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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Engenharia
Departamento de Construção Civil e Transportes
Edificações II
Prof. Roberto Bressan Nacif

UERJ RECUPERAÇÃO DE CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS


ENGENHARIA CIVIL

Nome: Vitor Pereira da Silva Santos


Matrícula: 200620508711
SUMÁRIO

I – Restauro

II – Tombamento

III – Institutos para restauração

IV – Portaria N° 420

V – Exemplos de obras restauradas

VI - Bibliografia
I – Restauro

Foi no século XX que os critérios e teorias sobre conservação e restauração de obras de


arte foram definidos. Surgiram questões jurídicas na defesa do patrimônio e a profissão de
restaurador.
Restaurar está vinculado a serviços que tenham por objetivo restabelecer a unidade do
bem cultural, preservando sua concepção original, os valores de tombamento e seu processo
histórico de intervenções. A restauração atua sobre um objeto buscando não apenas conferir-lhe
estabilidade, mas recuperar, o mais possível, as informações nele contidas.
As obras de restauro são apropriadas aos bens tombados e aos bens patrimoniais de
grande significância.
O objetivo do restauro de edifícios, de maneira simplista, é prolongar a vida de um bem o
mantendo enquanto obra de arte, também por meio do uso que prorroga sua existência e serve à
sociedade. Por sua vez, a finalidade básica do projeto de restauração, enquanto projeto, é
planejar, programar e controlar as intervenções. Portanto, voltando-se à citação introdutória do
capítulo, o ato de restaurar é prefigurado e controlado por meio de um projeto.
Apesar da existência do grande número de imóveis tombados ou protegidos no Rio de
Janeiro e da organização dos órgãos fiscalizadores e incentivadores da preservação dos mesmos,
não existe no mercado um número de empresas ou profissionais autônomos habilitados a
executar os serviços e projetos de conservação ou restauração desses imóveis. Em decorrência
desse fato, o que se observa é a má qualidade dos projetos e dos serviços executados quando a
execução da obra e a conservação não são efetuadas adequadamente. Por outro lado, poucas
iniciativas de capacitação nas áreas da restauração são encontradas no País.
Nos empreendimentos de restauração, podem-se observar fatores que diminuem a
qualidade dos projetos: erros de compatibilização e detalhamento por desconhecimento dos
sistemas construtivos; não formalização do levantamento de dados e legislação; não interação
entre projetistas, fases de projeto e produção e etc.
Na maioria das vezes, por se ter uma carência de conhecimento aprofundado a respeito
do bem, são frequentes as alterações de projeto, inclusive até por falta de informações que não
foram obtidas anteriormente a obra e que surgem no decorrer do empreendimento.
Os profissionais envolvidos neste processo devem trabalhar um passo adiante evitando
as alterações, na medida do possível, prevendo-as, quer seja por meio do conhecimento
adquirido quer seja por meio do conhecimento adquirido fruto da experiência, quer seja pelo
conhecimento do bem, advindo principalmente do diagnóstico. Assim sendo, sem o ordenamento
e controle de informações e dados a respeito do bem, banco de dados, se torna ainda mais difícil
à resolução as alterações e mesmo a descentralização do processo do projeto.
Portanto, ações mal sucedidas vão gerar novas intervenções corretivas numa edificação a
qual se deve ter como leva evitar ao máximo alterar a feição original do bem, haja vista que a
restauração deve dar importância aos valores originais da edificação visando à salvaguarda do
bem.
Podemos citar ainda como competências gerais dos ofícios da restauração:

• Desenvolvimento de atitudes e comportamentos de preservação patrimonial;


• Assimilação do conceito de bem cultural, patrimônio cultural, bem imóvel, bem
integrado, bem móvel, conservação e restauração;
• Conhecimento das disposições básicas da legislação, normas, cartas, recomendações
nacionais e internacionais de proteção patrimonial e instituições;
• Conhecimento dos princípios éticos da restauração;
• Conhecimento dos materiais e das técnicas construtivas;
• Organização do canteiro/ateliê para a restauração;
• Segurança do trabalho;
• Conhecimento de desenho geométrico para elaboração de mapeamento
de danos e projetos;
• Elaboração de diagnósticos.
II – Tombamento

De origem portuguesa, a palavra tombamento, significa fazer o registro do patrimônio de


alguém em livros específicos em um órgão que cumpra tal função, registrar algo de valor para
determinada comunidade afim de protegê-lo utilizando a legislação específica.
O significado atual é que o tombamento é um ato administrativo que é realizado pelo
Poder Público com a finalidade de preservar, através da aplicação da lei, bens de valor cultural,
histórico, arquitetônico e ambiental para a população para, com isso, impedir que sejam
descaracterizadas ou destruídas.
A legislação básica a respeito do tombamento é o Decreto-lei 25, de 30/11/37, que
organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional, estabelece o processo de
tombamento, os efeitos do tombamento e sanções administrativas para infrações cometidas nos
termos do mencionado Decreto-lei.
Tanto bens móveis quanto imóveis, que sejam de interesse cultural elou ambiental para
município, estado, nação ou até mundial, podem ser tombados, não podendo ser aplicado a bens
que sejam de interesse apenas individual.
O tombamento pode ser feito em escala mundial, sendo Patrimônio da Humanidade,
feito pelo UNESCO, nacional através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN), em escala estadual, através da Secretaria de Estado da Cultura (CPC), ou em escala
municipal pelas administrações específicas.
O tombamento de um bem não obriga que o mesmo seja desapropriado, porém se o
mesmo continua a pertencer ao proprietário, isso impede que o Estado invista recursos públicos
para sua conservação.
Nada impede que o bem tombado, desde que sejam conservadas as características
que possuía quando tombado, seja vendido, alugado ou herdado. Caso seja vendido, o
proprietário deve informar ao órgão responsável pelo tombamento para que haja atualização de
dados.
Aquele que ameaçar ou destruir um bem tombado está sujeito a processo legal que
pode causar multas, medidas compensatórias ou mesmo a reconstrução do mesmo.
O entorno do bem tombado é caracterizado pela área localizada na circunvizinhança
dele, que é delimitada juntamente ao bem no processo de tombamento. Isto é feito objetivando
a preservação de sua ambiência e para se evite que novos elementos possam obstruir ou reduzir
a visibilidade do imóvel, ou até mesmo interfiram nas interações sociais e ameacem sua
integridade. Desta maneira, as intervenções próximas aos bens tombados também devem ser
informadas aos órgãos competentes para que se aprovem os projetos de obra.
A preservação e revitalização de áreas complementam-se visando valorizar os bens
que podem estar ameaçados ou deteriorados.
A abertura do processo de tombamento pode ser solicitada por qualquer cidadão, pelo
proprietário do bem, organização governamental ou não, e órgão público ou privado, abaixo
assinado ou por iniciativa da própria Coordenadoria de Patrimônio Cultural.
É necessário que o solicitante descreva com a maior exatidão possível a localização ou
dimensões e características do bem, juntamente com a justificativa do por que está sendo
solicitado o tombamento do mesmo. Convém que, junto com solicitação, sejam anexadas fotos
antigas e atuais com negativos, documentação cartorária que é composta pela transcrição das
transmissões, plantas arquitetônicas para justificar o valor social do bem a ser tombado, visando
a agilização do processo.
Após a oficialização do pedido, a equipe responsável do órgão que tombará o bem
elabora uma pesquisa para o embasamento técnico e documental do processo, emitindo um
parecer sobre o valor do bem, encaminhado ao Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico.
Se o pedido for aceito, o proprietário será notificado e pode concordar ou não com o
tombamento, a partir da aceitação do mesmo o bem já se encontra protegido legalmente contra
destruição e descaracterização até que haja a homologação do tombamento com inscrição no
Livro do Tombo específico e averbação em cartório para o registro de imóveis no qual está
registrado o imóvel.
III – Institutos de Restauração

1) IPHAN
O Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional foi criado em 13 de janeiro de
1937 pela Lei nº 378, no governo de Getúlio Vargas.
Atualmente o órgão está vinculado ao Ministério da Cultura. A função principal é a de
valorizar as diversas formas de contribuição da sociedade Brasileira de forma a preservar,
divulgar e fiscalizar os bens culturais e assegurar a permanência destes para usufruto das futuras
gerações.

São mais de 20 mil edifícios tombados, 83 centros e conjuntos urbanos, 12.517 sítios
arqueológicos cadastrados. Além de mais de um milhão de objetos, incluindo acervo
museológico, cerca de 250 mil volumes bibliográficos, documentação arquivística e registros
fotográficos, cinematográficos em vídeo.

Bens tombados pelo IPHAN:

 Maracanã
 Igreja da Candelária
 Palácio Guanabara
 Quinta da Boa Vista
 Arcos da Lapa

2) INEPAC
Inicialmente denominada DPHA (divisão do patrimônio histórico artístico) foi
responsável pelo primeiro tombamento estadual do Brasil, o parque Henrique Lage, parque
publico da cidade do Rio de Janeiro, localizado na Rua Jardim Botânico.
Órgão cuja função é a de executar as medidas de proteção legal referentes ao
tombamento de bens culturais em nível estadual. Está atrelado a Secretaria da Cultura.
Órgão responsável pelo início dos processos de tombamento, com a prévia ciência do
Governador do Estado, o INEPAC notifica os proprietários do bem cultural, efetivando dessa
maneira o "tombamento provisório", que vale até que o pronunciamento final do Conselho
Estadual de Tombamento.

Exemplos de bens tombados pelo INEPAC:

 Ilha Fiscal
 Academia Brasileira de Letras
 Parque Henrique Lage
IV – Portaria N° 420

Dispõe sobre os procedimentos a serem observados para a concessão de autorização


para realização de intervenções em bens edificados tombados e nas respectivas áreas de
entorno.
Art. 6º Ao requerer a autorização para intervenção, o interessado deverá apresentar os
seguintes documentos para Restauração:

a) Anteprojeto da obra contendo, no mínimo, planta de situação, implantação, plantas de


todos os pavimentos, planta de cobertura, corte transversal e longitudinal e fachadas,
diferenciando partes a demolir, manter e a construir, conforme normas da ABNT;
b) Levantamento de dados sobre o bem, contendo pesquisa histórica, levantamento
planialtimétrico, levantamento fotográfico, análise tipológica, identificação de materiais e
sistema construtivo;
c) Diagnóstico do estado de conservação do bem, incluindo mapeamento de danos,
analisando-se especificamente os materiais, sistema estrutural e agentes degradadores;
d) Memorial descritivo e especificações;
e) Planta com a especificação de materiais existentes e propostos.

O projeto de restauro é complexo e sofre várias interferências, desde a utilização de mão


de obra especializada; sistemas construtivos e materiais diferenciados; custos elevados, até o
reconhecimento imprescindível do valor bem.
Os resultados do estudo podem interessar a arquitetos, engenheiros e demais
profissionais da área, principalmente do setor de restauração, que buscam informações sobre a
racionalização e a gestão dos processos projetuais, podendo propiciar a melhoria do desempenho
dos serviços e produtos de escritórios e construtoras, chegando a favorecer os usuários,
sobretudo, aos interesses da sociedade beneficiada pela preservação da memória e pelo
desenvolvimento econômico e social decorrentes de intervenções de restauração e revitalização
de edifícios.
A dinâmica do projeto de restauração é peculiar. Em restauração, as operações são
concatenadas, praticamente não existem processos isolados. Os pontos de maior interesse para o
desenvolvimento. Do projeto propriamente dito são: (na fase de coleta de dados) o diagnóstico,
que disponibiliza prospecções, testes laboratoriais, mapeamento de danos e etc.; (na fase
adiante, de projeto) a definição - 1492 -das especificações técnicas e do caderno de encargo, que
detalham os procedimentos e a logística necessária.
Diante disso, é necessária a capacitação dos diversos agentes envolvidos nessa iniciativa,
com conhecimentos específicos de restauração, associados à valorização do bem; gerando uma
atitude diferenciada, capaz de lidar com as demandas particulares deste tipo de projeto e com os
custos elevados que o envolvem.
O projeto de restauro é complexo e sofre várias interferências, desde a utilização de mão
de obra especializada; sistemas construtivos e materiais diferenciados; custos elevados, até o
reconhecimento imprescindível do valor bem.
O projeto de restauração exige uma fundamentação teórica particular mínima, baseada
no reconhecimento do conceito de valor como uma característica atribuída pela sociedade e a
premissa de que a restauração das edificações, nas quais é reconhecido esse valor, às preserva
para o futuro. O ato de projetar e consequentemente intervir, num prédio tombado carece ainda
do aprofundamento acerca das "posturas" de restauro. ,As ações devem ser avalizadas,
fundamentadas e justificadas nas cartas patrimoniais se valendo ainda da experiência e bom
senso, entre outras. Pois, cada projeto de restauração é diferente do outro. Não há verdades
absolutas.
V – Exemplos de Obras Restauradas
1) Teatro municipal do Rio de Janeiro
Projeto de Francisco de Oliveira Passos, que contou com a colaboração do francês Albert
Guilbert, com um desenho inspirado na Ópera de Paris, de Charles Garnier
Em comemoração aos cem anos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, foram iniciadas
extensas reformas de restauração no teatro que, foi totalmente restaurado ao estilo original.
Para resgatar a beleza original ao teatro, foram investidos 70 milhões de reais nos
trabalhos de restauro que duraram mais de novecentos dias.

Inovações Tecnológicas
 Sem interferir na estética, o palco recebeu um elevador para o piano.
 Todos os equipamentos usados no cenário agora são controlados por um software.

2) Cristo Redentor
Tombado definitivamente pelo IPHAN, o Monumento ao Cristo Redentor, já sofreu
diversas restaurações em diferentes épocas.
Em 2003, foi inaugurado um sistema de escadas rolantes, passarelas e elevadores para
facilitar o acesso à plataforma de onde se eleva o monumento.
A restauração de 2010 concentrou-se na estátua. Além da recuperação da estrutura
interna, foi restaurado o mosaico de pedra-sabão que reveste a estátua, com a retirada da pátina
biológica (camada de fungos e outros micro-organismos) e a recomposição de danos devido a
pequenas rachaduras. Também foram consertados os para-raios localizados na cabeça e nos
braços da estátua.
3) Arcos da Lapa
Os arcos da Lapa, no centro do Rio, nasceram como aqueduto, mas passaram a sustentar
a passagem de bondes.
A primeira etapa da restauração, concluída em 2011, fez a análise estrutural e a
recomposição da alvenaria e da pintura original. Foi feito também o primeiro cadastro
arquitetônico dos arcos, elaborando plantas em diferentes ângulos.
Teve duração de 10 meses e custou R$ 1,2 milhão.
As manutenções feitas ao longo dos anos, porém, não respeitaram as características
iniciais, e até cimento foi utilizado para recompor a obra. A restauração recuperou o formato
original com argamassa de cal.
Na segunda fase será feita a impermeabilização da linha do bonde e a verificação das
estruturas e do gradil.
VI – Bibliografia

1) http://www.set.eesc.usp.br/cadernos/nova_versao/pdf/cee39_45.pdf

2) http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/viewFile/394/320

3) http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaInicial.do;jsessionid=2CE464A24E194CA7E0B5C7261D
34F811

4) http://www.inepac.rj.gov.br/index.php

Todos acessados em 13/07/2012.

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