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p.163: “não se deve esquecer a importância da ironia, que também tem de ser
entendido no seu “sentido socrático ou platônico”: como “ironia científica do
pensamento investigativo e do supremo conhecimento”, não meramente como
zombaria retórica, ela é a capacidade de se elevar acima de suas “contradições
secretas” e de alcançar a plena consciência de si e a harmonia de suas forças.”
p.178: “a ironia, como ponto de indiferença entre real e ideal, é inteiramente uma
coisa e, ao mesmo tempo, inteiramente a outra. (...) se mantém no ar o suspense de
que há uma intenção naquilo que se diz, por outro lado acaba sempre frustrando a
expectativa de significação, a esperança de encontrar um sentido unívoco no
discurso.”
p.179: “Tal é o eterno brinquedo da ironia. (...) ela é a única a ter “clareza de
consciência” sobre esse jogo: é a percepção da necessidade, mas ao mesmo tempo da
impossibilidade da comunicação total.”
p.183: [Schlegel]: “Ninguém entende a si mesmo, enquanto é apenas ele mesmo e não
ao mesmo tempo também um outro.”
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