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RELATÓRIOS DE PESQUISA EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO v.13, n.7, pp.

78-93

GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO


DE CASO EM UMA EMPRESA DE ENERGIA

Rodrigo Gris de Souza


Petrobras
rodgris@ig.com.br

Aline Pereira de Lima


Petrobras
alinepdelima@gmail.com

Gilson Brito Alves Lima


Universidade Federal Fluminense
glima@id.uff.br
Resumo
O artigo tem como objetivo discutir o processo de gestão de desempenho em Segurança de Processo em
uma empresa de energia. Buscou-se verificar a evolução das práticas e conceitos distintos entre os
paradigmas da segurança do trabalho e da segurança do processo. Apresenta-se ainda os avanços na
gestão de SMS, traduzidos na redução dos acidentes que ocorrem durante a realização das atividades, em
detrimento de uma performance ainda em evolução dos acidentes de processo, ou seja, aqueles que são
causados devido a uma perda de contenção de produtos químicos. Como opção metodológica,
preponderantemente bibliográfica e exploratória, suportada por um estudo de caso, foi proposta a
aplicação de um survey buscando a aplicação do tema em discussão dentro da empresa de forma a
identificar o nível de aderência do sistema da empresa aos requisitos de segurança de processo. Como
resultado verificou-se que os elementos melhor avaliados são os de confiabilidade e integridade
mecânica.
Palavras-Chaves: Gestão de Desempenho em Segurança de Processo; Acidentes Maiores ou
Ampliados; Gerenciamento de Segurança de Processo.

Abstract
The article aims to discuss the process of performance management in Process Safety in an energy
company. We sought to examine the evolution of concepts and practices along the different paradigms of
occupational safety and process safety. It presents further advances in HSE management, reflected in the
reduction of accidents that occur during the execution of activities, rather than in the still evolving
performance with respect to the accidents of process, those that are due to a loss of chemical
containment. As a methodological alternative to the mainly literary and exploratory approach, supported
by a case study, was proposed the application of a survey about the application of the topic under
discussion within the company in order to identify the level of adherence to the company's system
security requirements process. As a result it was found that the factors better evaluated are reliability and
mechanical integrity
Key-Words: Performance Management in Process Safety; Accidents Major or extended;
Process Safety Management.

Artigo submetido em 28/2/2013. Revisão recebida em 20/4/2013. Publicado em 13/5/2013.


GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

1 Contextualização da proposta
Atualmente os indicadores de desempenho em segurança adotados pelas empresas estão
focados na taxa de frequência de acidentes com afastamento. Embora seja um indicador
reativo, este consegue mensurar os acidentes ocorridos pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa. Geralmente, a maior parte dos acidentes está relacionada com o desempenho da
atividade, ou seja, ocorrem com o uso de ferramentas manuais, durante a movimentação de
carga, ou mesmo com queda de diferença de nível. Portanto, os acidentes ocorridos durante as
atividades são mais frequentes de acontecer e quando ocorrem, geralmente atingem um número
reduzido de trabalhadores.
Entretanto, quando se analisa os grandes acidentes, também conhecidos como acidentes
ampliados, maiores ou acidentes de segurança de processo, verifica-se que, na grande maioria
das vezes, os mesmos, apesar de menos frequentes, têm potencial para atingir um número
maior de trabalhadores. Estes acidentes são caracterizados pela perda de contenção, ou seja,
estão intimamente relacionados a vazamentos.
Além disso, existe diferença das consequências dos acidentes ocupacionais e dos
acidentes de Segurança de Processo. Por exemplo, um mecânico que vai substituir uma válvula
e o sistema não está isolado pode ferir a mão tentando remover a válvula e quando ele
desconecta a mesma, inicia-se o vazamento. Se for uma tubulação de água, o resultado final
será um trabalhador com a mão ferida. Caso a tubulação contenha material altamente tóxico, as
consequências poderão ir muito além de um único empregado ferido e se estender a outros
empregados e até mesmo ao público externo.
De acordo com Freitas, Porto e Gomez (1995), a própria nomenclatura desses tipos de
acidente ainda não se encontra consolidada e varia de país para país. São frequentemente
denominados de acidentes maiores, uma tradução literal da expressão major accidents em
inglês ou accidents majeurs em francês. Em Portugal, no entanto, são definidos como acidentes
industriais graves e na Alemanha como Störfall, cuja tradução literal seria algo como acidente
de perturbação. O termo maior induz a pressupor, de forma técnica e eticamente equivocada,
como de menor importância os outros acidentes. Freitas, Porto e Gomez (1995) consideram que
a terminologia mais apropriada seria acidentes químicos ampliados.
De acordo com Estrada (2008), alguns acidentes de Segurança de Processo ficaram
conhecidos na história mundial, pois causaram a morte de milhares de pessoas e impactos de
grandes dimensões ao meio ambiente. Os acidentes de Flixborough na Inglaterra em 1974,
Seveso na Itália em 1976, Bhopal na Índia em 1984, caracterizam-se por extrapolar as divisas
da fábrica, se projetando a posteriori, com efeitos de médio e longo prazo nas populações e
meio ambiente.
De acordo com Esteves (2004) algumas das maiores catástrofes no período de 1972 a
2001 acham-se descritas no quadro 1.
Ano Instalação Local País Mortos
1972 Planta GLP Reduc – Brasil 42
Refinaria Duque
de Caxias

1974 Planta de caprolactama – Flixborough Inglaterra 28


Vazamento ciclohexano
1975 Estocagem de propano Beek Holanda 14

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GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

1976 Planta de Dioxina Seveso Itália 75.000 animais


1980 Plataforma de Petróleo – Mar do Norte Noruega 123
Alexander Keilling
1981 Unidade de Craqueamento REVAP – Brasil 10
Catalítico – Gás Sulfídrico Refinaria do
Vale da Paraíba
1984 Planta de Metil Isocianato Bhopal India > 2.500
1984 Duto de derivados de Petróleo Vila Socó, Brasil 93
Cubatão, SP
1998 Incêndio REGAP – Betim Brasil 6
2000 Vazamento de óleo na Baía de REDUC Brasil -
Guanabara,
2000 Vazamento de óleo nos Rios REPAR Brasil -
Barigui e Iguaçu
2001 Plataforma de Petróleo – P31 Bacia de Campos Brasil 11
Quadro 1 - Principais catástrofes no período de 1972/2001
Fonte: Adaptado de Freitas, Porto e Machado (2000 apud ESTEVES 2004)
As taxas de frequência de lesões pessoais, embora importantes, isoladamente, não
asseguram controle sobre a gestão da segurança como um todo. Ainda não existe uma visão
sistêmica para tratamento das perdas de contenção, as quais levam aos acidentes de Segurança
de Processo. Esta falta de visão pode ser até em decorrência da dificuldade de classificação
deste tipo de ocorrência.
Neste sentido o objetivo do presente artigo é discutir o processo de gestão de
desempenho em Segurança de Processo em uma empresa de energia, numa análise frente ao
PSM da OSHA e o modelo proposto pelo CCPS, em 2007, no Guideline Risk Based Process
Safety (RPBS). A pesquisa realizada para a preparação deste artigo traz como premissa a
discussão de dois objetivos específicos: (1) a estruturação de modelos de Segurança de
Processo, desde a API 750 (1990) até o Guideline Risk Based Process Safety (CCPS-2007);
(2) um levantamento bibliográfico dos resultados das inspeções de segurança de processo
realizada nas refinarias americanas, correlacionando com os elementos de um programa de
Segurança de Processo.
O artigo é divido em três partes: numa primeira se apresenta uma visão dos conceitos de
segurança de processo; numa segunda são brevemente revistos os principais modelos de gestão
de Segurança de Processo e na última parte é apresentada a discussão dos resultados e
conclusões.

2 Formulação da situação problema


De acordo com Oliveira (2007 apud DINIZ, ALMEIDA E FRANÇA 2010), a segurança
na indústria de processo pode ser dividida em duas categorias: Segurança Ocupacional e
Segurança de Processo.
A primeira trata das questões relacionadas com acidentes de trabalho mais típicos, como
quedas de altura, choque elétrico, atropelamento, dentre outros. Por sua vez, a Segurança de
Processo refere-se a acidentes causados por falhas na integridade dos equipamentos de processo
(vasos, torres, tubulações etc.), caracterizadas por rupturas e vazamentos, levando a perda de
contenção de produtos perigosos e consequências como incêndios, explosões ou intoxicações
agudas. Essa descrição enfatiza uma das características principais da Segurança de Processo, de

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GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

manter o processo dentro dos tubos (do inglês Keeping process in the tubes), caracterizando a
contenção como um dos objetivos finais.
De acordo com Lay, Long e Marshall (2012), nas refinarias de petróleo ocorrem mais
graves acidentes de Segurança de Processo do que em qualquer outro segmento da indústria. Os
dados apresentados pelo autor mostram que entre 1992 e 2005 aconteceram 240 acidentes,
entre fatais (um ou mais empregados mortos) e catastróficos (três ou mais empregados
hospitalizados). Estes acidentes resultaram em 138 fatalidades e 553 lesões. Dos 240 acidentes,
36 ocorreram em refinarias de petróleo, resultando em 52 mortes de trabalhadores (38% do
total) e 250 lesões (45%).

A ênfase das empresas, na maior parte das vezes está voltada para a continuidade
operacional da planta, ou seja, a preocupação na confiabilidade da planta para que a produção
ocorra dentro de uma carga de referência programada para o período e também para que os
tempos de parada de manutenção sejam obedecidos.
Neste contexto, segurança de processo passa ser vista como um meio para atingir a
produção. Isoladamente, isto não está equivocado, até porque a atividade fim da empresa é sua
produção, entretanto, o que ocorre é que por vezes os riscos podem ser negligenciados em
nome da produção ou por falta de conhecimento de Segurança de Processo de quem está
tomando a decisão.

3 Enquadramento metodológico da pesquisa


Este artigo, que foi suportado por uma pesquisa bibliométrica, tem seu processo formal e
sistemático de desenvolvimento do método científico classificado como estudo exploratório,
bibliográfico, qualitativo, aplicado.
Conforme Vergara (2009), o estudo exploratório visa o aprimoramento de idéias e a
descoberta de intuições, ou seja, busca prover ao pesquisador um maior conhecimento sobre o
tema ou problema da pesquisa em questão. Este tipo de pesquisa proporciona maior
familiaridade com o problema, tornando-o mais explícito e explicativo, buscando relacionar
hipóteses existentes e gerar novas hipóteses, além de estruturar e sugerir modelos.
Adicionalmente, Gil (1999) destaca que o estudo exploratório tem como principal
finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, a partir da formulação de
problemas. Ou seja, não visa verificar teorias, mas sim obter maior familiaridade com as
mesmas, objetivando respostas às questões formuladas, com vistas a torná-las explícitas.
Conforme Vergara (2009), quanto aos meios, a pesquisa é do tipo bibliográfica e
documental.
A pesquisa é do tipo bibliográfica, pois a revisão de literatura foi baseada em fontes
públicas nacionais e internacionais tais como portal de periódicos, artigos publicados em anais
de congressos, livros, dissertações e teses, com o objetivo de fornecer subsídios para um
referencial teórico embasado sobre o assunto objeto deste artigo.
Quanto à natureza, a pesquisa é classificada como aplicada, pois objetiva solucionar
problemas práticos específicos, gerando inovações para esta aplicação. Foi definido como
campo de análise o segmento de refino de petróleo de uma empresa de energia brasileira.
A pesquisa é classificada como qualitativa. De acordo com Gil (2010), na pesquisa
qualitativa, o ambiente natural é a fonte direta para a coleta dos dados, onde o pesquisador é
considerado sujeito-observador, fazendo parte do processo de conhecimento e interpretação dos
fenômenos, de acordo com seus valores e crenças.

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GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

Assim, para o problema proposto para o presente estudo, justifica-se a utilização da


abordagem qualitativa, visto que parte das evidências coletadas para a realização deste estudo
baseia-se nas observações pessoais dos autores.
Com a finalidade de coletar a percepção de profissionais e pesquisadores da área de SMS
quanto à implementação dos elementos relacionados à Gestão de Desempenho em Segurança
de Processo, frente ao modelo sugerido no Guia de Segurança de Processo Baseado em Risco
(CCPS 2007), foi elaborada uma pesquisa survey.
Inicialmente, foi realizado pré-teste com a participação de quatro empregados de
refinaria e também da área corporativa da empresa em estudo, tendo sido apresentadas
sugestões que foram incorporadas ao questionário. Estes questionários não foram considerados
na totalização da amostra e na tabulação final da pesquisa.

Acrescentou-se ao questionário a escala de valoração para cada opção de resposta. A


pesquisa foi enviada em 15/10/2012 e ficou disponível para os respondentes até 09/11/2012.

Para o envio do questionário, foi utilizado um sistema interno da empresa em estudo, que
é apropriado para a geração de pesquisa e que permite a consolidação das respostas.

A participação dos respondentes foi voluntária e os dados obtidos foram utilizados


exclusivamente no âmbito desta pesquisa.

4 Gestão de Segurança de Processo


A Operação de Processos industriais em inúmeros setores é extremamente delicada.
Frequentemente são publicados relatórios e notícias sobre acidentes na indústria do refino e
transporte de petróleo, no setor químico e na mineração, entre outros. Por isso, o tema
Segurança de Processo se tornou tão recorrente nas pautas das grandes empresas atuantes no
setor da indústria.

Em sua definição formal, Gestão de Segurança do Processo (em inglês: Process Safety
Management – PSM) consiste na aplicação de sistemas e controles de gestão (programas,
procedimentos, auditorias e avaliações) a um processo, de maneira que seus riscos sejam
identificados, entendidos e controlados, e de forma a serem prevenidos os acidentes, em sentido
amplo, que deles decorrem.

Atualmente, o PSM é uma obrigação legal nos EUA, tratando-se de requisito legal da
norma regulamentadora OSHA (Occupational Safety & Health Administration). Por mais de 30
anos, a companhia DuPont implementou os padrões de Gestão de Segurança de Processos em
suas próprias instalações, e em sites de clientes em todo o mundo, para evitar incidentes
relacionados e para reduzir o risco operacional.

Para a Bureau Veritas Brasil, empresa de gestão de QSMS (qualidade, segurança, meio
ambiente e saúde), o principal objetivo do PSM é desenvolver plantas, sistemas e
procedimentos para evitar lançamentos indesejáveis, que podem inflamar e causar impactos
tóxicos, incêndios ou explosões locais, na planta ou instalações vizinhas.

Além disso, o PSM também pode abordar questões relacionadas com a operacionalidade,
produtividade, estabilidade, e qualidade de saída de processos, levando à especificação de
salvaguardas contra eventos indesejáveis. Outros benefícios intangíveis incluem a retenção de
imagem corporativa.

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GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

Os princípios do PSM devem ser aplicados em todo o ciclo de vida de uma planta ou
instalação para garantir que as instalações possam ser gerenciadas de forma segura e atingir
níveis aceitáveis de risco global de negócios.

Segundo esta metodologia, existem elementos básicos que devem ser trabalhados para o
sucesso do Programa de Gestão de Segurança. São eles:

# Elementos da Gestão de Descrição


Segurança
Fornece, mantém e atualiza todo um conjunto de dados
1 Informações de Segurança que permitem a eficiente análise de riscos através de
de Processos informações precisas, seguras, atualizadas e
documentadas.
Atividade permanente, estruturada em todas as etapas do
2 Análise de Riscos de ciclo de vida. Técnicas como Análise Preliminar de
Processo Riscos, What If – Checklist, Análise de Modos de Falha e
Efeitos, Análise de Árvore de Falhas, HAZOP, etc.
Os procedimentos operacionais devem proporcionar claro
entendimento dos parâmetros de operação, os limites para
uma operação segura e as sequencias adequadas para
3 Procedimentos Operacionais
paradas normais e emergenciais. Também devem explicar
e Práticas Seguras
as consequências para a segurança operacional quando se
opera fora dos limites seguros e ações a tomar nestes
casos.
Nenhuma mudança deve ocorrer sem uma competente
4 Gerenciamento de análise de riscos. A mudança de tecnologia deve ocorrer
Mudanças de Tecnologia com o máximo de benefícios e sem a ocorrência de perdas
humanas, materiais ou econômicas.
Como primeiro passo, fabricação de itens de acordo com
especificação, transportados e entregues em perfeitas
5 condições para instalação. Além disso, armazenar, realizar
Qualidade Assegurada
montagens e instalação de forma integral e adequada. O
fornecedor deve ter caracterizada sua capacidade em
produzir o que se deseja segundo o especificado.
Análise final de segurança de todas as instalações,
ampliações e modificações relevantes, antes da operação,
6 Revisões de Segurança de
de forma que se confirme que todos os elementos de PSM
Pré-partida
tenham sido adequadamente aplicados e que a instalação
está segura para partir.
Manter e melhorar a integridade do sistema na instalação
de itens desde o descomissionamento até o
desmantelamento. Envolve manutenção preditiva,
7 Integridade mecânica preventiva e corretiva, o treinamento para aqueles que
desempenham, procedimentos especiais de controle de
qualidade, inspeções, testes, reparos, mudanças e análises
de confiabilidade.

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GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

Todas as mudanças, incluindo reparos temporários ou


8 Gerenciamento de mudanças emergenciais, devem ser documentadas e passar por uma
de instalações completa análise e autorização de pessoas com essa
responsabilidade.
Capacitar e fornecer aos operadores e técnicos as
ferramentas e o entendimento das tarefas de acordo com
9 Treinamento e Desempenho os procedimentos estabelecidos. É importante que todos
se mantenham fisicamente aptos, mentalmente alertas e
capazes de exercer plenamente seu julgamento
profissional ao seguir as práticas recomendadas.
Todo empenho que se coloca na gestão de pessoal próprio
quanto à prevenção deve se refletir igualmente com os
contratados, de forma que efetivamente tenham um
10 Segurança e Desempenho de padrão de segurança nivelado com o do próprio sítio. O
Contratados bom gerenciamento de contratados inclui bom processo
seletivo, estabelecimento de linhas efetivas de
comunicação, informações mútuas sobre riscos e
prevenção e sistema de auditoria periódica.
Na análise de acidentes e incidentes deve-se buscar as
11 Comunicação e Investigação causas imediatas e básicas. Lições aprendidas devem ser
de Acidentes e Incidentes
difundidas e comunicadas.
Manter a experiência acumulada e habilidades e
conhecimentos capazes de gerir o processo produtivo com
12 Gerenciamento de segurança. Os movimentos dentro das organizações são
Mudanças de Pessoal
positivos, porém podem gerar queda nesse nível crítico de
capacidade de manter os riscos controlados.
Caso os riscos não consigam ser controlados e um
acidente se manifeste, a organização deve estar preparada
para enfrentar os eventos críticos em sua pior
13 Planejamento e Resposta a manifestação. A emergência deve ser controlada e seu
Emergências desdobramento contido de forma a minimizar os
impactos. Um bom plano também dá uma resposta
adequada aos impactos iniciais nas pessoas, instalações e
meio ambiente.
14 Auditoria O processo de auditoria deve ser robusto e também
auditado (auditorias de segunda e terceira partes).
Quadro 2: Elementos básicos do Programa de Gestão de Segurança. (Fonte: Fantazzini, 2011)

Os 14 elementos da Gestão de Segurança são agrupados em três áreas: Tecnologia,


Pessoal e Instalações. A Figura 1 abaixo apresenta a Roda do PSM que consolida
estes elementos em seus grupos temáticos e confere a linha de raciocínio do programa.

Sua representação expressa claramente a importância da liderança e do


comprometimento gerencial para que a roda da gestão de segurança do processo se mova. E,
por fim, a disciplina operacional abraça toda a roda e surgiu da necessidade de se atingir
objetivos nas plantas operacionais.

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GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

Figura 1: Roda do PSM (Fonte: Disponível em: <http://www2.dupont.com/sustainable-


solutions/en-us/dss/ua/risk-management-consulting.html>. Acesso em 17/6/2012.)

De acordo com Fantazzini, em seu artigo “O que é PSM? Parte 3” para a revista
Prevenção de Riscos do ano de 2001, existem quatro passos para o desenvolvimento da gestão
de segurança. Abaixo é descrito cada um dos passos.

Passo 1: Estabelecimento de uma Cultura de Segurança

Em organizações cuja cultura de segurança seja fraca, esforços do PSM serão


conflitantes com outras prioridades, como manutenção da taxa de produção e políticas de
redução de custos de produção.

Sendo assim, para Fantazzini (2001) uma cultura de segurança forte nas organizações é
imprescindível para o sucesso do Programa de Gestão de Segurança de Processos. E esta
cultura é fomentada através de: (1) comprometimento de valores centrais para segurança, saúde
ocupacional e responsabilidade ambiental; e (2) políticas e indicadores de desempenho que
fundamentem decisões gerenciais cotidianas.

Desta maneira, o sistema de prevenção será intrínseco ao correto desempenho das


atividades de produção.

Passo 2: Liderança e Comprometimento Gerencial

Uma liderança comprometida com a construção de uma cultura de segurança robusta,


desde a alta administração até a supervisão direta, é fundamental para a excelência do PSM. Ela
deve suportar todo o esforço de segurança e ser responsabilizada pelos resultados. É seu papel
determinar expectativas de segurança de processo claras e exigentes de um alto desempenho e
manter transparência nas decisões diárias.

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GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

Passo 3: Implementação de um programa abrangente, baseado nos 14 elementos

O ponto de partida do programa é o atendimento aos requisitos normativos e a


conformidade legal. Porém, este ponto deve ser entendido apenas como mínimo essencial para
a prática da prevenção.

Atualmente, segundo o modelo da empresa Dupont, as características essenciais de um


programa de segurança são refletidas nos 14 elementos da roda do PSM, agrupados nas áreas:
Tecnologia, Pessoal e Instalações.

Passo 4: Disciplina operacional

Disciplina operacional é a dedicação profundamente enraizada e o comprometimento de


cada um para o desenvolvimento de suas tarefas de forma correta, cada uma e todas as vezes
que elas forem desempenhadas. Não importa o quanto um programa seja completo, somente o
exercício cotidiano de cada empregado, na prática da disciplina operacional, irá conseguir
transformar os conceitos e o sistema numa sólida realidade preventiva.

Analisando a estrutura de alguns Programas de Segurança de Processo, especificamente


com relação às atividades de operação e manutenção, verificamos que os principais modelos
sugerem a estruturação de vários elementos, ao contrário do modelo hoje implantando na
empresa em estudo.

15 Diretrizes PSM OSHA – 14 22 Elementos Guia RPBS – 20 API 750 – 11


Petrobras elementos da Consultoria elementos elementos
Procedimentos Legislação e Procedimentos Procedimentos
Operacionais Altos Padrões Operacionais operacionais
Operacionais

Permissão de Práticas de Práticas de


trabalho a quente Trabalho Seguro trabalho seguras
Revisão de Revisões de Preparação para Revisão de
segurança pré- Segurança Partidas e Partida Segura
operacional Pré-partida Paradas
Informação sobre Informações de Gestão de Informação de
segurança de Processo Conhecimento de Segurança de
Operação e processo Processos Processo
Manutenção Integridade Integridade Confiabilidade e Integridade
mecânica Mecânica Integridade mecânica e
Mecânica qualidade
assegurada de
equipamentos
críticos

Condução das
Operações e
Disciplina
Operacional

Tabela 1 – Elementos relacionados com a diretriz de Operação e Manutenção

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GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

5 Análise e Discussão dos Resultados


A empresa objeto deste estudo, no início de 2000 e até meados de 2001, passou por
momentos de fortes dificuldades, com o acontecimento de uma série de acidentes ocupacionais
e de processo, que geraram grande repercussão nacional e internacional.
Em 2001/2002, a empresa iniciou a implantação de um Programa de Segurança de
Processo com o auxílio de uma consultoria. Naquele momento, apesar do nome ter sido
chamado de Programa de Segurança de Processo (PSP), as práticas que ficaram mais
consolidadas são as que estavam ligadas à segurança ocupacional, ou seja, aquelas ações para
evitar os acidentes durante a realização de atividades. Isto foi devido ao elevado número de
acidentes ocupacionais que vinham acontecendo naquele momento.
Este programa tinha como um dos objetivos principais a implantação de 15 diretrizes
corporativas de SMS que a partir de então passaram a guiar a companhia, consolidando a busca
pela excelência. Em outros modelos de gestão estas diretrizes são conhecidas como elementos.
As 15 diretrizes foram oriundas, principalmente, do Process Safety Mangagement – PSM
publicado pela Occupational Safety and Health Administration - OSHA em fevereiro de 1992.
Embora com a implementação deste programa, que, inicialmente durou 3 anos, os
acidentes de Segurança de Processo ainda continuam a ocorrer dentro da empresa em estudo.
Em 2007, o Center for Chemical Process Safety (2007) lançou o Guideline Risk Based
Process Safety (RPBS). De acordo com este guia os perigos e riscos não são iguais. Os
recursos devem ser aplicados nos maiores perigos/riscos. Este guia foi elaborado após 15 anos
da elaboração do Process Safety Management (PSM) pela OSHA.

Para facilitar a discussão dos resultados sobre PSM, buscou-se estruturar a discussão a
partir de dois parâmetros. O grau de importância atribuído pelos profissionais na pesquisa a
cada prática do PSM, e o grau de adesão, que significa o quanto à empresa em estudo está
aderente a cada prática, segundo a opinião dos entrevistados. Um grau de importância maior
que o grau de adesão significa que os profissionais consideram a prática importante para o
sucesso do PSM, porém as organizações não adotam com frequência tal prática.

Neste sentido, está apresentado abaixo o

Gráfico1, em que são destacadas as práticas do PSM em uma comparação entre o seu
grau de importância e o nível de adesão à prática.

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GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

Gráfico1: Comparação entre importância e adesão às principais práticas do PSM

Em relação às práticas da área de tecnologia, observa-se que todas as práticas possuem


um grau de importância maior que o nível de adesão das organizações.

As práticas de fornecimento e atualização de conjunto de dados para análise eficiente


de riscos (informações de segurança de processo), a própria análise de riscos de forma
permanente e estruturada em todas etapas do ciclo de vida do processo e a existência de
procedimentos operacionais e práticas seguras possuem grau de importância alto, acima dos
80%. E parecem não ser muito usuais nas organizações para a gestão de segurança, pois
apresentam grau de adesão mais baixo, sendo o menor para análise de riscos de processo, com
apenas 35% de aderência.

Já a prática de gerenciamento de mudanças de tecnologia para garantir o máximo de


benefícios sem ocorrência de perdas possui o menor grau de importância nesta área do PSM e
um grau de adesão inferior em 11 pontos percentuais (p.p.), demonstrando alinhamento entre a
visão dos profissionais quanto ao que consideram importante para o sucesso do PSM e o
esforço empreendido pelas organizações em prover tal prática.

As práticas de instalações, as práticas de qualidade assegurada e revisões de segurança


pré-partida possuem graus de importância baixos, acompanhados por graus de adesão
próximos.

Integridade mecânica do sistema de instalação e gerenciamento de mudanças de


instalações possuem maiores discrepâncias entre os dois índices, com graus de importância de
84% e 68%, respectivamente, apesar de não serem as práticas de instalação mais usuais nas
empresas, observado pelos baixos graus de adesão.

No que se refere às prática de pessoal, treinamento e desempenho, segurança e


desempenho de contratados e comunicação e investigação de acidentes e incidentes
apresentaram graus de importância de médio para alto e graus de adesão bastante inferiores.

Observa-se que gerenciamento de mudanças de pessoal possui o menor grau de


importância nesta área, mesmo assim com 16 p.p. acima do grau de adesão à prática pelas
organizações.

Planejamento e resposta a emergências e auditorias possuem graus de importância


médios, sendo que o primeiro possui aderência menor pelas empresas e o último, índice de
adesão exatamente igual ao de importância.

Segundo Fantazzini (2011), todos estes elementos da metodologia são básicos e devem
ser trabalhados para o sucesso do PSM e, de uma maneira geral, pela pesquisa de campo
empreendida, as práticas referentes a tecnologia e pessoal tiveram os maiores índices de
importância e, como ocorreu para todos os elementos, graus de adesão inferiores,
demonstrando os desafios para implementação do programa de gestão de segurança de
processo.

Gestão de desempenho em Segurança de Processo

Para a realização da pesquisa survey, foi utilizado um questionário elaborado com base
nas boas práticas sugeridas pelo Guia de Segurança de Processo Baseado em Risco (RPBS)
onde a abordagem foi direcionada para o segmento da área de negócio em estudo.
O questionário utilizado na pesquisa de campo continha 30 questões dividas em 8 clusters.
• Perfil do respondente;

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GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

• Entendimento de Segurança de Processo;


• Envolvimento do respondente com Segurança de Processo;
• Grau de importância dos elementos de Segurança de Processo;
• Gestão de desempenho em Segurança de Processo;
• Gestão de treinamento;
• Gestão da informação e procedimentos;
• Gestão de práticas seguras, confiabilidade, prontidão operacional e condução das
operações.
Neste artigo, a ênfase foi dada no cluster Gestão de Desempenho em Segurança de
Processo.

⇒ Objetivo: Verificar o grau de implementação / existência da prática da


gestão de desempenho, com foco em indicadores.

Na pesquisa survey realizada, para o conjunto de perguntas envolvendo a Gestão de


Desempenho em Segurança de Processo, segundo a visão dos respondentes, constata-se que
duas perguntas possuem 70% ou mais de aderência na sua implementação. Estas práticas estão
relacionadas com Confiabilidade e Integridade e Preparação para Paradas e Partidas. Na gráfico
1, Integridade teve 80% de aderência quanto ao grau de importância e Revisões de Pré-Partida
teve 60%.

Gestao de Desempenho

73% 70% 67%


80%
60% 52%

40%
20%
0%
1

11.3 - A unidade possui indicadores que auxiliam no desempenho e resultados da confiabilidade e da


integridade dos seus ativos?
11.4 - A unidade realiza análise crítica dos processos de paradas e partidas?

11.2 - A unidade realiza tratamento estatístico e análise de tendências das auditorias de Permissões
de Trabalho?
11.1 - A unidade possui indicadores para gerenciar o elemento Gestão do Conhecimento do Processo
(foco na Gestão da Documentação)?

Gráfico 2 – Gestão de Desempenho

O item, que, segundo os respondentes, tem o mais baixo percentual de implementação


(52%) está relacionado com o tema Gestão do Conhecimento (Informações de Segurança de
Processo). Analisando o gráfico 1, observa-se que, apesar de ter um alto grau de importância
(80%), sua aderência é baixa (20%).

89
GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

Para o tema Gestão de Desempenho em


Segurança de Processo, julgue as assertivas
Discordo Discordo Concordo Concordo
abaixo, quanto ao grau de concordância da
totalmente parcialmente parcialmente totalmente
implementação / existência da prática em sua
unidade

11.3 - A unidade possui indicadores que


auxiliam no desempenho e resultados da
3% 17% 37% 43%
confiabilidade e da integridade dos seus
ativos?
11.4 - A unidade realiza análise crítica dos
10% 10% 40% 40%
processos de paradas e partidas?
11.2 - A unidade realiza tratamento
estatístico e análise de tendências das 10% 17% 37% 36%
auditorias de Permissões de Trabalho?
11.1 - A unidade possui indicadores para
gerenciar o elemento Gestão do
23% 13% 47% 17%
Conhecimento do Processo (foco na Gestão
da Documentação)?
Tabela 2 – Gestão do desempenho em Segurança de Processo

Pela tabela 2, verifica-se que 80% dos respondentes concordam (parcialmente ou


totalmente) que a unidade possui indicadores que auxiliam no desempenho e resultados da
confiabilidade e integridade dos seus ativos. Apenas 3% discordam totalmente, sinalizando que
esta é uma prática que está bem consolidada na área de negócio, tendo em vista que estas
atividades possuem coordenações e/ou gerências que são as guardiãs destes temas. Ter um
indicador para monitorar a prática é um dos requisitos do guia RPBS.
Constatamos também que 80% dos respondentes concordam (parcialmente ou
totalmente) que a unidade realiza análise crítica dos processos de paradas e partida.
As unidades da área de negócio em estudo geralmente realizam workshop após as
paradas de manutenção e registram este aprendizado em relatórios e as boas práticas são
armazenadas em um banco de dados único.
Outro dado que pode ser observado na tabela 2 é que 73% dos respondentes concordam
(parcialmente ou totalmente) que a unidade realiza tratamento estatístico de tendências das
auditorias de permissões de trabalho. Existe na área de negócio um sistema que fornece insumo
para que esta análise de tendência seja realizada. Entretanto, 10% dos respondentes discordam
totalmente, o que nos indica que devemos identificar pontualmente onde não está sistematizada
esta prática.
Pela tabela 2, verifica-se que 64% dos respondentes concordam (parcialmente ou
totalmente) que a unidade possui indicadores para gerenciar o elemento gestão do
conhecimento do processo (informações de Segurança de Processo) e, entretanto, 23%
discordam totalmente. Isto sinaliza que esta prática não está uniforme e que sua implementação
não é um consenso na unidade.

90
GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

6 Considerações Finais
A pesquisa foi classificada como exploratória, bibliográfica, qualitativa e aplicada,
utilizando uma pesquisa tipo survey como método da pesquisa. A utilização da pesquisa survey
foi considerada apropriada visto que os autores puderam retratar, conforme relato dos
respondendes, o nível de importância e implementação dos elementos de segurança de
processo, com foco na gestão de desempenho.
A metodologia utilizada permitiu aos pesquisadores realizarem uma revisão
bibliográfica, a partir de artigos, dissertações e livros, consultando autores consagrados em
Segurança de Processo, além de contribuir para a aplicação prática dentro de um modelo de
gestão já existente.
O estudo permitiu aos autores realizar um levantamento do referencial teórico sobre
Segurança de Processo, com a finalidade de conhecer a estrutura de outros modelos de gestão
de Segurança de Processo, com ênfase na gestão de desempenho para as atividades de operação
e manutenção. Como resultado, identificou-se que a maior parte dos modelos propostos dá
grande ênfase ao elemento de operação e manutenção, desmembrando este tema em diversos
elementos como é o caso da API 750 (1990), passando pelo PSM da OSHA (1992) e chegando
até a emissão do Guia de Segurança de Processo Baseado em Risco (RPBS), pelo CCPS, em
2007.
Outro objetivo foi verificar a importância e a aderência dos assuntos relacionados a
gestão de desempenho podiam ser considerados como implementados. Verificou-se na
pesquisa survey que, no cluster referente a Gestão de Desempenho, as práticas que já estão
estruturadas na empresa como a Integridade e a Confiabilidade Mecânica foram as que tiveram
uma maior aderência considerando sua implementação na unidade de operação.
Por fim, o último objetivo era verificar, através de um levantamento bibliográfico quais
os resultados das inspeções de segurança de processo realizada nas refinarias americanas,
correlacionando com os elementos de um programa de Segurança de Processo.
De acordo com Lay, Long e Marshall (2012), as violações com o maior número de
citações, encontradas nas refinarias Americanas, avaliadas pelo Programa Nacional com Ênfase
em Refinaria, foram:

• Integridade Mecânica (404 citações);


• Informações do Processo de Segurança (270 citações);
• Procedimentos Operacionais (224 citações);
• Análise de Risco do Processo (195 citações);
• Investigação de Acidentes (159 citações).

Para Walter, Foottit e Nelson (2009), considerando as inspeções da OSHA e as


autoavaliações que são realizadas internamente, os quatro elementos que são mais citados ao
longo de seis anos de auditoria foram:

• Integridade mecânica;
• Informação de Segurança de Processo (gestão do conhecimento);
• Procedimentos operacionais;
• Análise de perigo do processo.

Resumindo, podemos verificar que as áreas que já estão estruturadas dentro da empresa,
além de serem consideradas mais importantes, são as que estão mais aderentes na sua

91
GESTÃO DE DESEMPENHO EM SEGURANÇA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO

implementação. Entretanto, o elemento Gestão do Conhecimento (informação de segurança de


processo) foi, segundo os respondentes, o elemento com a baixa aderência na sua
implementação, o que nos remete que esta prática não pode ser implementada na empresa.

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