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ESTÁGIO SOCIAL:
Uma proposta inovadora na Educação Profissional do Estado da Bahia
FEIRA DE SANTANA,
DEZEMBRO DE 2014
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FEIRA DE SANTANA
DEZEMBRO DE 2014
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1 - RESUMO
SUMARIO
1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6
2 – OBJETO ................................................................................................................. 9
3 – METODOLOGIA .................................................................................................. 16
1 - INTRODUÇÃO
expandiu até ser emancipada, não desenvolveu outras industrias, agricultura, pecuária e
piscicultura, concentrando como principal fonte de recurso para movimentar a economia da
cidade, o salário dos trabalhadores da CHESF e os royalties pagos por esta empresa ao
município. Fato este, que dificulta a obtenção de vagas de estágios em algumas áreas, assim,
este projeto de intervenção terá como foco atuar sobre uma problemática interna e externa ao
Centro de Educação Profissional.
O território de Itaparica possui uma população de 167 118 habitantes (IBGE 2010),
sendo que 64,9%, ou seja, 108 396 habitantes estão no município de Paulo Afonso com grau de
urbanização de 86,20%. Os demais municípios possuem os seguintes graus de Urbanização:
Abaré (52,92%), Chorrochó (24,51%), Glória (18,76%), Macururé (35,44%) e Rodelas
(84,10%).
elétrico, com a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), a única indústria de
grande porte da região. A irrigação, a piscicultura e a criação de animais, ainda é pouco
aproveitada ou é de subsistência, o que faz o setor agropecuário ter uma participação total de
0,1 a 6,4% na economia local. Diante disto, é importante observar que, mesmo o setor da
indústria tendo uma alta participação na economia total do território, tem somente de 10,8% a
18,8% na participação no total de empregos formais, um valor baixo se comparado com o setor
de serviço que é de 45,5% a 60,6%, segundo dados do MTE, Rais.
2 – OBJETO
2.1 - Objetivos
O projeto de intervenção deste trabalho tem, como objeto de estudo, o Estágio Social
no Centro Territorial de Educação Profissional Itaparica II Wilson Pereira – CETEP Itaparica
II Wilson Pereira – com o intuito de:
2.2 - Justificativa
com CNPJ. Com a Lei federal N° 11.788/98, abriu-se uma nova perspectiva com o estágio
social, transformando o estágio em um meio de intervenção social, por sua vez, a portaria da
SEC Nº 5570/2014 disciplina o Estágio Social na rede Estadual de Educação Profissional,
fortalecendo a nova proposta de Educação Profissional na Bahia.
Estudo com base no materialismo histórico, aponta que o trabalho é visto como o
produtor dos meios de vida e envolve todas as áreas da vida do sujeito, tanto as materiais quanto
as históricas, culturais e intelectuais. Saviani (2007) desenvolve esse pensamento mostrando
como o trabalho e educação, inicialmente no modo de vida comunal, era parte integrante da
formação do homem e foi se desenvolvendo com o passar do tempo, sendo modificados de
acordo com as mudanças no sistema de produção e o controle dos meios de produção. Quando
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a vida social do sujeito era ligada a terra e os meios de produção, bem como o produto oriundo
do seu trabalho eram uma extensão da coletividade - atualmente ainda é visto em comunidades
indígenas ou tribais - a educação ocorria no trabalho, era algo natural, não havia uma divisão
física ou temporal entre eles. O ser humano se via produtor dos meios materiais e culturais de
seu grupo.
Com a posse individualizada da terra e o domínio dos meios de produção por parte de
poucos, o trabalho laboral passou a fazer parte somente aos que não possuíam os meios de
produção e assim, forçado ou voluntariamente, só podiam vender sua força de trabalho e
consequentemente os frutos do trabalho pertenciam a outrem. O sujeito não enxerga mais o
trabalho como o seu legado cultural e sim somente como um meio de sobreviver, uma fardo,
uma tortura. O trabalho ao perder seu caráter humanizador afetará diretamente a educação, que
fica destinada aos filhos donos do meio de produção, pois tinham bastante tempo ocioso, com
a finalidade da administração e manutenção do poder.
Já a portaria da SEC no Art 2º, no que trata dos objetivos do Estágio na rede Estadual
de Educação de Educação Profissional da Bahia, tem no seu ponto I a clara e explicita
possibilidade do Estágio Social ao mencionar a intervenção social como componente de sua
matriz curricular nos cursos técnicos de nível médio.
conselhos, o que a portaria da SEC faz é ampliar a possibilidade de concedente de estágio para
atender a proposta de intervenção social da Educação Profissional da Bahia. A lacuna deixada
pela Lei federal é preenchida pela portaria da SEC ao incorporar, no Art 4, §1 e §2, a própria
Unidade de Ensino, as comunidades, assentamentos, entidades mantidas por ONGs, OSCIP,
movimentos sociais e as entidades filantrópicas sem fins lucrativos, como campo de ação por
meio de projetos de intervenção social realizados pela Unidade de Ensino Profissional, com o
fim de constituir respostas as demandas dos problemas da comunidade, como menciona o §4
do mesmo artigo.
Outro aspecto a ser considerado é que, as cidades de pequeno e médio porte apresentam
uma grande dificuldade no campo de estágio formal, devido ao número reduzido de empresas,
comércio limitado e poucos profissionais liberais para atender as demandas de estágios do
centro de Educação Profissional. Este problema faz com que um grande número de alunos
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fiquem aguardando o estágio supervisionado formal após a conclusão do curso, causando uma
inquietação em todos os períodos formativos e consequentemente a desmotivação e baixo
rendimento.
Por isso, a proposta elaborada neste trabalho visa a possível tentativa de transformar o
estágio social em um elemento importante de suporte da nova concepção de Educação
Profissional desenvolvida na Bahia e aproveitar o espaço físico escolar para criar espaços
pedagógicos experimentais com ênfase na intervenção social além de criar campo de estágio
nos próprios Centro de Educação Profissional.
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3 - METODOLOGIA
Para que a intervenção social seja proativa, uma pesquisa social deverá ser
desenvolvida pela disciplina de intervenção social e que levante a amplitude do campo de
Estágio Social no âmbito do Território de Identidade. Esta pesquisa social deverá ser feita por
cada curso que terá um serviço no espaço pedagógico experimental e proporcionará o
fortalecimento e a promoção da qualidade da ação de intervenção.
Com base nesta pesquisa social deverá criar um banco de dados com as comunidades
ou famílias em situação de risco ou de baixa renda. Este banco de dados será utilizado para
selecionar a comunidade ou famílias que receberão os serviços disponibilizados pelo Centro.
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Para que o aluno possa conhecer outras realidades do mundo do trabalho é necessário
determinar uma carga horaria de estágio participativo na cooperativa de serviço de no máximo
50%, esse valor foi utilizado nas tabelas 1, 2 e 3 a seguir, para determinar a quantidade de
estagiários que seria beneficiado anualmente. Somente em casos excepcionais, quando não há
vaga real para estágio onde o Centro está inserido seria possível um maior período de estágio
na cooperativa social escolar.
Para o curso de Desenho da Construção Civil será criado um escritório de projetos para
a construção civil. A maior parte da população de entorno do Centro tem suas construções sem
projeto de construção e sem apoio técnico. Com o Plano Diretor Municipal sendo aprovado nos
municípios, a população de baixa renda não tem como pagar um profissional para adequar suas
construções dentro das normas técnicas.
VLDL)
eritrograma Triglicerídeos
Classificação Ureia
sanguínea
Creatina
Transaminases
Bilibubinas
ASLO
Latex
PCR
VDRL
Beta-HCG
ATENDIMENTOS
Previsão
Quantidade Previsão de Previsão de
de
Ano de de quantitativo pessoas
pessoas
execução estagiários de estagiários atendidas
atendidas
(por dia) (por ano)* (por ano)**
(por dia)
2015 8 48 15 3630
2016 10 60 20 4840
* considerando onze meses de atividade, vinte dois dias úteis, quatro horas de atividades por turno e
cinquenta por cento da carga horária de estágio obrigatório por aluno.
** considerando onze meses de atividade e vinte dois dias úteis.
Criação da
Cooperativa
Social Escolar
Funcionamento
da Cooperativa
Social Escolar
Passo 1
Apresentação do projeto de
intervenção à comunidade
Escolar e conselho escolar
Passo 2 Passo 3
Mobilização dos segmentos Realimentação do Projeto
escolares Político Pedagógico
Passo 4 Passo 5
Pesquisa Social Construção do Plano de Ação
Passo 6 Passo 7
Determinação do público alvo Adequação física dos espaços
pedagógicos experimentais
Passo 8
Criação da Cooperativa Social
Escolar
Passo 9
Desenvolvimento dos serviços
Passo 10
Avaliação do impacto social da
Cooperativa Social escolar
Passo 11
Ampliação do público alvo
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4- RESULTADOS ESPERADOS
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS