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Painel / Meus cursos / Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos / Módulo 2 - Contrato Administrativo
/ Exercício Avaliativo 2
Estado Finalizada
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empregado
Notas 9,00/10,00
https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=4201614 1/13
25/10/2019 Exercício Avaliativo 2
Questão 1
Correto
a. A alteração pode ser feita, pois está dentro do limite de 25% do valor do contrato, pois o
aditivo com as alterações importa em R$ 185.000,00 de um contrato com valor inicial de R$
800.000,00, que representa cerca de 23%.
b. A alteração não pode ser feita, pois alguns serviços tiveram acréscimos ou supressões
superiores ao limite legal de 25%, a exemplo dos serviços Fundações e Cobertura (+ 40% cada),
Pavimentação (+ 66%) e Urbanização (+ 50%).
c. A alteração somente pode ser feita para os itens Alvenaria, Pintura e Instalações Hidráulicas,
pois somente eles respeitaram o patamar de 25% previsto no art. 65, § 1º, da Lei 8.666/1993.
d. A alteração pode ser feita porque nenhum acréscimo de serviço ultrapassou, individualmente,
o limite legal de 25% do valor total do contrato.
e. A alteração não pode ser feita, pois o conjunto de acréscimos totalizou R$ 245.000, o que
representa cerca de 31% do valor do contrato, estando acima, portanto do limite de 25% imposto
pela Lei 8.666/1993.
A alternativa está correta. O motivo de a alteração pretendida estar em
desacordo com o previsto na Lei 8.666/1993 é que a verificação deve ser feita comparando-se o
conjunto de acréscimos e de supressões separadamente, sem nenhum tipo de compensação
entre eles. Assim, no exemplo, as supressões importaram em R$ 60.000,00 (- 7,5%) e os
acréscimos, em R$ 245.000,00 (+ 31%).
Gabarito: A alteração não pode ser feita, pois o conjunto de acréscimos totalizou R$ 245.000, o
que representa cerca de 31% do valor do contrato, estando acima, portanto do limite de 25%
imposto pela Lei 8.666/1993.
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25/10/2019 Exercício Avaliativo 2
Questão 2
Correto
Uma licitação para a contratação de serviço de vigilância armada previa que a data-base da proposta
deveria ser a da última convenção ou acordo coletivo da categoria profissional de vigilantes, que fora
em 1º/1/2011. A data da sessão de abertura da licitação foi em 1º/3/2011. A data do contrato e do
início da execução dos serviços foi em 1º/5/2011.
A finalidade da repactuação é ajustar os preços dos contratos aos praticados no mercado, por meio da
correção dos valores dos custos dos insumos incidentes sobre o serviço prestado.
Com base nessas informações, escolha a alternativa correta, acerca da possibilidade de repactuação
dos preços do contrato.
a. Desde que prevista no edital, a repactuação pode dar-se a partir de 1º/1/2012.
A
alternativa está correta. A previsão no edital da possibilidade de repactuação é condição primeira
para sua concessão. Quanto à data da repactuação, deve contar o prazo de 12 meses da data da
apresentação da proposta ou da data a que esta se referir. No caso do exemplo acima, o próprio
edital fixou a data-base em 1º/1/2011, data da convenção coletiva da categoria profissional dos
vigilantes. Assim, após o prazo de 12 meses dessa data, pode-se pleitear a repactuação de
preços.
b. A repactuação poderá ser feita a partir de 1º/1/2012, mas os efeitos financeiros só ocorrerão a
partir de 1º/3/2012, quando a proposta completará 12 meses, que é o prazo mínimo para a
ocorrência de reajuste de preços dos contratos administrativos.
c. A repactuação só poderá ser feita a partir de 1/5/2012, pois a partir de então o contrato terá
12 meses, prazo mínimo para repactuações.
d. A repactuação só poderá ser feita a partir de 1º/3/2012, mas os efeitos financeiros só
ocorrerão a partir de 1º/5/2012, quando o contrato completar 12 meses de vigência.
e. A repactuação só pode ser feita a partir de 1º/3/2012, pois completará um ano da data das
propostas.
A data-base das propostas deve ser o marco temporal para as repactuações, pois os valores colocados
nas composições dos preços dos serviços tiveram como referencial essa data. Em regra, ela pode ser a
data da apresentação da proposta ou uma outra data. Na contratação de serviços de natureza
continuada, pode-se adotar a data da última convenção ou acordo coletivo conhecida da categoria
profissional contratada em razão de ser o principal custo dentre os insumos que compõem o preço
ofertado.
Com a fixação da data-base das propostas a data da última convenção coletiva da categoria, evita-se,
por exemplo, que na formulação das propostas sejam inseridos custos ainda não conhecidos,
onerando-as e tornando a contratação mais cara para a Administração Pública.
Explica-se: se não fosse permitida a fixação da data da última convenção coletiva da categoria
profissional como a data-base do contrato, as empresas participantes da licitação teriam que estimar
de quanto seria o próximo aumento do salário normativo e inseri-lo no preço a ser ofertado, de modo
que, quando da sua entrada em vigor, pudessem suportar a variação de custos decorrente do
aumento salarial. Como essa estimativa é feita com base em informações passadas e em indicadores
econômicos, e levando em consideração princípios da atividade privada como otimização dos lucros e
prudência contábil, naturalmente, essas estimativas seriam feitas a maior, onerando as propostas.
Com a possibilidade de apropriar os custos de uma aumento salarial na planilha de preços
contratados em valores de fato havidos e quando de sua efetiva ocorrência (na data de entrada em
vigor dos novos salários normativos), as propostas refletem de forma mais precisas os custos da
contratação, evitando prejuízos para a Administração e para as empresas eventualmente contratadas.
Atenção: não há impedimento legal, nem na jurisprudência do TCU, de que o edital determine que a
data da apresentação da proposta seja a data-base do contrato (vide, por exemplo., o Acórdão
1563/2004-TCU-Plenário), mas a adoção da data da convenção coletiva da categoria profissional se
mostra mais vantajosa para a Administração e para a gestão do contrato.
Por fim, lembrar que o prazo de 12 meses da data-base da categoria profissional vale como marco
para a primeira repactuação. Para as eventuais repactuações posteriores, conta-se 12 meses a partir
da data da última repactuação.
Gabarito: Desde que prevista no edital, a repactuação pode dar-se a partir de 1º/1/2012.
A alternativa está correta. A previsão no edital da possibilidade de repactuação é condição
primeira para sua concessão. Quanto à data da repactuação, deve contar o prazo de 12 meses
da data da apresentação da proposta ou da data a que esta se referir. No caso do exemplo
acima, o próprio edital fixou a data-base em 1º/1/2011, data da convenção coletiva da categoria
profissional dos vigilantes. Assim, após o prazo de 12 meses dessa data, pode-se pleitear a
repactuação de preços.
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Questão 3
Correto
Para fins de prestação do serviço de transporte de servidores, após regular processo licitatório, na
modalidade Tomada de Preços, foi feita a contratação de empresa, para o período de 12 meses (de
janeiro a dezembro), pelo valor mensal de 45 mil reais. O Edital previu a possibilidade de prorrogação
por até 60 meses.
Foi proposta a prorrogação sumária do contrato, por meio de aditivo que teve fundamento no inciso
II, do art. 57, da Lei 8.666/93, que afirma o seguinte: a duração dos contratos ficará submetida à
vigência dos respectivos créditos orçamentários exceto quando relativos à prestação de serviços a
serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a
administração, limitada a 60 meses;
Como gestor do contrato, você foi chamado a opinar sobre a regularidade ou não da proposta de
prorrogação sumária. Escolha a alternativa que melhor descreve a boa técnica e de modo a não
cometer irregularidade alguma.
a. A prorrogação pode ser feita na forma como foi proposta, pois o serviço é de natureza
continuada, cuja vigência pode se estender até 60 meses.
b. A prorrogação pode ser feita, desde que as condições de execução e de preço se mostrem
ainda vantajosos para a administração, que deverá verificar a compatibilidade dos preços com os
praticados no mercado à época da prorrogação.
c. A prorrogação não pode ser feita, pois o valor final da contratação, após a prorrogação,
extrapolará o limite de R$ 650.000,00 da modalidade Tomada de Preços adotada na licitação.
A resposta está certa. A escolha da modalidade licitatória que esteja atrelada a valor da futura
contratação deve ser de acordo com o valor total do contrato, já incluída possíveis prorrogações
previstas no edital. No caso em análise, para que a prorrogação sumária pudesse ser feita, além
da vantajosidade da proposta, a licitação deveria ter sido feita na modalidade Concorrência ou
Pregão.
d. A prorrogação pode ser feita, desde que seja pelo mesmo período de 12 meses, bastando
para isso o apostilamento da prorrogação.
e. A prorrogação não pode ser feita, pois a vigência dos contratos administrativos deve estar
adstrita aos correspondentes créditos orçamentários.
Observar que quando a licitação for na modalidade pregão não há a restrição apontada, pois a
escolha da modalidade não está atrelada a valor, mas à contratação de bens e serviços comuns, como,
via de regra, a prestação de serviço de transporte de servidores é considerada.
Assim, para que a vigência do contrato possa ser prorrogada, é preciso verificar se o limite da
modalidade da licitação que precedeu à contratação não será extrapolado, e se a contratação ainda é
vantajosa para a Administração. Observar ainda o limite máximo de prorrogação de 60 meses e a
formalização por meio de aditivo.
Vale reforçar dois conceitos importantes para a melhor compreensão:
Bens e serviços comuns - a Lei os define como "aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade
possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado"
(parágrafo único, do art. 1º, da Lei 10.520/2002). Já o TCU, na obra Licitações e Contratos. Orientações
e Jurisprudência, esclarece que:"Bem ou serviço será comum quando for possível estabelecer, para
efeito de julgamento das propostas, por intermédio de especificações utilizadas no mercado, padrões
de qualidade e desempenho peculiares ao objeto. O estabelecimento desses padrões permite ao
agente público analisar, medir ou comparar os produtos entre si e decidir pelo melhor preço."
Serviços de natureza continuada - como vimos em nosso material de estudos, não há uma definição
na Lei 8.666/1993 do que venham a ser exatamente esses serviços, mas a doutrina os classifica como
"aqueles imprescindíveis ao funcionamento das atividades institucionais e que se interrompidos podem
causar a solução de continuidade, a exemplo: limpeza, manutenção elétrica predial". A Instrução
Normativa MPOG 02/2008, traz a seguinte definição de serviços continuados: são aqueles cuja
interrupção possa comprometer a continuidade das atividades da Administração e cuja necessidade de
contratação deva estender-se por mais de um exercício financeiro e continuamente.
O TCU, por meio da Portaria 297/2012, que disciplina a fiscalização dos seus contratos de prestação de
serviços terceirizados de natureza continuada, ao conceituar o contrato de tais serviços (inciso I, do
art. 2º), define os serviços contínuos como "atividades acessórias, instrumentais e complementares".
Gabarito: A prorrogação não pode ser feita, pois o valor final da contratação, após a
prorrogação, extrapolará o limite de R$ 650.000,00 da modalidade Tomada de Preços adotada
na licitação.
A resposta está certa. A escolha da modalidade licitatória que esteja atrelada a valor da futura
contratação deve ser de acordo com o valor total do contrato, já incluída possíveis
prorrogações previstas no edital. No caso em análise, para que a prorrogação sumária pudesse
ser feita, além da vantajosidade da proposta, a licitação deveria ter sido feita na modalidade
Concorrência ou Pregão.
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Questão 4
Correto
Em um contrato de reforma de um imóvel onde funciona o arquivo morto de órgão público, decidiu-se
pela paralisação do contrato, em razão de não haver mais o interesse na reforma que demandou a
contratação, haja vista que uma nova avaliação do estado da edificação demonstrou que a reforma
seria antieconômica, em razão da idade avançada do imóvel (que implicava em constantes
intervenções), da localização inadequada, e da digitalização de documentos em curso no órgão, o que
diminuiria significativamente a demanda por espaço físico para arquivo.
O contrato firmado teve valor de R$ 300.000,00. Até o último boletim de medição já tinha sido
executado e pago o equivalente a R$ 215.000,00.
Usando a prerrogativa dada pela Lei 8.666/1993, expressa na possibilidade de alteração unilateral dos
contratos até os limites permitidos no art. 65, a Administração informou a supressão dos serviços
restantes e deu por encerrado o contrato.
De acordo com o que foi estudado no curso, indique a alternativa correta.
a. O procedimento da Administração está correto, pois os contratos decorrentes de reforma de
edifícios poderão ter supressões unilaterais de serviços de até 50% do valor inicial do contrato.
b. A Administração deveria ter utilizado a prerrogativa dada pelo inciso XII do art. 78 da Lei
8.666/1993 e rescindido unilateralmente o contrato, invocando razão de interesse público,
evitando assim pedidos de ressarcimento de prejuízos pelo contratado.
c. A empresa poderá pedir o ressarcimento do valor restante do contrato, em função da
alteração unilateral do contrato, conforme previsto no § 4º do art. 65, da Lei 8.666/1993.
d. O procedimento teria sido correto apenas se a alteração fosse consensual. Essa é a
resposta correta. O inciso II, do § 2º, do art. 65 da Lei 8.666/1993 autoriza a supressão de valores
em percentuais acima do definido no § 1º. Ou seja, para as supressões, decorrente de alteração
unilateral (como foi o caso), o limite é de 25%. Se for por acordo entre as partes, pode-se exceder
esse limite.
e. A administração deverá pagar, a título de indenização, o valor restante para ficar dentro do
limite de 25% autorizado para as supressões unilaterais, que importa em R$ 10.000,00, evitando
assim o pedido de ressarcimento da empresa em face da rescisão do contrato.
Quem contrata gostaria que não houvesse alteração do contrato inicialmente firmado, com vistas a
executar o orçamento na forma como foi planejado e receber a obra de acordo com o cronograma
estabelecido. No entanto, as alterações são corriqueiras e vão desde a necessidades técnicas surgidas
ao longo da execução, até problemas de má qualidade dos projetos ou falha no planejamento
orçamentário-financeiro do contratante.
O legislador não descuidou de prever tais ocorrências, permitindo que os contratos administrativos
tivessem a possibilidade de promover alterações, mas impuseram algumas condições para minimizar
a possibilidade de favorecimentos indevidos ou de arbitrariedades que prejudicassem indevidamente
o interesse do contratado.
Apesar de ser uma das cláusulas exorbitantes, a alteração unilateral dos contratos administrativos
conta com mecanismos de proteção para o particular e para a própria Administração, pois se não
houvesse limites, poderia ensejar condutas impróprias, por exemplo, de modo a inviabilizar o
cumprimento do contrato pelo particular.
Gabarito: O procedimento teria sido correto apenas se a alteração fosse consensual.
Essa é a resposta correta. O inciso II, do § 2º, do art. 65 da Lei 8.666/1993 autoriza a supressão de
valores em percentuais acima do definido no § 1º. Ou seja, para as supressões, decorrente de
alteração unilateral (como foi o caso), o limite é de 25%. Se for por acordo entre as partes, pode-
se exceder esse limite.
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Questão 5
Correto
Um dos instrumentos utilizados é o reajustamento do valor do contrato que se prolongue por mais de
12 meses, como forma de preservar as condições iniciais que poderiam (caso não houvesse o
instrumento) ter seu valor corroído, ao longo do tempo, pelos efeitos da variação dos preços dos
insumos dos produtos e serviços que constituem o contrato.
Nesse sentido, a sequência de fatos abaixo apresenta uma situação hipotética de uma licitação para
contratação de uma obra.
Assinale a alternativa correta, acerca da data em que o contratado poderá ter seus preços reajustados.
Considere que foi devidamente consignada tal possibilidade, tanto no edital como no contrato.
a. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/04/2017, pois completa um ano da
assinatura do contrato, que, por determinação legal, só pode ser reajustado após 12 meses.
b. O contrato só poderá ser reajustado do dia 02/05/2017 em diante, pois completará um ano
do efetivo início das obras, a partir de quando a empresa efetivamente incorrerá em dispêndios.
c. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/01/2017, pois completará um ano da data
da proposta, sobre a qual foram calculados os custos dos serviços.
d. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 30/03/2017, pois completará um ano da
homologação da licitação, que é o ato de controle da autoridade competente atestando a
conformidade legal do procedimento.
e. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017, pois completará um ano da data
limite para a apresentação das propostas, marco inicial para a validade dos preços contratados.
Essa é a resposta correta. Para aqueles casos em que não exista um orçamento a ser
utilizado na formação da proposta, como no caso de Convenção Coletiva de Trabalho - CCT, que
fixe valores para os salários de empregados terceirizados, a anualidade será contada da data
limite para a apresentação das propostas.
As propostas de uma licitação para a contratação de obras envolvem uma série de procedimentos que
as tornam diferentes de uma contratação de fornecimento de bens comuns, por exemplo. Enquanto
estes têm um centro de custos de fácil apuração, pois envolvem, basicamente, os custos de aquisição
e entrega do produto, os serviços de engenharia exigem orçamentos complexos com apuração de
custos de insumos e serviços na elaboração de preços dos serviços unitários que compõem a planilha
com o preço final da obra. Esses custos são referenciados em tabelas com variações mensais de
preços, de modo que se adota uma data-base anterior à da sessão de abertura das propostas para a
possibilitar aos interessados a sua elaboração uniforme. Essa data-base deve estar prevista no edital e
no anexo em que constar o orçamento estimativo e/ou projeto básico.
Dessa forma, a data-base a partir da qual, após transcorrido o prazo legal, tem-se o direito de
reajustamento do contrato deve ser estabelecida previamente, devendo ser adotada por todos os
licitantes como sendo a data da proposta ou do orçamento a que ela se referir.
Há uma dúvida, infundada, acerca da possibilidade de a data para o reajustamento do contrato ser
após um ano da sua assinatura. É preciso diferenciar o direito do contratado ao reajustamento
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dos preços (aspecto monetário) da vigência do contrato (aspecto temporal). Este último tem
disciplina no art. 57 da Lei nº 8.666/1993, que, no caso de obras, ampara-se na possibilidade de
prorrogações e se vincula ao cumprimento do objeto (a obra), enquanto aquele é uma prerrogativa
constitucional de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do ajuste.
Gabarito: O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017, pois completará um ano
da data limite para a apresentação das propostas, marco inicial para a validade dos preços
contratados.
Essa é a resposta correta. Para aqueles casos em que não exista um orçamento a ser utilizado
na formação da proposta, como no caso de Convenção Coletiva de Trabalho - CCT, que fixe
valores para os salários de empregados terceirizados, a anualidade será contada da data limite
para a apresentação das propostas.
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Questão 6
Correto
a. O contrato pode ser prorrogado e o reajuste concedido, pois nos contratos de fornecimento
de mão-de-obra, o salário mínimo pode ser usado como referência de valor.
b. O contrato pode ser prorrogado, mas o pedido da empresa não pode ser atendido, pois nos
contratos de natureza continuada o instituto de ajuste dos preços é a repactuação. Essa é a
alternativa correta. A prorrogação de contratos de natureza continuada é possível e tem amparo
legal, conforme art. 57, inciso II, da Lei 8.666/1993. Ela é uma das exceções à regra de duração dos
contratos vinculados à vigência dos respectivos créditos orçamentários. A revisão do contrato deve
se dar por repactuação dos preços, com base nos elementos fornecidos pela empresa contratada
nos quais estejam demonstradas as variações dos custos desde o orçamento ou da última
repactuação.
c. O contrato não pode ser prorrogado, pois o art. 57 da Lei 8.666/1993 impõe que a vigência
dos contratos administrativos deverá ser a mesma dos créditos orçamentários pelos quais as
despesas foram realizadas, obedecendo ao princípio da anualidade adotado no orçamento público
no Brasil.
d. O contrato pode ser prorrogado, devendo a Administração, de ofício (ou seja, por iniciativa
própria), conceder o reajuste. Deve verificar, no entanto, a variação dos insumos que compõe o
preço do serviço, em vez de utilizar a variação do salário mínimo, ante a impossibilidade de usá-lo
como indexador.
e. O contrato não pode ser prorrogado, pois a prorrogação implicaria em aceitação do pedido de
reajuste com base no salário mínimo, o que acarretaria em uma contratação a preços maiores do
que o praticado no mercado em razão de os índices de correção do salário mínimo serem maiores
do que a inflação do período.
O ajuste dos preços de contratos de natureza continuada se dá, ordinariamente, por meio do instituto
da repactuação, quando a empresa pleiteia a alteração de preços com base na apresentação da
variação dos preços dos insumos desde a data-base da proposta até a data do pedido.
Lembrando que não cabe à administração verificar, de ofício (por iniciativa própria), a variação de
custos dos insumos do serviço, sendo obrigação da empresa contratada demonstrar essa variação,
por meio da apresentação de planilha com essa variação, quando do pleito de repactuação de preços
do contrato.
Já para os demais contratos, quando previsto no edital, e sua execução se estender por mais de 12
meses, aplica-se o instituto do reajustamento de preços, que consiste na aplicação de um índice
setorial, previamente definido, sobre o valor original da contratação. O mecanismo objetiva, em
verdade, à manutenção do valor contratado ao longo da vigência do ajuste, ou seja, os efeitos da
inflação do setor são anulados por meio da correção do valor inicial do contrato.
Conforme voto condutor do Acórdão 1105/2008-TCU-Plenário, a "diferença entre repactuação e reajuste é
que este é automático e deve ser realizado periodicamente, mediante a simples aplicação de um índice de
preço, que deve, dentro do possível, refletir os custos setoriais. Naquela [repactuação], embora haja
periodicidade anual, não há automatismo, pois é necessário demonstrar a variação dos custos do serviço"
Gabarito: O contrato pode ser prorrogado, mas o pedido da empresa não pode ser atendido,
pois nos contratos de natureza continuada o instituto de ajuste dos preços é a repactuação.
Essa é a alternativa correta. A prorrogação de contratos de natureza continuada é possível e
tem amparo legal, conforme art. 57, inciso II, da Lei 8.666/1993. Ela é uma das exceções à regra
de duração dos contratos vinculados à vigência dos respectivos créditos orçamentários. A
revisão do contrato deve se dar por repactuação dos preços, com base nos elementos
fornecidos pela empresa contratada nos quais estejam demonstradas as variações dos custos
desde o orçamento ou da última repactuação.
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Questão 7
Correto
a. O procedimento foi errado, pois, apesar da possibilidade de prorrogação, acompanhando o
contrato de obra fiscalizado, deveria ter havido também a diminuição ou supressão de
remuneração do contrato de consultoria em face da paralisação da obra. Essa é a resposta
correta. O contrato de fiscalização é acessório e deve acompanhar a vigência do contrato principal.
Na hipótese de paralisação ou diminuição de ritmo das obras, há que se ajustar o contrato de
fiscalização na mesma medida, inclusive quanto aos pagamentos.
b. O procedimento foi correto, pois o contrato em questão se refere a um serviço de natureza
continuada, cuja vigência pode se estender até 60 meses.
c. O procedimento foi errado, pois não se admite a alteração do prazo inicialmente pactuado em
contratos de fiscalização de obra.
d. O procedimento foi correto, pois a empresa contratada para fiscalizar não pode ter prejuízo
em razão de um fato de terceiro, no caso, a determinação da Administração para paralisação da
obra.
e. O procedimento foi errado, pois como o contrato perdurou por 23 meses, implicou em um
acréscimo contratual de 27,8%, inadmitido na legislação, conforme § 1º do art. 65, da Lei
8.666/1993.
Os processos de fiscalização de obras têm a peculiaridade de o seu objeto estar vinculado ao objeto
de outro contrato e com ele se relacionar diretamente, mormente a fruição de prazo de vigência. E
não poderia ser diferente, na medida em que a fiscalização deve ocorrer no mesmo ritmo que as
obras são executadas.
Dessa forma, os contratos de fiscalização, supervisão e gerenciamento de obras devem conter
cláusulas com previsão de diminuição, ou até mesmo suspensão, da remuneração nos casos em que
as obras forem paralisadas, ou caso seu ritmo diminua significativamente.
Essas alterações de prazo e eventuais suspensões de atividades não se configuram alteração do
objeto do contrato, conquanto este continua o mesmo. Logo, não estão sujeitas às regras de vedação
sobre aumento ou redução quantitativo do objeto.
Gabarito: O procedimento foi errado, pois, apesar da possibilidade de prorrogação,
acompanhando o contrato de obra fiscalizado, deveria ter havido também a diminuição ou
supressão de remuneração do contrato de consultoria em face da paralisação da obra.
Essa é a resposta correta. O contrato de fiscalização é acessório e deve acompanhar a vigência
do contrato principal. Na hipótese de paralisação ou diminuição de ritmo das obras, há que se
ajustar o contrato de fiscalização na mesma medida, inclusive quanto aos pagamentos.
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Questão 8
Incorreto
Há uma diferença conceitual entre Contrato e Termo de Contrato. Os ajustes firmados entre duas ou
mais pessoas como objetivo de regular interesses e obrigações entre as partes são Contratos. Já o
Termo de Contrato é o documento que atende às formalidades legais para a o registro escrito dos
termos do contrato. Para Marçal Justen Filho, "... a existência de um contrato administrativo não
depende da forma adotada para sua formalização".
Os contratos administrativos adotam a forma escrita como regra, e o art. 62 da Lei 8.666/1993 regula
as hipóteses de obrigatoriedade ou não do Termo de Contrato nas contratações públicas.
Acerca do tema, escolha a alternativa correta.
a. O que determina a obrigatoriedade de um Termo de Contrato é o valor da contratação,
independente do objeto ou do tipo de prestação do serviço contratado.
b. A modalidade de escolha do contratado é o fator determinante para a formalização do Termo
de Contrato
c. Para verificar a obrigatoriedade ou não de um Termo de Contrato, há que se analisar somente
os aspectos qualitativos do objeto do contrato. Essa não é a resposta correta. Os aspectos
qualitativos dizem respeito ao tipo de objeto contratado: se é um bem de pronta entrega ou um
serviço, a ser executado ao longo de um período. Dessa forma, além de verificar o objeto do
contrato, há que se verificar o valor desse contrato (aspecto quantitativo), pois se estiver dentro no
limite da modalidade Convite, a Lei faculta a formalização ou não do Contrato.
d. O art. 62 da Lei 8.666/1993 determina que o Termo de Contrato é obrigatório apenas nos
casos de contratação que tenha sido precedida de licitação nas modalidades Concorrência ou
Tomada de Preços.
e. Para se verificar se o Termo de Contrato é obrigatório ou não, há que se verificar os aspectos
qualitativos e quantitativos da licitação.
(...)
Assim, as contratações de objetos que não importem em obrigações futuras estão dispensadas de
serem formalizadas por meio do Termo de Contrato. Mas atenção: isso não significa que não haja
contratação, apenas foi dispensado o instrumento chamado Termo de Contrato e substituído por um
dos instrumentos que lei enumera, exemplificativamente, no caput do artigo acima transcrito. Nas
palavras de Marçal Justen Filho (in Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 15ª Ed.
p. 862):
"Não é raro imaginar-se que o art. 62 restringe as hipótese em que existirá contrato
administrativo. Alguns pensam que as regras sobre contrato administrativo apenas se aplicam
quando for assinado um termo de contrato, concepção incompatível com a ordem jurídica.
Essa colocação é totalmente incorreta e pode ter efeitos muito graves. Deve ter-se em vista que
a existência de um contrato administrativo não depende da forma adotada para a sua
formalização."
No entanto, a permissão legal para a dispensa do instrumento próprio para regular a contratação
deve, também, submeter-se ao princípio e aos limites da razoabilidade. Isso significa que, ainda que a
Lei permita a não formalização em um Termo de Contrato (ou seja, que ele seja opcional), uma
determinada situação prática pode indicar no sentido contrário. Assim, mesmo que a Lei considere em
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algumas situações o Termo opcional, o Administrador poderá decidir por elaborá-lo de modo a
resguardar- se de forma a aumentar a chance de que as condições da contratação sejam efetivamente
atendidas.
Por fim, lembrar que as contratações precedidas da modalidade Pregão se submetem às disposições
do art. 62 ora comentado, devendo haver o Termo de Contrato quando o objeto licitado importar em
obrigações futuras pelo contratado.
Gabarito: Para se verificar se o Termo de Contrato é obrigatório ou não, há que se verificar os
aspectos qualitativos e quantitativos da licitação.
Essa é a resposta correta. Os aspectos qualitativos dizem respeito ao tipo de objeto contratado:
se é um bem de pronta entrega ou um serviço, a ser executado ao longo de um período. Já os
aspectos quantitativos dizem respeito ao valor da contratação. Assim, é obrigatória a
formalização por meio do respectivo instrumento para as contratações que não se encerram
com a entrega do objeto (aspecto qualitativo) e cujo valor esteja acima do limite da modalidade
Convite.
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Questão 9
Correto
As cláusulas exorbitantes são uma designação da doutrina para qualificar algumas disposições dos
contratos administrativos, e que são elementos de diferenciação dos contratos de natureza privada,
pois enquanto nestes há o necessário equilíbrio contratual entre as partes, naqueles há disposições
que colocam a Administração Pública contratante em posição de superioridade, com fundamento no
princípio da supremacia do interesse público.
A prerrogativa de fiscalizar os contratos se apresenta como uma dessas cláusulas, cuja decorrência
pode ser, inclusive, a aplicação de penalidade ao contratado pela própria Administração contratante.
Com base no que foi estudado no curso e tomando como referência o texto acima, assinale a
alternativa correta.
a. A fiscalização do contrato administrativo é considerada cláusula exorbitante apenas quando é
exercida pelo representante da Administração. Quando exercida pelo preposto da empresa
contratada, ele se regula pela teoria geral dos contratos, expressa no art. 54 da Lei 8.666/1993.
b. Apesar de ser considerada cláusula exorbitante, não há disposição legal que ampare essa
prerrogativa da Administração. Em verdade, a atividade de fiscalizar o contrato é fundamentada
nos princípios da supremacia do interesse público e de sua indisponibilidade.
c. O exercício da competência fiscalizatória dos contratos administrativos é exclusivo da
autoridade máxima do órgão, pois cabe ao representante designado conforme art. 67 da Lei
8.666/1993 atuar em consonância com a delegação a ele concedida.
d. A Lei 8.666/1993 instituiu o regime jurídico aplicável aos contratos administrativos, do qual se
extrai a autorização legal para fiscalizar a execução de contratos dessa natureza. Essa é a
resposta correta. A Lei 8.666/1993 é o diploma legal que regula as normas gerais de contratos
administrativos, e como tal, por meio dos arts. 58 e 67, estabelece a base legal para a
obrigatoriedade da fiscalização dos contratos regidos pela Lei.
e. Não há fundamento legal para aplicação de penalidades apoiadas em apontamento do fiscal
do contrato quando este for decorrente de licitação na modalidade pregão, por falta de disposição
legal da Lei 10.520/2002 que instituiu a modalidade.
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Questão 10
Correto
Das opções abaixo, assinale a alternativa que não é uma característica do contrato administrativo.
a. Possibilidade de modificação unilateral de cláusulas
b. Presença de cláusulas exorbitantes
c. Garantia de equilíbrio econômico-financeiro
d. Procedimento legal e forma prescrita em lei
e. Presença de interesses convergentes das partes Essa é a resposta correta. A presença de
interesses convergentes entre os partícipes é uma característica dos convênios e não dos
contratos. A propósito, esse é um dos principais fatores que os diferencia.
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