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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

DIANDRA VIELMO DE DEUS - 111152077

BANCADA DE FLUXO

ALEGRETE
2015
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3
2. REVISÃO TEÓRICA ............................................................................................. 4
2.1 Funcionamento e Medições ................................................................................. 4
3. METODOLOGIA ................................................................................................... 8
4. RESULTADOS ...................................................................................................... 11
5. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 14
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 14

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1. INTRODUÇÃO

A bancada de fluxo é um equipamento utilizado para realizar medições de perda


de carga de qualquer componente do motor. Engenheiros e preparadores descobriram que
o meio mais rápido para se obter altas performances em motores de combustão interna
era através de bancadas de fluxo, onde é possível testar dutos de cabeçotes, coletores de
admissão, tamanhos de válvula, etc.

Bancadas de fluxo utilizam o princípio de diferença de pressão para medições


de vazão, a diferença de pressão pode ser obtida através de placas de orifício, tubo de
venturi e um bocal medidor.

O objetivo deste relatório é realizar medições de pressão em uma bancada de


fluxo para a partir destas, conseguir realizar comparações entre vazão real e ideal, de
forma a comprovar que o método utilizado para a realização das medições foi efetivo.

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2. REVISÃO TEÓRICA
2.1 Funcionamento e Medições

Quando são utilizadas bancadas de fluxo tem-se o ar sob condições controladas,


permitindo assim a verificação de características referentes ao ar como velocidade,
turbulência e distribuição.

Os elementos que compõem uma bancada de fluxo são uma fonte de sucção de
ar, uma sistema para a medição do fluxo do ar real, sistema de controle da pressão do ar
de teste e manômetros.

Ao ser ligada a bancada o ar começa a escoar pelo duto de sucção e seguidamente


pelo elemento de restrição, este acessório faz com que exista uma diferença de pressão,
esta diferença de pressão é conhecida como pressão de teste e é mensurada através de
uma manômetro em U, de forma que o elemento de restrição fiquei entre o manômetro,
como mostra a Figura 1. A pressão de teste é medida em polegadas de coluna d’água.

Figura 1 - Manômetro em U.

Manômetro em U
Elemento de h
restrição

Fonte: Disponível em <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfs6sAB/s-05-06>,


Acesso em 13 de dezembro de 2015. Adaptado.

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Elementos de restrição são utilizados para realizar medições de vazão, baseiam-
se no princípio de Bernoulli e da equação da Continuidade, onde o elemento causa uma
diferença de pressão e um aumento na velocidade, para que a vazão permaneça constante
(Q=V1.A1=V2.A2). Existem três tipos de elementos utilizados para causar queda na
pressão em um escoamento: placa de orifício, bocal medidor e tubo de Venturi, na Figura
1 está representada a placa de orifício.

A velocidade na bancada é medida através do Tubo de Pitot, que mede a pressão


do escoamento, e através da equação de Bernoulli, consegue-se obter a velocidade.

Equação de Bernoulli:

𝑝1 1 2 𝑝2 1 2
+ 𝑉 + 𝑧1 = + 𝑉 + 𝑧2
𝜌𝑔 2𝑔 𝜌𝑔 2𝑔

Equação para obtenção da velocidade a partir da medição de pressão do Tubo de Pitot:

2(𝑝2 − 𝑝1 )
𝑣1 = √
𝜌

Através dessa equação nota-se que a velocidade é função da diferença de


pressão.

Figura 2 – Medidores de vazão.

Fonte: Fox, p.344, 2010.

A Figura 2 mostra os três tipos de elementos de restrição, onde a placa de orifício


destaca-se por possuir a maior perda de carga quando comparada aos outros.

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Em medidores de vazão que possuem bordas vivas, como é o caso da placa de
orifícios, existe a separação do escoamento da borda viva da garganta causando a
formação de uma zona de recirculação, na Figura 3 está indicado este fenômeno. Após
passar pelo orifício a corrente principal continua a acelerar, formando, na seção 2, uma
vena contracta, onde sua área de escoamento é mínima e as linhas de corrente são retas,
em seguida a corrente desacelera preenchendo todo o canal, (Fox, 2010).

Em bocais de sucção que não possuem bocais convergentes, o fenômeno da vena


contracta também acontece e na zona de recirculação existe a perda de carga, pois há
dissipação de energia entre o escoamento e a parede.

Figura 3 - Zona de recirculação.

Zona de
recirculação

Fonte: Fox, p. 341, 2010. Adaptado.

O escoamento de ar em uma bancada de fluxo é medida através de um tubo


inclinado que mede a diferença de pressão no elemento de restrição, quanto maior for o
escoamento do ar maior será a queda de pressão. A Figura 44 mostra o tudo inclinado na
bancada.

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Figura 4 - Tubo inclinado.

Tudo inclinado

Fonte: Cedida por Sander. Adaptada

Com a obtenção da vazão, é possível calcular-se a velocidade e consequente


Número de Reynolds:

𝜌𝑉𝐷
𝑅𝑒𝐷 =
𝜇

Do número de Reynolds, onde descobre-se se o escoamento é laminar ou


transiente, sendo que para um escoamento ser laminar Re<2000, e para o escoamento ser
turbulento Re> 3000, a região do escoamento entre esses valores é conhecida como zona
de transição.

Assim, calcula-se a região de entrada, a qual refere-se ao escoamento antes deste


ser completamente desenvolvido, ou seja, onde as forças viscosas são maiores que as
forças inerciais.

𝑙𝑒 = 0,06𝐷𝑅𝑒 = para escoamento laminar;

𝑙𝑒 = 4,4𝐷 (𝑅𝑒)1/6= para escoamento turbulento.

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3. METODOLOGIA

Para a realização do experimento de bancada de fluxo, utilizou-se uma bancada


produzida pelo colega Sander. A bancada era composta por um duto de sucção, placa de
orifício para se realizar as medições de vazões, tubo de Pitot, para mensurar a pressão,
manômetros e bombas de vácuo. As figuras 5 e 6 mostram a bancada.

Figura 5 - Bancada de fluxo.

Tubo de
Tubulação Pitot

Placa de
orifício

Bombas
de vácuo

Fonte: Cedida por Sander. Adaptada.

Para começar a realizar-se as medições ligou-se apenas duas das bombas de


vácuo, dessa forma o ar começou a escoar dentro da tubulação e consequentemente pela
placa de orificio. Primeiramente foi informada a vazão, a qual foi de 0,0543 m³/s, após
posicionou-se o tubo de Pitot bem no centro da tubulação em aproximadamente 0,05 m
da extremidade e mediu-se a pressão, através do tubo de Pitot, e repetiu-se este processo

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de cinco em cinco milimetros até a extremidade do tubo, onde a pressão é zero devido a
condição de não escorregamento.

A vazão foi multiplicada por 2118,88 para obter-se o valor em pés cúbicos por
minutos. Como a vazão foi dada, não foram realizadas experimentos para obter-se a
vazão, dividiu-se a vazão (em m³/s) pela área do tubo para encontrar a velocidade real. E
a partir desta é possivel calcular o número de Reynolds e o comprimento da região de
entrada.

A tabela apresenta estes valores.

Tabela 1 – Cálculos dos valores reais.

Cálculos Reais

Vazão (m³/s) Vazão (cfm) Velocidade (m/s) ReD le (m)

0,0543 115,055 6,913 47507,48 2,64

Reynolds foi calculado através da equação 1:

𝜌𝑉𝐷
𝑅𝑒𝐷 = (1)
𝜇

A região de entrada foi calculada através da equação 2, para escoamento


turbulento:

𝑙𝑒 = 4,4𝐷(𝑅𝑒 )1/6 (2)

Para os cálculos teóricos a velocidade foi calculada através da equação 3, bem


como a velocidade média:

2(𝑝1−𝑝2)
𝑣=√ (3)
𝜌

A vazão foi obtida multiplicando-se a vazão pela área do tubo e a vazão em pés
cúbicos por minuto pelo produto entre a vazão (em m³/s) e 2118,88.

A tabela com os valores de velocidade, vazão e as pressões medidas estão


apresentadas na tabela 2.
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Tabela 2 – Cálculos teóricos.

Cálculos Teóricos
Posição Pressão Pressão Méd Velocidade
Vazão (m³/s) Vazão (cfm)
(m) (Pa) (Pa) Méd. (m/s)
0,05 54
0,045 53
0,04 53
0,035 54
0,03 54
0,025 56 46,27272727 8,674111306 0,068126311 144,3514776
0,02 56
0,015 57
0,01 58
0,005 14
0 0

Foram utilizados:

• Vazão real: 0,0543 m³/s;


• Diâmetro do tubo: 0,1 m
• Diâmetro do orifício: 0,04m;
• ρ do ar: 1,23 kg/m³;
• μ do ar: 0,0000179 Ns/m²;
• Área: 0,0078539 m².

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4. RESULTADOS

Com base nos cálculos e medições realizados pode-se aproximar a distribuição


de pressão dentro do tubo, o qual é dado pelo gráfico 1.

Gráfico 1 – Distribuição de pressão.

Distribuição de Pressão
0.11
0.1
0.09
0.08
Distância (m)

0.07
0.06
0.05
0.04
0.03
0.02
0.01
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65
Pressão (Pa)

A distribuição de pressão na entrada da sucção se deu desta maneira, pelo fato


de que o escoamento é turbulento, e o bocal de bocal de sucção por não apresentar uma
convergência, influeniou sobre a turbulência, onde as bordas vivas causaram a formação
da vena contracta na reagião de entrada.

Também pode-se aproximar a distribuição de velocidade, como mostrado no


gráfico 2.

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Gráfico 2 – Distribuição de Velocidade.

Distribuição de Velocidade
0.1
0.09
0.08
0.07
Distância (m)

0.06
0.05
0.04
0.03
0.02
0.01
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Velocidade (m/s)

A distribuição de velocidade ao longo do diâmetro do tubo se deu de forma


bastante uniforme, variando apenas próximo as bordas. Como a velocidade é dependente
da variação de pressão, próximo a extremidade há uma diferença bastante significativa na
pressão, dessa forma a velocidade também apresenta uma redução conforme a pressão.

Também foi possível realizar uma comparação entre as vazões reais e teóricas,
a tabela 3 mostra esta comparação.

Tabela 3 – Comparação de vazões.

Real Teórica

Vazão (m³/s) Vazão (cfm) Vazão (m³/s) Vazão (cfm)

0,0543 115,055184 0,06812631 144,351477

É notável através da tabela 3 que a vazão teórica ficou acima da vazão real, e
como resultado esperava-se que as vazão apresentassem resultados com uma pequena
variação e que a teórica estivesse abaixo da real. Essa diferença ocorreu devido ao fato
que a vazão real informada havia sido mensurada quando o bocal de sucção possuía um
bocal convergente para entrada do ar, e para as medições de pressão realizadas não

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utilizou-se o bocal convergente. Este fato gerou uma discrepância bastante significativa
nos resultados.

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5. CONCLUSÕES

A partir dos experimentos realizados e da revisão teórica, percebe-se que a


bancada de fluxo é importante para testes de desempenho. Bancadas de fluxo que utilizam
a placa de orifício como medidor de vazão, apresentam uma grande queda na pressão e
consequente considerável perda de carga, por ocasionar regiões de recirculação do fluido.

Com relação as velocidade e vazões, as reais deveriam ser maiores que as


teóricas porém para os cálculos teóricos não considera-se algumas perdas, como as por
recirculação em placas de orifício, as quais para o cálculo real é levado em conta. Existe
também o fator que acabou influenciando bastante para que as velocidades e vazões
teóricas foram maior, uma vez que quando estas foram mensuradas não havia um bocal
convergente na entrada da sucção (massa demodelar).

A bancada de fluxo mostra-se efetiva, mesmo funcionando em regime


permanente e os motores sendo em regime transiente, consegue-se obter comparações do
ganho existe no fluxo.

REFERÊNCIAS

FOX, Robert W.. Introdução à Mecânica dos fluidos. 7ª Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
Determinação do coeficiente de descarga de uma placa de orifício. Disponível em
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfs6sAB/s-05-06>, Acesso em 13 de
dezembro de 2015.

BYLULA: Motor Sport. Disponível em <http://bylula.com.br/v2/banco-de-fluxo/>.


Acesso em 10 de dezembro de 2015.

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