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“...Todos os outros exercícios dão a mente um aptidão particular e impõe-lhe, por isso,
um limite particular; somente a estética o conduz ao ilimitado. Qualquer outro estado
em que possamos ingressar remete a um anterior e exige, para sua dissolução, um
subsequente; somente o estético é um todo em si mesmo, já que reúne em si todas as
condições de sua origem e persistência.” (p. 109-110)
“...O estilo perfeito em cada arte revela-se no fato de que saiba afastar as limitações
específicas da mesma, sem suprimir suas vantagens específicas, conferindo-lhe um
caráter mais universal pela sábia utilização de sua particularidade.” (p. 111)
“...Numa obra de arte verdadeiramente bela o conteúdo nada deve fazer, a forma tudo; é
somente pela forma que se atua sobre o todo do homem, ao passo que o conteúdo atua
apenas sobre forças particulares.” (p. 111)
“...não existe maneira de fazer racional o homem sensível sem torná-lo antes estético.”
(p. 113)
“Pela disposição estética do espírito, portanto, a espontaneidade da razão é iniciada já
no campo da sensibilidade, o poder da sensação é quebrado dentro já de seus próprios
domínios, o homem físico é enobrecido de tal maneira que o espiritual, de ora em
diante, só precisa desenvolver-se dele segundo as leis da liberdade.” (p. 114)
“É das tarefas mais importantes da cultura, pois, submeter o homem à forma ainda em
sua vida meramente física e torná-lo estético até onde possa alcançar o reino da beleza,
pois o estado moral pode nascer apenas do estético, e nunca do físico.” (p. 115)
“... Numa palavra: no âmbito da verdade e da moralidade a sensação nada deve poder
determinar; no domínio da felicidade, entretanto, a forma pode existir e o impulso
lúdico pode ser mandamento.” (p. 116)
“... No estado físico o homem apenas sofre o poder da natureza, liberta-se deste poder
no estado estético, e o domínio no estado moral.” (p. 119)