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Bryce Young

Então, você se comprometeu a ler a Bíblia novamente este ano? Louvado seja
Deus.
Talvez isso seja algo novo para você, como aquelas resoluções de ano novo,
sabe? Ou talvez você já seja um leitor regular, veterano, buscando manter as
bençãos de Deus que tem te acompanhado a vários anos.
Contudo, não importa se no passado você lia muito ou pouco, isso não mudará
algo que está prestes a acontecer, talvez na semana que vem, ou talvez já esteja
acontecendo: você se senta para seu momento devocional, gasta meia hora em
Gênesis ou Deuteronômio ou Salmos ou Romanos, fecha a Bíblia, e não tem a
menor ideia do que fazer com tudo aquilo que leu.
O que você faz quando a leitura bíblica não produz nenhuma aplicação óbvia
visível – o que você faz quando você segue o dia depois da leitura sem ter tido
nenhum insight fantástico, nenhuma revelação profunda, ou sem ter se
maravilhado ou se chocado com nada? Isso ocorre com mais frequência do que
estamos dispostos a admitir. Isso nos aborrece. “Eu li a Palavra de Deus e nada
parece ter mudado”, você pensa.
Qual a sua reação quando sua leitura bíblica parece insignificante ou irrelevante?

Como é a sua oração quando sua leitura bíblica não lhe dá nenhum novo
princípio sobre como viver a vida? Será que existe algum propósito em ler a
Bíblia, mesmo quando não encontramos nada para aplicação prática pessoal?
Satanás almeja nos devorar peneirando a fé de nossas almas (Lucas 22:31; 1
Pedro 5:8). Há duas mentiras que Satanás nos diz quando lemos nossas bíblias.
A primeira, é que nosso tempo com a palavra de Deus foi inútil - Nossa
leitura bíblica foi apenas 30 minutos lendo que “tal pessoa foi um mau rei, ele
morreu, e seu filho se tornou rei em seu lugar, e blá blá blá”. Legal saber disso,
mas teria sido melhor assistir uma série no Netflix.
Essa é a mentira do cinismo: “Não vejo nenhuma aplicação para mim aqui. Logo,
esse tempo foi inútil, desperdiçado.” Se permitirmos esses pensamentos, com o
tempo leremos cada vez menos ou pularemos essas partes “insignificantes” que,
ao nosso ver, são de menor valor e menos relevantes pra nós.
Ou talvez Deus nos poupe de rejeitar cinicamente a importância de capítulos ou
livros na Bíblia. Ainda teremos momentos em que não saberemos o que fazer
com o que lemos. Nesse caso, não temos problemas com a Bíblia, mas com nós
mesmos. Essa é a mentira da dúvida.
Por que eu não consigo extrair nada da minha leitura bíblica? Sabemos que não
é porque a Palavra seja insignificante, então deve ser porque eu não sou esperto
o suficiente, ou espiritual o suficiente, ou treinado o suficiente. Nossas devoções
matinais muitas vezes começam cheias de esperança e resolução, e acabam em
introspecção preocupada: “O que há de errado comigo? Não enxerguei nada de
novo em minha leitura hoje!”
Se você tem caído na mentira do cinismo ou da dúvida, eu lhe digo “anime-se”.
Quando entendemos corretamente a nós mesmos e a Bíblia, vemos que não
existe leitura bíblica insignificante ou inútil.
Parte do nosso problema é que nós entendemos errado como Deus criou os
humanos para serem. Humanos não são um sistema intelectual armazenador de
informação, não primariamente. Quase nada do que você faz ao longo do dia é
resultado de informações compiladas em seu cérebro, que foram transformadas
em premissas lógicas e convertidas em ações.
O motor principal que move a sua vida não é o que você sabe, mas o que você
ama. Irresistivelmente (e às vezes inconscientemente), estamos sempre nos
movendo em direção às nossas afeições – as mais profundas inclinações.
Desejos e amores que cativam nosso coração.

Por isso que Davi disse, “Não fosse a tua lei ter sido o meu prazer, há muito já
teria eu perecido na minha angústia” (Salmo 119:92). É sério isso? Ele disse
“Perecido”!?
Davi era poético, mas esse texto não foi uma hipérbole. Mesmo que você medite
na lei de Deus dia e noite (Salmo 1:2), mesmo que você extraia as mais
profundas aplicações em suas leituras, mesmo que você entenda todos os
mistérios e conheça plenamente a vontade de Deus (1 Coríntios 13:2), sua leitura
bíblica não valerá absolutamente nada se seu coração não estiver sendo
moldado à imagem do Filho de Deus.
Em nossa leitura bíblica, não apenas buscamos apenas aprender certas coisas,
mas buscamos nos tornar certos tipos de pessoas. Queremos que a beleza, a
excelência e a santidade fruam profundo em nós, mudando quem nós somos –
não apenas mudando nossos pensamentos, mas nossa forma de amar, sentir e
agir.
Buscamos entender a palavra de Deus com nossas mentes, encontrar
aplicações para nossa vida e ganhar insight nos mistérios de Cristo, não como
fins em si mesmos, mas porque esses são os caminhos escolhidos por Deus
para nos confirmar à imagem de Seu filho (Romanos 8:29).
Nos tornamos cínicos ou desanimados com a leitura da Bíblia, em parte porque
esquecemos o que significa ser humano, mas também porque frequentemente
esquecemos que a Bíblia é o livro de Deus.
A palavra de Deus é "como fogo. . . como um martelo que quebra a rocha em
pedaços” (Jeremias 23:29). Veja bem: Você não abandona o martelo de Deus
apenas porque ficou sem descobrir um novo princípio de vida. Não
abandonamos a palavra viva e ativa de Deus simplesmente porque falhamos em
entender seu significado prático de imediato.
Precisamos ser fiéis em nossa leitura, mas, em última análise, é Deus quem dá
o crescimento (1 Coríntios 3:7) – Ele que dá o insight, a aplicação, a resolução -
e Ele não depende de nós para dar bênçãos como Ele deseja. Quando lermos a
Bíblia, não devemos tentar realizar autocirurgia para nos ajudar a pensar melhor
ou agir melhor. Devemos nos entregar a Deus, cuja espada de cura perfura a
divisão de nossas próprias almas e espíritos, articulações e medula (Hebreus
4:12).
A medida visível de seu crescimento espiritual e santificação, por maior que seja,
é sempre menor do que a medida invisível e profunda – por isso não desanime
por não conseguir ver tudo de uma vez. Deus pode fazer mais em sua vida com
dez minutos de leitura "insignificante" da Bíblia do que com toda a sabedoria de
Homero, Shakespeare e Liev Tolstoi juntas.

Toda a palavra de Deus é "perfeita, revivendo a alma" (Salmo 19: 7), o que
significa que seu tempo na Bíblia nunca é desperdiçado. Não importa quantas
ideias novas (ou ausência delas) você obtenha de um determinado dia de
devoção, você sempre terá algo para orar depois do seu tempo de leitura:
Senhor, sua Palavra é perfeita, segura, correta, pura,
limpa e verdadeira. Através dela, tu revives as almas,
torna os simples em sábios, alegra corações, ilumina
os olhos, e nos molda segundo a Justiça (Salmo 19:7-
9). Senhor, transforme estas palavras diante de mim
em virtude e graça, me conformando à imagem de
Cristo. Que tua palavra venha ao meu coração como
um martelo, esmiuçando o que é pecaminoso e
refinando o que é correto. Molda não apenas minha
mente, mas eu por inteiro, para que eu ame o que
Cristo ama e odeie o que ele odeia. Amém.

FIM

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