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UNIVERSIDADE POSITIVO

ELIZÂNGELA GEMAQUE DE ALMEIDA

AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM

CURITIBA
2019
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ELIZÂNGELA GEMAQUE DE ALMEIDA

AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM

Artigo apresentado como requisito parcial para


a disciplina de Desenvolvimento Docente no
curso de Mestrado do Programa de Pós-
Graduação em Gestão Ambiental,
Universidade Positivo.

Professor: Maurício Diziedzic

CURITIBA
2019
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1 INTRODUÇÃO

O autor faz uma abordagem da avaliação Educacional como tecnologia de controle no


capitalismo neoliberal, visto que, desde meados do século XVIII há necessidade de controle
do indivíduo quanto às suas avaliações individuais na escola, tornando-se mais intenso no
século XX com o advento do capitalismo. Havendo a imposição de melhoramento contínuo
do indivíduo para que pudesse assumir um cargo no mercado de trabalho, o qual exigia mão
de obra que estivesse em continuo aperfeiçoamento (MOTA; COSTA, 2017).
Dessa maneira, os testes e avaliações diferenciavam os bons dos maus, dos que
tinham condições de ser mão de obra qualificada. Com isso, vê-se claramente a
mercantilização das avaliações no escopo educacional, cujo objetivo não é o melhoramento
continuo do ser humano, mas sim mão de obra preparada para o mercado de trabalho. O
prevalecia na época era uma visão simplista e reduzida acerca do processo de aprendizagem
(MOTA; COSTA, 2017).

2 ESTADO DA ARTE

De Pinho et al. (2018) faz uma abordagem reflexiva sobre a maneira simples que a
avaliação era vista, servindo apenas como um mecanismo para avaliar se o aluno vai bem em
sala de aula, o que importava era o repasse do conteúdo pelo professor, o qual era o detentor
de toda a verdade, onde o aluno teria que ficar sentado apenas absorvendo o conteúdo e
estudar para tirar uma boa nota no teste no final da disciplina.
Desde Aristóteles que o pensamento era tido como algo inflexível e exato, não
cabendo uma terceira avaliação sobre determinado tema, ou seja, meio termo nunca poderia
fazer parte de um estudo em sala de aula. Porém, em meio ao início de várias crises
existenciais e ecológicas que a humanidade atravessa é necessário considerar que o ser
humano é complexo e pensa, que possui sentimentos e emoções. Que cada pessoa possui uma
maneira de reagir a situações e uma técnica que melhor se adéqua a aprendizagem
percebendo-se assim a complexidade e deixando-se de lado a visão mecanicista e reducionista
das coisas. Dessa forma, a avaliação deve primar por mensurar o grau de aprendizado do
aluno dando um passo à frente da visão simplista (DE PINHO et al., 2018).
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Corroborando com essa visão mecanicista Marinho et al. (2014) em seu artigo mostra
uma pesquisa efetuada em duas escolas Portuguesas acerca da importância da avaliação de
aprendizagem como meio para construção de aulas mais interessantes, observou-se que
professores de matemática estavam focados apenas na avaliação como cunho classificatório,
já os professores de português preocuparam-se na avaliação como forma de construção e
auxílio para balizar o grau de absorção do conteúdo passado em sala de aula. Dessa maneira,
tentou-se mostrar com a pesquisa aos professores que a avaliação e aprendizagem não são
simples instrumentos classificatórios, mas sim ferramentas importantes para readequar a
produção de conteúdos didático mais interessante e buscando metodologias ativas que possam
instigar a vontade e o desejo de aprendizado pelos alunos (MARINHO et al.,2014).
Para Givigi et al. (2015) o desafio é ainda maior quando se trata de alunos portadores
de necessidades especiais, visto que as avaliações são dirigidas a maioria da turma que não é
especial, embora haja o amparo legal e políticas inclusivas para seja dado tratamento
diferenciado aos alunos especiais, não é suficiente, há necessidade de envolvimento do
professor para entender de que maneira pode colaborar com o aluno especial (GIVIGI et al.,
2015). Desse modo, o aluno especial teria maior proveito das aulas, por que as suas limitações
devem ser compreendidas e contornadas, através de metodologias inclusivas como métodos
digitais de baixo custo ou até mesmo de metodologia e tecnologia de elevado valor, contanto
que nas avaliações os alunos especiais não sejam somente um quadro em branco (GIVIGI et
al., 2015).
Uma outra dificuldade é abordada por Galvão; De Souza (2016) sobre as técnicas de
ensino de química onde vê a necessidade de diversificar, visto que, pelo tradicionalismo o
ensino sempre foi feito no modo convencional, no qual o professor é o dono da verdade e os
alunos só copiam o conteúdo e aceitam tudo o que foi ministrado como verdade absoluta
porém, em relação ao que professores que participaram da uma pesquisa de avaliação do
conteúdo ministrado com a técnica de aprendizagem para as mesmas, o resultado foi que não
importa a média dos testes, mas sim se os alunos conseguiram absorver o conteúdo lecionado.
Por se tratar de uma disciplina altamente complexa e difícil de ser ensinada, os
professores recorrem a vídeos e apresentações dinâmicas, em seguida aplicam tarefas para
verificar absorção do conteúdo, sempre atribuindo notas, mas o principal objetivo é verificar
se sua aula está sendo didática e interessante para o aluno (GALVÃO; DE SOUZA, 2016).
Para as professoras os alunos são vistos como agentes ativos na construção do
aprendizado, em que o educador é tutor que vai guia-lo no caminho da construção do processo
de aprendizagem, considerado complexo e sem uma fórmula pronta e acabada para o alcance
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do objetivo final, que é a consolidação do aprendizado incorporado para a vida pessoal e


profissional do estudante (GALVÃO; DE SOUZA, 2016).
Já Vieira et al. (2015) faz uma abordagem sobre aplicação de avaliações do IDEB -
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, na qual é verificado a qualidade do ensino,
entretanto, chamou a atenção o resultado de 2011, onde o resultado apontou o grande déficit
do 5º para o 9º ano.

Levando em conta esse baixo desempenho dos alunos do 9º ano foi aplicado um
questionário aos professores que ministram aulas para o 5º e o 9º ano, no qual o resultado
mostrou que de alguma maneira os professores se esquivavam do comprometimento e
responsabilização do aprendizado, direcionando toda responsabilidade ao aluno que não tem
interesse em estudar e possui baixa alta estima (VIEIRA et al., 2015). Vale ressaltar, que o
resultado do Ideb está sendo usado para a formulação de política pública Educacional, e que
nesse cenário o educador deve trazer para si a responsabilidade da gestão da aprendizagem,
não só na avaliação do IDEB, mas para servir na mensuração do grau de aprendizagem e na
formulação de novas metodologias ativas para testá-las em sala de aula, buscando não um
fim, porém um aperfeiçoamento contínuo (VIEIRA et al., 2015).
Para Fantin (2015) o aluno da atualidade possui acesso a várias tecnologias e portanto
aulas puramente expositiva são maçantes e exaustivas, além de não chamar a atenção do
educando, deixa o aprendizado a desejar. Com isso, partindo-se do pressuposto de que o
aprendizado é uma construção, aliar a metodologia EAS – Ensino Aprendizado Situação com
os dispositivos móveis em sala de aula pode agregar no conhecimento, além da
implementação de pequenas tarefas, as quais podem ser executadas após a apresentação de
um vídeo por exemplo, onde o aluno vai elaborar um texto sobre o seu entendimento do tema
abordado e em seguida compartilhar com a turma, no dia seguinte pode ser realizado um teste
rápido ainda sobre a mesma temática, tais atividades reforçam o estudo (FANTIN, 2015).
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3 BOAS PRÁTICAS

Para Farias Coelho; Rogério Martins Costa (2016) o desafio educacional na


aprendizagem diante de uma geração digital e migrantes digitais, são os que nasceram em
uma era analógica mas que migraram para era digital, capazes de realizar multitarefas de
maneira simples rápida, tornar a aula interessante seria um obstáculo. Porém, com a
implementação de games educativos os alunos ficariam mais estimulados e propícios ao
aprendizado (FARIAS COELHO; ROGÉRIO MARTINS COSTA, 2016). Diante desse
cenário o autor buscou uma experiência de um projeto piloto, FAZGAME, que funciona no
Rio de Janeiro, no qual foi realizada uma oficina, em que os alunos tinham que criar histórias
no game, estimulando-se o raciocínio e capacidade lógica, ao final os educandos estavam
muito receptivos e empolgados com a ideia de ter incorporado em sala de aula o game
educativo, porém é uma ferramenta metodológica ainda em fase de avaliação e teste no Brasil,
entretanto, quando da sua implementação resta comprovado o efeito sob os alunos, deixando-
os entusiasmados com aulas que utilizam uma metodologia de games educativos (FARIAS
COELHO; ROGÉRIO MARTINS COSTA, 2016).

4 CONCLUSÕES

O processo de aprendizagem, conforme corroborado pelos autores em sua essência


não era priorizado, bastava uma avaliação para atribuir nota aos alunos e todo o processo de
ensino finalizava com a média final do aluno. Porém, com a evolução de pesquisas no campo
educacional, a temática aprendizagem vem ganhando grandes proporções e chamando atenção
de especialistas, já que na educação o quesito principal, que é a aprendizagem, era deixado a
margem, porém agora é vista com toda a sua complexidade, pois é um processo que é
construído entre educador e educando, através do uso de metodologias ativas e instigantes, as
quais fomentam o desejo e a busca por novos conhecimentos pelos alunos. Onde estudar passa
a ser uma atividade agradável e interessante na descoberta de novos conceitos e interpretações
das mais variadas disciplinas.
O desafio que os professores encontram na implementação do processo de
aprendizagem são enormes, visto que, nas escolas públicas ou mesmo particulares não há
ferramentas suficientes para uso de novas metodologias, além disso, os dirigentes por vezes
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não compreendem a importância dessa temática na vida do educando e educador, com isso
não priorizam o investimentos em novas tecnologias para auxiliar no processo de educacional.
Além disso, há processos de avaliação que visão somente melhorar notas do ensino, voltados
para órgãos responsáveis pela fiscalização e implementação de políticas públicas
educacionais, deixando-se assim, em segundo plano o processo mais importante que é a
aprendizagem. Somando-se a isso, tem-se que as provas em sua grande maioria são
direcionadas para memorização de conteúdos programáticos, por vezes forçando o aluno a
simplesmente memorizar para o dia da prova, não absorvendo assim o aprendizado necessário
para aplicar posteriormente.

5 APÊNDICE

O processo de aprendizagem é bastante complexo e no Brasil precisa-se avançar muito


no sentido de compreender a sua real importância na educação, deixando de lado aquela visão
reducionista que considera o professor como o centro do processo educacional e o aluno
apenas um expectador passivo que deve cumprir as tarefas que são solicitadas. É necessário a
mudança de paradigma, em que o educando passa a ser um ator ativo que é responsável pela
construção da aprendizagem, juntamente com seu tutor que vai direcionar quais os caminhos
que devem ser seguidos.
Outro aspecto importante é a valorização da carreira do profissional da educação com
valorização salarial justa, onde não seja necessário a ocupação com cargas horárias
excessivas, que deixam o educador exausto e sem a mínima condição de ministrar uma
excelente aula.
Considerar ainda, que o aluno especial deve ter uma avaliação diferenciada de acordo
com a sua especialidade, oportunizando que o mesmo participe ativamente do processo de
aprendizado, para isso é necessário o treinamento e envolvimento do educador, para o mesmo
possa compreender a importância da inclusão do educando especial em todos os processos
avaliativos em sala de aula.
Por todo o exposto, infere-se que os desafios do processo de avaliação de
aprendizagem no Brasil são enormes, pois falta incentivo salarial para os professores,
forçando-os a aderir extensas cargas horárias para melhorar os rendimentos; as escolas
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públicas estão sucateadas; não há incentivo para implementação de novas tecnologias em sala
de aula; não há incentivo para formação continuada dos professores; as bases curriculares
estão ultrapassadas e necessitam urgentemente serem revisadas.
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REFERÊNCIAS

FANTIN, M. Novos Paradigmas da Didática e a Proposta Metodológica dos Episódios de


Aprendizagem Situada, EAS. Educação & Realidade, v. 40, n. 2, p. 443–464, 2015.
FapUNIFESP (SciELO).
FARIAS COELHO, P. M.; ROGÉRIO MARTINS COSTA, M. Uma ferramenta digital que
faz games educativos: o contexto brasileiro de ensino e aprendizagem. RIED. Revista
Iberoamericana de Educación a Distancia, v. 19, n. 2, p. 53, 2016. UNED - Universidad
Nacional de Educacion a Distancia.
GALVÃO, E. C.; DE SOUZA, N. A. O COMPROMISSO FORMATIVO NA AVALIAÇÃO
DA APRENDIZAGEM EM QUÍMICA. Roteiro, v. 41, n. 2, p. 379, 2016. Universidade do
Oeste de Santa Catarina.
GIVIGI, R. C. DO N.; ALCÂNTARA, J. N. DE; SILVA, R. S.; DOURADO, S. S. F. A
avaliação da aprendizagem e o uso dos recursos de tecnologia assistiva em alunos com
deficiências. EDUCAÇÃO: Teoria e Prática, v. 25, n. 48, p. 150, 2015. Departamento de
Educacao da Universidade Estadual Paulista – UNESP.
MARINHO, P.; FERNANDES, P.; LEITE, C. A avaliação da aprendizagem: da
pluralidade de enunciações à dualidade de concepções - doi:
10.4025/actascieduc.v36i1.21018. Acta Scientiarum. Education, v. 36, n. 1, p. 151, 2014.
Universidade Estadual de Maringa.
MOTA, T.; COSTA, S. G. A avaliação educacional como tecnologia de controle no
capitalismo neoliberal. Perspectiva, v. 34, n. 3, p. 814, 2017. Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC).
DE PINHO, M. J.; DE CÁSSIA CASTRO VIDAL, R.; DA SILVA, B. L. Epistemological
assumptions of complexity: Reflections on learning evaluation. Meta: Avaliacao, v. 10, n.
29, p. 299–317, 2018. Fundacao Cesgranrio.
VIEIRA, S. L.; VIDAL, E. M.; NOGUEIRA, J. F. F. Gestão da aprendizagem em tempos de
Ideb: percepções dos docentes. Revista Brasileira de Política e Administração da
Educação - Periódico científico editado pela ANPAE, v. 31, n. 1, p. 85, 2015. Revista
Brasileira de Politica e Administracao da Educacao - RBPAE.

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