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Proposta de alterações no Pró-cultura RS

Análise dos pontos apresentados

OBSERVAÇÃO: a apreciação do CEC se deu com base única


e exclusiva na apresentação do Power Point feita durante uma
sessão ordinária. No entanto, sem a minuta do projeto de lei,
fica difícil a tomada de um posicionamento mais seguro por
parte deste colegiado.

1º Ponto: Aumento de Recursos LIC - 35 milhões > 40


milhões
O CEC-RS está de acordo.

2º Ponto: Redução da Contrapartida do patrocinador (25%


-> 10%)
I - Diagnóstico:
No sistema atual, segundo informações dos relatórios da
SEDAC, a captação está a pleno. O maior prejudicado,
entretanto, tem sido o pequeno produtor, os patrocinadores de
pequeno porte e projetos menores.
A contrapartida de 25%, depositada no FAC, constitui
importante fonte de recurso deste fundo.
II - Encaminhamento:
O CEC-RS posiciona-se pela diminuição do percentual de
contrapartida em casos específicos, diferenciando pequeno do
grande.
Para tanto, defendemos que a alíquota de contrapartida seja
proposta por escalonamento.
O escalonamento poderá levar em consideração fatores como:
(a) o valor total dos recursos solicitados à LIC; (b) a
classificação por tipo de projeto (áreas que vêm recebendo
pouco ou nenhum fomento poderiam ter alíquotas menores) e
(c) o orçamento total do projeto.
É necessário verificar quais tipos de projeto e quais setores, de
fato, necessitam da diminuição de contrapartida. A fórmula
poderá levar em consideração o porte da empresa, do evento e
valor do projeto.
O CEC-RS sugere que eventos superavitários, tais como do
agronegócio, da indústria, do comércio e turismo, permaneçam
contribuindo com o valor atualmente vigente (25%) e que
projetos menores paguem menos, numa proposta de
escalonamento, como já referido.

3º Ponto: – Proposta de atualização das áreas dos


segmentos (25% -> 10%)
I - Diagnóstico
Áreas necessitam de uma atualização.
II - Encaminhamentos
Quanto à classificação de segmentos, são sugeridas as
seguintes inserções:
- no segmento “patrimônio imaterial”, a adição da
categoria de “ações de valorização”;
- no segmento “artes cênicas”, a adição da categoria
“óperas”;
- nos segmento “audiovisual”, a adição da categoria
“obra seriada”
- criação do segmento “Inovação” (também a ser
inserido na categoria de 10%).
Em relação à Parte Artístico-Cultural de evento:
- retirada da Semana Farroupilha, entre outros, da
classificação Parte-Artístico Cultural.
- manutenção da contrapartida de 25% para a
classificação de Parte Artístico-Cultural.
- obrigatoriedade de que o proponente ou prefeitura
contribuam com 10% do orçamento total do projeto.
-no caso de novas construções, uma vez que estão sendo
incentivadas, devem ser instituídas garantias de finalidade
pública por um determinado número de anos, com exigência
de documentação. Isso visa minimizar que os recursos
públicos possam vir a servir somente a interesses privados.

4º Ponto: – Limite Global com Liberação Mês a Mês


O CEC-RS está de acordo.

5º Ponto: – Dobro de Recursos ao FAC (Projeção para 14


milhões
I - Diagnóstico
Em teoria, O CEC-RS está de acordo. No entanto, como será
apontado mais adiante, a proposta trata somente de uma
projeção, que dependerá de variáveis fora do controle do gestor
do sistema, especialmente no que tange o cenário político-
econômico e à iniciativa privada. Neste sentido, pondera-se que
os R$ 4.000.000,00 projetados para o FAC dependem da
aprovação do aumento do volume global (de R$ 35.000.000,00
para R$ 40.000.000,00) e estão calculados sem levar em
consideração os projetos que estão previstos para aportar ao
FAC somente 5% do valor solicitado à LIC. Evidencia-se que,
na prática, esses R$ 4.000.000,00 projetados podem não
atingir sequer R$ 3.000.000,00). Enfatiza-se que a
possibilidade de redução no FAC caminha no sentido oposto
ao descrito nas ações 1.25 e 1.26 do Plano Estadual de
Cultura, que, respectivamente assim estão estabelecidas: 1.25
Fortalecer o Fundo de Apoio à Cultura como mecanismo central
de fomento. 1.26 – Ampliar os recursos do Fundo de Apoio à
Cultura, destinados ao financiamento direto, independente de
renúncia fiscal.

II - Encaminhamentos
Dada a proposta em questão, entende-se que a sugestão
supracitada de escalonamento minimizaria as perdas do FAC,
além de equilibrar a LIC de forma a tornar projetos menores e
de áreas tradicionalmente com menor investimento mais
atraentes aos patrocinadores.

6º Ponto: – Ações Especiais por adesão e condicionamento


I - Diagnóstico
Em teoria, O CEC-RS está de acordo. No entanto, lembra-se
que as Ações Especiais por Adesão, até o momento, se
mostraram pouco atrativas para o empresariado, isso em
momentos de crise econômica menos sérias que a atual. As
Ações Especiais por Condicionamento parecem ser uma boa
ideia, sendo necessário perceber na prática como virão a
funcionar. Além disso, dependendo da forma como a minuta
do projeto de lei for redigida, poderá haver brechas para que a
iniciativa privada possa determinar os tipos de projeto onde
haverá o investimento, a exemplo de como funciona a LIC, só
que sem nenhum aporte financeiro real.

II - Encaminhamentos
Que a minuta do projeto de lei deixe claro que as Ações
Especiais Condicionadas deverão servir a qualquer projeto
alinhado com o que determina o Plano Estadual de Cultura, de
forma a garantir o mais amplo espectro de projetos;
que seja mantida a audiência pública prevista atualmente para
as Ações Especiais, uma vez que esta é a única oportunidade
da sociedade civil (para além dos colegiados setoriais) ter
garantida a sua manifestação quanto às áreas a serem
priorizadas.
Dada a proposta em questão, entende-se que a sugestão
supracitada de escalonamento minimizaria as perdas do FAC,
7º Ponto: – Previsão de Jeton para a Comissão Julgadora
do FAC
I - Diagnóstico
Melhora a situação se comparado ao que acontece atualmente,
onde não há qualquer remuneração ou ajuda de custo. O
modelo de avaliação atual (somente com notas e sem qualquer
justificativa ou breve parecer) permite a leitura superficial dos
projetos, caso o examinador assim decida. Uma única nota
muito baixa pode vir a determinar a impossibilidade de um
ótimo projeto ser contemplado. Na opinião de alguns
conselheiros que já foram avaliadores do FAC em diversas
oportunidades, os critérios de avaliação muitas vezes induzem
a uma avaliação equivocada. Por exemplo: um critério como
relação custo-benefício do projeto pode vir a premiar propostas
onde os fazedores de cultura trabalhem por valores irrisórios e
abaixo do mercado. A inclusão da planilha orçamentária é,
neste sentido, essencial para a avaliação dos projetos.
II - Encaminhamentos
Que sejam eliminadas a maior e menor nota a fim de excluir
avaliações muito distantes da média;
que, na medida das possibilidades, se viabilize uma seleção
para os pareceristas;
que os critérios de avaliação sejam centrados em quatro
aspectos principais, a saber: (a) coerência interna entre
objetivos, justificativas e ações propostas, além da capacidade
de gerenciamento do projeto, incluindo o prazo de execução e
exequibilidade das ações; (b) os critérios previstos no Sistema
Nacional de Cultura e que já servem de base para as
justificativas dos projetos da LIC: dimensão simbólica
(relevância das ações, qualificação dos fazedores de cultura
para as ações propostas), dimensão cidadã (acesso e
acessibilidade) e dimensão econômica (apreciação da planilha
orçamentária acerca dos valores previstos estarem condizentes
com as funções e também a fim de prevenir que determinadas
categorias de fazedores de cultura não estejam sub-
remunerados.
8º Ponto: – Previsão de Prêmio FAC por reconhecimento do
FAC
I – Diagnóstico
Percebe-se como uma categoria importante a ser incluída. Por
falta de conhecimento, corre-se o risco de uma grande parte do
valor ser equivocadamente “engolida” pelo IR>
II - Encaminhamentos
Que esta categoria possa vir a ser incluída, contanto que se
mantenha a participação dos colegiados na elaboração dos
editais, como estabelecido no Plano Estadual de Cultura.
Salienta-se que os FACs por área continuam a ser importantes
a fim de garantir a distribuição mais equânime dos recursos
(com o objetivo de evitar que certas áreas quase nunca sejam
contempladas). Pontua-se, além disso, que exista uma
liberdade de proposição de projetos dentro de cada área a fim
de dar vazão a projetos mais inovadores (menor restrição do
objeto do projeto). Observar o disposto na lei ?????? Ver com o
Marcelo
9º Ponto: – Fortalecimento do SNC – repasse de até 10% do
valor captado para o fundo municipal no caso de realização
do projeto em municípios que aderiram minimamente ao
Sistema (CPF)
I – Diagnóstico
Percebe-se como uma medida que, de fato, virá a fortalecer o
Sistema. Editais do FAC a exemplo do Estado e Municípios
fizeram com que vários municípios se organizassem. No
entanto, vale lembrar que somente cerca de 30% dos
municípios já aderiram ao Sistema.
II - Encaminhamentos
Que a medida seja acompanhada por ações estratégicas,
preferencialmente em conjunto com o CODIC e o CEC/RS, com
o objetivo de sensibilizar os municípios, orientando-os nos
caminhos de implantação do sistema. Essa medida também
visa prevenir que não haja uma adesão o Sistema somente pró-
forma, mas que ocorra de fato, com fundos de recursos reais e
conselhos que realmente passem a atuar. Sugere-se ainda que
a redação da minuta torne necessário o repasse ao fundo
municipal, ou seja, que não seja simplesmente opcional.
10º Comercialização de ingressos – eventos que solicitam
mais de 80% do valor total do projeto a LIC poderá vir a
comercializar, garantindo a democratização do acesso
I – Diagnóstico
De uma forma geral, não parece haver problemas.
II - Encaminhamentos
Que uma média dos ingressos previstos para a comercialização
seja, necessariamente, incluída solidariamente na planilha
orçamentária a fim de reduzir o investimento público num
projeto com cobrança de ingressos (isso vem a evitar que o
contribuinte acabe pagando duas vezes para o evento, ou seja,
com os impostos – através da renúncia fiscal – e com os
ingressos.

11º Limitar a 10% os recursos da LIC para equipamentos


culturais do Estado
I – Diagnóstico
A prática pode vir a gerar a terceirização do Estado, o que, de
forma geral, onera mais os projetos, especialmente em rubricas
administrativas, de divulgação e de captação de recursos. Além
disso, tais projetos, que poderiam ser financiados com
recursos diretos, acabam competindo com pequenos
proponentes no que tange a empresas patrocinadoras.
II – Encaminhamentos
Que o Estado aporte, a exemplo do que já precisam fazer os
municípios, 10% do valor total do projeto. Este valor pode ser
aportado através de serviços a serem prestados por servidores
de carreira ou de cargos comissionados, especialmente em
funções administrativas e de divulgação, inclusive a fim de não
ocorrerem sobreposição de funções com pessoal já existente e
remunerado. O próprio valor destinando à captação de
recursos poderia ser oferecido como contrapartida, a fim de
não onerar o projeto desmedidamente com rubricas que
simplesmente não existiriam caso houvesse aporte direto do
Estado.

12º Conta bancária não ser necessariamente mais


vinculada ao Banrisul a fim de trazer mais
competitividade.
O CEC está plenamente de acordo.

13º Fiscalização Presencial – os projetos não mais incluem


esta rubrica, podendo ser retirado até 1% do FAC para tal
função
I – Diagnóstico
Na prática, a fiscalização presencial não vem ocorrendo. Os
produtores que acessam mais frequentemente a LIC já sabem
disso, o que dá margem para que certos proponentes não
cumpram com o projeto da forma como foi aprovado, uma vez
que têm a certeza da impunidade. Com esta proposta, o FAC
não somente perde os valores que acabavam indo para o fundo,
mas passa a ter de financiar a fiscalização da LIC, o que seria
mais um prejuízo ao fundo.
II – Encaminhamentos
Que os projetos que buscam a LIC continuem a recolher a taxa
de fiscalização presencial, mas que o montante arrecadado seja
utilizado em fiscalização por amostragem, como já existem em
outras esferas. Ainda que somente uma parte dos projetos
venham a ser fiscalizados, a certeza de que a fiscalização vá
acontecer e já coloca uma pressão nos produtores para que
cumpram com o acordado;
que seja feito um acordo colaborativo de fiscalização entre a
SEDAC e o CEC, uma vez que este tem atribuições
constitucionais de fiscalização dos projetos da lei de incentivo;
que se viabilize uma forma de reembolsar as despesas
decorrentes de tal fiscalização;
que se crie uma metodologia de fiscalização, com um checklist,
no sentido de que as ações sejam eficazes e eficientes e não
meramente protocolares;
que seja viabilizado ao CEC os resultados das prestações de
contas, sob forma de relatório, o que, aliás já está previsto em
lei.

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