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HISTÓRIA DA IDADE MODERNA - E-FÓLIO A

Ano letivo – 2016-2017

Do conceito de Idade Moderna e do Renascimento à alteração das estruturas económicas,


sociais e políticas (o caso português)

Era eminente o fim da Idade Média. Como se desencadeou este processo? Como se define a época
que a sucede? Fala-se de Idade Moderna. Porquê Idade Moderna, o que a carateriza? Que influência
teve o Renascimento neste ponto de viragem e como impulsionou as várias estruturas: social, politica
e económica? Que influência teve em Portugal e que contributo deu Portugal para esta nova era?

Quando se fala de Idade Moderna, a sua definição não é objetiva dado que fica ao critério de quem a
interpreta. No entanto é genericamente aceite que esta situa-se entre 1453 aquando da conquista de
Constantinopla e 1789 com a eclosão da Revolução Francesa. É durante este período da Idade
Moderna que surge o movimento cultural e social denominado Renascimento, que influenciou
grandemente o pensamento, a arte e a ciência na Europa. Era visível o cansaço do domínio da religião
na esfera política e social. Pelo que um certo grupo de homens, humanistas, com uma mentalidade
baseada no racionalismo, individualismo, gosto pelo saber e pela observação rompeu não com o
passado, mas com os grilhões da religião e fazem renascer a cultura Greco-Romana, fazendo um
estudo exaustivo da literatura clássica, tradução e critica. Este movimento nasce primariamente
em Itália, devido aos muitos vestígios das civilizações grega e romana. Renasce assim a cultura
Greco-Romana, limpa da influência e do dogmatismo da Igreja.

É uma época de progressos e inovações. O comércio é impulsionado pelo progresso técnico e pela
técnica dos negócios, como o Método Veneziano ou Método das Partidas Dobradas, os seguros,
técnicas bancárias, etc. Assiste-se ao declínio do feudalismo dando lugar ao capitalismo. Como
aumenta a curiosidade e o querer saber, as escolas e universidades progridem e multiplicam-se. As
línguas nacionais aperfeiçoam-se, há a invenção e divulgação da imprensa e consequente impressão
de livros, bem como melhoramentos e aumento da produção de papel. Em Portugal julga-se que as
primeiras impressões terão sido ainda no século XV, o Sacramental de Clemente Sánchez de Vercial
(1488) e o Tratado de Confissom (1489).

A nível social por exemplo, alteram-se os valores e as vivências quotidianas, este mundo urbano
contribui definitivamente para o declínio da época medieval. Com a prosperidade das cidades há uma

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invasão de camponeses pobres à procura de uma vida melhor e de obter alguma ascensão social que
nem sempre conseguiram, levando ao crescimento do abismo entre ricos e pobres. (a)

O crescimento populacional era inegável, temos exemplos de Londres, Norwich, Newcastle, York e
Bristol que duplicaram e algumas triplicaram os seus habitantes (b). Estas aglomerações também
foram propicias a pestes que faziam desaparecer num curto espaço de tempo até 15% da
população. Em Portugal Entre 1527-1532 e 1580 houve um crescimento significativo da população,
mas depois os valores decresceram até 1640 face às constantes crises de mortalidade, a emigração
para o Brasil e a migração para as cidades, nomeadamente Lisboa (c).

A libertação do jugo da religião, o apoio da burguesia, o desenvolvimento do humanismo entre outras


causas, ajudou a fortalecer o sentimento nacionalista, em que os reis encaravam a Igreja, como uma
entidade estrangeira que interferia nos seus países. O poder volta à mão do rei, dando origem a um
novo absolutismo, esclarecido e progressista. No absolutismo, Maquiavel o fundador do pensamento
e da ciência política moderna, foi uma figura importante. Na sua obra “O Príncipe”, mostrava as
formas como um príncipe deveria agir para manter-se soberano no seu reino. Em Portugal há alguma
dificuldade em estabelecer uma data exata para o seu início, no entanto alguns determinam que o
Absolutismo teve inicio aquando da Revolução de Avis e a implantação do Mercantilismo. O primeiro
rei absolutista segundo alguns historiadores foi D. João I no século XIV, mantendo-se o regime com
D. João II e com D. Manuel I no século XV.

Os movimentos artísticos também se fizeram sentir no período renascentista, dão a conhecer um


homem mais moderno, menos influenciado, com um espirito racional e científico, que passa a estudar
o homem e não Deus. Com novas caraterísticas, os artistas queriam dar uma apresentação realista e
profana aos seus trabalhos. As suas ideias provavelmente fundamentaram-se no conhecimento e no
estudo das obras da antiguidade clássica greco-romana. Foi neste período que se reconhece a
perspetiva, a luminosidade, e o movimento(d). Pode-se dizer que o pintor que aperfeiçoou o
Renascimento foi Miguel Ângelo, um homem de espírito forte cuja obra mostra a grandeza e o drama
da época como nenhum outro artista.

Em relação a Portugal, a pintura renascentista apareceu ainda no século XV, destacou-se na pintura
de Nuno Gonçalves, por ter realizado os Painéis de São Vicente de Fora. No século XVI o mais
importante deverá ter sido Vasco Fernandes.

É também na Idade Moderna que se dá um salto na expansão marítima na qual Portugal teve um papel
destacado. Recorde-se que Marco Polo escreveu sobre as suas viagens no Livro de “Marco Polo”, lá
descreveu as gentes, as riquezas embora com exagero em alguns acontecimentos. Foi este livro que
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levou os europeus, que conheciam muito pouco do mundo, a ficarem sedentos de magia e de novos
horizontes. Aqui, com a abertura planetária iniciada pelos portugueses veio demonstrar-se serem
erradas tais ideias fantasiosas tais como o mar ser cada vez mais quente à medida que se ia navegando
para Sul e que este entrava em ebulição por alturas do Equador; Que a terra era achatada, como um
disco, e que ir até aos seus limites era um sério problema, Etc. Tudo isto ficou clarificado pelos
portugueses, foi pela vivência das coisas, pela experiência empírica que os marinheiros deram a
conhecer ao mundo algumas coisas, entre elas que a zona do Equador era habitada; Que havia
comunicação entre os hemisférios Norte e Sul; Que havia ligação entre o oceano Atlântico e o
Indico; Que a terra era uma esfera, etc. Foi de grande ajuda as inovações feitas pelos portugueses no
astrolábio e o quadrante. Alem de inventarem a balestilha, que servia para medir a latitude, à noite,
através das estrelas. Os aperfeiçoamentos técnicos feitos na caravela, permitiram que as mesmas
fossem utilizadas nas viagens marítimas dos Portugueses, principalmente ao longo da costa africana.

No global, verifica-se que havia nos espíritos mais cultos da época, uma preocupação de procurar o
conhecimento racional, um conhecimento científico da realidade observada. Mais uma vez Portugal
contribuiu para o início e desenvolvimento do pensamento científico destacando-se:
Duarte Pacheco Pereira – que era Navegador e cosmógrafo, este defendia a importância de um
conhecimento feito com base na experiência, por isso dizia que “a experiência é a madre das cousas”;
Pedro Nunes – era um grande matemático e considerado o maior cosmógrafo da época.
Foram estes estudos baseados na observação e na experiência e confirmados pela razão, que deram
origem ao nascimento da ciência moderna.
A Idade Moderna e o Renascimento foram um passo importante na Europa e no mundo, dado que
havia uma inércia total do povo em relação ao poder religioso. Estava comprometido o progresso da
ciência devido aos muitos dogmas da igreja. Daí que os humanistas, através do mecenato, tiveram
um papel crucial para despoletarem e inverterem esta tendência que mantinha o povo na ignorância.
Por outro lado, a nível politico e social o progresso foi muito lento, mantendo-se uma sociedade
estratificada e desproporcional e um poder que se transferiu do feudalismo para o absolutismo. No
balanço global este despertar da Idade Moderna serviu de trampolim para a época que se seguiria.

a) Por exemplo, o cardeal Farnese tinha um rendimento 1500 vezes superior ao de um operário padeiro;

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b) Londres dos seus 60.000 habitantes em 1500, representava 2% da população total de Inglaterra e País
de Gales; em 1600 já contava com 225.000 pessoas (5% da população total);
c) De uma forma global, os séculos XVI e XVII foram de crescimento urbano generalizado, mesmo em
regiões como Trás-os-Montes e Beiras. No final de Seiscentos, a população nas cidades representava
18,1% da população portuguesa;
d)

O Nascimento de Vénus, Sandro Botticelli,


c. 1485, Têmpera sobre tela, 172.5 x 278.5
cm, Uffizi, Florença. (movimento)

Capela degli Strovegni - Giotto di


Bondone (perspetiva)

Flagelação de Jesus Cristo - Piero Della


Francesca (luminosidade)

Bibliografia:

http://www.aquafluxus.com.br/um-panorama-historico-da-engenharia-hidraulica/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_Moderna
http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/zips/machad18.pdf
http://www.ghp.ics.uminho.pt/eu/ficheiros%20de%20publica%C3%A7%C3%B5es/IV%20Relat%
C3%B3rio/I%20Congresso%20Internacional%20GMR/Carlota%20Santos_As%20cidades%20port
uguesas.pdf
http://elearning.uab.pt/mod/resource/view.php?id=268918
https://pt.wikipedia.org/wiki/Absolutismo_portugu%C3%AAs
https://pt.wikipedia.org/wiki/Duarte_Pacheco_Pereira
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Nunes

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