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CONCEITOS E PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO

AMBIENTAL NA
ESCOLA

juá

Maio de 2019
CONCEITOS E PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA

INTRODUÇÃO

Todos os dias vemos notícia sobre meio ambiente, aquecimento global, desastres naturais,
poluição, reciclagem do lixo, são alguns dos temas que povoam as manchetes dos jornais. Cada
vez mais cientistas e políticos discutem a importância de educar e informar o cidadão a respeito
do que devemos fazer para preservar o planeta em que vivemos, tanto as pequenas medidas
do dia a dia, quanto as grandes políticas públicas são muito importante para que isso aconteça,
no entanto educar e conscientizar é algo que pode e deve começar desde cedo.

Paulo Freire dizia que ninguém educa ninguém, ninguém conscientiza ninguém, pois as pessoas
se conscientizam em comunhão ou ainda que é a própria pessoa que se conscientiza a partir de
um processo de conhecimento, de um movimento reflexivo próprio.

Para tanto, acredito que, se faz necessário que a pessoa possua elementos que irão alicerçar
essa conscientização pessoal e, esses elementos são adquiridos na vida em sociedade e na
participação em suas instituições, particularmente na família e escola.

Conscientizar, segundo o dicionário, é: Dar ou tomar consciência de. Por sua vez consciência
é: Atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade.

Pela própria definição fica claro que não se julga sem conhecer. O conhecimento é
imprescindível para a realização do julgamento. E o julgamento aqui posto não se refere à
condenação, mas a formar opinião a cerca daquilo que se é conhecido.

Conceitos de Educação Ambiental


"Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade."

Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999, Art 1º.

“A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional da prática


social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com
a natureza e com os outros seres humanos, visando potencializar essa atividade humana com
a finalidade de torná-la plena de prática social e de ética ambiental.”

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, Art. 2°.

ATIVIDADE 1

Vamos pensar um pouco: dialogo investigador

Divisão em Grupos

Como a sua escola está trabalhando a questão da Educação Ambiental?


Que tipo de atitude você toma no dia a dia para preservar o meio ambiente?

O que é preciso fazer para estimular mais a consciência ecológica?

CUIDAR DO MEIO AMBIENTE É CUIDAR DA GENTE

O papel do professor como educador ambiental é:

Ajudar o aluno a perceber que a natureza não é somente aquela planta do jardim da escola, é
onde a gente vive, é todo o ambiente ao nosso redor. Hoje é mister que o professor não pode
levar somente o conteúdo para sala de aula, mas tornar o aluno um cidadão. Existem diversas
questões como violência, sexualidade, etc, para ser trabalhada em sala e meio ambiente está
entre elas, todas de suma importância.

COMO TRABALHAR A QUESTÃO DO MEIO AMBIENTE EM NA ESCOLA

IDENTIFICAÇÃO

As ações ambientais ou atitudes em defesa do meio ambiente nascem da identificação de uma


necessidade da sociedade ou da comunidade escolar. Exemplos: a escola produz muito lixo que
poderia ser reutilizado ou reciclado, muitas cadeiras quebradas, muitas garrafas pets, etc.

CAPACITAÇÃO

É muito importante que os professores (gestão também) como agentes articuladores do


processo passem por constantes capacitações para que consigam articular uma agenda de
compromissos dessa comunidade em prol das questões ambientais também ligadas a outras
questões como economia, etc. Atualmente chamamos isso de Agenda 21. Essas capacitações
podem envolver também os alunos. Essa capacitação poderá ser angariada em universidades,
ou os próprios gestores da escola podem conduzir.

O QUE É A AGENDA 21?

Agenda 21 Global
A Organização das Nações Unidas – ONU realizou, no Rio de Janeiro, em 1992, a Conferência
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD). A CNUMAD é
mais conhecida como Rio 92, referência à cidade que a abrigou, e também como “Cúpula da
Terra” por ter mediado acordos entre os Chefes de Estado presentes.

179 países participantes da Rio 92 acordaram e assinaram a Agenda 21 Global, um programa


de ação baseado num documento de 40 capítulos, que constitui a mais abrangente tentativa já
realizada de promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, denominado
“desenvolvimento sustentável”. O termo “Agenda 21” foi usado no sentido de intenções, desejo
de mudança para esse novo modelo de desenvolvimento para o século XXI.

Agenda 21 Brasileira. A Agenda 21 Brasileira é um processo e instrumento de planejamento


participativo para o desenvolvimento sustentável e que tem como eixo central a sustentabilidade,
compatibilizando a conservação ambiental, a justiça social e o crescimento econômico.
A Agenda 21 Local é o processo de planejamento participativo de um determinado território que
envolve a implantação, ali, de um Fórum de Agenda 21. Composto por governo e sociedade
civil, o Fórum é responsável pela construção de um Plano Local de Desenvolvimento
Sustentável, que estrutura as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto, médio e
longo prazos. No Fórum são também definidos os meios de implementação e as
responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação,
acompanhamento e revisão desses projetos e ações.
COMO PLANEJAR
Planejar é: como a empresa ou organização entende o problema, como identificar, quais as
alternativas que ela tem para solução, o que causou esses problemas, a partir daí elaborar o
plano dessa melhoria.
Para que haja um planejamento mais consistente é necessário lançar mão do conceito de
organização:
Conceito de Organização
Organização é uma palavra originada do Grego "organon" que significa instrumento, utensílio,
órgão ou aquilo com que se trabalha. De um modo geral, organização é a forma como se dispõe
um sistema para atingir resultados pretendidos.
Segundo Maximiano, a Organização é uma combinação de esforços individuais que tem por
finalidade realizar propósitos coletivos. A Administração é o processo de conjugar recursos
humanos e materiais de forma a atingir fins desejados, através de uma organização. É um
processo de tomar decisões sobre objetivos e recursos.
A palavra organização pode assumir dois diferentes significados em administração:
1 - Organização como uma entidade social dirigida para objetivos específicos e deliberadamente
estruturada - Essa definição é aplicável a todos os tipos de organizações, sejam elas lucrativas
ou não, como empresas, bancos, hospitais, clubes, igreja, etc. Dentro desse ponto de vista, a
organização pode ser visualizada sob dois aspectos distintos:
a) Organização formal: é a organização planejada ou definida no organograma e sacramentada
pelos dirigentes e comunicada a todos pelos manuais da organização.
b) Organização informal: é a organização que emerge espontânea e naturalmente entre as
pessoas que ocupam posições na organização formal.
2 - Organização como função administrativa e parte integrante do processo administrativo –
Nesse sentido, a palavra organização significa o ato de organizar, estruturar e integrar os
recursos e os órgãos incumbidos de sua administração, bem como estabelecer relações entre
eles e suas atribuições.
Atividades da Função de Organização
Organizar significa “tirar do papel”, é reunir os materiais e recursos humanos para realizar aquilo
que foi planejado. Para os Neoclássicos, a função de organizar basicamente consiste em cinco
etapas:
1) Dividir o trabalho;
2) Agrupar as atividades em uma estrutura lógica;
3) Designar pessoas para sua execução;
4) Alocar os recursos;
5) Coordenar os esforços.
Funções Administrativas
1) Planejar 2) Organizar 3) Dirigir 4) Controlar

GESTÃO DA QUALIDADE
Ciclo PDCA
É uma ferramenta de implementação da gestão da qualidade criada por Walter Shewart e
amplamente divulgada por Deming, é o passo a passo da gestão, composta pelos elementos:
1) Planejar (Plan);
2) Do (Executar);
3) Check (Controlar, medir) – será que o que foi planejado está sendo realizado na prática?
4) Act (Agir) – Atuar de forma corretiva, corrigir os rumos, depois de identificados pelo controle,
tomar decisões;
Depois da etapa ACT é necessário voltar a planejar. O PDCA também é chamado de ciclo da
melhoria continua, porque não tem fim.

COLETIVO JOVEM
Envolver as juventudes na discussão e no engajamento na temática ambiental é um dos desafios que está
colocado na atualidade. Percebeu-se, a partir de 2003, ao longo do processo de construção da I
Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, que a temática tinha um forte potencial de
mobilização e que poderia abrir canais de atuação política e possibilidades de transformações ambientais,
culturais e sociais profundas e efetivas. Para tanto, deveriam ser viabilizadas formas desses jovens
participarem desse processo, surgindo então a idéia de criação de Coletivos Jovens preocupados e
atuantes na temática socioambiental. Naquela ocasião, adotou-se o nome de Conselhos Jovens de Meio
Ambiente que, embora com nome diferente, sua concepção estava plenamente sintonizada com a
proposta de um coletivo de jovens.
São grupos informais de jovens e de organizações juvenis que se mobilizam em torno da temática sócio-
ambiental.
Princípios do CJ
 Jovem escolhe jovem
 Jovem educa jovem
 Uma geração aprende com a
outra.

Curiosidade

Coletivo
Jovem: programa
inspira e empodera
jovens ao conectá-los
com oportunidades de
trabalho Instituto Coca-
Cola Brasil | 2/8/2018
COM - VIDA
A COM-VIDA é uma nova forma de organização na escola e se baseia na participação de estudantes, professores,
funcionários, diretores, comunidade. Quem organiza a COM-VIDA é o delegado ou a delegada e seu suplente da
Conferência de Meio Ambiente na Escola, com o apoio de professores.
A COM-VIDA vai envolver a comunidade escolar para pensar nas soluções para os problemas atuais e na construção
de um futuro desejado por todos. A COM-VIDA tem um grande objetivo para todo o Brasil:
• construir a Agenda 21 na Escola. E tem alguns objetivos específicos:
• acompanhar a Educação Ambiental na escola;
• organizar a Conferência de Meio Ambiente na Escola;
• promover intercâmbios com COM-VIDAS surgidas em escolas do município, região ou estado. Cada escola vai
debater quais são os outros objetivos específicos da sua COM-VIDA.
Como formar a COM-VIDA na escola?
A COM-VIDA começa reunindo quem participou da Conferência de Meio Ambiente na Escola e outras pessoas que
se interessam pelo tema. Vale também convidar organizações já existentes na escola, como Grêmio, Associação de
Pais e Mestres e Conselho Escolar para verificar se já existem outras ações parecidas e unir forças.
Organizar e divulgar
O delegado ou delegada e seu suplente eleitos na Conferência organizam e divulgam a primeira reunião com o
apoio dos professores. Isso pode ser feito por meio de boletins, avisos em murais, rádio, alto-falante e de tudo que
a imaginação criar.
Núcleo Mobilizador: 2 estudantes, 1 professor ou funcionário, 1 membro da comunidade.
Fazer um Acordo de Convivência:
Composição
Formas de Organização
Responsabilidades e forma de funcionamento
É responsabilidade do Núcleo Mobilizador: • Convidar, organizar e coordenar os participantes da COM-VIDA; •
Zelar pelo cumprimento de todas as atividades planejadas; • Divulgar as atividades, os resultados e as conquistas
na comunidade escolar; • Facilitar a comunicação entre os membros da COM-VIDA; • Promover a interação com
Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida de outras escolas; • Dialogar com experiências já existentes na
escola e na comunidade, interagindo, para isso, com a direção escolar o Grêmio,o Conselho Escolar,a Associação de
Pais e Mestres, entre outras; • Buscar parcerias para viabilizar as atividades; • Fazer o registro de suas atividades.
Frequência das reuniões e apoio da estrutura da escola.
Oficina de Futuro : construindo projetos coletivos
Árvore dos Sonhos
Como é a escola dos nossos sonhos?
Como é a comunidade dos nossos sonhos?
As Pedras no Caminho
Quais são os problemas que dificultam chegarmos aos nossos sonhos?
Jornal Mural: viagem ao passado e ao presente
Reunir informações para conhecer a história da nossa escola e da nossa comunidade;
Como esses problemas surgiram?
Como era a escola e a comunidade antes?
Que experiências interessantes já aconteceram por aqui?
COM-VIDA para a ação
Agora é preciso organizar as ações e preparar um plano. Esta parte da Agenda 21 vai ajudar o grupo a tomar uma
atitude para transformar a sua situação atual e chegar aos sonhos. Para isso, é preciso responder a novas
perguntas: • Quais ações devem ser realizadas? • O que será necessário para realizá-las? • Quando cada ação será
realizada? • Quem se responsabiliza por elas? • Como avaliar se o grupo conseguiu realizar o que planejou?
Amizades e Parecerias
Empresas e outras escolas.
MODELO DE PLANO DE AÇÃO 3Q1PCO

ATIVIDADE 2
1) O grupo se reúne, escolher uma escola de sua comunidade, responda: essa escola já fez a conferência sobre o
meio ambiente? Quais os pontos fracos e fortes da última conferência realizada? O que fazer para melhorar?
2) A escola mencionada tem COM – VIDA? Se não, por que não tem e o que fazer para passar a ter? Se sim, como o
grupo vê o trabalho realizado pelo COM – VIDA da escola e como melhorar?
3) O grupo na hipótese de comportar como uma comissão COM – VIDA da escola já selecionada, realizar uma breve
Oficina do Futuro e responder aos questionamentos possíveis, e elaborar um plano.

SEMINÁRIO
Planejamento
Textos em anexo.
Grupo 1: Tendências Epistemológicas da Educação Ambiental no Brasil
1) Cada membro deve fazer uma leitura individual de 10 minutos do texto
2) quem vai apresentar o grupo e o título do tema a ser apresentado?
3) quem vai fazer a introdução do tema?
4) quem vai explanar sobre a Educação Ambiental Conservadora?
5) quem vai explanar sobre a Educação Ambiental Emancipatória?
6) quem vai fazer a conclusão da apresentação?
7) quem vai conduzir as dúvidas apresentadas pelo participantes?
8) quais os recursos vão ser utilizados na apresentação?
9) quanto tempo é previsto para a apresentação?

Grupo 2: Valores Ambientais


1) Cada membro deve fazer uma leitura individual de 10 minutos do texto
2) quem vai apresentar o grupo e o título do tema a ser apresentado?
3) quem vai fazer a introdução do tema?
4) quem vai explanar sobre o modelo de Schwartz?
5) quem vai explanar sobre as dimensões antagônicas do modelo de valores de Schwartz?
6) quem vai explanar sobre a conduta ambiental segundo Corraliza e Martin?
7) quem vai fazer a conclusão da apresentação?
8) quem vai conduzir as dúvidas apresentadas pelo participantes?
9) quais os recursos vão ser utilizados na apresentação?
10) quanto tempo é previsto para a apresentação?

Grupo 3: EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMPORTAMENTAL OU POPULAR?


1) Cada membro deve fazer uma leitura individual de 10 minutos do texto
2) quem vai apresentar o grupo e o título do tema a ser apresentado?
3) quem vai fazer a introdução do tema?
4) quem vai explanar sobre a Educação Ambiental Comportamental?
5) quem vai explanar sobre a Educação Ambiental Popular?
6) quem vai fazer a comparação entre EA comportamental e EA Popular?
7) quem vai fazer a conclusão da apresentação?
8) quem vai conduzir as dúvidas apresentadas pelo participantes?
9) quais os recursos vão ser utilizados na apresentação?
10) quanto tempo é previsto para a apresentação?

PLANO DE AULA A PARTIR DE PRÁTICA AMBIENTAL

É hora da pratica, o grupo se reúne e elabora plano de aula a partir do modelo abaixo.
A partir desse modelo os grupos se reúnem e planejam como vão preparar o plano e aula,
podem se reunir via whatsap em grupo temporário ou fisicamente.
Grupo 1: Reciclar Papel
Vídeo sugerido do You Tube, título: Como fazer papel reciclado em casa. Canal Manual do
Mundo
Grupo 2: Instrumento Musical de Material reciclável
Videos Sugeridos do You Tube:
1)Art Attack: instrumentos musicais (Disney Junior do Brasil);
2) Como fazer um Tambor Caseiro (LyCB)
3) Instrumentos Musicais com materiais recicláveis (Marcio Meireles)
Grupo 3: Compostagem
Video do You Tube sugerido: Mini Composteira com garrafas Pet
Endereço da página:
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/2180/compostagem

Planos de aula / Vida e Evolução

Compostagem
Por: Josiane Silva / 15 de Outubro de 2018

Código: CIE9_13V&E08

Habilidade(s):
EF09CI13
Anos Finais - 9º Ano - Vida e evolução
Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas.

Sobre o Plano

9º Ano

Objetivos de aprendizagem

Conhecer e discutir sobre a compostagem, seus benefícios e os diferentes modelos de composteiras.

Habilidade da Base Nacional Comum Curricular

(EF09CI13) Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas.

Este plano foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA

Professor-autor: Josiane Silva

Mentor: Denise Curi

Especialista: Leandro Holanda

Materiais complementares

Documento
Taferas para a Rotação de Estações - Compostagem
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/7SYhTzsEsP2d7NsrTrbcaqffbvY7wFY2FP28TRWpuwpd5at3FkPbcDXaZb4x/taferas-para-a-rotacao-de-estacoes

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Plano de aula

Compostagem

Slide 1 Sobre este plano

Este slide não deve ser apresentado para os alunos,


ele apenas resume o conteúdo da aula para que
você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: esta aula é parte de uma sequência
didática que tem por objetivo principal a
construção do conhecimento acerca da
sustentabilidade, do tratamento dado à natureza
pela nossa sociedade, suas consequências e a busca
de soluções para problemas ambientais locais.
Nesta aula, vamos abordar o tema da
compostagem, falando sobre a importância de
separar o lixo orgânico do lixo seco, a ação de
microrganismos neste processo e sobre os
diferentes tipos de composteiras para cada
situação. Este plano complementa conceitos que já
foram abordados no plano anterior, sobre a coleta
seletiva (CIE9_13VE07).
Mais informações sobre o tema compostagem no
site da Ecycle, disponível aqui:
<https://www.ecycle.com.br/2368-
compostagem>, acesso em 16 de julho de 2018.
Materiais necessários para a aula: material
impresso e notebook. A metodologia escolhida para
esta aula é a Rotação de Estações, na qual a turma
será dividida em 6 equipes. Serão disponibilizadas
3 tarefas, uma tarefa diferente para cada duas
equipe, com 10 minutos para sua execução. Após o
tempo determinado, as tarefas serão trocadas entre
as equipes, de modo que cada equipe realize todas
as tarefas. Mais informações sobre a metodologia
“Rotação de Estações” no site da Nova Escola,
disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/3352/blog-
aula-diferente-rotacao-estacoes-de-
aprendizagem>, acesso em 16 de julho de 2018.
Material impresso contendo as tarefas das três
estações.
Vídeos sobre compostagem indicados para a
segunda estação. São dois vídeos de curta duração,
o primeiro aborda o que é compostagem e o
segundo mostra como fazer uma composteira
caseira (se desejar, busque outros vídeos sobre o
mesmo tema para essa atividade):
Vídeo 1 <https://www.youtube.com/watch?
time_continue=2&v=Hg742fMqJIY>, acesso em 16
de julho de 2018.
Vídeo 2 <https://www.youtube.com/watch?
v=8xjViuCM1Ds>, acesso em 16 de julho de 2018.
Terceira estação, manual de compostagem caseira Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.
Plano de aula

Compostagem

Terceira estação, manual de compostagem caseira


produzido pela Prefeitura de Garibaldi-RS,
disponibilizado neste link
<http://www.garibaldi.rs.gov.br/upload/page_file/manual-
pratico-de-compostagem-net-final.pdf>, acesso
em 16 de julho de 2018.

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Plano de aula

Compostagem

Slide 2 Título da aula


Tempo sugerido: 1 minutos
Orientações: Leia o título da aula e questione os
estudantes sobre o que é compostagem e o que é
lixo orgânico. Explore o conhecimento do grupo, se
eles sabem diferenciar o que é lixo orgânico do lixo
não-orgânico ou resíduos sólidos.

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Plano de aula

Compostagem

Slide 3 Contexto
Tempo sugerido: 6 minutos
Orientações: Se tiver utilizando data show, peça
que os estudantes leiam este diálogo entre pai e
filho. Se não tiver um data show disponível,
imprima este texto com antecedência e distribua
para as equipes, ou leia o texto para a turma. No
Brasil, o hábito de separar o próprio lixo ainda é
raro entre as famílias, segundo o Ministério do
Meio Ambiente, apenas 2 % das cidades brasileiras
têm projetos de gestão dos resíduos orgânicos.
É possível que os estudantes se identifiquem com a
cena doméstica do texto, na qual o lixo vai
misturado para a lixeira. Converse um pouco sobre
esse hábito e pergunte se eles sabem o quão
importante é separar o lixo doméstico.
Pergunte se eles sabem o que é lixo orgânico ou se
sabem reconhecer as diferenças entre os diferentes
tipos de lixo que produzimos diariamente e mostre
o slide seguinte.

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Plano de aula

Compostagem

Slide 4 Contexto
Tempo sugerido:
Orientações: É provável que alguns estudantes
ainda não saibam o conceito de lixo orgânico e
não-orgânico. Use este slide para conversar
rapidamente sobre isso. É fundamental que eles
tenham clareza sobre esses conceitos para falar
sobre a compostagem.

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Plano de aula

Compostagem

Slide 5 Questão disparadora

Tempo sugerido: 1 minuto


Orientações: Repita a pergunta feita pelo pai, no
final do diálogo exposto anteriormente. Pergunte
se eles sabiam que o lixo pode virar adubo e se é
qualquer lixo que pode passar por essa
transformação. A intenção é estimulá-los a falar
sobre o tema da aula.

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Plano de aula

Compostagem

Slide 6 Mão na massa

Tempo sugerido: 30 minutos


Orientações: Disponha as equipes de modo que
você possa circular livremente entre elas, dando
apoio na realização das tarefas. Distribua a tarefa
da estação 1 para duas equipes, a tarefa da estação
2 para outras duas equipes e a tarefa da estação 3
para as duas equipes restantes. A cada 10 minutos,
faça o rodízio das atividades, até que todas as
equipes tenham feito todas as atividades.
Link com as tarefas das três estações no material
complementar.
Tarefa da estação 1 : Consiste no primeiro texto e
questões disponíveis no material para impressão
acima.
Tarefa da estação 2 : Com uso do notebook, mostrar
os dois vídeos disponíveis nos links a seguir, bem
como a tarefa da estação 2, disponível na segunda
página do material para impressão.
Vídeo 1 <https://www.youtube.com/watch?
time_continue=2&v=Hg742fMqJIY>, acesso
16jul2018.
Vídeo 2 <https://www.youtube.com/watch?
v=8xjViuCM1Ds>, acesso 16jul2018.
Tarefa da estação 3 : Imprima com antecedência as
páginas 9 e 10 do Manual de compostagem caseira
produzido pela Prefeitura de Garibaldi-RS,
disponibilizado neste link
<http://www.garibaldi.rs.gov.br/upload/page_file/manual-
pratico-de-compostagem-net-final.pdf>, acesso
16jul2018. Depois imprima as perguntas da estação
3, disponível na terceira página do material para
impressão.

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Plano de aula

Compostagem

Slide 7 Sistematização

Tempo sugerido: 12 minutos


Orientações: Hora de organizar as ideias
apresentadas e discutidas nesta aula e produzir um
pequeno texto respondendo a pergunta inicial.
Esta atividade fará o estudante revisitar tudo o que
foi discutido em cada estação, estimulando o
exercício da memória, do raciocínio e da
argumentação para sistematizar tudo que foi visto
sobre o tema compostagem. Assim, o exercício
possibilitará uma aprendizagem mais significativa.
Caso ainda tenha tempo com a turma, peça para
que um ou mais estudante, voluntariamente, leia
seu texto. O objetivo é criar a oportunidade de uma
conversa, para os estudantes compartilharem as
ideias que colocaram nos textos e reverem suas
ideias e aprendizados. Aproveite para tecer
comentários que ache pertinente em relação ao
tema, especialmente se notar que conceitos
importantes ficaram de fora dos textos produzidos.
Uma sugestão é colar todos os textos feitos pela
classe para que todos possam ler as produções de
seus colegas. A tendência dos alunos é cuidar e
produzir textos mais elaborados e caprichados ao
saberem que sua produção ficará em exposição.

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RGSA – Revista de Gestão Social e Ambiental
ISSN: 1981-982X
DOI: 10.5773/rgsa.v8i1.815
Organização: Comitê Científico Interinstitucional
Editor Científico: Jacques Demajorovic
Avaliação: Double Blind Review pelo SEER/OJS
Revisão: Gramatical, normativa e de formatação

COMPORTAMENTO, CRENÇAS E VALORES AMBIENTAIS: UMA ANÁLISE DOS FATORES


QUE PODEM INFLUENCIAR ATITUDES PRÓ-AMBIENTAIS DE FUTUROS
ADMINISTRADORES
Leonardo Victor de Sá Pinheiro
Professor na Universidade Federal do Piauí - UFPI
leonardopinheiro@hotmail.com
Verónica Penãloza
Professora na Universidade Estadual do Ceará - UECE
vero.pf@hotmail.com
Danielli Leite Campos Monteiro
Bolsista na Universidade Estadual do Ceará - UECE
danielli_c_monteiro@hotmail.com
João Carlos Hipólito Bernardes do Nascimento
Doutorando em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
jchbn1@gmail.com
RESUMO
Este estudo tem como objetivo analisar o relacionamento entre os comportamentos ecológicos, as crenças e
os valores ambientais na perspectiva de ação dos estudantes do curso de administração no campo de estudo
da conservação do meio ambiente. O conhecimento do comportamento ecológico, das crenças e dos valores
ambientais que melhor indicam indivíduos predispostos a transformar o discurso em prática, faz-se
importante, pois contribui para uma melhor compreensão de quais fatores podem influenciar a prática pró-
ambiental desses estudantes. Esta pesquisa contou com a participação de 146 estudantes do curso de
administração de empresas de uma universidade pública localizada em uma região metropolitana do nordeste
brasileiro. Os dados da pesquisa foram trabalhados com o auxílio do software Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS) versão 18.0 por meio dos módulos de estatística descritiva, análise fatorial e
regressão binária logística. Constatou-se que o comportamento ecológico de ativismo-consumo, a crença
antropocêntrica e o valor ecoaltruísta apresentaram maior predisposição à ação para a preservação ambiental
e que pelos fatores identificados, pode-se dar suporte aos educadores de escolas de negócios para estimular
práticas em prol do meio ambiente. Também foi identificado que estas relações serviram como uma
importante ferramenta para a compreensão do comportamento humano diante da temática ambiental.

Palavras-chave: Comportamento; Educação ambiental; Estudantes.

BEHAVIOR, ENVIRONMENTAL BELIEFS AND VALUES: AN ANALYSIS OF FACTORS THAT


MAY INFLUENCE ATTITUDES OF PROACTIVE FUTURE ENVIRONMENTAL MANAGERS
ABSTRACT
This research aims to analyze the relationship between ecological behaviors, beliefs, and environmental
values in terms of action, from the perspective of business schools students within the study field of
environmental conservation. To comprehend the ecological behaviors, beliefs, and environmental values that
best indicate predisposed individuals to transform speech into practice, it is important to contribute to a better
understanding of which factors may influence pro-environmental practice of these students. The research
involved the participation of 146 business administration students of a public university, located in a
metropolitan region of northeastern Brazil. The statistical software SPSS, version 18, was employed and the
descriptive statistics, factor analysis and binary logistic regression methods were used to analyze the survey
data. The findings indicate that the environmental behavior of consumer-activism performance, the
anthropocentric belief and value eco-altruism showed greater predisposition to support actions for
environmental preservation. Through the factors identified, it provides support to the educators within
business schools to stimulate practices in favor of the environment. It was also indentified that these relations
can be used as an important tool for understanding human behavior in the face of environmental issues.

Key-words: Behavior; Environmental education; Students.

____________________________________________________________________________________
Revista de Gestão Social e Ambiental - RGSA, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 89-104, jan./abr., 2014.
Comportamento, crenças e valores ambientais: uma análise dos fatores que podem
influenciar atitudes pró-ambientais de futuros administradores

Pato, Ros e Tamayo (2005) afirmam que as crenças ambientais, vistas como um sistema ou
visão de mundo, podem ser antecedentes diretos dos comportamentos ecológicos. Esses autores
acreditam que as crenças ecocêntricas contribuem para uma expressão positiva de ações a favor do
meio ambiente. Em contrapartida, Corral-Verdugo (2001) enfatiza que os indivíduos mesmo
possuindo crenças ambientais ecocêntricas, também podem apresentar comportamento contrário a
sua tendência, o que pode ser motivado pelas dificuldades de exercer tal ação. Com base nisso,
sugere-se a próxima hipótese da pesquisa:
H2 - Indivíduos com crenças ecocêntricas possuem maior propensão para ações de
conservação ambiental do que os com crenças antropocêntricas.

2.3 Valores ambientais


Apresentando diversas contribuições práticas relacionadas ao comportamento do indivíduo,
o estudo dos valores humanos tem sido de grande relevância para a compreensão dos fenômenos
sociais, econômicos e ambientais. O interesse de se pesquisar os valores humanos e sua capacidade
explicativa sobre o comportamento do indivíduo não é recente, sendo tratado também como
elemento fundamental para compreender a cultura do indivíduo (Campos & Porto, 2010).
A natureza dos valores humanos tem obtido considerável progresso nos estudos da
psicologia, sociologia, filosofia, antropologia e administração, sendo abordada como características
individuais estruturais ou “princípios guiadores” que afetam a vida das pessoas em diversos níveis.
Segundo Rokeach (1973), os valores humanos são representações cognitivas e transformações das
necessidades, que ao serem identificados possibilitam predizer como o sujeito se comportaria em
situações diversas. Por sua vez, Sagie e Elizur (1996), acreditam que os valores direcionam as
atitudes e os comportamentos das pessoas, podendo estar relacionados a focos específicos da vida
do indivíduo, além de formar estruturas inter-relacionadas.
Objetivando propor um instrumento de pesquisa que pudesse mensurar os valores humanos
dos indivíduos, Schwartz desenvolveu, em 1992, o Schwartz Values Survey (SVS). O modelo leva
em consideração a existência de 57 valores que podem ser organizados em 10 tipos motivacionais
que, por sua vez, se referem ao conjunto de valores identificados nas variadas culturas,
apresentando uma estrutura dinâmica de similaridade e antagonismo entre eles. De acordo com
Tamayo (1994, p. 8), o tipo motivacional seria “[...]um fator composto por diversos valores que
apresentam similaridade do ponto de vista do conteúdo motivacional”.
A relação estrutural básica entre os valores e entre os tipos motivacionais por eles
constituídos pode ser sintetizada por duas dimensões bipolares já verificadas empiricamente tanto
no Brasil (Tamayo & Schwartz, 1993) quanto no exterior (Schwartz, 1992). Tais dimensões,
originam pólos denominados de fatores de ordem superior. Os 10 tipos motivacionais são
integrados em dois tipos de dimensões antagônicas. A primeira dimensão, “abertura à mudança
versus conservação”, ordena os valores com base na motivação do indivíduo na independência de
ação e pensamento, seguindo seus interesses intelectuais e afetivos, em oposição à tendência a
preservar o status quo e a segurança proporcionada pela estabilidade. A segunda dimensão,
“autopromoção versus autotranscendência”, ordena os valores com base na motivação do indivíduo
pela busca do sucesso pessoal, promovendo seus próprios interesses, em oposição a promover o
bem–estar dos outros e da natureza (Porto & Tamayo, 2007; Tamayo, 1994). Diante disso, Porto e
Tamayo (2007) acreditam que os tipos motivacionais de segunda ordem representam tanto as
relações de congruência dentro de cada agrupamento, quanto também às relações de antagonismo
entre eles, conforme pode ser verificado na Figura 1.

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Revista de Gestão Social e Ambiental - RGSA, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 89-104, jan./abr., 2014.
Leonardo Victor de Sá Pinheiro, Verónica Penãloza, Danielli Leite Campos Monteiro,
João Carlos Hipólito Bernardes

Figura 1. Estrutura dos valores humanos


Fonte: Schwartz (1992,)

Recentemente, diversos estudos (López, 2002; Stern et al., 1995; Schultz & Zelezny, 1998)
passaram a associar os valores humanos ao comportamento ambiental. Segundo Corraliza e Martín
(2000), a conduta ambiental encontra-se mais relacionada com os valores e as aspirações que
orientam a vida do indivíduo do que com a informação específica disponível em relação ao meio
ambiente. Baseados nisso, apesar de sua generalidade e subjetividade, os valores possuem
significativa influência nas ações que guiam o comportamento ambiental.
Pesquisas realizadas por López (2002); Amérigo e González (2001); Stern et al. (1999) e
González e Amérigo (1998) demonstraram relações de condutas pró-ambientais existentes entre 17
valores, sendo 15 extraídos da versão castelhana da Escala de Valores de Schwartz (Schwartz,
1992; Ros & Grad, 1991) e 2 valores - “Respeito pela Terra” e “Evitar a Contaminação” –
originados do estudo desenvolvido por Stern et al. (1995). Ao analisar o constructo, López (2002)
encontrou a formação de dois fatores, os quais passaram a ser denominados de ecoaltruístas e
egocêntricos respectivamente. Os valores ecoaltruístas referem-se a indivíduos preocupados com a
natureza e com os demais seres humanos, enquanto os valores egocêntricos estão relacionados com
os indivíduos preocupados com os próprios interesses pessoais. Diante disso, tomando-se como
base os valores de segunda ordem propostos por Schwartz (1992), os valores ecoaltruístas se
enquadrariam na dimensão chamada de autotranscendência e os valores egocêntricos na dimensão
denominada de autopromoção (López, 2002).
Conforme o que foi abordado anteriormente, o estudo dos valores humanos pode
proporcionar subsídios que facilitam a compreensão do comportamento do indivíduo no meio em
que este se encontra inserido. Utiliza-se, portanto, a investigação dos valores na análise pessoal
atrelada a um contexto mais amplo, viabilizando o conhecimento do que um indivíduo busca como
princípio orientador de sua vida. Diante disso, estabeleceu-se, assim, a próxima hipótese:
H3 - Indivíduos com valores ecoaltruístas possuem maior propensão para agirem a favor do
meio ambiente do que os com valores egocêntricos.

3 MÉTODO DE PESQUISA
A amostra utilizada é de natureza não-probabilística, por conveniência, participando da
pesquisa 146 estudantes do curso de administração de empresas de uma universidade pública
localizada em uma região metropolitana do nordeste brasileiro. Foi utilizado como instrumento de
pesquisa um questionário estruturado dividido em quatro partes. A primeira apresenta uma escala de
Likert de 10 pontos, composta por 29 itens adaptados da escala original desenvolvida por Pato

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Revista de Gestão Social e Ambiental - RGSA, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 89-104, jan./abr., 2014.
sist ê mica d e E d u ca çã o A mb ie n ta l. A E d u ca çã o A mb ie n ta l p a ssa a f a z e r p a r t e d a s
Orie n t a ç õ e s C u rricu la re s d o E n sin o Mé d io e d o s mó d u lo s d e E d u ca çã o a D i s t â n c i a n a
E d u ca çã o d e Jo v e n s e A d u lto s (E J A ).

E m 2 0 0 4 , t e m in ício u m n o vo P la n o P lu ria n u a l, o P PA 2 0 0 4 -2 0 0 7 . E m f u n ç ã o d a s
n o va s d ire t rize s e sin to n iza d o co m o P RONE A , o P ro g ra ma 0 0 5 2 é r e f o r mu l a d o e
p a ssa a s e r in t it u la d o E d u ca çã o A mb ie n ta l p a ra S o cie d a d e s S u ste n t á v e i s .

O B ra sil, ju n t a me n te co m o u tro s p a íse s d a A mé rica d o S u l e d o C a r i b e , a s s u mi u


co mp ro miss o s in te rn a cio n a is co m a imp le me n ta çã o d o P ro g ra ma L a t i n o - A me r i c a n o e
C a rib e n h o d e E d u ca çã o A mb ie n ta l (P la ce a 1 0 ) e d o P la n o A n d i n o - A ma z ô n i c o d e
C o mu n ica çã o e E d u ca çã o A mb ie n ta l (P a n a ce a ), q u e in clu e m o s Mi n i s t é r i o s d o Me i o
A mb ie n t e e d a E d u ca çã o d o s p a ís e s.

Te ndê nc i a s e p i s te mológic a s da E duc a ç ã o Ambie nta l no Br a s il

E xist e m vá rio s ca mp o s d e d isp u ta s n o B ra sil d o q u e co mu me n t e c h a ma mo s d e


E d u ca çã o A mb ie n ta l. A á re a é mu ito co mp le xa e a b ra n g e um vasto c a mp o
mu lt id iscip lin a r, se n d o a ssim p o d e mo s d ize r q u e te mo s, p o rta n to , a l g u ma s e d u c a ç õ e s
a mb ie n t a is q u e o cu p a m vá rio s g ra u s d e h e g e mo n ia n o ce n á rio n a cio n a l . A b u s c a p o r
u ma d e f in içã o d e E d u ca çã o A mb ie n ta l n ã o é simp le s p o rq u e a i n d a n ã o e x i s t e
co n se n so s o b re o co n ce ito , p o is co e xiste m vá ria s ve rte n te s p o lític a s , i d e o l ó g i c a s e
p e d a g ó g ica s d e vié s e p iste mo ló g ic o s d istin to s q u e lh e s d ã o su ste n ta ç ã o .

A ssim, a p e sa r d e ssa s d ificu ld a d e s, p o d e mo s cla ssifica r a E d u ca ç ã o A mb i e n t a l n o


B ra sil e m d u a s g ra n d e s ve rte n te s p o lítico -p e d a g ó g ico e e p iste mo ló g i c o : a E d u c a ç ã o
A mb ie n t a l Tra d ic io n a l, ch a ma d a ta mb é m d e co n se rva d o ra e a E d u c a ç ã o A mb i e n t a l
C rí t ica E ma n c ip a d o ra .

A E d u ca ç ã o A mb ie n ta l
C o n se rva d o ra é a que
p re d o min a e tem co mo
co n st ru ct o e p ist e mo ló g ico
a visã o me ca n icista da
n a t u re za se n d o , p o rta n to ,
simp lif ica d o ra dos
f e n ô me n o s co mp le xo s q u e
e n vo lve a n a t u re za e o
h o me m. Não p re te n d e
re so lve r o s p ro b le ma s d e
co n f lit o s so c ia is e de Ed u caç ão Am bi ental

e st ru t u ra da s o cie d a d e .
E ssa s limit a ç õ e s imp e d e m
q u e e s t e p a ra d ig ma sirva d e b a se p a ra a su p e ra çã o d a a tu a l crise s o c i o a mb i e n t a l . O
o u t ro mo d e lo , a E d u ca çã o A mb ie n ta l crítica p re te n d e se co n stitu ir e m d i s c u r s o c o n t r a
h e g e mô n ico , n a me d id a e m q u e a su a b a se e p iste mo ló g ica se su st e n t a n u m mo d e l o
t ra n sd iscip lin a r q u e se g u n d o se u s d e fe n so re s d ia lo g a co m a te o ria d a c o mp l e x i d a d e
e xp o n d o o s d ive rso s p ro b le ma s so cia is q u e su b ja ze m a s q u e stõ e s so c i o a mb i e n t a i s .

O p rin cip a l o b je tivo da E d u ca çã o A mb ie n ta l Co n se rva d o ra é despertar a


se n sib iliza ç ã o e co ló g ica d o s e n v o lvid o s, se u le ma é “co n h e ce r p a r a a ma r e a ma r
p a ra p re se rv a r”. E ssa ma n e ira in icia l d e se p e n sa r e re a liza r a E d u c a ç ã o A mb i e n t a l
e n co n t ra -s e f o rt e me n te re la cio n a d a a o mo vime n to a mb ie n ta lista d a d é c a d a d e 7 0 d o
sé c u lo p a ss a d o , t e n d o co mo re fe rê n cia a e co lo g ia p ro fu n d a .

A p ó s o s a n o s 9 0 , n o ta -se u m tímid o e sva zia me n to d a ve rte n te co n s e r v a c i o n i s t a e o


su rg ime n t o d e u ma E d u ca çã o A mb ie n ta l crítica cu jo o b je to e ra a r e a l i z a ç ã o d e u m
co n t ra p o n t o co m a E d u ca çã o A mb ie n ta l co n se rva cio n ista q u e a p a rti r d o s a n o s 9 0 s e
re in ve n t a p o r me io d o q u e se co n ve n cio n o u a ch a ma r d e E d u c a ç ã o A mb i e n t a l
P ra g má t ica c u jo vié s n ã o d ife re d o s a p o rte s e p iste mo ló g ico s d o c o n s e r v a c i o n i s mo ,
p o ré m co m f o c o e m a çõ e s re a liza d a s e m u m e co ssiste ma u rb a n o , c o mo p o r e x e mp l o
a s a t ivid a d e s d e co le ta d e lixo .

J á a E d u ca ç ã o A mb ie n ta l
c rí t ica por ve ze s
c o n h e cid a por
e ma n cip a t ó ria ou
e c o p e d a g ó g ic a é
t ip ic a me n t e b ra sile ira
o rig in o u -s e d a E d u ca çã o
P o p u la r d e P a u lo Fre ire e
d a P e d a g o g ia c rítica , q u e
t e m s e u p o n t o d e p a rtid a
n a t e o ria crí t ic a ma rxista
ou n e o ma rxista de
p r o fe s s ora s egurando u m p a i n e l s o l a r e a c en d e n d o a l u z – I m a g e in t e rp re t a ç ã o d a re a lid a d e
b y © Ben H upfer/C orb i s s o cia l. A s s o cia ta mb é m
ações t ra zid a s da
e c o lo g ia p o lí t ica que
in se re a d ime n sã o so cia l n a s q u e stõ e s a mb ie n ta is, p a ssa n d o e s s a s a s e r e m
t ra b a lh a d a s co mo q u e stõ e s so cio a mb ie n ta is. A p rin cip a l crític a da Educação
A mb ie n t a l e ma n cip a tó ria fa z a E d u ca çã o A mb ie n ta l co n se rva d o ra é a d e q u e e l a
p o ssu i visã o n a tu ra liza d a d a n a t u re za , o u se ja , te m a te n d ê n cia d e v e r o mu n d o
a t ra vé s d a o rd e m b io ló g ica , e sse n cia lme n te b o a e p a cifica d a , e q u i l i b r a d a e e s t á v e l
em su a s in t e ra ç õ e s e co ssistê mica s, o qual se g u e vive n d o co mo a u t ô n o ma e
in d e p e n d e n t e d a in te ra çã o cu ltu r a l h u ma n a e q u a n d o e ssa in te ra ç ã o é f o c a d a , a
p re se n ça h u ma n a a miú d e a p a re ce co mo p ro b le má tica e n e fa sta p e l a n a t u r e z a .

N e sse se n t id o , a E d u ca çã o A mb ie n ta l E ma n cip a tó ria p ro p õ e co mo o b j e t i v o r e a l i z a r a


crí t ica a E d u ca ç ã o A mb ie n ta l Co n se rva d o ra , d e sve la n d o o q u a n t o s u a s p r á t i c a s
in g ê n u a s o u re p ro d u to ra s d e id e o lo g ia s d o siste ma d o min a n te imp e d e m a p e r c e p ç ã o
d a s ca u sa s d o s p ro b le ma s so cio a mb ie n ta is. Ob je tiva , ta mb é m, a n a l i s a r a p a r t i r d e
u ma visã o so cio a mb ie n ta l, p o lítica e e co n ô mica , q u e o p ro b le ma d a e c o l o g i a é r e a l e
já a lg u m t e mp o , a in d a , q u e e x iste n te , p o r ra zõ e s in e re n te s à n e c e s s i d a d e d o
cre scime n t o ca p ita lista , p o u co s te n h a m d a d o a lg u ma a te n çã o a e l e . O mo d u s
o p e ra n d i d o p ró p rio siste ma d o ca p ita l q u e é o ca u sa d o r d o s p r e t é r i t o s e a t u a i s
p ro b le ma s s o cio a mb ie n ta is.

A ssim se n d o , c a b e a E d u ca çã o A mb ie n ta l crítica , ta mb é m, o p a p e l d e u ma E d u c a ç ã o
A mb ie n t a l p o lit iz a d a , p ro b le ma tiza d o ra , q u e stio n a d o ra e in te g ra d a a o s i n t e r e s s e s d a s
p o p u la çõ e s e d a s cla sse s so cia is ma is a fe ta d a s p e lo s p ro b le ma s s o c i o a mb i e n t a i s ,
d ize m s e u s a p o lo g ista s.

A b a se t e ó rica d a E A e ma n cip a tó ria , o n e o ma rxismo , n ã o lh e p e r mi t e c o mp r e e n d e r


q u e a su a p ro p o sta e d u ca cio n a l ta mb é m é id e o ló g ica n a me d id a q u e t e m c o mo
o b je t ivo f in a lí s t ico a fo rma çã o d o su je ito e co ló g ico , cu jo id e a l d e s e r c o n d e n s a a
u t o p ia d e u ma e xistê n cia e co ló g ic a p le n a , o q u e imp lica n u ma so cie d a d e p l e n a me n t e
e co ló g ica , o id e a l d e se r e d e vive r e m u m mu n d o e co ló g ico a p o n ta m p a r a u m s u j e i t o
e co ló g ico d e se r, u m n o vo e stilo d e vid a , co m mo d o s p ró p rio s d e p e n s a r o mu n d o e ,
p rin cip a lme n t e d e p e n sa r a si me smo e a s re la çõ e s co m o s o u tro s n e s t e mu n d o . O u
se ja , a E d u c a çã o A mb ie n ta l te ria co mo missã o u m p ro ce sso co mp l e x o e v a s t o d e
in cu lca çã o id e o ló g ica q u e e n sin a r á a h u ma n id a d e a vive r co m a e s c a s s e z f r e n t e a s
p o lí t ica s e co n ô mica s d e re d u çã o d a riq u e za so cia l q u e a mb a s tê m c o mo p r i n c í p i o
id e a l a s e r a lca n ç a d o p a ra a su ste n ta b ilid a d e d a vid a n o p la n e ta . A c o n c l u s ã o l ó g i c a
é a d e q u e a E A e ma n cip a tó ria p e rma n e ce n a me sma ló g ica e p is t e mo l ó g i c a d a E A
co n se rv a d o ra , a lte ra -se o s p o lo s e n fa tiza d o s, o ra a n a tu re za , o r a o h o me m e m
e vid ê n c ia , ma s a s re la çõ e s so cia is e n tre o h o me m e a n a tu r e z a p e r ma n e c e m
n a t u ra liza d o s e c o m fo rte a n ta g o n ismo co m o p a ra d ig ma d e su ste n t a ç ã o e c o n ô mi c a ,
o ca p it a lis mo e n q u a n to mo d o d e p ro d u çã o n a mo d e rn id a d e .

H o je é b a sila r a co n stru çã o d e u ma crítica d a E d u ca çã o A mb ie n ta l e ma n c i p a t ó r i a . É


p re ciso q u e s e d iscu ta p rin cip a lme n te o ca rá te r id e o ló g ico d o se u p r o j e t o p o l í t i c o -
p e d a g ó g ico , t a re f a q u e e stá p a ra se r co n stru íd a .

P a ra f in a liza r d e sta co que a tu a lme n te e xiste m in ú me ro s p ro je t o s vigentes de


E d u ca çã o A mb ie n ta l n o B ra sil e m a n d a me n to , co m p rin cíp io s p e d a g ó g i c o s q u e
o sc ila m e n t re a s d u a s ve rte n te s e p iste mo ló g ica s cita d a s.

Os s ist e ma s d e e n sin o s a b so rve r a m a p rá tica d a E d u ca çã o A mb ie n t a l e m p a r c e r i a


co m ó rg ã o s g o ve rn a me n ta is e n ã o -g o ve rn a me n ta is d e d ica d o s a o me i o a mb i e n t e
a t ra vé s d e p ro je to s p o n tu a is e te má tico s. Co m a in tro d u çã o a p a r t i r d o s t e ma s
t ra n sve rsa is d if u n d id o s p e lo s P a râ me tro s Cu rricu la re s Na cio n a is ( P C N ) f o i p o s s í v e l
a p ro xima r o c o n h e cime n to e sco la r d a re a lid a d e . Os te ma s tra n sve r s a i s p o d e m e s t a r
e f e t iva me n t e p re se n te s n a o rg a n iza çã o d o cu rrícu lo p o r me io d e p r o j e t o s , n ã o ma i s
p o n t u a is, o n d e a s re u n iõ e s d e p ro fe sso re s d e vá ria s á re a s co n ve rg e m p a r a r e s o l u ç ã o
d e u m p ro b le ma co mu m.

N o ca so d a E d u ca çã o A mb ie n ta l, s e ja d u ra n te o p la n e ja me n to n o in í c i o d o a n o , o u n o
t ra n sco rre r d o t ra b a lh o co tid ia n o , o s e d u ca d o re s p e rce b e m p ro b l e ma s a mb i e n t a i s
q u e t ê m g ra n d e p o te n cia l e d u ca tivo , o u ima g in a m a çõ e s co m o te ma me i o a mb i e n t e
q u e p o ss ib ilit a m o d e se n vo lvime n to d e p ro je to s n a á re a . De ssa fo rma o t r a b a l h o c o m
p ro je t o s s ig n if ica d e fa to u ma mu d a n ça d e p o stu ra , u ma fo rma d e r e p e n s a r a p r á t i c a
p e d a g ó g ica e a s te o ria s q u e lh e d ã o su ste n ta çã o , p o ssib ilita n d o o e n v o l v i me n t o , a
co o p e ra ç ã o e a so lid a rie d a d e e n tre a lu n o s, p ro fe sso re s e co mu n id a d e n o i n t u i t o d e
t ra n sf o rma r a re a lid a d e por me io de a çõ e s. Ta mb é m re q u e r u ma capacidade
g e re n cia l p o r p a rte d o s p ro fe sso re s, e sta b e le cime n to d e crité rio s e p r i o r i d a d e s n a s
a çõ e s, o ma n u se io d a s in fo rma çõ e s p a ra g e ra r u m p ro d u to co n c r e t o e a i n d a a
d isse min a çã o de in fo rma çõ e s s o b re te ma s de re le vâ n cia p a ra as escolas e
co mu n id a d e s , co n sid e ra n d o q u e , a a va lia çã o d e sse p ro d u to d e v a e n v o l v e r t o d o s
a q u e le s q u e p a rticip a ra m d e su a e la b o ra çã o . A lé m d isso in ce n tiva a p e s q u i s a e a
a t u a liza çã o c o n st a n te d e p ro fe sso re s e d e a lu n o s.

P a ra liv ra r a E d u ca çã o A mb ie n ta l d a id e o lo g iza çã o é p re ciso co n s t r u i r a c r í t i c a d a


E d u ca çã o A mb ie n ta l E ma n cip a d o r a e p ro ce d e r a crítica d a crítica .

Referências
CARVALHO, M. I.C. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo, 2012.
FERRY. L. A nova ordem ecológica. Rio de Janeiro, Difel, 2009.
REIGOT. M. O que é Educação Ambiental. São Paulo. Brasiliense. 2009.
NUNES, M. A história que os ecologistas não querem contar I. Portal Ambiente Legal.
NUNES, M. A história que os ecologistas não querem contar II. Portal Ambiente Legal.
NUNES, M. A história que os ecologistas não querem contar III. Portal Ambiente Legal.
PEDRO, PINHEIRO. A.F. Morte ao biocentrismo fascista. Portal Ambiente Legal.
PEDRO, PINHEIRO. A. F. Nossa Política Nacional do Meio Ambiente é Filha do Regime Militar. Portal Ambiente Legal.

(*) Ma ri l e n e N u n e s é D o u t o ra e m Ge stã o e m P o lítica s P ú b lica s p e la Un ive rsid a d e d e


S ã o P a u lo . Me st ra d o e m E co n o mia P o lítica d a E d u ca çã o p e la Un iv e r s i d a d e F e d e r a l
d o Rio G ra n d e d o S u l. L ice n cia d a e m P e d a g o g ia co m e sp e cia liza çã o e m S u p e r v i s ã o
E sco la r. E s p e cia lista d o Co n se lh o E sta d u a l d e E d u ca çã o d e S ã o P a u l o . E s p e c i a l i s t a
e m Ge st ã o d o C o n h e cime n to p e la Fu n d a çã o Ge tú lio Va rg a s – S P. A t u a e m c u r s o s d e
P ó s-g ra d u a çã o n o B ra sil e n o e xte rio r.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMPORTAMENTAL OU POPULAR?
Fonte: http://osdireitosdomeioambiente.blogspot.com/2012/01/educacao-ambiental-comportamental-ou.html

Uma vez entendida a Educação Ambiental (EA) como parte deum processo trasmutador da
realidade, cabe aqui abrirmos um debate sobre as “modalidades desta prática, suas
orientações pedagógicas e suas conseqüências como mediação apropriada para o projeto de
mudança social e ambiental” (CARVALHO, 2001, p.44). Será uma Educação Ambiental ou
várias? Nesse sentido, é que nos damos conta de um universo grandiosamente heterogêneo,
com exceção do aspecto natureza, do qual todos os conceitos partem, há uma pluralidade
tanto sócio-educativa, quanto metodológicas e pedagógicas. Assim é que o conceito de EA
sofre profunda imprecisão e generalização. Para tanto, precisamos diferenciar, neste
primeiro momento, o que é EA comportamental e o que é EA popular. EA comportamental
segundo Carvalho (2001, p.46):

Uma outra idéia bastante recorrente nesta perspectiva é a de que, embora todos os grupo
sociais devam ser educados para a conservação ambiental, as crianças são um grupo
prioritário. As crianças representam aqui as gerações futuras em formação. Considerando
que as crianças estão em fase de desenvolvimento cognitivo, supõe-se que nelas a
consciência ambiental pode ser internalizada e traduzida em comportamentos de forma mais
bem sucedida do que nos adultos que, já formados (...).

A EA comportamental faz referência, portanto, ao fato de que as crianças ainda estão em


fase de maturação cognitiva, concluindo-se que nelas a internalização dos princípios
ambientais logre mais frutos, bem mais que nos adultos de mentalidades já sedimentadas,
oriunda de hábitos e comportamentos que dificilmente serão reorientados. A psicologia
comportamental é a psicologia da consciência, da racionalidade. Isto significa que as
intenções volitivas dos indivíduos são capazes de determinar plenamente suas ações. Ao
produzir novas motivações, por exemplo, as de caráter ambiental, os indivíduos
racionalmente serão capazes de produzir mudanças no seu comportamento, ou seja, que um
indivíduo devidamente informado necessariamente tomara boas atitudes.

A EA popular segundo Carvalho (2001, p.76): está associada com a tradição da educação
popular que compreende o processo educativo como um ato político no sentido amplo, isto
é, como prática social de formação de cidadania. A EA popular compartilha com essa visão
a idéia de que a vocação da educação é a formação de sujeitos políticos, capazes de agir
criticamente na sociedade. O destinatário desta educação são os sujeitos históricos,
inseridos numa conjuntura sociopolítica determinada, cuja ação,
sempre intrinsecamente política, resulta de um universo de valores construído social e
historicamente.

Esse tipo de EA busca mais do que preservar a natureza em intervenções pontuais, entende
ela que as relações humanas com a natureza estão inseridas dentro do contexto de uma
sociedade mutável no tempo e no espaço. Portanto, há a interferência de todo e qualquer
indivíduo que constrói conjuntamente a visão do vem a ser o meio ambiente, a “EA popular
propõe a transformação das relações com o meio ambiente dentro de um projeto de
construção de um novo ethos social, baseado em valores libertários, democráticos e
solidários” (CAVALHO, 2001, p. 47). Não ocorre aqui nenhum tipo de preferência por um
grupo etário como os das crianças. Entende-se que a formação é um processo sempre
possível.

Volta-se, numa quantidade significativa de vertentes, principalmente à educação de adultos,


por se entender esses como os sujeitos capazes de decisão, cabe a eles o sufrágio, por
exemplo. A criança é importante no processo de construção da cidadania, no entanto, não é
necessariamente um grupo prioritário. O principal problema de uma EA popular é o limite
ao seu campo de visão, as ações humanas transcendem às ações psíquicas, a vontade nem
sempre viabilizará a concretude, porém, não é suficiente para descartá-la. O melhor então
seria coadunar este dois tipos de EA’s, de modo que não nos resumíssemos, assim como a
educação tradicional, a educação bancária do qual fala Paulo Freire (2009), na sua
Pedagogia do Oprimido, as crianças têm que ser vistas também como sujeitos ativos,
atividade que pode se dá através dos grêmios estudantis, através de passeatas, protestos, etc.
assim como os valores não necessariamente se darão do adulto para a criança, e sim o
contrário. Não existe, portanto uma preferência, por um ou por outro
grupo, canalizando resultados, assim, às práticas isonômicas.

Todos, afinal, são vistos como construtores da sociedade e de um meio ambiente são,
adultos e crianças. Portanto, a Educação Ambiental deve ser trabalhada de forma múltipla,
pois, como já vislumbrava o princípio n° 19 da Conferência de Estocolmo: “É indispensável
um trabalho de educação em questões ambientais, dirigido tanto às gerações jovens como ás
adultas, para expandir as bases de uma opinião pública bem informada e propiciar uma boa
conduta dos indivíduos, das empresas e das coletividades, inspirada no sentido de
responsabilidade quanto à proteção e melhoria em toda a sua dimensão humana”

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