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Faculdades Integradas do Norte de Minas - FUNORTE

Curso de Educação Física - Prof. Me. Walter Moura

ATLETISMO
ARREMESSO E LANÇAMENTOS
Antes de qualquer coisa, é bom salientar sobre a problemática de terminologia que gera em torno
das palavras de arremessar e lançar.
Em português, de acordo com o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, a palavra arremessar
significa ato ou efeito de arremessar.
Arremessar vale como atirar ou lançar com força para longe. Lançamento é o ato de lançar e,
finalmente, lançar é igual a atirar com força ou arremessar.
Para o regulamento oficial, editado em livretos pelo MEC, é utilizada a palavra lançamento para
o dardo, disco e martelo e arremesso para peso cuja diferenciação é encontrada também nos
livros alemães e ingleses. Isto se deve ao fato de existir uma pequena diferença que caracteriza
a maneira do atleta soltar o implemento no ar, onde observamos que o peso é empurrado e os
demais são projetados com características diferentes.
Com tudo isto, pode-se concluir que tanto arremesso como lançamento tem o mesmo significado
e as diferenças são apenas na questão de colocação.

SELEÇÃO DOS ARREMESSADORES

Para a escolha de um futuro arremessador, é indispensável observarmos as seguintes qualidades:


a)Qualidades morfológicas - jovens de boa estatura, boa distribuição da massa corporal (relação
peso/altura) e boa envergadura.
b)Qualidades físicas - velocidade e boa reação nervosa, dinamismo e agilidade, força,
coordenação e flexibilidade.
c)Qualidades psíquicas - voluntariedade, constância, combatividade, resistência psíquica às
frustrações e poder de concentração.
Com relação a atletas de outras provas atléticas, os arremessadores são atletas de:
a) Longo e lento período de formação.
b) Longo período de maturidade atlética.
c) Declínio demorado.

CRITÉRIOS PARA O PERÍODO DE FORMAÇÃO

a) Formação polivalente.
b) Prática de diferentes arremessos.
c) Destinar especial atenção psíquica do iniciante.
d) Determinar a especialidade definitiva do arremessador, somente quando tivermos certeza do
seu gosto pessoal e suas possibilidades futuras.

CRITÉRIOS PEDAGÓGICOS

Para se chegar ao gesto global, é recomendável começar com uma graduação pedagógica
elementar. Este método se dá no sentido inverso à cronologia do gesto total, para facilitar o
estudo da técnica, que é dividida nas seguintes fases:
a) Fase preparatória: Esta fase se inicia com os movimentos preliminares para o arremesso,
como por exemplo o deslocamento no peso, voltas, no disco molinetes e giros, no martelo.
b) Fase de realização: Começa com a chegada do pé direito ao solo (sempre, durante este curso,
trata-se de atletas destros), após o inicio do lançamento. Assim tem-se, no peso, quando o pé
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direito atinge o centro do círculo. No dardo, no penúltimo passo. No disco, chegada do pé direito
ao centro do círculo e no martelo, quando o pé direito chega no chão, no término do terceiro
giro, são exemplos claros.
Esta fase termina no momento em que a perna esquerda recebe o peso do corpo sobre si.
As duas fases acima descritas, tem os seguintes objetivos:
- Vencer a inércia do implemento.
- Aumentar o caminho do impulso.
- Adiantar a linha da pélvis, em relação a linha do ombro.
- Colocar o arremessador em melhores condições no penúltimo apoio para a execução do
arremesso.
c) Fase final: Começa com a chegada do peso do corpo sobre a perna esquerda e compreende:
o arremesso propriamente dito e a recuperação do equilíbrio. Tem os seguintes objetivos:
- dar ao implemento a maior aceleração possível, utilizando o caminho mais longo e a maior
soma de forças possível.
-recuperar o equilíbrio dentro da zona de impulso, uma vez que o implemento perde o contato
com a mão do arremessador.

O LANÇAMENTO DO DARDO

A história do lançamento do dardo, pode ter sua origem na pré-história. Empregado, inicialmente
na caça e, posteriormente na guerra, como arma de combate.
É uma das provas mais antigas do atletismo, sendo disputada nos Jogos Olímpicos da Velha
Grécia.
Nos Jogos Olímpicos da era moderna, a primeira menção que se tem do dardo data de 1886,
quando o sueco A. Wiger estabeleceu o primeiro recorde mundial, com a marca de 33.81 metros.
Como esporte internacional seu aparecimento se verificou em 1906, durante os Jogos Olímpicos
de Atenas, onde outro sueco, Eric Kleinning, saiu vencedor, com 53,89 metros.
Dentro deste predomínio passou para os finlandeses, com o surgimento de verdadeiros
campeões, como Eino Pentila e Matti Jarvineu.
Bud Helder foi o primeiro norte americano a estabelecer um recorde mundial, em 1953, com
80,41 metros.
Ele e seu irmão Dicck em 1952 desenharam um dardo com 27% de comprimento a mais, com
relação ao sueco, o qual dava um maior deslizamento.
O vencedor olímpico de 1976, húngaro M. Nemeth, obteve a marca de 94,58 metros (notável
em relação aos primeiros recordes) após a normalização do dardo.
Hoje também os soviéticos se destacam, além dos americanos. Tanto isto é verdade que o dardo
foi lançado por um russo há mais de 104,00 metros, um feito realmente fantástico ainda mais
considerando-se que marca dos 100 metros não seria atingida ainda neste século. Isto porém
trouxe um problema: o perigo que o dardo poderia oferecer, devido a demanda de espaço cada
vez mais crescente.
Desta forma, um novo dardo foi desenhado com uma aerodinâmica que lhe permite descer mais
rápido, atingindo obviamente uma distância menor com relação ao antigo.

A TÉCNICA DO LANÇAMENTO DO DARDO


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Como nas demais provas de campo, a ação total do arremesso deve ser realizada como uma só
unidade, que precisa ser ensinada o mais cedo possível. Não obstante, a natureza do arremesso
admite que se enfoque passo por passo, o que permite ganhar tempo. Os detalhes do método
podem ser divididos em fases técnicas e descritas da seguinte maneira.

A) EMPUNHADURA: A empunhadura ou pega, é a maneira correta de segurar o dardo. É feita


na extremidade posterior do encordoamento, o que possibilita no lançamento uma transposição
favorável da força atrás do centro de gravidade, enquanto que dos dedos encontraram uma
melhor resistência e apoio. Existe três tipos de empunhaduras mais comuns: 1 - Finlandesas,
nesta, o polegar e as duas primeiras articulações do dedo médio encontram-se atrás do
encordoamento. O indicador fica estendido ao longo do dardo, na sua parte de baixo.

2 - Empunhadura Americana, o polegar e o indicador é que pressionam o dardo, atrás do


encordoamento, enquanto que os demais dedos o envolvem.

3 - Empunhadura em "V" ou tenaz, onde o dardo é seguro entre o dedo indicador o médio
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B) CORRIDA DE APROXIMAÇÃO: A 1ª parte, chamada de corrida de aproximação,
abrange cerca de 2/3 da distância total, é uma corrida de aceleração progressiva e retilínea, que
vai levar o atleta a uma velocidade ótima. Pode ter, conforme o atleta, de 7 a 13 passos:
O dardo é transportado à altura da testa, não importando se a ponta está um pouco para cima ou
para baixo. Este não é fixado na perpendicular ao eixo dos ombros, mas sim com a ponta voltada
um pouco para dentro, o que permite um recuo em linha reta com maior facilidade.
O braço de lançamento move-se pouco, enquanto que o livre, trabalha ao ritmo da corrida.

C) CORRIDA PREPARATÓRIA: Ao atingir a marca intermediária, inicia-se a segunda parte


da corrida, que podemos chamar de corrida preparatória (Fig. 10b). Esta parte da corrida é de
fundamental importância, porque é dela que depende o maior ou menor sucesso do lançamento,
no aspecto técnico.
Dos ritmos de passadas conhecidas nesta fase (três, cinco ou sete) vamos adotar o segundo, por
ser o mais empregado. O início é delimitado pela marca intermediária, a qual é alcançada pela
perna esquerda (para os atletas destros, o ritmo das cinco passadas é o seguinte: esquerda-direito-
esquerda-direito-esquerda e lançamento).
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Esta fase é a preparação para o arremesso propriamente dito e compreende:

1 - O recuo do implemento.
O dardo inicia seu recuo logo após o atleta atingir a marca intermediária para se completar no
terceiro passo.
- Isto deve acontecer gradativamente e durante esse tempo, o tronco executa uma rotação para a
direita, sendo que o braço é levado atrás em alinhamento com o eixo dos ombros. A palma da
mão encontra-se voltada para cima, no prolongamento do antebraço. A corrida mantém-se no
seu alinhamento, sendo que as pernas e os quadris continuam voltados para a direção da corrida,
o braço esquerdo acompanhando a rotação do tronco, vai para a frente do peito, ligeiramente
flexionado. (Figura 10b a 10e)

2 - O passo impulsor
Segundo as técnicas mais modernas, é necessário que o quarto passo seja rápido e ativo, porém
rasante.
A perna esquerda impele o corpo de modo rasante na execução do quarto passo, evitando que o
centro de gravidade se eleve durante o contanto do pé direito, cuja perna é flexionada, ao receber
o peso do corpo. Agora sim, o eixo dos quadris e o pé direito giram para o lado direito
acompanhando a rotação do tronco, já existente. É o chamado passo cruzado, seguido de um
apoio dos pés, com a perna esquerda à frente, terminando assim a corrida e formando a nova
fase técnica que passamos a ver em seguida. (Figuras abaixo)

D) POSIÇÃO DE LANÇAMENTO: A posição de lançamento verifica-se no momento em que


ambas as pernas fizeram o contato com o solo, brecando a corrida, o peso do corpo recai sobre
a perna direita flexionada e o tronco inclinado para trás.
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O pé esquerdo toca o solo, primeiro com o calcanhar, alguns centímetros para a esquerda da
linha de direção do lançamento, com sua ponta ligeiramente voltada para dentro ou para frente.

O braço direito e o dardo não mudam de posição durante o passo impulsor nem durante a posição
de lançamento. Nesta fase, é importante que a mão esteja perfeitamente no prolongamento do
antebraço e não poderá haver flexão absolutamente nenhuma do pulso. (Figura abaixo)

E) LANÇAMENTO PROPRIAMENTE DITO: O lançamento começa com uma extensão


para a frente e para cima da perna direita, pelas articulações do tornozelo e do joelho, conduzindo
à frente o lado direito dos quadris, enquanto que a perna esquerda, um pouco fletida, assentada
primeiramente pelo calcanhar tendo primeiro uma ação de apoio e depois de elevação, bloqueia
o lado esquerdo dos quadris.
Desta forma, o tronco é impelido para frente, originando a tensão em arco, através da qual é
possível o emprego da força de ambas as pernas, tronco e braço de lançamento.
Primeiramente, a perna de apoio é levemente fletida e em seguida, fortemente esticada (ação de
apoio e alavanca). A perna de trás desliza e no ato do lançamento, encontra-se apoiada pela ponta
dos dedos, na sua lateral direita. O peso do corpo já passou da perna de trás para a perna da
frente.
Quando o braço lançador começa a atuar, é levantamento a nível da cabeça, apontado no sentido
do lançamento, palma da mão para cima.
Nesta altura o braço e antebraço estão em ângulo reto e o dardo já sofreu a ação dos quadris e
da rotação do tronco.
Exatamente no momento em que o lado direito do corpo ultrapassa o esquerdo, o braço esquerdo
que se encontra fletido na altura do peito, tem o seu movimento para trás bloqueado. O
lançamento tem lugar mais ou menos de saída de 30º a 36º. (Figura abaixo)
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F) REVERSÃO: Não tem influência direta no resultado do lançamento. Sua finalidade é brecar
a velocidade do atleta e recuperar o equilíbrio, impedindo que ele transponha o limite
regulamentar. Consiste depois de soltar o dardo, como num salto, inverter a posição das pernas,
sendo que o pé direito deve assentar transversalmente à direção do lançamento, com a perna
fletida. O tronco deve inclinar-se para adiante, o que causará o abaixamento do centro de
gravidade. A perna esquerda deve ser levantada e puxada para trás.
Para tal, é necessária uma distância de 1,5 a 2 metros do arco. (figura abaixo)

CARACTERÍSTICAS DO LANÇADOR DE DARDO


Enquanto que o arremessador de peso necessita de força máxima, o lançador de dardo precisa,
principalmente de desenvolver a força explosiva (força rápida). Ela é a qualidade física
fundamental, decisiva para a eficácia do atleta nesta prova.
A velocidade de um especialista do dardo é importante, mas não pode ser avaliada
exclusivamente nos 100 metros rasos. O que determina o resultado é a capacidade do atleta
acelerar nos primeiros 30 metros e obter a velocidade ótima.
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A agilidade, importante em todas as provas de lançamento, mas no dardo e no martelo, é maior.
Como a primeira parte da corrida é um movimento cíclico e a segunda (ritmo dos cinco passos)
é acíclica, há modificação do ritmo, o que exige do atleta um alto grau de agilidade.
No lançamento do dardo, a mobilidade é a capacidade de utilizar completamente os movimentos
de articulações dos quadris e dos ombros.
Das provas de lançamento, os especialistas do lançamento do dardo, são os mais leves. A estatura
também é menor, porém todos estes atletas são dotados de velocidade na aplicação da força e
com boa agilidade e mobilidade. São estes atletas possuidores destas características físicas os
que têm conseguido resultados de nível mundial.
O quadro abaixo mostra os valores médios de idade, estatura e peso dos seis melhores atletas do
dardo, nos Jogos Olímpicos .

Masculino Feminino
IDADE (anos) 26.6 23.3

ESTATURA (m) 1.80 1.76

PESO (kg) 89.9 69.0

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BARRIS, Nelson - Arremesso e Lançamento - Araçatuba - Leme Empresa Ed. Ltda.
FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE ATLETISMO AMADOR IAAF – Sistema de formação
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FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE ATLETISMO AMADOR IAAF – Sistema de formação
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FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE ATLETISMO AMADOR IAAF – Sistema de formação
de e Certificação de treinadores – Ajuizamento da Marcha Atlética - progressão 1995
FERNANDES, José Luís - Atletismo Arremessos - SP, 1978 Editora da USP
HAY, James G. - Biomecânica das Técnicas Esportivas - RJ, 1981 Interamericana.
HEGEDUS, Jorge de. Técnicas Atléticas. Editora stadium. Argentina,1979.
JOANTH, U. HAAG, E. KREMPEL, R. Atletismo/2. Casa do Livro Ed. Ltda. Lisboa, 1977.
KIRSCH, August. Antologia do Atletismo – Metodologia para iniciação em escolas e clubes.
Ed. Ao Livro Técnico. Rio de Janeiro,1983
SCHOMOLINSKY, GERHARDT - Atletismo - Ed. Estampa Ltda. Lisboa, 1982.
SILVA. N PITHAN. Atletismo.Cia Brasil mEditora. São Paulo,1948.
REGRAS OFICIAIS DO ATLETISMO 2002/2003 – Federação Internacional de Atletismo
IAAF – Phorte editora- SP 2002.

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