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AMBIENTAL NA
ESCOLA
juá
Maio de 2019
CONCEITOS E PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA
INTRODUÇÃO
Todos os dias vemos notícia sobre meio ambiente, aquecimento global, desastres naturais,
poluição, reciclagem do lixo, são alguns dos temas que povoam as manchetes dos jornais. Cada
vez mais cientistas e políticos discutem a importância de educar e informar o cidadão a respeito
do que devemos fazer para preservar o planeta em que vivemos, tanto as pequenas medidas
do dia a dia, quanto as grandes políticas públicas são muito importante para que isso aconteça,
no entanto educar e conscientizar é algo que pode e deve começar desde cedo.
Paulo Freire dizia que ninguém educa ninguém, ninguém conscientiza ninguém, pois as pessoas
se conscientizam em comunhão ou ainda que é a própria pessoa que se conscientiza a partir de
um processo de conhecimento, de um movimento reflexivo próprio.
Para tanto, acredito que, se faz necessário que a pessoa possua elementos que irão alicerçar
essa conscientização pessoal e, esses elementos são adquiridos na vida em sociedade e na
participação em suas instituições, particularmente na família e escola.
Conscientizar, segundo o dicionário, é: Dar ou tomar consciência de. Por sua vez consciência
é: Atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade.
Pela própria definição fica claro que não se julga sem conhecer. O conhecimento é
imprescindível para a realização do julgamento. E o julgamento aqui posto não se refere à
condenação, mas a formar opinião a cerca daquilo que se é conhecido.
ATIVIDADE 1
Divisão em Grupos
Ajudar o aluno a perceber que a natureza não é somente aquela planta do jardim da escola, é
onde a gente vive, é todo o ambiente ao nosso redor. Hoje é mister que o professor não pode
levar somente o conteúdo para sala de aula, mas tornar o aluno um cidadão. Existem diversas
questões como violência, sexualidade, etc, para ser trabalhada em sala e meio ambiente está
entre elas, todas de suma importância.
IDENTIFICAÇÃO
CAPACITAÇÃO
Agenda 21 Global
A Organização das Nações Unidas – ONU realizou, no Rio de Janeiro, em 1992, a Conferência
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD). A CNUMAD é
mais conhecida como Rio 92, referência à cidade que a abrigou, e também como “Cúpula da
Terra” por ter mediado acordos entre os Chefes de Estado presentes.
GESTÃO DA QUALIDADE
Ciclo PDCA
É uma ferramenta de implementação da gestão da qualidade criada por Walter Shewart e
amplamente divulgada por Deming, é o passo a passo da gestão, composta pelos elementos:
1) Planejar (Plan);
2) Do (Executar);
3) Check (Controlar, medir) – será que o que foi planejado está sendo realizado na prática?
4) Act (Agir) – Atuar de forma corretiva, corrigir os rumos, depois de identificados pelo controle,
tomar decisões;
Depois da etapa ACT é necessário voltar a planejar. O PDCA também é chamado de ciclo da
melhoria continua, porque não tem fim.
COLETIVO JOVEM
Envolver as juventudes na discussão e no engajamento na temática ambiental é um dos desafios que está
colocado na atualidade. Percebeu-se, a partir de 2003, ao longo do processo de construção da I
Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, que a temática tinha um forte potencial de
mobilização e que poderia abrir canais de atuação política e possibilidades de transformações ambientais,
culturais e sociais profundas e efetivas. Para tanto, deveriam ser viabilizadas formas desses jovens
participarem desse processo, surgindo então a idéia de criação de Coletivos Jovens preocupados e
atuantes na temática socioambiental. Naquela ocasião, adotou-se o nome de Conselhos Jovens de Meio
Ambiente que, embora com nome diferente, sua concepção estava plenamente sintonizada com a
proposta de um coletivo de jovens.
São grupos informais de jovens e de organizações juvenis que se mobilizam em torno da temática sócio-
ambiental.
Princípios do CJ
Jovem escolhe jovem
Jovem educa jovem
Uma geração aprende com a
outra.
Curiosidade
Coletivo
Jovem: programa
inspira e empodera
jovens ao conectá-los
com oportunidades de
trabalho Instituto Coca-
Cola Brasil | 2/8/2018
COM - VIDA
A COM-VIDA é uma nova forma de organização na escola e se baseia na participação de estudantes, professores,
funcionários, diretores, comunidade. Quem organiza a COM-VIDA é o delegado ou a delegada e seu suplente da
Conferência de Meio Ambiente na Escola, com o apoio de professores.
A COM-VIDA vai envolver a comunidade escolar para pensar nas soluções para os problemas atuais e na construção
de um futuro desejado por todos. A COM-VIDA tem um grande objetivo para todo o Brasil:
• construir a Agenda 21 na Escola. E tem alguns objetivos específicos:
• acompanhar a Educação Ambiental na escola;
• organizar a Conferência de Meio Ambiente na Escola;
• promover intercâmbios com COM-VIDAS surgidas em escolas do município, região ou estado. Cada escola vai
debater quais são os outros objetivos específicos da sua COM-VIDA.
Como formar a COM-VIDA na escola?
A COM-VIDA começa reunindo quem participou da Conferência de Meio Ambiente na Escola e outras pessoas que
se interessam pelo tema. Vale também convidar organizações já existentes na escola, como Grêmio, Associação de
Pais e Mestres e Conselho Escolar para verificar se já existem outras ações parecidas e unir forças.
Organizar e divulgar
O delegado ou delegada e seu suplente eleitos na Conferência organizam e divulgam a primeira reunião com o
apoio dos professores. Isso pode ser feito por meio de boletins, avisos em murais, rádio, alto-falante e de tudo que
a imaginação criar.
Núcleo Mobilizador: 2 estudantes, 1 professor ou funcionário, 1 membro da comunidade.
Fazer um Acordo de Convivência:
Composição
Formas de Organização
Responsabilidades e forma de funcionamento
É responsabilidade do Núcleo Mobilizador: • Convidar, organizar e coordenar os participantes da COM-VIDA; •
Zelar pelo cumprimento de todas as atividades planejadas; • Divulgar as atividades, os resultados e as conquistas
na comunidade escolar; • Facilitar a comunicação entre os membros da COM-VIDA; • Promover a interação com
Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida de outras escolas; • Dialogar com experiências já existentes na
escola e na comunidade, interagindo, para isso, com a direção escolar o Grêmio,o Conselho Escolar,a Associação de
Pais e Mestres, entre outras; • Buscar parcerias para viabilizar as atividades; • Fazer o registro de suas atividades.
Frequência das reuniões e apoio da estrutura da escola.
Oficina de Futuro : construindo projetos coletivos
Árvore dos Sonhos
Como é a escola dos nossos sonhos?
Como é a comunidade dos nossos sonhos?
As Pedras no Caminho
Quais são os problemas que dificultam chegarmos aos nossos sonhos?
Jornal Mural: viagem ao passado e ao presente
Reunir informações para conhecer a história da nossa escola e da nossa comunidade;
Como esses problemas surgiram?
Como era a escola e a comunidade antes?
Que experiências interessantes já aconteceram por aqui?
COM-VIDA para a ação
Agora é preciso organizar as ações e preparar um plano. Esta parte da Agenda 21 vai ajudar o grupo a tomar uma
atitude para transformar a sua situação atual e chegar aos sonhos. Para isso, é preciso responder a novas
perguntas: • Quais ações devem ser realizadas? • O que será necessário para realizá-las? • Quando cada ação será
realizada? • Quem se responsabiliza por elas? • Como avaliar se o grupo conseguiu realizar o que planejou?
Amizades e Parecerias
Empresas e outras escolas.
MODELO DE PLANO DE AÇÃO 3Q1PCO
ATIVIDADE 2
1) O grupo se reúne, escolher uma escola de sua comunidade, responda: essa escola já fez a conferência sobre o
meio ambiente? Quais os pontos fracos e fortes da última conferência realizada? O que fazer para melhorar?
2) A escola mencionada tem COM – VIDA? Se não, por que não tem e o que fazer para passar a ter? Se sim, como o
grupo vê o trabalho realizado pelo COM – VIDA da escola e como melhorar?
3) O grupo na hipótese de comportar como uma comissão COM – VIDA da escola já selecionada, realizar uma breve
Oficina do Futuro e responder aos questionamentos possíveis, e elaborar um plano.
SEMINÁRIO
Planejamento
Textos em anexo.
Grupo 1: Tendências Epistemológicas da Educação Ambiental no Brasil
1) Cada membro deve fazer uma leitura individual de 10 minutos do texto
2) quem vai apresentar o grupo e o título do tema a ser apresentado?
3) quem vai fazer a introdução do tema?
4) quem vai explanar sobre a Educação Ambiental Conservadora?
5) quem vai explanar sobre a Educação Ambiental Emancipatória?
6) quem vai fazer a conclusão da apresentação?
7) quem vai conduzir as dúvidas apresentadas pelo participantes?
8) quais os recursos vão ser utilizados na apresentação?
9) quanto tempo é previsto para a apresentação?
É hora da pratica, o grupo se reúne e elabora plano de aula a partir do modelo abaixo.
A partir desse modelo os grupos se reúnem e planejam como vão preparar o plano e aula,
podem se reunir via whatsap em grupo temporário ou fisicamente.
Grupo 1: Reciclar Papel
Vídeo sugerido do You Tube, título: Como fazer papel reciclado em casa. Canal Manual do
Mundo
Grupo 2: Instrumento Musical de Material reciclável
Videos Sugeridos do You Tube:
1)Art Attack: instrumentos musicais (Disney Junior do Brasil);
2) Como fazer um Tambor Caseiro (LyCB)
3) Instrumentos Musicais com materiais recicláveis (Marcio Meireles)
Grupo 3: Compostagem
Video do You Tube sugerido: Mini Composteira com garrafas Pet
Endereço da página:
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/2180/compostagem
Compostagem
Por: Josiane Silva / 15 de Outubro de 2018
Código: CIE9_13V&E08
Habilidade(s):
EF09CI13
Anos Finais - 9º Ano - Vida e evolução
Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas.
Sobre o Plano
9º Ano
Objetivos de aprendizagem
(EF09CI13) Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas.
Materiais complementares
Documento
Taferas para a Rotação de Estações - Compostagem
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/7SYhTzsEsP2d7NsrTrbcaqffbvY7wFY2FP28TRWpuwpd5at3FkPbcDXaZb4x/taferas-para-a-rotacao-de-estacoes
Compostagem
Compostagem
Compostagem
Compostagem
Slide 3 Contexto
Tempo sugerido: 6 minutos
Orientações: Se tiver utilizando data show, peça
que os estudantes leiam este diálogo entre pai e
filho. Se não tiver um data show disponível,
imprima este texto com antecedência e distribua
para as equipes, ou leia o texto para a turma. No
Brasil, o hábito de separar o próprio lixo ainda é
raro entre as famílias, segundo o Ministério do
Meio Ambiente, apenas 2 % das cidades brasileiras
têm projetos de gestão dos resíduos orgânicos.
É possível que os estudantes se identifiquem com a
cena doméstica do texto, na qual o lixo vai
misturado para a lixeira. Converse um pouco sobre
esse hábito e pergunte se eles sabem o quão
importante é separar o lixo doméstico.
Pergunte se eles sabem o que é lixo orgânico ou se
sabem reconhecer as diferenças entre os diferentes
tipos de lixo que produzimos diariamente e mostre
o slide seguinte.
Compostagem
Slide 4 Contexto
Tempo sugerido:
Orientações: É provável que alguns estudantes
ainda não saibam o conceito de lixo orgânico e
não-orgânico. Use este slide para conversar
rapidamente sobre isso. É fundamental que eles
tenham clareza sobre esses conceitos para falar
sobre a compostagem.
Compostagem
Compostagem
Compostagem
Slide 7 Sistematização
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Revista de Gestão Social e Ambiental - RGSA, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 89-104, jan./abr., 2014.
Comportamento, crenças e valores ambientais: uma análise dos fatores que podem
influenciar atitudes pró-ambientais de futuros administradores
Pato, Ros e Tamayo (2005) afirmam que as crenças ambientais, vistas como um sistema ou
visão de mundo, podem ser antecedentes diretos dos comportamentos ecológicos. Esses autores
acreditam que as crenças ecocêntricas contribuem para uma expressão positiva de ações a favor do
meio ambiente. Em contrapartida, Corral-Verdugo (2001) enfatiza que os indivíduos mesmo
possuindo crenças ambientais ecocêntricas, também podem apresentar comportamento contrário a
sua tendência, o que pode ser motivado pelas dificuldades de exercer tal ação. Com base nisso,
sugere-se a próxima hipótese da pesquisa:
H2 - Indivíduos com crenças ecocêntricas possuem maior propensão para ações de
conservação ambiental do que os com crenças antropocêntricas.
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Revista de Gestão Social e Ambiental - RGSA, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 89-104, jan./abr., 2014.
Leonardo Victor de Sá Pinheiro, Verónica Penãloza, Danielli Leite Campos Monteiro,
João Carlos Hipólito Bernardes
Recentemente, diversos estudos (López, 2002; Stern et al., 1995; Schultz & Zelezny, 1998)
passaram a associar os valores humanos ao comportamento ambiental. Segundo Corraliza e Martín
(2000), a conduta ambiental encontra-se mais relacionada com os valores e as aspirações que
orientam a vida do indivíduo do que com a informação específica disponível em relação ao meio
ambiente. Baseados nisso, apesar de sua generalidade e subjetividade, os valores possuem
significativa influência nas ações que guiam o comportamento ambiental.
Pesquisas realizadas por López (2002); Amérigo e González (2001); Stern et al. (1999) e
González e Amérigo (1998) demonstraram relações de condutas pró-ambientais existentes entre 17
valores, sendo 15 extraídos da versão castelhana da Escala de Valores de Schwartz (Schwartz,
1992; Ros & Grad, 1991) e 2 valores - “Respeito pela Terra” e “Evitar a Contaminação” –
originados do estudo desenvolvido por Stern et al. (1995). Ao analisar o constructo, López (2002)
encontrou a formação de dois fatores, os quais passaram a ser denominados de ecoaltruístas e
egocêntricos respectivamente. Os valores ecoaltruístas referem-se a indivíduos preocupados com a
natureza e com os demais seres humanos, enquanto os valores egocêntricos estão relacionados com
os indivíduos preocupados com os próprios interesses pessoais. Diante disso, tomando-se como
base os valores de segunda ordem propostos por Schwartz (1992), os valores ecoaltruístas se
enquadrariam na dimensão chamada de autotranscendência e os valores egocêntricos na dimensão
denominada de autopromoção (López, 2002).
Conforme o que foi abordado anteriormente, o estudo dos valores humanos pode
proporcionar subsídios que facilitam a compreensão do comportamento do indivíduo no meio em
que este se encontra inserido. Utiliza-se, portanto, a investigação dos valores na análise pessoal
atrelada a um contexto mais amplo, viabilizando o conhecimento do que um indivíduo busca como
princípio orientador de sua vida. Diante disso, estabeleceu-se, assim, a próxima hipótese:
H3 - Indivíduos com valores ecoaltruístas possuem maior propensão para agirem a favor do
meio ambiente do que os com valores egocêntricos.
3 MÉTODO DE PESQUISA
A amostra utilizada é de natureza não-probabilística, por conveniência, participando da
pesquisa 146 estudantes do curso de administração de empresas de uma universidade pública
localizada em uma região metropolitana do nordeste brasileiro. Foi utilizado como instrumento de
pesquisa um questionário estruturado dividido em quatro partes. A primeira apresenta uma escala de
Likert de 10 pontos, composta por 29 itens adaptados da escala original desenvolvida por Pato
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Revista de Gestão Social e Ambiental - RGSA, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 89-104, jan./abr., 2014.
sist ê mica d e E d u ca çã o A mb ie n ta l. A E d u ca çã o A mb ie n ta l p a ssa a f a z e r p a r t e d a s
Orie n t a ç õ e s C u rricu la re s d o E n sin o Mé d io e d o s mó d u lo s d e E d u ca çã o a D i s t â n c i a n a
E d u ca çã o d e Jo v e n s e A d u lto s (E J A ).
E m 2 0 0 4 , t e m in ício u m n o vo P la n o P lu ria n u a l, o P PA 2 0 0 4 -2 0 0 7 . E m f u n ç ã o d a s
n o va s d ire t rize s e sin to n iza d o co m o P RONE A , o P ro g ra ma 0 0 5 2 é r e f o r mu l a d o e
p a ssa a s e r in t it u la d o E d u ca çã o A mb ie n ta l p a ra S o cie d a d e s S u ste n t á v e i s .
A E d u ca ç ã o A mb ie n ta l
C o n se rva d o ra é a que
p re d o min a e tem co mo
co n st ru ct o e p ist e mo ló g ico
a visã o me ca n icista da
n a t u re za se n d o , p o rta n to ,
simp lif ica d o ra dos
f e n ô me n o s co mp le xo s q u e
e n vo lve a n a t u re za e o
h o me m. Não p re te n d e
re so lve r o s p ro b le ma s d e
co n f lit o s so c ia is e de Ed u caç ão Am bi ental
e st ru t u ra da s o cie d a d e .
E ssa s limit a ç õ e s imp e d e m
q u e e s t e p a ra d ig ma sirva d e b a se p a ra a su p e ra çã o d a a tu a l crise s o c i o a mb i e n t a l . O
o u t ro mo d e lo , a E d u ca çã o A mb ie n ta l crítica p re te n d e se co n stitu ir e m d i s c u r s o c o n t r a
h e g e mô n ico , n a me d id a e m q u e a su a b a se e p iste mo ló g ica se su st e n t a n u m mo d e l o
t ra n sd iscip lin a r q u e se g u n d o se u s d e fe n so re s d ia lo g a co m a te o ria d a c o mp l e x i d a d e
e xp o n d o o s d ive rso s p ro b le ma s so cia is q u e su b ja ze m a s q u e stõ e s so c i o a mb i e n t a i s .
J á a E d u ca ç ã o A mb ie n ta l
c rí t ica por ve ze s
c o n h e cid a por
e ma n cip a t ó ria ou
e c o p e d a g ó g ic a é
t ip ic a me n t e b ra sile ira
o rig in o u -s e d a E d u ca çã o
P o p u la r d e P a u lo Fre ire e
d a P e d a g o g ia c rítica , q u e
t e m s e u p o n t o d e p a rtid a
n a t e o ria crí t ic a ma rxista
ou n e o ma rxista de
p r o fe s s ora s egurando u m p a i n e l s o l a r e a c en d e n d o a l u z – I m a g e in t e rp re t a ç ã o d a re a lid a d e
b y © Ben H upfer/C orb i s s o cia l. A s s o cia ta mb é m
ações t ra zid a s da
e c o lo g ia p o lí t ica que
in se re a d ime n sã o so cia l n a s q u e stõ e s a mb ie n ta is, p a ssa n d o e s s a s a s e r e m
t ra b a lh a d a s co mo q u e stõ e s so cio a mb ie n ta is. A p rin cip a l crític a da Educação
A mb ie n t a l e ma n cip a tó ria fa z a E d u ca çã o A mb ie n ta l co n se rva d o ra é a d e q u e e l a
p o ssu i visã o n a tu ra liza d a d a n a t u re za , o u se ja , te m a te n d ê n cia d e v e r o mu n d o
a t ra vé s d a o rd e m b io ló g ica , e sse n cia lme n te b o a e p a cifica d a , e q u i l i b r a d a e e s t á v e l
em su a s in t e ra ç õ e s e co ssistê mica s, o qual se g u e vive n d o co mo a u t ô n o ma e
in d e p e n d e n t e d a in te ra çã o cu ltu r a l h u ma n a e q u a n d o e ssa in te ra ç ã o é f o c a d a , a
p re se n ça h u ma n a a miú d e a p a re ce co mo p ro b le má tica e n e fa sta p e l a n a t u r e z a .
A ssim se n d o , c a b e a E d u ca çã o A mb ie n ta l crítica , ta mb é m, o p a p e l d e u ma E d u c a ç ã o
A mb ie n t a l p o lit iz a d a , p ro b le ma tiza d o ra , q u e stio n a d o ra e in te g ra d a a o s i n t e r e s s e s d a s
p o p u la çõ e s e d a s cla sse s so cia is ma is a fe ta d a s p e lo s p ro b le ma s s o c i o a mb i e n t a i s ,
d ize m s e u s a p o lo g ista s.
N o ca so d a E d u ca çã o A mb ie n ta l, s e ja d u ra n te o p la n e ja me n to n o in í c i o d o a n o , o u n o
t ra n sco rre r d o t ra b a lh o co tid ia n o , o s e d u ca d o re s p e rce b e m p ro b l e ma s a mb i e n t a i s
q u e t ê m g ra n d e p o te n cia l e d u ca tivo , o u ima g in a m a çõ e s co m o te ma me i o a mb i e n t e
q u e p o ss ib ilit a m o d e se n vo lvime n to d e p ro je to s n a á re a . De ssa fo rma o t r a b a l h o c o m
p ro je t o s s ig n if ica d e fa to u ma mu d a n ça d e p o stu ra , u ma fo rma d e r e p e n s a r a p r á t i c a
p e d a g ó g ica e a s te o ria s q u e lh e d ã o su ste n ta çã o , p o ssib ilita n d o o e n v o l v i me n t o , a
co o p e ra ç ã o e a so lid a rie d a d e e n tre a lu n o s, p ro fe sso re s e co mu n id a d e n o i n t u i t o d e
t ra n sf o rma r a re a lid a d e por me io de a çõ e s. Ta mb é m re q u e r u ma capacidade
g e re n cia l p o r p a rte d o s p ro fe sso re s, e sta b e le cime n to d e crité rio s e p r i o r i d a d e s n a s
a çõ e s, o ma n u se io d a s in fo rma çõ e s p a ra g e ra r u m p ro d u to co n c r e t o e a i n d a a
d isse min a çã o de in fo rma çõ e s s o b re te ma s de re le vâ n cia p a ra as escolas e
co mu n id a d e s , co n sid e ra n d o q u e , a a va lia çã o d e sse p ro d u to d e v a e n v o l v e r t o d o s
a q u e le s q u e p a rticip a ra m d e su a e la b o ra çã o . A lé m d isso in ce n tiva a p e s q u i s a e a
a t u a liza çã o c o n st a n te d e p ro fe sso re s e d e a lu n o s.
Referências
CARVALHO, M. I.C. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo, 2012.
FERRY. L. A nova ordem ecológica. Rio de Janeiro, Difel, 2009.
REIGOT. M. O que é Educação Ambiental. São Paulo. Brasiliense. 2009.
NUNES, M. A história que os ecologistas não querem contar I. Portal Ambiente Legal.
NUNES, M. A história que os ecologistas não querem contar II. Portal Ambiente Legal.
NUNES, M. A história que os ecologistas não querem contar III. Portal Ambiente Legal.
PEDRO, PINHEIRO. A.F. Morte ao biocentrismo fascista. Portal Ambiente Legal.
PEDRO, PINHEIRO. A. F. Nossa Política Nacional do Meio Ambiente é Filha do Regime Militar. Portal Ambiente Legal.
Uma vez entendida a Educação Ambiental (EA) como parte deum processo trasmutador da
realidade, cabe aqui abrirmos um debate sobre as “modalidades desta prática, suas
orientações pedagógicas e suas conseqüências como mediação apropriada para o projeto de
mudança social e ambiental” (CARVALHO, 2001, p.44). Será uma Educação Ambiental ou
várias? Nesse sentido, é que nos damos conta de um universo grandiosamente heterogêneo,
com exceção do aspecto natureza, do qual todos os conceitos partem, há uma pluralidade
tanto sócio-educativa, quanto metodológicas e pedagógicas. Assim é que o conceito de EA
sofre profunda imprecisão e generalização. Para tanto, precisamos diferenciar, neste
primeiro momento, o que é EA comportamental e o que é EA popular. EA comportamental
segundo Carvalho (2001, p.46):
Uma outra idéia bastante recorrente nesta perspectiva é a de que, embora todos os grupo
sociais devam ser educados para a conservação ambiental, as crianças são um grupo
prioritário. As crianças representam aqui as gerações futuras em formação. Considerando
que as crianças estão em fase de desenvolvimento cognitivo, supõe-se que nelas a
consciência ambiental pode ser internalizada e traduzida em comportamentos de forma mais
bem sucedida do que nos adultos que, já formados (...).
A EA popular segundo Carvalho (2001, p.76): está associada com a tradição da educação
popular que compreende o processo educativo como um ato político no sentido amplo, isto
é, como prática social de formação de cidadania. A EA popular compartilha com essa visão
a idéia de que a vocação da educação é a formação de sujeitos políticos, capazes de agir
criticamente na sociedade. O destinatário desta educação são os sujeitos históricos,
inseridos numa conjuntura sociopolítica determinada, cuja ação,
sempre intrinsecamente política, resulta de um universo de valores construído social e
historicamente.
Esse tipo de EA busca mais do que preservar a natureza em intervenções pontuais, entende
ela que as relações humanas com a natureza estão inseridas dentro do contexto de uma
sociedade mutável no tempo e no espaço. Portanto, há a interferência de todo e qualquer
indivíduo que constrói conjuntamente a visão do vem a ser o meio ambiente, a “EA popular
propõe a transformação das relações com o meio ambiente dentro de um projeto de
construção de um novo ethos social, baseado em valores libertários, democráticos e
solidários” (CAVALHO, 2001, p. 47). Não ocorre aqui nenhum tipo de preferência por um
grupo etário como os das crianças. Entende-se que a formação é um processo sempre
possível.
Todos, afinal, são vistos como construtores da sociedade e de um meio ambiente são,
adultos e crianças. Portanto, a Educação Ambiental deve ser trabalhada de forma múltipla,
pois, como já vislumbrava o princípio n° 19 da Conferência de Estocolmo: “É indispensável
um trabalho de educação em questões ambientais, dirigido tanto às gerações jovens como ás
adultas, para expandir as bases de uma opinião pública bem informada e propiciar uma boa
conduta dos indivíduos, das empresas e das coletividades, inspirada no sentido de
responsabilidade quanto à proteção e melhoria em toda a sua dimensão humana”