Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
ASPECTOS GERAIS 2
1 HISTÓRICO 2
ELABORAÇÃO 71
REFERÊNCIAS 72
Outro ponto importante a se destacar é que a única documentação oficial existente sobre o
ATP é o ATP Rulebook [1], composto atualmente por aproximadamente 1170 páginas,
contendo “a regra do jogo”. Entretanto, mesmo um documento tão extenso não é capaz de
elucidar dúvidas quanto à perfeita utilização do programa. No próprio ATP Rulebook,
carinhosamente chamado por seus usuários de Rulebook, no item I-A-2, está escrito o
seguinte : “By far the best way to learn about EMTP capability and usage is by working
beside a competent, experienced veteran”. Traduzindo, a experiência é a maior aliada
quando o propósito é se enveredar pelos campos das simulações digitais utilizando o ATP.
Todo o curso será desenvolvido com ênfase em arquivos texto (conhecido como “cartões”),
e arquivos gráficos, gerados pelo ATPDraw, que será explicado mais a frente, com ênfase à
estudos elétricos executados no âmbito pré-operacional, já que estudos em nível de
especificação de equipamentos são muito mais criteriosos.
1 HISTÓRICO
Com o passar dos anos, o programa foi sofrendo alterações de diversos colaboradores do
mundo todo. A partir de 1973 Scott Meyer assumiu a coordenação e o desenvolvimento do
programa na BPA, estabelecendo um processo de desenvolvimento articulado com os
Divergências entre Scott Meyer e o EPRI (Electric Power Research Institute, que investiu
no projeto EMTP a partir de 1984) levaram à criação de uma nova versão do EMTP
(baseada na versão M39), a qual foi enviada para a Bélgica, onde foi instalado o Leuven
EMTP Center (LEC). Esta nova versão é denominada ATP – Alternative Transient Program,
que constitui a continuação das versões anteriores do programa.
• Resistências concentradas, R:
• Indutâncias concentradas, L:
• Capacitâncias concentradas, C:
• Circuitos Pi-equivalentes polifásicos;
• Linhas de transmissão polifásicas representada por parâmetros distribuídos;
• Resistores não lineares;
• Indutores não lineares;
• Resistência variável com o tempo;
• Chaves, incluindo chaves eletrônicas com diodos, tiristores, etc;
• Fontes de tensão ou corrente;
• Máquinas rotativas;
• Dinâmica de sistemas de controle, com representação por TACS (Transient Analysis
of Control System)
O programa ATP trabalha com um arquivo de dados em formato texto, que pode ser editado
em qualquer editor de textos, tais como o EDIT do MS-DOS, NOTEPAD, ou qualquer outro
editor, desde que o arquivo de dados seja “salvo” em formato ASC II .
Devido à estrutura de sua concepção, o arquivo de dados fornecido para o ATP tem um
formato rigidamente preestabelecido, de modo que os dados são alocados em posições
definidas, que se não forem seguidas resultarão em erro de processamento.
O ATP possui uma crítica do arquivo de dados de entrada. Assim sendo, caso haja a
ocorrência de erros, muitas vezes é possível corrigi-los apenas através da análise da crítica
presente no arquivo de saída. Ainda, dependendo do caso estudado, existem instruções que
podem ou não estar presentes nesse arquivo de dados.
Apresenta-se em seguida uma lista genérica de instruções que constam de um típico arquivo
de dados do ATP.
2.”C”
Flag indicando comentário. Pode ser inserido em qualquer parte do
arquivo. C maiúsculo seguido de espaço. Todo comentário deve começar
com “C”, sem as aspas.
12.cards for specifying typpe 1-10 EMTP source functions point by point
Dados para a definição ponto a ponto de determinados tipos de fontes
TPBIG é o núcleo do ATP, responsável pela realização dos cálculos e instruções contidas no
arquivo .atp. À título de curiosidade, existem vários executáveis TPBIG.EXE, todos
compilados por usuários do ATP. A diferença básica entre os vários TPBIG.EXE está no
dimensionamento das tabelas internas de alocação de dados.
Os arquivos .pl4 são arquivos contendo informações gráficas das grandezas de interesse
requisitadas. Para a visualização destas informações existem processadores gráficos como o
PLOTXY e o TOP (The Output Processor).
No ATPDraw, as informações referentes aos cartões miscelânea podem ser acessadas através
do menu ATP – Settings, ou pela tecla de atalho F3. A figura 3 abaixo apresenta a caixa de
entrada dos dados relativos ao cartão miscelânea no ATPDraw, versão 5.7p6.
Figura 4: Detalhe de um cartão miscelânea. Integer Miscellaneous Data Card para um caso deterministico e um
caso estatístico.
Os cartões de ramos (Branch Cards) são cartões que definem diferentes espécies de ramos
que podem ser modelados com elementos lineares e não lineares.
Existe para alguns modelos de ramos o formato de precisão normal e o formato de alta
precisão. O cartão “$VINTAGE, 1” define o formato de alta precisão e o cartão
“$VINTAGE, 0” retorno à precisão normal. No arquivo em formato texto existe a
possibilidade de, caso um ramo seja igual a outro, se especificar um ramo de referência
(Reference Branch), não sendo necessário repetir seus parâmetros. Esta opção será
mostrada mais a frente.
Apesar de o elemento tipo 0 ter seus elementos resistivo, indutivo e capacitivo conectados
em série, é possível a conexão paralela e mista desses elementos. A figura 6 apresenta o
elemento gráfico de um componente RLC disponível no ATPDraw, e a respectiva caixa de
entrada de dados, além do cartão de dados gerado.
As duas primeiras colunas do cartão indicam qual o tipo de elemento está sendo
configurado. Os dois campos seguintes referem-se aos pontos onde os elementos estão
conectados. Este campo aceita caracteres alfanuméricos. Aconselha-se não utilizar espaços,
pois podem gerar erros, uma vez que um espaço em branco é muito difícil de se detectar.
Caracteres tipo “underline” são preferíveis. Os campos de ramos de referência tem a mesma
característica nos campos “BUS_1 BUS_2”. Os campos referentes à resistência, indutância
e capacitância podem ser preenchidos por números decimais. O símbolo “E” expressando
potência de 10 pode ser utilizado. O campo “IOUT” refere-se à configuração das grandezas
de saída solicitadas.
Vale lembrar que todas as informações referentes aos modelos disponíveis no ATP podem
ser encontrados no RuleBook, e extrapolados para o ATPDraw.
No que se refere aos dados das reatâncias, estas podem ser inseridas de duas formas, a
depender da configuração do parâmetro “Xopt”, encontrado em “ATP – Settings”. A
seguinte relação deve ser observada:
Esta regra também é válida para arquivos em formato texto, uma vez que os parâmetros
“Xopt”, “Copt” e “Power Frequency” deverão estar devidamente configurados no cartão
miscelânea.
Elemento RL
Elemento RLC mutuamente acoplado.
mutuamente acoplado.
1 ph RL line 3 ph RL sym
1 ph Pi-eqv RLC sym Pi IN_02A OUT_1A OUT_2
OUT_1A IN_01 OUT_1 IN_02
IN_01A
6 ph sym RL
2 ph RL IN_02 OUT_2
2 ph Pi-eqv IN_02A OUT_2A
OUT_1A cable PI-eqv
IN_01A OUT_2B IN_03 OUT_3
IN_01 OUT_1 IN_02B
IN_01B OUT_1B
3 ph RL 6 ph sym RL
3 ph RLC OUT_2
IN_02 OUT_2 IN_02
IN_01 OUT_1 OUT_3
IN_03
Para maiores informações sobre os ramos acima apresentados, favor procurar em RB-04A,
no rulebook.
As resistências não-lineares podem ser utilizadas para representar para-raios de uma maneira
simplificada ou então como elemento para uma modelagem mais complexa utilizando-se a
subrotina TACS. Neste caso, a tensão através do “gap” é representada com elementos da
TACS.
As resistências não-lineares em função do tempo (R,t) tem aplicação restrita, sendo as suas
aplicações vislumbradas somente para a simulação de impedâncias de aterramento de
estruturas para estudos de “lightning”, simulação de arco em disjuntores e simulação de
chaves. Neste último caso, existem modelos específicos que devem ser utilizados.
O princípio geral é simples: O método utilizado para resolução dos modelos não-linear real
(método da compensação) é muito bom e muito poderoso para ser desperdiçado em algo tão
simples quanto um modelo de saturação de um reator. O método da compensação deve ser
utilizado para resolver modelos mais elaborados, tais como modelos de para-raios ZnO e
modelos de máquinas universais (Universal Machines).
Non Linear
Nonlinear current-dependent resistor. TYPE 99. ZNO - exponential current-dependent resistor. TYPE 92.
I
R(i) IN_01 MOV
IN_01 OUT_1
Nonlinear time-dependent resistor. TYPE 97. MOV - exponential current-dependent resistor. TYPE 92.
R(t)
IN_01 OUT_1 IN_01 MOV
Não é escopo deste primeiro curso cobrir os temas relacionados aos elementos não-lineares
que se utilizam de funções externas (TACS) como fontes de valores iniciais de fluxo. Esses
elementos serão objeto do segundo módulo deste curso.
Maiores informações sobre os elementos não-lineares aqui apresentados podem ser obtidos
no RB-05.
O programa ATP contém uma variedade muito grande de modelos de chaves. No programa
podem ser representadas chaves controladas pelo tempo, chaves estatísticas, chaves
sistemáticas, chaves controladas por tensão ou por sinais, bem como chaves de medição.
• Chaves comuns: Chaves cuja queda de tensão em seus terminais quando fechadas é
zero e a corrente quando abertas é zero;
• Chaves controladas pela TACS: São chaves controladas por um elemento externo,
geralmente por um sinal oriundo de um componente TACS. Um caso especial deste
tipo de dispositivo são as chaves representativas de Diodos.
As chaves que não são diodos, válvulas ou “gaps” podem ser classificadas em cinco
diferentes classes:
SWITCH
IN_01 + Vf -
OUT_1 GAT_1
IN_01 OUT_1
Measuring switch.
IN_01
I OUT_01 General purpose (nonlinear) diode. Four different types.
M
I OUT_1
IN_01
Statistic switch. Generalized object.
I
IN_01 OUT_1
STAT Triac/Sparkgap. Double TACS-controlled TYPE 12 switch.
GAT_1
Systematic switch. Generalized object.
S
I
IN_01 OUT_1 IN_01 OUT_1
SYST
C
GAT_2
TACS-controlled TYPE 13 switch, including GIFU-control
GAT_1
UI
IN_01 OUT_1
Os campos de entrada de dados dos cartões referentes às chaves são bem parecidos,
diferindo em alguns aspectos intrínsecos de cada dispositivo. As figuras de 15 a 23
apresentam os cartões relativos a cada um dos dispositivos acima dispostos.
OPEN/CLOSE A chave nem como diodo, nem como uma válvula. A chave será
puramente controlada pela TACS. Utilizada para simular BJT,
MOSFETs, GTO e IGBT;
Em geral, no ATP, as fontes apresentam alguns parâmetros em comum, como, por exemplo,
a informação do nó ao qual o dispositivo irá ser conectado, se o dispositivo é uma fonte de
tensão ou de corrente, etc.
Alguns dos modelos aqui apresentados estão disponíveis no ATPDraw, ao passo que alguns
outros estão disponíveis apenas no formato texto do ATP. Ao longo desta seção serão
apresentadas as fontes mais usuais, deixando a critério do leitor, o aprofundamento do
assunto. No Rule Book e em outros documentos facilmente encontrados na internet existem
vários exemplos de aplicação.
Existem disponíveis no ATP diversos tipos de fontes de excitação, o que permite uma certa
versatilidade na modelagem deste tipo de elemento. As fontes de excitação geralmente têm
um terminal aterrado. Portanto, na maioria dos casos, apenas o nome de um dos nós deve ser
especificado.
SOURCES
Steady-state (cosinus) function (current or voltage). 1 or 3 phase.
Grounded or ungrounded. TYPE 14 (+type 18 for ungrounded voltage source). Surge function. STANDLER type. TYPE 15
S
CIGRE_
FONT_
Surge function. Two exponentials. TYPE 15. Ungrounded AC voltage source. TYPE 14+18.
TERM1 + TERM2
SURG_
Surge function. Heidler type. TYPE 15. Ungrounded DC voltage source. TYPE 11+18.
TERM1 + TERM2
H
HEIDL
Os campos de entrada de dados dos cartões referentes às fontes são bem parecidos, diferindo
em alguns aspectos intrínsecos de cada dispositivo. As figuras de 25 a 32 apresentam os
cartões relativos a cada um dos dispositivos acima dispostos.
Figura 25: Cartão de entrada de dados fonte type-11 (fonte dc/função degrau).
Figura 27: Cartão de entrada de dados fonte type-13 (função rampa inclinada).
Figura 30: Cartão de entrada de dados fonte type-16 (equivalente simplificado de conversores HVDC).
Apesar de ser muito interessante, sua aplicação é muito restrita, não sendo este modelo
muito utilizado em estudos rotineiros. Dessa forma, para maiores informações sobre o
elemento fonte tipo 16, favor encontrar o documento RB-07B e RB-070-LEC.
Geralmente este tipo de fonte está associado à representação de uma fonte de tensão não
aterrada, ou seja, com os dois terminais disponíveis. Isso é feito “burlando” o ATP. Utiliza-
se um transformador ideal com relação de transformação 1/1, de forma a, no primário, ser
conectada uma fonte aterrada e os terminais do secundário serem utilizados como o analista
achar melhor.
O dispositivo acima se destina a fazer a conexão entre um sistema de controle modelado por
elementos TACS e o sistema elétrico modelado. Dessa forma, não existem parâmetros
numéricos a serem inseridos, uma vez que a função a qual este elemento executará irá
depender de um elemento externo a ele, ou seja, o sistema modelado por TACS.
3.4 Transformadores
TRANSFORMER
Ideal transformer. TYPE 18. Saturable transformer. 3 phase. 3-leg core type.
n: 1 High homopolar reluctance.
IN_01 OUT_1
P S H L
IN_02 OUT_2 IN_01 OUT_1
IN_01 OUT_1
SAT OUT_2 Y Y
IN_01 Y Y
OUT_1
SAT
A modelagem deste tipo de transformador é feita com base nos dados dos ensaios e em
vazio, realizados na fábrica. No ATPDraw é possível realizar quatro tipos de conexão nos
terminais dos enrolamentos primário, secundário e terciário: estrela, delta, auto-
transformador e zig-zag.
O modelo de transformador saturável não é uma rotina de suporte do ATP, seus dados são
diretamente inseridos no arquivo de dados do estudo, e por se tratar de um elemento tipo
ramo, seus dados são agrupados dentro do cartão “BRANCH”.
Os campos de entrada de dados dos cartões referentes aos transformadores saturáveis são
apresentados a seguir.
Para conexões em “∆”, é necessário que uma referência para a terra seja inserida, o que pode
ser feito com a conexão de resistências elevadas (10kΩ - 1MΩ) entre os terminais de cada
fase para a terra. Outra forma é conectar capacitores entre as fases e a terra, de forma a
representar as capacitâncias entre os enrolamentos e o tanque do transformador. Tipicamente
utiliza-se um valor de 0.003 µF para representar a capacitância entre os enrolamentos e o
tanque do transformador, o que representa, em termos de µMho o valor de 1.131,
representado entre as fases do terciário da figura 38.
Da figura 38, observa-se que os dados de saturação e dos enrolamentos são inseridos e
replicados para as outras fases. Caso seja necessária a modelagem de transformadores com
diferentes valores de reatância entre as fases, será necessário que a modelagem de um
elemento trifásico seja feita pela composição de três elementos monofásicos. Para a
modelagem de transformadores com vários enrolamentos no lado secundário, será
necessário que os dados sejam inseridos via cartão no ATP em formato texto, já que não está
disponível essa opção no ATPDraw.
Uma linha de transmissão tem seus parâmetros distribuídos ao longo da sua extensão.
Qualquer perturbação gerada por chaveamentos ou descargas atmosféricas resulta na
propagação de ondas pela linha. O efeito de uma variação de corrente ou tensão em qualquer
dos terminais da linha não é sentido pelo outro até que ondas eletromagnéticas geradas por
essa variação percorram todo o comprimento da linha. Os modelos utilizados em cálculos de
transitórios eletromagnéticos que envolvem linhas de transmissão são baseados na solução
das equações de onda de tensão e corrente.
Não serão abordados aqui os conceitos matemáticos que envolvem o tema linhas de
transmissão. Existem várias bibliografias disponíveis na internet e livros que tratam do tema
de forma aprofundada.
A Quantidade de seções de linhas necessárias depende do grau de distorção que pode ser
admitido ao estudo a ser realizado, sendo muito importante a faixa de frequências provocada
pelo fenômeno em análise. Uma quantidade maior de elementos produz menos distorção e
vice-versa.
No entanto, considerando que a modelagem teoricamente mais corrente é aquela que leva
em conta a variação dos parâmetros com a frequência, havendo inclusive casos em que este
efeito é importante para a obtenção de resultados confiáveis, foram desenvolvidos e
incorporados no ATP diversos métodos para efetivar este tipo de modelagem.
• PI equivalente;
• Modelo com parâmetros distribuídos constantes (K.C. Lee);
• Modelos dependentes da frequência e baseados em decomposição modal;
• SEMLYEN SETUP;
• JMARTI SETUP;
• TAKU NODA SETUP.
LINHAS PARÂMETROS
DISTRIBUÍDOS
Distributed parameters (Clarke) 2x3 phase.
Distributed parameters, single phase Transposed Mutual coupling between two
IN_01 OUT_1 individually transposed 3-phase lines.
IN_01 LINE IN_02
Z-MT
OUT_1 OUT_2
Distributed parameters (Clarke) 2 phase. Transposed
IN_01 OUT_1 Distributed parameters (Clarke) 3x3 phase. Transposed
Cada um dos tipos de modelos disponíveis no ATP serão brevemente descritos a seguir.
Este modelo calcula o tempo de propagação da onda de tensão ou corrente ao longo da linha
de transmissão. Em cada extremidade da linha, os valores são convertidos do domínio
Modal para o domínio da fase por transformação da matriz. Para linhas transpostas, a matriz
com os coeficientes da linha é constante, ao passo que para linhas não-transpostas a matriz
varia com a frequência. Os parâmetros de entrada deste modelo são obtidos com a utilização
da rotina LINE CONSTANTS, a qual está explicada em detalhes na referência [15].
Um fator muito importante a ser considerado quando da utilização deste tipo de modelo para
representação de linhas curtas ou cabos é que o passo de integração necessita ser muito
menor do que o tempo de propagação da linha, o que demanda, em geral, tempo de
simulação elevados.
Figura 40: Cartão de dados para modelagem de linhas com parâmetros distribuidos.
ITYPE Indica a sequência de fase -1, -2, -3, ..., N. Se N for maior
que 9, então a indicação de fase será alfabética: 10 = A, 11 =
B, etc;
Tabela 1: Configurações possíveis para ILINE para definição dos parâmetros “A” e “B”.
Somente quando “IPOSE” é diferente de zero, a matriz de transformação [Ti] será lida
imediatamente após o n-ésimo cartão do ramo. Os elementos da matriz são lidos em linha. A
figura 41 apresenta o aspecto de um cartão representando uma linha trifásica não transposta.
Figura 41: Linha trifásica não transposta. Detalhe da entrada de dados da matriz de transformação [Ti]. Cartão
gerado pela rotina LINE CONSTANTS.
Uma outra utilização dos modelos com parâmetros distribuídos é para representar circuitos
duplos com acoplamento de sequência zero.
a) b)
a) b)
ZG = ZS+2ZM+3ZP
ZG = ZS+5ZM ZIL=ZS+2ZM-3ZP
ZL=ZS-ZM ZL=ZS-ZM
I0
I1 ≤ 1,5 % V0
V1 ≤ 1,5 %
OU É a mesma coisa (em I ou V).
I 2
I1 ≤ 1,5 % V2
V1 ≤ 1,5 %
OU É a mesma coisa (em I ou V).
LEGENDA:
Linha AZUL = Fase A
Linha BRANCA = Fase B
Linha VERMELHA = Fase C
Recomenda-se transposição completa com quatro trechos de 1/6, 1/3, 1/3 e 1/6 do
comprimento total. Uma das fases gira num sentido e as outras giram no outro sentido até
completar o ciclo de transposição.
EXEMPLO:
Recomenda-se transposição completa com quatro trechos de 1/6, 1/3, 1/3 e 1/6 do
comprimento total de cada circuito paralelo. A transposição de cada circuito consiste em
girar uma das fases num sentido e as outras fases no outro sentido até completar o ciclo de
transposição. Não há necessidade de vincular um circuito com os circuitos paralelos.
Recomenda-se transposição completa com quatro trechos de 1/6, 1/3, 1/3 e 1/6 do
comprimento total de cada circuito. A transposição de cada circuito consiste em girar um no
sentido horário e o outro no sentido anti-horário até completar o ciclo de transposição.
EXEMPLO: LT 500 KV CD
Os parâmetros do modelo JMartí são calculados via LINE CONSTANT. Neste ponto não
apresentaremos o cartão que gera os dados do modelo JMartí, pois a sub-rotina LINE
CONSTANT está melhor detalhada na referência [15].
IPUNCH Valor fixo (-2), para distinguir este modelo dos demais
modelos de linhas com parâmetros distribuídos;
A figura 47 apresenta os dados que definem a função racional que representa Zc.
(Resíduos)
(Polos)
A cada linha são inseridos até três valores de resíduos e polos. Os resíduos são inseridos na
primeira linha e os polos correspondentes são inseridos na linha subsequente.
Quando a linha for não transposta, ao final dos cartões de ajuste da linha, deverá ser inserida
a matriz de transformação da linha. A figura 49 apresenta a estrutura de uma linha de
transmissão com modelo JMartí, não transposta.
A figura 50 apresenta a configuração dos dados de entrada para o primeiro cartão de uma
linha modelada como modelo Semlyen.
ω), ωL(ω
R(ω ω) Impedância série modal total, em Ohms, na frequência
fundamental;
ω), ωC(ω
G(ω ω) Impedância shunt modal total, em mhos, na frequência
fundamental;
Figura 53: Linha modelada por Semlyen. Representação de uma fase (A).
Este modelo difere-se dos acima descritos por realizar os cálculos diretamente no domínio
da fase. Dessa forma, elimina erros de aproximação provenientes do uso da matriz de
transformação.
Para uma dada linha, para obter o modelo adequado utilizando o modelo Taku Noda é
geralmente mais difícil do que os métodos acima descritos, entretanto a maior vantagem
deste tipo de modelo é que o passo de integração pode ser definido independentemente do
tempo de propagação da linha.
O Rule Book não apresenta nenhum tópico descrevendo a configuração da rotina Taku
Noda. Portanto, não será aqui apresentado maiores detalhes sobre o referido modelo para
linhas de transmissão. De qualquer forma, um modelo utilizando Taku Noda poderá ser
obtido da sub-rotina LINE CONSTANT.
Seguindo a filosofia deste curso, não serão aqui abordados temas teóricos acerca das
máquinas síncronas, tendo em vista que o assunto é amplamente encontrado na internet e em
bons livros sobre o tema. O capítulo RB-080 do Rule Book trata sobre o tema Dynamic
Synchronous Machine.
• Três enrolamentos de armadura (a, b e c), um por fase, conectados a rede, espaçados
120 graus elétricos;
• Um enrolamento de campo (f), que produz fluxo no eixo direto;
• Um enrolamento hipotético (kd) no eixo direto representando o enrolamento
amortecedor;
• Um enrolamento hipotético (g) no eixo em quadratura representando os efeitos das
correntes de Foucault;
• Um enrolamento hipotético (kg) no eixo em quadratura representando o enrolamento
amortecedor.
Os efeitos da saturação da máquina podem ser estudados, sendo necessária a informação dos
dados da curva de saturação da máquina para os eixos d e q. Não é possível entrar com
dados de histerese.
OUT_1 IM_01
IM TQ_04 FILDA STAT_
T
UM_1 - Synchrounous Machine. UM type 1. BUSF SP
NEUT_
TQ_01 FILDB ω
BUSM
Universal induction machine FILDA STAT_ M_NOD
with manufacturer's data input. BUSF_ SM
NEUT_ UM_8 - DC Machine. UM type 8.
FILDB ω
TOTM_ IM UDM_ BUSM_ FILDA
WI NEUT STAT_
M_NOD_ BUSF_ DC
Torque
NEUT_
FILDB ω BUSM
TQ_02 M_NOD
2
• [J ] d 2 [θ ] + [D] d [θ ] + [K ][θ ] = [TTURBINA ] − [TGEN / EXC ] ;
dt dt
•
d
[θ ] = [ω ]
dt
d 2θ dθ
• J 2
+D = TTURBINA − TGEN / EXC ;
dt dt
dθ
• =ω
dt
Para representação de máquinas térmicas, um modelo com apenas uma massa não é preciso
o suficiente. Nesse caso, a representação de massas concentradas deverá ser realizada, de
forma a modelar todos os componentes acoplados ao eixo.
Neste ponto é importante ressaltar que, se a dinâmica intrínseca às máquinas girantes não é o
principal interesse do estudo, geradores síncronos podem, sem maiores consequências, ser
representados por fontes tipo 14.
Figura 56: Cartão de dados de tensão, ângulo e frequência em regime permanente para modelagem de
máquinas síncronas TYPE 59.
Por convenção, a sequência positiva é assumida para o sinal de tensão. Caso os valores de
tensão e ângulo não sejam especificados para todas as fases, assume-se que as tensões terão
como referência a fase A. Caso contrário, poderá ser especificado um desequilíbrio em
regime permanente para a máquina, preenchendo-se os valores referentes a cada fase.
O segundo cartão a ser inserido é opcional. Existem três possibilidades de cartão para esse
campo: TOLERANCES, PARAMETER FITING ou DELTA CONNECTION. Caso
mais de um cartão seja utilizado, a ordem de entrada deles é arbitrária.
Figura 57: Cartão de dados para critérios de convergência numérica para máquinas síncronas TYPE 59.
Figura 58: Cartão de dados para ajuste de parâmetros para máquinas síncronas TYPE 59.
O cartão acima descrito é utilizado para distinguir entre diferentes tipos de dados. A
presença deste cartão sinaliza que os dados utilizados foram provenientes de informações do
fabricante, ao passo que a falta deste cartão indica o uso de parâmetros internos em por
unidade.
O parâmetro FM é utilizado como uma bandeira para distinguir o tipo de constante de tempo
na qual o cartão de parâmetros elétricos (próximo cartão a ser detalhado) será preenchido.
T ' q 0 > 10T "q 0 T ' d 0 > 10T "d 0 X "d > 1.3 X l X " q > 1 .3 X l
Para maiores detalhes sobre este cartão, favor proceder leitura do capítulo RB-080b do Rule
Book trata sobre o tema Dynamic Synchronous Machine.
Figura 59: Cartão de dados para conexão dos enrolamentos da armadura de máquinas síncronas TYPE 59 em
delta.
Entretanto, caso haja a necessidade de representar uma máquina síncrona com seus
enrolamentos da armadura conectados em delta, o cartão acima deverá ser inserido, logo
após os dados de tensão, frequência e ângulo da respectiva máquina.
As variáveis de saída “ID”, “IQ” e “I0” são, de fato, variáveis dos enrolamentos da
armadura, mas “IA”, “IB” e “IC” são erroneamente nomeados, simplesmente devido ao fato
de que, na verdade, tais correntes se tratam de correntes de linha e não correntes de fase, ou
seja, “IAB”, “IBC” e “ICA”.
Não é possível modelar na mesma barra máquinas síncronas conectadas em delta e estrela,
devendo estas estar separadas por uma pequena resistência ou reatância.
Figura 61: Relação entre a tensão terminal e a corrente de campo, definindo a saturação de uma máquina
síncrona.
Na realidade, “AGLINE”, “S1” e “S2” são aplicados apenas ao eixo direto da máquina. O
cartão apresentado a seguir provê a possibilidade de inserir dados para o eixo em quadratura.
Ad2 Como "AD1”. Caso este valor seja deixado em branco, o valor
padrão 1.2 será considerado;
Caso o usuário tenha escolhido modelar a máquina por meio das matrizes de reatância e
resistência, em pu (cartão PARAMETER FITTING não utilizado), os cartões abaixo,
apresentados pelas figuras 64, 65 e 66 deverão ser utilizados.
Figura 64: Primeiro cartão para modelagem de máquinas síncronas TYPE 59 pela matriz de reatâncias e
resistências, em pu. Dados referente ao eixo direto.
Nota: Geralmente os parâmetros Xaf, Xfkd, e Xakd são assumidos iguais. Entretanto não é
uma regra. Valores diferentes podem ser usados, caso disponíveis.
Nota: Geralmente os parâmetros do eixo e quadratura Xag, Xgkq, e Xakq são assumidos iguais.
Entretanto não é uma regra. Valores diferentes podem ser usados, caso disponíveis.
Figura 66: Terceiro cartão para modelagem de máquinas síncronas TYPE 59 pela matriz de reatâncias e
resistências, em pu.
• De modo a evitar divisão por zero, o valor da indutância própria deverá ter valor
diferente de 0;
• Todas as indutâncias mútuas deverão ter valor igual a 0.
Por exemplo, case seja necessário modelar uma máquina sem o eixo em quadratura do
enrolamento amortecedor, o usuário deverá fazer a seguinte configuração: Xakq = Xgkq = 0 e
Xkq ≠ 0.
Figura 67: Cartão para modelagem das massas acopladas ao eixo das máquinas síncronas TYPE 59.
Ti = DSR (ωi − ωs )
;
Onde: Ti é o torque de amortecimento relativo à massa “i”;
ωi é a velocidade angular da massa “i”;
ωs é a velocidade síncrona mecânica do eixo.
[(libra-pé)/(radianos/segundo)] se MECHUN = 0;
[(N-m)/(radianos/segundo)] se MECHUN = 1.
T = DSM (ωi − ω s )
Os dados deverão ser inseridos considerando as seguintes
unidades:
[(libra-pé)/(radianos/segundo)] se MECHUN = 0;
[(N-m)/(radianos/segundo)] se MECHUN = 1.
Ti = DSD ωi
Onde: Ti é o torque de amortecimento relativo à massa “i”;
ωi é a velocidade angular (absoluta) da massa “i”;
ωs é a velocidade síncrona mecânica do eixo.
Os dados deverão ser inseridos considerando as seguintes
unidades:
[(libra-pé)/(radianos/segundo)] se MECHUN = 0;
[(N-m)/(radianos/segundo)] se MECHUN = 1.
Este cartão deverá ser terminado com um cartão em branco “BLANK CARD”
1. Variáveis elétricas;
2. Ângulo mecânico das massas acopladas ao eixo;
3. Desvio da velocidade mecânica das massas acopladas ao eixo;
4. Torque mecânico em cada secção do eixo;
5. Parâmetros da máquina e condições iniciais.
Para solicitar a saída de dados de cada variável, o usuário deverá especificar o grupo de
saída da variável em questão e um único número identificando qual variável dentro do grupo
de saída de dados. A regra para a configuração desses números será explicada mais a frente.
Figura 69: Cartão para solicitação de dados das máquinas síncronas TYPE 59.
Nome da
Variável Número Unidade Variável de
saída no ATP
Corrente de eixo direto no enrolamento da
ID 1 A “ID”
armadura;
Corrente em quadratura no enrolamento da
IQ 2 A “IQ”
armadura;
Corrente no eixo zero do enrolamento da
I0 3 A “I0”
armadura;
Corrente do enrolamento de campo
IF 4 A “IF”
(enrolamento 1 no eixo direto);
Corrente no eixo direto do enrolamento
ID2 5 A “IKD”
amortecedor (enrolamento 2 no eixo direto);
Corrente no eixo em quadratura do
IQ1 6 A “IG” enrolamento amortecedor (enrolamento 1 no
eixo em quadratura);
Corrente no eixo em quadratura do
enrolamento representativo das perdas por
IQ2 7 A “IKQ”
Foucault (enrolamento 2 no eixo em
quadratura);
Corrente na fase A do enrolamento da
IA 8 A “IA”
armadura;
Corrente na fase B do enrolamento da
IB 9 A “IB”
armadura;
Corrente na fase C do enrolamento da
IC 10 A “IC”
armadura;
Tensão aplicada aos enrolamentos de
campo. Essa tensão será constante (dc), a
VF 11 V “EFD”
menos que o usuário especifique um
controle dinâmico modelado via TACS;
Força magneto-motriz (FMM) total no
MFORCE 12 A “MFORCE”
entreferro da máquina;
Ângulo entre as componentes de eixo direto
MANGLE 13 RAD “MANGLE”
e eixo em quadratura da FMM (MFORCE);
TEG 14 N.m.106 “TQ GEN” Torque eletrodinâmico da máquina;
TEXC 15 N.m.106 “TQ EXC” Torque eletromecânico da excitatriz.
O grupo 5 de saídas pode ser impresso imediatamente após a solução de regime permanente
no arquivo de saída do ATP. Existem duas possibilidades de solicitar os dados desse grupo,
especificando 1 ou 2 em qualquer um dos campos do cartão do grupo 5 (colunas 9-80):
A classe 6 de cartões de dados (Class 6 SM data cards) trata da conexão entre a máquina
síncrona e sistemas dinâmicos modelado por TACS (Transients Analysis of Control
Systems). Neste primeiro curso não iremos discorrer sobre os dispositivos e as interações de
dispositivos do sistema elétrico com os elementos TACS.
Figura 70: Cartão para finalizar entrada de dados das máquinas síncronas TYPE 59.
No caso de várias máquinas em paralelo, apenas na primeira deverá ser informado os dados
referentes ao cartão 1 (Class 1 SM data cards), sendo os demais cartões representados em
todas as máquinas em paralelo.
Estudos de regime permanente são desenvolvidos para, entre outros objetivos, verificar as
condições de atendimento à carga. Basicamente são verificadas as grandezas tensão e ângulo
entre as barras dos geradores e carga.
A fonte utilizada será do tipo 14, barra infinita. A carga e o reator serão modelador por
elemento RLC, e a linha será modelada por elemento com parâmetros distribuídos,
perfeitamente transposta (Clarck).
• P = 144.5 MW;
• Q = 13.6 Mvar;
• VPU = 0.987 pu;
• Tbase = 230 kV.
Os parâmetros dos elementos RLC poderão ser calculados pelas equações abaixo.
Q × (V( PU ) × Vbase )
2
Q > 0 → X L (Ω ) =
P2 + Q2
P × (V( PU ) × Vbase )
2
R(Ω ) =
P +Q
2 2
Q < 0 → ωC =
10 6
µΩ −1 [ ]
Q × (V( PU ) × Vbase )
2
P2 + Q2
• Q = 30 Mvar;
• VPU = 1.0 pu;
• Tbase = 230 kV.
Dessa forma:
X L (Ω ) =
(1.0 × 230)2 = 1763.33 Ω / fase
30
2
VPICO = 1.050 × 230000 × ∠27.2°
3
ANAREDE ATPDraw
Tensão Ângulo MW Mvar Tensão Ângulo MW Mvar
0,987 12,5° 144,5 13,6 0,986 12,52° 144,21 13,57
Figura 74: Arquivo .lis. Interpretação dos dados de entrada do arquivo .atp da figura 73.
A figura 75 apresenta a segunda parte do arquivo .lis que mostra a conexão física que cada
ponto (nó elétrico) faz com outro.
A figura 77 apresenta a solução fasorial para as correntes nas chaves de medição e a solução
do fluxo de carga nos nós de tensão conhecida, respectivamente. Existem outras partes do
arquivo .lis que não entram no escopo deste curso, entretanto, no decorrer do curso, outros
pontos importantes do arquivo .lis serão apresentados e detalhados.
Figura 77: solução fasorial para as correntes nas chaves de medição e a solução do fluxo de carga nos
nós de tensão conhecida, respectivamente.
Tabela 4: Tabelas 6 e 7 dos Procedimentos de Rede submódulo 23.3, revisão 2.0 (páginas 50 e 51)
• R0 = 0.3198 Ω/km;
• X0 = 1.363 Ω/km;
• B0 = 2.796 µ Ʊ/km;
• R1 = 0.0177 Ω/km;
• X1 = 0.2684 Ω/km;
• B1 = 6.033 µ Ʊ /km;
• Comprimento = 415.0 km.
O equivalente de rede utilizado foi obtido pelo uso do programa ANAFAS – Análise de
Faltas Simultâneas, do CEPEL. Os dados em % na base 100 MVA são apresentados a
seguir:
• R0 = 0.66784 %;
• X0 = 3.1156 %;
• R1 = 0.06436 %;
• X1 = 0.79857 %.
Neste caso, para a realização do estudo estatístico foram utilizadas chaves estatísticas
(Statistic Switch) com os seguintes parâmetros:
Neste exemplo, o elemento ADDITIONAL foi utilizado para inserir uma instrução
específica, com o objetivo de encontrar os valores máximos para as grandezas de interesse e
o instante de fechamento das chaves que produziram tais valores. A figura 81 apresenta a
configuração do elemento ADDITIONAL, que neste caso foi utilizado para inserir o cartão
descrito entre os cartões de saída.
A descrição completa dos recursos disponíveis para tabulação dos resultados de estudos
estatísticos poderá ser encontrada na seção 15 do Rulebook (XV-A e XV-B). Abaixo são
apresentadas, de forma resumida, a função do cartão da figura 81.
A função FIND realiza o trabalho de encontrar, dentre todas as simulações realizadas, qual
foi a energização que produziu o maior valor para a grandeza de interesse. Tais grandezas
são definidas pelos seguintes valores, inseridos nas colunas 1 e 2:
Pela figura acima, verifica-se que são apresentados o valor máximo para a grandeza tensão
na barra BAR_R, a fase na qual esse valor máximo foi observado e o chaveamento no qual o
referido valor foi encontrado.
Tantos arquivos estarão dispostos quantas forem as grandezas de interesse selecionadas para
terem seus resultados tabulados.
Figura 83: Detalhe dos tempos de fechamento da chave obtidos pelo estudo estatístico.
Figura 84: Configuração do atp e tempos de fechamento da chave para o estudo deterministico.
Um arquivo .atp de um caso determinístico gera, além do arquivo .lis, um arquivo referente
às grandezas de interesse cuja saída foram requeridas. Este arquivo tem extensão .pl4.
Existem vários processadores gráficos para análise dos referidos arquivos .pl4. Entretanto,
iremos utilizar o PlotXY, que já acompanha a instalação do ATPDraw utilizada neste curso.
Figura 85: Resultado deterministico do estudo de energização de uma linha de 500 kV – 415 km - Sobretensão.
Da figura 82, extraímos a informação de que o valor máximo que a tensão nos terminais
receptores atingiu foi de 1232 kV na fase A. Pelo detalhe da figura 85, verifica-se que o
valor máximo atingido confere com o dado obtido do estudo estatístico.
Figura 86: Resultado deterministico do estudo de energização de uma linha de 500 kV – 415 km -
Sobrecorrente.
O para-raios foi modelado utilizando-se o elemento não linear tipo 92. Entretanto, a
referência [6] apresenta uma comparação feita entre diferentes modelos disponíveis no ATP
para simulação de para-raios. A conclusão foi que todos os modelos apresentaram resultados
parecidos em termos de correntes e energias absorvidas.
1,0
[MJ]
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 [s] 0,5
(file Exemp_03.pl4; x-var t) c:BAR_RA- c:BAR_RB- c:BAR_RC-
Figura 90: Energização com curto monofásico no terminal remoto, com duração de 100 ms.
800
[kV]
460
120
-220
-560
-900
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 [s] 0,5
(file Exemp_04.pl4; x-var t) v:BAR_RA v:BAR_RB v:BAR_RC
3,0
[MA]
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 [s] 1,0
(file Exemp_04.pl4; x-var t) c:BAR_RA- c:BAR_RB- c:BAR_RC-
Neste exemplo ficou claro que, com a atuação dos para-raios conectados nas extremidades
da linha sob manobra, as sobretensões decorrentes da energização da referida linha foram
significativamente reduzidas, proporcionando assim maior probabilidade de sucesso na
manobra em questão. A energia absorvida pelos para-raios é um parâmetro muito
importante, e deverá ser monitorado. Neste caso, a energia verificada nas situações
analisadas não ultrapassou o limite de absorção dos para-raios utilizados.
4.4
ELABORAÇÃO
[1] Leuven EMTP Center, ATP - Alternative Transient Program - Rule Book,
Herverlee, Belgium, July 1987.
[2] Transitórios Eletromagnéticos em Sistemas de Potência, Luiz Cera Zanetta
Junior. Editora Edusp.
[3] Araújo, Antônio E. A., Cálculo de transitórios eletromagnéticos em sistemas
de energia. Editora UFMG.
[4] Orlando P. Hevia, Alternative Transients Program - Comparison of
transmission line models
[13] Mattos, L. M. N., Uma proposta de índice para seleção de barramentos mais
afetados por harmônicas em sistemas de potência baseado na aplicação da
varredura em frequência. Trabalho de Graduação – Universidade de
Brasília, Faculdade de Tecnologia – 2012.
Tabela 1: Configurações possíveis para ILINE para definição dos parâmetros “A” e “B”. 33
Tabela 2: Variáveis de saída das máquinas síncronas TYPE 59 do grupo 1. 56
Tabela 3: Comparação entre valores convergidos no ANAREDE e no ATPDraw. 60
Tabela 4: Tabelas 6 e 7 dos Procedimentos de Rede submódulo 23.3, revisão 2.0 (páginas 50 e 51) 63