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A escola é uma ponte de entrada da família para a sociedade, mas alguns fatores de
risco podem dificultar esse desenvolvimento e interações interpessoais como é o caso da
violência escolar. A característica central para se definir um ato violento é a intenção de
machucar e/ou ofender o outro de forma voluntária e intencional. Estimulações aversivas
e atitudes antissociais em adultos podem estimular crianças e jovens a ter um aumento da
agressividade. As repressões inadequadas dos professores frente aos alunos podem causar
maior agressão gerando um ciclo vicioso de agressão entre aluno e professor. Apesar dos
casos de violência em escola privada serem abafados, 92% dos professores nestas
instituições sofreram ou presenciaram violência nesse ambiente.
A violência física é a que chama mais atenção por ter consequências imediatas.
Crianças agredidas se não estimuladas em outros contextos de interação podem vir a
apresentar agressões. Já a violência psicológica está presente em diversos contextos e
viola os direitos humanos negando os valores como vida, liberdade e segurança. Esse tipo
de violência se mostra comumente na violência sexual e doméstica.
A soma dos aspectos do trabalho dos professores podem representar riscos e ser
um indicativo de percepção de clima escolar negativo e vulnerável. Os professores hoje
recebem um excesso de funções e demandas que primeiramente não estão preparados
para recebê-las e estão sendo cobrados para resolver esse problemas da escola, entre eles
a violência. Ao ignorar aspectos dos alunos eles participam involuntariamente na violência
escolar, pois a dinâmica relacional entre professor e aluno é a grande responsável pelo
processo de educação saudável e positivo. Uma escola que tem o clima positivo fomenta o
processo de resiliência e cumpre sua função protetiva.
Um modelo que poderia ser seguido para prevenção é o modelo de saúde pública
que define o problema, identifica os fatores de risco e proteção, desenvolver estratégias
focais e selecionar intervenções efetivas. No Rio Grande do Sul foram aprovados
recentemente projetos para combater o bullying tendo projetos pedagógicos nas escolas e
que as ocorrências sejam documentadas. Em suma é preciso fazer um conjunto de ações
para se ter resultados efetivos e não focalizar em resultados rápidos, pois percebeu-se que
não surtem efeitos a longo prazo. É necessário mudar a cultura escolar de violência pouco
a pouco e preparar os educadores para tais mudanças e para lidar com essa demanda.