez mais longe, o que encarece o processo e
consome dinheiro que poderia ser investido para proporcionar a todas as
pessoas condições mais dignas de higiene.
Soluções inviáveis e caras já foram cogitadas, mas estão longe de se
tornar realidade. São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras
para derrete-las, etc.

Fonte: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/aguanaboca/index.htm

A frase que expressa a opinião do autor é:


a) “Por causa do desperdício, a água tem de ser buscada cada vez mais longe
(...)”
b) “São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras para derrete-las,
etc.”
c) “A maioria das pessoas não têm o costume de desperdiçar água (...).”
d) “A maioria das pessoas têm o costume de desperdiçar água, mas isso tem de
mudar, porque o consumo de água vem aumentando muito (...).”

D. 10 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

11 – Leia o texto abaixo que pertence ao “Manual de Etiqueta: 33 dicas de


como enfrentar o aquecimento global e outros desafios da atualidade.”
“Ao fazer compras, leve sua própria sacola, de preferência as de pano
resistente”, aconselha o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young. Com
esse gesto simples, você deixará de participar da farra das sacolinhas
plásticas, que entopem cada vez mais os lixões das grandes cidades.

O conselho dado por Ricardo Young pretende:


a) Contribuir para a preservação das sacolas plásticas.
b) Evitar desperdício das sacolas plásticas.
c) Vender mais sacolas de pano.
d) Evitar entupimento dos bueiros.
D. 3 Inferir informações implícitas em um texto.

12 – O texto acima tem a finalidade de:


a) Divertir o leitor.
b) Influenciar o leitor para que ele mude de atitude.
c) Vender um produto.
d) Contar uma história ao leitor.

D. 7 Identificar a função de textos de diferentes gêneros.

13 – Observe o quadrinho da Mafalda:

Fonte: Quino, Joaquim. Toda Mafalda. São Paulo.


Martins Fontes, ed. 6, 2003.

A expressão de Mafalda, no último quadrinho, revela:


a) Satisfação.
b) Aborrecimento.
c) Alegria.
d) Realização.
D. 8 Interpretar textos que conjugam a linguagem verbal e não verbal.

14 – Leia o texto abaixo:


VIRA-PULGA

“Eu sou um cachorro de cidade. Não tenho raça nenhuma, me chamam


injustamente de vira-lata, quando na verdade deviam me chamar de fura-saco,
pois não existe mais lata de lixo hoje pela rua. Apesar de ser um vira-lata, ou
melhor, um fura-saco, eu tenho nome: Palito, que foi dado por minha dona, que
achava o meu latido muito fino...”

Fonte: Diléia Frate. Histórias de acordar. São Paulo.


Companhia das Letrinhas, 1996. p. 69.

O cachorro se chama Palito por que:


a) Late finíssimo.
b) É um cachorro de rua.
c) É um fura-saco.
d) Não tem nenhuma raça.

D. 11 Reconhecer relações lógicos discursivas presentes no texto marcadas


por conjugações, advérbios, etc.

15 – Observe a propaganda:
No trecho: “Sou Maluquinho, mas não sou doido de estragar meus livros!”. A
palavra destacada estabelece uma relação de:
a) Conclusão.
b) Explicação.
c) Contradição.
d) Alternância.

D. 12 Estabelecer a relação de causa e consequência entre partes elementos


do texto.

16 – Leia o texto:

O PULO
A Onça encontrou o gato e pediu:
-- Amigo Gato, você me ensina a pular?
O Gato ficou muito desconfiado, mas concordou.
Nas últimas aulas, a Onça pulava com rapidez e agilidade, parecia um
gato gigante.
-- Você é um professor maravilhoso, amigo Gato!
Dizia a Onça, agradando (...).

Fonte: Francisco Marques. Contos e lendas populares.

Nesse texto, quem disse que a onça “parecia um gato gigante” foi o:
a) Professor.
b) Gato.
c) Leitor.
d) Narrador.

D. 13 Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e interlocutor de


um texto.

17 – Leia o texto:
FANDANGO (dança cultura popular)

É mais comum no sul e sudeste do país, principalmente no litoral. Os


participantes formam rodas ou pares. Em algumas variações, os dançarinos
arrastam os pés, enquanto em outras, batem os pés para marcar o ritmo. Para
isso, os homens usam botinas com saltos ou tamancos de madeira. O
acompanhamento musical é feito por viola, rabeca, pandeiro e sanfona. Nos
estados do Nordeste, o fandango também é conhecido como marujada.

Fonte: Almanaque recreio. São Paulo: Editora Abril, 2003. p. 92.

No trecho “Em algumas variações, os dançarinos arrastam os pés,


enquanto em outras, batem os pés para marcar o ritmo”, as expressões em
destaque dão ideia de:
a) Ordem.
b) Modo.
c) Causa.
d) Lugar.

D. 11 Reconhecer relações lógicas discursivas presentes no texto marcadas


por conjunções, advérbios, etc.

18 – Leia o texto abaixo:

A GRALHA VAIDOSA

Júpiter deu a notícia de que pretendia escolher um rei para os pássaros e


marcou uma data para que todos eles comparecessem diante de seu trono. O
mais bonito seria declarado rei. Querendo arrumar-se o melhor possível, os
pássaros foram tomar banho e alisar as penas às margens de um arroio. A
gralha também estava lá no meio dos outros, só que tinha certeza de que
nunca ia ser a escolhida, porque suas penas eram muito feias.
“Vamos dar um jeito”, pensou ela.
Depois que os outros pássaros foram embora, muitas penas ficaram pelo
chão; a gralha recolheu as mais bonitas e prendeu em volta do corpo. O
resultado foi deslumbrante: nenhum pássaro era mais vistoso que ela. Quando
o dia marcado chegou, os pássaros se reuniram diante do trono de Júpiter;
Júpiter examinou todo mundo e escolheu a gralha para rei. Já ia fazer a
declaração oficial quando todos os outros pássaros avançaram para o futuro rei
e arrancaram suas penas falsas uma a uma, mostrando a gralha exatamente
como ela era.
Moral: Belas penas não fazem velos pássaros.

Fonte: http://www.metaforas.com.br/infantis/agralhavaidosa.htm

O problema da gralha vaidosa começou quando ela:

a) Decidiu participar do concurso.


b) Teve as penas arrancadas.
c) Apresentou-se diante de Júpiter.
d) Usou as penas que não eram dela.

D. 19 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que compõem a


narrativa.

19 – Observe a tirinha abaixo:

O humor na tirinha é provocado porque:


a) Cascão não percebe a presença das moscas na sua cabeça.
b) Cascão ficou bravo.
c) Cascão não percebe a presença de sua amiga Mônica.
d) As moscas saem voando.

D. 21 Identificar efeitos de ironia e humor em textos.

20 – Leia o texto abaixo:

ÁGUA: uma questão de sobrevivência.

Ao mesmo tempo que precisamos evitar a poluição dos mananciais,


devemos também economizar a água tratada. Deixar a torneira aberta,
enquanto escovamos os dentes, nos coloca no rol dos responsáveis. Atitudes
de respeito e preservação do meio ambiente, em particular o uso racional da
água, podem ser desenvolvidas a partir de atitudes em sala de aula. Monitorar
o hidrômetro (medidor do consumo de água), calcular o consumo de água por
pessoas e promover campanhas de redução de gasto são caminhos
interessantes para atingirmos tais objetivos.
Revista Nova Escola – março/2007. pg. 17.

Qual é o principal assunto desse texto?

a) A importância da atitudes em sala de aula.


b) A poluição do planeta Terra.
c) O monitoramento do hidrômetro.
d) O consumo racional da água.

D. 1 Identificar um tema ou sentido global de um texto.

21 – Leia o texto abaixo:

São Paulo, 24 de março de 2004.

Querida vovó, hoje lembrei que uns dias atrás, você me perguntou de que
eu tenho medo, então eu respondi que tenho medo do escuro. Aí você olhou
para mim e perguntou o que é medo. Eu não soube responder. Então eu estive
conversando com meus colegas da escola e descobrimos que o medo é uma
palavra que arrepia o corpo, arregala os olhos, ergue os fios do cabelo, bate
queixo e dentes, bambeia as pernas e molha as calças. Medo é uma palavra
que tem a cara fria da morte, olhos de mula-sem-cabeça, transparência de
fantasmas e corpo de alma do outro mundo. Tudo isso é o medo, por isso eu
não consegui lhe responder, pois além do escuro, tenho medo de outras
coisas. Papai me falou que quando estamos com medo precisamos fechar os
olhos e esquecer que estamos com medo. Em julho, vou passar as férias aí na
fazenda, então conversaremos mais sobre o medo.
Um beijo do seu neto, Ricardo.

Esse texto é:
a) Um anúncio.
b) Um poema.
c) Uma carta.
d) Uma notícia.

D. 6 Identificar o gênero de um texto.

22 – Leia o texto abaixo:

O MACACO E A VELHA

Havia uma velha, muito velha, chamada Marocas. Ela possuía um lindo
bananal. Mas a coitadinha da velha comia poucas bananas, pois havia um
macaco que lhe roubava todas.
Um dia, Marocas, cansada de ser roubada, teve uma ideia. Comprou no
armazém vários quilos de alcatrão e com ele fez um boneco. Colocou-o num
grande tabuleiro e o levou para o meio do bananal, pensando em dar uma lição
no macaco.
Logo que Marocas voltou para casa, lá veio o macaco Simão de
mansinho. Quando avistou o boneco, zangou-se pensando que ele lhe roubava
as bananas. O macaco, muito zangado deu-lhe uns sopapos ficando com a
mão grudada no alcatrão. Deu-lhe um pontapé. Ficou preso no boneco também
o seu pé. O macaco deu, então, uma cabeçada e ficou todinho grudado.
Marocas, saindo do barraco, pegou o chicote e surrou o macaco e só
parou, quando Simão, dando três pulos, desgrudou-se do alcatrão e fugiu.
Certa manhã, Simão teve uma ideia para se vingar da velha Marocas. Ele
entrou numa pele de leão que encontrou na floresta. Pulou o muro da casa da
velha e escondeu-se no bananal.
Quando a velha apareceu, Simão soltou um urro terrível e deu-lhe um
bote. A velha gritou e tentou fugir, mas, naquele alvoroço, caiu bem no fundo
do poço que havia no quintal.
O macaco vendo o perigo que ela corria, ficou muito triste, pois assustá-la,
mas não matá-la. Saiu bem rápido de dentro da pele e, olhando em volta, subiu
num pé de jamelão, pegou num galho bem grosso e espichou bem o rabo até o
fundo do poço.
Os gritos chamaram a atenção dos vizinhos que, chegando ao bananal,
surpreenderam-se com a cena.
O macaco fazendo força, trazendo Marocas dependurada no seu rabo.
Depois desse dia, as coisas mudaram. Marocas e o macaco ficaram amigos.
Era uma beleza! Ela, em vez de pancadas, dava-lhe bananas e doces.

O que deu início à briga entre Marocas e o macaco?


a) A lição que Marocas deu ao macaco.
b) O boneco roubar as bananas do macaco.
c) O macaco comer as bananas da Marocas.
d) O macaco ter caído no poço.

D. 19 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que compõem a


narrativa.

Acesse: www.armazemdetexto.blogspot.com.br

FILMES
01 – Doze anos de escravidão
02 – Quase Deuses
03 – O presente
04 – Verônica
05 – O menino maluquinho
06 – Percy Jackson e o Ladrão de Raios
07 – Memórias Póstumas de Brás Cubas
08 – Shrek 2
09 – Charlie Chaplin – Tempos Modernos
10 – O Primo Basílio
11 – Macunaíma
12 – A Odisseia
13 – Treino para a vida
14 – O ano em que meus pais saíram de férias
15 – Corrente do Bem
16 – Como estrelas na terra
17 – Olga
18 – Quanto vale ou é por quilo?
19 – Mulher Maravilha
20 – O Bom Gigante Amigo
21 – A Bailarina
22 – Zootopia
23 – As Crônicas de Nárnia
24 – Malévola
25 – Uma Lição de vida
26 – Cinderela
27 – O Poderoso Chefinho
28 – Kirikou e a Feiticeira
29 – Escritores da Liberdade
30 – Vem Dançar
31 – O touro Ferdinando
32 – Memórias do Cárcere
33 – Mentes Perigosas
34 – Desmundo
35 – Bullying Virtual
36 – Sociedade dos Poetas Mortos
37 – O nome da Rosa
38 – Mogli – O menino Lobo
39 – Minha mãe é uma peça
40 – Rio
41 – A menina que roubava livros
42 – A família do futuro
43 – Um ato de Liberdade
44 - O som do coração
45 - Um sonho possível
46 - Arthur e os Minimoys
47 - Arthur e a Vingança de Maltazard
48 - Germinal
49 - O Código da Vinci.
50 - Caramuru - A invenção do Brasil
51 - Gênio Indomável
52 - A Moreninha
53 - Crazy People - Muitos loucos
54 - Um estranho no ninho
55 - A Guerra do Fogo
56 - O Crime do Padre Amaro
57 - Guerra de Canudos
58 - Vidas Secas
59 - Freud, Além da Alma
60 - Central do Brasil
61 - O Carteiro e o Poeta
62 - Iracema
63 - O Pagador de Promessas
64 - Narradores de Javé
65 - O Enigma de Kaspar Hauser
66 - Ó Pai ó
67 - Lixo Extraordinário
68 - Maria Antonieta
69 - Meia Noite em Paris
70 - Frida
71 - O Show de Truman
72 - O Pesadelo de Darwin
73 - Gladiador
74 - Uma Odisseia no Espaço
75 - O Grande Ditador
76 - O Caçador de Pipas
77 - Morte e Vida Severina
78 - Grande Sertões, Veredas
79 - Dom
80 - A Missão
81 - Eles Não Usam Black-Tie
82 - Tapete Vermelho
83 - Zuzu Angel
84 - Lisbela e o Prisioneiro
85 - Morte ao Rei
86 - Os Miseráveis
87 - Carlota Joaquina
88 - O Patriota
89 - Jornada nas Estrelas
90 - O Silêncio dos Inocentes
91 - Xingu
92 - O Homem Formiga e a Vespa
93 - O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel
94 - Um Amor para Recordar
95 - O Loráx: (Em busca de Trúfula Perdida)
96 - A Era do Gelo
97 - A Fantástica Fábrica de Chocolate
98 - Rei Arthur
99 - Titanic
100 - A Hospedeira
101 - Batman - O Cavaleiro das Trevas
102 - Descendentes
103 - UP - altas aventuras
104 - A Era do Gelo 2
105 - Avatar
106 - O Dia Depois de Amanhã
107 - A Era do Gelo 4
108 - Wall - E
109 - Procurando Nemo
110 - Os Smurfs
111 - Peter Pan
112 - Meu Pé de Laranja Lima
113 - A Última Música
114 - Como Treinar o seu Dragão
115 - Alice no País das Maravilhas
116 - Como Treinar o seu Dragão II
117 - Viagem ao Centro da Terra
118 - A Menina e o Porquinho
119 - Gonzaga de Pai pra Filho
120 - E seu nome é Jonas
121 - Pequena Miss Sushine
120 - Extraordinário
121 - O Diabo Veste Prada
122 - O Auto da Compadecida
123 - A Viagem de Chihiro
124 - Sombras da Noite
125 - Jogador nº 1
126 - A Vida é Bela
127 - Tainá uma Aventura na Amazônia
128 - O Palhaço
129 - Diário de uma Paixão
130 - Vida Maria
131 - Moscou contra 007
132 - O Menino de Pijama Listrado
133 - Spartacus
134 - Intocáveis
135 - Os Estagiários
136 - X-Man - Dias de um Futuro Esquecido
137 - Karatê Kid 2
138 - Corajosos
139 - O Pescador de Ilusões
140 - Terra
141 - O Circo
142 - Divã
143 - Dr. Fantástico
144 - Aparecida - O Milagre
145 - A Rosa Púrpura do Cairo
146 - Kenoma
147 - O Homem Bicentenário
148 - Vento da Liberdade
149 - Meu Tio da América
150 - A escolha de Sofia
151 - Shakespeare Apaixonado
152 - Abril Despedaçado
153 - O Tempo e o Vento
154 - O Pianista
155 - Não Se Preocupe Nada Vai Dar Certo
EDAÇÃO DISSERTATIVA

Olá, Leitor!

Todo estudante precisa saber fazer uma boa redação dissertativa, ela é
essencial, pois é o tipo de redação pedida no ENEM e em outros vestibulares.
Se você ainda não aprendeu ou tem dificuldade de elaborar uma boa redação
neste estilo, não deixe de conferir nossas dicas.
Antes de começar a escrever, você precisa primeiro entender o que é uma
redação dissertativa. Esse estilo de redação é caracterizado
pela exposição edefesa de uma determinada ideia. Ela será analisada,
debatida e você irá apresentar um ponto de vista como base.
Para elaborar um texto dissertativo, é essencial que o aluno tenha um
conhecimento profundo na língua portuguesa. É essencial que haja uma
organização de palavras clara e objetiva, vocabulário rico e ortografia correta.
Também é necessário discutir, apresentar argumentos, justificar, explicar
e persuadir. E para te ajudar a construir uma redação dissertativa.

Passo a passo para criar uma redação dissertativa.

Agora que você já sabe o que é uma redação dissertativa e o que ela
precisa ter, vamos ao passo a passo de como criar sua redação. Qualquer
estudante consegue escrever uma boa redação, não tem segredo, não tem
mistério. Se você souber como faz e treinar, pode ter certeza que vai conseguir
uma boa nota.
Seu texto precisa ter uma boa estrutura, é importante se preocupar com
ela, principalmente quando falamos em redação de ENEM. Você não precisa
mostrar uma ideia revolucionária, mas precisa estar dentro dos critérios do
avaliador.
Uma boa redação é dividida em introdução, desenvolvimento e conclusão.
Para fazer essa organização e ficar dentro dos critérios estabelecidos você
precisa ter em mente os seguintes aspectos:

Introdução: Deve conter um parágrafo de 2 a 3 frases apenas. Você só


deve colocar nela o básico, dizendo o que vai falar na redação.

Desenvolvimento: Pode conter de 2 a 4 parágrafos. É nele que você vai


argumentar, analisar e discutir o tema da redação.

Conclusão: É um parágrafo com 2, 3 ou 4 frases. É um fechamento do


texto.
Agora que já sabe como fica a estrutura de uma boa redação, está na
hora do próximo passo, construí-la. Veja a seguir!

Como construir uma boa redação.

No momento que estiver escrevendo seu texto, você deve responder


algumas perguntas para garantir que está cumprindo com o que cada uma das
frases pede. Durante a introdução você deve se perguntar: “o que eu penso
sobre isso”?
É com essa pergunta que você deve basear sua introdução, pois o
desenvolvimento vai discorrer dependendo dela.

Durante o desenvolvimento você vai responder perguntas:


 “Como posso provar isso?”
 “Quais as causas disso?”
 “Quais as consequências disso?”
 “Como isso acontece?”
 “De que forma posso realizar isso?”

É no desenvolvimento que você vai tratar o assunto, mas lembre-se, você


não pode apresentar nenhuma solução para o problema, você fará isso na
próxima etapa.
E por fim a conclusão, e a pergunta que deve te orientar é “Que lição pode
ser tirada disso?” É a partir dessas respostas que você vai organizar sua
redação. É importante saber que os avaliadores não enxergam a redação como
algo único, eles a dividem em partes, assim como mostramos. Por isso, você
também deve fazer uma redação deixando bem claro as divisões: Introdução,
desenvolvimento e conclusão.

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quarta-feira, 15 de agosto de 2018
ATIVIDADES COM AS SÍLABAS COMPLEXAS - COM
GABARITO
ATIVIDADES COM AS SÍLABAS COMPLEXAS

01 – Ligue as palavras com seus representantes:


(1) Quente, Quem. (7) CL.
(2) Gesso, Sessenta. (9) NH.
(3) Arroz, Arraial. (10) H.
(4) Pregar, Prego. (1) QU.
(5) Trocar, Treco. (8) LH.
(6) Floresta, Flor. (11) CH.
(7) Cloro, Claro. (4) PR.
(8) Palhaço, Palha. (2) SS.
(9) Minhoca, Manhã. (6) FL.
(10) Hoje, Hora. (5) TR.
(11) Chuva, Cachorro. (3) RR.

02 – Complete as palavras com, BRA, BRE, BRI, BRO, BRU:


Brasileiro. Broto. Braço.
Briga. Brilho. Casebre.
Brejo. Breque. Embrulho.
Broche. Cabrito. Brinquedo.
Brigadeiro. Zebra. Bruxa.

03 – Ligue as palavras que se relacionam:


(1) Crina. (2) Galo.
(2) Crista. (1) Cavalo.
(3) Crucifixo. (4) Agulha.
(4) Crochê. (3) Cruz.
(5) Micróbio. (8) Brinquedo.
(6) Crédito. (7) Pele.
(7) Creme. (6) Dinheiro.
(8) Criança. (5) Doença.

04 – Leia e separe as palavras em sílabas:


Gravata – Gra-va-ta. Granulado – Gra-nu-la-do.
Grande – Gran-de. Graviola – Gra-vi-o-la.
Vinagre – Vi-na-gre. Tigre – Ti-gre.
Grampo – Gram-po. Agradecer – A-gra-de-cer.

05 – Complete as frases, com as palavras abaixo:


Preto – prêmio – prato – prova – professor.
a) Tomei um prato de sopa.
b) João ganhou um prêmio.
c) Hoje fiz uma prova de matemática.
d) O contrário de branco é preto.
e) Gosto do meu professor de português.

06 – Descubra outras palavras, acrescentando a letra R:


Boto – broto. Topa – tropa.
Mago – magro. Feia – feira.
Fio – frio. Tinta – trinta.
Peso – preso. Biga – briga.

PROJETO VIVENCIANDO VALORES NA ESCOLA


Projeto Vivenciando valores na Escola

Público Alvo:
O projeto será aplicado em toda a escola (turmas do 1° ao 9°
ano) com alunos entre 06 e 16 anos, na escola ..............................
Duração: 08 meses (fevereiro à outubro).
Apresentação:
Este projeto tem por finalidade promover a construção de uma
cidadania sadia, crítica, comparativa e consciente em seu
educando, tornando-se participativos como cidadãos no
desempenho do seu papel, frente aos seus direitos e deveres, e
respeitosos perante os direitos e deveres, dos seus semelhantes na
sociedade em que vivem.
Sabemos que implementar valores autênticos numa cultura
consumista não é tarefa simples. Introduzir novos hábitos nas salas
de aula pressupõe uma mudança de comportamento, que exige um
acompanhamento sistemático nosso, como educadores que somos.
Por que vivenciar Valores?
Os valores motivam o comportamento e a atividade humana.
São a fonte de energia que mantém a autoconfiança e a
objetividade. Hoje, na maioria dos países, os povos são
influenciados pela ideologia materialista que cria uma cultura de
acúmulo, posse, egoísmo e ganância.
Consequência: os autênticos perdem o brilho da verdade e a
força para sustentar e preservar uma cultura digna do ser humano.
Essa distorção de princípios é uma das causas da crise em que
vivemos no mundo moderno, marcado pela inquietação,
insegurança e, obviamente, ausência de paz.
A violência, os comportamentos negativos, estimulados pelos
meios de comunicação, a desagregação da família, as
desigualdades sociais são alguns dos resultados visíveis de uma
época contaminada pela inversão de valores.
Este quadro indica a necessidade de reformarmos nosso
comportamento e, para que isso aconteça, temos que resgatar e
vivenciar os momentos de verdade e harmonia no planeta terra.
Justificativa:
Resgatar e vivenciar os valores morais e culturais que
parecem adormecidos ou esquecidos em prol de uma modernidade
sem limites, materialista, que tira da criança, do jovem o direito de
sonhar, ter esperança e acreditar em uma perspectiva de vida, onde
haja uma convivência pacífica e harmoniosa, começando pela
relação família, comunidade e escola.
Nós (professoras) que fazemos o Centro de Multimeios da
EEEF Professora Francisca Silveira Gomes, cientes dos efeitos
nocivos de uma sociedade desestruturada sobre crianças e jovens,
resolvemos desenvolver o projeto-Vivenciando Valores na Escola
que levará à comunidade estudantil possibilidades de começar e
recomeçar, refletir e praticar valores básicos como a paz, o amor, o
respeito, a solidariedade, etc.
O projeto será desenvolvido de tal forma que, a cada mês, haja
um novo valor a ser trabalhado com os alunos. Isso implicará numa
série de atividades direcionadas e desenvolvidas dentro e fora do
estabelecimento de ensino. Desta maneira, toda a comunidade
escolar acabará sensibilizada e estimulada a refletir e trabalhar
sobre uma nova perspectiva na vida diária.
Objetivo Geral:
Apresentar as crianças e o jovem que, ao despertar os valores
que existem no seu íntimo, inicia-se o processo de transformação
da realidade social ao qual está inserido.
Objetivos Específicos:
 Incentivar a comunidade escolar a pesquisar e a vivenciar valores
de ordem superior, como qualidades inerentes a cada pessoas,
independentemente da classe econômica, social ou cultural que a
instituição está inserida.
 Criar um ambiente seguro para que todos explorem e expressem
estes valores, individual e coletivo, desenvolvendo maior
entendimento, motivação e responsabilidade em fazer escolhas
positivas.
 Direcionar os valores como fonte geradora de paz, segurança,
dignidade e evolução social.
 Realizar palestras e oficinas com temas direcionadas aos alunos,
pais e funcionários.
Este projeto abrangerá toda a comunidade escolar, com
participação efetiva dos alunos e professores do Ensino
Fundamental I e II, divididos e organizados por tópicos; os quais; se
dá no período de um ano letivo, com cada valor sendo trabalhado,
mensalmente, ou de meio ano, com um valor quinzenal.
Fevereiro / Março – Organização.
Março / Abril – União.
Abril / Maio – Amor.
Junho / Julho – Férias.
Julho / Agosto – Responsabilidade.
Agosto / Setembro – Respeito.
Setembro / Outubro – Obediência e Disciplina.
Novembro – Amizade.
Recursos:
Serão utilizados todas as fontes de pesquisas possíveis:
 Vídeos e filmes (Mãos Talentosas, A corrente do Bem, Desafiando
Gigante, A virada, entre outros);
 Revistas;
 Músicas;
 Jornais;
 Materiais recicláveis;
 Entrevistas;
 Palestras;
 Aulas extraclasses para pesquisa e levantamento de dados;
 Multimídia.
Desenvolvimento:
Os temas abordados dentro da proposta dos Valores serão
trabalhados com as turmas divididas em equipes ou individual com
as seguintes sugestões de atividades.
 Murais inspirando as crianças a trazerem fotos, poesias, músicas,
histórias, etc., relacionadas ao tema.
 Criação de frases sugestivas pelos alunos e professores que,
depois de selecionadas, podem ser lidas e comentadas com a
turma.
 Algumas histórias selecionadas de contos de fadas e fábulas,
histórias bíblicas e verídicas, notícias de jornal entre outras podem
ser trabalhadas como ponto de apoio e ponto de referência para
reflexão sobre o valor em exposição na sala.
 Todos os fatos que as crianças trouxerem para a sala de aula, fatos
que ocorrerem na escola, em casa ou até mesmo na própria sala de
aula e na comunidade em que mora, deverão ser apresentados
como fontes de aprendizado na área dos valores, mesmo que o fato
não esteja ligado ao valor do mês.
O professor sempre deverá estar atento para aproveitar
todas as chances em que a própria vida se torna uma lição.

 Músicas que falem do tema podem ser ouvidas, cantadas ou


criadas com os alunos. As letras também podem ser exploradas.
 Passeios a lugares escolhidos, procurando travar uma relação
entre o local e o valor.
 Peças de teatro escritas e encenadas pelos alunos, com
apresentação para toda escola.
 Uma pesquisa e seleção de filmes desenhos animados,
conduzindo-se a uma reflexão antes e depois.
 Profissionais de diversas áreas podem ser convidados para uma
visita, sugerindo uma exposição de suas experiências específicas,
inspirando a vivencia do valor, mostrando através da prática
profissional a relação do valor com a vida. Por exemplo, no mês do
amor, da paz, convidar um padre ou uma pessoa que domine o
assunto em questão.

 Murais com nomes das crianças e espaços para serem


preenchidos com estrelas coloridas, na medida em que elas
apresentam comportamentos positivos. Cada cor de estrela
representa uma qualidade, por exemplo: estrelas azuis – capricho.
Vermelhas – obediência e assim por diante. Para os menores isto
surtirá um efeito estimulante; eles vão querer ter seus nomes cheios
de todas as cores de estrelas.
 Realização de paródia com as turmas maiores.
 Trabalhar com dramatizações.
 Atividades de expressão corporal.
 Desenhos, pinturas.
 Redação: Amar é ...
 Trabalhar com alunos denominando-os de “Guardiões da Escola” –
grupo do aluno que serão responsáveis em monitorar, fiscalizar,
conscientizar quanto aos cuidados com a escola e a manutenção de
um ambiente de convívio agradável.
Ação dos professores:
Além de trabalhar os valores dentro de sua disciplina, cada
professor, todos os dias, lerá mensagens, com temas relacionados
a valores, para as turmas, onde serão feitos comentários, geração
de opiniões e produção de textos.
O Projeto será desenvolvido nas seguintes disciplinas:
Língua Portuguesa: Conceito do valor exposto e dramatização
da realidade desse valor e produções textuais.
Matemática: Dados e gráficos estatísticos das consequências
de violência na cidade, no estado e no país para mostrar aos alunos
o quanto é necessário o resgate desse valor em estudo.
Inglês: Música e tradução de letras de músicas, elaboração de
histórias em quadrinhos e uso do dicionário de inglês de acordo
com o tema selecionado.
Geografia: Valorização das relações entre as pessoas e textos
sobre valores.
História: Relatórios escritos ou verbais sobre filmes assistidos.
Ciências: Valores ambientais.
Artes: Confecção e pinturas de artigos referente ao valor
trabalhado onde os mesmos serviram de decoração da sala de aula
até mesmo da escola visando o trabalho em equipe.
Ensino Religioso: Mensagens bíblicas, estudos de passagens
bíblicas, orações, músicas e reflexões referentes ao tema em
estudo.
Educação Física: Danças, músicas, expressão corporal.
Culminância do Projeto:
O Projeto culminará sempre ao final de cada mês, com alunos
e professores numa exposição cultural a qual será realizada por
cada turma.
Os alunos poderão apresenta-los em forma de teatro, paródia,
jograis, poesias, músicas, danças e ações representadas através de
painéis fotográficos dos trabalhos realizados no chão da sala com o
auxílio do multimídia.
Avaliação:
Os alunos serão avaliados por seu desempenho nas
atividades. Serão também avaliados pela sua postura nas diferentes
situações e locais, sua capacidade de trabalho em pequenos e
grandes grupos.

"Eu quero desaprender para aprender de novo. Raspar as tintas com que me
pintaram. Desencaixotar emoções, recuperar sentidos" Rubem Alves
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quarta-feira, 1 de maio de 2019

CONTO: GAETANINHO - ALCÂNTARA MACHADO -


COM GABARITO
Conto: Gaetaninho

Alcântara Machado

-- Xi, Gaetaninho, como é bom!


Gaetaninho ficou banzando bem no meio da rua. O Ford quase
o derrubou e ele não viu o Ford. O carroceiro disse um palavrão e
ele não ouviu o palavrão.
– Eh! Gaetaninho Vem pra dentro.

Grito materno sim: até filho surdo escuta. Virou o rosto tão feio
de sardento, viu a mãe e viu o chinelo.
– Subito!
Foi-se chegando devagarinho, devagarinho. Fazendo beicinho.
Estudando o terreno. Diante da mãe e do chinelo parou. Balançou o
corpo. Recurso de campeão de futebol. Fingiu tomar a direita. Mas
deu meia volta instantânea e varou pela esquerda porta adentro.
Eta salame de mestre!
Ali na Rua Oriente a ralé quando muito andava de bonde. De
automóvel ou carro só mesmo em dia de enterro. De enterro ou de
casamento. Por isso mesmo o sonho de Gaetaninho era de
realização muito difícil. Um sonho.
O Beppino por exemplo. O Beppino naquela tarde atravessara
de carro a cidade. Mas como? Atrás da Tia Peronetta que se
mudava para o Araçá. Assim também não era vantagem.
Mas se era o único meio? Paciência.
Gaetaninho enfiou a cabeça embaixo do travesseiro.
Que beleza, rapaz! Na frente quatro cavalos pretos
empenachados levavam a Tia Filomena para o cemitério. Depois o
padre. Depois o Savério noivo dela de lenço nos olhos. Depois ele.
Na boleia do carro. Ao lado do cocheiro. Com a roupa marinheira e
o gorro branco onde se lia: ENCOURAÇADO SÃO PAULO. Não.
Ficava mais bonito de roupa marinheira mas com a palhetinha nova
que o irmão lhe trouxera da fábrica. E ligas pretas segurando as
meias. Que beleza, rapaz! Dentro do carro o pai, os dois irmãos
mais velhos (um de gravata vermelha, outro de gravata verde) e o
padrinho Seu Salomone. Muita gente nas calçadas, nas portas e
nas janelas dos palacetes, vendo o enterro. Sobretudo admirando o
Gaetaninho.
Mas Gaetaninho ainda não estava satisfeito. Queira ir
carregando o chicote. O desgraçado do cocheiro não queria deixar.
Nem por um instantinho só.
Gaetaninho ia berrar mas a Tia Filomena com mania de cantar
o “Ahi, Mari!” todas as manhãs o acordou.
Primeiro ficou desapontado. Depois quase chorou de ódio.
Tia Filomena teve um ataque de nervos quando soube do
sonho de Gaetaninho. Tão forte que ele sentiu remorsos. E para
sossego da família alarmada com o agouro tratou logo de substituir
a tia por outra pessoa numa nova versão de seu sonho. Matutou,
matutou, e escolheu o acendedor da Companhia de Gás, seu
Rubinho, que uma vez lhe deu um cocre danado de doído.
Os irmãos (esses) quando souberam da história resolveram
arriscar de sociedade quinhentão no elefante. Deu a vaca. E eles
ficaram loucos de raiva por não haverem logo adivinhado que não
podia deixar de dar a vaca mesmo.
O jogo na calçada parecia de vida ou morte. Muito embora
Gaetaninho não estava ligando.
– Você conhecia o pai do Afonso, Beppino?
– Meu pai deu uma vez na cara dele.
– Então você não vai amanhã no enterro. Eu vou!
O Vicente protestou indignado:
– Assim não jogo mais! O Gaetaninho está atrapalhando!
Gaetaninho voltou para o seu posto de guardião. Tão cheio de
responsabilidades.
O Nino veio correndo com a bolinha de meia. Chegou bem
perto. Com o tronco arqueado, as pernas dobradas, os braços
estendidos, as mãos abertas, Gaetaninho ficou pronto para a
defesa.
– Passa pro Beppino!
Beppino deu dois passos e meteu o pé na bola. Com todo o
muque. Ela cobriu o guardião sardento e foi parar no meio da rua.
– Vá dar tiro no inferno!
– Cala a boca, palestrino!
– Traga a bola!
Gaetaninho saiu correndo. Antes de alcançar a bola um bonde
o pegou. Pegou e matou.
No bonde vinha o pai de Gaetaninho.
Agurizada assustada espalhou a notícia na noite.
– Sabe o Gaetaninho?
– Que é que tem?
– Amassou o bonde!
A vizinhança limpou com benzina suas roupas domingueiras.
Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da Rua do
Oriente e Gaetaninho não ia na boleia de nenhum dos carros do
acompanhamento. Lá no da frente dentro de um caixão fechado
com flores pobres por cima. Vestia a roupa marinheira, tinha as
ligas, mas não levava a palhetinha.
Quem na boleia de um dos carros do cortejo mirim exibia
soberbo terno vermelho que feria a vista da gente era o Beppino.
Novelas Paulistanas. 3. ed. Rio de Janeiro:
J. Olympio, 1979. p. 11-3.
Entendendo o conto:
01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
 Araçá: nome de um cemitério da cidade de São Paulo.

 Banzar: pensar detidamente, meditar.

 Boleia: cabina do motorista.

 Cocre: cascudo.

 Palhetinha: chapéu de palha.


02 – Esse conto pode ser dividido em seis partes ou cenas. De uma
cena para outra, há um corte narrativo que introduz uma nova
situação num tempo e num espaço também novos. Essa
superposição de cenas vai compondo o todo como uma colagem,
como se o narrador estivesse de posse de uma teleobjetiva e fosse
fotografando cena por cena. Que tipo de linguagem se utiliza desse
recurso técnico?
A linguagem cinematográfica.
03 – Indique o parágrafo em que, ao descrever uma ação da
personagem, o narrador, como um locutor esportivo, se utiliza da
linguagem radiofônica.
O sexto parágrafo.
04 – O ambiente é reconstituído com traços leves, demonstrando
uma preocupação jornalística. Apesar disso, o autor consegue
identificar magistralmente a origem e a condição socioeconômica
das personagens.
a) Que elementos do texto confirmam que Gaetaninho e sua família
são italianos?
O nome das personagens, as gravatas dos irmãos mais velhos,
verde e vermelha, a tia cantando a ópera “Ahi, Mari!”, a fala da mãe
Subito! (“rápido”), a referência ao Palestra Futebol Clube
(“Palestrino”), etc.
b) Identifique alguns fatos que demonstram a condição
socioeconômica da Gaetaninho.
Morar na Rua Oriente, em São Paulo, antigamente habitada por
imigrantes italianos pobres; andar de bonde; jogar no bicho; o irmão
trabalhar na fábrica; o jogo de futebol na rua com bola de meia; as
flores pobres cobrindo o caixão, etc.
05 – Alcântara Machado preocupa-se não só em reproduzir os
traços rítmicos e melódicos da linguagem coloquial, como também
em mostrar a influência do imigrante italiano na fala paulistana.
a) Identifique nos diálogos uma situação em que se observa um desvio
em relação à variedade padrão formal da língua.
“Então você não vai amanhã no enterro. Eu vou!”
b) Identifique no texto palavras da língua italian.
Nomes de personagens (Beppino, Peronetta, Nino, etc); o título da
ópera, “Ahi, Mari!”; a palavra Subito.
06 – Que valor social está presente no desejo de Gaetaninho de
andar de automóvel e de ser admirado pelas pessoas?
O desejo de ascender socialmente. Como imigrante italiano
marginalizado, Gaetaninho queria ser aceito, afirmar-se na
sociedade brasileira.
07 – O final do conto é surpreendente, tanto pela rapidez com que
se dá a morte de Gaetaninho quanto pela ambiguidade causada
pela frase “amassou o bonde!”. Considerando o sentido do verbo
amassar em português e sabendo que ammazzare, do italiano,
significa “matar”, explique a ambiguidade contida nessa frase.
Entre outras interpretações, pode-se considerar Gaetaninho
como sujeito da ação (o menino foi atropelado/amassou o bonde,
precipitando-se sob as rodas do veículo) e ao mesmo tempo
paciente da ação (o menino foi atropelado/amassado/morto pelo
bonde). A ambiguidade da expressão “Amassou o bonde” suaviza a
crueza do espetáculo; a ironia suaviza a piedade.

Postado por Armazém de Texto às 08:08 Nenhum comentário:


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segunda-feira, 22 de abril de 2019

CONTO: LONGE COMO O MEU QUERER -


(FRAGMENTO) - MARINA COLASANTI - COM
QUESTÕES GABARITADAS
Conto: Longe como o meu querer - Fragmento
Marina Colasanti

Regressava ao castelo com suas damas, quando do alto do


cavalo o viu, jovem de longos cabelos à beira de um campo. E
embora fossem tantos os jovens que cruzavam seu caminho, a
partir daquele instante foi como se não houvesse mais nenhum.
Nenhum além daquele.
À noite, no banquete, não riu dos saltimbancos, não aplaudiu
os músicos, mal tocou na comida. As mãos pálidas repousavam. O
olhar vagava distante.
--- Que tens, filha, que te vejo tão pensativa? – Perguntou-lhe
o pai.
--- Oh! pai, se soubesses! – Exclamou ela, feliz de partilhar
aquilo que já não lhe cabia no peito. E contou do rapaz, do seu lindo
rosto, dos seus longos cabelos.
O que o pai pensou, não disse. Mas no dia seguinte, senhor
que era daquele castelo e das gentes, ordenou que se decapitasse
o jovem e se atirasse seu corpo ao rio. A cabeça entregou à filha
em bandeja de prata, ele que sempre havia satisfeito todas as suas
vontades.
--- Aqui tens o que tanto desejavas.
E sem esperar resposta, sem sequer procurá-la em seus olhos
retirou-se.
Saído o pai, a castelã lavou aquele rosto, perfumou e penteou
os longos cabelos, acarinhou a cabeça no seu colo. À noite pousou-
a no travesseiro ao lado do seu, e deitou-se para dormir.
Porém, no escuro, fundos suspiros barraram a chegada seu
sono.
--- Por que suspiras, doce moço? – Perguntou voltando-se
para o outro travesseiro.
--- Porque deixei a terra arada no meu campo. E as sementes
preparadas no celeiro. Mas não tive tempo de semear. E no meu
campo nada crescerá.
--- Não te entristeças – respondeu a castelã. Amanhã
semearei teu campo. No dia seguinte chamou sua dama mais fiel,
pretextou um passeio, e saíram ambas a cavalo.
Apearam no campo onde ela o havia visto a primeira vez. A
terra estava arada. No celeiro encontraram as sementes. A castelã
calçou tamancos sobre seus sapatinhos de cetim, não fosse a lama
denunciá-la ao pai. E durante todo o dia lançou sementes nos
sulcos.
À noite deitou-se exausta. Já ia adormecer, quando fundos
suspiros a retiveram à beira do sono.
--- Por que suspiras, doce moço, se já semeei teu campo?
--- Porque deixei minhas ovelhas no monte, e sem ninguém
para trazê-las ao redil serão devoradas pelos lobos.
--- Não te entristeças. Amanhã buscarei tuas ovelhas.
No dia seguinte, chamou aquela dama que mais do que as
outras lhe era fiel e, pretextando um passeio, saíram juntas além
dos muros do castelo.
Subiram a cavalo até o alto do monte. As ovelhas pastavam. A
castelã cobriu sua saia com o manto, não fossem folhas e espinhos
denunciá-la ao pai. Depois, com a ajuda da dama reuniu as ovelhas
e, levando o cavalo pelas rédeas, desceu com o rebanho até o redil.
Que tão cansada estava à noite, quando o suspiro fundo
pareceu chamá-la!
--- Por que suspiras, doce moço, se já semeei teu campo e
recolhi tuas ovelhas?
--- Porque não tive tempo de guardar a última palha do verão,
e apodrecerá quando as chuvas chegarem.
--- Não te entristeças. Amanhã guardarei a tua palha.
Quando no dia seguinte mandou chamar a mais fiel, não foi
preciso explicar-lhe aonde iriam. Pretextando desejo de ar livre,
afastaram-se ambas do castelo.
Os feixes de palha, amontoados, secavam ao sol. A castelã
calçou os tamancos, protegeu a saia, enrolou tiras de pano nas
mãos, não fossem feridas denunciá-la a seu pai. E começou a
carregar os feixes para o celeiro. Antes do anoitecer tudo estava
guardado, e as duas regressaram ao castelo.
Nem assim manteve-se o silêncio no escuro quarto da castelã.
Por que suspiras, doce moço? – Perguntou ela mais uma vez.
– Por que suspiras, se já semeei teu campo, recolhi tuas ovelhas, e
guardei tua palha?
--- Porque uma tarefa mais é necessária. E acima de todas me
entristece. Amanhã deverás entregar-me ao rio. Só ele sabe onde
meu corpo espera. Só ele pode nos juntar novamente antes de
entregar-nos ao mar.
--- Mas o mar é tão longe! – Exclamou a castelã num lamento.
E naquela noite foram dois a suspirar.
Ao amanhecer a castelã perfumou e penteou os longos
cabelos do moço, acarinhou a cabeça, depois a envolveu em linhos
brancos e chamou a dama.
Os cavalos esperavam no pátio, o soldado guardava o portão.
– Vamos entregar alguma comida para os pobres – disseram-lhe. E
saíram levando seu fardo.
Seguindo junto à margem, afastaram-se da cidade até
encontrar um remanso. Ali apearam. Abertos os linhos, entregaram
ao rio seu conteúdo. Os longos cabelos ainda flutuaram por um
momento, agitando-se como medusas. Depois desapareceram na
água escura.
De pé, a castelã tomou as mãos da sua dama. Que lhe fosse
fiel, pediu, e talvez um dia voltassem a se ver. Agora, cada uma
tomaria um rumo. Para a dama, o castelo. Para ela, o mar.
--- Mas é tão longe o mar! – exclamou a dama.
Montaram as duas. A castelã olhou a grande planície, as
montanhas ao fundo. Em algum lugar além daquelas montanhas
estava o mar. E em alguma praia daquele mar o moço esperava por
ela.
--- A distância até o mar – Disse tão baixo que talvez a dama
nem ouvisse – Se mede pelo meu querer.
E esporeou o cavalo.
Marina Colasanti. Longe como o meu querer. São Paulo: Ática, 2001.
Entendendo o conto:
01 – Pelo assunto abordado, é possível dizer que esse texto nunca
poderia ser publicado em uma revista como Scientific American
Brasil. Por quê?
Por que trata-se de um texto de ficção, inadequado para uma
revista de teor científico.
02 – A narrativa trata de um fato possível no plano real ou só
possível como ficção? Como você chegou à sua resposta?
O fato é apenas ficção. Entre os índices mais importantes dessa
ficcionalidade estão a possibilidade de a cabeça do moço manter-se
viva depois de desligada do resto do corpo e a posterior
reintegração do corpo, que se supõe acontecer.
03 – De todas as tarefas que o camponês solicitou à castelã, uma
foi a que mais o entristeceu.
a) Qual foi essa tarefa?
Que ela entregasse a cabeça dele ao rio para que encontrasse o
resto do corpo.
b) Por que essa tarefa teria feito o camponês ficar tão triste?
Porque ele sabia que, realizada a tarefa, ficaria para sempre longe
da castelã.
04 – Cada ação oculta da castelã, se descoberta, poderia
comprometê-la perante o pai. Por isso, ela elimina os indícios das
tarefas que realizava para o moço.
a) Identifique esses indícios.
Lama; folhas e espinhos; ferimentos (feridas).
b) Por que esses indícios seriam estranhos no dia-a-dia de uma
castelã?
Porque se relacionam com o trabalho braçal, realizado no campo,
impensável para um nobre.
05 – Releia: “Amanhã deverás entregar-me ao rio. Só ele sabe
onde meu corpo espera. Só ele pode nos juntar novamente
antes de entregar-nos ao mar.”
A que(m) se referem os pronomes destacados?
Ao corpo e à cabeça, que, novamente juntos, comporiam a
pessoa do jovem.
06 – Resuma o que acontece com a castelã e sua dama no final da
história.
A castelã vai para o mar procurar o camponês. A dama volta ao
castelo.
07 – Qual dos provérbios seguintes se relaciona mais diretamente
com o final da história?
a) No amor e na guerra tudo vale.
b) O fim da paixão é o começo do arrependimento.
c) É o amor que faz o mundo girar.
d) O amor não conhece distâncias.
08 – Não teria sido mais fácil simplesmente a princesa e o jovem se
casarem? Por que a história precisou de tantas peripécias?
Porque o rei certamente não autorizaria o casamento da filha
com um camponês.
09 – Identifique o sentido que o verbo vagar adquire no segundo
parágrafo de “Longe como o meu querer”. Em seguida, escreva
uma frase utilizando o mesmo verbo com sentido diferente.
Tem o sentido de percorrer vagando, ao acaso. Resposta
pessoal do aluno.
10 – Releia este trecho com atenção: “No dia seguinte, chamou sua
dama mais fiel, pretextou um passeio, e saíram ambas a cavalo.”
O verbo destacado aparece mais uma vez no conto. Pelo contexto,
qual é o significado desse verbo?
Dar como pretexto ou desculpa; dissimular o motivo real para
algum feito ou ação.
11 – Compare: “... acarinhou a cabeça no seu colo. À noite pousou-
a no travesseiro ao lado do seu...”. “Ao posar para a foto, segurava
o queixo.”
Os verbos pousar e posar têm formas parecidas, mas significados
diferentes. São parônimos.
a) Procure no dicionário o significado adequado de pousar e posar nas
frases acima.
Pousar: pôr, colocar. Posar: ficar imóvel em determinada posição,
para ser fotografado.
b) Procure no dicionário as palavras seguintes e leia seu significado.
Você encontrará também os parônimos dessas palavras. Procure-
os, observe seu significado e, no caderno, escreva frases com eles.
Emergir: trazer ou vir à tona. Imergir: estar imerso, mergulhar.
Pião: brinquedo geralmente de madeira. Peão: Aquele que anda a
pé; homem da plebe.
12 – No castelo havia muitas damas a serviço da castelã, mas uma
delas sobressaía no conjunto por uma característica. Empregando
apenas um substantivo abstrato, indique essa característica.
É a palavra fidelidade.
13 – No trecho abaixo, observe a palavra destacada, um coletivo:
“Os feixes de palha, amontoados, secavam ao sol.” Nos itens a
seguir, trocamos nessa frase a palavra palha por outras. Com essa
mudança, que substantivo você precisa colocar no lugar de feixes
para manter a coerência? Reflita e copie no caderno as frases
completando-as com o coletivo adequado:
a) As réstias/enfiadas de alho, amontoadas, secavam ao sol.
b) Os cachos de uva, amontoados, secavam ao sol.
c) Os buquês/ramalhetes de flores, amontoados, secavam ao sol.
14 – “Longe como o meu querer” é uma narrativa que chamamos de
conto. Identifique nesse conto:
a) As personagens.
A castelã, o moço decapitado, a dama fiel e o pai da castelã.
b) A ação principal de cada uma dessas personagens.
A castelã: realiza os desejos do moço decapitado. A dama:
acompanha a castelã e a ajuda. O moço decapitado: diz à castelã o
que deseja que seja feito. O pai: manda decapitar o moço.
15 – A partir de que ação (ações) indicada(s) na resposta anterior a
narrativa avança, evolui?
A partir da ação do moço decapitado: é pelo fato de a castelã
fazer o que ele diz que a narrativa caminha / evolui para o desfecho.
16 – Dentre as personagens, indique aquela cuja ação desencadeia
todas as outras ações no conto.
O pai da castelã: sua ação é o ponto de partida para as demais.
17 – Em muitas narrativas, há uma busca: as personagens agem de
modo a (re)encontrar seu objeto do desejo. A respeito desse conto
de Marina Colasanti, responda no caderno.
a) O que buscam as personagens?
A castelã busca o amor, representado pelo moço decapitado.
O moço busca cumprir suas tarefas cotidianas, as quais se vê
impossibilitado de realizar.
O pai da castelã busca realizar o desejo da filha.
A dama busca acompanhar sua senhora.
b) Qual é, na sua opinião, a busca mais importante, aquela que mais
contribui para que a narrativa atinja o seu desfecho?
É a da castelã, cuja busca a leva a abandonar o castelo, ação essa
que contribui o desfecho da narrativa.
18 – Antagonista é a personagem (ou um outro elemento da
narrativa) que retarda o desenrolar dos fatos, agindo contra a busca
principal. Na sua opinião, quem ou o que seria o antagonista desse
conto?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão; O antagonista mais
evidente é a distância que separa a castelã do moço decapitado.
Postado por Armazém de Texto às 14:13 Nenhum comentário:
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sábado, 20 de abril de 2019

CONTO: MORTE E MISTÉRIO EM SÃO PAULO -


REVISTA ISTO É - COM GABARITO
Conto: Morte e mistério em São Paulo

Um crime ocorrido na noite do domingo 28, num casarão do


bairro de Perdizes, em São Paulo, está intrigando a polícia. O
publicitário C. R., 40 anos, e a mulher, A. T., 33 anos, foram mortos
a tiros. Não se trata de um roubo, já que nada foi levado da casa,
onde também funcionava a produtora de comerciais de C. R. Tudo
indica que o crime teria sido cometido por alguém conhecido do
casal, já que A. foi achada morta de pijama na entrada da casa, um
indício de que teria aberto a porta para o matador. Já C. R. foi
encontrado no corredor. Ele teria tentado se refugiar na sala de
tevê, cuja porta foi arrombada. A polícia investiga um desfalque de
R$ 100 mil que teria sido sofrido recentemente por C. R.
Revista Isto É, 7/4/2004.
Entendendo o conto:
01 – De que acontecimento(s) o texto trata?
Trata de um crime ocorrido em São Paulo no qual duas pessoas
foram assassinadas.
02 – Quais as circunstâncias desse acontecimento (onde, quando,
como e por quê)?
Ocorreu em São Paulo, no dia 28 de março de 2004; o crime foi
cometido, pelo que tudo indica, por um conhecido do casal e não se
sabe o porquê.
03 – O texto narra um fato já acontecido ou algo ainda em
andamento? Retire do texto elementos que comprovem sua
resposta.
Um fato já acontecido. Os verbos no pretérito e as indicações de
tempo são marcas do passado.
04 – Podemos dividir o texto “Morte e mistério em São Paulo” em
partes.
a) Em quantas partes você dividiria esse texto?
Resposta pessoal do aluno.
b) Em que parte estão as informações que você julga as mais
importantes?
Resposta pessoal do aluno.
c) Que informações são essas?
As informações mais importantes são: o que aconteceu – um duplo
assassinado – e em quais circunstâncias.
05 – De acordo com o texto “Morte e mistério em São Paulo”, leia
atentamente e responda:
a) O fato apresentado no conto é real ou ficcional? Explique.
Trata-se de um fato ficcional.
b) No conto foram informados dados como a data e a hora em que o
fato apresentado aconteceu?
Não, o texto não possui referenciais enunciativos precisos.
c) O texto de Alcântara Machado é um conto. Por sua vez, “Morte e
mistério em São Paulo” é uma notícia. Que diferenças que você
percebe entre eles? E quem seriam os possíveis leitores de cada
um desses textos?
O conto é de natureza ficcional, literária. A notícia, por sua vez, é
constituída pelo relato de um acontecimento, ou acontecimentos. O
leitor de uma notícia é alguém interessado em informar-se sobre um
fato.
Postado por Armazém de Texto às 05:10 Nenhum comentário:
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sexta-feira, 19 de abril de 2019


CONTO: BOI DE GUIA - CORA CORALINA - COM
QUESTÕES GABARITADAS
Conto: BOI DE GUIA

Cora Coralina

O menino tinha nascido e se criado em Ituverava, da banda de


Minas. O pai era um carreiro de confiança, muito procurado para
serviços e colheitas. Tinha seu carro antigo, de boa mesa rejuntada,
fueirama firme, esteirado de couro cru, roda maciça de cabiúna
ferrada, bem provido o berrante de azeite e com seu eixo de cocão
cantador que a gente ouvia com distância de légua. Desses que
antigamente alegravam o sertão e que os moradores, ouvindo o
rechinado, davam logo a pinta do carreiro.
O pai tinha o carro e tinha as juntas redobradas em parelhas
certas, caprichadas, bois arados, retacos, manteúdos, de grandes
aspas e pelagem limpa. Era só que possuía. O canto empastado
onde morava, família grande, meninada se formando e sua
ferramenta de trabalho – os bois de carro.
Trabalhava para os fazendeiros de roda, principalmente na
colheita de café e mantimentos, meses a fio, enchendo tulhas e
paióis vazios. Quando acabava o café, era a cana, do canavial para
os engenhos, onde as tachas ferviam noite e dia e purgavam as
grandes formas de açúcar, cobertas de barro.
O candeeiro era ele, pirralho franzino, esmirrado, de cinco
anos.
Os pais antigos eram duros e criavam os filhos na lei da
disciplina. Na roça, criança não tinha infância. Firmava-se nas
pernas, entendia algum mandado, já tinha servicinho esperando.
Aos quatro anos montava em pelo, cabresteava potranquinha,
trazia bezerro do pasto, levava leite na cidade e entregava na
freguesia.
Era botado em riba do selote, não alcançava estribo. Se
descesse, não subia mais. Punha o litro nas janelas.
O cavalo em que montava era velho, arrasado manso e
sabido. Subia nas calçadas, encostava nos alpendres, conhecia as
ruas, desviava-se das buzinas e parava certo nos fregueses.
Quando de volta, recolhendo a garrafa vazia, gritava
desesperadamente:
-- Garrafa do leite...garrafa vaziiia! ...
Um da casa, atordoado com a gritaria, se apressava logo a
entregar o litro requerido.
Ajudava o pai. Desde que nasceu, contava ele. Nunca se
lembra de ter vadiado como os meninos de agora. Quando
começou a entender o pai, a mãe, os irmãos, o cachorro e o mundo
do terreiro, já foi fazendo servicinho. Catava lenha fina, garrancheira
para o fogão, caçava pela saroba os ninhos das botadeiras, ia atrás
dos peruzinhos e já quebrava xerém às chocas de pinto. Do pasto
trazia os bois de serviço. Seu gosto era vir pendurado no chifre do
guia barroso – tão grande, tão forte, tão manso – sempre remoendo
seus bolos de capim, nem percebia, também não se importava, não
dava mostras.
Acostumou-se com os bois e os bois com ele. Sabia o nome
de todos e os particulares de cada um. Chamava pra mangueira. O
pai erguia os braços possantes e passava as grande cangas
lustrosas; encorreiava os canzis debaixo das barbelas, enganchava
o cambão, encostava o coice, prendia a cambota. Passava mão na
vara, chamava. As argolinhas retiniam e o carro com sua boiada
arrancavam o caminho das roças.
Com cinco anos, era mestre-de-guia, com sua varinha
argolada.
Às vezes, o serviço era dentro de roças novas, de primeira
derrubada, cheia e tocos, tranqueirada de paulama, mal-
encoivaradas, ainda mais com seus muitos buracos de tatu.
O carreador, mal-amanhado, só dava o tantinho das rodas. Os
bois que aguentassem o repuxado, e o menino, esse, ninguém
reparava nele. Aí era que o carro vinha de caculo. A colheita no
meio da roça. Chuvas se encordoando de norte a sul ameaçando o
ar do tempo mudado e o fazendeiro arrochando pressa.
A boiada tinha de romper a pulso. O aguilheiro na frente,
pequeno, descalço, seu chapeuzinho de palha, seu porte franzino,
dando o que tinha.
Sentia nas costas o bafo quente do guia. Sentia no pano da
camisa a baba grossa do boi. O pai atrás, gritando os nomes,
sacudindo o ferrão. A boiada, briosa e traquejada, não queria ferrão
no couro, a criança atrapalhava. Aí, o guia barroso dava um meneio
de cabeça, baixava a aspa possante e passava a criança pra um
lado.
O menino tornava à frente. Outra vez a baba do boi na camisa,
o grito do carreiro afobado, o tinido das argolinhas e a grande aspa
passando a criança pra um lado.
O pai gritou frenisado:
-- Quem já viu aguiero chamá boi de banda...Passa pra frente
porquera...
-- Nhô pai, é o boi que me arreda...
-- Passa pra frente, covarde. Deixa de invenção, inzoneiro...
O menino enfrentou de novo. O homem sacudiu a vara e
pondo reparo. A argola retiniu, as juntas arrancaram. O barroso
alcançou a criança. Ia pisar, ia esmagar com sua pata enorme e
pesada.
Não pisou, não esmagou. Virou o guampaço num jeito e
passou a criança pra um lado sem magoar. Aí o velho carreiro
viu...viu o boi pela primeira vez...
Sentiu uma gastura e pela primeira vez uma coisa nova
inchando seu coração no peito e a limpou uma turvação da vista na
manga da camisa.
Cora Coralina. Estórias da casa velha da ponte. 2. ed. São Paulo:
Global, 1988.
Entendendo o conto:
01 – O narrador utiliza os primeiros parágrafos do texto quase
exclusivamente para descrever o carro de bois. Por que esse
veículo é tão importante na história?
Porque é a ferramenta de trabalho do pai do menino.
02 – No segundo parágrafo, descrevem-se os bois que conduzem o
carro. Nessa descrição, empregam-se termos regionais da língua
portuguesa. Algum deles é empregado em sua região? Qual?
Resposta pessoal do aluno.
03 – Releia a frase a seguir e explique no caderno o trecho em
destaque: “Na roça, então, criança não tinha infância.”
As crianças tinham pouca liberdade, obedeciam cegamente aos
pais e tinham que ajudar no trabalho.
04 – Você se lembra do trecho: “... já tinha servicinho esperando”?
Releia os serviços que o garoto faz e responda no caderno: na sua
opinião, são mesmo “servicinhos”? Por quê?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É a ironia desse
diminutivo no contexto.
05 – No caderno resuma, com suas palavras, a rotina do menino ao
entregar leite.
O menino precisava ser colocado em cima da sela do cavalo,
porque não conseguia montar sozinho; O cavalo ia parando sobre
as calçadas, e o litro de leite era colocado nas janelas. Quando
voltava, o garoto recolhia os litros vazios.
06 – Quando se cavalga, o cavaleiro é o condutor. Essa afirmativa
vale para o texto lido? Por quê?
Não, pois nesse caso o verdadeiro condutor é o cavalo, que
conhece o trajeto, para sobre as calçadas, desvia de buzinas e
sabe onde ficam as casas dos fregueses.
07 – Esse serviço, nas roças novas, era difícil para o menino. Por
quê?
Porque o espaço era pequeno para manobrar o carro de bois,
além de o chão estar ainda muito bruto e esburacado.
08 – Imagina a posição de um condutor de carro de bois. Em
seguida, explique esta fala do pai do menino:
“--- Quem já viu aguiero chama boi de banda...”
O pai critica o menino por meio de ironia. Sendo o aguilheiro, o
garoto deveria tomar a dianteira dos bois. No entanto, como era
muito pequeno, o boi de guia o suspendia com os chifres e o
colocava de lado.
09 – Resuma a cena que leva o pai a acreditar no menino.
Ao ser advertido pelo pai, o menino vai de novo para a frente
dos bois. O pai sacode a vara e presta atenção. O boi avança,
poderia esmagar a criança com seu peso, mas ajeita os chifres,
pega o garoto e o passa para o lado.
10 – Qual foi a reação do pai ao presenciar a cena?
O pai ficou aflito, comovido e quase chorou.
11 – Releia o trecho: “O cavalo [...] parava certo nos fregueses.”
Na verdade, onde parava o cavalo?
Na casa dos fregueses.
12 – Identifique a troca que ocorre nestes outros exemplos de
metonímia:
a) Ituverava inteira conhecia o menino.
O nome da cidade substitui a referência aos seus habitantes.
b) Tomou uma garrafa de leite.
O conteúdo (leite) é substituído pelo continente (garrafa).
c) Quando ouviam as argolinhas, os bois se movimentavam.
O efeito (som) é substituído por aquilo que o produz (argolinhas).
13 – O que significa a expressão destacada em cada uma das
frases a seguir?
a) Aos quatro anos montava em pelo...
Sem sela.
b) Estava nu em pelo.
Inteiramente nu.
14 – “--- Nhô pai, é o boi que me arreda...”. Dê o sentido do termo
destacado e explique como ele se formou.
Nhô: senhor. Da forma senhor resultou sinhô e, desta, siô e nhô,
termos empregados pelos escravos quando se dirigiam aos seus
senhores.

Crônica: PAUSA

MÁRIO QUINTANA

Quando pouso os óculos sobre a mesa para uma pausa na


leitura de coisas feitas, ou na feitura de minhas próprias coisas,
surpreendo-me a indagar com que se parecem os óculos sobre a
mesa.
Com algum inseto de grandes olhos e negras e longas pernas
ou antenas?
Com algum ciclista tombado?
Não, nada disso me contenta ainda. Com que se parecem
mesmo?
E sinto que, enquanto eu não puder captar a sua implícita
imagem-poema, a inquietação perdurará.
E, enquanto o meu Sancho Pança, cheio de si e de senso
comum, declara ao meu Dom Quixote que uns óculos sobre a
mesa, além de parecerem apenas uns óculos sobre a mesa, são,
de fato, um par de óculos sobre a mesa, fico a pensar qual dos dois
– Dom Quixote ou Sancho – vive uma vida mais intensa e portanto
mais verdadeira...
E paira no ar o eterno mistério dessa necessidade da recriação
das coisas em imagens, para terem mais vida, e da vida em poesia,
para ser mais vivida.
Esse enigma, eu o passo a ti, pobre leitor.
E agora?
Por enquanto, ante a atual insolubilidade da coisa, só me resta
citar o terrível dilema de Stechetti:
"Io sonno un poeta o sonno un imbecile?"
Alternativa, aliás, extensiva ao leitor de poesia...
A verdade é que a minha atroz função não é resolver e sim
propor enigmas, fazer o leitor pensar, e não pensar por ele.
E daí?
-- Mas o melhor – pondera-me, com a sua voz pausada, o meu
Sancho Pança –, o melhor é repor depressa os óculos no nariz.

Do livro A vaca e o hipogrifo. By Elena Quintana. São Paulo, Globo.


Entendendo a crônica:
01 – Quais as duas atividades que o autor interrompe ao pousar os
óculos sobre a mesa? Responda traduzindo o trocadilho do primeiro
parágrafo.
O autor interrompe a leitura de obras alheias (“leitura de coisas
feitas”) ou a criação de suas próprias obras (“feituras de minhas
próprias coisas”).
02 – Que imagem ocorre ao poeta ao contemplar os óculos sobre a
mesa?
A imagem de um inseto de grandes olhos e negras e longas
pernas ou antenas e a de um ciclista tombado.
03 – A inquietação provocada pela necessidade de captar a
“imagem-poema” dos óculos leva o autor a pensar em sua profissão
de escritor e de poeta. Mais ainda que isso, leva-o a pensar na
função da poesia. Seu senso comum (Sancho Pança) entra em
conflito com o seu senso poético (Dom Quixote).
a) O que são os óculos, segundo o senso comum?
Segundo o senso comum, os óculos são apenas aquilo que
parecem ser: duas lentes fixadas em uma armação.
b) Segundo o autor, por que existe em nós a necessidade de recriar as
contas e a vida em imagens?
Para que as coisas tenham mais vida e para que a vida seja vivida
mais intensamente.
c) O autor consegue explicar essa necessidade?
Não, para ele essa necessidade é um “eterno mistério”, um
“enigma”.
04 – Diante da “insolubilidade da coisa”, o autor resolve passar o
problema para o leitor. Segundo ele, qual é a função do poeta?
O poeta não tem a função de resolver e sim de propor enigmas;
de fazer o leitor pensar, e não de pensar por ele.
05 – “... o melhor é repor depressa os óculos no nariz”. Qual o
significado desse conselho?
É o senso prático do autor aconselhando-o a retomar o trabalho
e deixar de lado as questões insolúveis como a função do poeta e
da literatura que lhe ocorrem à mente.

Postado por Armazém de Texto às 16:50 Nenhum comentário:


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Marcadores: CRÔNICA

segunda-feira, 22 de abril de 2019

CRÔNICA: UMA TIA - DANUZA LEÃO - COM


QUESTÕES GABARITADAS
Crônica: Uma tia

DANUZA LEÃO

Uma tia. Só que não estou falando de uma tia qualquer; estou
falando daquela tia de antigamente, que nem sei se ainda existe.
Ela era assim: magrinha, já nascida com cerca de 75 anos e
com os ombros curvados; era tão discreta que nunca ficava doente
– e, se ficava, não dizia (para não dar despesa); por ser a mais
velha de uma escadinha de 12 ou 13 irmãos, ficou combinado que
nunca se casaria. Naquele tempo, era assim: o destino da mais
velha era ajudar a criar os mais novos e cuidar da mãe na velhice.
Como não tinha renda de nenhuma natureza, depois que a
mãe morreu, passou a morar ora com uma irmã, ora com outra,
fazendo a única coisa que sabia: ajudar. Um parente estava no
hospital? Lá ia ela. Alguém da família teve um bebê? Lá estava ela,
firme, dormindo num colchonete para que a mãe pudesse dormir.
Se se apegava à criança, ninguém estava interessado. Depois de
cumprida a missão, voltava para casa e não se falava mais naquilo.
Dizem que as mães fazem tudo pelos filhos – e até fazem –,
mas essas tias são diferentes. Talvez por não terem nunca perdido
tempo pensando em homens canalizam seus sentimentos para as
sobrinhas e têm sempre uma predileta. No caso, era eu.
Por mim ela fazia tudo e, de vez em quando, me dava um
presente: uns dois palmos de renda amarelecida pelo tempo, que
eu adorava – restos do enxoval de um vago noivado que não
chegou ao casamento. O noivo desapareceu, nunca mais se tocou
no assunto, e as pulseiras e broches de ouro com flores de coral
foram devolvidas, como faziam as moças direitas.
Essa tia não possuía um só bem material, mas era sempre
muito cheirosa; cheirava a água-de-colônia, que usava pouco, para
economizar. E, quando dei a ela – que já beirava os 90 anos – um
casaquinho rosa de tricô, banal, trazido de Paris, ela só o usava em
ocasiões muito especiais, para não gastar.
Em qualquer idade, ficar doente e ter uma tia dessas é uma
bênção. Com o quarto em penumbra, ela se sentava numa cadeira
em silêncio total e só se levantava – isso várias vezes ao dia – para
botar as costas da mão na testa para ver como estava a febre. E
isso, falando bem baixinho. Uma mãe faz isso? Faz, mas, quando a
febre baixa, aproveita para dar um pulinho ao cabeleireiro para
estar linda no jantar da noite.
Com essa tia, é diferente; você pode contar com ela para
rigorosamente tudo, e esse amor não pede nada em troca. Nem
mesmo agradecimento.
É doloroso, mas faz parte da vida não dar valor às pessoas
que temos certeza de que nos amam. Quantos domingos eu fiquei
lendo e relendo os jornais, sem chamá-la para almoçar fora, coisa
de que ela teria gostado tanto (sempre pedindo os pratos mais
baratos, claro)? Quantas vezes deixei de levar para ela uma
caixinha com três sabonetes ou um frasco de lavanda que nem
precisava ser francesa? Pois é.
O tempo passou, ela morreu, e eu – que não a via muito porque
tinha o trabalho, os filhos, o dia-a-dia, a maldita ginástica que não
podia perder – nem sofri tanto assim. Passou.
As reações às vezes são lentas; uns quatro ou cinco anos
depois, tive uma cólica renal e, no meio da dor, lembrei-me dela.
Dela, que teria ficado sentada no chão do banheiro, passando a
mão pelos meus cabelos, só de carinho, enquanto eu tomava
aqueles longos banhos quentes para melhorar a dor; dela, que fazia
a bainha de meu vestido cinco minutos antes da festa, se fosse
preciso; dela, a única que lembrava e contava episódios de minha
infância que só ela sabia. Dela, que gostava de mim como nunca,
jamais, ninguém gostou nem gostará, e eu só soube depois. Dela,
que quando me via em algum sufoco, sempre terminava dizendo:
"Vou rezar muito por você, e a Nossa Senhora vai te ajudar", sem
tentar me convencer a ir à missa ou a acreditar em Deus.
E eu, que nunca disse o quanto gostava dela.
Danuza Leão. As aparências enganam. São Paulo: Publifolha, 2004.
Entendendo a crônica:
01 – Na crônica, a autora fala de uma tia “que nem sei se ainda
existe”. Você tem uma tia assim?
Resposta pessoal do aluno.
02 – No texto inteiro, há trechos que descrevem a tia. Mas, em certa
passagem, essa descrição é bastante evidente.
a) Que passagem é essa?
Está descrito no 2° parágrafo.
b) Como essa tia é descrita pela autora?
É descrita física e psicologicamente.
c) Localize a expressão que introduz esse trecho explicitamente
descritivo.
A expressão é: “Ela era assim”.
03 – Que papel ela desempenhava na família?
O de cuidar dos irmãos mais novos e da mãe na velhice.
04 – A característica principal dessa tia é que ela ajudava sempre
que necessário. Indique passagens do texto que explicitam isso.
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Há várias passagens que
indicam isso, às vezes de forma melancólica, às vezes de forma
bem-humorada.
05 – Com que outro membro da família a tia é comparada? Na sua
opinião, por que a autora faz essa comparação?
Com a mãe. A mãe é associada ao zelo e ao cuidado para com
os filhos, características principais dessa tia.
06 – Embora a autora fale de uma tia em especial, é possível
afirmarmos que ela buscou descrever um tipo de tia que pode existir
em qualquer família. Esse procedimento de linguagem é o que
chamamos de generalização. Indique passagens do texto que
evidenciem a generalização.
Ela generaliza por meio do uso de determinadas expressões
como “ter uma tia dessas”, ou “essas tias são diferentes. O tempo
todo, há essa dicotomia no texto: a tia em especial, e a
generalização dessa figura da parentela.
07 – Todo o texto é percorrido por um sentimento da sobrinha para
com a tia.
a) Que sentimento é esse?
A saudade da tia perdida é o que marca o texto, do começo ao fim.
b) Localize uma passagem que justifica sua resposta ao item anterior.
No parágrafo que começa em “As reações às vezes são lentas [...]”,
esse sentimento fica explícito.
08 – Ao fim da crônica, a autora declara seu arrependimento por
não ter sido mais generosa com a tia da seguinte forma: “E eu, que
nunca disse o quanto gostava dela”. Na sua opinião, por que
Danuza Leão termina o texto dessa forma?
Resposta pessoal do aluno.
09 – Uma crônica é um texto em que o autor, a partir da observação
de um fato corriqueiro, um evento singular, um hábito ou uma
situação usual do quotidiano, leva seus leitores a refletirem. O fato
observado por Danuza Leão é de qual natureza: um fato corriqueiro,
um evento singular ou uma situação habitual do quotidiano?
Explique.
É uma situação habitual. Há indícios no texto que apontam para
isso, por exemplo o uso do procedimento da generalização,
indicado na questão 6 desta seção.
10 – Ao escrever sua crônica, a autora mistura diferentes níveis de
linguagem. Observe: “E, quando dei a ela – que já beirava os 90
anos – um casaquinho rosa de tricô, banal, trazido de Paris, ela
só o usava em ocasiões muito especiais, para não gastar.”
a) Qual é p sentido do verbo beirar nessa passagem?
Nessa passagem, significa “aproximar-se de”.
b) Consulte o dicionário e verifique que significados ele registra para
essa palavra.
O dicionário registra entre outros, os seguintes significados:
“costear, ladear, ir pela margem de”; “fazer limite com”.
c) Por que o uso do verbo beirar, nesse trecho pode ser considerado
um indício de que há mistura de níveis de linguagem no texto?
Na linguagem formal, o uso de “aproximar-se” é mais usual.
11 – Releia o trecho a seguir: “Com essa tia, é
diferente; vocêpode contar com ela para rigorosamente tudo, e
esse amor não pede nada em troca. Nem mesmo
agradecimento.”
A quem se refere o pronome você nessa passagem?
Justifique sua opinião.
A primeira impressão é que ela se refere ao leitor. Mas, ao ler o
trecho com mais atenção, percebe-se que o pronome generaliza a
ideia, ou seja, “você pode contar com ela” é o mesmo que dizer “é
possível contar com ela” ou “pode-se contar com ela”. O pronome
então funciona como índice de indeterminação do sujeito.
12 – Releia esta passagem da crônica: “O tempo passou, ela
morreu, e eu – que não a via muito porque tinha o trabalho, os
filhos, o dia-a-dia, a maldita ginástica que não podia perder – nem
sofri tanto assim. Passou.”
a) No início e no fim desse parágrafo, emprega-se o verbopassou. O
sentido é o mesmo nas duas ocorrências? Explique.
Na primeira ocorrência, o verbo refere-se à passagem do tempo,
sendo sinônimo de “transcorrer”.
Na segunda ocorrência, o sentido é outro: “deixar de ocorrer”,
“cessar”, “terminar”.
b) Qual é o sujeito de passou na segunda ocorrência? Explique.
O sujeito – não expresso – pode ser subentendido pelo contexto o
sofrimento passou.
13 – No penúltimo parágrafo do texto, que começa em “As reações
às vezes são lentas [...]”, repete-se várias vezes a palavra dela
após ponto e vírgula ou ponto final. Na sua opinião, o que a autora
consegue com essas repetições?
Essas repetições marcam a insistência na figura da tia. Essa
palavra, repetida assim, cria um ritmo semelhante à batida de
martelo, o que comunica a ideia de que ela, a autora, não mais se
esquecerá dessa tia.
14 – A última palavra do texto é dela. Na sua opinião, por que a
autora finaliza o texto com essa palavra?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Volta-se na insistência
sobre a figura da tia e a autora consegue terminar o texto de forma
circular, como se fechasse um ciclo.

A primavera da lagarta - Ruth Rocha - com interpretação


A PRIMAVERA DA LAGARTA - RUTH ROCHA

_Grande comício na floresta! Bem no meio da clareira, debaixo da bananeira!


Dona formiga convocou a reunião. _Isso não pode continuar!
_Não pode não! Apoiava o camaleão.
_É um desaforo. A formiga gritava. _É um desaforo!
_É mesmo. O camaleão concordava.
A joaninha que vinha chegando naquele instante perguntava: Qual é o desaforo,
hein?
_É um desaforo o que a lagarta faz!
_Come tudo o que é folha! Reclamava o Louva-a-deus.
_Não há comida que chegue!
A lagartixa não concordava: _Por isso não que as senhoras formigas também
comem.
_È isso mesmo! Apoiou o camaleão que vivia mudando de opinião.
_É muito diferente, depois a lagarta é uma grande preguiçosa, vive lagarteando por
aí.
_Vai ver que a lagartixa é parente da lagarta. Disse o camaleão que já tinha mudado
de opinião.
_Parente não! Falou a lagartixa. _É só uma coincidência de nome!
_Então não se meta!
_Abaixo a lagarta! Disse o gafanhoto. _Vamos acabar com ela!
_Vamos sim! Gritou a libélula. Ela é muito feia!
O Senhor Caracol ainda quis fazer um discurso: _É, minhas senhoras e meus
senhores, como é para o bem geral e para a felicidade nacional, em meu nome e em nome
de todo mundo interessado, como diria o conselheiro Furtado, quero deixar consignado que
está tudo errado. Mas como o caracol era muito enrolado, ninguém prestava atenção no
coitado.
Já estavam todos se preparando para caçar a lagarta.
_Abaixo a feiúra! Gritava aranha como se ela fosse muito bonita.
_Morra comilona! Exclamava o Louva-a-deus como se ele não fosse comilão
também.
_Vamos acabar com a preguiçosa! Berrava a cigarra esquecendo a sua fama de boa
vida.
E lá se foram eles, cantando e marchando:
_Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
_Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
Mas, a primavera havia chegado, por toda a parte havia flores na floresta, até
parecia festa. Os passarinhos cantavam e as borboletas, quantas borboletas de todas as
cores, de todos os tamanhos borboletearam pela mata. E os caçadores procuravam pela
lagarta:
_Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
_Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
E perguntavam para as borboletas que passavam:
_Vocês viram a lagarta que morava na amoreira? Aquela preguiçosa, comilona,
horrorosa.
As borboletas riam, riam, iam passando e nem respondiam. Até que veio chegando
uma linda borboleta.
_Estão procurando a lagarta da amoreira?
_Estamos sim. Aquela horrorosa, comilona.
E a borboleta bateu as asas e falou:
_Pois, sou eu.
_Não é possível! Não pode ser verdade! Você é linda!
E a borboleta sorrindo explicou:
_Toda lagarta tem seu dia de borboleta, é só esperar pela primavera.
_Não é possível, só acredito vendo!
_Venha ver! Isso acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irmã que está
acabando de virar borboleta.
Todos correram para ver. E ficaram quietinhos espiando. E a lagarta foi se
transformando, se transformando até que de dentro do casulo nasceu uma borboleta.
Os inimigos da lagarta ficaram admirados
_É um milagre!
_Bem que eu falei. Disse o camaleão que já tinha mudado de opinião.
E a borboleta falou: _É preciso ter paciência com as lagartas se quisermos conhecer as
borboletas.

Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/75895413/A-Primavera-Da-Lagarta-Ruth-Rocha


....................................................................................................................................................................................................................
.....
1. Relacione de acordo com os significados:
( a ) convocou ( ) atrevimento
( b ) apoiava ( ) acaso
( c ) desaforo ( ) concordava
( d ) coincidência ( ) idéia
( e ) opinião ( ) chamou para reunião

2. Quem conta a história?


( ) Dona formiga ( ) Lagarta ( ) Narrador(a)

3. Quem é a autora do texto?


4. Quem é a personagem principal do texto?
5. Por que Dona Formiga convocou um comício?
6. Onde aconteceu a reunião dos animais?
7. Por que o Camaleão sempre apoiava ou concordava?
8. Por que os animais achavam que a lagartixa estava defendendo a lagarta?
9. O que pensava a joaninha? E a lagartixa?
10. No final, o que os bichos descobriram sobre a lagarta?

11. Dê um adjetivo para cada animal:


Borboleta
________________________ Lagarta __________________________
Caracol _______________________ Louva-a-Deus
__________________________

12. Escreva o nome do animal que falou cada uma das frases:
— É um desaforo, o que a Lagarta faz!
________________________________
— É muito diferente. Depois, a Lagarta é uma preguiçosa. Vive lagarteando
por aí...______________________
— Vamos acabar com a preguiçosa! ________________________
— Parente, não. É só uma coincidência de nome.
______________________________________

13. Assinale ( V ) se for verdadeiro ou ( F ) se for falso:


( ) A lagarta que morava na folha da amoreira havia desaparecido.
( ) A borboleta bonita era a lagarta que eles estavam procurando.
( ) Os caçadores encontraram a lagarta na folha de outra árvore.
( ) Todos ficaram admirados com a transformação da lagarta.

14. Justifique sua resposta:


Você marcou verdadeiro ou falsa nesta questão? Por quê? ( ) A lagarta que
morava na folha da amoreira havia desaparecido.
15. O que você achou da história? Por quê?
16. O que você achou atitude dos bichos em relação à lagarta?
17. Os bichos estavam certos em perseguir a lagarta?
18. Os motivos que tinham eram suficientes para condená-la?

ITO
POEMA: Estas mãos

Olha para estas mãos


de mulher roceira,
esforçadas mãos cavouqueiras.

Pesadas, de falanges curtas,


sem trato e sem carinho.
Ossudas e grosseiras.

Mãos que jamais calçaram luvas.


Nunca para elas o brilho dos anéis.
Minha pequenina aliança.
Um dia o chamado heroico emocionante:
- Dei Ouro para o Bem de São Paulo.

Mãos que varreram e cozinharam.


Lavaram e estenderam
roupas nos varais.
Pouparam e remendaram.
Mãos domésticas e remendonas.

Íntimas da economia,
do arroz e do feijão
da sua casa.
Do tacho de cobre.
Da panela de barro.
Da acha de lenha.
Da cinza da fornalha.
Que encestavam o velho barreleiro
e faziam sabão.

Minhas mãos doceiras...


Jamais ociosas.
Fecundas. Imensas e ocupadas.
Mãos laboriosas.
Abertas sempre para dar,
ajudar, unir e abençoar.

Mãos de semeador...
Afeitas à sementeira do trabalho.
Minhas mãos raízes
procurando a terra.
Semeando sempre.
Jamais para elas
os júbilos da colheita.

Mãos tenazes e obtusas,


feridas na remoção de pedras e tropeços,
quebrando as arestas da vida.
Mãos alavancas
na escava de construções inconclusas.

Mãos pequenas e curtas de mulher


que nunca encontrou nada na vida.
Caminheira de uma longa estrada.
Sempre a caminhar.
Sozinha a procurar
o ângulo prometido,
a pedra rejeitada.

Cora Coralina
(1889-1985)
Entendendo o poema:
01 – Quais sentimentos esse poema despertou em você?
Resposta Pessoal.
02 – Registre o(s) trecho(s) do poema com o(s) qual(is) você mais
se identificou.
Resposta Pessoal.
03– Escreva palavras do texto que expressem:
a) A utilidade das mãos: Cavouqueiras, varreram, cozinharam,
semeando.
b) Gestos de solidariedade: Dar, ajudar, unir, abençoar.
04 – A poetisa expõe sua vida e seus sentimentos a partir da
descrição de suas próprias mãos.
Lendo esse poema, o que você poderia dizer sobre Cora Coralina?
Respostas possíveis: mulher simples, trabalhadora, cuidava da
casa, doceira, sofrida, solidária, etc.
05 – Em um dos trechos do poema, Cora Coralina compara suas
mãos a alavancas. Você concorda com isso? Justifique.
Resposta Pessoal.
Poema: Meu destino

Nas palmas de tuas mãos


Leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
Interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes --
Íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos.
Passavas com o fardo da vida...
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca
da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida...
Cora Coralina.
Entendendo o poema:
01 – O eu lírico refere-se a um encontro que mudou a sua vida. Que
versos, na primeira estrofe, revelam que ele já esperava por esse
encontro?
“Leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
Interferindo no teu destino.”
02 – Que verso, na segunda estrofe, mostra como se sentem o eu
lírico e o ser amado no momento do encontro?
“Indiferentes, cruzamos.”
03 – Na terceira estrofe, o eu lírico toma a iniciativa da
aproximação. Como reage o ser amado? Que verso confirma esse
fato?
O ser amado sorri, como diz o verso: “Sorri. Falamos.”
04 – Qual a possível relação entre o tema do poema e a forma
como as estrofes foram distribuídas?
As estrofes foram destruídas como o destino do eu lírico, estava
determinado nas palmas das mãos que no final caminhariam juntos
pela vida...
05 – Que figura de linguagem encontramos no verso: “Leio as linhas
da minha vida.”
Metáfora.
06 – Que sentido tem no poema a expressão: “fardo da vida”?
Tem o sentido de consequência das escolhas que fazemos, ou
seja, o “fardo”.
“Viver não é fardo / Viver é preencher o campo afetivo de luz e
paz.” Roberto Shinyashiki.
07 – No verso: “Linhas cruzadas, sinuosas”, encontramos a
repetição de fonemas (as) no final das palavras. Que figura fonética
é esta?
Aliteração.
08 – Que mensagem o poema lhe transmitiu? Comente:
Resposta pessoal do aluno.
ISSO NÃO ESTÁ ME CHEIRANDO BEM

Imagine uma bolinha de neve no topo de uma montanha e quando ela


chegar lá embaixo, vai ter virado um imenso bolão, não é? Isso é o que
acontece com o lixo.
Cada um de nós, brasileiros, produz mais ou menos 500 gramas de lixo todos
os dias. Parece pouco, mas é só fazer as contas. Todos os dias, esse lixo vira
um bolão de milhões de toneladas!!! Só na cidade de São Paulo, são
produzidas 12 mil toneladas por dia.
Para resolver esse problemão, a reciclagem é uma grande ideia! Na
reciclagem, o lixo é tratado e será reaproveitado para fazer novos produtos.
Para reciclar, é preciso primeiro separar os tipos de lixo feitos
de plástico, papel, metal e vidro, que são materiais reaproveitáveis. É por isso
que em alguns lugares a gente encontra aquelas lixeiras coloridas.

Suplemento “O Estadinho”,
agosto/2006.
a) O texto foi escrito para:
(A) Informar as pessoas.
(B) Divertir as pessoas.
(C) Promover um produto.
(D) Dar um recado

b) De acordo com as informações do texto, o grande problema nas cidades é:


(A) A separação do lixo.
(B) A reciclagem do lixo.
(C) A produção de lixo.
(D) Decomposição do lixo.

c) Para solucionar este problema é preciso:


(A) Separar o lixo para reciclagem.
(B) Jogar o lixo nos lixões.
(C) Limpar o lixo dos rios.
(D) Produzir mais lixo.

2.Leia a receita abaixo:

Bolo de laranja com casca

INGREDIENTES:

1 laranja média
1 xícara de chá de óleo
4 ovos
2 xícaras de chá de açúcar
2 xícaras de chá de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó

MODO DE PREPARO:
Corte a laranja em 4 pedaços, retire a parte branca do miolo e as sementes
que estiverem aparentes.
Bata no liquidificador as laranjas, o óleo, os ovos e o açúcar.
Em uma vasilha, misture a farinha de trigo e o fermento.
Adicione o conteúdo do liquidificador à mistura, mexendo com colher de pau.
Leve ao forno médio por aproximadamente 25 minutos em forma untada com
margarina e polvilhada com farinha de trigo.

1) A receita acima indica a maneira de preparar:


( A ) Uma torta
( B ) Um bolo
( C ) Um doce
( D ) Um salgado

2) Para seguir a receita, o que deve ser feito primeiro:


( A ) Bater no liquidificador os ingredientes.
( B ) Levar ao forno.
( C ) Cortar a laranja em quatro.
( D ) Em uma vasilha, misturar os ingredientes.
3) Para que serve este texto:
( A ) Preparar uma receita.
( B ) Contar uma história.
( C ) Informar sobre um fato.
( D ) Dar um recado.

3. TELEFONE COM FIO

MATERIAIS:
- Barbante;
- 2 copos de plástico vazios;
- Tesoura ou alfinete para furar os copos.

1º PASSO: Fure os copos com a ajuda do alfinete. O


tamanho do furo precisa dar para passar o barbante.

2º PASSO: Pegue o barbante, passe pelo furo do


primeiro copo. Depois vá esticando e passe pelo furo do
segundo copo.

3º PASSO: Agora é hora de prender o fio nos copos.


Pegue a ponta do barbante e amarre (do lado de dentro
do copo). Faça a mesma coisa no outro copo.

4º PASSO: Está pronto o telefone! Agora é só chamar um amigo, Cada um


fica com um copo e estica bem o barbante.
a) O texto ensina como fazer:
( A ) Uma receita ( C ) Um desenho
( B ) Um brinquedo ( D ) Um cartaz

b) Para seguir as instruções, o que deve ser feito primeiro:

( A ) Passar o barbante pelo furo.


( B ) Prender o fio nos copos.
( C ) Fazer o furo nos copos.
( D ) Nenhuma das alternativas.

c) Quais os materiais que você deve ter para fazer o brinquedo:

( A ) barbante, cola e tesoura ( C ) copos de plástico e tesoura


( B ) barbante, copos de plástico e alfinete ( D ) tesoura e cola

EMPREGO DOS PORQUÊS


Por que – normalmente usado no início de frases interrogativas.
Pode ser substituído por pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas
quais, por que (qual) motivo.
Ex.:
Por que você não fez a lição? = (Por qual motivo você não fez a
lição)? Interrogativa direta.
Não sei por que não fez a lição. Interrogativa indireta.
Por quê – no fim de frases.
Ex.:
Você não fez a lição. Por quê?
Porque – em respostas, para explicação ou causa. Pode ser
substituído por, pois.
Ex.:
Não reclames, porque é pior. Explicação.
Ele não fez a lição porque não a entendeu. Causa.
Porquê – sempre que houver o artigo o antes dele. Pode ser
substituído por motivo, razão.
Ex.:
Não sei o porquê desta bagunça.

1 – Preencha as lacunas em branco do texto com:

Por que, porque, por quê ou porquê???


Gabriela tem quatro anos e está naquela fase dos
porquês. Seu Otávio estava na sala lendo jornal quando...
- Papai, por que você lê jornal?
- Porque preciso saber das notícias. Respondeu o pai
Gabi continuou:
- Saber das notícias Por quê?
- Porque preciso ficar bem informado. O pai
respondeu, ainda paciente.
- Por que você quer ficar bem informado? Questionou
novamente.
Já cansado, o pai retrucou:
- Ah, filha! Seus porquês estão me deixando
enrolado...
Então...
2 – Complete as frases com porque, porquê, por que ou por
quê.
a) Você não saiu? Por quê?
b) Porque ela perdeu, fiquei triste.
c) A estrada por que andei não tinha fim.
d) Não entendi o porquê de tanta reclamação.
e) Não sei por que fui mal na prova.
 Agora, marque X na coluna que devemos usar para
completar as das frases abaixo:

Por Porque Por Porquê


que quê
Marina chorou. ? X

Eu sei o dessa X

situação.
Há fome no mundo? X

Vou ao parque gosto X

de lá.
Você nos chamou ? X

Eu vou dizer o da minha X

alegria.
Não sei ele ainda não X

chegou aqui.
Eu preciso estudar? X

A professora explicou X

o do eclipse lunar.
Eles vivem brigando? X

Volte cedo, é perigoso X

viajar a noite.
Soube que não gostou do X

livro.
?
X
Deve ter chovido, o
chão está molhado.

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