Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Conto: Gaetaninho
Alcântara Machado
Grito materno sim: até filho surdo escuta. Virou o rosto tão feio
de sardento, viu a mãe e viu o chinelo.
– Subito!
Foi-se chegando devagarinho, devagarinho. Fazendo beicinho.
Estudando o terreno. Diante da mãe e do chinelo parou. Balançou o
corpo. Recurso de campeão de futebol. Fingiu tomar a direita. Mas
deu meia volta instantânea e varou pela esquerda porta adentro.
Eta salame de mestre!
Ali na Rua Oriente a ralé quando muito andava de bonde. De
automóvel ou carro só mesmo em dia de enterro. De enterro ou de
casamento. Por isso mesmo o sonho de Gaetaninho era de
realização muito difícil. Um sonho.
O Beppino por exemplo. O Beppino naquela tarde atravessara
de carro a cidade. Mas como? Atrás da Tia Peronetta que se
mudava para o Araçá. Assim também não era vantagem.
Mas se era o único meio? Paciência.
Gaetaninho enfiou a cabeça embaixo do travesseiro.
Que beleza, rapaz! Na frente quatro cavalos pretos
empenachados levavam a Tia Filomena para o cemitério. Depois o
padre. Depois o Savério noivo dela de lenço nos olhos. Depois ele.
Na boleia do carro. Ao lado do cocheiro. Com a roupa marinheira e
o gorro branco onde se lia: ENCOURAÇADO SÃO PAULO. Não.
Ficava mais bonito de roupa marinheira mas com a palhetinha nova
que o irmão lhe trouxera da fábrica. E ligas pretas segurando as
meias. Que beleza, rapaz! Dentro do carro o pai, os dois irmãos
mais velhos (um de gravata vermelha, outro de gravata verde) e o
padrinho Seu Salomone. Muita gente nas calçadas, nas portas e
nas janelas dos palacetes, vendo o enterro. Sobretudo admirando o
Gaetaninho.
Mas Gaetaninho ainda não estava satisfeito. Queira ir
carregando o chicote. O desgraçado do cocheiro não queria deixar.
Nem por um instantinho só.
Gaetaninho ia berrar mas a Tia Filomena com mania de cantar
o “Ahi, Mari!” todas as manhãs o acordou.
Primeiro ficou desapontado. Depois quase chorou de ódio.
Tia Filomena teve um ataque de nervos quando soube do
sonho de Gaetaninho. Tão forte que ele sentiu remorsos. E para
sossego da família alarmada com o agouro tratou logo de substituir
a tia por outra pessoa numa nova versão de seu sonho. Matutou,
matutou, e escolheu o acendedor da Companhia de Gás, seu
Rubinho, que uma vez lhe deu um cocre danado de doído.
Os irmãos (esses) quando souberam da história resolveram
arriscar de sociedade quinhentão no elefante. Deu a vaca. E eles
ficaram loucos de raiva por não haverem logo adivinhado que não
podia deixar de dar a vaca mesmo.
O jogo na calçada parecia de vida ou morte. Muito embora
Gaetaninho não estava ligando.
– Você conhecia o pai do Afonso, Beppino?
– Meu pai deu uma vez na cara dele.
– Então você não vai amanhã no enterro. Eu vou!
O Vicente protestou indignado:
– Assim não jogo mais! O Gaetaninho está atrapalhando!
Gaetaninho voltou para o seu posto de guardião. Tão cheio de
responsabilidades.
O Nino veio correndo com a bolinha de meia. Chegou bem
perto. Com o tronco arqueado, as pernas dobradas, os braços
estendidos, as mãos abertas, Gaetaninho ficou pronto para a
defesa.
– Passa pro Beppino!
Beppino deu dois passos e meteu o pé na bola. Com todo o
muque. Ela cobriu o guardião sardento e foi parar no meio da rua.
– Vá dar tiro no inferno!
– Cala a boca, palestrino!
– Traga a bola!
Gaetaninho saiu correndo. Antes de alcançar a bola um bonde
o pegou. Pegou e matou.
No bonde vinha o pai de Gaetaninho.
Agurizada assustada espalhou a notícia na noite.
– Sabe o Gaetaninho?
– Que é que tem?
– Amassou o bonde!
A vizinhança limpou com benzina suas roupas domingueiras.
Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da Rua do
Oriente e Gaetaninho não ia na boleia de nenhum dos carros do
acompanhamento. Lá no da frente dentro de um caixão fechado
com flores pobres por cima. Vestia a roupa marinheira, tinha as
ligas, mas não levava a palhetinha.
Quem na boleia de um dos carros do cortejo mirim exibia
soberbo terno vermelho que feria a vista da gente era o Beppino.
Novelas Paulistanas. 3. ed. Rio de Janeiro:
J. Olympio, 1979. p. 11-3.
Entendendo o conto:
01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
Araçá: nome de um cemitério da cidade de São Paulo.
Cocre: cascudo.
GONÇALVES DIAS
Sábado, 28 de janeiro de 2017
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso Céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossas vidas mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
In Manuel Bandeira. Poesia e vida de Gonçalves Dias.
São Paulo, Ed. das Américas, 1962.
Entendendo o poema:
01 – Que visão de pátria é apresentada no poema? Confirme sua
resposta transcrevendo dois versos do texto em seu caderno.
Uma visão positiva e idealizada da pátria (Brasil). “Minha terra
tem primores”; “Nossos bosques têm mais vidas/Nossa vida mais
amores”.
02 – No poema, as palavras “lá” e “cá” aparecem repetidamente. O
que elas representam para o eu poético?
O lugar deixado para trás (a pátria) e o lugar em que o eu
poético se encontra no momento em que sente saudades.
03 – Apesar de se referir ao próprio país, o Brasil, podemos
considerar universal a maneira como o poeta vive seu sentimento
em relação à pátria. Por quê?
Porque muitas pessoas, de diferentes culturas e países,
experimentam a sensação de saudades da terra de origem quando
vivem em outro lugar. Assim como Gonçalves Dias, inúmeros
poetas “cantaram” o exílio.
04 – Como você interpretaria a repetição da expressão “Minha terra
tem...”?
Ela dá ênfase àquilo que a pátria tem, `aquilo que ela é. Ou seja,
o poema valoriza a pátria.
05 – Transcreva, em seu caderno, os versos do poema que podem
ilustrar os seguintes sentimentos:
a) Desilusão.
“As aves, que aqui gorjeiam, / não gorjeiam como lá”.
b) Encantamento.
“Nosso céu tem mais estrelas, / Nossas várzeas têm mais
flores”.
06 – Alguns versos do poema de Gonçalves Dias podem ser
relacionados a trechos do “Hino Nacional Brasileiro”, escrito 63
anos depois, em 1909. Identifique esses versos e transcreva-os em
seu caderno.
“Nossos bosques têm mais vida”, / “Nossa vida” no teu seio
“mais amores”.
07 – O que é exílio?
Afastamento voluntário ou forçado do lugar onde reside.
08 – Caracterize o eu lírico do poema.
Alguém que está vivendo fora da sua terra natal e tem saudades
desse lugar.
09 – No poema, o eu lírico compara a terra natal com a terra onde
está exilado. Que elementos são utilizados nessa comparação?
a) Sociais.
b) Naturais.
c) Econômicos.
d) Políticos.
10 – A distância da terra natal provoca no eu lírico:
a) Tristeza.
b) Desespero.
c) Angústia.
d) Saudade.
11 – Ao se referir à terra natal, o eu lírico apresenta uma imagem:
a) Realista.
b) Racional.
c) Idealizada.
d) Imparcial.
12 – Quais os principais temas característicos do Romantismo
apresentados nesse poema?
O nacionalismo, a exaltação da natureza, pessimismo e o
escapismo.
Lê-se para entender o mundo, para viver melhor. Em nossa cultura, quanto mais
abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral
quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem costuma)
encerrar-se nela. LAJOLO (2004, p.7)
JUSTIFICATIVA
CONTEÚDOS CURRICULARES
INTERDISCIPLINARES
AUTOAVALIAÇÃO
02 – Leia o texto:
CANÇÃO DO EXÍLIO
06 – Leia o texto:
MATAM OU ENGORDAM?
Tem uma coisa que os adultos dizem que eu tenho certeza de que
aborrece as crianças:
“Vá lavar as mãos antes de comer! Ela está cheia de micróbios. Não coma
esse troço que caiu no chão! Lave logo o machucado, senão os micróbios
tomam conta!” Daí a criança vai logo pensando: “Coisa chata essa de
micróbio!” E eles vão ficando com essa fama de monstrinhos, sempre prontos a
atacar em caso de desleixo.
Mas sem micróbios e bactérias também não dá para viver, porque há um
montão deles que são essenciais para manter vida em nosso planeta. Quando
a gente vai lavar as mãos antes de comer fica até meio desapontado, pois não
vê micróbio nenhum. E acha aquilo um exagero. É que os micróbios são
microscópicos.
Os micróbios – não há como negar – são responsáveis por uma série de
aborrecimentos: gripe, sarampo, tifo, malária, febre amarela, paralisia infantil e
um bocado de coisas mais. Mas também há inúmeros micróbios benéficos, que
decompõem o corpo morto das plantas e animais, transformando suas
moléculas complexas em moléculas pequenas, aproveitáveis na nutrição das
plantas.
O vilão de nossa história, portanto, não é totalmente malvado. Se ele
desaparecesse, nós também acabaríamos junto com ele.
A GALINHA MEDROSA
Logo ao nascer do sol, uma galinha medrosa, que acordou antes das
outras, saiu do galinheiro.
Ainda tonta de sono e meio distraída, viu a própria sombra atrás dela e
levou o maior susto:
-- Cocó... cococó... cocoricó... socorro! Tem um bicho horroroso me
perseguindo! Cocoricó... cocoricó...
E saiu correndo pra lá e pra cá, toda arrepiada, soltando penas para tudo
quanto é lado.
10 – Leia o texto:
O DESPERDÍCIO DA ÁGUA
A maioria das pessoas tem o costume de desperdiçar água, mas isso tem
de mudar, porque o consumo de água vem aumentando muito e está cada vez
mais difícil captar água de boa qualidade. Por causa do desperdício, a água
tem de ser buscada cada vez mais longe, o que encarece o processo e
consome dinheiro que poderia ser investido para proporcionar a todas as
pessoas condições mais dignas de higiene.
Soluções inviáveis e caras já foram cogitadas, mas estão longe de se
tornar realidade. São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras
para derrete-las, etc.
Fonte: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/aguanaboca/index.htm
15 – Observe a propaganda:
No trecho: “Sou Maluquinho, mas não sou doido de estragar meus livros!”. A
palavra destacada estabelece uma relação de:
a) Conclusão.
b) Explicação.
c) Contradição.
d) Alternância.
16 – Leia o texto:
O PULO
A Onça encontrou o gato e pediu:
-- Amigo Gato, você me ensina a pular?
O Gato ficou muito desconfiado, mas concordou.
Nas últimas aulas, a Onça pulava com rapidez e agilidade, parecia um
gato gigante.
-- Você é um professor maravilhoso, amigo Gato!
Dizia a Onça, agradando (...).
Nesse texto, quem disse que a onça “parecia um gato gigante” foi o:
a) Professor.
b) Gato.
c) Leitor.
d) Narrador.
17 – Leia o texto:
FANDANGO (dança cultura popular)
A GRALHA VAIDOSA
Fonte: http://www.metaforas.com.br/infantis/agralhavaidosa.htm
Querida vovó, hoje lembrei que uns dias atrás, você me perguntou de que
eu tenho medo, então eu respondi que tenho medo do escuro. Aí você olhou
para mim e perguntou o que é medo. Eu não soube responder. Então eu estive
conversando com meus colegas da escola e descobrimos que o medo é uma
palavra que arrepia o corpo, arregala os olhos, ergue os fios do cabelo, bate
queixo e dentes, bambeia as pernas e molha as calças. Medo é uma palavra
que tem a cara fria da morte, olhos de mula-sem-cabeça, transparência de
fantasmas e corpo de alma do outro mundo. Tudo isso é o medo, por isso eu
não consegui lhe responder, pois além do escuro, tenho medo de outras
coisas. Papai me falou que quando estamos com medo precisamos fechar os
olhos e esquecer que estamos com medo. Em julho, vou passar as férias aí na
fazenda, então conversaremos mais sobre o medo.
Um beijo do seu neto, Ricardo.
Esse texto é:
a) Um anúncio.
b) Um poema.
c) Uma carta.
d) Uma notícia.
O MACACO E A VELHA
Havia uma velha, muito velha, chamada Marocas. Ela possuía um lindo
bananal. Mas a coitadinha da velha comia poucas bananas, pois havia um
macaco que lhe roubava todas.
Um dia, Marocas, cansada de ser roubada, teve uma ideia. Comprou no
armazém vários quilos de alcatrão e com ele fez um boneco. Colocou-o num
grande tabuleiro e o levou para o meio do bananal, pensando em dar uma lição
no macaco.
Logo que Marocas voltou para casa, lá veio o macaco Simão de
mansinho. Quando avistou o boneco, zangou-se pensando que ele lhe roubava
as bananas. O macaco, muito zangado deu-lhe uns sopapos ficando com a
mão grudada no alcatrão. Deu-lhe um pontapé. Ficou preso no boneco também
o seu pé. O macaco deu, então, uma cabeçada e ficou todinho grudado.
Marocas, saindo do barraco, pegou o chicote e surrou o macaco e só
parou, quando Simão, dando três pulos, desgrudou-se do alcatrão e fugiu.
Certa manhã, Simão teve uma ideia para se vingar da velha Marocas. Ele
entrou numa pele de leão que encontrou na floresta. Pulou o muro da casa da
velha e escondeu-se no bananal.
Quando a velha apareceu, Simão soltou um urro terrível e deu-lhe um
bote. A velha gritou e tentou fugir, mas, naquele alvoroço, caiu bem no fundo
do poço que havia no quintal.
O macaco vendo o perigo que ela corria, ficou muito triste, pois assustá-la,
mas não matá-la. Saiu bem rápido de dentro da pele e, olhando em volta, subiu
num pé de jamelão, pegou num galho bem grosso e espichou bem o rabo até o
fundo do poço.
Os gritos chamaram a atenção dos vizinhos que, chegando ao bananal,
surpreenderam-se com a cena.
O macaco fazendo força, trazendo Marocas dependurada no seu rabo.
Depois desse dia, as coisas mudaram. Marocas e o macaco ficaram amigos.
Era uma beleza! Ela, em vez de pancadas, dava-lhe bananas e doces.
Acesse: www.armazemdetexto.blogspot.com.br
FILMES
01 – Doze anos de escravidão
02 – Quase Deuses
03 – O presente
04 – Verônica
05 – O menino maluquinho
06 – Percy Jackson e o Ladrão de Raios
07 – Memórias Póstumas de Brás Cubas
08 – Shrek 2
09 – Charlie Chaplin – Tempos Modernos
10 – O Primo Basílio
11 – Macunaíma
12 – A Odisseia
13 – Treino para a vida
14 – O ano em que meus pais saíram de férias
15 – Corrente do Bem
16 – Como estrelas na terra
17 – Olga
18 – Quanto vale ou é por quilo?
19 – Mulher Maravilha
20 – O Bom Gigante Amigo
21 – A Bailarina
22 – Zootopia
23 – As Crônicas de Nárnia
24 – Malévola
25 – Uma Lição de vida
26 – Cinderela
27 – O Poderoso Chefinho
28 – Kirikou e a Feiticeira
29 – Escritores da Liberdade
30 – Vem Dançar
31 – O touro Ferdinando
32 – Memórias do Cárcere
33 – Mentes Perigosas
34 – Desmundo
35 – Bullying Virtual
36 – Sociedade dos Poetas Mortos
37 – O nome da Rosa
38 – Mogli – O menino Lobo
39 – Minha mãe é uma peça
40 – Rio
41 – A menina que roubava livros
42 – A família do futuro
43 – Um ato de Liberdade
44 - O som do coração
45 - Um sonho possível
46 - Arthur e os Minimoys
47 - Arthur e a Vingança de Maltazard
48 - Germinal
49 - O Código da Vinci.
50 - Caramuru - A invenção do Brasil
51 - Gênio Indomável
52 - A Moreninha
53 - Crazy People - Muitos loucos
54 - Um estranho no ninho
55 - A Guerra do Fogo
56 - O Crime do Padre Amaro
57 - Guerra de Canudos
58 - Vidas Secas
59 - Freud, Além da Alma
60 - Central do Brasil
61 - O Carteiro e o Poeta
62 - Iracema
63 - O Pagador de Promessas
64 - Narradores de Javé
65 - O Enigma de Kaspar Hauser
66 - Ó Pai ó
67 - Lixo Extraordinário
68 - Maria Antonieta
69 - Meia Noite em Paris
70 - Frida
71 - O Show de Truman
72 - O Pesadelo de Darwin
73 - Gladiador
74 - Uma Odisseia no Espaço
75 - O Grande Ditador
76 - O Caçador de Pipas
77 - Morte e Vida Severina
78 - Grande Sertões, Veredas
79 - Dom
80 - A Missão
81 - Eles Não Usam Black-Tie
82 - Tapete Vermelho
83 - Zuzu Angel
84 - Lisbela e o Prisioneiro
85 - Morte ao Rei
86 - Os Miseráveis
87 - Carlota Joaquina
88 - O Patriota
89 - Jornada nas Estrelas
90 - O Silêncio dos Inocentes
91 - Xingu
92 - O Homem Formiga e a Vespa
93 - O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel
94 - Um Amor para Recordar
95 - O Loráx: (Em busca de Trúfula Perdida)
96 - A Era do Gelo
97 - A Fantástica Fábrica de Chocolate
98 - Rei Arthur
99 - Titanic
100 - A Hospedeira
101 - Batman - O Cavaleiro das Trevas
102 - Descendentes
103 - UP - altas aventuras
104 - A Era do Gelo 2
105 - Avatar
106 - O Dia Depois de Amanhã
107 - A Era do Gelo 4
108 - Wall - E
109 - Procurando Nemo
110 - Os Smurfs
111 - Peter Pan
112 - Meu Pé de Laranja Lima
113 - A Última Música
114 - Como Treinar o seu Dragão
115 - Alice no País das Maravilhas
116 - Como Treinar o seu Dragão II
117 - Viagem ao Centro da Terra
118 - A Menina e o Porquinho
119 - Gonzaga de Pai pra Filho
120 - E seu nome é Jonas
121 - Pequena Miss Sushine
120 - Extraordinário
121 - O Diabo Veste Prada
122 - O Auto da Compadecida
123 - A Viagem de Chihiro
124 - Sombras da Noite
125 - Jogador nº 1
126 - A Vida é Bela
127 - Tainá uma Aventura na Amazônia
128 - O Palhaço
129 - Diário de uma Paixão
130 - Vida Maria
131 - Moscou contra 007
132 - O Menino de Pijama Listrado
133 - Spartacus
134 - Intocáveis
135 - Os Estagiários
136 - X-Man - Dias de um Futuro Esquecido
137 - Karatê Kid 2
138 - Corajosos
139 - O Pescador de Ilusões
140 - Terra
141 - O Circo
142 - Divã
143 - Dr. Fantástico
144 - Aparecida - O Milagre
145 - A Rosa Púrpura do Cairo
146 - Kenoma
147 - O Homem Bicentenário
148 - Vento da Liberdade
149 - Meu Tio da América
150 - A escolha de Sofia
151 - Shakespeare Apaixonado
152 - Abril Despedaçado
153 - O Tempo e o Vento
154 - O Pianista
155 - Não Se Preocupe Nada Vai Dar Certo
EDAÇÃO DISSERTATIVA
Olá, Leitor!
Todo estudante precisa saber fazer uma boa redação dissertativa, ela é
essencial, pois é o tipo de redação pedida no ENEM e em outros vestibulares.
Se você ainda não aprendeu ou tem dificuldade de elaborar uma boa redação
neste estilo, não deixe de conferir nossas dicas.
Antes de começar a escrever, você precisa primeiro entender o que é uma
redação dissertativa. Esse estilo de redação é caracterizado
pela exposição edefesa de uma determinada ideia. Ela será analisada,
debatida e você irá apresentar um ponto de vista como base.
Para elaborar um texto dissertativo, é essencial que o aluno tenha um
conhecimento profundo na língua portuguesa. É essencial que haja uma
organização de palavras clara e objetiva, vocabulário rico e ortografia correta.
Também é necessário discutir, apresentar argumentos, justificar, explicar
e persuadir. E para te ajudar a construir uma redação dissertativa.
Agora que você já sabe o que é uma redação dissertativa e o que ela
precisa ter, vamos ao passo a passo de como criar sua redação. Qualquer
estudante consegue escrever uma boa redação, não tem segredo, não tem
mistério. Se você souber como faz e treinar, pode ter certeza que vai conseguir
uma boa nota.
Seu texto precisa ter uma boa estrutura, é importante se preocupar com
ela, principalmente quando falamos em redação de ENEM. Você não precisa
mostrar uma ideia revolucionária, mas precisa estar dentro dos critérios do
avaliador.
Uma boa redação é dividida em introdução, desenvolvimento e conclusão.
Para fazer essa organização e ficar dentro dos critérios estabelecidos você
precisa ter em mente os seguintes aspectos:
Público Alvo:
O projeto será aplicado em toda a escola (turmas do 1° ao 9°
ano) com alunos entre 06 e 16 anos, na escola ..............................
Duração: 08 meses (fevereiro à outubro).
Apresentação:
Este projeto tem por finalidade promover a construção de uma
cidadania sadia, crítica, comparativa e consciente em seu
educando, tornando-se participativos como cidadãos no
desempenho do seu papel, frente aos seus direitos e deveres, e
respeitosos perante os direitos e deveres, dos seus semelhantes na
sociedade em que vivem.
Sabemos que implementar valores autênticos numa cultura
consumista não é tarefa simples. Introduzir novos hábitos nas salas
de aula pressupõe uma mudança de comportamento, que exige um
acompanhamento sistemático nosso, como educadores que somos.
Por que vivenciar Valores?
Os valores motivam o comportamento e a atividade humana.
São a fonte de energia que mantém a autoconfiança e a
objetividade. Hoje, na maioria dos países, os povos são
influenciados pela ideologia materialista que cria uma cultura de
acúmulo, posse, egoísmo e ganância.
Consequência: os autênticos perdem o brilho da verdade e a
força para sustentar e preservar uma cultura digna do ser humano.
Essa distorção de princípios é uma das causas da crise em que
vivemos no mundo moderno, marcado pela inquietação,
insegurança e, obviamente, ausência de paz.
A violência, os comportamentos negativos, estimulados pelos
meios de comunicação, a desagregação da família, as
desigualdades sociais são alguns dos resultados visíveis de uma
época contaminada pela inversão de valores.
Este quadro indica a necessidade de reformarmos nosso
comportamento e, para que isso aconteça, temos que resgatar e
vivenciar os momentos de verdade e harmonia no planeta terra.
Justificativa:
Resgatar e vivenciar os valores morais e culturais que
parecem adormecidos ou esquecidos em prol de uma modernidade
sem limites, materialista, que tira da criança, do jovem o direito de
sonhar, ter esperança e acreditar em uma perspectiva de vida, onde
haja uma convivência pacífica e harmoniosa, começando pela
relação família, comunidade e escola.
Nós (professoras) que fazemos o Centro de Multimeios da
EEEF Professora Francisca Silveira Gomes, cientes dos efeitos
nocivos de uma sociedade desestruturada sobre crianças e jovens,
resolvemos desenvolver o projeto-Vivenciando Valores na Escola
que levará à comunidade estudantil possibilidades de começar e
recomeçar, refletir e praticar valores básicos como a paz, o amor, o
respeito, a solidariedade, etc.
O projeto será desenvolvido de tal forma que, a cada mês, haja
um novo valor a ser trabalhado com os alunos. Isso implicará numa
série de atividades direcionadas e desenvolvidas dentro e fora do
estabelecimento de ensino. Desta maneira, toda a comunidade
escolar acabará sensibilizada e estimulada a refletir e trabalhar
sobre uma nova perspectiva na vida diária.
Objetivo Geral:
Apresentar as crianças e o jovem que, ao despertar os valores
que existem no seu íntimo, inicia-se o processo de transformação
da realidade social ao qual está inserido.
Objetivos Específicos:
Incentivar a comunidade escolar a pesquisar e a vivenciar valores
de ordem superior, como qualidades inerentes a cada pessoas,
independentemente da classe econômica, social ou cultural que a
instituição está inserida.
Criar um ambiente seguro para que todos explorem e expressem
estes valores, individual e coletivo, desenvolvendo maior
entendimento, motivação e responsabilidade em fazer escolhas
positivas.
Direcionar os valores como fonte geradora de paz, segurança,
dignidade e evolução social.
Realizar palestras e oficinas com temas direcionadas aos alunos,
pais e funcionários.
Este projeto abrangerá toda a comunidade escolar, com
participação efetiva dos alunos e professores do Ensino
Fundamental I e II, divididos e organizados por tópicos; os quais; se
dá no período de um ano letivo, com cada valor sendo trabalhado,
mensalmente, ou de meio ano, com um valor quinzenal.
Fevereiro / Março – Organização.
Março / Abril – União.
Abril / Maio – Amor.
Junho / Julho – Férias.
Julho / Agosto – Responsabilidade.
Agosto / Setembro – Respeito.
Setembro / Outubro – Obediência e Disciplina.
Novembro – Amizade.
Recursos:
Serão utilizados todas as fontes de pesquisas possíveis:
Vídeos e filmes (Mãos Talentosas, A corrente do Bem, Desafiando
Gigante, A virada, entre outros);
Revistas;
Músicas;
Jornais;
Materiais recicláveis;
Entrevistas;
Palestras;
Aulas extraclasses para pesquisa e levantamento de dados;
Multimídia.
Desenvolvimento:
Os temas abordados dentro da proposta dos Valores serão
trabalhados com as turmas divididas em equipes ou individual com
as seguintes sugestões de atividades.
Murais inspirando as crianças a trazerem fotos, poesias, músicas,
histórias, etc., relacionadas ao tema.
Criação de frases sugestivas pelos alunos e professores que,
depois de selecionadas, podem ser lidas e comentadas com a
turma.
Algumas histórias selecionadas de contos de fadas e fábulas,
histórias bíblicas e verídicas, notícias de jornal entre outras podem
ser trabalhadas como ponto de apoio e ponto de referência para
reflexão sobre o valor em exposição na sala.
Todos os fatos que as crianças trouxerem para a sala de aula, fatos
que ocorrerem na escola, em casa ou até mesmo na própria sala de
aula e na comunidade em que mora, deverão ser apresentados
como fontes de aprendizado na área dos valores, mesmo que o fato
não esteja ligado ao valor do mês.
O professor sempre deverá estar atento para aproveitar
todas as chances em que a própria vida se torna uma lição.
"Eu quero desaprender para aprender de novo. Raspar as tintas com que me
pintaram. Desencaixotar emoções, recuperar sentidos" Rubem Alves
Mostrando postagens com marcador CONTO. Mostrar todas as postagens
quarta-feira, 1 de maio de 2019
Alcântara Machado
Grito materno sim: até filho surdo escuta. Virou o rosto tão feio
de sardento, viu a mãe e viu o chinelo.
– Subito!
Foi-se chegando devagarinho, devagarinho. Fazendo beicinho.
Estudando o terreno. Diante da mãe e do chinelo parou. Balançou o
corpo. Recurso de campeão de futebol. Fingiu tomar a direita. Mas
deu meia volta instantânea e varou pela esquerda porta adentro.
Eta salame de mestre!
Ali na Rua Oriente a ralé quando muito andava de bonde. De
automóvel ou carro só mesmo em dia de enterro. De enterro ou de
casamento. Por isso mesmo o sonho de Gaetaninho era de
realização muito difícil. Um sonho.
O Beppino por exemplo. O Beppino naquela tarde atravessara
de carro a cidade. Mas como? Atrás da Tia Peronetta que se
mudava para o Araçá. Assim também não era vantagem.
Mas se era o único meio? Paciência.
Gaetaninho enfiou a cabeça embaixo do travesseiro.
Que beleza, rapaz! Na frente quatro cavalos pretos
empenachados levavam a Tia Filomena para o cemitério. Depois o
padre. Depois o Savério noivo dela de lenço nos olhos. Depois ele.
Na boleia do carro. Ao lado do cocheiro. Com a roupa marinheira e
o gorro branco onde se lia: ENCOURAÇADO SÃO PAULO. Não.
Ficava mais bonito de roupa marinheira mas com a palhetinha nova
que o irmão lhe trouxera da fábrica. E ligas pretas segurando as
meias. Que beleza, rapaz! Dentro do carro o pai, os dois irmãos
mais velhos (um de gravata vermelha, outro de gravata verde) e o
padrinho Seu Salomone. Muita gente nas calçadas, nas portas e
nas janelas dos palacetes, vendo o enterro. Sobretudo admirando o
Gaetaninho.
Mas Gaetaninho ainda não estava satisfeito. Queira ir
carregando o chicote. O desgraçado do cocheiro não queria deixar.
Nem por um instantinho só.
Gaetaninho ia berrar mas a Tia Filomena com mania de cantar
o “Ahi, Mari!” todas as manhãs o acordou.
Primeiro ficou desapontado. Depois quase chorou de ódio.
Tia Filomena teve um ataque de nervos quando soube do
sonho de Gaetaninho. Tão forte que ele sentiu remorsos. E para
sossego da família alarmada com o agouro tratou logo de substituir
a tia por outra pessoa numa nova versão de seu sonho. Matutou,
matutou, e escolheu o acendedor da Companhia de Gás, seu
Rubinho, que uma vez lhe deu um cocre danado de doído.
Os irmãos (esses) quando souberam da história resolveram
arriscar de sociedade quinhentão no elefante. Deu a vaca. E eles
ficaram loucos de raiva por não haverem logo adivinhado que não
podia deixar de dar a vaca mesmo.
O jogo na calçada parecia de vida ou morte. Muito embora
Gaetaninho não estava ligando.
– Você conhecia o pai do Afonso, Beppino?
– Meu pai deu uma vez na cara dele.
– Então você não vai amanhã no enterro. Eu vou!
O Vicente protestou indignado:
– Assim não jogo mais! O Gaetaninho está atrapalhando!
Gaetaninho voltou para o seu posto de guardião. Tão cheio de
responsabilidades.
O Nino veio correndo com a bolinha de meia. Chegou bem
perto. Com o tronco arqueado, as pernas dobradas, os braços
estendidos, as mãos abertas, Gaetaninho ficou pronto para a
defesa.
– Passa pro Beppino!
Beppino deu dois passos e meteu o pé na bola. Com todo o
muque. Ela cobriu o guardião sardento e foi parar no meio da rua.
– Vá dar tiro no inferno!
– Cala a boca, palestrino!
– Traga a bola!
Gaetaninho saiu correndo. Antes de alcançar a bola um bonde
o pegou. Pegou e matou.
No bonde vinha o pai de Gaetaninho.
Agurizada assustada espalhou a notícia na noite.
– Sabe o Gaetaninho?
– Que é que tem?
– Amassou o bonde!
A vizinhança limpou com benzina suas roupas domingueiras.
Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da Rua do
Oriente e Gaetaninho não ia na boleia de nenhum dos carros do
acompanhamento. Lá no da frente dentro de um caixão fechado
com flores pobres por cima. Vestia a roupa marinheira, tinha as
ligas, mas não levava a palhetinha.
Quem na boleia de um dos carros do cortejo mirim exibia
soberbo terno vermelho que feria a vista da gente era o Beppino.
Novelas Paulistanas. 3. ed. Rio de Janeiro:
J. Olympio, 1979. p. 11-3.
Entendendo o conto:
01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
Araçá: nome de um cemitério da cidade de São Paulo.
Cocre: cascudo.
Cora Coralina
Crônica: PAUSA
MÁRIO QUINTANA
DANUZA LEÃO
Uma tia. Só que não estou falando de uma tia qualquer; estou
falando daquela tia de antigamente, que nem sei se ainda existe.
Ela era assim: magrinha, já nascida com cerca de 75 anos e
com os ombros curvados; era tão discreta que nunca ficava doente
– e, se ficava, não dizia (para não dar despesa); por ser a mais
velha de uma escadinha de 12 ou 13 irmãos, ficou combinado que
nunca se casaria. Naquele tempo, era assim: o destino da mais
velha era ajudar a criar os mais novos e cuidar da mãe na velhice.
Como não tinha renda de nenhuma natureza, depois que a
mãe morreu, passou a morar ora com uma irmã, ora com outra,
fazendo a única coisa que sabia: ajudar. Um parente estava no
hospital? Lá ia ela. Alguém da família teve um bebê? Lá estava ela,
firme, dormindo num colchonete para que a mãe pudesse dormir.
Se se apegava à criança, ninguém estava interessado. Depois de
cumprida a missão, voltava para casa e não se falava mais naquilo.
Dizem que as mães fazem tudo pelos filhos – e até fazem –,
mas essas tias são diferentes. Talvez por não terem nunca perdido
tempo pensando em homens canalizam seus sentimentos para as
sobrinhas e têm sempre uma predileta. No caso, era eu.
Por mim ela fazia tudo e, de vez em quando, me dava um
presente: uns dois palmos de renda amarelecida pelo tempo, que
eu adorava – restos do enxoval de um vago noivado que não
chegou ao casamento. O noivo desapareceu, nunca mais se tocou
no assunto, e as pulseiras e broches de ouro com flores de coral
foram devolvidas, como faziam as moças direitas.
Essa tia não possuía um só bem material, mas era sempre
muito cheirosa; cheirava a água-de-colônia, que usava pouco, para
economizar. E, quando dei a ela – que já beirava os 90 anos – um
casaquinho rosa de tricô, banal, trazido de Paris, ela só o usava em
ocasiões muito especiais, para não gastar.
Em qualquer idade, ficar doente e ter uma tia dessas é uma
bênção. Com o quarto em penumbra, ela se sentava numa cadeira
em silêncio total e só se levantava – isso várias vezes ao dia – para
botar as costas da mão na testa para ver como estava a febre. E
isso, falando bem baixinho. Uma mãe faz isso? Faz, mas, quando a
febre baixa, aproveita para dar um pulinho ao cabeleireiro para
estar linda no jantar da noite.
Com essa tia, é diferente; você pode contar com ela para
rigorosamente tudo, e esse amor não pede nada em troca. Nem
mesmo agradecimento.
É doloroso, mas faz parte da vida não dar valor às pessoas
que temos certeza de que nos amam. Quantos domingos eu fiquei
lendo e relendo os jornais, sem chamá-la para almoçar fora, coisa
de que ela teria gostado tanto (sempre pedindo os pratos mais
baratos, claro)? Quantas vezes deixei de levar para ela uma
caixinha com três sabonetes ou um frasco de lavanda que nem
precisava ser francesa? Pois é.
O tempo passou, ela morreu, e eu – que não a via muito porque
tinha o trabalho, os filhos, o dia-a-dia, a maldita ginástica que não
podia perder – nem sofri tanto assim. Passou.
As reações às vezes são lentas; uns quatro ou cinco anos
depois, tive uma cólica renal e, no meio da dor, lembrei-me dela.
Dela, que teria ficado sentada no chão do banheiro, passando a
mão pelos meus cabelos, só de carinho, enquanto eu tomava
aqueles longos banhos quentes para melhorar a dor; dela, que fazia
a bainha de meu vestido cinco minutos antes da festa, se fosse
preciso; dela, a única que lembrava e contava episódios de minha
infância que só ela sabia. Dela, que gostava de mim como nunca,
jamais, ninguém gostou nem gostará, e eu só soube depois. Dela,
que quando me via em algum sufoco, sempre terminava dizendo:
"Vou rezar muito por você, e a Nossa Senhora vai te ajudar", sem
tentar me convencer a ir à missa ou a acreditar em Deus.
E eu, que nunca disse o quanto gostava dela.
Danuza Leão. As aparências enganam. São Paulo: Publifolha, 2004.
Entendendo a crônica:
01 – Na crônica, a autora fala de uma tia “que nem sei se ainda
existe”. Você tem uma tia assim?
Resposta pessoal do aluno.
02 – No texto inteiro, há trechos que descrevem a tia. Mas, em certa
passagem, essa descrição é bastante evidente.
a) Que passagem é essa?
Está descrito no 2° parágrafo.
b) Como essa tia é descrita pela autora?
É descrita física e psicologicamente.
c) Localize a expressão que introduz esse trecho explicitamente
descritivo.
A expressão é: “Ela era assim”.
03 – Que papel ela desempenhava na família?
O de cuidar dos irmãos mais novos e da mãe na velhice.
04 – A característica principal dessa tia é que ela ajudava sempre
que necessário. Indique passagens do texto que explicitam isso.
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Há várias passagens que
indicam isso, às vezes de forma melancólica, às vezes de forma
bem-humorada.
05 – Com que outro membro da família a tia é comparada? Na sua
opinião, por que a autora faz essa comparação?
Com a mãe. A mãe é associada ao zelo e ao cuidado para com
os filhos, características principais dessa tia.
06 – Embora a autora fale de uma tia em especial, é possível
afirmarmos que ela buscou descrever um tipo de tia que pode existir
em qualquer família. Esse procedimento de linguagem é o que
chamamos de generalização. Indique passagens do texto que
evidenciem a generalização.
Ela generaliza por meio do uso de determinadas expressões
como “ter uma tia dessas”, ou “essas tias são diferentes. O tempo
todo, há essa dicotomia no texto: a tia em especial, e a
generalização dessa figura da parentela.
07 – Todo o texto é percorrido por um sentimento da sobrinha para
com a tia.
a) Que sentimento é esse?
A saudade da tia perdida é o que marca o texto, do começo ao fim.
b) Localize uma passagem que justifica sua resposta ao item anterior.
No parágrafo que começa em “As reações às vezes são lentas [...]”,
esse sentimento fica explícito.
08 – Ao fim da crônica, a autora declara seu arrependimento por
não ter sido mais generosa com a tia da seguinte forma: “E eu, que
nunca disse o quanto gostava dela”. Na sua opinião, por que
Danuza Leão termina o texto dessa forma?
Resposta pessoal do aluno.
09 – Uma crônica é um texto em que o autor, a partir da observação
de um fato corriqueiro, um evento singular, um hábito ou uma
situação usual do quotidiano, leva seus leitores a refletirem. O fato
observado por Danuza Leão é de qual natureza: um fato corriqueiro,
um evento singular ou uma situação habitual do quotidiano?
Explique.
É uma situação habitual. Há indícios no texto que apontam para
isso, por exemplo o uso do procedimento da generalização,
indicado na questão 6 desta seção.
10 – Ao escrever sua crônica, a autora mistura diferentes níveis de
linguagem. Observe: “E, quando dei a ela – que já beirava os 90
anos – um casaquinho rosa de tricô, banal, trazido de Paris, ela
só o usava em ocasiões muito especiais, para não gastar.”
a) Qual é p sentido do verbo beirar nessa passagem?
Nessa passagem, significa “aproximar-se de”.
b) Consulte o dicionário e verifique que significados ele registra para
essa palavra.
O dicionário registra entre outros, os seguintes significados:
“costear, ladear, ir pela margem de”; “fazer limite com”.
c) Por que o uso do verbo beirar, nesse trecho pode ser considerado
um indício de que há mistura de níveis de linguagem no texto?
Na linguagem formal, o uso de “aproximar-se” é mais usual.
11 – Releia o trecho a seguir: “Com essa tia, é
diferente; vocêpode contar com ela para rigorosamente tudo, e
esse amor não pede nada em troca. Nem mesmo
agradecimento.”
A quem se refere o pronome você nessa passagem?
Justifique sua opinião.
A primeira impressão é que ela se refere ao leitor. Mas, ao ler o
trecho com mais atenção, percebe-se que o pronome generaliza a
ideia, ou seja, “você pode contar com ela” é o mesmo que dizer “é
possível contar com ela” ou “pode-se contar com ela”. O pronome
então funciona como índice de indeterminação do sujeito.
12 – Releia esta passagem da crônica: “O tempo passou, ela
morreu, e eu – que não a via muito porque tinha o trabalho, os
filhos, o dia-a-dia, a maldita ginástica que não podia perder – nem
sofri tanto assim. Passou.”
a) No início e no fim desse parágrafo, emprega-se o verbopassou. O
sentido é o mesmo nas duas ocorrências? Explique.
Na primeira ocorrência, o verbo refere-se à passagem do tempo,
sendo sinônimo de “transcorrer”.
Na segunda ocorrência, o sentido é outro: “deixar de ocorrer”,
“cessar”, “terminar”.
b) Qual é o sujeito de passou na segunda ocorrência? Explique.
O sujeito – não expresso – pode ser subentendido pelo contexto o
sofrimento passou.
13 – No penúltimo parágrafo do texto, que começa em “As reações
às vezes são lentas [...]”, repete-se várias vezes a palavra dela
após ponto e vírgula ou ponto final. Na sua opinião, o que a autora
consegue com essas repetições?
Essas repetições marcam a insistência na figura da tia. Essa
palavra, repetida assim, cria um ritmo semelhante à batida de
martelo, o que comunica a ideia de que ela, a autora, não mais se
esquecerá dessa tia.
14 – A última palavra do texto é dela. Na sua opinião, por que a
autora finaliza o texto com essa palavra?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Volta-se na insistência
sobre a figura da tia e a autora consegue terminar o texto de forma
circular, como se fechasse um ciclo.
12. Escreva o nome do animal que falou cada uma das frases:
— É um desaforo, o que a Lagarta faz!
________________________________
— É muito diferente. Depois, a Lagarta é uma preguiçosa. Vive lagarteando
por aí...______________________
— Vamos acabar com a preguiçosa! ________________________
— Parente, não. É só uma coincidência de nome.
______________________________________
ITO
POEMA: Estas mãos
Íntimas da economia,
do arroz e do feijão
da sua casa.
Do tacho de cobre.
Da panela de barro.
Da acha de lenha.
Da cinza da fornalha.
Que encestavam o velho barreleiro
e faziam sabão.
Mãos de semeador...
Afeitas à sementeira do trabalho.
Minhas mãos raízes
procurando a terra.
Semeando sempre.
Jamais para elas
os júbilos da colheita.
Cora Coralina
(1889-1985)
Entendendo o poema:
01 – Quais sentimentos esse poema despertou em você?
Resposta Pessoal.
02 – Registre o(s) trecho(s) do poema com o(s) qual(is) você mais
se identificou.
Resposta Pessoal.
03– Escreva palavras do texto que expressem:
a) A utilidade das mãos: Cavouqueiras, varreram, cozinharam,
semeando.
b) Gestos de solidariedade: Dar, ajudar, unir, abençoar.
04 – A poetisa expõe sua vida e seus sentimentos a partir da
descrição de suas próprias mãos.
Lendo esse poema, o que você poderia dizer sobre Cora Coralina?
Respostas possíveis: mulher simples, trabalhadora, cuidava da
casa, doceira, sofrida, solidária, etc.
05 – Em um dos trechos do poema, Cora Coralina compara suas
mãos a alavancas. Você concorda com isso? Justifique.
Resposta Pessoal.
Poema: Meu destino
Suplemento “O Estadinho”,
agosto/2006.
a) O texto foi escrito para:
(A) Informar as pessoas.
(B) Divertir as pessoas.
(C) Promover um produto.
(D) Dar um recado
INGREDIENTES:
1 laranja média
1 xícara de chá de óleo
4 ovos
2 xícaras de chá de açúcar
2 xícaras de chá de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó
MODO DE PREPARO:
Corte a laranja em 4 pedaços, retire a parte branca do miolo e as sementes
que estiverem aparentes.
Bata no liquidificador as laranjas, o óleo, os ovos e o açúcar.
Em uma vasilha, misture a farinha de trigo e o fermento.
Adicione o conteúdo do liquidificador à mistura, mexendo com colher de pau.
Leve ao forno médio por aproximadamente 25 minutos em forma untada com
margarina e polvilhada com farinha de trigo.
MATERIAIS:
- Barbante;
- 2 copos de plástico vazios;
- Tesoura ou alfinete para furar os copos.
Eu sei o dessa X
situação.
Há fome no mundo? X
de lá.
Você nos chamou ? X
alegria.
Não sei ele ainda não X
chegou aqui.
Eu preciso estudar? X
A professora explicou X
o do eclipse lunar.
Eles vivem brigando? X
viajar a noite.
Soube que não gostou do X
livro.
?
X
Deve ter chovido, o
chão está molhado.