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Exercício na disciplina Organização do Estado e dos Poderes

Turma: 060/2018
Prof. Francisco Sérgio Silva Rocha
Responda cada indagação com, no máximo, dez linhas

1) A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, suspendeu decisão
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que havia liberado a posse da deputada federal Cristiane
Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho. A decisão do STJ havia cassado decisões do TRF
que, em sede recursal, haviam mantido decisões proferidas em Ação Popular, que impediam a
posse da deputada no cargo de Ministro do Trabalho. Face a tal, comente justificadamente: (Ver
referências)
a) Os limites do ato de nomeação ao cargo de Ministro de Estado e os limites de escolha
do Presidente da República;
b) A possibilidade de revisão do ato de escolha pela atuação do Poder Judiciário,
inclusive sustação liminar da posse;
c) Trate do problema abordando a questão da moralidade administrativa, conforme o
entendimento do Ministro Eros Roberto Grau, onde apenas questionamentos acerca de
desvio de poder ou de finalidade são alcançados pela moralidade da administração: “E
não pode ser outra, senão esta, de modo que a afirmação, pela Constituição e pela
legislação infraconstitucional, do princípio da moralidade o situa, necessariamente, no
âmbito desta ética, ética da legalidade, que não pode ser ultrapassado, sob pena de
dissolução do próprio sistema. RE 405386.

2) Determinado Edital de Concurso para provimento de cargo de Procurador do


Estado do Amazonas possui regra atribuindo uma pontuação maior, na prova de títulos, para o
candidato natural do Amazonas. Pergunta-se: esta disposição editalícia é compatível com a
Constituição? Justifique e fundamente indicando a norma constitucional aplicável ao caso.
Referências:
“RECLAMAÇÃO. NOMEAÇÃO PARA MINISTRO DE ESTADO. AÇÃO POPULAR.
ALEGADA OFENSA A PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL. TUTELA ANTECIPADA DE
SUSPENSÃO DE POSSE. MEDIDA DE CONTRACAUTELA DEFERIDA NO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECLAMAÇÃO POR USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DECISÃO SUSPENSA COM FUNDAMENTO EM
PRECEITO CONSTITUCIONAL AUTÔNOMO E SUFICIENTE. INCOMPETÊNCIA DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECLAMAÇÃO PROCEDENTE. DF
PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.” RCL 29508
“Isto posto, compreenderemos facilmente esteja confinado, o questionamento da moralidade da
Administração, nos lindes do desvio de poder ou de finalidade. Qualquer questionamento para
além desses limites estará sendo postulado no quadro da legalidade pura e simples. Essa
circunstância é que explica e justifica a menção, a um e a outro princípios, na Constituição e na
legislação infraconstitucional. Permitam-me que eu insista neste ponto: a moralidade da
Administração somente pode ser concebida por referência à legalidade.”

“Evidentemente raciocínio no quadro da normalidade. A admitir-se, no plano do absurdo, que


um arremedo de lei afirmasse que fulano é ladrão, então teríamos um delito contra a honra. Mas
um texto como tal não poderia ser tido como ato compatível e adequado ao exercício do
mandato que o preceito constitucional protege sob o manto da inviolabilidade. O que se há de
afirmar, destarte, é o sentido político da inviolabilidade dos Vereadores por seus votos no
exercício do mandato e na circunscrição do Município. O que se não admite é o
comprometimento da liberdade política do titular de mandato. Especialmente se a lei em sentido
formal encontra base material de apoio constitucional, como no caso se dá, a inviolabilidade
dos Vereadores por seus votos afasta a responsabilização indenizatória solidária, com
imposição da devolução ao erário público do recebido. De mais a mais, como observei
inicialmente, a imputação de imoralidade e lesividade à lei em sentido formal é, no caso,
descabida. Conheço e dou provimento aos recursos.” Voto vista do Ministro Eros Grau no RE
405386

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