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O

s estudantes dos cursos técnicos mento proposto neste artigo permite


Marisa Almeida Cavalcante*,
de radioterapia e/ou dos cursos tratar conceitualmente a produção de
Renata Peçanha e
destinados a profissionais na área imagens ultra-sônicas e possibilita deter-
Vinicius Freitas Leite de saú de, em geral encontram muita minar de maneira simples a velocidade do
Grupo de Pesquisa em Ensino de Física,
dificuldaede na compreensão dos conceitos som no ar.
Departamento de Física, Pontifícia
físicos correlacionados à formação de
Universidade Católica de São Paulo, Resumo teórico
imagens médicas. De um lado pela
São Paulo, SP, Brasil
ausência de conhecimentos prévios em
*
E-mail: marisac@pucsp.br Características gerais
decorrência da pouca base adquirida nesta
área de conhecimento, de outro pela Em uma primeira análise podemos
ausência de recursos didáticos disponíveis dizer que uma onda é um movimento
que lhes possibilitem uma maior interação oscilatório de uma dada grandeza física
com a física envolvida na produção destas que se propaga no espaço e no tempo. Se
imagens. esta onda necessitar de um meio para se
O diagnóstico por imagem é bastante propagar, diz-se que é uma onda mecâni-
amplo e envolve diferentes tipos de inte- ca, como por exemplo um pulso que se
rações e técnicas de tratamento e análise, propaga em uma corda. A Fig. 1 mostra
tais como interação de radiações ionizan- a tela do simulador “Ondas em corda” do
tes com a matéria como as produzidas na Project at the University of Colorado
tomografia computadorizada; interação (Phet) [1], que representa uma onda trans-
com radiações na região de radiofrequên- versal se propagando em uma corda.
cia em aparelhos de ressonância magnética Temos, neste caso, um exemplo de onda
nuclear e interação de ondas ultra-sônicas transversal em que a geração da onda se
em exames de ultra-sonografia. O experi- dá como o resultado da oscilação para

Este trabalho apresenta um experimento sim-


ples e de fácil reprodução de determinação da
velocidade do som no ar através do eco. Tubos
de diferentes comprimentos são utilizados e
para análise e coleta de dados utilizamos um
programa freeware de análise sonora. Os resul-
tados obtidos conduziram a precisões e exati-
dões inferiores a 1%, o que viabiliza sua implan-
tação, em qualquer escola, como um bom Figura 1 - Simulador em Java do sítio PhET - Project at the University of Colorado,
recurso didático na compreensão de fenômenos onde se pode alterar amplitude, frequência da oscilação, amortecimento e tensão da
correlacionados a acústica. corda.

6 Determinação da velocidade do som no ar através do eco Física na Escola, v. 12, n. 2, 2011


cima e para baixo da extremidade esquerda cia entre os pontos de mesma fase. Quanto gação do som se dá muito rapidamente,
do fio em um movimento harmônico menor esta distância para uma mesma podemos considerar que o mecanismo
simples de amplitude A e com frequência frequência de oscilação, mais rapidamente desta propagação é adiabático [4], ou seja,
f dada por uma onda se propaga. Também é igual- não há trocas de calor entre as partículas
mente fácil perceber que o movimento de que vibram e o ambiente. Desta forma po-
, “vai e vem” do pistão gera zonas de rare- demos dizer que
(1)
fação e compressão destas partículas.
onde  representa o comprimento de onda PV = constante, (9)
Considerando y(x, t) a função que repre-
e v a velocidade de propagação. senta o deslocamento das partículas no onde  = Cp/CV, sendo Cp a capacidade calo-
Podemos dizer que, para um movi- interior do tubo da Fig. 2, podemos dizer rífica do gás a pressão constante e CV a
mento ondulatório, um efeito local pode que a pressão P é representada pela função capacidade calorífica a volume constan-
estar associado a uma causa distante, e te.
há uma defasagem de tempo entre causa P(x, t) = PM sen (kx - wt - /2), (4)
Assim teremos que
e o efeito que depende das propriedades onde
do meio e encontra sua expressão na velo- . (10)
PM = .w.v.ym, (5)
cidade da onda [2]. Assim se (x, t) repre-
senta a grandeza fisica que se propaga ao com a função deslocamento dada por Levando a Eq. (10) na Eq. (9), teremos
longo do eixo x com uma dada velocidade
y(x, t) = ym sen (kx - wt), (6) B = -P. (11)
v, devemos ter que
onde ym corresponde ao deslocamento má- Considerando um gás ideal, onde P = nRT/
. (2) ximo das partículas (ou amplitude em V, teremos na Eq. (7) para a velocidade do
relação à posição de equilíbrio), k é o nú- som
Para ondas transversais em fio homo- mero de onda, dado por 2/, w é a fre-
gêneo, submetido a uma força tensora T quência angular, dada por 2/T,  é a den-
sidade do gás e v é a velocidade de pro- . (12)
e tendo densidade linear , como o exem-
plo do simulador da Fig. 1, a velocidade pagação da onda no meio.
de propagação é dada pela relação Note que a onda de pressão (Eq. (4)) Para o ar, g é da ordem de 1,402;
está defasada de /2, em relação à onda M0 = massa molecular para o ar, 29,0 
de deslocamento (Eq. (6)). Ou seja, quando 10-3 kg /mol; R = constante universal do
. (3) em um ponto (x) do tubo da Fig. 2 o des- gases, 8,31 J /mol K e T = temperatura
locamento das partículas em relação à absoluta. Substituindo-se estes valores,
No entanto, podemos gerar um posição de equilíbrio, for máximo/nulo, teremos para a velocidade do som o valor
movimento ondulatório com propagação o “excesso” de pressão naquele ponto, em da ordem de 330 m/s, para 0 °C.
na mesma direção de oscilação e neste caso relação ao valor normal, será nulo/ A Eq. (12) mostra que a velocidade
temos as chamadas ondas longitudinais. máximo. Isso, na prática, corresponde a do som, em qualquer gás, é diretamente
Para compreender este tipo de movi- uma rarefação/compressão das partículas proporcional à raiz quadrada da tempe-
mento ondulatório vamos considerar a do gás. Assim, o movimento de compres- ratura absoluta. Assim, se conhecermos
Fig. 2, relativa a um aplicativo em Java são e rarefação provoca a movimentação a velocidade do som à temperatura T1,
do curso em física do Prof. Angel Franco das moléculas presentes. Esse movimento poderemos determinar a sua velocidade a
Garcia [3], que representa uma propaga- organizado produz ondas longitudinais uma outra temperatura T2 através da
ção longitudinal. Podemos ver tanto a que chamamos de ondas sonoras. equação (T1 e T2 em graus Kelvin)
função senoidal que representa o desloca-
mento do pistão ao longo do eixo hori- Velocidade de propagação de
ondas sonoras . (13)
zontal e das demais partículas no interior
do tubo, como também o deslocamento A velocidade com a qual uma onda
das partículas ao longo do tubo (eixo x) sonora percorre um meio, quando a va- Se expressarmos a temperatura do gás
da posição destas partículas ao longo do riação da pressão não é muito grande, é em graus Celsius, obtemos a seguinte rela-
tubo. dada por ção para a velocidade do som no ar [5]
Fica fácil observar na Fig. 2 que o v = 330,4 + 0,59 T (m/s) (14)
comprimento de onda representa a distân- , (7)
Intensidade sonora
onde  é a densidade do meio e B Considerando a Eq. (4) relativa à pro-
representa o módulo de elasticidade pagação da “onda de pressão”, a intensi-
do meio e é dado por dade sonora pode ser calculada pela relação

, , (15)
(8)
onde PM corresponde à amplitude máxima
que corresponde à razão da de pressão,  é densidade do meio e v a
Figura 2 - Simulador em Java para ondas longi- variação de pressão pela variação velocidade de propagação do som.
tudinais. A função senoidal representa o desloca- relativa no volume para um gás Como exemplo de ordem de grandeza,
mento do pistão e de todas as partículas no inte- confinado no interior de um tubo considere os seguintes dados: densidade
rior do tubo. como na Fig. 2. Como a propa- do ar da ordem de 1,2 g/cm3, velocidade

Física na Escola, v. 12, n. 2, 2011 Determinação da velocidade do som no ar através do eco 7


do som da ordem de 330 m/s e o menor ondas, transmitindo ao cérebro, através possibilita transmitir energia através de
som audível, cuja potência é da ordem de de impulsos elétricos, a sensação sonora. um meio e obter informações, como, por
0,0002 dinas/cm 2. Substituindo-se os A percepção sonora está relacionada tanto exemplo, ensaios não-destrutivos de ma-
valores na Eq. (14) teremos com a intensidade do som quanto com teriais, medidas de propriedades elásticas
sua frequência. Em geral, percebemos sons dos materiais e diagnósticos médicos [10].
I0 = 10-12 W/m2.
acima de 0 dB com tolerância máxima até As aplicações de alta intensidade têm como
Por outro lado, a máxima intensidade 120 dB. Por outro lado, o ouvido humano objetivo produzir alteração do meio atra-
sonora que o ouvido humano pode su- é sensibilizado em uma faixa de frequência vés do qual a onda se propaga. A terapia
portar é da ordem de 1,0 W/m2, ou seja, compreendida entre 20 Hz e 20 kHz. médica, atomização de líquidos, ruptura
1012 vezes maior I0. Como este intervalo é A curva da Fig. 4 [7] mostra o limiar de células biológicas, solda e homogenei-
demasiadamente grande, utilizamos uma da audição para diversas frequências. zação de materiais são alguns exemplos
base logarítmica para indicar intensidade Observe que a região de máxima sensibi- de aplicações com ultra-som. O uso do
sonora, que é denominada decibel (dB). A lidade está compreendida entre 1000 e ultra-som de baixa intensidade em medi-
intensidade relativa Ir do som é, portanto, 5000 Hz. Para realizar um teste online de cina, para diagnóstico, se baseia na refle-
sensibilidade auditiva em função da fre- xão das ondas ultra-sônicas. Convém
, (16) quência, recomendamos o vínculo dispo- notar que o diagnóstico com ultra-som é
nível na Ref. [8]. Neste teste percebe-se que mais seguro do que a radiação ionizante
onde I0 corresponde a 10-12 W/m2. Assim, sons graves são aqueles que apresentam como os raios-X, e por isso é preferível
para uma intensidade máxima suportável baixa frequência, e sons agudos, alta fre- em exames pré-natais. As vantagens do
de 1,0 W/m2, teremos Ir = 120 dB. quência. diagnóstico com o ultra-som são sua se-
Frequências abaixo de 20 Hz são clas- gurança, sua conveniência por ser não-
Ondas sonoras e sua percepção invasivo, além de sua capacidade em
sificadas como infra-som. O som decor-
pelo ouvido humano detectar fenômenos não perceptíveis pelos
rente de infra-som é extremamente grave
O movimento de compressão e rare- e, apesar de não serem ouvidas, suas vi- raios-X.
fação do ar provoca a movimentação de brações podem ser percebidas e até mesmo
suas moléculas. Esse movimento organi- produzir efeitos sobre as pessoas. Como Impedância acústica e a formação
zado produz ondas longitudinais; assim, exemplos destas fontes sonoras temos os de imagens ultra-sônicas
a energia usada para movimentação e pro- vulcões, avalanches e terremotos. A detec- O princípio básico de produção de
dução do som é transmitida pelo ar, de ção destas ondas se dá através de sismó- imagem em equipamentos de ultra-sono-
molécula para molécula, de maneira que grafos e pode, portanto, “prever” catás- grafia é a produção de ecos. O princípio
o som atinge o nosso ouvido. A Fig. 3 trofes naturais. Alguns animais também pulso-eco refere-se à emissão de um pulso
mostra um esquema morfofisiológico do utilizam este tipo de som para se comuni- curto de ultra-som que atravessa os teci-
ouvido humano. carem, como, por exemplo, os elefantes dos [10]. Ao encontrar algum obstáculo,
Em nosso ouvido, essas ondas atin- [9]. Já para frequência acima do limite parte deste pulso será refletido e parte será
gem uma membrana chamada tímpano, superior de audição (20 kHz) temos o ul- transmitida. O equipamento guarda o
que vibra com a mesma frequência das tra-som. O seu uso em baixa intensidade tempo gasto entre a emissão do pulso e a
recepção do eco, transformando-o em
distância percorrida e representando-o em
uma tela. A calibração destes aparelhos

Figura 3 - Esquema morfofisiológico das principais estruturas do Figura 4 - Curva de limiar de audição para diferentes
ouvido [6]. frequências.

8 Determinação da velocidade do som no ar através do eco Física na Escola, v. 12, n. 2, 2011


utiliza um valor constante de velocidade utilizamos uma chave de contato tipo telé-
do som igual a 1540 m/s, que correspon- grafo, que permite a produção de um
de à velocidade média de transmissão do pulso de duração bastante pequena (me-
som através dos constituintes do corpo nor que o tempo que se deseja determinar,
humano, uma vez que suas velocidades  10 ms). Para fechar a extremidade dos
são muito semelhantes, exceto a do ar tubos utilizamos um disco de PVC.
(pulmão e intestino) e dos ossos. Cada tubo foi posicionado de modo
No processo de interação som-tecido, que sua extremidade aberta ficasse em
uma grandeza que merece destaque é a contato com a chave, pela qual o sinal
impedância acústica e sua consequente sonoro foi emitido, e com o microfone
atenuação. A impedância acústica de um capturamos tanto a emissão do sinal
meio está relacionada com a resistência quanto a sua reflexão do som, como
ou dificuldade do meio à passagem do mostra a Fig. 5. Esse procedimento foi rea- Figura 5 - Os tubos foram sempre manti-
som. Corresponde ao produto da densi- lizado para os três tubos. dos na horizontal para facilitar a emissão
dade do material pela velocidade do som A gravação foi feita através do soft- e gravação do sinal sonoro.
no mesmo. Quando o feixe sonoro atra- ware Audacity, e a Fig. 6 mostra o teste
vessa uma interface entre dois meios com de som realizado antes da obtenção dos determinar (para o menor tubo,
a mesma impedância acústica, não há dados. 196,50 cm de comprimento que é ordem
reflexão e a onda é toda transmitida ao O programa também possui um edi- de 10 ms). A Fig. 7 mostra que a duração
segundo meio. É a diferença de impedância tor de “envelope de amplitude”, espectro- deste sinal é pelo menos metade do valor
acústica entre dois tecidos que define a grama e uma janela para análise de fre- do tempo que se deseja medir. Vale lembrar
quantidade de reflexão na interface, pro- quências e áudio em geral. Assim, através que, enquanto o eixo horizontal indica o
movendo sua identificação na imagem. dele foi possível reconhecer o sinal tempo em segundos, o vertical indica uma
A Tabela 1 [11] mostra diferentes os emitido, o eco, e suas propriedades: am- grandeza proporcional à amplitude do
diferentes valores de velocidade e de impe- plitude, frequência e sua evolução com o som.
dância acústica para alguns tecidos. tempo. Posteriormente foram feitas as medi-
das dos intervalos de tempo decorridos
Por exemplo, um nódulo no fígado será Resultados entre o sinal produzido e a detecção do
mais facilmente identificado se sua im-
Verificamos inicialmente a forma de eco para cada um dos tubos. É fácil
pedância acústica for bastante diferente
pulso sonoro emitido pela chave tipo “telé- perceber, nas Figs. 8, 9 e 10, que o efeito
do parênquima hepático ao redor, ao
grafo” na ausência dos tubos, gerando o do eco é evidenciado pelo aumento nos
contrário, quanto mais próxima sua
sinal da Fig. 7. Este procedimento é neces- intervalos de tempo entre os dois sinais,
impedância acústica do parênquima
sário para observarmos o tempo total de uma vez que o sinal correspondente ao
hepático normal, mais dificuldade tere-
“duração” deste sinal, que deve ser menor eco demora mais a aparecer para os tubos
mos em identificá-lo, porque pouca
do que intervalo de tempo que desejamos de maiores comprimentos.
reflexão sonora ocorrerá. Resumindo,
quanto maior a diferença de impedân-
cia entre duas estruturas, maior será a
intensidade de reflexão e mais facilmen-
te podemos diferenciá-las na ima-
gem [10].

Experimento realizado
O experimento consiste em utilizar
um tubo fechado em uma de suas extre-
midades de comprimento conhecido e pro-
duzir um som em uma das extremidades.
Um microfone colocado na extremidade
aberta do tubo registrará o som emitido e
após um determinado intervalo de tempo
registrará o sinal decorrente do eco, pro-
duzido pela reflexão deste sinal na extre- Figura 6 - Exemplo de um som qualquer para análise no Audacity.
midade fechada do tubo. Para o registro e
análise deste sinal utilizamos um progra- Tabela 1 - Transmissão do ultra-som em alguns tecidos.
ma de versão freeware de análise de som
(Audacity), cuja versão 1.26 está dispo- Material  (kg/m3) V (m/s) Z (kg/m2s)
nível no vínculo da Ref. [12]. Este progra-
ma permite observar a evolução tempo- Ar 1,29 331 (em CNTP) 426
ral do sinal com resoluções na faixa de Água 1000 1480 1,48  106
26 s, mais do que suficientes para o expe- Cérebro 1020 1530 1,56  106
rimento proposto. Utilizamos tubos de Músculo 1040 1580 1,64  106
196,50 cm; 393,38 cm e 589,19 cm, de-
signados por tubo 1, 2 e 3, respectiva- Gordura 920 1450 1,33  106
mente. Para a produção do sinal sonoro Osso 1900 4040 7,67  106

Física na Escola, v. 12, n. 2, 2011 Determinação da velocidade do som no ar através do eco 9


Consideramos contribuição da incerteza tipo A para a medida
de tempo bem como a correção de Studart [13] para grau de
confiança em 90%. Já para a incerteza na medida do comprimento
considera-se a incerteza da trena utilizada graduada em mm, ou
seja, 0,5 mm. A Tabela 2 representa os dados obtidos.

Tabela 2 - Medidas experimentais nos tubos.


Intervalo entre sinal e captura do sinal do eco (ms)
Tubo 1 11,3 11,4
11,4 11,4
11,3 11,3
11,4 11,4
Figura 7 - Exemplo do sinal sonoro sem nenhum tubo. Tubo 2 22,8 22,8
22,7 22,7
22,6 22,8
22,7 22,8
Tubo 3 34,0 34,1
34,0 33,9
34,0 34,0
34,1
Com os valores fornecidos, foi calculado o valor da velocidade
levando em conta as medidas em cada tubo, gerando uma velocidade
para cada um deles, indicados na Tabela 3.

Tabela 3 - Velocidade no som.


Velocidade (m/s)
Figura 8 - Sinal sonoro propagado e refletido dentro do tubo 1.
Tubo 1 346 (1)
Tubo 2 346,0 (0,9)
Tubo 3 346,4 (0,5)
Dos valores obtidos, comparando com velocidade da Eq. (14)
para valor da temperatura medida de 27 (0,5) °C, que nos fornece
um valor de 346,3 (0,3) m/s, verifica-se uma total compatibilidade
nos resultados.
Disponibilizamos os arquivos sonoros para os tubos 1, 2 e 3,
bem como o arquivo obtido na ausência dos tubos no blog da
disciplina Física Aplicada à Biologia e Medicina do curso de Física
Médica da PUC/SP [14].

Considerações finais

Figura 9 - Exemplo de sinal sonoro com o tubo 2. O experimento proporciona de forma simples e de fácil repro-
dução a determinação da velocidade do som no ar, com uma boa
margem de precisão e exatidão, principalmente se levarmos em
conta a simplicidade do aparato experimental. A possibilidade de
utilização de um programa freeware de análise de som é também
bastante interessante e viabiliza sua aplicação em qualquer insti-
tuição de ensino. Outro fator de relevância é que permite-se ao
estudante visualizar o fenômeno de reflexão sonora, tão importante
para a compreensão das imagens de ultra-sonografia. Estudos
adicionais estão sendo realizados para verificarmos a dependência
da amplitude do sinal em função de diferentes parâmetros, tais
como comprimento do tubo e material que constitui a sua extre-
midade e que dá origem à reflexão. Tal estudo permitirá melhor
compreender a impedância acústica, bem como a atenuação do
sinal, parâmetros importantes no processo de formação de
Figura 10 - Exemplo de sinal sonoro com o tubo 3.
imagens.

10 Determinação da velocidade do som no ar através do eco Física na Escola, v. 12, n. 2, 2011


Referências na Escola 4(1), 29 (2003). acesso em 18/6/2011.
[6] Retirado de http://www. prof2000.pt/users/ [11] E. Okuno, I.L. Caldas e C. Chow, Física
[1] Sítio do simulador “Onda em corda” do
eta/Ruido.htm, acesso em 18/6/2011. para Ciências Biológicas e Biomédicas
projeto Phet da University of Colorado
[7] Sítio “Ações integradas sobre o sentido da (Harper & Row do Brasil, São Paulo,
http://phet.colorado.edu/en/simula-
audição”, Projeto Ciência Viva, Ministério 1982).
tion/wave-on-a-string, acesso em 17/ da Educação, Porto, Portugal. http:// [12] Sítio em que se pode baixar a versão 1.2.6
6/2011. telecom.inescn.pt/research/audio/ do programa Audacity: http://
[2] A.P. French, Vibrações e Ondas (Editora da cienciaviva/, acesso em 18/7/2011. xviiisnefnovastecnologias.blogspot.com/
UnB, Brasília, 2001). [8] Teste percepção sonora online http:// 2009/01/software-de-analise-
[3] Sítio do prof. Angel Franco Garcia, si- www.phys.unsw.e du.au/~jw/ sonora.html, acesso em 18/6/21011.
mulação “Ondas longitudinais”, http:/ hearing.html, acesso em 17/6/2011. [13] Acesso à tabela de correção de Studart,
/www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/ondas/ [9] Sítio relativo a um seminário realizado pelos http://labempucsp.blogspot.com/
ondaArmonica/ondasArmonicas.html, alunos da Escola Superior de Educação 2011/03/tabela-de-student.html,
acesso em 17/6/2011. do Instituto Politécnico de Coimbra http:/ acesso em 18/6/2011.
[4] Relatório para a determinação da velo- /esec.pt/~pcarvalho/, acesso em 18/6/ [14] Blog da disciplina de Física Aplicada a
cidade do som no ar da Universidade de 2011. Biologia e Medicina do curso de Física
Maringá, disponível em http:// [10] Apostila ultra-sonografia do Departa- Médica da PUC/SP - vínvulo para acesso
w w w.ebah.com.br/content/ mento de Radiologia da Faculdade de Me- do arquivo de dados: http://
ABAAABQLUAJ/relatorio-velocidade- dicina da USP/SP. Disponível em http:// fambpucsp.blogspot.com/2011/01/
som, acesso em 17/11/2011). www.hcnet.usp.br/inrad/departamento arquivos-de-dados-para-experimento-
[5] M.A. Cavalcante e C.F.C. Tavolaro, Física /graduacao/aula/apostilafisicausg.pdf, de.html, acesso em 18/6/2011.

Física na Escola, v. 12, n. 2, 2011 Determinação da velocidade do som no ar através do eco 11

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