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Livro 3/4
Copyright © 2016 por Lani Queiroz
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios
Equipe Editorial
Unstoppable - Sia
Para terem um futuro juntos, Elijah terá que confrontar seus demônios
internos e a forma como lida com isso: muito sexo e rock and roll.
CAPÍTULO UM
Elijah
O Brasil é mesmo uma terra bonita pra caralho! Bom, eu ainda não vi
muito, mas pelos peitos e bundas, desfilando agora, na minha frente, a música
de Jorge Ben, realmente se encaixa. Abençoado por Deus e bonito por natureza.
Mas que beleza. Meus lábios se curvam em um sorriso lento enquanto observo
o burburinho à minha volta. Loiras, morenas, ruivas, mulatas. Jesus!
Tem sido assim desde então. Vocês podem chamar isso de Psicologia
Reversa e eu posso garantir que funciona. Uma coisa que nós caras, temos
diferente das mulheres, é que nossos paus são mais importantes que nossos
corações. Pois é, antes de chorarem por minha causa, tenham em mente que
não sou nenhum santo. Nunca fui fiel a nenhuma garota, então, talvez eu seja
um tanto hipócrita, de esperar fidelidade quando não consigo dar isso de volta.
É, senhoras, é o que disse. Meu pau é mais importante para mim do que
a porra do coração. Estou muito bem, com meu pau direcionando as coisas,
obrigado.
Chego finalmente ao terraço e... Wow! Está muito melhor aqui fora.
Garotas seminuas na piscina. Meu cenário favorito.
Deixo meus olhos absorverem toda a cena. Então a vejo e... Porra, aqui
fora está definitivamente melhor.
Meus olhos catalogam cada detalhe da silhueta sexy, num vestido preto,
caindo no meio das coxas. Ela usa umas sandálias altas, de tiras enroladas
nos tornozelos. amo essas merdas femininas. Continuo meu desbravamento e
Jesus, que pernas! Meu pau sofreu uma guinada, porque essa morena é o meu
tipo de garota. Sim, tenho uma queda gigantesca por morenas. E essa é do tipo
mignon. Deve ter no máximo 1,70 de altura, mas as pernas parecem
impossivelmente longas e torneadas, nas sandálias foda-me. Ela tem uma
cinturinha delicada e peitos pequenos, que estão bem ajustados e empinados,
no modelo sem alças. Longos cabelos escuros caem pelos ombros, em ondas
suaves. Gesticula enquanto fala com um casal, então, ela se vira e nossos
olhares se encontram.
Essa deve ser Sara, a irmã mais nova e, para meu azar, noiva.
Ela fica melhor à medida que me aproximo. Meu pau, se nega a abaixar.
― Quero que conheça Sara, a irmã mais nova da Mel ― Liam fala e
enrijeço. Porra! É ela mesma!
Para Abaixo, amigão! Ordeno meu pau desobediente. Não teremos sorte
hoje. Não com esta, pelo menos.
Ela pisca, lambendo os lábios e vejo. Ainda está lá, sob sua postura
hostil.
Lá vamos nós!
Definitivamente maluca!
― Eli, vem dançar, baby! ― Nat ronrona no meu ouvido. Sua voz me irrita
e não consigo entender porque. ― Ah, oi, Melissa e... Quem é ela? ― diz
sorrindo falsamente, na direção da Mel e seus olhos se fixam em Sara, que
mais uma vez, tem uma expressão hostil no rosto.
Seu olhar dispara na direção de Nat e seu maxilar enrijece. Ela parece
ainda mais incomodada com a chegada de Nat.
― É Sara, irmã mais nova da Mel ― respondo, meu olhar nunca deixando
Sara, nesse meio tempo. Posso sentir algo crepitando entre nós.
Yep! Não imaginei. Essa coisa ainda está queimando, entre nós. Abro
meu sorriso mais sacana e falo diretamente para Sara:
― Vou mandar Collin para você, baby. Foi um prazer conhecê-la ― seus
olhos faíscam e me afasto com Nat a reboque.
Danço pela próxima hora com Nat e mais algumas garotas. A festa está
bombando. Ainda não é como as que costumamos dar, mas dá para o gasto.
Liam está obviamente com as bolas bem presas com sua doce Mel e se
cagando de medo, dela correr para longe, quando vir o verdadeiro estilo rock’n
roll. Mas estou feliz por ele. Como seu melhor amigo, tenho escutado o idiota
falar sobre essa mulher, desde que tinha dezoito anos. Era muito tesão
recolhido. É justo que estejam finalmente se esbaldando. Ele tem o meu apoio.
Não agora, que vou tomar tequila, do único jeito que aprecio.
Encerro mais uma dança, com uma morena deslumbrante e beijo sua
mão.
Vejo Liam sozinho no bar e me dirijo para lá. Avisto a cadela dando um
show pornô do caralho, com um cara. Uh! Espera aí...
Nat não sabe, mas está sob o método Elijah e estará fora do jogo, em
breve. Muito em breve.
― Ela não é de levar desaforo para casa, pelo que me lembro. ― oferece e
voltamos a olhar na direção dos casais dançando. Nat esfrega a bunda na
virilha do imbecil e ele pega seus quadris, moendo de volta.
Elas pedem dois coquetéis no bar, seus corpos roçando em mim e Liam
no processo. Aciono meu riso descarado, para a menina que está esfregando os
peitos, em meu braço. Conversamos um pouco e quando me dou conta, Mel
está expulsando a outra de perto do Liam.
Gargalho com a cena. A doce Mel pode ser ácida, pelo visto!
Bom. Ela vai precisar demarcar seu território, com um ex-prostituto do
rock como namorado.
Preciso me arranjar.
Desvio o olhar em volta à procura de uma boa foda, mas nada me atrai.
Ela está com olhos cravados no centro da sala, com os punhos cerrados
ao lado do corpo, seu peito subindo, em respirações rápidas. E parece pronta
para matar alguém.
Não sei por que esse pensamento bobo me veio à cabeça, mas foi isso que
senti lá fora, quando nos olhamos pela primeira vez. Como se tivéssemos uma
ligação ou algo do tipo, o que é uma total sandice, porque nunca vi essa garota
antes.
Fada, o caralho! Ela está mais para cadela irritante, isso sim!
Não quando meu pau esteve duro, dolorido por você, a noite toda.
― Sim, música, você e eu ― rio, provocando-a e lhe deixo saber, pelo meu
olhar, que estou interessado e farei meu movimento agora. ― Suor, calor,
nossos corpos juntos... ― levanto as sobrancelhas diabolicamente. Ela arfa
levemente.
― Tem certeza que sabe dançar, idiota? ― ela se recupera rapidamente. É
malditamente boa e não vejo a hora, de levá-la num tour até o meu quarto e
fazê-la engolir esse olhar esnobe, que está me lançando. Ela quer. Está escrito
em todo o rosto e corpo delicioso. ― Odiaria ter minhas sandálias novas
pisoteadas ― não consigo segurar uma gargalhada.
Rio com vontade. Certo, ela vai me fazer trabalhar um pouco mais!
Vai valer a pena quando estiver montando e gozando duro em seu corpo.
Ela hesita, mudando de uma perna para outra e meu olhar faminto,
passeia vagarosamente pelo corpo esguio pela milésima vez. Linda! Ela me
deixa em suspenso, por longos e irritantes instantes. Continuo lá parado, à
espera da boa vontade da princesa, até que finalmente coloca a pequena mão
na minha e é isso.
Eu venci, baby!
Tomo seu queixo delicado na mão e trago seu olhar para mim.
― Ele vai se arrepender disso! ― digo bem próximo do seu rosto, para que
ela me escute acima do som. Cristo, ela cheira bem pra caralho. ― Confie em
mim, baby! ― ela acena e suas feições endurecem outra vez.
Uau! Uma garota durona, não é? Tive que segurar um riso. Ficamos nos
olhando, por alguns instantes. Seus lábios se entreabrem, quando a puxo com
cuidado. Jesus! Quis gemer com a sensação do seu corpo esguio colado ao
meu. Sua respiração altera e as narinas tremem, como se estivesse tomando,
apreciando o meu cheiro, como fiz com ela.
Dou um leve aperto em sua cintura e desço uma das mãos, para a parte
baixa das suas costas e a abro ao máximo. Sim, sei que vocês perceberam.
Quero sentir a bundinha sobre o vestido.
O quê? Nunca disse que jogaria limpo! Além disso, estou sendo solidário
aqui. Muito solidário. Ela gemeu? Sim, ela gemeu e meu pau, definitivamente
começa a fazer parte da festa. A música Love Sex & Magic da Ciara e Justin
Timberlake começa e agradeço Ao DJ pela escolha.
― Adoro essa música ― diz, seu corpo ainda lutando bravamente para
relaxar contra o meu. Rio suavemente.
― Isso é bom, querida ― sussurro bem próximo à sua boca. ― Conhece o
vídeo? ― ela acena, lambendo os lábios nervosamente. ― Ótimo. Agora me
ajude a chutar a bunda do imbecil ― meu coração dá um solavanco quando
sou recompensado, com um pequeno sorriso.
Jesus, corro o risco de gozar na calça até o final dessa maldita música!
Gostei disso!
Ela geme profundamente dessa vez, não retendo nada e fecha os olhos.
Linda!
Minha língua desce pelo pescoço e ela relaxa, finalmente moendo seus
quadris em sintonia comigo. Aperto sua bunda, puxando-a mais, como isso
fosse possível. Já estamos quase siameses, de tão colados.
1, 2, 3 Go (Ciara)
Sex (Ciara)
(Sexo) (Ciara)
(Ciara)
Imagine if there was a million me's talking sexy to you like that
(Imagine se tivesse milhões de mim falando desse jeito sexy para você)
Ok, nunca foi para mim, mas posso apostar minhas bolas, que Sara está
apreciando nosso pequeno passeio indecente, tanto quanto eu.
Ela esfrega a bunda firme contra o meu pau e mói gostoso, como o
inferno.
Merda! A coreografia.
Sua saia curta subiu, mostrando a polpa, onde a coxa termina e começa
a bunda. Gemo, porque fodidamente, amo essa parte na anatomia feminina.
Meu pau pressiona o zíper da calça, numa agonia nunca sofrida. Dou-lhe mais
alguns tapas, exageradamente coreográficos e a puxo bruscamente, contra meu
peito.
Giro-a de frente para mim e aprofundo o beijo. Uma mão em sua nuca e
outra a sustentando na bunda. Continuamos a moer gostoso enquanto chupo
sua língua, duro. Ela geme, eu rosno e enlouquecemos, perdidos, esquecidos
da agitação na sala.
Era Greg. Mat vai para o sem noção e o levanta pelo colarinho.
― Sua puta! Se quer ficar com esse roqueiro idiota, que fique! ― ele
ousou berrar na direção de Sara. Ela devolveu meia dúzia de palavrões para ele
e se levantou.
― Eu só quero ir para casa. Você pode avisar a Mel para mim? ― sua voz
é triste, quebrada, quando ela finalmente encontra o meu olhar. ― Eu...
Desculpe-me se eu te dei a impressão errada. Eu... ― ela balbucia
nervosamente.
Sim, era. Ainda assim, quer continuar a fingir, que não há essa química
inflamável entre nós.
Meu pau decide subir outra vez. É ele caiu com a bagunça.
Nos dê esse desconto, certo?
Parece que ele aprecia a petulância da pequena fada. Ela anda devagar,
sedutoramente, parando à minha frente e nesse momento, sinto todos os
olhares sobre nós. Sua boquinha bem desenhada se curva, num riso atrevido.
Sim, definitivamente o meu pau adora isso.
― Seu pau não vai chegar nem remotamente perto da minha vagina,
baby ― ela sussurra para que só eu a ouça.
― Oh, uma mulher com uma boca suja. Cuidado. Posso me apaixonar
por você, baby ― devolvo. ― E meu pau, não vai apenas chegar perto, querida.
Em breve você estará com a calcinha nesses lindos tornozelos, enquanto te
fodo por trás ― ela prende a respiração. Bom. ― Vou te comer com tanta força,
que vai me sentir por uma semana inteira. É assim que vai ser ― ela salta para
trás, o rosto vermelho como um tomate. Rio perversamente. Fiz bem o meu
ponto. ― Greg, cuide para que Sara chegue em casa com segurança ― peço,
ainda mantendo meus olhos sobre ela, que parece ter perdido seus
comentários espertinhos.
Talvez deva deixar essa garota em paz. Liam vai provavelmente, arrancar
as minhas bolas, quando souber da confusão.
Ela nos dá um fraco boa noite e se vira, sendo acompanhada por Greg.
Sim, deixá-la em paz seria o melhor a fazer, se não fosse por um detalhe:
sinto que essa garota não vai sair da minha cabeça, enquanto não a tiver.
― Não posso acreditar que você a beijou ― Nat me diz num tom cortante.
― Ela é tão sem graça ― acrescenta obviamente despeitada.
― E por que isso seria da sua conta, Nat? ― rosno. Muito puto ainda por
ter perdido minha pequena fada, marrenta e gostosa. ― Beijo quem eu quiser ―
ela se encolhe um pouco porque, para variar, estamos sendo assistidos por
todos. Grande. ― E sim, enfio o pau em quem eu quiser! ― ouço alguns
assovios pela última declaração.
Ainda não acredito que a Mel, minha própria irmã, convidou o babaca
pomposo para o nosso jantar.
Cristo! Cortaria relações se ela não fosse à pessoa que mais amo no
mundo, depois do meu pai. Sei que não fez por mal. Ela convidou todos os
caras da banda. Acho que foi uma tentativa de desviar um pouco, o foco do seu
marido.
Sim, porque o Sr. Pedro Nogueira, não está muito contente com o fato do
muito gostoso deus do rock, Liam Stone, ter arrastado a Mel para casar em Las
Vegas, escondido de todos.
E o mais importante, sabe foder duro, muito duro, pelo que minha
sortuda irmã me conta. Puta merda! Até eu fico com tesão, com seus relatos.
Minha Nossa Senhora dos homens gostosos! Liam Stone passou na fila
da gostosura, um milhão de vezes pelo visto.
Sabia que algo estava errado nos últimos meses. Nós, mulheres sentimos
quando nosso homem perdeu o interesse. André deu todos os tipos de sinais,
mas escolhi ignorá-los. Nos últimos meses sempre trabalhava até tarde,
alegando reuniões intermináveis. Uma vez o surpreendi em seu apartamento
com uma loira bonita. Os dois pareciam meio sem jeito. Ele a apresentou como
sua colega de trabalho e inventou uma desculpa, de que ela havia ido até lá,
para pegar alguns documentos. A anta aqui acreditou, mas agora vejo que ele
provavelmente estava fodendo com a vadia, pelas minhas costas.
Eu odeio os homens! Por que eles têm que ser tão idiotas, traidores,
escória?
― Oh, sim, papai. Liam Stone realmente sabe fisgar, de acordo com a Mel
― rio maliciosamente e ele faz uma carranca.
― Santo Deus! Sara, mantenha esses comentários, para si mesma! ― ele
reclama. ― Não quero pensar na minha menina, com esse pervertido do rock.
Eu rolo meus olhos e vou até ele, envolvendo meus braços à sua volta.
Ele me abraça carinhosamente.
― Sua menina já não é mais tão menina. Liam a ama, pai. Você vai
concordar quando os vir juntos ― dou um suspiro sonhador. ― O jeito que ele
fala com a Mel. O jeito que olha para ela. Cristo, minha irmã é a cadela mais
sortuda do planeta!
Ele resmunga.
― Pai não sou mais uma mocinha, faz um bom tempo! ― ele resmunga de
novo. Rimos nos dirigindo para a sala. ― Eu te amo velho resmungão! ― ele
beija meus cabelos.
Sua assistente, Emília, está abrindo a porta. Ela está com ele desde
sempre. É uma morena linda na faixa dos quarenta, e ainda solteira. Eu e a
Mel sabemos que nutre sentimentos pelo nosso pai, mas ele é tosco o suficiente
para não notar isso, e continua comendo vadias. Ele faz isso desde que nossa
mãe morreu. Diz que nunca vai se casar de novo, porque o verdadeiro amor só
acontece uma vez na vida. Acho um discurso bem fraco, na verdade. Adoraria
que meu pai tirasse a cabeça da sua bunda, e enxergasse a mulher perto dele,
mas ele é homem, no final das contas e como toda a sua raça, tem tendência a
fazer merdas. Não é porque o amo loucamente, que não vejo seus defeitos.
Elijah entra e meu coração estúpido, começa uma corrida de cem metros
rasos.
Uau! Mil vezes Uau! Ele está tão gostoso que chega a ser injusto.
Usa calça jeans escura, muito colada, que adere às pernas deliciosas e
uma camiseta verde musgo, de mangas longas, puxadas displicentemente nos
antebraços. Ela se agarra ao abdome e peitoral definidos.
Oh, cara, alguém, por favor, providencie uma colher! Eu quero comê-lo!
Merda. Fecho a boca. Sim, ela estava realmente aberta. Não me culpem.
Uma olhada nele e vocês verão, que minha reação, é perfeitamente aceitável.
Seguimos para o meio da sala aonde Mel vem nos encontrar, de mãos
entrelaçadas com seu rockstar quente. Uau! Liam está igualmente gostoso.
Ela faz as apresentações e eu fico perdida, sem jeito, quando meu pai me
deixa sozinha, à mercê do deus da guitarra que ainda estou tentando, evitar o
olhar.
Controle-se, Sara!
Eles dão um aperto de mãos firme. Não posso deixar de olhar as mãos
grandes e calejadas, que estiveram sobre mim na nossa dança, pra lá de
indecente. A forma como acariciou o meu corpo, me enlouquecendo, me
deixando quente, queimando como nunca estive com outro.
Tenho que reprimir um arquejo. Cristo, isso tem que parar! Trágico.
― Ah, que satisfação! ― meu pai parece tão surpreso quanto eu. ― Quais
telas? ― boa papai. Vamos ver como o garoto da guitarra se sai dessa.
Ele ama o que faz e como todo artista, adora ter o seu trabalho
reconhecido.
Meu pai tem sido muito protetor com Mel, depois do seu primeiro
casamento. Minha irmã viveu anos com um traste que a desrespeitou, até o dia
da sua morte. O nosso lindo rockstar está pagando pelos erros de outra pessoa.
Eu e a Mel estivemos o tempo inteiro suavizando a conversa, esperando nosso
pai pegar a dica e parar de ser um cuzão total.
O quê? Eu já disse que não é porque o amo, que não vejo quando faz
merdas.
Durante o jantar, meu pai finalmente baixa as armas. É claro que meu
sobrinho lindo, também teve uma grande contribuição. Meu pai sabe que Chay
é muito seletivo e ciumento com a mãe, e se até o menino abriu a guarda para
o Liam, ele não devia ser má pessoa. As crianças são melhores juízes de caráter
do que os adultos, na maioria das vezes.
― Então, Elijah ― chamo e ele se vira para mim. ― Sua mãe é mesmo
uma fã do trabalho do meu pai, ou você só disse isso para bajulá-lo? ― seus
olhos estreitam, ficando em fendas.
― Tudo bem, senhor! ― Elijah diz, e eu posso sentir o riso, na sua voz
sexy. ― Minha mãe é realmente uma fã de artes, Sara. Ela descobriu o trabalho
do seu pai, numa exposição em Seattle, no ano passado, e me deu algumas
dicas, nada sutis de presentes de aniversário. ― todos riem, junto com ele.
Todos, exceto eu, claro.
― Não me lembro de você ter ido a Seattle, papai ― digo, minha voz um
pouco débil.
― Foi no mesmo período em que estive em Nova Iorque, querida. Dei uma
passada rápida por lá. É uma bela cidade, Elijah! ― meu pai explica e Elijah
amplia o riso muito, muito irritante.
― O cara que toca guitarra foi para a universidade. ― Elijah me faz olhá-
lo. Seu tom é cortante e os olhos verdes estão escuros. Ele parece zangado e...
Quente. Oh, cara! ― É claro que com a vida na estrada, eu não fui para uma
convencional. Existem universidades virtuais, sabia disso? Há uma coisa
chamada internet, que por sinal, está intimamente ligada ao processo de glo-
ba-li-za-ção. ― ele soletra a última palavra como se eu fosse alguma lesada.
― Liam vai ser meu pai agora, vovô! ― Chay informa e eu agradeço pela
mudança de assunto. Seus olhinhos castanhos brilham de euforia.
― Sim, é, senhor. Eu sei que ele já tem um pai, mas para mim é uma
honra, que Chay se sinta dessa forma comigo, porque eu fodid... Digo, eu quero
muito ser uma referência para ele. ― minha irmã coloca a mão por cima da
sua, ele a pega e a leva aos lábios, num beijo suave. Seus olhares se encontram
e a sala parece abafada, com tanta coisa dita nesse olhar, tesão, paixão,
orgulho e amor, muito amor. ― Chay é uma parte da Mel e eu preciso que o
senhor entenda, que amo tudo dela. Cada pequena parte. ― ele completa não
desviando o olhar da sua mulher.
Atrevo-me a roubar um olhar, de canto de olho para Elijah e ele tem uma
expressão suave no rosto, enquanto observa a interação do Liam e da Mel.
Meu pai volta com sua carranca. Lá vamos nós outra vez.
― Quando ela ainda era uma mulher casada. ― ele diz. É sério isso, seu
Pedro? Eu quero lhe devolver a bronca agora.
― Já chega papai! ― Mel diz, seu tom mais magoado, do que irritado e
meu pai, se encolhe um pouco. Ele não é esse fodão que quer parecer. Apenas
nos trata, como suas eternas meninas. ― Eu trouxe Liam para apresentá-lo
como meu marido a você, porque te amo e sua aprovação é importante para
mim. ― meu pai toma um gole do seu vinho, obviamente para desfazer o nó na
garganta. ― Mas é preciso que entenda. que nada vai me fazer deixá-lo. Eu amo
esse homem! ― Liam aperta sua mão que ainda estava unida à dele. Mel o olha
e lá vamos nós com mais um olhar incendiário. ― Amo cada pequena parte,
baby! ― ela sussurra, repetindo as palavras dele.
Após o jantar, nos dirigimos para a sala de estar, onde meu pai resolve
oferecer a verdadeira hospitalidade, ao seu novo genro.
Acho que ele não aprendeu nada sobre o meu pai, ou queria ter sua
bunda chutada também, se seu assédio, nada sutil, fosse percebido. Sua sorte
é que as atenções estão todas sobre o Liam agora.
Tentei, mas creio que isso não será possível, pelo próximo milênio.
Na verdade, uso essas memórias toda maldita noite quando me toco.
Animador.
Tenho tido algum sucesso em evitá-lo. São onze dias, tentando resistir à
atração intensa, que sempre senti pelo ídolo e que, só se intensificou quando
tive um gostinho da coisa real.
Excelente, na verdade.
Sou fã, por isso sei sua altura exata, caso estejam se perguntando. Não,
eu não sou uma perseguidora, caso estejam se perguntando também. Certo, eu
vou me acalmar. É que esse cara mexe demais comigo. Eu fico louca com meus
hormônios, totalmente fora de controle.
― O que faz aqui? ― meu tom é muito defensivo. Ele fecha a porta e gira
a chave. Oh, merda. Isso não é bom. ― Você está louco? Saia ou eu vou gritar!
― ameaço me afastando da pia. Eu devia ter ido ao banheiro do meu antigo
quarto.
Bufo alto.
― Não tem nada! ― rebato. ― Por que não volta para sua cadela loira?
― Isso não tem nada a ver com ela, ou qualquer outra ― ele não nega.
Isso me incomoda e dói pra caramba. É por isso que não posso ceder aos
caprichos, da minha vagina. Ela o quer. Cristo quer desesperadamente! Mas
não sou uma foda casual. Nunca serei. ― Isso é entre nós. Não consigo parar
de pensar em você, desde que senti seu gosto ― seu tom baixo e sexy viaja em
mim. Seu corpo cola ao meu e ele solta um gemido de aprovação, quase de
saudade. Arquejo quanto sinto seu pau duro na minha barriga. ― Eu vou te
beijar agora ― ele sopra em meus lábios.
Ele ri perversamente e sua mão livre, cai para minha bunda, amassando,
puxando-me.
Tento empurrá-lo mais firme, mas ele parece uma rocha. Literalmente.
Suas mãos sobem pela minha barriga até os seios e eu ofego, quando os
acaricia sobre o vestido. Num segundo as alças descem pelos meus ombros e
ele se afasta um pouco. Os olhos verdes caem sobre meus pequenos seios
desnudos e escurecem mais, parecendo encantados. É lisonjeiro.
Meus seios não são lá grande coisa, mas o olhar que me dá agora me faz
sentir como se tivesse dois airbags. Ele geme e enche as mãos neles, sem
desviar o olhar do meu. Choramingo e sua cabeça desce lentamente. Oh, cara!
Ele passa a sugar com mais força, mamando em mim tão forte, que sinto
o sangue aquecer na minha pele. Sua boca sobe pelo pescoço em lambidas e
chupadas, enquanto gemo sem cessar.
Puta merda!
A boca se fecha em meio seio direito e lamento com seu assalto duplo.
Não sei de onde veio tanto atrevimento, mas me vejo levando as mãos
para seu jeans. Ele geme em aprovação, mas não larga meu seio. Abro seu
botão e zíper e estou numa corrida louca, em busca de seu pau.
Mais sucos jorram em minha vagina e ele sorri, fazendo cócegas contra a
minha pele.
Arrogante!
Cristo, mas com um pau, desses o cara tem o direito de ser arrogante.
Elijah para seu ataque nos meus seios e traz a boca para a minha.
Lindo demais.
Seus dedos cavam profundo dentro de mim e ele os puxa. Lamento. Ele
ri e espalha meus sucos pelo seu pau.
É o céu!
Minha mão desliza mais facilmente em seu eixo, com mais força,
apertando-o. Deleito-me com seu tamanho e virilidade. Ele rosna em
aprovação.
― Isso, pequena atrevida. Você é uma menina má, não é? ― ele sussurra
na minha boca. Os olhos vidrados de tesão. ― Eu amo uma putinha safada,
atrevida. Goze para mim! Goze, para mim, porra! ― quebro com seu comando.
O orgasmo me atingindo, onda após onda, minha pélvis rebolando em sua
mão. ― Linda pra caralho! Fodidamente linda! ― sua boca toma a minha,
abafando os gemidos e ele estremece. Sinto seu pau engrossar e logo em
seguida o sêmen desce na minha mão, grosso, pegajoso. Nossas línguas se
lambem. Nossas respirações rápidas são pesadas, no espaço confinado.
Sei que vai ser praticamente impossível fugir dele depois disso.
Seus dedos me deixam devagar. Ele os chupa sem quebrar nosso olhar.
Ele traz minha mão suja para a minha boca e sem pensar sobre isso,
chupo meus dedos, limpando seu sêmen. Merda!
Ele abre um riso sexy e arrogante e me beija outra vez. Nossas línguas
compartilhando nossos gostos. É mais lento, sensual e saciado, mas com uma
promessa de muito, muito mais.
Não a experiência, isso foi épico, mas me sinto meio mal no contexto
geral. Então, me vejo obrigada a falar.
― Ótimo, então, está feito ― ele ergue uma sobrancelha, os olhos verdes
brilhando com divertimento. ― Nós dois gozamos. Foi ótimo. Obrigada.
― Não haverá jantar, Elijah! ― digo meu tom sério. Preciso que ele
entenda e desista, para a minha própria sanidade. Não consigo lidar com um
cara como ele. ― Eu não quero. Isso aqui foi um episódio isolado. Não vai mais
acontecer.
― Isso é o seu ego falando garoto da guitarra? ― provoco. Ele se vira para
mim. ― Eu não faço foda casual! ― repito mais para mim mesma, do que para
ele.
CAPÍTULO UM
Elijah
Ela está ofegando em busca de ar. Eu não me importo e não lhe dou
trégua, fodendo seu cu bruscamente, todo o tempo imaginando Sara embaixo
de mim, tomando o meu pau em sua bundinha perfeita.
Eu sei que será apertada. Ela não é uma vadia. Não transa
indiscriminadamente por aí. Seu corpo deve ser todo firme, naturalmente e
seus buracos tão apertados, porra! Eu posso sentir meu pau engrossando com
a mera fantasia de estar comendo-a, rasgando-a, esticando-a toda, mantendo-a
na linha tênue entre dor e prazer. Eu preciso desesperadamente gozar dentro
dela.
Eu deslizo uma mão para seu clitóris e o esfrego. A garota ofega, seu
rabo relaxando ainda mais para o meu ataque. Não perco tempo, estocando
com força, perseguindo meu clímax.
Ela está subindo a calcinha. Eu nem mesmo a despi. Não era necessário.
Peguei a vadia no bar, logo após meus companheiros, paus mandados, terem
saído, correndo para suas mulheres.
Eu rio sombriamente.
Ela era bem parecida com Sara quando a peguei. Agora... Nem tanto.
Talvez tenha sido porque meu pau estava tão duro depois de mais uma
discussão com a cadela irritante, que abaixei meus padrões e peguei qualquer
uma... Sua aparência é grosseira comparada à Sara, posso ver com mais
clareza agora. Porra! Sara está me fodendo com sua recusa. Quem ela pensa
que é para me dispensar? E por que diabos, tenho fodido vadias, que se
parecem com ela ultimamente?
Eu tenho uma queda por morenas, para ser sincero, mas, nunca
dispensei as loiras, ruivas, mulatas, orientais e... A lista é longa. Para ir direto
ao ponto, eu amo as mulheres. Amo tê-las embaixo de mim. É isso. No entanto,
meu pau está obcecado com Sara. Enquanto eu não comer a cadela não vou
voltar a ser eu mesmo. Preciso agilizar essa merda.
― Qualquer coisa que tenha pensado, baby: garanto que foi unilateral. ―
digo, tomando um gole da minha bebida. Ela fica rubra de irritação.
― Querida, não finja que não entendeu o que isso significava. ― digo, em
meu tom entediado. ― eu queria foder, você queria foder. Fodemos. Foi gostoso.
Agora é hora de dizer adeus.
Mat está guardando a porta, ele saberá o que fazer. Solto um longo
suspiro quando ouço a porta bater com força. Mulheres...
Eu vou comer essa vadia antes mesmo das gravações desse vídeo clip
encerrarem, escrevam o que estou dizendo. Me aguarde, Sara. Agora é pra
valer.
― Sou Liana. ― isso ainda não me diz porra nenhuma. ― sou mulher do
seu pai.
Ela puxa uma respiração longa. Eu ainda não sei, por que não encerrei,
essa ligação.
Foda-se, caralho!
***
O vídeo clip...
O odeio! Ponto.
Ela fez um ótimo trabalho em se ferrar. O vício a fez cair duro. Eu a amo,
mas ela errou e precisa aceitar as consequências dos seus erros. Não vou
abandoná-la, porém, não posso esquecer o quanto prejudicou Liam. Meu irmão
teve a carreira ameaçada por causa de suas ações de merda.
É isso. Sara. Minhas mãos sobre ela. Meu pau dentro dela. A doce
expectativa faz meu sorriso escancarar no rosto. É hoje, pequena fada. Eu
corro os olhos pelo local em busca de um vislumbre dela.
Sabe aquele tipo de tesão, que te consome de tal forma, que tudo que
consegue pensar é naquela cadela, que quer muito foder, mesmo que suas
bolas estejam profundamente enterradas em uma boceta diferente, a cada
maldita noite?
Esse é o tipo de tesão que sinto por Sara. Nunca senti uma merda como
essa, antes. Claro que tem tudo a ver, com o fato da cadela irritante me
esnobar, a cada vez que nos encontramos.
Confesso que cheguei até mesmo, cogitar a ideia de ir até ela, quando
estava na Alemanha, mas, acabei rindo de mim mesmo, diante do absurdo. Era
uma ação muito desesperada e Elijah Allen, não age desesperado.
Nunca.
Sara não podia correr para sempre. Eu sabia disso. Uma hora ela
acabaria exatamente onde está: a poucos passos da minha cama. Eu não me
importo de ter que praticamente, forçá-la a fazer esse vídeo clip comigo. Não
possuo muitos escrúpulos, quando quero uma boceta. Ela é esquentadinha e
eu usei isso a meu favor, desafiando-a a contracenar comigo.
Sim, ela não tinha como escapar de mim por mais tempo.
Nossas vidas estão interligadas, desde que o Stone se transformou na
porra de um veadinho, pau mandado e se casou com a Mel, irmã mais velha de
Sara. Sendo o Romeu, meu irmão de banda, a convivência entre nós é
inevitável. Ela é uma vadia total comigo, mas, sua aparência é algo que me tem
babando a porra do tempo todo.
Uma fada do caralho é o que ela parece. Eu fico duro apenas ouvindo
alguém mencionar seu nome. Esse é o tamanho do meu tesão por ela.
Não me levem a mal, mas não vou ser domado por uma boceta como
meus parceiros. A ideia de comer a mesma boceta, pelo resto da vida, me
entedia até a morte. Não é para mim, senhoras. Não fiquem chateadas, apenas
é assim que sou.
― Mel está grávida, Elijah. ― ele rosna. ― Não brinque com Sara, irmão.
― ele força a amizade.
Qualquer coisa que Liam me pedir eu faço. Inferno! eu lhe daria meu
braço direito – o braço da guitarra – se ele pedisse, mas, Sara... Não há acordo.
Sara é minha. Eu mal posso esperar para comer, essa cadela irritante, do
caralho. Vou bater naquela boceta com tanta força...
Ela me deixou com uma fome, além da minha compreensão. Deve ser
porque tem fugido de mim e isso me irritou pra caralho. O mero pensamento de
enfiar meu pau em seu corpo; afundar-me até as bolas; montá-la
selvagemente, como eu gosto; me deixa insano de tesão.
― Eu sei, Liam. ― meu tom é conciliador. ― Não vou brincar com ela, ok?
Vou me certificar de que Sara saiba exatamente, o que estou oferecendo. Sem
mentiras, promessas. Tudo às claras. ― a expressão preocupada ainda está lá,
mas, ele acena bruscamente e me bate nas costas. ― Mel está bem? O meu
afilhado está bem? ― eu pisco para os caras, que rosnam de volta.
Ela tem um sorriso lindo pra caralho e meu pau sacode, mandando toda
a crise de consciência ir passear.
Quero fazer toda a merda hardcore com ela. Foder e gozar em cada
orifício, marcá-la, lambuzá-la da minha porra. Merda!
Aperto o copo com força, tentando manter meu tesão sob controle, pelo
menos, até concluir essa porra de clip.
― Oh! Porque isso funcionou muito bem para você, não é, idiota? ―
rebato. Ele está namorando Eva, uma das contratadas da Stone Records. Seu
riso amplia, adorando me encher o saco.
― Basta não brincar com ela, Eli. ― Paul avisa, seu tom sério.
Até o Stone era mais selvagem do que ele, em seus tempos de sexo e rock
and roll. Bons tempos aqueles. Agora cada um dos meus parceiros está caído
por uma boceta.
― Jesus! Por que estão todos preocupados com Sara? ― eu rio, fingindo-
me de ofendido. ― já pensaram que talvez ela, possa me machucar? ― ofereço
ironicamente.
― Ela é da família, irmão. Não foda isso, cara. ― Collin diz mais baixo e
subitamente sério. Selena o transformou num veadinho também. ― As coisas
podem ficar estranhas, quando você decidir que não a quer mais.
Bom, pelo menos eles sabem que não estou pronto para abandonar meu
estilo de vida. Talvez nunca esteja.
Sejamos sinceros aqui, por que diabos eu ficaria preso a uma mulher,
quando tem um mundo de opções, gritando o meu nome? Nah! Estou
perfeitamente bem, da forma que estou.
― Eu sei quem ela é. ― rosno. ― E é por isso que não vou ser um
bastardo. ― eles me olham incrédulos. ― Ok, não um bastardo completo, pelo
menos. ― digo, não parando um riso, comedor de merda. ― é tudo que posso
prometer, irmãos. Sara é minha. Ela saberá disso em breve. Muito em breve. ―
meu tom sai mais duro e irritado, do que o necessário.
― Prometa-me que vai recuar, se ela não cair nas suas graças, com esse
clip. ― Liam me encara. Ele não larga a porra do osso.
Eu não sou homofóbico, que isso fique registrado. Apenas não os quero
se esfregando em mim, ok? Meu negócio é boceta. Em abundância, por favor.
***
Sara
Meu coração está batendo alto contra as costelas e minhas pernas, estão
levemente trêmulas. Isso está acontecendo.
Nas reuniões, ele se senta do meu lado e roça a perna na minha. Inclina-
se muito perto quando pergunta sobre algo, os olhos verdes, zombando de mim
e de como fico excitada, em sua presença. Imbecil.
Eu posso resolver seu problema, querida. Eu sei que você quer me dar. Vou
te fazer gozar tão duro, mas, tão duro, que não lembrará nem da porra do seu
nome.
Ele sussurrava contra meu pescoço. Seus braços viajaram pela minha
cintura e eu choramingava baixinho, enquanto suas mãos iam devagar, em
direção aos meus seios. Perdi a mente por breves segundos e arqueei-me,
esperando. Mas, ele apenas sorriu, chupando meu pescoço, de forma indecente
e se afastou, deixando-me fria, frustrada e muito irritada.
Ontem eu tive que inventar uma briga com ele, no final do expediente,
para evitar que chegasse perto com seu pau muito, muito bem dotado.
Mas, a verdade é que a cada dia que passa minhas forças são minadas.
Cada vez que sou capturada, por seus olhos verdes tempestuosos, eu caio um
pouco mais. Inevitavelmente me vejo caindo.
― Não minta para mim, Sara. ― seu tom é de repreensão. ― você pode
enganar qualquer um, até mesmo nosso pai, mas não a mim.
Nossa mãe morreu, quando éramos muito pequenas. Nosso pai, embora
se esforçasse para estar sempre presente, havia coisas que só uma mulher,
podia entender. Portanto, Mel sabe tudo sobre mim e eu tudo sobre ela.
Foi nos meus ouvidos, que ela derramou sua atração pelo cunhado, mais
jovem, logo que conheceu Liam, hoje seu marido. E foi nos meus ouvidos
também, que minha irmã, a cadela mais sortuda do planeta, derramou como é
transar com Liam Stone.
Eu meio que a odeio um pouco por isso. Mentira. Eu a amo muito. Isso
não me impede de ter inveja branca, porém. OMG!
Faz tanto tempo que tive um pênis de verdade entre minhas pernas, que
penso que foi numa vida passada.
Certo, estou exagerando. Mas, faz exatos nove meses que não transo.
Sim, eu sei o que estão pensando: NOVE MESES SEM SEXO! Trágico.
Deus, por isso fico a ponto de arrancar as roupas do galinhão, cada vez
que o vejo. É só por isso. Não tem nada a ver com o fato de ele ser tão gostoso,
que deveria ser distribuído em frascos.
Deus, eu o quero!
O quê? Não esperem que eu seja uma lady o tempo todo. Eu não sou. Na
verdade, estou longe de ser a porra de uma lady, sobretudo se eu estiver na
seca, como agora.
Eu encaro a minha irmã, que tem transado regularmente, com seu rock
star quente. Sim, Mel é sem dúvida, uma cadela sortuda.
Seu semblante suaviza e ela sorri um pouco, para minha falta de filtro.
O ar foge dos meus pulmões e toda a convicção, de que tudo vai ficar
bem, de que eu vou conseguir passar por isso. sem sucumbir ao apelo sexual
deste homem, cai por terra.
Eu sei que Elijah não é suave no sexo. Tudo nele grita macho alfa ao
extremo. Aposto que é daqueles que te puxam os cabelos, enquanto te fodem
selvagemente por trás. Puta merda.
Liam recebe uma ligação e os dois saem por uma das portas laterais.
Não posso evitar, meu olhar volta para ele. Oh, meu Deus!
Elijah atravessa o salão, como se fosse o dono do espaço. Seus olhos não
desviam dos meus, em nenhum momento e eu de repente, quero ouvir o
conselho da Mel e debandar dessa loucura. Ele é demais para mim e minha
vagina faminta. O homem parece um modelo saído de uma capa de revista.
Sejamos sinceras aqui, eu corro o risco de pular nos ossos desse deus da
guitarra. Só estou avisando. Minha situação é precária pra caralho, não me
julguem.
Ele não diz nada. Seu olhar desce lentamente pelo meu corpo e o canto
direito da sua boca, sobe um pouco, como se estivesse rindo de uma piada
interna. Seus olhos se estreitam em fendas e arrastam de volta para os meus.
Há um brilho perigoso lá, fervendo nas profundezas.
Liam convidou todos para um jantar no The Ivy. Merda. Eu tenho que ir.
― Sim. Parece que não vou conseguir me livrar de você, tão facilmente. ―
eu me forço a antagoniza-lo.
Seu cheiro provocando meus sentidos. Seu olhar cheio de más intenções,
perfurando o meu. Ele sorri baixinho e abaixa a cabeça, até estarmos
respirando bem próximo.
Por que ele teve que cismar comigo? E por que no inferno ele tem que ser
tão bonito? E esse cheiro? Algo inebriante, limpo, intoxicante.
Eu fico meio tonta com o quanto ele é bonito quando sorri livre do
sarcasmo e presunção habitual.
Ele não está me tocando, mas, sinto o calor do seu corpo, a polegadas do
meu e é mil vezes mais tentador.
Sua boca viaja para o meu ouvido, seus lábios não tocam, mas, sua
respiração está fazendo coisas más comigo. ― Eu vou comer você. ― um gemido
baixo me escapa, quando sussurra isso.
Ele traz o rosto para o meu e sorri, daquela forma que adoro, de novo.
Não, não adoro. Sim, adoro. Gah!
Eu ainda posso sentir sua carne quente e pulsante contra a minha mão
enquanto eu o masturbava atrevidamente.
Deus, aquela foi à experiência mais quente que já tive, com um cara e eu
não consigo esquecer, por mais que tenha tentado.
― Sara... ― meu nome sai num sussurro, carregado de tesão dos lábios
obscenos. ― Sinta o meu pau. Porra, eu quero você.
Afaste-o, Sara.
Não, eu não quero. Sim, eu quero. Santa porra! Estou tão ferrada. Ele
não vai me deixar fugir dessa vez.
― Há quanto tempo não tem um pau dentro de você, baby? ― droga. Por
que ele tem que ser tão direto?
Estou sem sexo aqui, amigo! Quero rosnar, mas, acho que isso iria
despertá-lo ainda mais. Oh, cale a boca, Sara.
Seu nariz desliza pelo meu rosto e eu gemo em lamento. Ele sorri da
minha miséria.
— Eu conheço esse cheiro, Sara. Você está louca para gozar. Você
precisa de um pau te enchendo, batendo naquele ponto doce, não é baby? Me
deixe cuidar de você. ― Cristo, há muita gente em volta, mas, a menina má,
impertinente em mim, está loucamente excitada, com suas promessas sujas. ―
Dê para mim, querida. Apenas deixe ir. Dê. Para. Mim. ― ele murmura.
Meus joelhos são geleia nesse momento, mas me forço a não cair tão
facilmente e empurro minhas mãos em seu peito. Eu quase gemo com o calor
irradiando de seus músculos firmes. Merda.
― Não me trate como uma de suas vadias, Elijah. ― rosno, reunindo cada
grama de força, dentro de mim.
― Se você fosse uma das minhas vadias, já estaria curvada sobre a pia
de algum banheiro, tomando o meu pau em seu rabo. ― ele ri perversamente
quando arregalo os olhos, chocada com sua devassidão. ― Ou de joelhos, me
chupando.
― Você não tem ideia do quanto... ― seu olhar cai para a minha boca e
eu não posso ajudar, lambo os lábios. Ele range e diz num sussurro áspero: ―
Eu vou foder você! Não adianta mais correr! Você entende o que estou dizendo,
Sara? Fim da linha para você! Sem mais joguinhos, porra!
Uau! Minha vagina está me implorando para ceder, mas eu preciso obter
algum respeito, não é? Quem ele pensa que é para vir para cima de mim assim,
todo macho, lindo, gostoso? Merda.
Foco, Sara.
― Não finja que sua boceta não está toda melada para mim, querida. ―
ele inala, suas narinas tremulando. Seus olhos aquecem, tesão bruto
cintilando neles. ― Nós dois sabemos que está tão excitada, que me deixaria te
arrastar para um dos banheiros, e te foder bem duro. Você quer isso, pequena
fada. Está escrito em sua carinha linda. ― seu corpo me prende na parede e eu
arquejo.
Puta merda. Eu olho em volta, mas, não vejo sinal da Mel e do Liam.
Ninguém para me salvar do assédio. Bem, só eu mesma. Certo, eu vou
empurrá-lo a qualquer momento, ok?
— Você está toda ofegante, desejando o prazer que sabe que o meu pau
pode te dar. Sua boceta está úmida, latejando, doendo para ser preenchida. ―
estou ganindo como uma cadela no cio agora. Maldito seja ele e sua boca suja!
Cachorro, galinhão! ― Eu não vou ser gentil, Sara. Você me deixou com tanto
tesão, que vou rasgar essa sua pequena e apertada boceta. Duro. Vou te foder
como nunca foi fodida, na porra da sua vida.
Deus do céu! Como pode ser excitante um cara te dizendo que vai rasgar
sua vagina? Minha Nossa Senhora da perequitas, protegei a minha, porque eu
sei que é totalmente insano, mas quero deixá-lo fazer exatamente isso. Estou
muito envergonhada com esse pensamento. Não muito para ser sincera...
Trágico.
Eu levo minha unha do polegar à boca. Uma mão quente para o meu
ataque à minha pobre unha que não tem culpa de nada. Eu giro a cabeça e
encontro olhos verdes, me encarando. Ele dá um aperto suave na minha mão.
― Não fique nervosa. ― sua voz e expressão são quase suaves, como se
não estivesse, ainda há pouco, falando as coisas más, que faria para mim. ―
Você está linda. Perfeita para o clip.
Minha boca cai aberta, porque eu nunca vi esse lado dele. Mas, é claro
que ele tinha que cagar tudo logo a seguir:
― Gravando!
Eu sinto que minha vida não será a mesma depois desse clip.
Eu noto isso meio que, com a visão periférica porque meus olhos não o
deixam, completamente.
Eu tremo. Merda.
O refrão da música não poderia ser mais apropriado. Ele está fodendo
minha bunda e eu estou me movendo junto, completamente perdida em seu
cheiro, seu corpo firme me prendendo ao dele.
Eu não consigo segurar um gemido dessa vez. Ok, eu sei que estou
perdida. Eu soube no momento em que concordei em fazer o clip.
― Fim da linha. ― suas últimas palavras são rosnadas antes de sua boca
mergulhar na minha e oh, cara...
Todos somem.
Elijah me beija como se fosse meu dono. Como se tivesse feito isso mil
vezes antes e tivesse plenos direitos sobre isso. Seus braços enrolados em mim.
Seu corpo duro, seu cheiro másculo me drogando os sentidos. Seu beijo é
perversamente provocante. Sua língua lambendo e chupando a minha, fazendo
minha calcinha gotejar e minha respiração alterar de tal forma, que não
consigo conter os gemidos.
Agora somos apenas eu e ele.
Oh, cara, eu estou tão fodida. De verde e amarelo! Ele está certo.
Ele ri, ofegante e agarra a minha bunda, me puxando para mais perto,
como se isso fosse possível. Continua moendo gostoso em minha vagina
necessitada. Minha mente só consegue registrar o seu bem dotado pau,
esfregando em mim obscenamente. Me penduro em seus ombros firmes e me
entrego de vez, dando tudo de mim nesse beijo.
― Porra... Caralho... Sara... ― ele geme meu nome e eu nunca ouvi nada
mais erótico e bonito. Seus dentes estão puxando e mordendo meus lábios,
meu queixo e depois, voltando sua boca exigente para a minha. ― Porra... ―
rosna e me levanta pela bunda. Eu facilito, envolvendo minhas pernas ao seu
redor. Entramos em um frenesi de mãos e bocas. Gemidos e rosnados. Ouço
vagamente a música ao fundo.
― Corta!
― Corta!
― Corta!
O quê!?
CAPÍTULO DOIS
Sara
― Você tem certeza de que está bem, maninha? ― Mel pergunta baixinho,
me fazendo puxar o olhar, de volta do espelho. Ela está preocupada depois de
ter visto o beijo completamente faminto, indecente... Oh cara! Que compartilhei
com Elijah. Posso ver isso em seu olhar. ― ainda pode parar. Ainda pode...
― Está tudo bem, Mel. ― eu minto.
― Sim, eu vou transar com ele. ― digo num tom malicioso. ― vou dar
uma maldita chave de coxas no imbecil. Não é isso que ele quer?
E lá, parado de costas, olhando para fora, está Elijah. Puta merda.
Meus olhos o bebem sem cerimônias. Suas costas são amplas, com
músculos nos lugares certos. Há uma guitarra tatuada na omoplata esquerda.
Liam tem uma igual no lado direito. Eu acho que essa é uma coisa deles.
Meu olhar desce mais, caindo para a boxer preta, que deixa sua bunda
absolutamente comestível. Ele olha por cima do ombro e me pega checando seu
traseiro, antes que eu desvie o olhar. Merda.
A voz rouca e sexy do meu cunhado enche o recinto quando paro atrás
de Elijah. Espalmo as mãos em suas costas e o sinto tremer levemente, sob
meu toque. Isso arranca um sorriso arrogante de mim. Ora, ora...
Eu não queria estar tão atraída por ele. Todos os meus instintos me
dizem para correr na direção contrária. Eu sei que nada mais substancial pode
vir de uma relação com Elijah. Ainda assim não consigo refrear esse desejo
louco correndo em minhas veias, cada vez que estou perto dele. Bem, talvez o
remédio seja prová-lo logo e tirá-lo de uma vez por todas do meu sistema.
É isso.
Apenas sexo.
Não deve ser tão difícil. Milhares de pessoas fazem isso o tempo todo. Eu
posso transar loucamente com um rock star quente e depois seguir em frente.
É claro que eu posso.
Tento me convencer.
*******
Meu pulso acelera com a maldita cena, que não sai da minha cabeça.
Sua boca saqueou a minha, bebendo, sugando tudo de mim. Calor e fogo
inflamando o meu ventre, enquanto eu gemia como uma vadia. Ele emitindo
um misto de sorriso e rugido contra meus lábios, chupando e mordendo-os
obscenamente.
Meu corpo não parece ter nenhum problema com isso. Meus seios ficam
tensos, os mamilos duros só em lembrar. Parece que ainda estou ouvindo-o
gemer meu nome, na minha boca.
Não venham me condenar, por favor. Ele queria me devorar ali mesmo,
pelo olhar feroz em seu rosto... E eu não me orgulho de dizer, que o deixaria
fazer isso.
Acho que Elijah pode ter razão e eu não posso lidar com ele, no final das
contas. O cara é muito intenso.
Muito gostoso.
Muito cachorro.
Muito tudo.
Sinto falta da nossa convivência cotidiana. Meu pai é muito ligado à mim
e à Mel. Nunca tivemos segredos para ele devido a nossa mãe ter nos deixado
muito cedo. Eu sinto falta dele terrivelmente.
― Acabei de falar com Mel e ela me disse que filmaram a primeira parte
do clip hoje. ― sua voz é mais séria. ― Você está bem com isso? Não pense que
não tenho percebido a animosidade entre você e Elijah, desde que se
conheceram.
― Papai, não sou mais uma garotinha. ― bufo. ― Se algo acontecer não
vai passar de sexo, fique tranquilo.
― Sara, pelo amor de Deus! Eu ainda sou o seu pai! ― ele range em
desgosto no meu ouvido. ― Não quero ouvir minha menina falando assim.
Deus, o que eu disse demais?
― Sempre tão atrevida. ― sua voz fica mais suave. ― Apenas tome
cuidado, querida. Deixe o guitarrista em segundo plano e concentre-se na sua
carreira. Liam está sendo muito generoso com você.
Ele diz a última parte todo orgulhoso. Meu pai é um fã de Liam Stone
agora. Meu cunhado é mesmo um homem excepcional, disso não posso
discordar.
― Sim, papai. Farei isso, e sim, Liam é uma pessoa admirável. Minha
irmãzinha está sendo bem cuidada, pode ter certeza.
― Cristo! Olhe a boca, Sara! ― meu pai me repreende. ― Ele me disse que
está profundamente arrependido, pela forma como tudo terminou e...
― Ele pode enfiar esse arrependimento todo, você sabe onde, pai. ― rosno
e ouço-o resmungar mais uma vez, para meus maus modos. ― Diga a ele para
me deixar em paz! Por favor.
Ele suspira.
― Eu direi querida. Sinto muito que teve que passar por isso. ― seu tom
é todo paterno agora. ― Você amou aquele pateta, desde a adolescência.
― É. Eu amei. Passado, pai. ― digo firme. ― Ele não merece ouvir mais
nada de mim.
― Direi isso, se ele me ligar outra vez. ― garante. ― Mas, vamos... Eu não
liguei para falar de seu ex noivo. Conte-me, como está o trabalho na
gravadora? Você vai cuidar exclusivamente da banda? Estou tão aliviado que
esteja perto de sua irmã, querida.
Sim, sou um caso totalmente perdido. Minha vagina possui zero respeito
próprio quando se trata daquele galinhão.
Trágico, eu sei.
Gemo.
Eu sei que o sexo com Elijah será algo fora da minha liga. O homem
exala sexo. Não qualquer sexo. Algo escuro, sujo, suado, safado. Ele tem esse
jeito perverso, malvadão... Um roqueiro com tendências para Christian Grey...
Ontem estive numa tarde de meninas com a Mel. Fomos a algumas lojas
exclusivas na Rodeo Drive. Ela insistiu em pagar pelos vestidos matadores e
um Jimmy Choo assassino, que me agarrei e me recusei a largar. Eu iria
pagar. Claro, correndo o risco de comprometer boa parte do saldo dos meus
cartões de crédito, porque as peças eram caríssimas. Eu quase tive um treco
quando a vendedora, que só faltou pegar a Mel no colo, nos disse o valor. Mas,
minha irmãzinha está aprendendo a ser persuasiva com seu marido. Acabei
cedendo. Afinal, era um maldito Jimmy Choo!
Sorrio para o meu reflexo no espelho. É isso aí, garota! Você está um
arraso! Congratulo-me antes de pegar minha carteira e sair.
Gafe total.
Cheguei cedo demais pelo visto. Certo, admito que estava ansiosa,
parecendo uma colegial a caminho do primeiro encontro, com o cara mais
popular da escola.
NÃO é um encontro!
Sei que estou dirigindo e não é aconselhável. Vou beber apenas água
depois. Certo?
Estou prestes a tomar um assento, quando minha cabeça gira com o som
de um sorriso feminino afetado e meu coração para, com o que vejo.
Elijah está no bar, do outro lado de uma parede de vidro e ele não está
sozinho.
Sim, vocês rolaram em uma cama, não tem nem duas horas, mas, foi
apenas encenação. Uma encenação na qual gozou como uma cadela no cio,
mas, vocês não têm nada. Nada, entendeu?
Seus olhos passeiam por mim lentamente, de cima a baixo e seus lábios
sobem nos cantos.
Não, ele não vai fazer o que estou pensando. Ele não vai...
Meu estômago cai em queda livre, enquanto o vejo aproximar sua boca
da dela, seu olhar nunca deixando o meu, como se estivesse me provocando,
me desafiando a desviar o olhar.
Oh, Deus!
Ele é um escroto por me fazer ver isso, mas, a expressão faminta em seu
olhar é para mim. Não sei que jogo doente é esse que está jogando, mas, sinto
como se esse beijo fosse em mim. Para mim.
E de repente estou com mais raiva ainda porque o idiota nunca beijou a
minha mão. Cristo! Há algo de muito errado comigo.
Gemo em desgosto.
Ele é tão cínico. Eu quero bater na cara dele. Ele me irrita e me excita na
mesma medida.
Ele tem um aperto firme e seu olhar me diz, que está bem interessado.
Nada como um bom flerte para fazer uma garota se sentir bem.
― Sim. ― respondo.
Não vou adicionar mais detalhes da razão de estar em LA. Quando se
tem um cunhado mundialmente famoso como o meu, precisamos ter muito
cuidado, com o que sai da nossa boca.
― Eu adoraria...
Ele chega bem próximo, nariz a nariz com um confuso e assustado Alex.
Eu quase sinto pena, mas, aí me recordo que os homens são escória.
― O quê!? ― o rosto de Alex fica vermelho e ele recua a mão das minhas
costas. Covardão. ― Me desculpe cara, eu não sabia que ela estava
acompanhada...
― Qual é a porra do seu problema? Eu não estou com você, seu maldito
vira-lata! ― empurro seu peito com a mão livre. Ele abre um de seus sorrisos
irônicos, mas, não cede um milímetro.
― Me desculpe mais uma vez, por abordar sua garota. ― Alex, o idiota,
sai sem me dar um segundo olhar. Nem acredito que dei preciosos minutos do
meu tempo para o covardão baba-ovo.
Elijah
O cara se afasta em direção ao bar, sem nem mesmo dar uma última
olhada em Sara.
― Você tem batom em seu queixo. ― Sara aponta meu maxilar, torcendo
os lábios com escárnio. Eu limpo e sorrio para o tom de despeito em sua voz.
Ela bufa, mas, a respiração engata, suas pupilas dilatam e ela bebe um
grande gole da sua bebida. Eu rio triunfante.
Ela pode dizer o que quiser, mas, eu sei que sua boceta quer o meu pau
tão ruim, quanto ele a quer. Ajusto-me nas calças. Meu pau engrossando,
pressionando o zíper.
Ela está realmente deliciosa esta noite. Vestiu-se para mim? Pergunto-
me envaidecido com a possibilidade.
Não tem nem duas horas que nos comemos na cena do clip, mas, estou
pegando fogo para tê-la embaixo de mim de novo. Só que desta vez sem a
barreira das roupas. Sua boceta nua, recebendo meu pau furioso em suas
profundezas.
Porra.
― Seu apartamento de foda, você quer dizer? ― diz com repulsa. ― Posso
contrair uma DST apenas respirando o ar daquele lugar.
― Diga o que quiser, mas, para mim há uma palavra que define bem
homens como você. ― diz entre dentes. ― Homem puta! Galinhão!
― Opa! São duas palavras aí. ― rio, me divertindo com sua luta para não
ceder ao nosso tesão mútuo. ― Escolha uma, baby. As duas me ofendem
profundamente. ― levo a mão de forma dramática ao meu coração. Ela aperta
os olhos descontentes em mim.
Mal posso esperar para derrubar suas barreiras uma a uma, varrê-la do
chão e tomar o que eu quero. Nunca tive muita consciência quando se trata de
foder. Não é agora que vou começar a fazer concessões. Ela vai me dar, até que
eu esteja saciado e pronto para passar para a próxima.
Eu a afeto muito.
Sorrio vitorioso, mas, antes que nossas bocas se toquem, ouço alguém
limpando a garganta. Olho por cima do ombro e vejo meus companheiros lá,
parados com suas mulheres.
Eu? Eu não dou a mínima para isso e estou contando os minutos para
sair daqui e foder os miolos da pequena fada. Meus olhos a procuram do outro
lado da mesa. É, a cadela se sentou bem longe de mim. Não consigo segurar
um riso. Se ela acha que vai me escapar hoje está redondamente enganada.
Jesus! Eu não sei por que estou reagindo tão possessivamente com ela.
Eu nunca fui assim com nenhuma cadela que comi. Eu nem ao menos a fodi
ainda. Que porra é essa?
Estreito meu olhar sobre ela enviando-lhe um aviso. Não brinque comigo,
Sara. Você não sabe do que sou capaz.
Boa menina. Eu sorrio-lhe. Ela rola os olhos como se não estivesse como
eu, contando os minutos para pularmos nos ossos um do outro.
Cachorra. Meu pau baba nas calças com sua insinuação descarada.
Foda. Quando eu pegar essa vadia...
― Eu comecei Espanhol recentemente. ― diz o idiota totalmente alheio,
ao fato de que estou planejando uma morte lenta para ele, se não parar de
tentar roubar o que é meu.
― Oh, você vai amar. ― ela o encoraja. O cara está babando em cima
dela, porra. ― Eu acho um idioma muito sexy.
Eu quero chutar as bolas do Stone agora. Ele sorri como o bastardo que
é, e aconchega sua mulher, beijando-a na têmpora. Ugh! Tão veadinho.
Minha cabeça gira e encontro com a loira bonita que arrumou meus
cabelos mais cedo no clip. Eu abro um sorriso de lobo e lhe dou uma piscadela
sacana, dando-lhe o sinal verde para continuar sua subida... Ela sorri e se
debruça para mim. Meu olhar cai para o decote generoso. Jesus! Ela tem peitos
indecentes. Meu pau, que esteve duro toda a porra do jantar, se sacode com
interesse. Eu amo uma comissão de frente avantajada. Quando maior melhor.
Gozar numa garota aleatória não vai resolver meu problema. Preciso
descarregar cada gota dentro do corpo de Sara. Só isso me deixará satisfeito.
Chega de substitutas.
― Ele disse que está um pouco incomodado com sua herpes genital.―
Sara diz com um risinho perverso.
Mais risos.
Como é possível ficar ainda mais excitado com uma garota que te lança
insultos o tempo todo? Estou atribuindo isso ao fato de que vou gozar ainda
mais forte, quando finalmente dobrá-la, quebrar esse topete que ela tem. É
tudo sobre a emoção da caça. Nunca tive que correr tanto atrás de uma boceta.
Ela vai me pagar por isso. Ah, se vai...
― Nossa, vocês, com certeza tem uma coisa acontecendo. ― o diretor sorri
de forma afetada, gesticulando muito com as mãos de unhas ridiculamente
bem feitas, para um cara. ― Pensei que era apenas no estúdio, mas, isso,
claramente vai além... ― a equipe inteira concorda e tem sorrisos maliciosos em
seus rostos.
Funcionou.
Ele nos informa que faremos uma pausa de três dias nas gravações, para
a equipe analisar as cenas já feitas, editar e, se for necessário, regravar tudo.
Eu passei todo o tempo desejando mil mortes para nosso ilustre diretor,
a cada vez que ele cortava nosso clima. Ele claramente não gosta da fruta.
Ironizo.
Nos despedimos da equipe. Forrest troca números com Sara. Ela sorri
provocantemente para ele e seu olhar me flagra olhando-os. A vadia se estica
toda e o beija na bochecha.
Cadela. Dou-lhe um sorriso malvado, dizendo com meus olhos que vou
fazê-la pagar por sua pequena exibição.
― É verdade que está rolando um clima entre você e Sara, fora do estúdio?
É por isso que não posso tornar público qualquer coisa que acontecer
entre nós. Não seria justo com ela.
Não sei de onde veio esse sentimento de proteção. Bem, Sara não é
qualquer vadia que posso comer, sem me preocupar com repercussões na
mídia.
Até pouco tempo atrás esses bastardos estavam fodendo tudo que se
movia. É a porra de uma piada que estejam bancando os moralistas, para cima
de mim agora. Inferno, nós compartilhamos tantas vadias, que perdemos a
conta.
Collin, Sean e eu fazíamos uma orgia toda maldita semana. Agora eles
fodem apenas uma boceta. Ugh! Tenho pena dos idiotas.
Ok, não posso evitar um sorriso debochado. Eu sou muito, muito ruim
quanto se trata de mulheres, admito. No entanto, estão agindo como se Sara
fosse uma virgem, que quero deflorar.
Aposto que a pequena fada pode aguentar uma noite inteira de foda
dura. E é exatamente isso que terá comigo.
Boa garota.
Ela faz um show do caralho, rebolando essa bunda deliciosa, até entrar
no veículo. Cachorra gostosa.
PS: Espero que você realmente saiba usar esse pau enorme... Eu odiaria
perder o meu tempo.
Na verdade, eu gargalho.
CAPÍTULO TRÊS
Elijah
― Querido. Por que demorou a atender? ― ela questiona com voz suave.
― Cristo, nunca vou me acostumar com você andando nessa coisa por aí.
― reclama e eu rio um pouco. Ela sempre ficou aflita com a minha predileção
por motos em vez de carros. ― Jess estava mais calma hoje. Achei que ficaria
feliz em saber. ― eu não consegui ver minha prima hoje.
Ela está avançando no tratamento contra o vício. Eu sei que vai vencer
essa merda. Torço por isso todos os dias.
― Isso é bom, mãe. Ela vai sair dessa. ― digo, olhando nos arredores. Um
Ranger Rover preto para do meu lado. Eu bufo. Mat. Tava demorando. ― estou
a caminho da casa de uma amiga. Não me espere acordada. Vovó está bem?
Ela sorri. Minha avó chegou hoje de manhã de Seattle e já está nos
enlouquecendo.
― Filho, a mulher de seu pai ligou aqui para casa, ela estava aflita e...
Eu vejo vermelho com isso.
― Eu sei o que ela disse e não dou uma merda para isso! ― rosno,
passando uma mão pelos cabelos. ― E pare de dizer que aquele cara é o meu
pai.
Não sei como minha mãe não guarda rancor por esse infeliz tê-la
abandonado, com duas crianças para se virar sozinha. É incompreensível para
mim. Eu não sou tão benevolente. Foda-se ele! Que morra e vá para o inferno!
Ele com certeza merece.
Minha irmã está em acordo com essa merda? Como pôde esquecer tudo o
que passamos, quando o maldito alcoólatra nos deixou e nunca olhou para
trás?
Ela era pequena, tinha apenas cinco anos, enquanto eu tinha sete.
Obviamente não se recorda do quanto nossa mãe ficou destruída, quando ele
se foi. O covarde saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou para sua
mulher e filhos.
Ele se casou com a minha mãe quando eu tinha nove anos. Ele a tirou de
um caminho de destruição. Minha mãe quase morreu, duas vezes, se dopando
de pílulas e mais pílulas para dormir. Rick era o médico que a atendeu na
segunda vez na emergência. Os dois se aproximaram e desenvolveram uma
relação de amizade que, rapidamente evoluiu para algo mais. Eles se casaram,
apenas seis meses depois que se conheceram e tiveram mais uma filha, minha
irmãzinha Kate, que acabou de completar dezoito anos. Rick adotou a mim e
Chelsea. Ele nos amou e tratou sempre da mesma forma. Ele é o único pai que
reconheço e quero na minha vida.
― Eu não vou tomar parte disso. Se Chelsea quer ver aquele cara, não
posso fazer nada. ― falo duramente. ― Eu te amo, mãe, mas, por favor, não me
peça para ir lá. ― amenizo meu tom. ― Nada de bom pode vir desse encontro.
― Eli...
Ele rola os olhos. Eu sei que nada o agradaria mais do que me dar umas
porradas em momentos como esse. Isso me faz sorrir mais.
― Vamos, Eli, seja razoável, cara. ― sua voz está tensa. ― Não é sábio
andar por aí nessa moto, desprotegido.
― Você está aqui, não está? Eu concordei em colocar a porra de um
rastreador na minha garota. Você deveria estar agradecido, por eu deixá-lo
violar Pandora.
Ele rola os olhos mais uma vez ao ouvir o nome da minha moto.
Jesus, o homem não sabe brincar... Não sei por que, o mantenho na
equipe.
Mat ainda terá muito trabalho comigo, podem apostar. Talvez eu devesse
aumentar o seu salário para deixá-lo mais maleável. Eu rio. É uma ideia.
― Por quê?
― Por que eu quero. ― digo um pouco irritado, que ele esteja me
questionando.
Bem, Liam realmente me contou que Sara não aceita nenhuma das
regalias, por ser da família. É surpreendente. Agradavelmente surpreendente.
Qualquer uma em seu lugar, tiraria proveito de ser cunhada de Liam Stone.
Embora seja admirável sua postura, é muito estúpido não aceitar segurança.
Estou ajudando meu parceiro. É claro que é isso.
Sara
Eu entro no meu apartamento e tranco a porta imediatamente.
É isso.
Gemo porque sei que ele não irá embora assim, simplesmente.
Merda! Lamento.
Aproximo-me da cama e pego meu celular na bolsa. Pode parecer
ridículo, mas vou chamar minha irmã. Mel é boa em dar conselhos e é a mais
sensata de nós duas.
Minha irmã estava fodendo seu rock star? Ótimo! Apenas ótimo.
― Ei, o que houve? Nós acabamos de nos despedir. ― seu tom é mais
firme e apreensivo.
― Uau! Você o atiçou, maninha. ― ela diz baixinho. ― Você não deve
brincar com um cara como Eli, Sara.
Ela sorri um pouco com meu mais novo adjetivo para Elijah.
― Não abra a porta, então. ― ela diz baixinho. Deve estar mantendo
nossa conversa escondida de Liam.
Ouço meu cunhado sorrindo ao fundo. Puta merda. O que minha irmã
estava fazendo? Eu não consigo segurar um riso malicioso.
― Eu, ah! Tenho que desligar... Maninha. ― ela sorri, meio sem jeito por
ter sido flagrada no ato. ― Se você não estiver certa de que quer ir adiante com
Eli, basta não abrir a porta, Sara. Simples assim.
Simples assim.
Oh, cara...
― Farei isso... Quero dizer, não farei isso. Merda! ― nós duas rimos com
a minha confusão. ― Boa noite, baby. ― não resisto a uma última brincadeira.
Ela gargalha.
Confiro o relógio pela milésima vez. Seus vinte minutos expiraram já tem
algum tempo.
Vou até o mini bar e me sirvo de uma dose de uísque puro. Recordo-me
que Elijah ficou surpreso, quando me viu tomar a bebida tipicamente
masculina uma vez na cada de Liam. Reviro os olhos. Por que não consigo
parar de pensar nesse idiota?
Seleciono minha pasta da Sia. Ando meio obcecada com essa cantora
ultimamente.
Esse é de uma autora brasileira. Estou feliz com os muitos talentos que a
literatura erótica tem revelado em meu país.
Merda. É ele!
― Sara? ― merda!
Apenas ouvir o som da sua voz, faz meus mamilos endurecerem e minha
calcinha molhar.
O quê? É claro que minha reação está sendo ampliada pelo álcool, em
meu sistema. Pelo menos é o que estou dizendo a mim mesma, tentando
ferrenhamente me manter calada.
Antes que eu tenha tempo de dizer qualquer coisa, ele está em cima
mim, fechando a porta com um chute e me prendendo contra ela.
Ele chupa a minha língua, morde meus lábios e recomeça tudo de novo,
me transformando em uma poça.
Uma das mãos, deixa meus cabelos e viaja para baixo, apertando minha
bunda. Se afasta um pouco e enfia a mão entre minhas coxas. Um grunhido
alto sai da sua boca quando sente o tecido empapado. Agarra minha vagina,
cavando e amassando a carne molhada possessivamente, sua palma
pressionando meu clitóris.
Minha nossa!
Elijah fode a minha boca com a língua, da mesma forma que fode meu
canal escorregadio com os dedos.
Agora.
Então, puxa a minha camiseta pela cabeça. Seus olhos caem para os
meus seios nus, tensos, implorando para serem tocados. Tira sua jaqueta
devagar, o olhar deslizando por cada centímetro da minha pele exposta.
Meus olhos descem pelo peitoral bem definido, o tanquinho perfeito até o
v sexy sumindo nas calças. Lambo os lábios quando vejo a protuberância,
empurrando contra o zíper.
Levo meu olhar para o seu e quase gemo, com a fome crua que vejo
flamejando lá. Saber que ele me deseja tanto assim me faz sentir coisas, que
não quero analisar no momento.
(É perigoso se apaixonar)
Hurt me
(Machuque-me)
There’s two of us
Seu olhar queima em cima de mim, contudo, ele ainda não avança.
Puta merda!
Sua voz é firme e autoritária; meu núcleo treme; cada nervo do meu
corpo cantarola; ansioso para atender seu comando.
Não devia me excitar com suas palavras ofensivas, cruas. Mas, o efeito
em mim é o contrário; deixa-me ligada ao máximo. Suas mãos se fecham em
meus seios e ele empurra sua ereção, moendo em minha bunda.
― E sei seu outro segredo, baby. ― sua risada é escura, malvada. ― Você
quer o meu pau tão mal, que fará tudo que eu quiser. — Sim, sim! Eu gemo em
lamúria com seu ataque aos meus sentidos.
― Vou te comer de todas as formas que eu quiser e você vai adorar cada
segundo, gemendo, gritando no meu pau. Sabe por quê? ― Mio arquejando,
sentindo-o amassar a carne dos meios seios grosseiramente e cavar o pau com
força, entre as minhas bochechas. ― Porque você não consegue parar de
pensar nisso. Você já é a minha cadela. Você tem sido minha, desde aquele
encontro no Brasil. ― puta merda, mais líquidos jorram arruinando a minha
calcinha.
― Tenho gozado para você todo maldito dia, sabia? E você, pequena
fada? Tem gozado para mim também? ― minha vagina aperta, completamente
alagada, com sua linguagem chula.
Oh, Deus!
― Eu sei que sim! Você tem tocado essa sua doce e apertada boceta,
salivando para ter o meu pau dentro dela, rasgando-a, esticando-a ao ponto da
dor. Essa é a sua fantasia. Não é? Menina suja. ― ele sorri e toma seu tempo,
amassando a minha carne, sentindo o tamanho e o peso de cada seio.
Devo dizer que sou bem modesta nesse departamento. Mas, ele geme
parecendo apreciar. Seus dentes raspam em minha orelha, descendo para o
pescoço e eu choramingo, sem qualquer vergonha com seus lábios, chupando
um ponto sensível. Segura os mamilos entre os indicadores e os polegares e os
torce.
Ofego com os pequenos choques de prazer, que isso envia para a minha
vagina, fazendo-me latejar e pingar. Nunca estive tão excitada em toda a minha
vida. Estou a ponto de implorar para ele apenas, parar com a porra da tortura
verbal e as preliminares e me foder logo.
Ele segue me torturando, puxando meus mamilos e rindo com cada som
humilhante, que escapa da minha boca. Suas mãos deixam meus seios e eu
grito quando seguram o topo das minhas coxas pela frente, me forçando a
espalhá-las. Ele me atormenta apenas acariciando minha virilha, somente as
pontas dos dedos tocando minha calcinha encharcada.
Sou uma massa ofegante, complemente à sua mercê. Eu nunca fui assim
tão desavergonhada no sexo. Um pouco atrevida sim, mas, nunca assim...
― Eu estava insano por isso. Sentir sua pele na minha. Ter seu corpo
embaixo do meu. Meu pau enterrado em você. ― eu mio em resposta. Ele ri. ―
Lembra o que eu falei naquela festa no Brasil, pequena fada? ― sua voz é tensa
e um pouco zombeteira no meu ouvido. ― Eu disse que você estaria em breve
com a calcinha nos tornozelos, enquanto eu te fodia profundamente por trás.
Lembra-se disso?
É agora!
― Porra! Eu fantasiei com isso tantas vezes... ― ruge. Suas mãos subindo
pelas partes internas das minhas coxas. Seus dedos deslizam
surpreendentemente suaves, pelos meus lábios melados. ― Essa pequena e
doce boceta em volta do meu pau e eu batendo em você tão duro e profundo
que ficará machucada. ― puta que pariu. ― Você quer isso, Sara? ― ele
continua a me torturar lá embaixo. ― Você está preparada para mim?
Minha nossa, eu nunca tive um cara fazendo isso para mim! Não assim,
com essa fome...
Eu berro desavergonhada.
Seus dedos encontram meu ponto G e ele ri, do seu jeito presunçoso,
massageando-o sem trégua. Sua língua mergulha em meu ânus, circulando-o,
fazendo pressão.
É tão erótico.
Tão delicioso.
Ele é delicioso.
Estou pingando.
Então, ele larga meus cabelos e as mãos vão para meus quadris,
puxando-me, forçando-me a arquear em sua direção e em seguida está
metendo em mim. Eu grito alto, sentindo cada nervo de seu pau grande e
grosso rasgando caminho, até a porra do punho, dentro de mim.
― Porra! Você é boa pra caralho... ― geme no meu ouvido. ― Você estava
tão louca por isso como eu estava, não é? Diga porra! Admita que é minha
cachorra agora. Que vai me dar essa boceta quando eu quiser.
Seu pau toca e massageia o ponto certo cada vez que me rasga até o
fundo. É um atrito diferente. Eu não sei o que é, mas, estou à beira do gozo de
novo. Me atrevo a rebolar, encontrando-o a cada arremetida.
Puta merda!
Deus do céu!
Estou ainda meio grogue quando sai de mim. Me seguro na porta para
não cair.
Ouço outro lacre se rompendo e meus olhos quase saltam das órbitas,
quando Elijah me vira e me levanta pela bunda.
Deus, ele está tão bonito assim, seus cabelos revoltos, mechas caindo
sobre a testa e olhos. Lindo.
Tomo o meu tempo sugando e mordicando seu gordo lábio inferior. Ele
geme baixinho. Invado sua boca, chupando e lambendo sua língua devagar. É
um beijo diferente agora. É mais calmo como o seu balançar em meu canal
machucado. Então, ele ruge e assume o comando, sua língua subjugando a
minha quando chupa duro, reconstruindo toda a excitação. Eu gemo, dando o
controle para ele. Pouco depois, sua boca viaja, depositando beijos suaves e
leves chupadas pelo meu queixo e pescoço. Apoio-me em seus ombros e arrisco
a me mexer, encontrando suas lentas arremetidas, no meio do caminho. Ele
geme longamente, alcançando meios seios. Beija cada um, lambendo e
mordiscando os mamilos. Seus lábios se fecham no direito e o suga, com mais
pressão.
Sua risada é perversa, mas divertida também e isso vibra contra a minha
carne. Ele morde meu mamilo em seguida e eu fico selvagem, quicando em seu
pau, chamando-o silenciosamente para acelerar, mesmo que já esteja dolorida
como o inferno.
Sua boca não para o ataque a meus seios e eu não paro de subir e descer
em seu eixo grosso. Ele consegue nos abaixar sem desfazer a conexão e logo
sinto a maciez do carpete nas minhas costas. Minhas pernas continuam
enroladas em seu quadril e eu as arreganho mais. Ele pragueja e se enterra em
mim com força, voltando a me comer com sua fome característica. Suas mãos
vêm para cada lado do meu rosto e as minhas vão para o seu. Ficamos assim,
boca a boca, olhos nos olhos. Sem beijar, apenas respirando irregularmente e
gemendo em uníssono, a cada vez que se enterra bem fundo.
― Goze para mim de novo, baby. ― sussurra tenso contra meus lábios.
Seu pau batendo no meu ponto fraco a cada golpe. Ele infiltra uma mão entre
nossos corpos e localiza meu montinho inchado. Resfolego quando a sensação
familiar formiga pelo meu corpo mais uma vez.
― Eu acho que não posso. ― murmuro, desgastada. ― eu nunca... Nunca
gozei tanto...
― Você é linda pra caralho gozando. ― sussurra, seus olhos estão mais
suaves também.
― Eu já volto. ― ele se levanta e sai. Pouco depois volta com suas calças e
um pacote em sua mão.
Uau! Uau!
― Sara... Jesus! Sara... ― ele geme comendo a minha boca como se não
houvesse amanhã. Quero dar o mesmo prazer que me deu e continuo levando-
o profundamente, puxando o piercing a cada oportunidade que tenho. Não
demora muito ele está engrossando, esticando meus lábios, suas veias mais
salientes. Acelero minhas chupadas, sugando, mamando-o duramente. Ele
segura minha cabeça e mete com força.
― Merda! Eu vou gozar! Tome cada gota, porra! Cada gota do caralho...
Ohh! Ahhhhhhhhhhhh! ― o final da frase foi um gemido longo e ele explode
em minha garganta. O gosto levemente salgado enche a minha boca. Eu
engasgo um pouco, mas engulo tudo e continuo o lambendo, sugando
avidamente, até sentir seu tamanho diminuir.
Ele sorri baixinho, ofegante e puxa para fora devagar. Acaricia meu rosto,
passando os dedos pelos meus lábios inchados.
Suas mãos brincam pela curva das minhas coxas, pela bunda e vai até
os ombros. Ele crava as mãos e começa a massagear. Gemo em deleite. Sinto-o
desfazendo os nós de tensão. Deus, ele tem mãos divinas. Relaxo, enquanto ele
toca cada centímetro das costas até os dedos dos pés, soltando todos os pontos
de tensão.
Elijah deve dar esse tratamento a todas que come por aí.
Meu coração tolo fica apertado porque não posso me dar ao luxo de
fantasiar algo diferente com ele.
Cada vez que repete o processo, seus dedos massageiam meu anel de
músculos.
Ele sorri e começa a espalhar o líquido frio em minha racha. Seus dedos
fazem aquela coisa de massagear meu ânus de novo. Deus do céu, eu vou
deixá-lo fazer isso? Eu nunca fiz... Eu salto quando ele força um polegar para
dentro.
― Eu sei, baby. ― ele diz, seu tom rouco e profundo. ― Você nunca teve
um pau aqui, não é? ― Deus, essa boca suja é a minha perdição. ― Vou foder
sua bunda bonita, e você corre o risco de ficar viciada em ser comida assim,
querida. ― seu tom é baixo, erótico, perversamente sedutor, como um canto de
sereia; não tenho forças para resistir.
Sim, era bom. Ele foi um amante atencioso, mas, isso... ISSO é algo fora
de qualquer escala, acreditem-me. André tentou me convencer a fazer anal e eu
nunca quis. Como na minha primeira vez com esse cara, estou o deixando
fazer tudo comigo?
Elijah continua besuntando meu anel proibido, alternando com a
massagem deliciosa em meus globos, os dedos passam pelos lábios inchados
da minha vagina e sobem lentamente para o meu ânus. Seu polegar massageia,
pressionando um pouco de novo e vai afundando. Eu gemo perdida nesse que é
o momento mais erótico e excitante da minha vida inteira.
Sua voz sussurrada me pede para relaxar e eu deixo ir. Seu polegar se
vai e em seguida ele volta com dois dedos, afundando-os devagar. Arquejo com
a sensação. Sua outra mão se enfia por baixo, procurando meu clitóris e o
manipula suavemente. Eu relaxo, puxando seus dedos para dentro inteiros. Ele
mete com mais intensidade agora. Tirando-os, trazendo para dentro de novo e
de novo. Eu gemo, tremendo no carpete.
Cachorro vira-lata.
Oh, puta merda! Não sou cartomante, mas, vejo um orgasmo balançar a
porra do universo no meu futuro próximo.
De repente, sua grande mão larga meus cabelos e seus dedos se fecham
em meu pescoço pela frente. Nessa posição ele está completamente em cima de
mim e entra profundo.
Seus dentes raspam em meu ombro. Ele me chupa com força. Eu posso
sentir o sangue subindo à superfície da pele. É doloroso, mas gostoso e eu
estou perdida, movendo meus quadris para cima, encontrando-o a cada
estocada.
Quando volto aos sentidos, estou deitada de costas. Elijah está pairando
acima de mim. Ele se levanta e percebo que está completamente vestido, os
cabelos molhados mostrando que provavelmente acabou de sair do banho.
Enfia a carteira no bolso da jaqueta e seus olhos passeiam por mim, como se
estivesse memorizando cada curva.
Ele parece diferente. Sua postura está tensa e sua mandíbula apertada,
enquanto seu olhar queima.
― Você é realmente muito gostosa. Valeu cada segundo que esperei por
você. ― diz, mas, seu tom não parece estar elogiando.
Ele parece com raiva por algum motivo que eu não sei. O que eu fiz de
errado além de desmaiar depois do último orgasmo? Seu olhar prende o meu
longamente, então murmura:
― Te vejo por aí. ― com isso, ele está me virando as costas e saindo.
Um escroto.
Eu pensei que... Deus, eu esperei... Eu não sei o que esperei, mas com
certeza não essa frieza pós-sexo enlouquecedor.
CAPÍTULO QUATRO
Sara
Há três dias eu fujo de Elijah como o diabo foge da cruz, o que devo
dizer, tem sido uma tarefa fácil, uma vez que ele também parece estar me
evitando.
Se for sincera, direi que meu coração idiota também está dolorido.
Eu nunca assumi isso, nunca ousei verbalizar, mas, uma parte de mim
sempre foi deslumbrada demais por Elijah Allen, o indomável e sexy deus da
guitarra. Sempre gostei e admirei os caras da banda, mas meus olhos e
suspiros eram todos para ele. Apenas para ele.
Conhecê-lo tão de perto, ver o tipo de escória que o cara é, deveria ter
colocado algum sentido em meus devaneios de fã. No entanto, a verdade é que
eu o desejei ainda mais. Essa coisa idiota e fantasiosa que nós, garotas, temos
de achar que podemos domar um bad boy.
Eu gostaria de dizer que não fico repassando cada momento nos braços
dele nessas últimas horas, contudo, estaria mentindo. Cada toque, seus lindos
olhos verdes presos aos meus, enquanto afundava em mim com força, sem dó,
depois lentamente.
Minha vagina aperta a cada vez que penso sobre nosso sexo sujo, suado
e enlouquecedor. Sua arrogância e perversão fora do comum me atormentam
desde então.
― Tia? Você não está ouvindo o que estou falando? ― Chay me olha com
censura.
Vim até sua casa em Malibu para almoçar com eles. Só tenho que voltar
à gravadora às quinze horas, para uma reunião com a diretora da Organização
Para Fins Sociais, que a banda criou há alguns anos. Aproveitei esse horário de
almoço estendido.
Liam não veio devido à uma reunião, com agentes de algumas das
bandas, que a gravadora está sondando. Uma coisa que já percebi é que ele e
os caras ralam de verdade. Não fazem corpo mole porque são astros do rock
fodões. Eles estão muito empenhados em fazer da Stone Records, uma
referência no ramo da música.
― Você é bonita também, tia. ― ele olha para sua mãe e praticamente
derrete, antes de completar. ― Não mais que minha mãe. Ela é a mais bonita
no mundo todo!
Por que o cachorro vira-lata não pode ser um perfeito príncipe como o
Liam?
Filho da puta!
― Não dá para engolir que aquele escroto, me fez sentir como merda,
maninha. ― admito.
― Você está certa. Ele foi escória como você costuma dizer. ― Mel
concorda; seu tom cheio de desagrado. ― Se eu não estivesse grávida, chutaria
suas bolas pessoalmente.
Eu rio um pouco. Mel também pode virar uma leoa, para defender a
quem ama.
Uma dor aguda atravessa meu peito, quando vejo a foto estampada na
tela: Elijah no seu estilo roqueiro fodão com jaqueta de couro e jeans pretos e a
modelo loira pendurada em seu braço, usando um vestido azul, tão curto e tão
justo, que a garota poderia morrer por falta de ar. Ele está sorrindo para ela
daquele jeito sexy e cínico que é a sua marca.
Não é preciso ser um gênio para saber como isso terminou para os dois.
Para cravar a faca ainda mais funda, no meu peito, as fotos seguintes
são do carro dele chegando a seu apartamento de foda.
Meu corpo todo está frio ao ver essa merda e confirmar o que eu já
suspeitava: nossa noite não significou nada para ele.
Nada.
Ela rola os olhos, sorrindo alto. Bom. Seu semblante está alegre de novo.
O maldito galinha não vai mais me afetar. Quando penso no nosso mal
fadado encontro, me sinto ridícula. Deus, eu nunca tinha sido tão permissiva,
submissa e subserviente com um homem. Com André eu dava as cartas na
maioria das vezes. Com Elijah, eu só fiquei lá, na maior parte do tempo
ganindo e balançando o rabo, ansiosa para atender a seus desejos como uma
cadela patética. Espero que o idiota tenha se divertido, porque essa merda, não
vai acontecer de novo.
Jamais.
***
Pego meu laptop na minha sala alguns minutos mais tarde e sigo para a
sala de conferência. Ainda faltam cinco minutos para começar a reunião, mas,
detesto chegar em cima da hora ou me atrasar para compromissos
profissionais.
Merda, meu corpo não possui qualquer respeito próprio, quando se trata
desse homem-puta do caralho.
Lamentável.
Você consegue passar por isso. Você sabia que não dava para evitá-lo
para sempre. E você sabia o que esperar de um cachorro vira-lata. Então,
mostre superioridade, garota.
Oh, Deus!
Posso sentir seus olhos em cada movimento meu, até chegar à mesa.
Todo o meu corpo se agita, me fazendo querer rosnar e me chutar, por reagir a
ele mesmo depois de tudo.
― Olá, Sara. Temos alguns minutos ainda. Teve um bom almoço? ― Liam
sorri calorosamente para mim.
― Sim, obrigada, foi muito atencioso da sua parte, me dar um tempo
maior para ir almoçar com a Mel e o Chay. ― ele meneia a cabeça, mas,
continuo. ― Vou compensar isso no final do expediente.
Sei que ele está dizendo a verdade, mas o homem, por mais doce que
seja, gosta das coisas do seu jeito, já percebi. Aceno e coloco meu laptop sobre
o tampo polido da mesa. Meus dedos estão levemente trêmulos. Droga. Os
escondo, cruzando as mãos no meu colo.
Minha nossa!
― Oh. ― pisco cautelosa. Por que diabos ele faria essa gentileza para
mim? Estreito meus olhos nos seus. Então, porque não posso parar a irritação
misturada à excitação, zumbindo em minhas veias eu digo no tom mais falso
que consigo reunir: ― Você sabe realmente como fazer uma garota se sentir
especial, não é? ― seu maxilar cerra e algo parecido com arrependimento brilha
fugazmente nos olhos. Toma essa, imbecil! ― Obrigada, você é muito... Doce.
Minhas narinas inflam. Eu quero dar uns bons tabefes nessa sua cara
bonita e cínica. Mas, em vez disso eu bufo e rio um pouco alto, minha
impulsividade levando a melhor, sobre as boas maneiras.
Elijah
― Sara está vindo aí, irmão. Melhor proteger suas bolas. ― Liam me avisa
com um risinho irritante em seu rosto. Se sua mulher não estivesse grávida eu
deixaria alguns hematomas na cara bonita dele.
― Deve ser por isso que está evitando encontrar com ela por três dias,
irmão. ― Collin alfineta. Dou-lhe o dedo do meio. Ele devolve a gentileza.
― Bom, como foi com a modelo russa? ― Sean inquire. Eu o fulmino. ― O
quê? Está em todos os sites de fofoca. Você não viu?
― Wow! Por que está tão irritado, irmão? ― Paul entra na conversa. ― A
russa não deve ter dado conta do recado, pelo visto.
― Pode ter sido isso, Paul. ― Stone volta a falar, seu sorriso se
escancarando mais ainda. ― Posso dizer com conhecimento de causa que
quando provamos uma brasileira... ― o bastardo amplia o riso sacana. ―
Caras, a mulher brasileira é digamos... Diferente.
Quero bradar, mas, não vou dar isso a esses cães sarnentos.
Porra, porra!
Não percebi o quanto estava faminto por vê-la, até este momento.
Merda, a estive evitando por três dias. Quando foi que fugi de uma
mulher? A resposta é nunca. Até agora.
Ela está vestindo uma saia preta justa, na altura dos joelhos, blusa de
seda branca e seus saltos matadores. Toda profissional, mas ainda assim,
linda e sexy pra cacete e todo o meu corpo se inflama, desejoso, saudoso, me
lembrando do quanto seu sabor é requintado.
Por que não consigo parar de querê-la? O que há sobre essa garota que
me tira do eixo? Seu olhar desvia e ela anda devagar, até a mesa.
Eu a como com os olhos, enquanto anda graciosamente. O leve gingar
dos quadris, me faz gemer baixinho. Meu pau engrossa e as memórias de
afundar até o talo no corpo, que passei meses do caralho apenas sonhando, me
assaltam impiedosas.
Quando chega até nós, seu cheiro flutua até o meu nariz e eu quase
rosno, cerrando meus punhos.
Não sei que porra intensa é essa que ela me faz sentir. É uma reação
feroz, animalesca.
Só quero ir até ela, jogá-la por cima do ombro, trancá-la em minha sala e
fodê-la até o esquecimento.
Soube que tinha agido como um merda, no momento em que estava fora
da porta do seu apartamento. Fiquei alarmado com a intensidade do que ela
me fez sentir. Isso é casual. Sem afagos e essas merdas de dormir de
conchinha. Eu não faço romance. Eu fodo duro e passo para a próxima. Isso é
tudo.
Não sei se foi a espera, mas, o fato é que a experiência foi fenomenal.
Por que ela não foi apenas mediana? Por que a cadela tem que ser a
porra de um espetáculo de morena e ainda por cima, uma aberração na cama?
Assim fica difícil cair fora.
Mas, não, a pequena fada tinha que aparecer e me foder com sua boceta
apertada e gostosa além da conta.
Sara ousou dar uma nota para o meu desempenho. Disse que fui apenas
mediano. É claro que estava mentindo. Eu ainda tenho marcas das suas unhas
nas costas, para provar o quão intenso a cachorra gozou. Mas, a entendo por
me dar o troco. Deixei seu apartamento com a firme resolução de não tocá-la
mais.
Então, para provar a mim mesmo que ela não mexeu comigo, para tirá-la
da porra da minha mente, voltei para a caça.
Sim, eu comi a modelo russa ontem. Uma linda loira de longas pernas.
Eu gostaria de dizer que foi excepcional, mas seria uma mentira do caralho.
Não tenho vergonha de dizer que gozei apenas quando fechei os olhos e
imaginei Sara comigo. Sua pele delicada, seu cheiro, seu gosto...
Mas, tenho um ponto a meu favor, ela adorou cada maldito segundo,
assim como eu. Seu tesão está lá queimando nos olhos bonitos, mesmo que me
atire dardos quando me olha.
Vamos retomar de onde paramos, isso é certo. Desta vez só vou sair,
quando estivermos ambos saciados.
O embate com Sara estava deixando meu maldito pau, cada vez mais
duro. Foda.
Minha reação à ela é irritante pra caralho. Eu detesto que me afete dessa
forma.
Os ouço discutindo a campanha de Natal ao fundo, enquanto bolo
estratégias para ter a minha cachorra gostosa, cavalgando no meu pau o
quanto antes, de preferência hoje.
― Concordo. ― meus olhos vão para Sara e uma ideia me vem à mente.
Sorrio-lhe. Ela levanta uma sobrancelha, seu olhar cheio de desprezo. ―
Podemos fazer alguns contatos com celebridades e leiloar encontros com elas, o
que acham?
Você me quer, pequena fada. Você sabe que quer e eu vou atrás de você.
De novo.
Seu olhar desce para a minha boca, um leve suspiro sai de seus lábios e
é a minha vez de cobiçar.
Cacete.
A estou fodendo com meus olhos, sem me importar com nada mais.
Ah, sim, a Srª Adams está olhando entre Sara e eu com uma expressão
surpresa e um tanto desconfortável.
― Devo dizer que criar uma organização para captar recursos para a
caridade é muito mais eficiente do que realizar ações pontuais. De quem foi a
ideia brilhante? ― ela pergunta cheia de entusiasmo.
― Foi minha querida. ― digo e seu olhar volta para mim, todo o
entusiasmo sumindo.
Rio sacana, enquanto ela tenta não deixar transparecer que está
revisitando a noite em que explodimos os miolos, um do outro.
Ele é tão metido a besta. De nós, o Stone sempre foi o mais bem
alinhado. Eu e os caras odiamos um terno. Só usamos em situações formais.
Surpresa!
Ela me olha, me dizendo todo tipo de palavrões com esses lindos olhos,
mas acena em concordância.
― O quê? Você aceitou fazer mais esse trabalho comigo sem brigas?
Estou um pouco decepcionado, pequena fada. ― instigo, contornando a mesa.
Ela ajeita seu laptop. ― Nós precisamos conversar. ― meu tom é livre de
brincadeiras e seus olhos encontram os meus.
― Eu, er, eu sei que saí de forma um tanto abrupta na outra noite e...
― O seu ponto de vista está bem claro para mim, Elijah. ― baixa um
pouco a guarda e posso sentir a mágoa em seu tom e olhar, mas ela pisca,
mandando a emoção embora. ― Aquele é você. ― suspira. ― Ouça: nós
transamos. Foi bom, mas não vamos fazer disso um show do caralho.
Enfio a mão livre em sua nuca e forço sua cabeça para trás, levantando
seu rosto, bem próximo do meu. Nossas bocas ficam quase se tocando. Um
gemido escapa da sua e um rosnado da minha.
― Não consigo parar de pensar em você. Você não sai da porra da minha
cabeça. Eu preciso estar dentro de você de novo. ― minha voz é um grunhido
contra seus lábios. Ela lambe o lábio inferior e sua língua roça a minha boca.
Eu gemo, colando nossos corpos, esfregando meu pau em seu ventre. O tesão é
claro em seus olhos marrons.
― Eu sei que nunca fez nada parecido. ― exalo alto. ― Droga! Eu não
consigo parar de querer você!
Sim!
― Você comeu a vadia! Você a fodeu, seu filho da puta! Você me dá nojo!
Eu disse para me soltar, porra! ― então, antes que possa sequer pensar, seu
joelho sobe e esmaga minhas bolas.
Santo inferno!
― Você não colocará mais essas patas sujas em cima de mim, seu
maldito vira-lata! ― diz lívida e pega seu laptop, marchando para a porta.
― Você pode enfiar essa proposta, você sabe aonde, idiota! ― joga-me
punhais com os olhos. ― Não vou pensar apenas com a minha vagina, só
porque você fode gostoso. ― wow! ― Espero que o seu pau apodreça e caia!
Rio alto.
Ela me acertou nas bolas, caralho! Certo, eu mereci isso. Jesus! Ela é
uma coisinha quente, linda demais, não é?
CAPÍTULO CINCO
Elijah
Acabamos de encenar uma briga que foi muito real porque Sara está de
fato, furiosa comigo. Ela me deu um tapa bem real, no rosto também. O lado
direito do meu rosto está ardendo pra caralho.
Liam e os caras não vieram, nem a Mel. Somos só eu, ela e a equipe.
É uma fala do script, mas, eu a olho com firmeza, deixando-a saber que
sou eu, Elijah, falando também.
― Assim como eu. ― rosna de volta, seus olhos ainda cheios de lágrimas,
isso puxa meu coração de alguma forma. ― Se afaste de mim. Você é ruim para
mim. ― diz-me baixinho.
Sedento.
Sondando.
Degustando.
Exigindo.
Forço sua cabeça para trás e devoro sua boca, mordendo, chupando
seus lábios e língua.
Agarro sua bunda com mais força, enfiando a ponta do indicador em seu
cuzinho. Sara coaxa na minha boca, o som tão esfomeado quanto o meu,
pressionando sua doce boceta no meu pau dolorido. Ela geme e morde meus
lábios também. Atrevida, sensual, desse jeito só dela, que me enlouquece.
Definitivamente um veadinho.
São elas que imploram para serem fodidas por mim, nunca o contrário.
Isso não é bom.
Aperto sua bunda com força e me esfrego pra valer em sua boceta. Ela
está quase gozando, sinto pela sua respiração irregular e isso me faz selvagem.
As ondas colaboram conosco, envolvendo-nos furiosas e eu acelero sem me
importar com a plateia, imaginando que estou afundando até as bolas nela,
enquanto ela sobe e desce asperamente no meu pau.
― Sara... ― gemo, comendo sua boca com desespero. ― Eu vou gozar,
porra! Oh, merda! Sara...
Eu quero dizer que quanto mais imprudente melhor, mas, em vez disso
rio e ajeito uma mecha molhada de seus cabelos atrás da orelha.
― Corta!
A porra do diretor brada e seu corpo fica tenso. Ela escorrega as pernas
da minha cintura.
Sara chora me vendo tocar minha guitarra. Ela parece tão genuinamente
emocionada, que me perco no momento, vendo a emoção em seu rosto bonito.
O casal já fez as pazes e ele tem uma surpresa preparada para ela, mas
isso será gravado daqui a três dias numa praia no Havaí.
Eu a sigo, chamando seu nome, mas, ela não para até alcançar seu
carro, estacionado num recuo, longe da areia.
― Eu não sou uma delas, Elijah. ― diz após um longo suspiro. ― Você,
seu babaca arrogante, me tratou como uma puta e não me concedeu nem a
porra de um minuto, depois que gozou na minha bunda. ― ela está lívida, seu
corpo tremendo de raiva. ― Seu maldito cachorro vira-lata!
Seu rosto está livre de maquiagem e mesmo assim, nunca vi uma mulher
mais bonita. Seus olhos brilham sob os raios de sol, os cílios longos baixam um
pouco, quando seu olhar pousa em minha boca.
Ela também não consegue parar de sentir essa merda entre nós.
― Não vou fazer aquilo de novo, Elijah. Não sou uma garota que faz
casual.
― Você já fez de novo, Sara. ― aproximo mais minha boca da sua num
sussurro. ― Na água. Nós fodemos lá.
Seus olhos nublam um pouco e ela geme, seu rosto corando com a
lembrança.
― Você sabe que o que fizemos embaixo d’água não estava no script,
baby. Ninguém lhe disse para esfregar sua boceta gostosa, no meu pau. ― ela
geme baixo. Levo minha boca para o seu ouvido e lambo seu lóbulo,
sussurrando: ― E ninguém me disse para comer seu rabinho apertado com o
meu dedo e nos fazer gozar tão forte, quanto um trem de carga.
Está lutando para parecer controlada, mas seu corpo está tremendo
contra o meu.
De novo.
Ela é extraordinária.
― Não. ― ela sussurra, então sacode a cabeça e completa com voz mais
firme: ― Não sou uma de suas vadias.
― Não haverá mais vadias, prometo. Vamos explorar tudo o que tiver
para explorar entre nós. ― ela me lança um olhar cauteloso. ― Esse sou eu,
Sara. Não faço promessas de amor eterno. Mas, posso lhe prometer que
quando eu quiser foder outra, vou dizer isso a você e encerramos. Isso é tudo
que posso dar. ― travo nossos olhares. ― É pegar ou largar.
O quê!?
― Minha casa? ― repito, meu tom como uma recusa e ela abre um
risinho sujo.
Filha da puta, esperta de uma figa!
Sabe que eu não levo mulheres para a minha casa. Eu e os caras nunca
levamos comida para casa.
― Sim, sua casa. Eu não sou uma puta que você vai comer em seu
apartamento de foda. Quer tirar essa atração filha da puta dos nossos
sistemas? Me leve à sua casa. ― sibila baixinho. Porra, que trapaceira! Estreito
meus olhos nos seus. Há desafio em todo o seu rosto. ― É pegar ou largar,
garoto da guitarra.
― Eu não levo...
Cachorra gostosa!
Sem chance.
Eu sorrio secamente.
Sara
Greg estava dirigindo. Liam não quer que ela ande sozinha por causa do
bebê. Ele é tão protetor com ela.
A única pessoa que pode ter me enviado isso é Mel e ela acabou de me
deixar aqui. Por que não falou nada? Eu rio. Minha irmã queria me fazer uma
surpresa e como sabe que não quero me aproveitar, da sua nova condição de
superpoderosa mulher de Liam Stone, não me disse nada. Eu a amo, maninha.
Digo em pensamento.
É estilo romano, com um ombro só. Saia ampla lambendo meus pés e há
um fino cinto dourado acompanhando. Minha mente corre para o Louboutin
que comprei ontem.
Pequena tempestade,
Aceite esse presente como um pedido formal de desculpas por ter sido um
babaca em nossa primeira noite. Estou ansioso para vê-la usando-o quando for
buscá-la às 20:00 hs.
E.
Foi Elijah quem enviou o mais deslumbrante vestido, que meus olhos já
viram.
Meu coração bate com força e um sorriso curva meus lábios, antes que
eu perceba.
O homem é engenhoso, tenho que admitir. Esse vestido deve ter custado
uma nota.
Ele pode, Sara. E sim, eu o mereço por tudo que o vira-lata fez.
Não vou devolvê-lo por mais que a parte sensata em mim queira fazer
exatamente isso.
Sem chance.
Merda!
Eu não vou com ele. Claro que não. Quem ele pensa que é? Não vai me
comprar com um vestido. Ok, um vestido absurdamente lindo e caro, mas, não
vou abaixar a guarda, como uma adolescente tola.
Contrariada, faço algo que nunca tinha feito, ligo para o seu celular para
informar que vou tomar um táxi.
Gah! Aposto que o babacão está fazendo isso de propósito para evitar que
eu o recuse.
Não devia ter lhe dito nada. Bastava pegar um táxi vinte minutos antes e
pronto.
Seu porte alto, com uma elegância felina que é só dele, me deixa
embasbacada. Seus cabelos compridos estão puxados para trás, mas, algumas
mechas soltas, caem dos lados do seu rosto.
Minhas pernas estão um pouco moles, sobre os saltos muito altos, que
estou usando.
Ele sorri de algo que o homem fala e sua cabeça gira em minha direção,
como se me sentisse parada aqui, cobiçando-o, comendo-o.
Os olhos verdes fazem uma leitura lenta sobre mim e eu não posso
evitar, sinto meu rosto ficando da cor do vestido.
Seu olhar volta para o meu, escurecendo com malícia e divertimento
tomando sua íris. Seus lábios suculentos enrolam ligeiramente nos cantos,
mostrando que ele sabe exatamente como sua presença me abala.
Merda.
Oh, Deus!
Ele é fodão em jaquetas de couro, mas, vestido assim, todo formal, Elijah
é simplesmente arrasador.
Seus olhos permanecem trancados nos meus, daquela forma intensa que
ele faz, com o intuito de me prender no lugar, como uma presa apenas
esperando o bote certeiro, do seu predador.
Puta merda!
Minhas ações estão em total desacordo com o que o meu cérebro sabe
que é certo, no entanto, não posso me parar. O homem tem o poder de
paralisar meus neurônios.
Não dá para resistir à ele e seu apelo sexual bruto. Eu o quero e para o
meu azar, ele também sabe disso. Sinto que posso sair queimada, mas,
continuo voando e me aproximando, como a mariposa que, inevitavelmente vai
para a luz.
― Você está linda. ― sua voz baixa e rouca, me faz estremecer um pouco.
― Você também parece bom. ― coaxo. Bom o bastante para comer, quero
acrescentar.
Aquele sorriso lento e malvado enrola sua boca e eu só quero pedir para
que morda, cada maldito centímetro da minha pele.
Eu apenas aceno.
Não há qualquer sentido em discutir isso com ele. Vou acabar perdendo
de qualquer forma. Seu olhar me diz que não vai me deixar ter uma escolha
esta noite.
Sua mão pousa na parte baixa das minhas costas e ele me guia para
fora. Cumprimento fracamente o Sr. Jameson, quando passamos por ele, que
sorri calorosamente de volta. Eu acho que o coitado pensa, que estamos em um
encontro.
Se ele soubesse...
Jura?
Por que ele é tão cínico? E irritante? Cachorro? Escroto? Lindo? Gostoso?
― Por nada. Esse tipo de evento pode ser brutal para uma novata em LA.
Pensei em suavizar as coisas para você. ― diz, dando de ombros casualmente.
Sinto-me um pouco tocada com sua preocupação comigo. Talvez ele não
seja tão escroto, afinal. Talvez.
Elijah mantém sua mão nas minhas costas, sua postura tensa e
pragueja baixinho, enquanto as perguntas continuam a ser gritadas para nós.
Deus do céu!
― O que eu lhe disse? Isso é uma merda! ― ele rosna no meu ouvido. ―
Você está bem? ― seus olhos me sondam com uma ponta de preocupação
inesperada. Eu apenas aceno, ainda atordoada, com tanta atenção sobre nós.
― Não se preocupe. Vou negar qualquer envolvimento nosso amanhã na minha
página pessoal.
O cara vive alardeando que não quer se prender. Que gosta de foder,
apenas isso. Pare de ser patética agora mesmo!
Sua mão está na minha cintura agora e a parte boba em mim, sorri com
isso.
Há muita gente aqui e tenho que agradecê-lo, mais uma vez por me
enviar esse vestido. Eu passaria vergonha com o vestido que pensei, na minha
ingenuidade, seria adequado. As mulheres estão vestidas com glamour e meu
sorriso alarga com os olhares de admiração e inveja, que são lançados na
minha direção.
Sei que em parte é pelo vestido, mas, a razão maior é o roqueiro lindo e
sexy do meu lado.
Ele está tão simpático e acessível esta noite. Esta é sua persona pública
pelo jeito.
O prefeito e sua esposa, vêm nos cumprimentar perto do bar. Elijah está
tomando uísque puro e eu uma margarita. Não posso deixar de observar a
primeira-dama se derretendo numa conversa mole para Elijah. Ela é bem mais
jovem que seu marido. Ele deve ter uns sessenta e a vaca na casa dos trinta.
Além disso, ela é linda e loira, o que parece ser o tipo de Elijah.
― Elijah? Oh, meu Deus! ― a voz feminina entusiasmada nos faz virar à
procura. ― Sou muito sua fã!
― Kimberly. ― ela diz, corando com toda a atenção recebida. ― Não houve
nada. É só... Só... ― um soluço a impede de terminar.
― Tudo bem, Kim. ― Elijah dá tapinhas leves em seu joelho. ― Você está
aqui com seus pais?
― Sim, mas, não foram eles que me chatearam. ― ela engole e diz
envergonhada. ― Meu namorado. Ele tem vergonha de dançar comigo.
Oh, Deus, por que os homens têm que ser criaturas tão egoístas, filhos
da puta, bastardos, escrotos, escória e...
― Eu posso dançar com você, se quiser. Nós, caras, somos uns babacas
às vezes. ― Elijah diz isso, com os olhos no meus. Isso foi para mim? Pisco e
desvio o olhar para o salão. ― Eu sou especialista em chutar bundas de
namorados sem noção; querida. É o seu dia de sorte.
― V-você quer dançar comigo!? ― a menina parece que vai ter um treco.
Eu rio, compreendendo a sua reação.
Elijah sorri o tempo todo, enquanto gira Kim em sua cadeira pelo salão.
Ele faz isso com tanta desenvoltura, que me pergunto se já fez isso antes.
Cristo, estou parecendo a Mel. Pelo menos ela tem a desculpa de estar
grávida.
Antes que Elijah possa conduzir Kimberly de volta, um adolescente se
aproxima deles e sorri, parecendo envergonhado. É o babaca do namorado. Eu
bufo. Idiota.
Ele nunca beijou a minha mão, droga! Eu faço uma birra. Galinhão!
― Por que nunca beijou a minha mão? ― ele sorri lentamente com meu
tom despeitado.
Babaca.
Seu corpo se aproxima mais e ele me olha com intensidade, quando fala
bem perto da minha boca:
― Porque prefiro beijar seu corpo inteiro, pequena fada. É por isso. ―
deixo escapar um gemido desejoso.
Seus olhos inflamam e ele rosna, pegando-me pela cintura, sua pegada
forte fazendo minha vagina apertar, recordando nosso sexo bruto, gostoso.
Absurdamente gostoso.
― Oh. ― ele me imita, rindo do seu jeito de menino mau que eu amo.
Não, não amo. Sim, amo. Deus, por que ele me confunde tanto?
― Eu quero você. Hoje. ― ele desce a mão para a parte baixa das minhas
costas, pressionando nossos sexos juntos.
― Diz que vai me deixar meter bem fundo nessa bocetinha deliciosa,
baby. Estou louco para gozar dentro de você de novo.
Eu gemo.
Covardia isso.
Por que esse deus do sexo teve que cismar comigo? E por que diabos sou
tão fraca perto dele?
Trágico.
Minha boca cai aberta quando tenho a visão clara da morena voluptuosa
à nossa frente.
Elijah passa as mãos pelos cabelos, seu maxilar tenso. Ele se aproxima
mais dela e a olha de uma forma tão fria, que me faz sentir um pouco de pena
da moça. Além disso, ela parece ter chorado. Seus olhos estão vermelhos e sua
maquiagem borrada.
Meu coração afunda lentamente com essas palavras e a forma dura como
Elijah as joga no rosto da tal Anabete. A garota chora, se pendurando em seu
pescoço.
A cena é deprimente e eu gostaria de desaparecer daqui.
― Por favor, Eli. ― ela suplica, pendurada nele, enquanto Elijah tenta se
desvencilhar dela. ― Não consigo esquecer você. Tudo bem, eu posso dividir
você com ela. ― o quê!? De jeito nenhum! ― Não me deixe, por favor. ― ela
escorrega para baixo, ficando de joelhos a seus pés.
Puta merda!
Estou estupefata.
Pânico corre em minhas veias. O que ele quer dizer com isso?
Mat arrasta Anabete, mas, ela para na minha frente e me encara. Antes
que eu possa fazer algo, sua mão está acertando o meu rosto com força.
A diferença é que o meu foi dado com as costas da mão e ela teria caído
pelo impacto se não fosse por Mat segurando seu braço. Eu não procuro
brigas, mas, sem essa de dar a outra face. Não vou me comparar a Jesus
Cristo. Sou pecadora e esquentada demais para conseguir tal façanha.
Puta merda!
Eu não vou mentir, meu coração dá uma guinada com sua defesa
acalorada.
― Você pode desfrutar agora, sua puta. ― Anabete, me olha por cima do
ombro de Elijah. ― Porque não vai durar muito tempo. Elas nunca duram. ―
ela chora de novo. Que garota louca. ― Ele vai te foder até enjoar e deixar de
lado como se fosse lixo. Ele não tem sentimentos. ― sinto o corpo de Elijah todo
tenso à minha frente.
― Mat, leve a porra da vadia, caralho! ― ele late e dessa vez Mat consegue
arrastar a moça, que para a minha surpresa não sai berrando, chamando mais
atenção.
Ela pode ter alguns minutos de fama, mas, é o lado mais frágil. Não
tenho dúvidas de que Elijah jogaria um processo em suas costas. Sua postura
fria com ela me deu medo.
― Vou com você. ― sua voz é suave, quando me para, segurando meu
cotovelo e levantando meu queixo com a outra mão. Seus olhos fervem com
raiva analisando o lado onde a vaca bateu. Ele trinca os dentes. ― Sinto muito.
Você está bem?
― Sim, estou bem. ― puxo meu braço e ele franze a testa com a minha
brusquidão. ― Não precisa me acompanhar. Assim que me recompor, tomarei
um táxi para casa. ― Digo com raiva.
Ele quer me transformar nas suas Anabetes. Bem, eu não vou deixar.
Merda.
― Eu não estou no clima para seus jogos perversos, Elijah. ― cerro os
dentes, me virando para enfrentá-lo.
Ele invade meu espaço pessoal e puxa-me pelos cabelos da nuca. Sua
outra mão aperta a minha cintura, colando nossos corpos. Ele está duro como
uma rocha contra a minha barriga. Eu arquejo, amaldiçoando o meu corpo
traidor.
CAPÍTULO SEIS
Sara
― Eu não sou como elas! ― eu raspo, tentando empurrá-lo, mas, ele não
cede. ― não me torne uma delas! Fique longe, droga!
― Não, porra! Você não é como elas! E eu não posso ficar longe. Você não
entende isso? Não posso ficar longe. ― sussurra, deslizando o nariz pelo meu
rosto, rosnando, inalando-me como se meu cheiro o drogasse como o seu faz
comigo. ― você é minha. ― diz quase inaudível e sua boca invade a minha, num
beijo duro, exigente. Pressionando-se mais contra mim, moendo em minha
pélvis.
― Sim, porra, você quer! ― grunhe, me levantando para a pia. Sua mão
infiltra pela barra longa da saia, subindo-a, seus dedos indo pela parte interna
das minhas coxas. Apalpa a minha vagina com força. ― isso aqui é meu, Sara!
― diz com ferocidade e eu gemo em resposta. Ele ri, seu olhar perfurando-me,
zombador. Seus dedos sobem, afastando o cós da calcinha e ele rosna ao sentir
minha carne molhada, pulsante. ― gostosa. Minha cachorra... ― seus dedos
deslizam pelos meus lábios, me torturando. Ele chupa a minha língua com
força e empurra dois dedos em mim.
― Segure-se lá atrás, Sara! Isso vai ser rápido e duro. ― ele range, uma
veia pulsando em seu pescoço.
Seus olhos estão ferozes e eu não ouso discutir, faço o que me pede.
Deus, por que esse jeito bruto, troglodita dele me deixa tão louca?
Ele desce o zíper lateral do vestido e a única alça fina, desmudando meus
seios.
Seus lábios se fecham, sugando meu seio com força, enquanto entra e
sai da minha vulva, em estocadas duras e profundas. Meus seios sacodem com
seus golpes. Desisto de lutar contra isso e enrolo minhas pernas firmemente
em sua cintura, meus saltos cavando em sua bunda dura.
― Sim, baby, isso é certo. ― rosna, passando a torturar meu outro seio. ―
Dê para mim, minha cachorra safada, gostosa... ― geme me comendo
asperamente. Sua boca malvada está mordendo a minha carne, me marcando.
― Aqui é meu lugar! Enterrado em você! Você pode correr o quanto quiser, mas
sempre vou te arrastar de volta para o meu pau! Entende, Sara? A sua boceta é
minha, porra! ― suas mãos vão para meus ombros e ele me fode mais duro. Já
estamos suados, rosnando, nossos corpos exigindo liberação.
― Vem, minha menina má! Goze comigo! ― acelera mais ainda e eu grito
pela brutalidade dos golpes, prazer e dor me entorpecendo, me arruinando
para outros homens. Ele está me viciando nele. ― Goze no meu pau, minha
putinha imunda! ― ruge e eu quebro, com seu linguajar sujo.
Deus, eu amo o jeito que ele goza gemendo meu nome com necessidade
crua, como se ele só gozasse assim comigo.
Tremores assaltam nossos corpos em conjunto, enquanto nossas bocas
se comem, abafando os gemidos altos.
Puta merda.
Agora entendo que tratar as mulheres como merda pode ser uma boa
estratégia para ele, do contrário, teria filas e filas de mulheres loucamente
apaixonadas atrás dele.
― Bem, eu diria que os seus caem como uma luva. ― digo secamente.
Descarado!
Suas mãos correm suaves pelas minhas coxas. Ele não parece com
pressa em sair de dentro de mim.
Eu sorrio.
Acho que nunca compartilhamos um momento tão leve. Olho-o nos olhos
me sentindo perdida nesse homem.
Fico séria.
― Sim, eu vivo sem amarras. ― ele me diz olhando nos olhos. ― Eu não
minto sobre isso, Sara. Eu fodo quando tenho vontade de foder. ― sua
sinceridade dói como o inferno, mas, já é tão corriqueiro para ele, que nem
percebe como as mulheres que se envolvem com ele se sentem sobre isso. Seu
olhar verde me observa atentamente. ― Mas, farei algumas concessões para
você, porra, porque me faz sentir esse tesão desenfreado do caralho. ― bufa.
Ele sai de mim devagar. Eu gemo com a perda. Seu sorriso sacana se
abre.
― Espero que essa não seja e a sua preferida. ― murmura com seu
característico sorriso perverso.
Eu engasgo.
Puta merda!
Puta que pariu! Seu riso de garoto mau é acionado com tudo e ele me
enlaça pela cintura, sua boca aproximando da minha.
Oh, merda.
É o que parece.
Por isso não tem ninguém por perto. Eu abaixo meus olhos para o chão.
Não consigo olhar nos olhos do cara agora.
Eu gritei como uma vadia lá dentro. Elijah também não foi silencioso.
Isso é constrangedor.
Eu bufo baixinho e ele sorri, me puxando para mais perto, seu braço
enrolando possessivamente em minha cintura. Seus lábios beijam meus
cabelos. É um gesto tão simples, mas, tão terno. Certamente ele nem percebeu
o que acaba de fazer.
Vejo Liam fazendo isso com a Mel o tempo todo. Meu coração fica todo
aquecido com o gesto inesperado e eu suspiro, me enrolando nele em resposta.
Eu não sei o que pensar nesse momento. Ele me confunde. Ele é intenso,
cínico e meio louco.
Puta merda.
Meu queixo só não cai porque já vi a casa do Liam. Essa é tão incrível
quanto. Há um jardim bem cuidado, quadra de tênis e de basquete de um lado.
Do outro há um heliporto mais afastado. A construção moderna de três
andares é enorme. Tons de cinza e branco estão na fachada. Há um terraço
cercado por grades no lugar do telhado. A vista do mar lá de cima deve ser
magnífica.
Descemos dois degraus para uma ampla sala. Meus olhos correm pela
decoração, tentando absorver tudo. Meu coração salta quando vejo uma tela do
meu pai dividindo o mesmo espaço com o que parece ser um Picasso.
Ele tem telas do meu pai em sua sala. Eu estou pra lá de surpresa e um
pouco emocionada.
― Não me agradeça, seu pai tem um talento nato. Uma pena que os
pintores só vendem bem seus quadros, quando morrem. ― diz, parecendo mais
sério agora.
Uau! Quem é esse cara e o que ele fez com o meu guitarrista malvadão?
― Concordo. Meu pai tem conseguido levar seu trabalho além das
fronteiras, mas, isso nem sempre vem acompanhado de cheques gordos. ― eu
torço os lábios.
― Aquele conhaque que você me deu, está fazendo efeito e estou vendo
coisas, ou Eli trouxe uma garota para casa, Caroline?
― Mãe? Vó? ― Elijah, diz num tom apertado, largando a minha mão. Eu
lamento a perda, me sentindo deixada para os leões. Ou leoas... ― O que fazem
ainda acordadas? ― vai até elas e beija cada uma no rosto.
― Não vai nos apresentar a essa moça linda? ― sua avó pergunta sem
tirar os olhos de mim.
― Essa é Sara, uma amiga. ― meu coração afunda um pouco com suas
palavras, mas, sorrio para as mulheres que me analisam da cabeça aos pés.
Merda. Que ideia brilhante vir aqui, Sara. Zombo. ― Sara, essas são minha
mãe, Caroline, e minha avó, Gina. ― ele parece tão desconfortável quanto eu.
― Oh, Eli, querido, ela é mesmo muito bonita, não é? ― sua mãe diz num
tom estranho e vejo Elijah revirando os olhos, passando as mãos pelos cabelos.
― Prazer, Sara. Como conseguiu que meu filho a trouxesse aqui?
Eu tenho que segurar o riso. Puta merda. Ele tinha razão, elas são um
pouco assustadoras.
― Oh, querido, não seja bobo. ― Gina continua com uma expressão
nostálgica. ― Você sabe, eu gostaria de ter me divertido um pouco antes de me
casar com seu avô... Que Deus o tenha.
― Mamãe!
― Vovó!
― Chega. ― Elijah volta para o meu lado e pega a minha mão de novo. ―
Agora que já fizeram um bom trabalho em me envergonhar, nós vamos subir. ―
ele me arrasta para a escada. ― boa noite, mãe, vó.
― Querido, eu gostei dela, você devia mantê-la...
― Oh, tudo bem, então. ― Gina diz às nossas costas. ― Ela vai passar a
noite, pelo menos, não vai?
Eu rio baixinho.
Ele crava os olhos nos meus com alguma intenção malvada brilhando na
íris. Oh, cara, ele vai bater na minha bunda por estar me divertindo às suas
custas? Estaria mentindo se dissesse que não quero isso.
Sentir seu lado áspero sem restrições. Assim que chegamos ao topo da
escada e viramos no corredor, sua mão aterrissa na minha bunda. Um tapa
moderado, mas ainda sinto a picada. Ele sorri quando mordo o lábio para
evitar gemer.
Elijah
― Desculpe, mas, foi bem engraçado, ver esse seu lado de filhinho da
mamãe. ― me diz toda provocadora. ― Você é sempre o fodão, então... ― sua
boca se curva com um risinho malicioso. ― Elas são minhas novas melhores
amigas, por atormentá-lo um pouco.
― Bruto... ― me diz com uma cara de safada, que faz minhas bolas
apertar e meu pau, babar por ela.
O que ela tem que me deixa assim? Olho de perto, cada detalhe e só fico
mais fascinado. O que tem essa garota?
Trago minha mão para o seu rosto. Acaricio o lado que a vadia bateu.
Deslizo o nariz até o seu pescoço e cheiro, inalando profundo. Deus, esse
cheiro. ― Não há como colocar em palavras o quanto eu te quero. ― murmuro e
volto a olhá-la nos olhos. Roço meu polegar pela boca bem desenhada. Ela me
encara e abre a boca, a língua saindo para lamber meu dedo. Porra. ―
Gostosa... ― ranjo. Ela geme e chupa meu dedo, do jeito foda que chupou meu
pau, naquela noite. ― Você não vai conseguir andar amanhã se continuar me
provocando assim, baby... ― alerto-a, meu tom cheio de promessas perversas.
Ela geme mais.
Porra!
A safada esfregando sua boceta no meu pau a cada chance que tem. Eu
amo o seu atrevimento e fome de sexo. Ela pode não ser muito experiente, mas,
é gostosa pra cacete e seu entusiasmo é contagiante.
― Sou bem eclética, mas, estou tendo um caso com Sia no momento ―
ela ri ousada. Porra, agora a imagem de duas garotas se beijando preenche a
minha mente pervertida. ― Qualquer coisa dos anos oitenta me agrada
também. ― ela me surpreende mencionando os anos oitenta. Essa década foi
foda para a música, especialmente o rock.
Seus olhos se acendem com desejo, o mesmo desejo que está queimando
em minhas veias.
― E eu sei que consegue ser gentil quando quer. ― eu bufo. Ela ri. ― O
que fez por aquela menina foi muito... Fofo.
O que disse lá embaixo era verdade. Ela parece a porra de uma princesa,
nesse vestido. Só que agora, seus cabelos já estão um pouco bagunçados e sua
boca um pouco inchada, dos nossos beijos duros, enquanto a comia naquele
banheiro. Meus olhos vagueiam por ela de cima a baixo lenta e
deliberadamente. Unstoppable da Sia está tocando no som e os olhos de Sara
parece gostar mesmo dessa cantora. Sua boca se curva em um meio sorriso.
Ponto para Allen!
― É assim que está se sentindo hoje, querida? ― meu tom sai baixo e
rouco. ― Incontrolável? Superpoderosa? ― murmuro, me referido à letra da
música. Levo meu copo aos lábios. ― Chega de conversa. Tire a porra do
vestido, Sara. ― rosno olhando-a por cima do copo. ― Quero ver cada
centímetro desse corpo gostoso, que é todo meu agora.
Ela sorri, um tipo de sorriso secreto, atrevido. A menina má assumindo o
controle. A batida é sexy, sensual. Sensual como a mulher à minha frente.
Pillowtalk, Zayn. Letra perfeita, porra.
Ela está descendo a calcinha arruinada pelos quadris e coxas agora. Paro
à sua frente, ajudando-a a sair da calcinha e do amontoado de tecido. Ela é a
porra de uma visão completamente nua, apenas em seus sapatos de saltos
altos.
(Corpos juntos)
― Linda demais, porra. ― ranjo, e enfio uma mão entre as suas coxas,
apalpando, cavando sua carne úmida. ― E fodidamente molhada para mim. ―
deslizo os dedos para frente e para trás. Ela estremece, gemendo. ― Você é a
cachorra mais gostosa que já comi. ― murmuro e ela ofega quando meto dois
dedos em sua vulva escorregadia. ― Toda apertadinha, mesmo depois que o
meu pau esteve aqui dentro, bem fundo.
― Elijah... ― ela apoia as mãos nos meus ombros e abre mais as pernas.
― Ohh, porra, sim, sim! ― ela morde os lábios, louca para gozar. ― Vim
dar para você, seu vira-lata! ― grita tensa, pendurada. Mas, eu não a deixo
gozar. Retiro os dedos. Ela rosna. ― Me deixe gozar, seu idiota.
Porra!
Seus olhos estão presos nos meus quando a esparramo sobre o recamier.
Abro suas coxas bem amplas. Ela desliza para trás, apoiando os
cotovelos sobre a cama king size. Seus saltos cavam no estofado vermelho
vinho do móvel. Sua figura toda aberta para mim é sexy, hedonista, perfeita.
Minhas mãos passeiam pelas coxas e sobem pela barriguinha lisa. Ela arqueia
quando seguro seus peitinhos. Nossos olhares permanecem trancados,
enquanto a torturo puxando e beliscando os mamilos. Infiltro-me entre suas
coxas e lambo a pele da barriga ao seio direito. Eu chupo-o, mordo, enquanto
rolo o outro mamilo entre os dedos. Ela está gemendo e tremendo contra mim.
― Oh, por favor... ― lamenta, suas mãos vindo para a meus cabelos.
― Não. ― rosno, empurrando suas mãos de volta. ― Você não vai me
tocar agora. Vai apenas ficar aí quietinha enquanto eu te faço voar, baby. ―
completo dando-lhe uma piscadela maliciosa.
Enfio dois dedos em sua vulva. Assobio, sentindo o quanto está molhada
para mim. Não penetro profundo, apenas alguns centímetros. Curvando os
dedos para cima, localizo esse ponto doce que se estimulado enlouquece as
mulheres. Toco-o e ela amplia os olhos, sua respiração tornando-se rasa. Eu
massageio, fazendo movimentos rítmicos, puxando para fora. Sara geme com
lascívia e abandono.
Linda demais.
― Que delícia de boceta... Toda lisinha... ― ronrono. ― você fez isso para
mim, baby? Se depilou para o seu cachorro? Vem pra mim, minha cachorra. ―
ronrono, acelerando os movimentos de “vem cá” em seu interior. Ela não tem
ideia do que está acontecendo pelo olhar espantado e fodidamente excitado em
seu rosto. ― Goze para o seu cachorro. Agora! ― dou um tapa forte em sua
bunda.
― Oh, meu Deus! Oh, meu Deus! ― ela quebra, gritando alto. ― O que é
isso? Porra! Eu estou... Elijahhhhhhhhhh! ― eu rosno, meu pau endurecendo
completamente ao ver seu rosto bonito, transformado pelo prazer que eu
proporcionei. Ela goza, esguichando seus líquidos na minha mão.
Be in the bed all day, bed all day, bed all day
Ficar na cama o dia todo, cama o dia todo, cama o dia todo
Transando e brigando
Não me lembro de ficar todo maricas vendo uma garota gozar antes. Eu
beijo sua coxa, enquanto os tremores castigam seu corpo e ela cai de costas,
arquejando.
Seus olhos me cobiçam mesmo estando lá, desgastada por ter ejaculado
intensamente. Seu corpo metade no recamier, metade em cima da cama.
Prendo seu olhar, tirando cada peça. Pego um preservativo da carteira e rolo-o
lentamente no meu pau.
Tiro cada sapato e planto beijos em seus pés. Ela me olha como se nunca
tivesse me visto. Avanço mais, obrigando-a a se arrastar para cima dos lençóis
negros. Me instalo entre suas coxas e gemo com a umidade de sua boceta
contra o meu pau. Minha língua lambe o caminho do seu umbigo, passando
pelo meio dos seios até seu pescoço. Ela arqueia gemendo, as costas saindo do
colchão. Mordisco seu queixo, nossos olhares se encontram quando fico todo
em cima dela. Pego suas mãos e as elevo acima da sua cabeça. Me alinho em
sua entrada, enquanto suas pernas enrolam obedientemente, em minha
cintura. Sorrio perverso e afundo nela até o punho.
Sorrio malvado e lhe nego isso, mantendo meu ritmo lento, puxando
tudo e metendo de volta até o seu útero. ― Estou no comando, baby. Nunca se
esqueça disso.
Porra!
Eu gargalho e levanto, ficando cara a cara com ela. Puxo seus cabelos da
nuca. Ela gane, sua boceta palpitando loucamente à minha volta. Chupo meus
dedos médio e indicador, mandando um recado sujo com meu olhar. Os levo
para seu rabo e brinco com sua entrada traseira, enquanto ela quica sem
piedade no meu pau.
Os enfio devagar e chupo seus peitos, batendo meu quadril para cima,
encontrando sua cavalgada feroz.
Que merda é essa? Como é possível uma mulher ser tão gostosa? Será
que meus parceiros começaram sua queda assim? Jesus.
Mesmo sabendo que corro esse risco eu não quero sair de dentro dela.
Isso é uma porra irritante do caralho. Ela me aperta em seu interior porque
gosta de ser uma cadela atrevida. Eu rosno e gemo, me enterrando até não
poder mais. Com ela nunca parece o suficiente. Sim, tenho certeza de que os
caras começaram sua derrocada assim.
― Oh, puta merda! ― ela murmura, ofegante. Eu rio e mordisco seu lábio
inferior, brincando, puxando, enquanto continuo me enterrando
preguiçosamente dentro dela. ― Meu cérebro derreteu e minha vagina assumiu
o comando. Eu juro que não entendo...
Tenho vontade de dizer, mas, em vez disso eu decido sair dela e quebrar
um pouco dessa intensidade desconcertante. Ela franze um pouco a testa com
a minha retirada abrupta.
Vou até o banheiro sentindo seus olhos sobre cada movimento meu.
Livro-me da camisinha, jogo água no rosto e volto para o quarto.
Me aproximo da cama.
Seu olhar desliza pelo meu corpo sem cerimônias. Ela está saciada, mas
ainda há fome nos olhos marrons e isso me inflama.
Jesus, ela é linda. Não me canso de tocar sua pele. É macia, lisa, sem
nenhuma mácula.
Meu corpo ainda está zumbindo do gozo intenso. Comi tantas mulheres
que perdi a conta, mas, nunca, e eu quero dizer nunca, gozei tão forte e
gostoso com nenhuma delas.
Meu pau começa a se animar mais uma vez com a sua reação.
― Como BDSM? ― sussurra, sua voz pequena e incerta. ― E-eu nunca fiz
nada parecido.
― Não brinca. ― ela bufa. Eu rio com o retorno da sua língua afiada. Ela
fica séria. ― Não sei se quero fazer isso. ― sua boca pronuncia isso, mas seus
olhos estão brilhantes, com a excitação de ser exposta a algo assim. Roço o
meu pau em seu centro e ela geme de boca aberta.
Seus olhos brilham com algo que não identifico e ela respira fundo,
acenando.
― Eu vou ficar.
Nunca uma resposta me fez tão feliz, porra! Eu abro um sorriso vitorioso
e esmago minha boca na sua, selando nosso acordo.
Ela é minha.
CAPÍTULO SETE
Elijah
Eram quase oito horas quando acordei. Nunca durmo até tarde. Ter Sara
na minha cama foi estranho pra cacete.
Cadela atrevida.
Se fosse outra eu a teria chutado porta a fora, mas com ela, Jesus, eu
tenho que admitir que gosto da sua língua espertinha. Apenas sorri quando
virei-lhe as costas. A garota é uma dor na bunda, mas, é muito gostosa e está
disposta a jogar comigo. Posso aturar a sua língua afiada do caralho, enquanto
me sacio nela.
Na minha cama.
Mas, isso ainda é só sexo, e ainda vou sair quando trepar o suficiente
com ela.
Decido ignorar essa voz no meu cérebro que me diz que não estou
jogando um jogo justo com ela.
Ajudei a minha avó com o café da manhã quando desci. Fiz panquecas
com recheio de morango.
São as preferidas de Sara. E só fiz isso porque a desgastei muito ontem.
Pelo menos é o que estou dizendo a mim mesmo. Tive que aturar as indiretas
da minha avó de que tenho que sossegar e blá, blá, blá. Minha avó e minha
mãe estão nessa campanha agora. Tudo isso por que meus parceiros
resolveram virar umas bichinhas sentimentais.
Aqueles bastardos.
Não sei por que estou meio protetor com Sara, não querendo que ela
faça a famosa caminhada da vergonha na frente de minha mãe e avó. Essa
garota me confunde pra cacete.
Era isso ou ir até meu quarto e ficar olhando Sara dormir. Já foi
assustador pra caralho o tempo que fiquei olhando-a, quando acordei do seu
lado. Ela parecia tão vulnerável no sono. Tão linda e delicada.
Sorri quando sua boca entreabriu e roncos leves deixaram seus lábios.
Nunca pensei que fosse achar bonitinho, uma garota roncando. Inferno,
bonitinho nem mesmo existe no meu vocabulário.
Eu só canto aqui, nesse quarto. Nem mesmo com meus parceiros consigo
me soltar. É algo que me acalma, tocar e cantar. É uma coisa minha, porém.
Ninguém precisa saber disso.
Minha Gibson Les Paul[12] chora, respondendo como uma boa menina ao
meu estímulo. Encerro o solo e abro os olhos. Palmas solitárias vêm da porta e
minha cabeça gira rapidamente, de onde estou sentado, na ponta de um dos
sofás de couro.
Sara. Merda.
― Uau! ― ela assobia baixo. Seus olhos estão brilhantes e seu sorriso é
visivelmente surpreso. ― Você canta. ― sussurra, empurrando o ombro do
batente e começando a andar para dentro.
Sua aparência pela manhã não devia ser tão incrível, porra.
Uma vontade feroz de me levantar e ir até ela, tomá-la nos braços e beijá-
la até perdermos o maldito fôlego, me invade. Trinco os dentes e penso em
filhotes de cachorros e gatos mortos.
Para baixo, amigão. Nós estamos na porra do comando, esqueceu?
Ordeno ao meu pau. Cacete. É uma porra de reação estranha essa que
Sara arranca de mim.
― Isso que acabei de fazer, não pode ser classificado como cantar,
pequena fada. ― enrolo os lábios em depreciação a mim mesmo.
Ela se senta perto de mim. Sua expressão está encantada agora. Ela não
estaria se soubesse que quero espancar sua bunda e fodê-la duro, mesmo
sabendo que deve estar dolorida pra caralho.
― Não seja tão severo consigo mesmo, Elijah. Sua voz é boa. ― eu a olho,
perguntando-me se ela é surda. ― Você deveria cantar algumas músicas junto
com o Liam. Tem um monte, que se encaixam no seu timbre.
Algo puxa em meu peito com seu elogio e, principalmente sua fé em mim.
Mas, eu bufo, afastando o sentimento.
Nunca senti nada, nem remotamente parecido, por outra mulher antes e
isso me assusta pra cacete.
Merda.
― Você tem uma ligação muito forte com ele, não é? ― sua pergunta
parece mais uma afirmação.
Eu sorrio.
Ela prende a respiração quando passo os braços com a guitarra pela sua
frente, mantendo-a presa, suas costas contra meu peito nu. Eu sorrio.
Então, com ela assim nos meus braços, não consigo me parar, beijo a
faixa de pele descoberta em seu pescoço. Ela suspira e se cola mais a mim.
― Exatamente, Sara. Quando estou com uma guitarra, nada mais existe
à minha volta. ― aproximo minha boca do seu ouvido. ― Tenho um caso de
amor com cada uma delas.
É justo, porra!
― E agora? ― sua voz é ansiosa. Tomo suas mãos nas minhas,
aproveitando esse tempo para massagear seus pulsos e correr meus polegares,
pelo meio das palmas. ― Você não está jogando limpo, garoto da guitarra. ―
consigo ouvir o sorriso em sua voz. Pressiono meu pau duro em suas costas e
ela geme. ― Você usa muito esse artifício, garanhão?
― Falsas aulas de guitarra para pegar uma garota. É bem baixo, devo
dizer. ― ela provoca.
Ela bufa.
― Sim, você pega rápido. Odeio ser estraga prazeres, mas essa é apenas a
primeira parte. ― a espero encerrar. ― Vamos deixar o resto dessa lição para
depois. ― tiro a guitarra de suas mãos. ― Vou alimentá-la agora. ― ela se
levanta e meu pau lamenta a perda de contato. ― Você sabe, ainda estou
tentando elevar a minha média. ― acrescento ironicamente.
Sara
― Sua média nunca foi baixa. ― rio atrevida, vendo-o andar até a parede,
e pendurar a guitarra junto, de outras tantas. Umas vinte, eu acho. ― Não no
sexo pelo menos. Seu problema é o seu comportamento, que é deplorável.
― Uau. Você está bem equipado aqui, garoto da guitarra. ― rio por cima
do ombro, tentando agir controlada, como a mulher adulta que sou.
Bufo. Posso imaginar que tipo de conversas as vadias tem com ele.
Seus olhos brilham com divertimento e algo mais, bem lá no fundo. Ele
acena lentamente.
Ela é linda e está toda autografada. Vejo nomes como Keith Richards[14]
e Slash[15] no corpo, em verniz vermelho.
Oh! Deve ser muito especial. Quero cavar sobre isso, mas, me recordo
que seu avô faleceu há dois anos e a mídia divulgou que isso abalou Elijah.
Parece que eles tinham uma forte ligação.
― Onde ela está agora? ― decido voltar para o assunto que o anima:
guitarras.
Ele suspira.
Eu a afasto da mente.
― Bem, eu não acho que a pessoa que a tem agora vá querer se desfazer
dela. Eu não iria querer, com toda certeza. ― assim que as palavras deixam
meus lábios, lamento pelo meu deslize. Merda.
― Longe disso. ― digo meio sonhadora. ― Amei saber a história por trás
de cada uma de suas belezinhas. ― provoco-o.
Elijah estende a mão para mim e fico um pouco surpresa. Coloco minha
mão sobre a sua e ele a leva aos lábios, beijando-a suavemente. Oh, cara, eu
acho que estou suspirando e com olhos melosos, para ele nesse momento.
― Você é uma mulher tão inteligente. ― elogia. ― Mas, pode ser uma
cadela preconceituosa. Isso é uma vergonha, baby.
Eles gostam de estar juntos, devem ter feito pensando nas reuniões que
sempre fazem, nas casas uns dos outros. Eles têm uma relação tão bonita.
Elijah dá a volta na bancada e parece muito à vontade colocando um
prato de panquecas, no micro-ondas. Serve-nos duas canecas de café. Olho-o
surpresa, quando acrescenta apenas meia colher de açúcar na minha.
Sorri, levando sua caneca à boca. Seus olhos verdes me encarando por
cima da borda, daquela forma intensa. Me contorço um pouco sobre o assento.
Devo estar horrível nesta manhã. Tenho bolsas embaixo dos olhos, por
ter dormido pouco e por ter sido fodida sem trégua.
O que me assusta é que sou insaciável também com ele. Mesmo toda
dolorida ainda acordei querendo-o.
― Obrigada. ― digo.
Ele sorri, seus olhos zombando de mim e volta para sua caneca de café.
Convencido!
Pego uma pequena porção da panqueca e a levo à boca, para ter alguma
ocupação, além de ficar babando no deus do rock à minha frente.
Essa tem que ser a melhor panqueca que já provei em toda a porra da
minha vida.
― Eu sei. ― murmura.
Ele sabe?
Seus olhos vão para a minha boca e algo muda na sua expressão. Há
uma ferocidade sexual em seu semblante, quando volta a me olhar nos olhos.
Puta merda.
Preciso dos seus braços à minha volta. Preciso senti-lo o tempo todo. Me
frustra que ele não tenha tentado nada esta manhã. Fora a surpresa da aula
de guitarra, Elijah tem se mantido longe e o pior é que eu sei que faz isso
propositalmente. Limpo o prato e levanto meu olhar para o dele. Estava certa,
ainda está me olhando. O pego desprevenido e tenho um vislumbre de
suavidade no mar verde, normalmente tempestuoso. Ele se recompõe
rapidamente, no entanto.
― Você não vai comer? ― pergunto para quebrar esse estranho poder,
que esse homem tem sobre mim e minhas emoções. ― E, por favor, pare de me
encarar. Isso é rude.
Seus lábios enrolam em um meio sorriso e ele anda devagar até a minha
frente. A bancada nos separando e meus olhos pairam sobre seu peito nu.
― É isso que você quer baby? ― rosna bem próximo da minha boca, seu
olhar me dizendo que sabia, o tempo todo como, estava louca pelo seu toque. ―
Esses olhos marrons estão acabando comigo, porra! ― ele empurra seu pau
bem desperto, moendo em meu centro.
Oh, Deus!
Derreto.
Minha nossa, por que ele tem que ser tão gostoso?
― Por que você tem que ser tão gostosa? Você me deixa tão louco de
tesão, porra. ― murmura e meu coração canta ao ouvi-lo, ecoando meus
pensamentos. ― Te vejo e não consigo pensar em mais nada, além de te foder
até cairmos sem forças.
― Eli... ― eu gemo.
Ele sorri baixinho e traz sua boca para perto da minha. Seus olhos
verdes perfurando os meus, do seu jeito zombeteiro, todo perverso, que estou
aprendendo a amar.
Amar?!
Não, eu não posso me permitir me apaixonar por ele. Seria pedir para ter
um coração partido, Sara!
― Você irá comigo para o Havaí. ― o quê?! ― No meu jato. ― ele completa
parecendo momentaneamente desarmado.
Oh, cara...
CAPÍTULO OITO
Sara
Não entrou em contato comigo depois que Mat me trouxe para casa.
Deus, o que esse homem está fazendo comigo? Tudo que consigo pensar
é sentir seu toque, seu cheiro gostoso, ele dentro de mim me dando um prazer
que desconfio, nenhum outro pode me dar.
Olho a noite lá fora através das janelas escuras do Range Rover. Mat está
me conduzindo para um clube de sexo exclusivo, onde encontrarei com seu
chefe.
***
Não quero nem pensar no que o galinha possa estar fazendo e com
quem.
Com meus ombros para trás e seios empurrando à frente, eu imito Gisele
Bündchen. Ando, tentando passar confiança em cada passo, mesmo que meu
interior esteja um caos e minhas pernas um pouco trêmulas, ao ver o ambiente
sofisticado, banhado por uma luz suave.
Meus olhos correm rapidamente pelo local, tentando absorver esse louco
e devasso mundo novo. Uma batida sensual de Rihana está tocando nos
autofalantes e é aí, que meu queixo cai, com o que vejo no palco central.
Eu sei que no Brasil tem esse tipo de clube, mas, nunca estive em um
antes e para ser sincera, estou excitada, muito excitada.
Logo abaixo do palco avisto Elijah.
Eu o bebo avidamente.
Deus, foram apenas dois dias, Sara. Comporte-se. Mas, eu não posso.
Sou inegavelmente louca por esse homem. Não importa quantos discursos
mentais eu me dê, sempre vou babar a cada vez que o vir.
Sua postura de “malvadão” e esse olhar debochado, de quem não está
nem aí para o mundo, acabam comigo e com a minha calcinha. Sim, eu sou a
porra da garota clichê que ama um bad boy. Atire a primeira pedra quem
nunca molhou a calcinha por um garoto mau.
Elijah entrega seu copo vazio a uma garçonete, que passa por perto e se
aproxima mais, ficando a poucos centímetros.
Ele percebe o quanto somos bons juntos? É por isso que se afastou
nesses dois dias, porque me levar em sua casa o sobrecarregou?
Como é possível querer alguém tanto assim? Nunca senti nada tão
avassalador por ninguém.
Ele sorri e suas mãos vão para o meu rosto, em ambos os lados. Sua
expressão parece tão saudosa quanto a minha. Seus dedos deslizam pelas
minhas faces, enquanto seu olhar queima no meu. Seu sorriso cresce lento,
sexual, apreciando a minha reação, muito consciente de que estou capturada
em sua teia de sedução, deliciosamente perversa.
Agora compreendo por que as cadelas fazem xixi quando estão no cio e
veem um cachorro... É sério, estou quase me mijando aqui. Puta merda.
Ele sorri baixinho sabendo o estrago que fez e desce a boca gananciosa,
pelo meu queixo e pescoço. Seu aperto intensifica em meu cabelo, me forçando
a virar a cabeça, permitindo sua exploração. Ele morde na lateral e estremeço:
minha calcinha precisa ser substituída agora. Sua língua desliza lentamente
sobre uma veia pulsante.
― Oh, merda... ― eu ranjo e ele sorri contra a minha pele. ― Sim... Sim,
eu senti sua falta. ― meus olhos se fecham com prazer, enquanto o deixo
chupar, raspar os dentes ao mesmo tempo em que mói em mim. ― Quero você.
― sussurro. Ele se afasta, me deixando ofegante e a ponto de rasgar suas
roupas. Eu o olho com raiva. ― Por que parou? Você é um idiota. ― resmungo.
Ele me brinda com seu sorriso bonito, aquele livre de sarcasmo e roça a boca
carnuda contra a minha.
Ele está sorrindo para Elijah como se fossem velhos conhecidos. Meus
olhos vão para a mulher em seu braço, uma loira alta parecendo uma
supermodelo.
Seus olhos azuis bebê estão me atirando facas, medindo-me dos pés à
cabeça. Me sinto insípida diante de sua beleza nórdica, de capa de revista.
Elijah enrola os braços em minha cintura me mantendo à sua frente, colando-
me ao seu corpo. Isso me reconforta de alguma forma.
Zack gargalha e Elijah aperta a minha cintura, rindo baixinho nos meus
cabelos. Galinhão!
Quero arrancar esse sorriso com um tapa e chutar o vira-lata nas bolas,
outra vez, por ele ter fodido essa vaca do caralho.
― Sou Sara. E não tenho experiência nesse assunto, uma vez que não é
prática minha trepar com um cara numa semana e na outra, já estar dando
para outro.
― Será que a cada lugar que formos, vou encontrar uma vadia que você
comeu, seu vira-lata? ― seu sorriso se transforma em zombador.
― Desculpe por isso, mas, as mulheres caem em cima de mim, sem que
eu precise fazer muito esforço, pequena fada. ― ele pisca e eu estou saindo
fumaça pelas ventas.
― Você é um fodido galinha! ― rosno. Ele joga as mãos para cima, num
gesto apaziguador.
― O inferno que você vai! Fique aí, porra. ― range no meu rosto. ― Se eu
quisesse aquela vadia estaria com ela, cacete! O único lugar que você vai a
partir daqui é o quarto, aonde vou te foder pra caralho!
― Você só pode estar louco se acha que vou foder com você hoje, seu... ―
minha torrente de palavrões é cortada quando sua boca mergulha na minha.
Seus lábios sugando os meus, com a fome e volúpia próprias dele. Seus braços
me suspendem, arrastando-me para seu colo.
― Ainda achando que vai me foder hoje? ― provoco-o. Ele morde meu
lábio, enquanto se levanta comigo, enrolada nele e anda em direção ao corredor
de acesso, ao outro ambiente.
― Ainda achando que não vai me dar hoje, querida? ― sorri perverso.
― Só se você tiver sorte, garoto da guitarra. ― zombo.
Olho para o meio do salão e a cadela russa está nos olhando com cara de
poucos amigos. Rio triunfante e aperto meus braços em volta do pescoço de
Elijah. Beijo sua mandíbula forte, meu olhar mandando uma mensagem para a
vaca. Sim, querida, ele deixou você, uma supermodelo, por mim, a simplória
Sara. Como se diz em meu país: aceite que dói menos, ok?
Meus olhos param chocados quando olho para o palco. Uma ruiva está lá
no centro no que parece ser uma apresentação dessas que só li nos livros mais
quentes.
Ela tem uma coleira preta e grossa no pescoço. Está deitada sobre o peito
de um brutamontes, empalada até o cabo em seu pau, enquanto outro cara
enorme, bombeia furiosamente em sua bunda. Sua boca emite apenas ofegos
abafados se revezando para chupar dois caras à sua frente, que também não
são gentis. Eles batem em seu rosto, enquanto enfiam seus membros em sua
boca.
― Minha menina má. ― suas mãos enchem nos meus seios e sua boca
seduz o meu pescoço, com beijos molhados e chupadas leves. ― O que acha de
darmos um pequeno show também, baby? ― antes que eu responda, suas
mãos estão trabalhando no zíper lateral do vestido.
Pare-o, Sara!
Puta merda!
Elijah desce as minhas alças e seus lábios se fecham em um seio
chupando e lambendo o mamilo.
Gemo mais, perdendo o controle quando uma mão se infiltra entre nós e
apalpa minha vagina, daquela forma rude que me deixa alagada. Afasto mais
as pernas e ele ri da minha rendição, arrastando o tecido da calcinha para um
lado.
Não abre nem o botão das calças, apenas puxa seu pau lindo e duro para
fora. Veste uma camisinha rapidamente, seus olhos verdes me comendo, me
mantendo hipnotizada e colada à parede. Puxa a minha coxa direita para seu
quadril e afasta minha calcinha completamente para o lado.
Meninas boas não deviam se excitar com algo assim. Deus, eu sou tão
vadia. Gemo, sendo sacudida com suas estocadas. Sua boca vem para o meu
ouvido e continua a me torturar.
― Todos eles sabem agora como você gosta de ser fodida por mim. Que
você me dá em qualquer lugar que eu quiser. Você é a minha putinha imunda,
Sara. Essa boceta é minha e eu vou comer onde e quando eu quiser. ― rosna e
eu ofego, minha barriga queimando na dolorosa e arrebatadora sensação de
prazer que ele me proporciona. ― Minha. ― diz ofegante, tenso e eu sei que está
perto também. ― Isso, cachorra safada! Toma o meu pau na frente de todos
esses filhos da puta! Me dá bem gostoso na frente deles, porra! Só eu posso te
foder assim! Só eu... ― ele me levanta e enrola a outra perna ao seu redor,
entrando até meu útero e gememos alto. Sua boca toma a minha e eu o beijo
como uma mulher sedenta. ― Vamos gozar juntos, baby. ― range, metendo em
mim furiosamente. ― Porra! Agora, Sara! Goze comigo... Sara...
Merda!
Acho que depois dessa, eu sou uma louca hedonista porque estaria
mentindo se dissesse que não gostei. Faria tudo de novo com ele. Faria tudo
por este homem. Qualquer coisa para ele. Por ele.
― Porra, pequena fada. ― seu sorriso faz cócegas em meu pescoço. Ele
puxa para trás, para nivelar nossos olhos. Os dele brilham intensos, satisfeitos
e há uma pitada de humor também. ― Definitivamente o meu tipo de garota. ―
murmura aproximando nossas bocas ofegantes em um beijo deliciosamente
lento, enquanto seu quadril ainda trabalha, empurrando devagar em mim. ―
Gostosa... ― sussurra, gemendo e sai de dentro de mim.
Eu sei o que eu vejo. Ele é tão lindo. Tão pecaminosamente lindo e não
há mais volta para mim. Eu estou perdida nele e sua intensidade.
― Posso jogar com você e sua garota, Allen? ― a voz masculina nos faz
virar.
Perco a fala com o loiro alto e bonito que está fazendo a oferta.
― O único jogo que conseguirá aqui, será meu punho bem no meio da
sua cara, imbecil! ― ele rosna. Uau! Nervosinho, hein? ― Ela é minha. Apenas
minha.
Quero falar, mas, acho que o cara pode entender isso como um convite.
Ainda estou tentando assimilar aquela ruiva, dando mais do que chuchu
na serra. Esse negócio de dividir não é comigo. Se Elijah propusesse isso eu o
deixaria sozinho aqui, no mesmo instante. Sem essa merda de poliamor para
cima de mim!
― Por que está sendo um asno sobre isso? ― estalo, puxando para longe
dele. ― Você me trouxe aqui, seu babaca! Você! ― Ele suspira e passa as mãos
pelos cabelos.
― Será que tem alguma mulher aqui hoje, que já não tenha fodido? ―
meu tom é acusador, não posso evitar.
― Ei! Eu não exigi nada. ― defendo-me. Ele estreita os olhos. ― Você foi
quem propôs isso.
― Você comeu uma vadia tão logo saiu de cima de mim! ― eu atiro.
Caramba, estamos parecendo um casal brigando. ― Apenas não curto
compartilhar paus, é bom que tenha isso em mente, enquanto estiver comigo.
― Idiota. ― resmungo.
É uma loira peituda, com um vestido branco que mal cobre sua bunda.
Mas, que merda!
Eu bufo alto.
Elijah ri, provavelmente já sabendo que não vou deixar passar essa.
Ela está um pouco sem graça, mas, não perde o ar de cadela quando
ronrona para ele:
― Você sabe, ainda dá tempo de correr atrás dela e ter o seu boquete, seu
filho da puta tarado! ― raspo, tentando me soltar dele mais uma vez.
O idiota gargalha.
Talvez. Apenas talvez ele sinta algo mais profundo por mim. Talvez ele
também sinta que não é só sexo entre nós. Simplesmente não tenho
parâmetros com ele.
Dói saber que essa fome toda que sente por mim um dia irá se extinguir
e serei esquecida. Dói principalmente porque tenho certeza que nunca vou
esquecer, tudo que estamos vivendo.
Sei que é muito cedo para já estar toda melosa e suspirando, mas, o fato
é que ele sempre mexeu comigo. Elijah é a minha fantasia mais secreta se
realizando e sim, serei jogada no inferno quando ele decidir que já teve o
suficiente de mim e me deixar. Vai me matar olhar em seus olhos e não ver
mais esse calor, com que me olha agora.
Elijah
Por alguma razão estranha pra cacete não queria fodê-la na mesma cama
em que comi vadias aleatórias.
Sara ergue uma sobrancelha de novo, toda atrevida e anda para mim.
Eu rosno e a puxo pelos cabelos com uma mão e enfio a outra no meio
da sua bunda, puxando-a bruscamente contra mim.
A cachorra sorri.
Suas mãos passeiam pelos meus ombros, costas e agarram meu traseiro
com força. Sorrio perverso e mordo seu lábio inferior, puxando a carne macia
entre os dentes. Ela arfa, enquanto mergulho a língua na sua boca.
Mesmo tendo estado em sua boceta minutos antes ainda estou duro. Ela
me deixa tão doido de tesão que só quero partir logo para a ação e meter,
profunda e duramente nela. Comê-la inteira.
Minha boca desce pelo seu pescoço, colo e chego aos peitinhos lindos e
empinados. Caio de boca neles, juntando-os e chupando os bicos de uma vez.
Suas mãos enfiam em meus cabelos e ela geme alto, enquanto me banqueteio,
chupando forte, mordiscando sua carne macia.
― Sim. Não estaria aqui se não o fizesse. Mas... ― ela olha para as cordas
e um vibrador sobre o colchão.
― Você pode pedir para parar a qualquer momento e eu farei, ok? ―
levanto seu queixo, fazendo-a olhar nos meus olhos.
― Ok. ― concorda.
Amarro seus pulsos juntos. Acaricio e beijo sua barriga e seios e a viro de
bruços, braços por baixo do seu corpo. Levanto sua bunda.
Jesus, nunca fui tão veadinho em torno de uma garota que estou
fodendo. Nunca fico ansioso, contando a porra dos minutos para ver seu rosto.
Só suas bocetas me interessam.
Mas, com Sara não tem sido assim. Ela me quebra apenas com um olhar
e eu odeio isso.
Seguro suas nádegas com força, cravando os dedos, enquanto bato nela
cada vez mais duro e profundo. Ela grita e amaldiçoa minha brutalidade, mas,
seu canal fica cada vez mais molhado, me dizendo o quanto gosta de ser
comida assim.
Ainda bem que temos uma alternativa... Sorrio e pego o vibrador. O ligo e
trago para sua bunda. Ela fica tensa quando percebe a minha intenção.
― Eu sei que ficou excitada vendo aquela ruiva sendo fodida por todos os
buracos, Sara. ― ronrono e vou empurrando o brinquedo em seu rabo. ― Abra,
baby. Empurre de volta como ensinei a primeira vez. ― ela geme longamente e
relaxa, me deixando enfiá-lo todo. Ligo na velocidade média e pego impulso,
martelando grosseiramente nela, cada estocada empurra o vibrador em sua
bunda e ela está arquejando, seu corpo se preparando para o orgasmo.
Abrando os movimentos, ela me xinga. Eu rio e bato em sua bunda. ― Você só
goza quando eu quiser, cachorra. Eu estou na porra do comando, esqueceu?
― Seu filho da puta... ― seu protesto é um gemido, não pode ser levado a
sério.
Rio, mordendo suas costas e ombros. Enrolo uma mão em seus cabelos
num aperto firme e puxo, levantando sua cabeça para trás. Ela ofega,
completamente dominada nessa posição. Seguro seu quadril com a outra e a
como com golpes duros. Soco em seu cuzinho sem piedade, rolando os olhos de
tanto tesão nessa mulher.
Ela me viciou.
Eu a quero demais.
Rio baixinho e puxo sua venda. Seus bonitos olhos marrons encontram
os meus e eu me perco por um momento na expressão suave deles.
― Fique aí, pequena fada. Vou preparar uma banheira morna. ― pisco
sacana. ― Você parece que foi atropelada por um caminhão.
― Babaca. ― ela rola os olhos.
Ainda não acredito que ela topou jogar comigo. Pensei que correria para
fora quando entramos na ala da “pegação” e ela viu toda a merda pesada que
rola aqui.
Porra, não só ficou como me deixou fazer um show com ela na frente de
todos.
Eu não estava brincando quando disse que sou o mais porra louca dos
caras. Sou exibicionista. Saber que os bastardos que estavam ali olhando-me
foder a minha menina, queriam estar no meu lugar, me deixou mais louco de
tesão.
― Quero ver, tocar você dessa vez... ― sussurra, passeando as mãos pelo
meu peito, seus olhos parecendo maravilhados.
Sem trocadilhos.
***
Antes que eu possa pensar muito, a arrasto com cuidado para os meus
braços, acomodando-a em meu colo.
Repito para mim mesmo, mas, meus olhos não conseguem deixá-la.
I'm not good at a one night stand (Eu não sou bom em ficar só por uma
noite)
Desisto de tentar entender o que sinto por essa garota agora. Só sei que
gosto dela em meus braços. Parece certo.
Gargalho.
― Sim?
― Você vai ficar comigo? ― pergunta parecendo um pouco receosa e
também um eco da música. ― Quero dizer, o resto da noite?
― Não hoje. Tenho algo a fazer. ― como correr o máximo que puder para
longe de você e toda essa merda cor-de-rosa que me faz sentir.
Não demora muito, Mat puxa para o meio-fio na frente do seu prédio.
Parecem marejados.
Ela não pode se sentir assim sobre mim. Essa merda entre nós tem prazo
de validade. Sempre tem. Eu nunca continuo atraído pela mesma mulher
muito tempo. A não ser que seja uma tão pervertida e liberal quanto eu, como
era a cadela da Nat.
Ela abre a boca para dizer algo e me viro, andando para o carro como se
o diabo estivesse em meu encalço. Entro sem olhar em sua direção de novo.
Oh, won't you stay with me? (Você não vai ficar comigo?)
This ain't love, it's clear to see (Isso não é amor, é fácil de enxergar)
Ainda posso sentir seu gosto, a maciez do seu corpo contra o meu. Linda,
se encaixando perfeitamente em meus braços.
Mando toda a resolução de não dormir mais com ela, na mesma cama,
para o espaço. Algo dentro de mim me alerta que estou começando a trilhar um
caminho sem volta, mas, eu jogo esse pensamento para longe e me permito
desfrutar desse momento perfeito, que estou vivendo com essa mulher
fodidamente incrível.
CAPITULO NOVE
Elijah
― Não. ― a corto. ― Não foi para mais sexo. ― rio baixinho. ― Mas, devo
avisar que pela manhã, não estarei em meu melhor comportamento.
Atrevida.
― Você sabe, seu pau não vai cair por participar de uma brincadeira
inocente. ― ela bufa.
― Sim. ― seu semblante cai um pouco, mas, ela pisca e afasta a emoção.
― Paixão, esse sentimento efêmero, passageiro, inconstante. ― explico. ― É isso
que já senti, Sara. Amor, esse sentimento mais profundo que muitos falam... ―
ela está me observando atentamente agora. ― Esse eu nunca senti.
Principalmente esse amor que meu parceiro tem com sua irmã... Nunca senti.
― rio um pouco. ― Se eu não fosse próximo dos dois e os visse só pela mídia,
diria que era apenas um golpe de marketing. Antes deles eu não acreditava
nesse tipo de amor.
― Mas, esse tipo de amor que minha irmã tem com o Liam, não. ―
murmura com ar sonhador. ― Esse eu nunca senti. Acho que nos
acostumamos um com o outro. Ficamos juntos por tanto, tempo que
achávamos que casar era o próximo passo. ― novo suspiro. ― Estávamos
errados. Eu, principalmente.
Ela sorri e beija suavemente em meu peito. Seu rosto levanta para o meu
e nos olhamos de perto por um momento íntimo, intenso.
Quando isso acabar, porque vai acabar, eu vou sentir falta disso. E de
repente, meu peito dói com a ideia de não tê-la mais para mim. E se ela se
cansar de mim primeiro?
Minha fome voraz por ela não está arrefecendo. A quero com uma
necessidade pungente. A mera possibilidade de olhar em seus olhos no futuro e
não ver mais todo o desejo, essa emoção que enche os olhos marrons, quando
estamos perto, começa a me corroer.
***
― Elijah? ― Liam estala os dedos na frente da minha cara. ― Está tudo
bem, irmão? Deixe-me adivinhar, não consegue se concentrar, na porra da
reunião, porque não tira a minha cunhada da cabeça?
Liam nos chamou em sua sala para discutir a ideia de um contrato para
a The Horses.
― Lena e eu estamos mais do que bem, seu pau no cu. ― Collin torce os
lábios.
Eu bufo.
― Ótimo! Estamos todos fodendo. ― rosno sarcasticamente. ― Então,
relaxem e parem de dar chiliques, como uns malditos veadinhos.
― Claro, os idiotas são bons. Além disso, gosto de saber que podemos
mandar neles. ― Collin diz com um risinho maldoso.
― Voto a favor também. Os caras são bons. ― Paul opina com sua calma
invejável.
― Sim, eles são bons. Merecem fechar com uma gravadora de verdade. ―
Sean sorri arrogantemente.
― Confio no meu taco, idiota. ― seu riso amplia. ― E não posso realmente
culpá-lo por salivar pela minha mulher. Ela é linda e gostosa. Desde que o
fodido nunca se esqueça de que ela é minha, podemos conviver em harmonia.
Ninguém pode tirá-la de mim. Ninguém. ― completa com ferocidade.
― Sim, tentei ficar longe, mas, é mais forte do que eu. ― rosno, não
contente com tantas emoções contraditórias, brigando dentro de mim quando
Sara está em questão.
― Eu vejo, irmão. ― ele diz num tom mais baixo, um sorriso divertido
brincando em sua boca. ― Sara está bem com o seu estilo, bate bocetas, por LA
inteira?
Eu bufo e conto que não estou fodendo outra garota enquanto estiver
com ela. Seu queixo cai e ele joga a cabeça para trás rindo com vontade.
Bastardo!
― Apenas tome cuidado para não expô-la, nem machucá-la, quando todo
esse seu encantamento passar, irmão.
Aceno simplesmente.
― E sobre aquele outro assunto? ― pergunta com cautela. ― Já se
decidiu?
― Não há o que discutir irmão. ― digo rispidamente. ― Não vou lá, cara.
Liam acena, mas, eu sei que ainda não encerrou o assunto. Ele acha que
só porque é o único a quem dou ouvidos, pode me psicanalisar, o idiota.
― Elijah, sabe que estou do seu lado para qualquer coisa, mano. Mas,
penso que deve ir lá. ― diz sério. ― Se ele faz tanta questão da sua presença e
de Chelsea é porque tem algo a dizer. Tente na...
― Você chegou, a saber, se era realmente dinheiro que ele queria, nas
vezes que tentou entrar em contato com você?
― O que mais ele poderia querer Stone? ― rio com escárnio. ― Bancar o
papai para cima de mim? Não, irmão, ele perdeu a porra do direito, quando
abandonou a minha mãe e a nós.
― Ei, ok, entendo seu ponto, irmão. ― ele levanta as mãos em rendição.
― Apenas certifique-se aí dentro. ― aponta para o meu peito. ― Se é isso que
quer de verdade. Recusar-se a ver um homem moribundo.
― Imbecil. ― rosna.
Respiro fundo, passando as mãos pelos cabelos.
― Estou aqui, cara. Para qualquer merda que precisar, estarei do seu
lado. ― ele dá a volta na mesa e vem me bater nas costas.
De nós, ele é o único que não tem vergonha de demonstrar carinho por
ninguém, seja homem ou mulher. Eu o invejo nesse ponto.
Odeio essas merdas sentimentais. Mas, o puxo para perto também. Ele
não é qualquer um, é o meu irmão.
― Porra, Stone, pare com essa merda ou vai me fazer chorar, cara. ― o
provoco. Ele me dá um tapa forte na cabeça e caímos na risada.
― Eu amo você, Srª Stone. ― meu parceiro diz, sem a menor vergonha de
ser ouvido.
Corro para o elevador e mesmo que meu cérebro insista em dizer que é
uma má jogada, me dirijo para a sala de Sara.
Foda-se! Eu a quero.
Não vou me privar do sexo embriagador que fazemos, porque estou com
medo de me envolver num nível mais profundo. Eu posso foder e cair fora.
― Maninha? Terra para Sara! ― Mel agita a mão na frente do meu rosto.
Deus, quando abri a porta ontem e dei de cara com Elijah ali, parecendo
arrependido por ter me dispensado, meu coração tolo e esperançoso se
derreteu de vez. O jeito que me pegou me beijou. O jeito que me olhou na
cama. O clima íntimo que se instalou entre nós. Muito mais íntimo até, do que
o sexo selvagem que fizemos no clube. Entendi ali que Elijah está me dando
coisa que nunca deu para nenhuma garota. Ele está me dando mais. Isso tem
que significar alguma coisa, não é?
― Oh, meu Deus, você está se apaixonando por ele, não está?
― O quê? Não, claro que não. ― nego com veemência. Mel estreita os
olhos amendoados em mim. ― É só que... ― suspiro. ― Ok, eu estou como
posso dizer... Hum, encantada com os últimos acontecimentos.
Quando ela coloca assim, me sinto barata. E sim, parece que é só sexo
mesmo entre Elijah e eu, mas, ela não viu o que eu vi, em seus olhos quando
voltou para o meu apartamento.
Ou tudo é uma fantasia encorajada por meu coração que se recusa a
ficar de fora dessa equação?
― Sim, eu comentei com ele hoje. Não ficou nada satisfeito, mas, o
lembrei de que sou adulta e posso lidar com uma foda casual.
― Você disse essas palavras para ele, sua maluquinha? ― ela sorri.
Gargalho ao lembrar a bronca que seu Pedro me deu, por ser tão atrevida
com ele.
― Vou ficar com a tia mais um pouco, mãe. ― diz, levantando-se e vindo
me abraçar. Eu me abaixo e roço nossos narizes, no nosso cumprimento
corriqueiro. ― Posso tia?
Ele para bem perto, se projetando acima de mim e meu olhar cai para
suas coxas fortes delineadas pelo jeans apertado e sua virilha.
Ele sorri lentamente e pisca daquele jeito sacana que me faz querer virar
e ficar de quatro, só esperando para o meu macho me cobrir.
― Tio Eli, você quer namorar a minha tia? ― a voz pequena de Chay nos
tira do nosso concurso de encarar, pra lá de sem vergonha. ― Você vai casar
com ela?
Eu rio. Lindinho.
― Pelo jeito que sempre olha para ela. ― Chay diz e eu engasgo. Sempre?
Meu coração se alegrando ao ouvir isso.
― Não, eu não quero namorar sua tia, carinha. ― meu coração afunda de
novo. Seus olhos tempestuosos vêm para os meus. ― Mas, se eu fosse um cara
de namoros, com certeza eu a namoraria. ― completa baixinho, aquela
expressão quente e desconhecida, passando rapidamente pelo mar verde.
Posso sentir seus olhos em cima de mim, mas, antes que tenhamos
tempo de falar alguma coisa, há batidas na porta e em seguida Mel e Liam
escorregam para dentro.
Eu sorrio, tranquilizando-a.
O silêncio se abate sobre a sala e eu me viro para tomar distância de
Elijah, quando seu braço enrola na minha cintura, me puxando bruscamente
para ele. Então, antes que eu possa sequer pensar, sua boca faminta está na
minha, tomando, devastando sem pedir licença.
― Porra, eu quero você! ― ele rosna contra a minha boca, puxando meu
lábio inferior entre os dentes, que chega a doer.
Suas mãos agarram a minha bunda com força e mói seu pau em mim.
― Sim, nós podemos, querida. ― ele chupa meu pescoço e eu gemo alto.
― Vou te comer aqui, só não vai ser hoje.
Eu seguro minha expressão neutra com muito esforço. Ele acena e curva
os lábios em um sorriso diabólico.
***
Não posso negar isso, o vira-lata faz um bem danado para ela...
Meu sangue ferve ao ouvir esse tipo coisa. Eu mataria os dois estando no
lugar dela.
Sério, por que eles têm que ser criaturas tão abomináveis? Tão escrotos?
Odeio todos eles!
― Mais um, querido, por favor. ― eu digo batendo os cílios para o nosso
garçom. Ele me pisca um sorriso cheio de dentes. Eu amo um bom flerte. Isso
levanta a moral de uma garota. ― Esses são como orgasmos em copos, devo
dizer. ― digo eufórica, não totalmente embriagada, mas, bem tonta.
Ah, por favor, meninas, estamos em pleno século vinte e um! Os sutiãs já
foram queimados. Vamos queimar a porra das calcinhas agora! Uhuuul!
― Tire as mãos de cima dela, seu filho da puta! ― OMG! Essa voz... Eu
me viro rápido na cadeira, e quase caio pela tontura. ― Cai fora, ou eu vou
quebrar seus malditos dedos, um por um, otário! ― Elijah rosna na cara do
garçom que parece prestes a fazer xixi nas calças.
Ai, tadinho. Mesmo com pena do rapaz, eu não consigo conter um sorriso
bêbado. Elijah larga o cara e seus olhos furiosos encontram os meus. Uau! Ele
fica tão quente zangado. Deus, essa cara de mau...
― Garota, você se deu bem, hein? ― Rita, a mais sóbria de nós, cochicha
no meu ouvido. Elijah vem para perto, com sua postura ameaçadora. ― Ui,
nosso rock star parece zangado.
― Você e sua bunda bêbada estão indo para casa, porra! ― range,
passando pelo meio do bar lotado.
― Eu não vou com você, seu iziota! ― grito. Um tapa duro cai na minha
bunda. ― Porra!
Merda! Paparazzi.
Porque estou de cabeça para baixo não vejo quem perguntou, mas, é voz
de homem.
― Para onde penxa que está me levando, seu toroglodita? ― merda. Não
consigo articular nada direito nesse momento. Ouço uma risada baixa e olho
para Mat à frente na direção. ― ei, Matttt! ― digo empolgada.
Elijah ruge e vem para o meu lado no assento. Tira uma garrafa de água
não sei de onde e me dá.
― Tome cada gota do caralho, porra! ― ele parece muito puto. Por quê?
― O inferno que você vai! ― rosna no meu ouvido. ― Vou te levar para a
minha casa. Lá, vou bater nessa sua bunda até te deixar sóbria e então, vou te
comer até amanhã de manhã, sua cachorra atrevida.
Oh, cara...
CAPÍTULO DEZ
Sara
Bufo e meus olhos caem para uma bandeja sobre o criado-mudo. Há dois
comprimidos e um copo de suco de laranja. Não tão idiota, corrijo. Ok, isso foi
doce. Pego os comprimidos, jogando-os na boca. Tomo grandes goles do suco,
minha garganta seca agradecendo pelo líquido frio. Fecho os olhos por um
momento e recosto a cabeça nos travesseiros.
Elijah está todo vestido de short jeans e camiseta branca dos Ramones.
― Você fica melhor sem elas, baby. ― ele anda devagar para mim. ―
Muito melhor. ― sussurra, tocando um seio quando para à minha frente. ―
Linda, porra! ― se inclina e toma o mamilo na boca, chupando-o, rolando a
língua.
― Ainda estou tão puto com você, Sara. ― ele rosna contra a minha carne
e morde meu mamilo. Grito. Ele o lambe delicadamente em seguida e eu
derreto em uma poça. ― Se vista, minha cachorra gostosa. ― dá um tapa leve
na minha bunda. ― Vamos descer e tomar café.
― Você está me punindo por ontem? Você disse que ia... Droga! ―
resmungo.
― O quê? Não! Claro que não. ― nego, segurando a todo custo a vontade
de sorrir e fazer uma dancinha da vitória. Ele está com ciúme de mim. Suspiro.
― Certo, foi um movimento de merda. Eu não devia ter me empolgado tanto.
Ele acena, olha o meu corpo mais uma vez e cerra os dentes.
― Seu castigo será ficar o dia todo querendo o meu pau, como me fez
ficar ontem, doido pela sua boceta e o que você fez? ― range. ― Você me deixou
esperando como um maldito idiota.
Hum, é disso que se trata. O ego do sr. Foda casual foi arranhado.
― Eu não disse que viria para cá, ontem. ― me defendo indo finalmente
para minhas roupas, que estão sobre o braço de uma poltrona,
cuidadosamente dobradas.
Ele bufa.
― Você é minha e eu sou seu, porra. ― rosna e isso me faz olhar rápido
em sua direção. ― Enquanto estivermos fodendo, você vem quando eu quiser,
Sara. Se você não vier por vontade própria, vou te arrastar como fiz ontem. Fui
claro?
Merda. Por que acho totalmente quente essa veia possessiva e truculenta
dele? Eu acho que fui mulher de bandido em outra encarnação. Só isso explica
minha atração por esse garoto mau.
Sorrio docemente.
Termino de me vestir mais rápido agora que ele já me mostrou que não
há chances de seduzi-lo no momento. Droga.
***
Tomamos café com sua mãe e avó. E sim, elas me cercaram com
perguntas desconcertantes.
Elijah, por sua vez, só ficou sorrindo como o vira-lata que é, divertindo-
se com a saraivada que as duas mulheres jogaram sobre mim. Mas, devo dizer
que gosto delas.
Elijah anunciou que iria me levar em casa. Quando nos despedimos,
Gina nos levou à porta. Ela sussurrou algo no ouvido de Elijah que o fez rosnar
de volta. É engraçado vê-lo às voltas com a sua avó. Ele segurou minha mão e
me levou para a garagem. Minha boca caiu aberta, quando vi tantos carros
juntos.
Meu nível de excitação subiu quando largou minha mão e foi em direção
às jaquetas de couro. Eu babei vendo-o vestir a sua. Pegou outra e veio em
minha direção.
― Vem, baby. ― chama, parando do lado de uma Harley. Acho que essa é
a sua preferida. A vejo regularmente no estacionamento da gravadora. ― Venha
conhecer a minha garota preferida. ― seu sorriso cresce provocador. Eu me
aproximo, fascinada pela máquina potente e deslizo a mão sobre o tanque, e
assento de couro.
― Sim, linda pra caralho! ― sua voz é rouca, baixa e eu levanto os olhos
para os seus. Ele está olhando para mim. ― Pandora, essa é Sara, minha
pequena tempestade. ― Meu coração canta e amolece todo com seu tom e a
forma como está me olhando. Então, me dou conta de que ele chamou a moto
por um nome. Sorrio, meneando a cabeça.
― Pandora, hein? ― ele abre um sorriso lindo, de menino orgulhoso do
seu brinquedo. ― Ei, Pandora. Prazer em conhecê-la. ― murmuro e seu sorriso
cresce. ― Não precisa ficar com ciúme. Prometo não roubar o seu garoto mau.
Ele gargalha, os olhos tão brilhantes, que meu coração dói com a visão.
― Garoto mau, hein? ― repete; malícia vibrando em seu tom. Ele coloca o
seu capacete e em seguida o meu, ajustando-o com cuidado. Acomoda-se sobre
a máquina. Estou tão excitada com o passeio. ― Monte, Sara. ― Senhor, a
forma autoritária e sexy como ele diz a palavra monte, me faz molhar, eu juro.
Eu subo atrás dele e imediatamente aperto os braços ao seu redor. Ele sorri
presunçoso. Babaca. ― Esse será um passeio que você não vai esquecer,
pequena fada. ― diz enigmaticamente e liga o motor potente. Oh, cara, minha
vagina treme sobre o couro. Eu me ajeito melhor e ele sorri outra vez,
obviamente sentindo minha excitação. ― Pronta, baby? ― pergunta e eu aceno.
Ele não me levou para casa como pensei. Passamos o dia rodando em
praias e mirantes. Compramos nosso almoço em um quiosque em Santa
Monica Beach e o comemos sentados em um deque, afastado da agitação. Ele
trouxe bonés de beisebol e nos disfarçamos precariamente, para evitar que
fosse reconhecido. Até nos arriscamos no Pacific Park. Mas, nossa excursão
teve que ser interrompida quando uma fã o reconheceu e em instantes,
estávamos cercados.
A vista do horizonte com o sol sendo engolido pelo oceano me fez sonhar
que isso fosse real. Fez-me desejar que esse dia não acabasse nunca, só para
tê-lo assim, ao alcance dos meus braços o tempo todo.
― Lindo, pra caralho, não é?! ― ele murmura, retirando seu capacete e
correndo as mãos pelos cabelos. Eu faço o mesmo.
― Estupendo! ― concordo.
― Venha aqui, pequena tempestade. ― sua voz é muito rouca, rude até.
Eu vou. Vou porque estou morrendo pelo seu toque. Ele não me tocou o dia
inteiro, como parte do seu castigo ridículo. ― Jesus, tem ideia do quanto está
linda agora? ― sussurra, enrolando seus braços em minha cintura e eu gemo
miseravelmente. ― Você me deixou louco o dia inteiro. ― diz, descendo as mãos
para a minha bunda, amassando a carne. ― Meu pau esteve duro a porra do
dia inteiro, Sara. Parece uma eternidade do caralho desde que eu comi você. ―
ele me levanta pela bunda e eu me enrolo nele automaticamente. ― Vou meter
bem fundo e gostoso na minha cachorra. Agora.
Ele toma a minha boca em outro beijo sedento, sua língua lambendo a
minha e fodemos esfomeados um pelo outro.
Eu nunca vou me cansar disso também, baby. Quero dizer, mas, meu
medo não me deixa verbalizar as palavras. Ele puxa para fora depois de um
tempo e me gira de barriga no couro da moto.
― Isso, minha menina suja. Toma o meu pau. ― rosna, puxando tudo e
afundando até o punho de novo. ― Porra, a melhor, baby. ― passa a me comer
com vigor agora. ― Deliciosa do caralho! ― range me fodendo sem piedade.
Estamos ofegantes. Estou quase gozando. Deus, que gostoso! Eu gemo sem
controle e ele puxa para fora outra vez me fazendo choramingar. Ele sorri,
ofegante. ― Monte na moto, minha cachorra. Quero montar minhas duas
garotas preferidas de uma vez só. ― diz, já me suspendendo e colocando
escarranchada sobre o couro com a pernas trêmulas. Ele sobe por trás. ―
Levante esse rabo lindo, minha putinha. ― rosna, se alinhando na minha
bunda e escorrega para dentro outra vez. Eu grito porque nessa posição ele
entra muito mais fundo. ― Sara! Estou tão viciado nesse rabo, porra... Sara...
― geme na minha orelha, chupando e mordendo o lóbulo.
Lágrimas turvam a minha visão, com essa descoberta e meu peito dói
sem saber, o que o futuro me reserva.
Um soluço me escapa.
Elijah
Jesus, o que é essa porra viciante? O que há sobre essa mulher que me
tira do equilíbrio?
Estou perdendo a mente pensando nela. Fazendo coisas que nunca fiz
com outras. Nosso passeio de hoje, por exemplo. Nunca tive uma garota que
não fosse da família na traseira de Pandora. Nas outras motos sim, mas, não
em Pandora. Ela é a minha preferida.
― Sim. ― respondo conciso para evitar dizer: sim, baby, eu vou ficar,
porque não consigo mais dormir sem o calor do seu corpo junto ao meu.
***
Ela está linda numa saia branca, estilo havaiana e um top pequeno.
Seus cabelos estão soltos como uma cortina negra, descendo pelas costas
esguias. A moça arruma uma coroa de flores sobre sua cabeça. Ela parece
absorta em seus próprios pensamentos. Linda.
O ator que está fazendo o reverendo sorri simpático para mim, do outro
lado do arco de flores.
Ela está tremendo, a mão suada e fria. Eu não sabia que era tímida.
Ouvimos todo o discurso sobre amar, respeitar e ser fiel até que a morte
nos separe.
A puxo pela cintura e ela apoia as mãos, ainda trêmulas, sobre o meu
peito nu.
― Corta!
― Corta!
― Corta!
***
Eu olho Sara adormecida na cama. Ela desmaiou logo depois da segunda
rodada.
Fomos a um bar local com os caras e suas mulheres. Nos divertimos pra
valer. Não ficamos de agarramento em público, no entanto. Ainda estou
tentando protegê-la das especulações da mídia.
Há um silêncio a seguir.
― Por que está tão frio comigo? ― sua voz é pouco chorosa agora. Eu rolo
os olhos. Essa merda nunca funcionou comigo. Nem quando achei que tinha
sentimentos mais profundos por ela. ― É por causa daquela vadia da cunhada
do Liam?
― É sério essa merda, Nat? Você não tem moral para falar qualquer coisa
de Sara. Porra! ― digo puto.
Novo silêncio.
Não quero que Sara seja apontada como mais uma das minhas vadias.
― Certo. ― ela suspira e muda o tom para sorrateiro outra vez. ― Mas,
ainda podemos ser amigos, não é? Não me diga que está tão preso, que não
pode ao menos jantar comigo, qualquer dia desses...
― Olha, vamos marcar algo quando eu chegar, ok? ― ofereço mais para
me livrar da cadela, do que por desejo de vê-la. ― Preciso ir agora.
Está enrolada no lençol branco e sua expressão me diz que ouviu minha
conversa. Porra!
― Sara... ― murmuro, me sentindo mal pra caralho ao ver algo parecido
com medo em seus olhos. ― Você ouviu isso?
― Não! Jesus, não. ― merda. Eu não sei por que estou me explicando.
― Você ainda sente tesão por ela? ― pergunta à queima roupa. Wow!
― Não vou negar que gostava de transar com ela, Sara. ― seus olhos
estão brilhantes agora. Ela pisca, mas, não desvia o olhar. Valente. Está linda,
toda empertigada com ciúme de mim. Eu geralmente odeio esse tipo de cena,
mas, com ela, Deus, com ela, nada mais é como antes. Parece que Sara pode
tudo. ― Nat é mundana, pervertida, sabe agradar um cara na cama. ― ela
suspira e começa a se virar para sair. ― Mas, eu não sinto mais nada por ela. ―
me apresso e a puxo pela cintura, girando-a em meus braços. ― Eu quero você.
― digo suave, aproximando nossos rostos, olhando-a bem dentro dos olhos.
Levo uma mão para seu rosto, acariciando a bela face e deslizo para sua nuca,
trazendo sua boca para a minha. ― Só você, pequena tempestade. ― sussurro
contra seus lábios. ― Sinto essa coisa louca e intensa com você. Nunca senti
nada assim com aquela cadela ou com nenhuma outra. Só com você. ― exala
baixinho e a desconfiança vai abandonando seu corpo.
Enlaça-me pelo pescoço, relaxando contra mim e tomo seus lábios num
beijo suave, provocando-a, mostrando o quanto a quero. Levantando-a nos
braços a levo para dentro.
Eu nunca fiz amor na minha vida pervertida, mas, o que passo a fazer
com ela, assim que a deposito na cama, chega bem perto disso.
CAPÍTULO ONZE
Elijah
O trabalho foi intenso nessas últimas semanas, mas, temos uma boa
equipe e Sara foi uma ótima adição. Ela é brilhante em seu trabalho. Me vejo
babando a cada sugestão inteligente que faz, tanto na fundação quanto na
gravadora.
Eu desço a última escada para o térreo e minha mãe e avó já estão lá,
paradas rente ao último degrau, com expressões ao mesmo tempo maliciosas e
sonhadoras em seus rostos.
Eu sei que a culpa é minha porque inferno, nós não nos desgrudamos
mais.
Sara parece ter me lançado um feitiço do caralho.
Porém, eu não faço romance. Não vou pedi-la em namoro ou algo assim.
Contudo, não quero que termine tão cedo, uma vez que meu tesão por ela
inexplicavelmente, só tem aumentado. Eu quero e vou continuar tendo sexo
com ela, até toda essa loucura passar e podermos seguir nossos caminhos.
― Mãe! Já conversamos sobre isso. ― corto a minha mãe, meu tom não
dando margem para mais comentários. Ela aperta os lábios descontente,
enquanto a beijo na bochecha. ― Também gosto dela, mas, Sara e eu não
queremos nada sério. Estamos bem assim.
― Querido, espero que não seja tarde demais, quando abrir finalmente,
esses lindos olhos verdes. ― minha avó ainda arrisca. Eu fecho a porta e
suspiro de alívio por deixá-las do lado de dentro.
***
Ela está com aquela cara de cachorra safada e atrevida que me deixa
doido. Seus cabelos estão presos em um coque frouxo, expondo o pescoço
aristocrático. Sofisticada, sexy, linda.
Seus olhos dilatam pelo meu palavreado chulo. Ficamos nos devorando
bem de perto. Jesus, sim, ela me lançou a porra de um feitiço, com certeza!
― Você pode tirá-lo para mim mais tarde, baby. Mas, por enquanto, fique
de joelhos e chupe o meu pau. Só assim vou conseguir passar pelo evento, sem
te comer em um dos banheiros. ― eu digo asperamente.
A imagem dos lábios vermelhos à minha volta é tão erótica que quase me
faz gozar desajeitadamente. Sua língua me lambe delicadamente.
Perfeita, porra!
Na hora do almoço fui até a sua sala e a comi. Fodemos em cima de sua
mesa, contra a parede e encerramos sobre o carpete entre os sofás.
Todos estavam fora e eu levei comida chinesa para nós. Ela ficou
surpresa com minha gentileza, mas, a provoquei dizendo que só estava
interessado na sobremesa. Ela bufou, me chamou de vira-lata, mas, me deixou
devorá-la, fazer tudo o que quisesse com ela por um hora.
Sara me faz fazer coisas que não estão na minha cartilha. Mas, eu gosto
de mimá-la mais do que devo admitir.
Descemos pouco depois, de mãos dadas. Coisa que nunca fiz antes,
andar de mãos dadas com uma garota.
Mas, Sara é diferente, não é uma vadia que só está interessada no meu
pau e alguns minutos de fama, por aparecer do meu lado. Ela consegue
conversar sobre os assuntos mais variados e me vejo enredado, fascinado com
sua inteligência e sagacidade.
Não respondo nada, apenas enlaço a cintura delicada de Sara. Ela pousa
os olhos escuros em mim, e há uma emoção desconhecida queimando lá
dentro. Nos olhamos nos olhos, bem de perto, por uma fração de segundo e
então, ela abre um sorriso amplo e se vira para os flashes.
Seu maldito filho da puta! Não olhe assim para a minha garota!
― Você está com sua coleira aí, Stone? ― me inclino por sobre as
mulheres, sussurrando para Liam. Ele bufa.
― Nah. Eu não fiz quase nada, irmão. ― meus olhos desviam para Sara,
que está entretida numa conversa com Mel. ― Sara é a grande responsável por
isso. ― não dá para evitar a borda de orgulho em meu tom e olhar.
Liam sorri e finge uma tosse, sob a qual murmura: pau mandado. Isso
me faz olhá-lo de novo. Estreito os olhos sobre o bastardo.
― Oh, apertando cada vez mais, não é, mano? ― ele zomba ainda
pegando a deixa da minha maldita piada sobre coleiras.
― Idiota. ― resmungo.
Eu não estou preso. Bufo. Claro que posso sair a porra da hora que eu
quiser. Nenhuma mulher vai me prender. Repito mentalmente.
Me volto para o Liam e ele está franzindo a testa, seu olhar indo e
voltando entre Collin e Selena. Digo-lhe apenas com o olhar, que vamos falar
com o cão sarnento, mais tarde. Liam acena.
Ela para sua conversa com Sara e abre um sorriso brilhante. Um que
não tem estado em seu rosto para mim, desde que comecei essa coisa com sua
irmã.
Porra!
― Boa noite. ― sua voz cantarola, quando para do meu lado. ― Nossa,
que reunião mais bonita. ― bajula, seu olhar correndo por cada um dos caras e
suas mulheres. ― Ah, a primeira-dama... ― ela sorri para Mel, mas isso não
alcança seus olhos. ― Parabéns pelo bebê. Você parece bem saudável...
Quantos quilos já engordou? Cinco talvez?
― Eu acho que você pode dar o fora, Nat. ― Liam range os dentes, saindo
em defesa da mulher.
― E isso foi quando, querida? Enquanto estava trepando com seus novos
garotos de banda? ― a mesa toda exclama e sorri baixinho. Porra, a garota não
tem filtros. ― Porque esse é seu modus operandi, não é? Um não é suficiente
para você. Você pega todos!
Cacete.
― Sim, eu gosto de abundância. ― os olhos da cadela se voltam para mim
e eu sei que vem merda a seguir. ― Exatamente como Eli. Quando se entediar
de brincar com amadoras, você sabe onde me encontrar, baby. ― ronrona
sedutoramente.
Fico puto com sua audácia. A cadela está usando um vestido azul
transparente, que devia ser ilegal em público. Ela tem me ligado
insistentemente e eu não tenho cedido a seus pedidos melosos, para nos
encontrarmos. Se eu não estivesse com Sara, já teria comido a vadia, afinal ela
fode gostoso e sem complicações. Mas, há Sara e meu pau está bem satisfeito
com ela.
― Não finja que não sabia, e que se importa comigo, prima. ― Selena
cospe com repulsa.
Cadela do caralho!
Olho Sara que bebe seu drink num grande gole. Ela está chateada.
Merda!
Ela bufa.
― Que você está intimada a fazer lances em mim, pequena fada. ― sorrio
maliciosamente. ― Está intimada a me comprar para a noite.
― Não fique se achando muito, Sr. Rock star. Meu lance pode ser o único
que você terá esta noite. ― zomba.
Ela ofereceu a porra de Cinco mil? Isso é tudo que valho para você,
pequena fada? Travo meu olhar com o seu, desafiando-a a ir mais longe.
Porra, ela fica tão quente quando está com ciúmes. Linda!
― Cento e um mil! ― Nat diz depois de um tempo. Sara mais uma vez a
olha e seus olhos ficam ainda mais malvados, vendo algo que eu não sei o que
é.
Sara olha a atriz e seu semblante sofre uma pequena transformação. Seu
maxilar cerra ligeiramente e seus olhos me atiram punhais quando voltam a
me encarar.
Foi por uma boa causa. E sem querer ser esnobe, essa quantia não
causa nem um arranhão na minha conta bancária. Além disso, meu ego está
explodindo depois de ver a ferocidade, com que minha pequena tempestade,
lutou para não me deixar ser arrematado, por outra.
Sara
Eu sorrio, meu coração galopando no peito, enquanto Eli gira comigo nos
braços. Ele nunca é tão efusivo quando temos plateia. Mas, ele veio para mim,
parecendo incapaz de conter sua vontade de me tocar. Isso me aqueceu por
dentro, enchendo-me de esperanças.
Não dá para não sentir essa coisa poderosa, que toma conta de nós a
cada vez que nossos olhos se encontram, a cada vez que ele está dentro de
mim, tomando-me com sua paixão intensa e fome avassaladora. Ainda me
sinto um pouco fragilizada, exposta e assustada, com meus sentimentos
recém-descobertos e tem sido uma luta comigo mesma, para não demonstrar o
quanto sou louca por ele, que eu o amo.
Eu não consigo mais. Já caí profundo, tão profundo que mesmo sabendo
que, em algum momento ele vai se cansar de mim, e me jogar para escanteio,
não consigo dizer não a cada vez que me chama e me fode até o esquecimento.
Além disso, ele me seduz, conscientemente ou não.
Elijah tem feito coisas especiais para mim, verdade seja dita. Como o
piquenique que preparou para nós, no telhado da sua casa há duas noites. Eu
havia comentado uma vez que a vista de lá devia ser linda e ele se lembrou
disso. Foi uma noite maravilhosa.
Ele me deixa tão confusa. Ao mesmo tempo em que faz coisas doces e
atenciosas como essa, se mantém blindado para mim de certa forma. Peço
todos os dias fervorosamente que algum milagre aconteça e ele me deixe entrar.
Há momentos em que o flagro, me olhando, com esses olhos verdes incríveis,
como está me olhando agora, como se eu fosse a sua última refeição, a
resposta para suas dúvidas mais profundas. Há tanta intensidade na forma
como me olha. Cada encontro nosso é mais quente e explosivo do que o
anterior.
Um roqueiro que já fez isso zilhões de vezes, Sara. Uma voz zombeteira
me alerta.
― Foi por uma boa causa. ― seu hálito quente me causa arrepios e um
choque de excitação desce pela minha espinha, se espalhando em minhas
partes de menina. ― Além disso, eu saí no lucro. Terei um encontro com a
garota mais quente e gostosa da festa, e sei que ela é muito boa em compensar
minha, hã... Generosidade. ― ele volta a me olhar nos olhos, deixando-me ver o
que está em sua mente.
Sua voz áspera e autoritária faz coisas más para a minha vagina.
Sim, tenho fuçado o celular dele, ok? Não me julguem por isso. Sou
apenas humana e insegura com sua reaparição.
Sei que ele tinha sentimentos por ela. Mel me contou que Liam deixou
isso escapar. Além disso, Elijah assumiu que gostava de transar com a cadela.
Ela é melhor do que eu na cama? Essa pergunta tem me corroído desde a sua
admissão no Havaí.
Oh, Deus, estou tão encrencada, amando um cara que foge de
compromisso como o diabo da cruz.
― Ei, você está bem? ― Mel sussurra em meu ouvido. A olho e balanço a
cabeça. Ela está linda num longo branco, destacando seu ventre avolumado.
Rolo os olhos mentalmente. Por que estaria? Ele tem tudo o que quer,
quando quer. Basta estalar os malditos dedos e eu estou lá, uma cadela
ansiosa para atendê-lo.
Deus, quando foi que me tornei essa mulher tão fraca e patética? Uau!
Estou rabugenta esta noite, não estou? Acho que é isso que acontece,
quando você insiste em algo, que vai te trazer dor. Por que ele não pode me dar
apenas uma chance?
Preciso sair daqui dessa mesa, onde todos estão se tocando abertamente,
me fazendo sangrar e ficar rabugenta, por estar sonhando com algo que não
posso ter.
Deus, o que estou fazendo? Como fui me deixar enredar na teia sedutora
do galinha do rock?
Faço xixi e saio. Detenho-me por um instante quando vejo a cadela loira,
encostada a pia, de braços cruzados.
Ela me seguiu até aqui? Você tem que estar brincando comigo, porra.
― Oh, aí está ela! A bola da vez. ― ela cospe. Eu seco as mãos e confiro
meu batom, sem reconhecer a sua presença. Isso parece irritá-la. ― Estou
falando com você, garota.
Meu sangue zumbe nos meus ouvidos, me viro para ela, andando
ameaçadoramente, até quase encostar meu nariz no seu.
― Sim, há uma vagabunda nesse banheiro e eu estou olhando para ela.
― rosno em sua cara. ― E minha relação com Elijah não é da sua maldita
conta, vadia!
― Não dou uma semana e ele estará comigo de novo, querida. ― seu
sorriso é presunçoso. ― Eli sempre gostou de me foder, sabe por quê? ― seu
olhar é maldoso agora. ― Eu conheço todos os seus gostos na cama e sei
agradá-lo, como nenhuma outra.
― Você realmente acha que é especial? ― fala com zombaria. Meu sangue
ferve. Eu crispo os punhos e me viro, cogitando dar uns tabefes em sua cara de
puta comunitária. ― Acha que a história se repetirá? Tisc, tisc. ― ela estala a
língua. ― Eli não é Liam. Ele gosta da emoção da caçada. Quando consegue, ele
come e enjoa. ― suas palavras me afetam, no meu estado já sensível. ―
Aproveite o tempo que lhe resta, pois, o relógio está correndo. ― meus olhos
ardem contra a minha vontade. Ela sorri, se refestelando por atingir-me em
cheio. ― Oh, meu Deus, você já está apaixonada por ele. ― a voz cheia de
zombaria da vadia, entra em mim como, uma lâmina afiada. ― Má jogada.
Realmente uma má jogada. ― ela murmura, eu tenho que me segurar, para não
voltar e meter a mão em sua cara.
― Pena que Eli se sinta de outra forma sobre mim. ― ela cantarola. ― Ele
ainda sente tesão em mim, querida. Deve ser uma sensação horrível essa, que
está sentindo agora. Saber que em breve será deixada de lado, usada,
esquecida. ― seus olhos acinzentados, estão gelados agora.
― Você entende bem dessa sensação, não é? ― rio com deboche. ― Não
sei se você é apenas muito estúpida, ou está mesmo à procura de uns bons
sopapos. ― rosno me aproximando dela, outra vez. Ela recua um passo. Talvez
pela expressão irada em meu rosto. Sorrio. ― Escute o que estou dizendo
agora, por que não gosto de ficar me repetindo. Esqueça Elijah. Apague o seu
número e siga a porra da sua vida.
― Você parece chateada. ― ele diz com cautela. ― Se for por causa da Nat
eu garanto...
― Não. ― eu coloco dois dedos em seus lábios cheios. ― Não quero falar
sobre isso. Também quero dançar com você. Leve-me. ― completo.
The world was on fire and no one could save me but you
Suas mãos deslizam suavemente pelas minhas costas, seu olhar está
quente, fixo no meu. Acaricio seus cabelos compridos na nuca. Seus olhos
fervem, escurecendo e eu o sinto duro contra a minha barriga.
Arfo levemente, enquanto o vocalista canta que não quer se apaixonar
por medo de sofrer. Me pergunto se Elijah corre do amor por essa razão. O fato
é: ele corre. Quando penso que estamos íntimos o suficiente, dá dois passos
para trás, mostrando que pode se manter longe, emocionalmente. Ele é muito
difícil de ler.
Estou sofrendo por antecipação porque ele vai rasgar meu coração
quando disser que não me quer mais.
(Que coisa malvada para se fazer, permitir que eu sonhe com você)
― Você está linda esta noite. ― murmura aproximando nossas bocas, seu
olhar hipnótico prendendo o meu. ― Eu te quero tanto. ― rosna contra meus
lábios e meu peito aquece ao ouvir a urgência em seu tom.
Estremeço da cabeça aos dedos dos pés, com a expressão de desejo
desses lindos olhos verdes. Ele me quer. Talvez um dia, isso que sinta por mim
acabe, mas, não agora. Não agora.
CAPÍTULO DOZE
Sara
Ele sorri lentamente e lambe a costura dos meus lábios, fazendo minha
calcinha encharcar ainda mais. Gemo, latejando por ele e o como sem
vergonha, sem receio, porque é assim que é entre nós.
Nós olhamos um para o outro com fome. Seu rosto está lindo, na
penumbra, mas, posso ver o tesão estampado nele. Um riso lento, predador,
perverso se abre na boca carnuda e eu não contenho um gemido. Ele me olha
ainda mais arrogante, puxando a gravata borboleta, em seguida o smoking;
seus olhos grudados nos meus. Uma sobrancelha desafiadora se levanta e eu
sorrio, começando a descer o zíper do vestido caríssimo, que ele me deu.
Elijah retira a camisa branca e a joga no chão, suas mãos indo para a
faixa das calças. Meu vestido cai para o chão e estou apenas em meu fio dental
preto e sandálias de tiras.
Nada mais.
Me enrolo nele e esfrego minha vagina molhada, em seu eixo. Ele assobia
e me dá um tapa forte na bunda. Eu choramingo, pingando, louca por ele e
esse jeito bruto.
― Isso aqui é meu. Posso meter em você sempre que eu quiser, não é
minha cachorra? ― rosna asperamente e eu aceno, com a luxúria varrendo
minhas veias.
― Porra, que cachorra mais safada... ― seus olhos incendeiam com meu
atrevimento. ― Minha vadia gostosa... Minha puta... ― rosna mordendo o meu
lábio, enquanto seus dedos deslizam pelo cós da calcinha, encontrando minha
abertura melada.
Sem aviso, enfia dois dedos e eu grito alto. Ele ri malvadamente e desce a
boca em beijos e mordidas pelo queixo, pescoço até chegar aos meus seios já
tesos, os mamilos doendo por atenção. E meu garoto mau não me decepciona.
― Ohhh, meu Deus, Eli... ― meus olhos rolam para trás, enquanto sua
língua chicoteia em meu clitóris, impiedosamente.
Ele segura meus joelhos, com uma única mão grande e leva a outra, para
arreganhar meu brotinho, até expor a pequena protuberância, para fora e o
ataca sem piedade, chupando-o, mordiscando levemente. Meu corpo arrepia
todo, enquanto gemo e gemo deixando-o me devorar. Estou ofegando alto e ele
sorri, enfiando os dedos, bem fundo de novo, me comendo com força. Ele os
retira, deixando apenas alguns centímetros dentro, massageando aquele ponto
que me faz ejacular.
Estou acabada, tremendo e suando, mas, ele não para. Sinto meu ânus
melado, pelo líquido que escorreu e em seguida, Elijah está lambendo-o,
fazendo uma massagem deliciosa, com a língua. Logo a substitui pelos dedos.
Eu gemo, começando a balançar contra sua mão. Um tapa forte queima a
minha bunda.
― Vamos lá, minha cachorra. Peça. ― rosna; seus olhos queimando nos
meus, intensos, penetrantes. ― Você precisa disso, baby. Do meu pau
empurrando profundamente dentro de você. Essa boceta apertada está
pingando à minha espera. Peça! Agora!
Puta merda!
Ele sorri lento, sacana e se alinha, afundando de uma vez, sem piedade,
até o cabo. Eu grito; minha carne sensível da sua posse. Ele vive em cima de
mim, me fodendo a cada oportunidade. Não tenho muito tempo para me
recuperar. Mesmo assim, o tomo todo, um prazer perverso, dolorido e primitivo,
se espalhando em cada célula do meu corpo.
Elijah puxa, deixando só a ponta e mete de volta, me afundando na
cama. Estoca de novo e de novo, metendo cada vez mais fundo e forte.
Rosnados e gemidos altos, saem dos seus lábios luxuriosos. Seus olhos presos
aos meus, enquanto seu pau me abre furiosamente, para ele.
Minha vulva está ardendo, castigada. Seu pau bate no mesmo ponto
sensível a cada vez que se enterra bem fundo. A dorzinha gostosa, me fazendo
espiralar e ondular, arremessando-me para outro orgasmo esmagador. Minha
boca se abre arquejante, estou perdida no prazer quando eu gozo num
desespero, tão pungente, que choro. Êxtase varre o meu corpo em ondas
furiosas. A sensação quente, violenta, estonteante, me consumindo e
arrebatando-me, do mundo real. Eu choro alto, enquanto seu pau ondula,
inchando mais. Elijah range os dentes e acelera as estocadas, me fodendo
impiedosamente, em busca do seu alívio. Ele combina as arremetidas com
tapas fortes em meu traseiro, me fazendo miar no alto do meu gozo. Por fim,
rosna, metendo até meu útero e também goza, gemendo, urrando o meu nome
repetidamente.
― Jesus, que gostosa... ― ele geme longamente contra a minha boca e vai
acalmando as estocadas. ― A melhor, porra. Eu amo gozar em você sem nada,
sentir o meu esperma te enchendo, marcando sua boceta, sua boca e seu
cuzinho, como meus. Só meus. ― puxa para trás um pouco para me olhar nos
olhos e seu rosto franze ligeiramente. ― Porra, você está chorando? Eu
machuquei você? Eu sei que sou grande e você é tão delicada... Mas, me deixa
tão doido de tesão... Merda! ― ele pragueja e sai de mim com cuidado.
― Não. Você não me machucou. ― não dessa forma, quero completar. Ele
me puxa, me aconchegando em seu peito. Nossos corações ainda estão
acelerados. Nossas respirações ofegantes. ― Foi muito intenso, apenas isso, Eli.
― eu fungo um pouco.
Sua mão levanta o meu queixo delicadamente para encará-lo. Seu rosto
suaviza com alívio. Ele me olha, sua mão delineando suavemente o contorno do
meu rosto. Aquele sorriso bonito que tanto amo, se abre na boca sensual e
seus olhos se iluminam, brilhando como pedras preciosas.
Como pode me olhar assim e ainda insistir que é apenas sexo que
estamos fazendo?
Ele parece relaxado, feliz e meu coração incha, ao saber que fui eu, quem
colocou essa expressão em seu rosto. É uma raridade vê-lo assim, tão
desarmado, livre do deboche e sarcasmo que desconfio, ele utiliza como uma
espécie de escudo, para se manter longe emocionalmente.
Acaricio sua barba de dois dias, fascinada, arrebatada. Meu peito
transbordando e doendo de amor por esse homem. Elijah continua me olhando
e um calor intenso, toma sua íris. Lindo.
Eu sei com toda certeza que nunca vou esquecê-lo. Cada pequeno
detalhe dele, ficará para sempre marcado na minha mente, na minha pele, em
meu coração. Abaixa a cabeça outra vez e sussurra, sua boca pairando sobre a
minha:
― Não mais que você, baby. ― murmura antes de sua boca tocar a
minha, num beijo deliciosamente lento.
― É bonita a relação de vocês com seu velho. ― ele diz, beijando meus
cabelos. ― Eu também não passo os Natais longe das minhas mulheres,
assustadoramente amáveis. ― brinca se referindo à sua mãe e avó.
Mas, é claro que ele não deixa isso passar. Seus lábios se curvam num
meio sorriso sexy e acaricia meu rosto novamente, algo passando entre nós,
enquanto nos olhamos próximos e fixamente.
― Pare de fingir, você é louco por elas. ― o provoco, aliviada que foi
cavalheiro o suficiente, para não zombar de mim, por usar o termo carinhoso.
Bem, ele o usa comigo, mas, acho que faz isso com todas, então não conta.
― Ah, não sei... Talvez eu consiga uma boa grana com essas informações
fofas, sobre o bad boy do rock. ― ronrono.
― Bem, você está embaixo de mim, então, é óbvio que tenho sorte,
querida. ― geme, puxando para me olhar nos olhos. Resfolego, sentindo seu
pau muito duro se alinhando em minha vulva e afundando em mim devagar,
até o maldito punho.
― Oh, Deus... Eli... Baby... ― balbucio, perdendo o controle de vez,
olhando em seus intensos olhos verdes.
Eu te amo tanto.
Ele pode correr se eu me declarar agora. Ainda é muito cedo. Não tem
nem um mês que estamos nessa coisa casual.
Oh, meu bom Senhor! Eu caí apaixonada por ele em menos de um mês.
Por isso, preciso me conter. Ele vai surtar se souber que o amo, mesmo
com todos os seus avisos, de que isso é só sexo.
― Eu amo você... Dentro de mim, Eli. Amo. ― digo, com voz embargada.
Eu te amo, baby.
Uma pequena parte de mim quer acreditar que Elijah pode me amar com
o tempo.
Foi o primeiro show depois que Liam se livrou das acusações que
pesavam em seus ombros. Estávamos todos eufóricos pela ovação e loucura
dos fãs, que cantaram nossas músicas e gritaram nossos nomes, o tempo todo.
O clima no palco era leve, meu parceiro fez uma performance do caralho.
Fechamos o ano com chave de ouro.
Ela é bem parecida com a minha mãe. Pele morena, cabelos e olhos
castanhos. Mas, minha irmãzinha cresceu pra caralho, nos últimos anos e está
parecendo a porra de uma supermodelo agora, o que me deixa bem enciumado
com os bastardos, que se aproximam dela.
― Não tem graça, seus bobos. ― reclama. Fazemos farra por alguns
minutos e as duas plantam beijos em cada lado do meu rosto. ― Vamos voltar
para dentro? Tio Ben já está bem soltinho e contando piadas. ― Sussurra em
tom conspiratório.
Caímos na risada. Jesus! As piadas de tio Ben são sofríveis, isso para
dizer o mínimo. Reuniões da família Allen...
Então por que sinto essa saudade absurda, como se não a visse em
séculos do caralho?
Seu rosto bonito invade a minha mente e eu suspiro, levando o cigarro à
boca de novo.
Eu anseio pelo seu toque, sentir seu cheiro, penetrar seu corpo, de todas
as maneiras que eu puder. Fodê-la dura e repetidamente. Fazê-la tão viciada
no meu pau, como estou viciado em sua boceta.
Ainda não.
Foda-se.
Mais silêncio.
― Eu adoraria, Eli. De verdade, mas, meu pai... Ele decidiu passar o ano
novo conosco, aqui na ilha. ― ela murmura, seu tom pesaroso.
Foda-se.
― Baby, meu pau está duro apenas ouvindo a sua voz. ― eu rosno. ―
Como é que vou ficar uma semana do caralho sem me enterrar em sua boceta?
Você está tentando me dar porra de bolas azuis, é isso? ― ela sorri no meu
ouvido e eu gemo e rosno ao meu tempo. ― Sei que seu velho está aí, mas,
prometo que vou fazer valer a pena, Sara. Eu preciso foder você o mais breve
possível ou vou enlouquecer, porra. ― ela geme alto, desejosa e eu sei que
estou atingindo meu ponto. ― Basta escolher o lugar, baby e nós voaremos
para lá. Só eu e você. ― injeto a quantidade certa de sacanagem na minha voz.
― Apenas um dia e já estou louco para meter bem fundo em você. Não posso
ficar tanto tempo sem comer a minha cachorra gostosa. Você também quer dar
para o seu cachorro, eu sei que quer, baby. Vamos, admita isso para mim.
― Você não está jogando limpo, Eli. ― murmura com voz cheia de tesão.
Estou indo passar a porra do ano novo enterrado nela até o talo.
― Então, está feito. Vou mandar as coordenadas para você, tão logo
esteja com o nosso destino de ano novo, definido. ― informo.
― É bom ver esse sorriso, filho. Todos estão comentando lá dentro, que
está amuado aqui fora.
Eu bufo baixinho.
― Mas? ― inquire.
― Não sei o que mamãe e vovó disseram, mas, as coisas entre Sara e eu
são casuais. ― minhas palavras me picam. ― Nenhum de nós quer nada sério,
pai. Somos dois adultos, que gostam da companhia um do outro. É só.
Ele me olha em silêncio, então, acena e toma um gole da sua cerveja.
Tenho saudade das nossas conversas. Falar por telefone não é a mesma
coisa. Rick é o cara mais sensato que já conheci. Todas as minhas lembranças
de infância, são preenchidas com ele. Quero dizer, todas as boas lembranças.
O período antes dele foi nebuloso e por mais que eu tente deixá-lo para trás,
essa merda ainda volta, de tempos em tempos, em meus sonhos.
― Vem, vamos voltar para dentro. ― ele chama com uma cara culpada e
eu percebo que minha mãe e avó o enviaram para me resgatar.
CAPÍTULO TREZE
Elijah
Sara deve chegar dentro de alguns minutos. Mat avisou que já a buscou
no aeroporto. Viemos separados para não gerar mais especulação na mídia.
Meu corpo todo está agitado para vê-la depois da porra da semana mais
longa da história.
Minha família não ficou muito feliz que eu resolvi sair na véspera do ano
novo, mas, eu estou ensandecido. Não pareço me governar quando o assunto é
Sara.
Organizei tudo para ficarmos uma semana aqui. É, eu sei que parece
muito maricas escolher dentre milhares de opções, a porra da cidade mais
romântica do mundo. Mas, quando ela disse que não tinha sugestão, Paris
simplesmente surgiu em minha mente. Eu e os caras estivemos aqui em turnê,
há dois anos, mas, não vi muito da cidade, porque estava mais interessado em
foder o maior número de francesas.
Dessa vez, quero fazer a cartilha do turista com Sara. Acho que ela
nunca esteve aqui. Ela não sabe onde está. Foi corajosa, pegando meu jato
num voo às cegas. Assusta-me de certa forma, toda a confiança e fé que
demonstra ter em mim. Eu não mereço tudo isso da parte dela. Mas, sou um
bastardo egoísta e vou tomar tudo que ela me der. Instruí minha comissária de
bordo a vendá-la, antes que ela visse algo que pudesse dar-lhe uma pista da
sua localização. E ela está vindo no carro com Mat ainda vendada.
Meu pau esteve duro desde o momento em que Mat me ligou dizendo que
já a tinha no carro. Tomo o último gole do meu uísque e ando de volta para
dentro da suíte. Esmago meu cigarro sobre o cinzeiro na mesinha de centro, da
sala de estar. O sistema de som está tocando U2, With Or Without You.
Meu coração corre tão rápido com a primeira visão dela em dias. Estou
respirando pesado como se tivesse corrido uma maratona do caralho. Jesus.
Faço um gesto para ele entrar com sua pequena mala, e meus olhos
voltam para Sara. Ela lambe os lábios, parecendo ansiosa.
Jesus, ela está linda numa blusa de seda amarela sem mangas e saia
preta, muito acima dos joelhos. Porra, ela está usando botas de cano alto.
Então, eu puxo a minha menina pela cintura para dentro e fecho a porta
com um pontapé. Inalo o seu cheiro como fez comigo e no segundo seguinte,
minha boca está na sua. Ela suspira e me abraça pelo pescoço, deixando-me
foder sua boca em um beijo sedento, esfomeado.
Sorrio malvado e deslizo a minha boca pelo seu maxilar até seu ouvido,
lambendo o lóbulo e ao mesmo tempo, moendo meu pau em sua pélvis.
― Ohhh, sim, por favor, Eli... ― choraminga, seu corpo tremendo contra
o meu.
― Toma o meu pau, minha menina má. ― eu uivo, afundando nela com
força indo até o fundo. Ela grita alto e eu também. Então, eu puxo a venda.
Malditamente muito.
Eu traço seu rosto com as pontas dos dedos, cada vez mais fascinado por
essa mulher.
Ela abre um sorriso, lindo pra caralho, fazendo a porra do meu coração
aquecer.
Suspiramos, nos olhando ainda com fome. Enfio uma mão em seus
cabelos e arqueio suas costas, para melhorar meu acesso aos peitinhos
bonitos. Eu os chupo delicadamente a princípio, depois coloco mais pressão e
sua boceta palpita, me apertando, mostrando que está excitada de novo. A
levanto pela bunda e ela se pendura em meus ombros. Sua cara de safada me
fazendo dar um tapa duro, em sua carne firme.
― Cachorra gostosa... Minha putinha... Só minha... ― eu rosno e a como
assim, levantando-a e trazendo-a com força para baixo, obrigando sua
bocetinha a engolir todo o meu eixo grosso. Ando devagar, sem parar de meter
bem fundo e gostoso. Ligo o chuveiro e entro com ela embaixo do jato. Nos
beijamos lenta e eroticamente, enquanto a água acaricia nossos corpos
firmemente entrelaçados. E eu tomo o meu tempo mostrando com o meu corpo
o quanto senti a sua falta...
***
― Baby, você sabe que ficará aqui comigo por quanto tempo eu quiser. ―
ela bufa com meu tom arrogante. ― Já acertei tudo com o Stone. Não precisa se
preocupar com o trabalho. Ainda temos tempo com a turnê.
― Você não está tendo regalias por me foder, Sara. ― meu tom é meio
seco. Suspiro. ― Você tem trabalhado incessantemente, desde que entrou na
gravadora. Qualquer um pode ver isso. Liam e os caras não vão criar caso por
isso. ― eu bufo irônico. ― Na verdade, os cães sarnentos estavam mais
empenhados em me zoar, por estar trazendo uma garota para Paris.
Ela ama meu tratamento áspero. Isso me deixa ainda mais doido por ela.
Dou outro tapa do outro lado. Sara geme mais. Eu puxo seus mamilos com
mais pressão e sua bocetinha começa a moer em meu pau, já bem duro.
Deliciosa, porra.
***
Eu paro na entrada no closet e me encosto no batente da porta olhando-
a terminar de se arrumar. Estamos em nosso segundo dia na cidade-luz e
saindo para um clube exclusivo, onde celebraremos a chegada do ano novo.
Mandei vir uma coleção de vestidos dessas grifes famosas, que as mulheres
adoram. Comprei também um conjunto de colar e brincos de diamantes
brancos. Tudo foi entregue no hotel, porque não saímos do quarto por vinte e
quatro horas inteiras.
― Você costuma ficar bem agradecida quando faço isso, baby. Não há
motivação melhor do que essa boquinha linda, chupando o meu pau. ― ela rola
os olhos e me entrega o colar.
Eu pisco sacana e pego a joia de sua mão, enquanto ela levanta a vasta
cabeleira negra. Prendo o fecho, beijando sua nuca, quando termino. Ela ofega,
estremecendo. Sorrio-lhe através do espelho.
― Vamos, baby. Estou ansioso para curtir a noite parisiense com você. ―
seus olhos suavizam, brilhantes.
Mat nos levou e conseguiu nos colocar para dentro da casa noturna, por
uma entrada menos movimentada. Entramos sem nenhum incidente com a
imprensa, graças a Deus. Eu ainda não sei bem o que estou fazendo, só sei que
quero sair com essa mulher linda do meu lado, sem me importar com a porra
do que vão dizer sobre isso.
― Você fala Francês. ― Sara cochicha em meu ouvido, assim que nos
estabelecemos numa mesa de canto, perto da balaustrada, com vista da pista
abaixo de nós. Uma garçonete loira e precariamente vestida vem nos servir
champanhe. Seus olhos se arregalam, provavelmente me reconhecendo e em
seguida ela pisca, abrindo um sorriso cheio de dentes para mim.
― Estou surpresa, é só isso, ok? Por que Letras? ― ela arrisca, chegando
mais perto de mim, seu braço enrolando possessivamente em minha jaqueta de
couro preta.
― Meu avô era professor de Literatura. Ele me fez gostar das letras. ―
digo, desviando o olhar para a massa de corpos se agitando na pista, lá
embaixo.
Sara
Oh, Deus, estou tão louca de amor por ele, não estou?
― Você sabe que sim. Eu amei cada segundo daquela noite. ― murmuro.
Amei tudo, especialmente a parte em que ele voltou e dormiu comigo, em seus
braços, pela primeira vez.
Seus olhos fervem e então ele descarta o copo sobre a mesa, enrola a
mão em meus cabelos da nuca, do seu jeito fodão, dominante que faz misérias,
para a minha calcinha. A outra continua cravada na minha bunda, angulando
nossas pélvis juntas. Eu gemo, arquejando, enquanto seu olhar me consome.
Ele sorri lento e lascivo e sua boca se apossa da minha.
É um beijo sinuoso, lento, sensual, erótico. Sua língua lambe e seduz a
minha. Eu gemo e entrelaço a minha na sua e nos devoramos, sem nos
importar com nada além do nosso desejo e prazer mútuo.
Quando nos separamos estamos ofegando alto. Estou quente tanto pelo
álcool, em meu sistema, quanto pelo ataque desse deus do sexo.
― Vem, vamos suar, pequena fada. ― ele sorri, seus olhos zombadores do
meu estado inflamado.
Ele está pecaminosamente sexy esta noite. Eu amo quando usa jaquetas
de couro. Essa é mais sofisticada, do que as que geralmente usa, para andar
em pandora. Suas calças escuras são justas, delineando suas pernas
musculosas e está usando sapatos italianos. Só ele mesmo para combinar
jaqueta de couro com sapatos italianos e ainda parecer elegante.
Lindo demais. Ele poderia ter sido um modelo se não fosse músico. Eu
babo sobre sua figura imponente e máscula. Me sinto glamorosa por estar com
esse deus.
Meu vestido é um modelo branco tomara que caia. Ele marca o busto e
cintura e desce numa saia ampla, longa na parte de trás, mas, curta na parte
da frente, no estilo dançarina de Salsa[23]. Minhas sandálias são de tiras
prateadas e muito altas. Elijah inclina o indicador, me chamando com um
sorriso infame safado, se espalhando nos lábios cheios.
Sem aviso me inclina para trás, uma, duas, três vezes, fazendo meus
cabelos balançarem, quase tocando o chão. Filho da puta lindo, gostoso.
Eu rio e ele me puxa de volta, me girando dessa vez de costas, contra seu
peito. Levanto os braços, segurando-o pela nuca. Sorri no meu ouvido e morde
o meu lóbulo. Suas mãos descem e sobem pelas laterais do meu corpo,
enquanto mói em minha bunda. Ele está tão duro. Mordo o lábio, sentindo o
tesão me engolfar impiedosamente. Ele parece saber disso porque, uma mão
grande espalma em minha barriga e me puxa brutamente, colando-nos mais
ainda. A outra sobe, passando displicentemente entre os seios, e vai se instalar
em meu pescoço, da forma que faz algumas vezes, quando estamos transando.
Eu arquejo, quase gozando com sua fricção sem vergonha, direto no meu
clitóris.
― O que está fazendo, Eli? ― pergunto, enquanto ele beija e chupa meu
pescoço.
Sorrio, boba, feliz. Ele me trouxe para uma das cidades mais românticas
do mundo, isso tem que significar alguma coisa, não tem?
No final do corredor há uma pequena sacada. Um casal sai de um recuo
na parede, do lado esquerdo. Eles estão corados e arrumando as roupas. OMG.
Me contenho para não soltar uma risadinha. Elijah está comprimindo os lábios
também. O casal passa sem graça por nós, sem nos encarar.
― Porra, você está tão malditamente sexy nesse vestido. ― rosna em meu
ouvido e desce para o pescoço, chupando, mordendo com certa pressão, do
jeito que ele sabe, que tira a minha capacidade de raciocinar com clareza e de
dizer não para ele. Gemo e ele empurra o seu pau no meio da minha bunda,
moendo e cavando gostoso.
Oh, cara... Estou a ponto de fazer xixi nas pernas quando as afasto,
atendendo seu comando.
Ele acaricia meus ombros, descendo pelos braços, dando a ilusão de que
está controlado, mas, eu sei que não. Seus dentes raspam em meu pescoço. Eu
convulsiono e ele sorri, contra a minha pele. Sem aviso, puxa o vestido para
baixo, expondo meus seios já pesados, duros.
― Ohh, Eli... ― ofego alto quando puxa meus mamilos, enviando socos de
luxúria direto em meu clitóris. ― Por favor, baby...
― Deus, eu amo sentir o seu tesão por mim, baby... ― ele rosna, e suas
mãos descem pelo meu corpo, me seduzindo lenta e cruelmente. Minha saia é
levantada e ele se afasta um pouco. O ouço puxando o ar agudamente. Sorrio
satisfeita comigo mesma. ― Jesus, Sara... Porra! ― ruge, seu tom grosso com
luxúria, ao ver minha bunda completamente nua. Uma palmada forte desce na
nádega direita e eu choramingo, me empinando para mais. Ele acaricia o lugar
onde bateu e espanca meu outro globo. Seus dedos acariciam minha abertura
traseira e mergulham em seguida até minha vagina.
― Porra, Sara! Gostosa! Gostosa, porra... ― ele puxa para trás e empurra
para dentro de mim de novo, tão duro que me esmaga contra a parede.
Se retira e eu protesto.
― Porra, estou quase gozando, Sara... Tão gostosa, baby... Amo foder
você, minha cachorra linda... Amo, porra. ― balbucia na minha pele.
Amo a forma como faz isso. É como se estivesse tão embriagado por mim
como estou por ele.
Seus olhos estão lindos, refletindo as luzes dos fogos e meu coração dá
uma guinada.
Eu o amo tanto.
Meus olhos ardem com a força desse sentimento que me esmaga.
Ele abre aquele raro sorriso lindo e me beija suavemente, saindo de mim
com cuidado. Em seguida, puxa os guardanapos do bolso e com um sorriso
perverso, me limpa.
Cachorro gostoso.
Por favor, Deus, faça com que ele perceba o que nós temos.
Rogo em silêncio.
***
Caímos numa rotina fácil nessa semana. Ele me levou por toda a cidade
em encontros inesquecíveis. Visitamos todos os pontos turísticos, jantamos nos
melhores restaurantes e fizemos amor incontáveis vezes.
Tudo ainda parece um sonho para mim. Um doce sonho que está
acabando hoje. Pegaremos o jato de volta à LA depois do almoço.
― Você não quer negar? ― meu coração começa a correr tão rápido, que
tenho medo de ter um infarto aos vinte e oito anos.
Vira-lata lindo.
Volta a me encarar, seu rosto ficando sério, mas, ainda suave. Meu
coração está batendo como um tambor, embora eu esteja tentando levar isso
de forma casual, para não pular em cima dele na primeira abertura, bem como,
executar uma dancinha feliz, pelo quarto.
Ele não responde. Só fica lá, imóvel pelos próximos minutos. Uma
expressão tão confusa e desamparada como nunca vi em seu rosto.
― Eu irei aonde você for, baby. ― digo, colocando todo o meu amor nos
meus olhos. Espero que ele perceba isso. ― Estou aqui para você. ― sempre.
Acrescento para mim mesma.
CAPÍTULO QUATORZE
Sara
Elijah está diferente, e não de um jeito bom. Estou preocupada. Ele está
fechado nele mesmo desde que recebeu a notícia da morte do pai biológico.
Essa e outras perguntas estão ruminando dentro de mim, uma vez que
ele não tem falado muito, desde então.
Sim, ele deve estar lamentando não ter vindo antes. Eu não sei qual a
história deles, mas, Elijah não tem culpa de nada. Era apenas uma criança,
quando foi abandonado. É certo como o inferno, que não tinha obrigação
nenhuma de correr para ver o homem que o deixou.
― Obrigado, irmãos. ― Elijah diz baixo, a voz tensa. ― Mas, vocês não
precisavam se abalar para isso. ― fala quase com desdém. ― Não perdi o meu
pai. Estou aqui apenas, porque preciso encerrar essa merda.
Sem dizer nada, abraça o irmão e eles ficam assim, por um tempo longo.
Ela sussurra algo inaudível para Elijah, que balança a cabeça e beija
seus cabelos, liberando-a do abraço.
― Sou Chelsea. ― diz virando-se para mim. ― E você deve ser Sara. ―
seus olhos de irmã, estão avaliando se sou boa o suficiente, para seu irmão e
eu me sinto um pouco, desconfortável. ― É um prazer conhecê-la, finalmente.
― ela sorri, lançando um olhar provocador para Elijah e em seguida, vem me
abraçar calorosamente. Meu desconforto some. Ela se parece muito com sua
mãe.
Franzo o cenho, sem entender porque está me dizendo isso. Mas, sorrio e
aceno, gostando da parte em que ela diz, que ele é diferente comigo. Estou
ansiosa para esse mal-estar passar logo e retomarmos nosso assunto
interrompido em Paris.
― Sua barriga já está tão crescida. ― Chelsea se volta para a Mel, que
sorri, acariciando seu ventre. ― Liam está radiante, não é? Ele sempre foi o
mais tranquilo. ― ela sorri em tom conspiratório. ― bem, ele e Paul. Os outros
sempre foram os porras louca da banda.
― Sim, Liam está muito feliz. Estamos muito felizes, com nosso bebê. ―
minha irmã desvia o olhar apaixonado para seu marido. Como se sentisse o
calor desse olhar, Liam gira a cabeça e sorri para ela. Os dois são muito fofos.
Sorrio, testemunhando o amor deles.
Instantes depois, saímos para o cemitério local. Mais uma vez senti o
ressentimento da mulher de David. Mesmo Elijah arcando com todos os gastos,
a vaca se manteve fria com ele, toda a cerimônia fúnebre.
Elijah não deu uma palavra enquanto Mat e Trent nos escoltavam para o
carro alugado. Saímos de lá direto para o aeroporto e voamos para LA.
***
― Eu juro que não sei mais o que fazer. Não sei como ajudar. ― digo
frustrada.
― Liam acha que ele deve procurar ajuda profissional. ― franzo o cenho.
― Um psicólogo ou algo assim. ― acrescenta.
― Infelizmente não, querida. ― ela nega. ― Eles são muito leais uns com
os outros. Mas, Liam acha que ele contará a você eventualmente.
― Ele acha que você é a única que pode, hum... Domar Elijah. ―
murmura, mas, vejo em seu olhar, que ela não compartilha dessa opinião.
Eu gostaria, quero desesperadamente acreditar, que eu seja a única a
conseguir tal façanha, mas, ele me tem à distância de um braço de novo.
Estamos juntos, mas, voltamos à superficialidade do começo. É como se ele
não quisesse se mostrar verdadeiramente, como se percebesse, que se abriu
demais para mim e estivesse tentando se manter emocionalmente distante
outra vez. Isso está me matando aos poucos.
― E? ― instigo.
― Sim, me desculpe por ficar batendo na mesma tecla, pedindo para ter
cuidado com ele, ok? ― ela sorri levemente. ― É só preocupação de irmã. Você
sabe, Eli é mesmo diferente com você. Vamos torcer para que tire logo a cabeça
da bunda e se dê conta da garota maravilhosa que tem, bem do seu lado.
Ela gargalha.
Quando volto para a minha sala, alguns minutos depois, já pronta para
encerrar o expediente, vejo Collin e Selena no corredor e eles não parecem
muito bem. Parecem discutir em voz baixa. Cogito voltar e me esquivar de
testemunhar um momento tão íntimo, na vida do casal. Então, Selena vira a
cabeça e me vê. Merda. Fico parada sem saber para onde ir. Collin me vê
também e ele não sorri como de costume. Ele murmura algo, cerrando os
dentes e vai embora pelo corredor, com passos zangados.
Puta merda! Eles pareciam tão felizes há apenas alguns dias. Selena se
recosta à parede e puxa uma respiração profunda. Eu avanço devagar.
― Tudo bem, Sara. A Mel já sabe do que se trata. ― diz baixinho e limpa
uma lágrima errante. ― Você já viveu dias incríveis para logo em seguida ver
seu mundo desmoronando, sem que possa fazer nada para impedir?
Ela me olha e sorri do meu linguajar. Não que ela seja uma lady, nesse
assunto também. Já a vi soltando alguns palavrões por aí. Especialmente nos
shows.
― Oh, eu sinto muito. ― lamenta. ― Todos nós pensamos que Eli estava
indo sossegar com você...
― Essa morte do pai biológico, está mexendo com ele. Simplesmente não
sei como alcançá-lo mais. ― não consigo deixar de desabafar.
Oh, Deus. Aqui estamos nós, chorando as mágoas, por dois roqueiros
idiotas. Lindos, mas, idiotas.
― Por que está dizendo isso? ― não consigo evitar perguntar. Ela parece
devastada.
― Vou lhe contar, mas, por favor, não diga isso a mais ninguém. Você é a
única que saberá além da Mel.
Eu aceno e nos próximos minutos a assisto se debulhar em lágrimas, me
contando a história mais triste e repugnante que já ouvi na minha vida. Algo
como isso é irreparável e sim, ela corre o risco de perder Collin. Pobre garota.
Já não me sinto mais tão miserável pelos meus problemas com Elijah.
Elijah
― Que porra há com você, idiota? ― eu rosno para Collin, assim que nos
sentamos nos bancos, do nosso bar mais assíduo em Beverly Hills. Estava
tentando ficar sozinho e ao que parece, meu parceiro também. O barman nos
entrega nossas buds, sem sequer nos perguntar primeiro. Ele é um velho
conhecido, dada a nossa frequência por aqui. Levantamos as garrafas para o
cara, em agradecimento. Ele acena amigavelmente de volta.
― Não é nada, imbecil. ― Collin resmunga. ― E você? Por que está aqui e
não com sua garota?
Quase me deixei enredar por essa merda cor-de-rosa, que Sara me faz
sentir. Quase. Não estou no meu melhor momento e é hora de deixá-la ir.
Quando foi que permiti que as coisas saíssem do casual e avançassem para
algo mais? Não consigo me lembrar quando foi que perdi o controle. Mas, o fato
é que estava perdendo todo o controle, para ela. Sara estava me tornando
fraco. Pateticamente fraco. Tudo que abominei a minha vida toda. Nossa
relação foi se tornando cada vez mais intensa, íntima. Meu corpo gosta muito.
Porra, mais do que quero admitir, mas, meu cérebro ainda se recusa a aceitar
isso. Não estou pronto para algo assim. Não sou talhado para essa porra
sentimental. É hora de voltar a ser eu mesmo. Entretanto, ainda não sei como
sair. Sara está cheia de expectativas, eu vejo isso em seus olhos a cada vez que
me olha, cada vez que mergulho fundo em seu corpo. Merda.
Deixei as coisas irem longe demais. Eu nunca fui tão descuidado com
uma mulher antes. Tampouco, tão doido por uma mulher antes, uma parte da
minha mente me alerta.
Ele suspira e passa uma mão pelos cabelos. O idiota não está bem,
mesmo que insista nisso. Eu e o Liam tentamos conversar com ele, mas, não
conseguimos arrancar a razão de seu estranhamento com Selena. Está claro
que há algo os perturbando. Eles estavam ridiculamente felizes. O que pode ter
havido?
Ele rosna.
― Sim, está tudo muito fodido, mano. ― ele parece muito atormentado. É
estranho pra cacete ver meu parceiro assim, por uma garota. ― Estou
perdendo Lena e não sei qual a maldita razão.
Junto as sobrancelhas.
― Ela está diferente, fechada e eu não tenho uma maldita ideia do que a
deixou assim. ― resmunga.
― Bem, a garota passou por merdas pesadas, irmão. ― pondero.
― Sim, mas, ela é a minha garota agora. Somos um só, porra. ― uh! Eu
me seguro para não dizer nenhuma piadinha, em cima dessa declaração. ― Ou
pelo menos eu pensei que fosse assim.
― Por isso tento me manter fora dessa merda sentimental, mano. ― bufo,
com raiva de Sara por me fazer amolecer e, principalmente, com raiva de mim,
por ter me permitido amolecer.
O que diabos essa garota fez comigo? O próximo passo será o meu
maldito pau cair e nascer uma boceta do caralho, em seu lugar.
― Você está deixando essa merda com o David foder sua cabeça, Eli. ―
rosno, mas, ele não para por aí. ― Lena tem uma psicóloga de confiança. O
Liam acha que você dev...
Merda. Eu queria ter forças para dizer que não vou, mas, eu não tenho.
Cada vez que me afundo nela, eu digo a mim mesmo que é a última, porém, eu
nunca vou embora. Sempre voltando para mais e mais.
Ele gargalha.
― É claro que consigo, porra. O sexo é incrível, mas, é só isso que está
me prendendo. Nada mais. ― digo categórico.
― Uh! Ok, não está mais aqui quem falou. ― ele recua. ― Vamos beber
então. ― levanta a sua garrafa tocando na minha. ― A dias melhores, irmão.
Bebo um longo gole em seguida. Se eu for sincero, não estou bem. Desde
que fiquei sabendo da morte de David a culpa e o remorso, tem me corroído por
dentro. Que tipo de pessoa se nega a ver um moribundo, em seu leito de
morte? Eu. E desde então, tenho me punido por ter-lhe negado isso. Talvez
minha mãe estivesse certa, o tempo todo. Eu precisava ter ido lá antes e
finalmente deixar o passado ir embora. Mas, eu, teimoso como uma maldita
mula não fui e agora minha cabeça está fodida. Para acabar de me foder, a
vadia da mulher dele, me pintou como a escória da humanidade, para a mídia.
Disse que David passou seus últimos anos tentando se reaproximar de mim e
que eu, nunca aceitei vê-lo. Mentira? Não, verdade. Por que diabos eu iria
querer ver o cara que me abandonou, ainda pequeno e não voltou em longo,
longo tempo? Muita coincidência, ele ter começado a querer se aproximar,
apenas quando a banda estourou nas paradas de sucesso, não é? É isso que
acho também. Mas, isso não tira esse sentimento ruim que tenho, de que não
agi bem, me recusando a vê-lo, mesmo sabendo que estava morrendo. Foda.
Remorso é mesmo uma cadela.
Um cara vê uma garota assim, é claro que ele vai olhar, senhoras. Não
me venham com lição de moral. Vejam Collin, mesmo sofrendo por sua Lena,
seus olhos estão no decote da vadia, também. Viram? É assim que os homens
funcionam. Isso não quer dizer que vamos comer a mulher que olhamos. É
apenas um reflexo normal para caras. Sim, eu sei que isso não nos isenta de
ser uns bastardos, mas, é assim que funciona.
Nós dois bufamos. Sim, isso também é um reflexo de caras. Nós não
gostamos de insinuações de que estamos tomados, presos, domados. Nós
odiamos essa merda. Eu mais ainda. Ninguém vai me domar.
Ninguém, porra!
― Nat, aqui não há nada para você. Então, se manda, porra. ― Collin a
dispensa.
― Não seja bobo. Eu sei que você provavelmente já deve estar duro para
mim, querido. ― sua voz é mais baixa e sexy. Collin assobia e se afasta um
pouco. ― E quanto a você, Eli? Ainda estou esperando minhas boas-vindas,
baby. ― e com isso, ela traz as duas mãos, numa rapidez espantosa, para
apalpar a mim e meu parceiro simultaneamente.
― Você não ouviu meu parceiro, Nat? ― ranjo, segurando seu pulso e
arrancando sua mão do meu pau. Cristo, o trapaceiro nem ao menos sofreu
um espasmo com a carícia dela. Que porra está errada comigo? Eu tinha a mão
de uma garota no meu pau e ele não ficou duro, caralho! Quão fodido é isso? ―
Não há mais nada para você aqui. Estamos bebendo apenas. Já estamos de
saída, inclusive.
Seus olhos arregalam e ela inala com força, sua expressão despeitada.
Então, ela sorri novamente, acenando.
― Ok, eu aceito que não há nada para mim, hoje. ― diz colocando ênfase
na última palavra. ― Me paguem uma bebida pelo menos. Isso ainda podemos
fazer, não é? ― provoca. ― Ou suas meninas proíbem também? ― há um
desafio claro em seu tom.
E a outra coisa sobre caras, é que não fugimos de um desafio. Então, nós
pagamos bebidas para a cadela, que acabou ficando e nos fazendo companhia.
Eu já estava meio grogue e Collin também.
Merda. Preciso chamar Mat para me levar para casa e deixar Pandora
aqui no estacionamento.
Oh, porra. Eu não vou mentir, meu pau se anima com a ideia. Meu
parceiro também parece bem animado, enquanto a vadia o masturba por cima
das calças.
CAPÍTULO QUINZE
Elijah
Fui no carro de Sara para seu apartamento e Mat nos seguiu. O percurso
foi tenso, ficamos em silêncio.
― Você ia mesmo foder com ela? ― se volta para mim, seus olhos estão
saindo faíscas. ― Você ia comer aquela puta do caralho? ― sua voz treme na
última frase.
― Não, eu não ia, porra! ― me exalto também. O álcool falando mais alto
em meu sistema. ― Ouça, talvez vir aqui não tenha sido uma boa ideia. Eu não
preciso de mais drama, Sara.
― Ele não era o meu pai, caralho! ― ela estremece com meu tom cortante.
― Nunca mais diga isso. Aquele cara não era o meu maldito pai e você não sabe
porra nenhuma, do que estou sentindo.
Novo silêncio, enquanto nos encaramos longamente.
― Então, me diga, Eli. ― pede mais suave. ― Divida isso comigo. ― seu
olhar amolece um pouco. ― O que eu preciso fazer, baby? Me fale.
― Nada, Sara. Não há nada que possa fazer. ― meu tom é carregado de
significado e ela é inteligente. Seu rosto cai um pouco, percebendo aonde nossa
conversa vai dar.
― Nós dois sabíamos que isso não ia longe, quando começamos, Sara. Eu
sempre deixei claro, do que se tratava. ― digo mais seco do que gostaria.
― Diga para mim. ― ela pede; seus olhos muito brilhantes. ― Quero ouvir
a maldita sentença! Diga olhando nos meus olhos, que tudo que tivemos foi
apenas sexo! Diga, porra!
Seu rosto empalidece e ela recua um pouco, mas, em seguida ela sorri
jocosamente.
― Você é o pior tipo de covarde, sabia? ― range os dentes. ― Você pode
dizer isso para si mesmo, mas, nós dois sabemos que não foi apenas sexo.
Havia mais. Você queria mais! ― berra.
― Aquilo foi um erro. Deixei me levar pela cidade e por você. ― suspiro
passando as mãos pelo meu rosto, me sentindo cansado dessa merda.
― Eu não estive com nenhuma outra desde você e sabe disso, porra. ―
rosno. ― Você teve mais do que qualquer outra, mas, é hora de pararmos. Eu
não quero a porra de um relacionamento, deixei isso claro desde o começo.
― É isso que você quer Elijah? ― sussurra. ― Porque quando passar por
aquela porta, atrás daquela puta, você não me tocará mais.
― Eu não estou indo atrás dela. ― digo com raiva. ― E uma coisa que
precisa saber sobre mim querida, é que não aceito a porra de ultimatos. ―
ranjo.
― Nem eu. ― ela estica a coluna, sua valentia voltando. ― Você quer
acabar com essa merda? Então, vamos acabar, porra! ― range os dentes. ―
Cansei de ser apenas o seu brinquedinho, a porra do seu segredo sujo! Foda-
se, seu idiota covarde!
Ela parece pronta para me esganar. Talvez eu mereça mesmo sua ira,
uma vez que lhe dei falsas esperanças.
― Eu não planejei que isso entre nós fosse tão longe, Sara. Eu... ― me
defendo apressado.
Há essa pequena parte de mim, que insiste em dizer, que estou fazendo
algo de que posso me arrepender no futuro. Mas, eu mando a dúvida para
longe. Isso acabaria em algum momento. Eu nunca vou dar o poder para outra
pessoa me ferrar. Em algum momento, teria de deixá-la ir. Melhor agora, antes
que ela se machuque, na tentativa de me mudar.
Esse sou eu. Posso ser um bastardo, mas, sou sincero. Sempre.
Puxo uma respiração aguda. Essa sensação ruim oprimindo o meu peito
está aumentando. Só preciso sair logo daqui e encher a cara para anestesiar
essa merda.
Catalogo seu rosto bonito e exaltado, uma última vez e me viro, andando
em direção à porta, deixando para trás a única mulher que já me fez querer
algo mais.
***
Terminar as coisas, não me deu o alívio que pensei que daria. Esses dias
a evitando, foram um maldito inferno. Ansiei por um vislumbre dela, apenas a
porra de um vislumbre. Não sei o que está havendo comigo e odeio esse conflito
do caralho, em que ela me jogou.
Ansiei por vê-la, mas, me mantive distante porque sabia que vê-la, ia me
fazer lamentar por terminar as coisas.
Jesus, por que isso não passa? Por que continuo querendo-a com tanto
desespero?
― Está tudo bem aí, parceiro? ― a voz calma de Liam, me faz olhá-lo meio
de lado.
Suspiro baixo.
Ele me crava com seus olhos azuis, puxa um maço de cigarros do bolso,
retirando um, empoleirando-o na boca. Eu faço o mesmo. Acendemos,
puxamos tragadas e soltamos a fumaça densa.
― Você precisa de ajuda profissional, cara. ― Seu tom é mais firme. Ele
está irritado, mas, está se contendo porque sou eu. ― É hora de deixar a merda
com o seu pai ir embora.
― Você não precisa agradecer. Não por isso, irmão. ― ele diz vindo até
mim, dando tapas nas minhas costas. ― Para onde vai agora?
Dou de ombros.
Sara
É muito difícil manter alguém por perto quando esse alguém não quer
mais estar perto.
Ela me alertou que Elijah poderia ficar difícil depois da morte de David e
me incentivou a não desistir dele.
Qual é o ponto de você insistir com uma pessoa, que te diz, na sua cara,
que não quer mais você?
Sim, vou arriscar tudo agora. Prefiro saber o que teria sido, do que me
perguntar eternamente e se?
Enfim, segui com o plano e escrevi uma carta, onde revelo os meus
sentimentos mais secretos. Tudo sobre como me senti a seu respeito desde
quando surgiu com a DragonFly. Digo-lhe que sou sua fã número um e que ele,
sempre foi o meu favorito. Peço para ouvir uma música de Adele e encerro,
dizendo as famosas três palavras.
Se isso não o trouxer de volta, nada mais poderá ser feito e eu vou
sacudir a poeira e seguir em frente, embora saiba que nunca, nunca vou
esquecê-lo, por mais breve que tenha sido a nossa história.
Parecia tudo tão distante agora. Como se aqueles dias felizes, fossem em
outra vida.
Ele me apertou em seus braços, com força e inalou meus cabelos, nossos
corpos tremeram juntos, me obriguei a me afastar.
Odeio ser o alvo de pena. E é assim que todos estão me olhando agora.
A idiota que se deu completamente para o rock star fodão achando que o
mudaria e quebrou a cara.
Sorrio fracamente. Sei que estão tentando me fazer sentir menos merda,
por ter sido usada e descartada por Elijah.
― Para onde? Onde ele está indo? ― meu coração começa a correr,
porque eu não tenho um pressentimento bom sobre isso.
― Está tudo bem, Liam. ― tento sorrir para tranquiliza-lo. Mel chega e
enlaça seu marido pela cintura.
Mel desvia os olhos simpáticos para mim. Meu peito aperta ainda mais.
Quero ver com os meus próprios olhos que merda o maldito cachorro
vira-lata está fazendo, no seu covil de vadias.
Pago o taxista e ele me olha meio desconfiado. Deve ter percebido que
estou em uma missão.
Tomo o elevador social. A subida lenta, não faz nada para me acalmar.
Quando chego à porta do apartamento, Trent está lá. Seus olhos ampliam um
pouco ao me ver, mas, ele mantém sua cara de pôquer.
― Estou convidada. ― digo com insolência.
Ele assente e abre a porta para mim. Sou assaltada imediatamente pelo
ambiente barulhento, quando entro.
A ampla sala foi transformada em uma pista de dança e muita gente está
lá se enroscando sem qualquer decoro. Meus olhos correm pelo recinto,
ansiosos e com receio ao mesmo tempo, em busca de Elijah. Mas, não há sinal
dele por aqui. A música agitada e muito alta vibra, abalando-me ainda mais e
eu me movo, andando, forçando minha passagem, por entre homens e a
maioria mulheres, vestidas precariamente, observo desgostosa.
Mas, onde está ele? Em algum quarto com a vadia, ou vadias, escolhidas
para a noite? Então, um casal se afasta da minha frente, me dando a vista, do
centro da pista de dança improvisada, e eu paro de respirar. Meu coração
afundando quando finalmente o localizo.
Não, ele não está dançando, está praticamente fodendo sua parceira, que
é nada mais, nada menos que a puta loira. Sua puta preferida pelo jeito.
Um suor frio corre pela minha coluna. Me sinto morrer por dentro.
Eu o perdi.
Sei que preciso sair daqui. Já vi o que queria ver. Preciso sair!
Estou quase chegando lá quando tudo em mim se revolve. Não posso sair
assim, me sentindo um lixo, descartada. Crispo os punhos e marcho de volta,
empurrando as pessoas no meu caminho, sem muita delicadeza. Não estou no
meu juízo agora.
Paro atrás de Elijah e puxo seu braço com força. Ele se vira começando a
protestar, mas, para, seus olhos arregalando, surpresos.
― Eu queria ver, com meus próprios olhos, que tipo de escória é você. ―
estalo, entre dentes. As pessoas começam a se afastar, percebendo o tumulto,
em seguida o som para. Ótimo. Apenas ótimo. Temos toda a atenção sobre nós.
― Eu queria, na minha estupidez conversar com você!
― Você quer conversar? Então, vamos lá! ― ele fixa os olhos duros e
levemente desfocados, nos meus. ― Como vamos terminar isso, pequena fada?
― o apelido em seus lábios é desdenhoso agora e isso torce em meu intestino.
Ele está irreconhecível. ― Que tal assim? ― chega mais perto, seu rosto a
centímetros do meu. ― Você não significou nada para mim! ― eu arfo com o
impacto dessas palavras. Sua expressão é dura e seu olhar perfura-me, como
se estivesse com raiva de mim. Meu peito dói absurdamente, deve ser porque
meu coração está sendo rasgado em mil pedaços. Eu cambaleio um pouco para
trás. ― Você não foi nem mesmo um maldito ponto no meu radar, Sara. Nós
fodemos. ― sinto cada palavra me atingir, como socos no estômago. Eu
engasgo, lutando para não deixar as lágrimas transbordarem. ― Não houve
nada de especial sobre isso. Eu fodo o tempo todo, porra. Por que achou que
com você seria diferente?
― Eu ainda quero foder você? Sim. ― seu tom é cortante como uma
navalha, quando ele completa: ― Eu tenho sentimentos por você? Não. ― é
nesse momento, que perco a batalha e lágrimas quentes e grossas rolam pelas
minhas bochechas. ― Esse sou eu, querida. Se você quiser permanecer e
queimar nosso último cartucho, é bem-vinda. Esse sou eu, porra! ― ele parece
com raiva de mim. O que diabos eu fiz para esse babaca? Quero dizer, além de
deixá-lo me foder regiamente? ― É pegar ou largar.
Meneio a cabeça, me dando conta de que esse homem nunca esteve lá,
eu o criei no meu desespero, de que ele me amasse de volta. Perceber isso me
mata e meus ombros caem em derrota.
― Estou largando. ― digo num fio de voz. Seu maxilar enrijece e ele pisca,
desviando os olhos dos meus.
Olho os dois mais uma vez. A cadela se gruda mais à ele, que não faz
nada para empurrá-la.
Mais lágrimas enchem meus olhos. As limpo com raiva por deixá-los me
destruir assim. Quero sair. Preciso ir embora daqui. Mas, ao pensar em sair
assim, humilhada, uma raiva maior ainda me invade, fervendo por dentro
como um furacão, revolvendo o oceano, com sede de destruir tudo no seu
caminho.
― Sua louc... ― suas palavras se perdem com o tapa forte que dou, em
sua cara de puta.
Ela cambaleia, mas, não paro. Sou uma mulher enlouquecida. E ferida.
Bato de novo e de novo. Jogo-a no chão e monto sobre seu corpo magro do
caralho e a encho de sopapos, de cada lado do rosto. Há gritos, vaias, euforia
enquanto descarrego toda a minha raiva em seu rosto. Sangue está escorrendo
de seu nariz e boca. Braços fortes enrolam em minha cintura, me puxando.
Rosno enfurecida e não saio do lugar. Sua cara de prostituta está toda
desfigurada agora, mas, não consigo me parar. Quero matá-la! Sou finalmente
arrancada de cima dela. O cheiro dele misturado ao dela, entra pelo meu nariz,
me enfurecendo ainda mais.
Seus olhos ampliam e ele abre a boca para falar algo, mas, me viro e as
pessoas vão abrindo caminho. Ando cambaleante até a porta, novas lágrimas
me cegando. Passo por ela e a fecho atrás de mim, me encostando a ela, porque
preciso me apoiar em algo ou vou desmoronar.
***
― Chore, querida. Coloque tudo para fora. ― Mel sussurra, acariciando
minhas costas, enquanto me enrolo mais em seu colo, mesmo em meu estado
caótico, tomando cuidado para não apertar seu ventre.
Como ser forte quando seu coração foi rasgado, pisoteado pelo homem a
quem você, ingenuamente entregou tudo? Choro em seus braços até não restar
mais lágrimas, meus olhos secos e pequenos arquejos, saindo da minha boca.
Eventualmente ela se deita comigo e me aconchega mais perto, passando a
mão delicadamente, pelos meus cabelos.
CAPÍTULO DEZESSEIS
Sara
Por fim, localizo meu celular, que já parou de tocar. O pego e o nome na
tela, faz meu coração acelerar, mesmo todo machucado.
Garoto da guitarra.
Salvei seu número com esse apelido. Apenas ver seu apelido piscando lá
faz minhas entranhas se revolverem. A desilusão, a dor, cada palavra
martelando na minha cabeça. Sua expressão furiosa e cruel, quando me disse
todas aquelas coisas, zombando de mim, me ridicularizando na frente de todos.
Minha mão direita está doendo e um pouco inchada, dos tapas que dei
nele e na piranha. Mel colocou gelo ontem. Graças a Deus, ou estaria pior hoje.
A flexiono, sentindo as juntas doerem.
Filhos da puta!
A ira me enche e quero socar os dois de novo e de novo, até sentir meu
coração inteiro outra vez. Gemo. Não, nada vai colocar meu coração inteiro de
novo. Nunca.
O aparelho toca e toca até parar. Com ódio mortal e uma determinação
de aço, o pego e corro a lista de contatos. Vou a excluir, mas, isso não é o
suficiente, quero extingui-lo da minha vida. Então, bloqueio o seu número e em
seguida, faço isso em todas as minhas redes sociais, exatamente como fiz com
André.
A porta se abre e Mel entra com Chay seguindo-a. Ele começa a sorrir a
me ver aqui, mas, seu rostinho se fecha ao ver o meu estado. Devo estar
parecendo a noiva do Frankenstein de tanto que chorei ontem.
Trágico.
― Você brigou com o tio Eli? ― Oh, Deus, apenas ouvir o nome dele faz
tudo doer outra vez. ― É isso, não é? Eu não sou bobo.
― Meu pai disse que tio Eli precisa de um psicólogo. Por que ele precisa
de um, tia?
― Chay, querido, isso é assunto de adultos. ― diz em tom suave, mas, ele
sabe que é uma reprimenda.
― Então, foi isso? Tio Eli partiu o seu coração, tia? Por que ele fez isso?
Ele é tão legal. ― diz com inocência. Sorrio-lhe tristemente. Ele não sabe o
quanto é bom ser criança.
Chay me olha como se eu fosse alguma doida. O que meio que sou. Onde
já se viu, pedir algo assim para uma criança, de apenas sete anos?
― Também te amo, tia. ― ele me abraça pelo pescoço e planta beijos por
todo o meu rosto. ― Você está sentindo dor? ― pergunta com olhinhos
preocupados.
Sorrio tristemente.
Ele rola os olhos, mas, não discute. O pequeno nos beija e corre para
fora do quarto. Mel se aproxima mais, sentando-se na borda da cama. Seus
olhos estão suaves e cautelosos.
― Não quero levantar dessa cama hoje, se não for incômodo. ― peço. ― O
que você quer me dizer, Mel? Derrama.
― Ei, não. ― seguro sua mão, entrelaçando nossos dedos. ― Não havia
nada que pudesse fazer para evitar isso, maninha. ― torço os lábios em
desgosto. ― Nada podia parar Eli... Ele. E nada poderia me parar de querê-lo,
também. Eu sou a única culpada nessa história, Mel. Apenas eu. Entreguei-me
sem restrições, apesar de todos os avisos, que o vira-lata me deu. Meu cérebro
sabia que estava entrando num barco furado, mas, meu coração tolo, o deixou
entrar. Foi inevitável. Agora, preciso recolher meus cacos e seguir em frente.
― Você pode ficar aqui o tempo que precisar para se fortalecer, querida.
Sabe disso, não é?
Meus olhos ardem com todo amor e carinho da minha irmã.
― Claro que sim. Vamos conversar com ele logo que chegar. ― ela diz e
eu sinto que está me escondendo algo outra vez.
― Liam está com Elijah. ― diz baixinho. ― Parece que ele está uma
bagunça, desde o seu confronto no apartamento.
Meu íntimo torce com as cenas e suas palavras cruéis, voltando com
tudo em minha mente. Tenho certeza de que jamais vou esquecer tudo que vi,
tudo que ouvi, de sua boca. Suas mãos sobre a vadia. Sua boca na dela. Como
se eu nunca tivesse existido para ele. Como se eu fosse nada. Ele disse
exatamente isso. Tudo ilusão do meu coração apaixonado.
Deus, ele deve estar rindo às minhas custas nesse momento. Rindo da
minha ingenuidade, da minha declaração boba e idiota.
Elijah
Eu acordo sobressaltado. Suor frio corre pelo meu corpo e meu coração
está batendo rápido.
Mais um fodido pesadelo. Só que dessa vez, não era o corpo sem vida da
minha mãe, que encontrei no banheiro. Era Sara.
Ainda posso sentir toda a agonia revolvendo minhas entranhas pelo
medo de perdê-la. Ela estava pálida, fria, parecendo morta e eu berrava por
socorro, segurando-a nos braços. Exatamente como fiz com a minha mãe, na
segunda vez em que se entupiu de antidepressivos e quase morreu.
― Foda-se! ― gemo.
Cacete.
Ele é o único que pode falar comigo nesse tom. E ele só o usa quando
está muito puto comigo.
― Uh, ele está mesmo mal! Nem ameaçou partir a minha cara. ― o idiota
zomba.
― Isso chegou para você ontem. ― diz numa voz meio irritada.
Além disso, ainda conserva as minhas inicias em seu corpo negro, agora
todo polido e lustroso. Linda pra caralho.
Ela guardou aquilo. Ela a procurou para mim. Não posso acreditar nisso.
Ela a procurou para mim.
Apenas a visão da sua letra bonita, toda feminina faz meu peito torcer.
Esta sou eu, desnudando minha alma e meu coração, pela primeira vez
diante de você, pedindo uma chance, uma única chance. Eu quero estar com
você. Muito. E caso seja um completo retardado e ainda não tenha entendido: Eu
te amo, garoto da guitarra. Te amo já faz algum tempo, mas, não sabia como
falar.
Essas últimas palavras estão manchadas pelo que parece ser suas
lágrimas.
Uma dor surda invade o meu peito, sufocando-me. Meus olhos ardem e
inalo bruscamente em busca de ar. Fui um tolo. Fui um maldito tolo enviando-
a para longe quando ela se deu tão completamente para mim.
Eu a amo.
De repente tudo está claro e essa certeza me bate com força, fazendo
meu coração acelerar, a ponto de taquicardia.
Oh, meu Deus! Eu a amo!
Aperto os olhos com força, uma dor crua, diferente de tudo que já senti,
invadindo-me, paralisando-me ao me dar conta de que fui um covarde toda a
porra do tempo.
Não posso mais negar isso. Esse sentimento novo e exultante me toma
por completo, então, as imagens de ontem à noite voltam, como uma avalanche
impiedosa na minha cabeça.
Não, não foi só isso, eu a destruí com minhas palavras e ações de merda.
Meus olhos ardem mais e as lágrimas pulam para fora numa torrente.
Mandei a mulher da minha vida para longe e não posso culpar ninguém
a não ser eu mesmo. A dor dessa confirmação é tanta, que grito alto, socando o
balcão com força. A dor lancinante que corta a minha carne não se compara à
que se instala em meu peito.
― Sara... Oh, meu Deus... Sara... ― choro; os soluços sacudindo o meu
corpo, enquanto puxo a guitarra, abraçando-a. Seu presente lindo e
inesperado, para um bastardo que só a magoou.
Jesus, eu a perdi.
***
Olho para meu celular. Selecionei uma foto que tiramos juntos em Paris
como proteção de tela. Nossos rostos sorridentes com a Torre Eifel ao fundo,
traz as lágrimas de volta aos meus olhos. Ao que parece me tornei o veadinho
patético que tanto temia. No entanto, isso é muito, muito pior. Não me
importaria de ser patético se ela me atendesse e eu soubesse que posso
consertar essa merda. Ela me cortou das redes sociais também. Engulo o
caroço na minha garganta. Não posso culpá-la.
Não sabia que existia uma dor tão crua. É quase física, inquietante.
Como se alguém estivesse apertando, comprimindo seu coração.
Como diabos não percebi tudo isso antes? Como pode uma pessoa ser
tão estúpida e não perceber que está apaixonada?
― Em minha casa, com a Mel. ― ele suspira e passa as mãos pelo rosto.
― Você precisa de ajuda antes de procurá-la, Elijah. Se você realmente a quer
de volta, então, vai ter que fazer isso, irmão. Ela não vai te dar outra chance de
rasgá-la de novo, como fez ontem.
O que eu não daria para voltar no tempo e vir direto para casa depois do
jantar e encontrar seu presente, fodidamente incrível me esperando.
Eu teria...
Jesus, isso não importa agora, porque não se pode voltar no tempo e
corrigir merdas. Tudo que podemos fazer é mudar a forma como agimos e estou
determinado a fazer isso, a partir de agora, por ela.
Para ela.
― Claro que sim, seu babaca. ― eu ranjo. ― Você não ouviu o que eu
disse esse tempo todo, porra?
― Uh, ok, garoto apaixonado. ― ele zomba com um risinho, filho da puta
em sua cara. ― Só queria ouvir você dizendo isso de novo. ― acrescenta e os
outros riem baixinho. Bastardos.
Ele gargalha.
― Ok, ele voltou ao normal, irmãos. Você estava me assustando, cara. ―
diz ainda com o sorriso de merda.
― Collin, pega leve, seu bastardo. ― Liam adverte, mas, tem um sorriso
brincando em sua boca. ― Voltando ao assunto, Elijah. ― ele fica sério. ―
Marquei um horário para amanhã com a psicóloga de Selena.
Sabiamente aceno, engolindo meu maldito orgulho porque ele tem toda
razão. Minha cabeça está fodida há muito tempo.
Me sinto mais merda ainda. Meu parceiro tem toda razão de estar puto
comigo. Mel deve estar me odiando, junto com Sara, nesse momento.
― Sim, ela sim, mas, sua irmã não, o que automaticamente, a deixa
chateada. ― ele suspira longamente. ― Estou do seu lado para qualquer coisa
que precisar, irmão, mas, nesse momento não tente se aproximar de Sara. Isso
traria mais tensão em torno da Mel e do bebê.
― Ela disse que me ama, porra! ― minha voz treme e meus olhos ardem.
― Ela me entregou seu coração, pedindo-me uma chance e eu... ― choro de
novo. Foda-se! Me tornei a porra de um bebê chorão! ― Eu a machuquei tão
mal... Ela está sofrendo agora e não posso vê-la e dizer o quanto estou
arrependido, da forma como a tratei. Entende como me sinto agora, irmão? ―
todos eles me olham estupefatos e com expressões pesarosas, em seus rostos.
― Meus sentimentos não vão mudar com o tempo se é isso que está pensando,
parceiro. ― limpo o meu rosto zangado. ― Eu a amo e vou lutar por ela, pode
ter a maldita certeza disso.
― Boa sorte com isso, cara. Sua garota é osso duro de roer. ― Sean diz
com um risinho.
― O quê? ― ele ri. ― Não queria dizer nada, mas, Sara vai chutar suas
bolas, mano. ― seu sorriso escancara. ― De novo.
Eu rosno em resposta.
― Ela não vai me dizer qual é a porra do seu problema, não importa o
quanto eu tente. ― ele suspira e só agora vejo que meu parceiro está com uma
aparência cansada, como se não estivesse dormindo direito.
― Resolva. ― eu digo sério. ― Não cometa o mesmo erro que eu, irmão. ―
um nó se forma em minha garganta. ― Não deixe a sua garota se afastar como
eu fiz. Se você a ama resolva a merda enquanto é tempo.
Ele acena e olho meus parceiros que estão todos me encarando como se
fosse uma aberração.
Meu irmão de volta, mesmo depois da tensão que causei para sua
mulher. Levanto a mão, pousando-a em seu ombro também e o olho,
comunicando-nos em silêncio, como costumamos fazer. Ele acena e sorri,
quando vê o pedido de desculpas em meus olhos.
― Se cuida, mano.
E assim a estranheza entre nós se foi. Meu peito fica mais leve. Não gosto
de decepcioná-lo. Liam é o meu porto seguro. Sempre foi. Ele entende como me
sinto. Vivemos dramas fodidos em nossas infâncias e acho que isso fortaleceu a
nossa ligação e nos aproximou mais.
CAPÍTULO DEZESSETE
Elijah
Olho para as ruas de LA, enquanto Mat dirige me levando para a minha
primeira sessão com a doutora engomadinha.
(Só Deus sabe porque levei tanto tempo a acabar com as minhas dúvidas)
Eu balanço sua mão com a minha esquerda, uma vez que fodi a direita.
Ela não parece feliz em me atender. Seu rosto está em branco, sem
qualquer expressão. Mas, é impossível não notar que é bonita.
Ela acena, mas, não sorri. Jesus, qual a porra do problema com ela?
Qualquer outra estaria se desmanchando em sorrisos maliciosos, para mim.
Sento e ela toma a poltrona à frente da minha. Meu olhar a analisa. Suas
roupas são, pelo menos, duas vezes o seu tamanho. Ela é bonita, mas, não há
nada de sexy sobre isso. A mulher parece querer sabotar a sua beleza. A
observo pegar uma espécie de prancheta, sobre a mesinha de centro e meu
coração acelera um pouco.
Claro que sei a resposta para isso, mas, tenho fugido dela a minha vida
inteira.
Fodidamente odeio estar aqui, tendo que expor minhas fraquezas para
essa estranha. Mas, chegou a hora de fazê-lo. Não posso mais fugir.
Sara.
Estou fazendo isso por ela, para não foder tudo de novo quando me der
outra chance.
Seguro um sorriso irônico. Aposto que ela prefere ser fodida à moda
antiga também, por isso esse ar enfadado, de mulher mal comida, em seu
rosto.
― Então, senhor Allen, em que posso ajudá-lo? Por que está aqui, em
primeiro lugar? ― pergunta à queima-roupa.
― Sinceramente? ― ela acena, seus olhos sem desviar dos meus. ― Liam
meio que me obrigou. Ele ameaçou me trazer amarrado.
― Bem, eu não vejo cordas em qualquer lugar, Sr. Allen. Parece que o Sr.
Stone não precisou recorrer a métodos pesados. ― seu tom é um pouco mais
amigável também. ― Presumo que uma parte de você já aceitou que precisa de
ajuda, uma vez que está aqui, por sua livre vontade.
Isso parece atrair seu interesse. Ela faz algumas anotações em seu bloco.
― Seu nome é Sara, e ela é a coisa mais linda, que meus olhos já viram.
― um arremedo de sorriso curva a boca da doutora.
― Quando estava tendo relações sexuais com elas, sim, é isso. ― ela
retoma sem se mostrar abalada. Eu me pergunto o que é necessário para tirá-
la do equilíbrio. ― Só para ficar claro, Sr. Allen, não vou tolerar sua linguagem
chula. Ou você aceita que precisa de tratamento, ou pode sair por aquela
porta.
― Álcool?
― Não. Estive bebendo mais do que o meu normal, nas últimas três
semanas, mas, dede a festa, não toquei mais em álcool.
***
Fiz o que devia ter feito há muito tempo, a cortei das minhas relações e a
processei por calúnia e difamação. Mas, o dano já estava feito. Os tabloides
estão fazendo festa do término do meu relacionamento com Sara. Sim, porque
agora está claro para todo o mundo, que havia um relacionamento.
Imagino que deve estar sendo muito mais difícil para ela ver tudo o que
foi falado entre nós, escancarado e aumentado pela imprensa sensacionalista.
Ainda bem que Mat não permite celular e qualquer dispositivo eletrônico em
festas como aquela, ou teria sido muito pior. Ela nunca me perdoaria se vídeos
fossem espalhados pela rede.
Agora que sei o que sinto por ela, o sentimento de posse é mil vezes
maior. Ela é minha.
Quero me levantar e ir até ela, puxá-la para meus braços e beijá-la até
passar essa dor que está me massacrando por tê-la machucado.
Vejo-a avançar, vindo para onde estamos na primeira fila. Usa blusa de
seda branca e saia preta, risca de giz. Meus olhos vagueiam por toda ela,
saudosos, essa dor crua e latente, doendo mais a cada momento em sua
presença. Suas pernas incríveis estão quilométricas, nesses sapatos muito
altos, que ela usa para foder meu autocontrole. Seus cabelos estão presos em
um rabo de cavalo comportado e seu rosto, está sério, compenetrado. Meu
coração está saltando loucamente, meu corpo agitado à espera dos bonitos
olhos marrons, encontrarem os meus.
Espero, espero, mas, isso não acontece. Ela se senta do lado da Mel e
sorri levemente, beijando a irmã no rosto. Meu coração afunda lentamente,
com sua dispensa. Continuo olhando-a, bebendo avidamente do seu perfil
lindo. Seu olhar vai para o palco, mas, é um tipo de olhar perdido.
O diretor chama a nossa atenção, falando breves palavras, agradecendo
a confiança de Liam, em deixá-lo produzir o clip, em seguida as luzes baixam
um pouco e as imagens explodem, na tela gigante.
O clip está perfeito. Nós éramos perfeitos e joguei isso fora. A cena do
casamento no Havaí me faz sorrir tristemente, quando sussurramos, nossos
olhares presos. Havia tanta coisa não dita ali e isso está escancarado agora.
Sara
Eu paro diante da porta do auditório e limpo as mãos suadas e trêmulas,
em minha saia. Puxo uma respiração profunda, tentando acalmar as batidas
do meu coração.
Seja forte, Sara. Você precisa ser forte, garota. Entre, tome o seu lugar,
assista ao fodido clip e depois dê o fora. Não poupe nem um olhar em sua
direção. Você consegue.
O clip ficou lindo. Lindo demais, o que só me fez sentir mais miserável.
Não posso ver isso. A forma como Elijah me olha na tela, como se nunca
fosse ter o suficiente de mim. Não consigo evitar um bufo baixinho. Tudo
atuação. Ele já teve o suficiente e me chutou para o meio-fio. Ele teria um
futuro em Hollywood, se não fosse músico.
Na frente dele.
Não perco o murmúrio à minha volta. Todos sabem que fui uma idiota.
Todos estão rindo de mim pelas costas.
― O que você quer? ― Minha voz sai levemente trêmula, mas, cheia de
hostilidade.
Ele está há poucos passos de mim, tão dolosamente bonito, que fico sem
respirar de novo. Me pergunto se sempre terei essa reação a cada vez que o vir.
Ele usa uma jaqueta de couro marrom escuro, calças escuras justas e
botas de motoqueiro. Uma camiseta branca e básica por dentro. Sua mão
direita está envolvida numa espécie de órtese.
Por que ninguém me disse que ele se machucou? Por que você não quer
saber de nada sobre ele, esqueceu, Sara?
― Por nada. Você pode sair agora. ― digo numa voz monótona.
Ele não arreda o pé. Fica lá, me olhando como se estivesse me vendo pela
primeira vez. Uma emoção diferente, queimando em seus incríveis olhos
verdes. Suspiro impaciente.
― Eu disse que te amo, pequena fada. ― sua voz treme um pouco e meu
peito dói absurdamente, ao ouvi-lo chamar-me pelo apelido carinhoso outra
vez. Então, as imagens da semana passada voltam, com tudo na minha mente,
me fazendo arquejar, sentindo a mesma dor de quando ouvi suas palavras
cruéis, a forma como zombou e pisou sobre mim, na frente de todos.
Eu fecho os olhos.
Daria tudo para ouvir essas palavras uma semana antes, mas, agora elas
já não fazem nada para diminuir a dor, que ele instalou dentro de mim. Reabro
os olhos e abraço o meu corpo, me afastando, tomando uma distância
necessária dele. Ficar tão perto fisicamente dói pra caralho e eu o odeio por
ainda me afetar assim, depois de ter me tratado como merda.
― Eu quis tanto ouvir isso de você, Elijah. ― seu rosto torce com meu
tom embargado. ― Tanto. Você nunca saberá o quanto eu te amei, idolatrei. ―
minha voz falha no final.
― Que porra é essa? ― eu rosno, deixando meu ódio e repulsa por ele
virem à tona. ― Saia da minha sala. Não sei que jogo está jogando agora, mas,
não estou interessada. Sem mais mentiras, Elijah. ― ranjo os dentes.
― Sim, você mentiu, quando disse que não sentia mais tesão naquela
puta e em Paris, quando disse que queria mais. ― faço aspas com as mãos na
última palavra. ― Você é uma grande mentira, Elijah. ― me forço a olhá-lo nos
olhos. ― Saia. Volte para sua puta preferida e pare de brincar comigo, porra!
Ouvi-lo me chamar assim, faz doer meu peito e me enche de ódio. Como
pode uma pessoa ser tão cruel?
Seu rosto empalidece com minhas palavras, mas, ele dá um passo para
mais perto, seus olhos verdes cravados nos meus. Eles estão brilhantes de uma
forma como nunca tinha visto antes. Eles estão... Lacrimosos.
― Eu menti, você está certa. Mas, não quando disse que não sentia mais
nada por ela, e certamente não em Paris. ― ele engole audivelmente. ― Menti
quando disse todas aquelas merdas para você, semana passada. ― eu bufo. ―
É a verdade. Eu gostava do cara que eu era, quando estava com você, e isso me
assustou como o inferno. Você me mudou em muitos aspectos, Sara. Desejei
coisas com você que nunca tinha cogitado com outras. Você atravessou minhas
paredes e me fez sentir. ― balanço a minha cabeça em negativa. ― Sempre foi
diferente com você. Sempre foi diferente entre nós. Eu não sabia o que era
antes, mas, agora sei. Você me faz querer mudar cada coisa fodida que há em
mim, porque eu te amo. Eu te amei desde o primeiro momento, só fui cego e
uma mula completa, para não ver isso.
― Não. Isso não é verdade. Nós fodemos. ― cuspo suas palavras de volta.
Ele recua, com o rosto angustiado. ― Foi apenas sexo para você, Elijah.
― Não! ― ele passa a mão esquerda pelo rosto parecendo em agonia, mas,
isso não faz nada para mim. ― Você foi tudo, baby. Tudo.
― Você não mudou uma vírgula por mim, Elijah. ― meu tom é mais
baixo. Estou cansada. Sua presença me faz mal. Só quero que ele saia e me
deixe em paz. ― E você com toda certeza não me ama. ― eu rosno de novo, com
raiva. ― Você não sabe uma merda sobre o amor. Você não sabe, porra! Você é
oco por dentro! Saia! Não quero ter mais nada a ver com você! ― berro. ― Eu te
odeio! Está me ouvindo? Eu odeio você!
― Você disse que me ama, me pediu uma chance! Isso não pode ter ido
embora, em apenas uma semana do caralho! ― rosna de volta e enfia a mão
pelos cabelos.
― Não, baby, eu mudei. Por favor, acredite em mim. ― diz mais baixo,
controlado. ― Lutei contra essas mudanças no começo. Fui um maldito idiota
que não queria sentir o que você me fez sentir. ― seu tom é inflamado e seus
olhos estão nadando. Há uma tristeza tão grande neles. Uma lágrima solitária
rola lentamente pela sua face. ― O mundo me estragou. Eu me estraguei,
pequena fada. ― sua voz treme ao dizer meu apelido.
― Por favor, nada do que me disser agora, vai me fazer voltar a fazer o
que estávamos fazendo. ― digo forçando meu tom mais firme. ― Nunca mais
vou ser o brinquedinho de ninguém, Elijah. Isso entre nós acabou.
― Não, não acabou, baby. ― ele tenta se aproximar mais, mas, estendo a
mão parando-o. ― Eu te amo, porra! Acredite em mim. Eu te amo! ― as
lágrimas estão caindo livremente pelo seu rosto atormentado agora. Estou
arfando, meu peito doendo por vê-lo tão cru, tão nu pela primeira vez, diante
de mim. Mas, é tarde demais. Ele me machucou muito. ― Carreguei uma
bagagem fodida, desde o abandono de David e deixei isso ditar a minha vida,
por muito tempo. ― confessa; seu tom muito quebrado.
Seu olhar desliza pelo meu rosto com uma expressão dolorosa de
saudade, que aperta algo dentro de mim. Ele me olha fixamente em silêncio,
então suspira.
Vejo a dor rasgando suas feições bonitas, quando percebe que estou
falando sério.
― Vou fazer isso certo. Vou fazer as coisas direito, Sara. ― continuo em
meu silêncio, me blindando contra ele. ― Nunca quis te machucar. Era apenas
a minha mente ferrada... Eu nunca... Porra! ― ele ruge, seu tom cheio de pesar.
― Vou lhe dar o tempo que precisar. Eu vou recuar. ― aceno outra vez, mais
lágrimas turvando a minha visão. Ele vai recuar. Eu devia estar feliz, não
devia? Mas, tudo que sinto é um vazio enorme e uma sensação ruim, na boca
do estômago. ― Me perdoe. ― seu olhar segura o meu por um instante longo e
torturante, à espera que eu mude de ideia. Vejo a centelha de esperança se
desvanecer aos poucos, dentro dos olhos verdes. Sua mão levanta para o meu
rosto, mas cai antes de me tocar, percebendo que não quero isso. ― Por favor,
me perdoe, pequena fada. ― ele respira pesado, seu olhar feroz dentro do meu.
― Eu te amo. Sinto muito que levei tanto tempo para perceber. Sinto muito
pela forma como a tratei, desde o começo. ― ele chora mais. ― Nunca vou me
perdoar por aquela festa. Nunca. ― respira ruidosamente. ― Vou recuar porque
está magoada agora e me odeio por ter feito isso com você, acredite-me. Mas,
eu não vou desistir de você, de nós.
― Sim, você vai. Quando perceber que te amo de verdade. Que você é
única que eu quero. ― seu tom é trêmulo, mas, há essa certeza irritante em
sua voz, que me faz querer dar um tapa nele. ― E nunca mais vou machucá-la
de novo. Vou cuidar de você, como o meu bem mais precioso.
― Não perca seu tempo. Tudo que sentia por você morreu, quando o vi lá
se esfregando naquela puta.
Mais lágrimas se reúnem em seus olhos e vejo a dor se espalhando,
outra vez, em seu rosto. Isso deveria me fazer sentir melhor, mas, não faz. Isso
dói em mim também.
Ele se vira e vai devagar para a porta e meu coração está sangrando ao
vê-lo se distanciar. Seguro a minha vontade de chamá-lo de volta. Uma grande
parte de mim quer gritar, para ele voltar, porque o amo. Deus. O amo demais.
CAPÍTILO DEZOITO
Sara
A turnê...
Ok, feliz é uma palavra muito forte. Digamos que estou satisfeita comigo
mesma, por ter resistido bravamente, aos avanços de Elijah.
Eu sei disso. Meu cérebro sabe que devo odiá-lo por tudo que me fez,
mas, há a parte louca e sem respeito próprio, situada especificamente abaixo
da minha cintura, que ignora tudo e continua o desejando, com fervor. Como
resultado, eu sou uma confusão ambulante. A cada noite que deito na cama
sozinha, não consigo evitar as lágrimas. Choro por tudo. Decepção, amor, raiva
e medo. Um medo absurdo de cair em seus braços em um momento de
fraqueza e dar-lhe o poder de me machucar de novo.
Meu coração salta e minha barriga se agita, uma onda quente descendo
para o Sul.
Respiro fundo e decido não bater boca com ele. Profissional, Sara.
Mantenha a merda profissional até o fim da turnê. Não o deixe perceber que
ainda te afeta. Que apenas ouvir a sua voz é como se uma maldita fornalha,
estivesse em sua vagina.
Ele sorri um pouco, mas, é um som melancólico e isso torce meu peito.
Eu sou apenas humana, ok? Sim, sei que ele é um vira-lata da pior
espécie, mas... Oh, meu bom Senhor. Contenho um gemido frustrado. O estou
deixando me confundir. Não posso dar-lhe esse poder.
Isso não acabou, Sara. Isso nunca vai acabar, porque você é minha e eu
sou seu.
Cada vez mais eu percebo que terei que tomar decisões, quando a turnê
terminar.
Volto para a minha tarefa na mala e a tela do meu celular, acende sobre
a cama, me alertando da chegada de um email.
O abro e sorrio.
Retiro meu lap top da bagagem e me livro dos sapatos, pulando na cama.
Acesso meu perfil falso no Facebook.
O quê? São certinhas demais para fazer algo assim? Meninas, não me
venham com lição de moral, ok?
Enfim, estava encerrando minha conta, eis que surge uma mensagem de
um cara, no meu in Box, que me chamou a atenção de imediato.
Tive que segurar uma piada. Mas, não estava em muita vantagem, uma
vez que coloquei o meu como: Pequena Fada.
Pequena Fada: Ei, Peter! Sim, já em solo sueco. E você, o que está
fazendo? Além de correr atrás da cadela da sua ex?
Peter Pan: Correr atrás dela é meu esporte favorito agora. E, por favor,
não a chame assim, Pequena Fada. Ela é linda, perfeita, só está magoada
comigo.
Pequena Fada: Uh! Desculpe. Não está mais aqui quem falou.
Peter Pan: Desculpas aceitas. E você, como está com o seu ex?
Pequena Fada: Ei, não, você não tem que se desculpar. Eu é que estou
com os nervos à flor da pele, por ter que vê-lo todo o tempo, quando tudo que
preciso é ficar longe.
Peter Pan: Deve ser mesmo complicado trabalhar junto com alguém, que
te machucou. Minha sorte é que não trabalho com a minha ex.
O provoco.
Peter Pan: Jesus Cristo! Você não tem nenhum filtro. E quem disse que os
tipos românticos não sabem “pegar” uma garota?
Peter Pan: Humpt! Sua sorte é que não temos a menor chance de nos
encontrar, ou te mostraria exatamente o que um cara, do tipo romântico pode
fazer...
Pequena Fada: Uh, você está dando em cima de mim, Peter? E,
ressaltando: duvido que ficasse impressionada. Você não deve ser lá grande
coisa, se sua garota não quer mais saber de você.
Peter Pan: Ui! Essa doeu, Pequena Fada. Mas, não, não estou dando em
cima de você. Só há uma mulher para mim. Uma pena que ela ainda não
acredita nisso.
Ai, tadinho. Essa garota deve ser mesmo a maior cadela. Como pode não
perceber que o homem está na merda?
Pequena Fada: Rsrs. É sempre ótimo falar com você, mas, preciso
desfazer as malas. E, continue tentando com sua garota. Se estiver sendo
sincero como acho que está, ela vai acabar percebendo isso, em algum momento.
Boa noite, Peter.
Peter Pan: É sempre um prazer falar com você também. Boa noite,
Pequena Fada.
Sim, eu sou uma covarde, ok? Não me importo que pensem isso de mim.
Nem no inferno vou fazer papel de boba outra vez. Nenhum homem jamais me
fará de idiota de novo.
Após o jantar, eu saio para a varanda da suíte, a lua no céu parece
hipnotizante. Suspiro encantada e me debruço sobre a balaustrada. Eu olho o
porto à minha frente e fecho os olhos inspirando a brisa noturna. Sinto um
torpor arrepiando a minha pele e o ar mudar à minha volta, abro os olhos e
olho para o lado direito. Elijah está na varanda da suíte vizinha e seus olhos
estão cravados em mim. Sua expressão é tão intensa, que sinto isso como se
fosse uma carícia em minha pele. Aperto inconscientemente o laço do roupão
curto, que estou usando.
Puta merda. Minha vagina aperta, latejando loucamente sob o seu apelo
sexual bruto. Seu olhar verde, quente está queimando um caminho de fogo,
incendiando meu ventre. Sugo o ar rudemente, tentando me manter imune,
blindada contra ele e seu feitiço sensual, mas, a verdade é que ainda sou frágil
perto dele. Meus seios arrepiam, intumescendo. É como se eu pudesse sentir
seus lábios luxuriosos, chupando-os com força. Eu gemo, ofegante.
Oh, Senhor, a quem quero enganar? Sempre serei frágil perto dele. Como
isso é possível? Alguém ter tanto poder sobre o outro, sem nem precisar tocar?
É assustador, abissal, arrebatador.
Isso é Elijah.
Elijah
Foda-se. Eu estou morrendo a cada dia que acordo, sem ela em meus
braços e a cada noite que vou para a cama sozinho. Mesmo que tenha
consciência de que mereço todo o seu desprezo, ainda é demais. Ela está me
matando lentamente.
Agora entendo por que as pessoas falam na porra da dor de amor. Isso
dói como uma cadela. Uma dor que só a pessoa que você ama
desesperadamente pode acabar. Não há substitutas. Quando essa pessoa não
está nem aí para você, seu destino é definhar dia após dia.
Não vou desistir, no entanto. Tenho essa turnê a meu favor. Estaremos
mais perto todos os dias e as noites. É, tenho um acordo com Collin de trocar
os quartos para ficar mais perto dela, uma vez que Sara ,como nossa assessora
me colocou em um quarto bem longe do seu, em todos os hotéis. Ela foi
esperta, mas, eu sou mais e estou determinado a tê-la de volta. Achei que seria
difícil reconquistá-la, mas, não pensei que fosse tanto. Estou começando a ver
a profundidade da sua mágoa. Eu a machuquei muito. Porra, fodi tudo. Eu a
mandei para longe e a cada dia que passa, percebo que posso perdê-la para
sempre.
O que posso fazer para consertar essa merda? Deus, me dê uma luz
aqui.
Inclino a cabeça para o céu estrelado. Não posso perdê-la. Não posso.
Olho para baixo. Merda. Muito alto. Posso morrer se cair. Cacete.
Meus olhos voltam para ela. Como se sentisse que estou fodendo-a
loucamente em meus pensamentos, ela olha de lado e me vê. Eu gemo
baixinho, quando nossos olhares se conectam e se prendem. Ela me quer.
Ainda me quer, posso ver tudo lá nesses bonitos olhos marrons. Ela me come
sem cerimônias, seu olhar correndo pela protuberância em minha cueca,
abdômen e peito. Estou a ponto de saltar as grades sem me importar com mais
nada, quando ela eleva o queixo na sua conhecida postura insolente e arranca
seu olhar do meu, marchando de volta para sua suíte.
Volto para dentro do quarto e vou até o bar me servindo de uma dose de
uísque. Hoobastank está cantando The Reason, no som, para piorar a minha
miséria. Meu corpo todo está gritando por ela, exigindo que eu invada a porra
do seu quarto e me enterre nela bem fundo. Merda.
Eu prometi lhe dar tempo. Mas, isso não tem funcionado. Ela está me
ignorando e isso me mata. Com um rosnado tomo todo o líquido, e isso queima
a minha garganta. Eu vou lá. Vou pegar a minha mulher, porra. Foda-se essa
merda de dar tempo. Isso só a está afastando mais de mim.
Sem pensar duas vezes ajeito meu roupão e saio rapidamente do meu
quarto. Em instantes estou diante da sua suíte, agradecendo pelo corredor
estar vazio. Espanco sua porta sem cerimônias. Ela não abre de imediato e
continuo batendo, como um homem louco. Ouço palavrões do outro lado e em
seguida ela abre apenas uma fresta, como se já soubesse que sou eu aqui fora.
― Que porra acha que está fazendo, Elijah? O que você quer? ― rosna,
mantendo a porta meio fechada. Eu bufo. Como se isso fosse me impedir.
― Você sabe o que eu quero, Sara. ― ranjo, empurrando a porta. Ela luta,
mas, sou maior e mais forte. Passo para dentro e fecho a porta com um
pontapé. Seus olhos se arregalam e ela vai se afastando, andando para trás,
enquanto eu avanço, rosnando, cheio de tesão. ― Você embaixo de mim,
tomando o meu pau bem fundo. É isso que quero e vou ter. Eu te amo, porra!
Por que não consegue ver isso?
― Não! Não ouse chegar perto de mim, seu maldito vira-lata! ― diz com
dentes cerrados. ― Vou chamar a gerência. Eu vou... ― a alcanço num bote
rápido e rasgo seu roupão, desnudando seu corpo. Seu olhar é incrédulo para
mim, seus peitinhos lindos estão subindo e descendo, enquanto ela respira
asperamente, os biquinhos duros. Eu sei que está louca de tesão também.
Suas pupilas estão dilatadas, mesmo que me olhe insultada, irritada e toda
linda. ― Seu... Seu bruto! Seu filho da puta arrogante! ― diz ofegante e me dá
um tapa forte no rosto. Eu rosno, rangendo os dentes e a puxo pela cintura
grosseiramente. Ela se debate, mas, a levanto sem esforço e a jogo por cima do
ombro, andando em direção à cama. A jogo com força no colchão e arranco
meu roupão e cueca, pulando em cima dela em seguida.
― Eu não... Oh, meu Deus... Elijah... ― ela geme, seu corpo tremendo de
tesão embaixo do meu. ― Seu cachorro... ― mia e eu rosno, passando a chupar
e morder seus mamilos. Sinto mais líquidos molhando o meu pau e continuo a
moer grosseiramente em sua boceta, enquanto mamo duramente em seus
peitinhos. Mordendo, chupando a carne, deixando-a cheia de chupões como eu
gosto. Como estava ensandecido para fazer todos esses malditos dias longe
dela. Me arrasto mais, ficando todo em cima dela, esmagando-a no colchão.
Seus olhos se arregalam e vejo uma espécie de choque invadir seu rosto
ainda afogueado do gozo embriagador que compartilhamos. Ela pisca e um
soluço baixo escapa da sua boca. Seus braços afrouxam ao meu redor e ela
vira o rosto para o lado. Meu peito começa a doer com o que vejo em seu
semblante e sei o que vai dizer mesmo antes das palavras deixarem seus lábios
inchados, dos meus beijos:
― Saia de cima de mim, Elijah. ― diz num fio de voz, empurrando meu
peito.
― Não, baby. Por favor. ― eu peço tentando virar seu rosto para mim. ―
Olhe para mim, amor. Vamos conversar. Por favor, me ouça.
― Não! Já disse para sair de cima de mim, porra! ― ela rosna, seu tom
mais firme. Puxo uma respiração ruidosa e me forço a sair da sua quentura, já
lamentando sua perda. Ela pula fora da cama tão logo eu a liberto. Deito de
costas e elevo o braço, cobrindo meus olhos. Minha respiração ainda está
alterada, meu corpo ainda enlevado, por gozar dentro da minha mulher em
trinta e oito dias do caralho.
― Saia do meu quarto, por favor. ― ela diz com voz trêmula. Eu me
levanto e pego meu roupão e cueca vestindo-os. Ela desvia os olhos para longe.
Seus olhos estão cheios de lágrimas.
― Não, Elijah. ― seu tom é zangado agora. ― Você veio, me fodeu, agora,
por favor, me deixe em paz.
Isso me enfurece. Ela fala como se não quisesse, cada maldito momento.
― Isso não foi apenas a porra de uma foda e você sabe disso, Sara. ―
raspo, passando as mãos pelos meus cabelos, agoniado. ― O que eu preciso
fazer, baby? ― forço meu tom mais suave. ― Por favor, me diga. Eu farei.
Qualquer coisa, farei para provar que estou falando sério quando digo que te
amo.
― Sim, você pode. ― digo me controlando, para não ir até ela e sacudi-la.
― Você ainda me quer. Você me ama, porra!
― Sim! Eu ainda te amo! ― berra com o rosto torcido de raiva. ― Mas, vou
arrancar esse amor de dentro de mim! Eu não quero ter mais nada a ver com
você! ― porra. Ouvir isso dói como o inferno. Foi assim que ela se sentiu,
quando decidi na minha estupidez, que não a queria mais? Engulo o bolo
doloroso na minha garganta. Ela suspira baixinho e bate o último prego no
meu caixão: ― Não confio em você, Elijah. Você terá o meu corpo se continuar
me perseguindo, mas, meu coração... ― sua voz falha e ela está chorando de
novo. ― nunca mais vou entregar meu coração a ninguém.
― Você não pode. ― ela sussurra. ― Está feito. Eu nunca vou esquecer
sua imagem e daquela puta se esfregando. ― sua voz embarga e ela puxa uma
respiração ruidosa. ― Pensei que fosse morrer quando o vi lá com ela, Elijah. ―
me sinto o pior dos homens por ter feito isso com ela. Me sinto sujo, baixo. ―
Você matou uma parte minha naquela noite.
― Sara, ela não significa nada para mim, baby. Nada. ― digo exasperado.
― É só uma puta que abre as pernas fácil.
― Eu não queria aceitar tudo que sentia por você, porque em minha
cabeça fodida, isso me tornaria fraco. Mas, estou tratando essa merda, baby.
Quero fazer você feliz. Eu vou ser o homem que você merece, quando voltar
para mim.
― Eu nunca vou voltar para você. ― diz, mas, seu tom não é tão firme.
CAPÍTULO DEZENOVE
Elijah
Duas semanas depois... Berlim, Alemanha
Sara tem estado presente o tempo todo conosco e eu morro todos os dias,
quando a vejo linda e inatingível, toda profissional, cuidando das nossas
coisas. Não forcei mais a barra, depois da noite em que invadi seu quarto.
Sozinho.
Eu olho por cima do ombro e pego um vislumbre de Sara.
Uma pontada aguda invade o meu peito quando penso que amanhã,
estamos de partida para Paris, a nossa cidade. Fomos fodidamente felizes lá.
Apenas uma semana, mas, foi tudo tão intenso, perfeito.
Ela estava certa, quando disse que sou o pior tipo de covarde. Eu não
quis enxergar. Estava o tempo todo com os dois pés atrás, para evitar me
deixar dominar. E na minha babaquice, a machuquei tanto...
Paul faz um solo em sua bateria. Sorrio e subo girando a minha guitarra,
para minha frente. Estou usando a minha Fender que Sara trouxe de volta.
Forço tudo para longe mais uma vez e grito, saudando o público.
Eli, casa comigo! Eli, eu te amo! Eli, gostoso! Vou curar seu coração
partido, baby!
É, a mídia tem caído em cima de mim e Sara como abutres, desde que a
turnê começou. Paparazzi nos cercam aonde vamos. Em algumas dessas
situações, confirmei que a amo e que fui o único culpado pelo rompimento. Fiz
isso principalmente porque alguns fãs, mais fanáticos, estavam sendo hostis
com Sara, criticando-a por não ter me perdoado. Também não tenho festejado
em casas noturnas, nem com as groupies. A mídia tem falado que estou
mudado e que Sara conseguiu, o que nenhuma outra conseguiu: me domar.
― Berlim! Como está você esta noite? ― ele berra ao microfone. A euforia
é tanta, que sinto o palco tremer sob as minhas botas. Cacete. Liam, eu te amo!
Liam, lindo! Ele sorri, deixando a euforia amenizar. Dedilho suavemente a
minha menina, enquanto ele fala com o público. ― Obrigado pela recepção
fodidamente calorosa, senhoras. ― Liam ronrona para as fãs. ― E caras...
Vocês estão decentes também. ― o público sorri e o ovaciona. Os fãs adoram
essa merda que ele faz antes dos shows. Eu e os caras rimos. O melhor. O
bastardo é imbatível e é nosso. ― Já tem algum tempo, desde a última vez que
estivemos aqui e estávamos com saudade de fazer rock para vocês, com vocês.
― os gritos e assovios se tornam ensurdecedores. Ele ri com vontade, ajeitando
a sua guitarra. ― Então, não sejam tímidos sobre isso, estiquem a porra dos
pulmões e cantem conosco! DragonFly com álbum novo em primeira-mão nessa
turnê! Só para vocês, caralho! ― mais ovações e ele aponta para Paul, na
bateria. ― Digam olá para meus irmãos, Paul, Collin, Sean e, na guitarra,
Elijah! ― eu faço um show do caralho, num solo de apresentação e a plateia se
agita, ainda mais. ― Essa é nova, mas, tenho certeza, de que já sabem a letra.
― ele sorri arrogante. É claro que eles sabem, nós a tocamos no Grammy, no
mês passado. Sim, é claro que nós levamos alguns troféus para casa, caso
estejam se perguntando. A DragonFly está na porra do topo outra vez e não
vamos cair tão cedo. Não no que depender de mim e de meus parceiros. ― Hora
do rock and roll, Berlim! Vamos quebrar tudo esta noite!
Olho para o canto oposto do palco, onde Sara está junto com a Mel e o
homenzinho. Ela está dizendo algo para a irmã, sorrindo. Mel está sentada,
numa cadeira confortável, que a equipe providenciou para ela, em todos os
shows. Liam está paranoico em tornar tudo o menos cansativo possível, devido
à gravidez de seis meses, com tantas viagens e a agitação, próprias das turnês.
Parece que tem funcionado até agora.
Ou quase nada.
Ela está olhando para mim agora? Está gostando da minha fodida
atuação?
― É isso aí, Berlim! Vamos lá! ― Liam incentiva, puxando sua camiseta
pela cabeça e os gritos femininos enchem o estádio. Eu rolo os olhos. O idiota é
um maldito convencido. Mel está rindo e meneando a cabeça levemente. Ela
sabe que isso faz parte do show. Meu parceiro pula e bate palmas. ― Tá bonito
pra caralho! Acho que eu e os caras vamos querer voltar aqui, todo fodido ano!
― o público aplaude, assovia, grita com sua bajulação.
― Eu sei que já falei, mas, não canso de repetir, você foi perfeito,
superstar. ― ouço Mel sussurrar docemente para meu parceiro.
Sorrio levemente.
― Eu vou conferir Collin no bar, baby. O idiota não parece bem. ― Liam
olha para nosso parceiro, que está bebendo, com uma cara de merda. Seu
problema com Selena ainda o está incomodando. ― Já volto. ― ele me encara.
― Cuide dela para mim, parceiro.
Eu sorrio tristemente. Não sei mais o que fazer, para mostrar o quão
sério estou.
Porra. Saber que fiz isso com ela me mata a cada maldito dia.
― faça algo inesperado. Algo que ela nunca imaginaria, que pudesse
fazer. ― aconselha.
― O quê? ― pergunto desesperado.
― Só você tem a resposta para isso, Eli. ― diz ainda com esse olhar
contemplativo. ― Faça isso rápido. ― seu olhar vai para a irmã, no bar e
amolece com essa forte ligação, que elas têm. ― Eu não a quero longe de mim
de novo.
Peço fervorosamente.
Meu parceiro volta antes que Mel me responda. Ele a levanta nos braços
e ela se desmancha num sorriso amoroso. Os dois se despedem e sobem para
sua suíte em seguida.
Ela cederia. Eu sei que sim, porque esse lance carnal entre nós sempre
foi muito forte, mas, teria apenas o seu corpo e isso não me satisfaz mais.
Quero tudo. Preciso dela inteira. Minha. Completamente minha, confiando em
mim e no amor que sinto por ela.
Usa uma calça escura e justa com um top branco indecente, sob uma
jaqueta de couro preta. E é claro que usa botas assassinas também. Quase tive
um acidente vascular cerebral, quando ela desceu e nos encontrou no lobby do
hotel, antes de irmos para o estádio.
Uma mistura de tesão, saudade e amor, me engolfou tão forte que tive
que ir na frente com Mat, para evitar ficar perto dela. Queria chorar por tê-la
perdido. Queria berrar que a amo e estou arrependido, mas, sabia que nada
disso daria certo com ela.
Agora estou aqui, querendo apenas vê-la de perto, sentir seu cheiro,
mesmo sabendo que não quer isso. Ou pelo menos, não quer me querer por
perto.
― Eu, ah, vou subir. ― Rita diz meio sem jeito. Vejo Sara estreitar os
olhos na direção da amiga, que lança um olhar de desculpas e se levanta de
seu banco. ― Estou cansada. ― boceja exageradamente. Sara bufa, tomando
um gole da sua cerveja em seguida. ― Boa noite, crianças. ― a garota diz com
uma pitada de humor em sua voz e se inclina para Sara, sussurrando algo em
seu ouvido, antes de beijá-la no rosto e se afastar.
Me sento no lugar de Rita e peço uma nova cerveja ao barman. Always
da Bon Jovi começa a tocar nos pequenos auto falantes do bar.
Meu peito aquece com seu tom suave. Me vejo sorrindo um pouco de
volta. Jesus, ela está conversando comigo. Eu quero lançar meu punho no ar
em comemoração, mas, seria estranho pra caralho, então, forço a minha
excitação para baixo. O olhar cauteloso ainda está lá, estampado em seu rosto.
Essa não é uma conversa amigável em tudo.
― Sim, isso explica tudo, com certeza. ― ela diz seu tom quase com
provocação, estou a encarando sem piscar, uma vontade louca de puxá-la para
meus braços e beijá-la até acabar a porra do nosso fôlego. ― Os melhores. ―
sussurra. ― Você foi impecável esta noite.
Meu coração começa a acelerar com seu elogio. Ela está me olhando
firmemente, não fugindo, não se escondendo, e isso me enche de esperanças.
Estou morrendo para sentir sua pele. Apenas tocar. Só isso. Apenas essa
ínfima coisa.
Sara
Meu coração está batendo forte, eu quero puxá-lo para mim e beijá-lo,
até ficarmos sem ar. Ele está tão lindo que dói esta noite.
Usa calças jeans ajustadas, uma camiseta verde escuro, deixando esses
olhos verdes muito mais intensos e penetrantes; é extremamente difícil manter
contato visual, porque quero ceder ao apelo cheio de tesão, saudade e algo
mais suave, que vejo lá dentro. No entanto, ao mesmo tempo em que sei, que
não devo olhar em seus olhos, não consigo parar de fazê-lo, porque há essa
força, esse cabo invisível, que me mantém presa, a cada vez que ele me crava
com essas duas pedras preciosas.
Puta merda. Bom Jovi continua cantando essa música linda do caralho.
Já faz algum tempo desde que ficamos sozinhos e tão próximos, fora dos
compromissos profissionais. Tenho evitado esses momentos, essencialmente
por isso. Essa força descomunal que nos puxa em direção ao outro, essa fome
mútua que não passa. Isso é tão injusto.
Minhas mãos coçam para tocá-lo, sentir sua pele quente, firme, gostosa.
Inalo levemente, me deliciando com seu cheiro, dolorosamente sexy e familiar
invadindo meus sentidos. Oh, Deus, eu o quero tanto. Tanto.
Quase gemo porque amo esse jeito de me olhar. Todo garoto mau...
Merda. Como se me desafiasse a pegar o que quero. Eu sei o que quero. Ele
também sabe, para o meu desgosto.
Pegue o que você quer, garota! Ele está bem na sua frente. Basta esticar
a mão e pegar. Pegue! Merda. Esse foi o diabinho e, se for sincera, direi que
quero seguir seu conselho.
― Vou subir. Boa noite, Elijah. ― digo, minha voz ridiculamente ofegante.
Merda. Não espero resposta. Ando rapidamente, cortando a sala em direção ao
elevador. Quando pressiono o botão, o sinto atrás de mim, o calor do seu
corpo, inflamando o meu. Fecho os olhos. Ele está cheirando meus cabelos?
Assim é covardia... Seja firme, Sara. Seja firme, garota.
― Eu poderia ter a sua boceta agora. ― ele rosna, prendendo meu corpo
com o seu. Gemo, sentindo seu pau duro pressionando em meu ventre. Sua
mão enrola, em meu pescoço pela frente. Eu mio, me derretendo com sua
pegada bruta. Ele geme asperamente, seu hálito soprando contra meus lábios.
― Jesus, eu quero meter em você com força, me enterrar bem fundo. ― range,
parecendo irritado. ― Você sabe que nada pode me impedir disso. Eu poderia
ter comido você, todos esses malditos dias, sabe disso, não é, Sara? ― merda.
Sim, ele tem razão. Quando ele vem para cima de mim, não há como pará-lo.
Nunca consegui. Ele exala alto. ― Mas, eu não vou. ― não vai? Graças a Deus.
Eu não deveria sentir desapontamento, deveria? Não quero mais ceder. Droga,
então por que estou decepcionada, que ele não vai me ter hoje, quando sabe
que pode? ― Quando eu estiver dentro de você de novo, Sara, será porque você
me perdoou. Eu quero tudo. Só sexo não é o suficiente, quando se trata de
você. Entende o que estou dizendo, baby? ― o tom suaviza; seu olhar correndo
pelo meu rosto. ― Preciso de você inteira. Minha. Vou ter você de volta. Eu vou.
― diz como uma promessa.
― Eu, no seu lugar não teria tanta certeza. ― tento manter meu tom
firme.
Ele roça os lábios nos meus e eu tremo. Merda. Estou dividida, entre dar
uma joelhada nele e beijá-lo. Me forço a não fazer nenhuma dessas coisas.
Ficamos nos olhando, medindo forças. Seus olhos perfuram os meus,
desnudando-me, desarmando-me.
Estou inquieta e não vou conseguir dormir agora. Vou chamar Peter e ver
o que anda aprontando, seja lá onde estiver. Quando me conecto, sorrio amplo,
quando vejo que já está me chamando. Uau. Quanta sintonia.
Pequena Fada: Oi, Peter. Cansativo, mas, perfeito. Bom, pelo menos no
aspecto profissional.
Suspiro longamente.
Pequena Fada: Muito... Nesse momento, estou aqui trancada no meu
quarto, para me impedir de ir até o dele e rasgar suas roupas. Quero lamber a
porra do seu corpo inteiro... Quero que me pegue do seu jeito bruto e... Oh, cara...
Peter Pan: Desculpe... É que foi meio gráfico o que acabou de descrever.
Sou apenas um cara, Pequena Fada.
Pequena Fada: Ok, desculpe por não ter a porra de filtros; não ajuda que
estou quente e excitada, como o inferno.
Pequena Fada: Eu odeio dizer isso, mas, talvez seja a hora de seguir em
frente, Peter. Essa garota não merece você.
Peter Pan: Não. Eu a amo. Ela é a única para mim. Eu... Fui muito
estúpido com ela, desde o começo. Fiz coisas das quais me envergonho hoje.
Pequena Fada: Tudo bem. Você é quem sabe... Por falar no assunto, você
nunca chegou a me dizer exatamente, o que fez para sua garota deixá-lo.
Ele demora a responder outra vez.
Peter Pan: Eu a traí. Não no sentido literal. Mas, me deixei levar por
questões mal resolvidas e deixei uma garota do meu passado, se aproximar de
mim. Não havia tesão; desejo, no entanto, estava desesperado para provar que o
que a minha garota me fazia sentir, não era especial. Eu falhei. Ela me viu com
essa outra, numa situação comprometedora e foi o fim.
Pequena Fada: Bem, eu retiro o que disse sobre a sua garota. Ela tem o
meu respeito. Posso dizer com conhecimento de causa, que ver o cara que você
ama, para quem se deu completamente, sem nenhuma restrição, se esfregando
em uma vadia, não é algo que pode ser esquecido. Ou perdoado. Isso machuca
como o inferno e deixa marcas profundas.
Peter Pan: Eu sei. E é por isso que não a culpo, por ter me deixado.
Pequena Fada: Nós somos dois fodidos, Peter. É por isso que estou
pensando seriamente, em dar um tempo longe dele.
Pequena Fada: Vou pedir demissão. Não posso mais ficar tão perto dele.
Dói demais.
Peter Pan: Se você sente algo tão forte assim por esse cara, não acha que
deve dar uma chance? Já pensou que ele possa estar falando sério, sobre você?
Pequena Fada: O que sinto por ele é a coisa mais forte, intensa,
avassaladora que já senti, mas, esse cara quebrou meu coração, Peter. Não há
confiança. Quero, quero muito acreditar nele... Só que... Não dá, entende? Viveria
todos os dias com a ameaça, de vê-lo se esfregando em uma vadia, de novo e
isso me destruiria aos poucos. Confiança é a base de tudo e não há isso entre
nós.
Peter Pan: Entendo... Esse cara fodeu mesmo com a sua cabeça. Mas,
desconfio que ele está lamentando todos os dias, desde que fez a cagada. Tenho
a impressão de que você é uma garota como poucas, Pequena Fada. Ele foi um
idiota completo, por deixá-la ir.
Pequena Fada: Obrigada, Peter... Você não está dando em cima de mim,
está?
Peter Pan: rsrs. Disponha. E controle esse seu ego, Pequena Fada. Foi
apenas um elogio. Eu amo a garota mais incrível do mundo, não tenho o menor
interesse em flertar, com garotas aleatórias, da internet.
Eu gargalho. Deus, ele é tão, tão iludido com essa sua garota. Coitado.
realmente espero que eles se acertem, uma vez que para mim, não há mais
essa possibilidade.
Pequena Fada: Ai! Garota aleatória? Realmente? Acho que vou cortar
você dos meus contatos, seu idiota. Quero ver para quem vai chorar suas
mágoas, sobre essa sua preciosa e perfeita garota.
Peter Pan: Não faça isso, por favor. Conversar com você tem sido o ponto
alto do meu dia. E sim, ela é preciosa e perfeita. Você a descreveu bem.
Obrigado.
Pequena Fada: Rsrs. Deus, você é tão ridiculamente iludido por essa
garota... Tão meloso, que estou correndo risco de desenvolver diabetes, apenas
falando com você. Gah! Meu conselho é: pare com essa merda sentimental e
pegue essa cadela de jeito, com força, bruto.
Peter Pan: Oh, Pequena Fada, acredite, tenho planos para ela...
Pequena Fada: É disso que estou falando, Peter! Vai pra cima, caralho.
Pegue a sua mulher e foda-se o resto. Amarre essa cadela na cama se for preciso
e a faça te escutar, entre outras coisas...
Não consigo entender porque conversar com ele me faz tão bem. Sinto
essa ligação estranha, como se fôssemos íntimos. Realmente torço para que se
resolva com essa garota, já que está claro para mim, que ele a ama
loucamente. Parece meio hipócrita, da minha parte, desejar isso para Peter,
quando vivo uma situação semelhante com Elijah. No entanto, há algo nele que
me leva a acreditar, que está profundamente arrependido e que fará tudo, tudo
mesmo, para provar seu amor à essa garota. Essa é a diferença. Eu acredito
nele. Não acredito no cachorro.
Mais uma vez, sinto certa arrogância nas entrelinhas. Esse garoto está
começando a se achar muito. Homens...
Pequena Fada: Espero que saiba como fazer isso... Rsrs. Falando sério,
torço que consiga se acertar com sua garota. Eu vou dormir agora, o dia foi bem
intenso. Boa noite, Peter.
Peter Pan: Rsrs, você é uma agitadora. Falando sério também, obrigado
pela torcida. Vou dar o meu melhor nesse trabalho. Doces sonhos, Pequena
Fada. Boa noite.
Quão fodido é isso? Você perder totalmente o controle do seu corpo para
outra pessoa?
CAPÍTULO VINTE
Sara
O homem com quem pensei que fosse passar o resto da minha vida.
Houve um tempo em que eu era louca por esse homem. André era o meu
cara da porta ao lado. Apaixonei-me por ele e quando me notou, era como se eu
tivesse ganhado sozinha, uma bolada na loteria. Nós fomos felizes por algum
tempo.
Mas, tudo começou a mudar mesmo, quando ele foi contratado, por uma
grande empresa de marketing. Ele é um publicitário muito talentoso e
dedicado. Passou a ficar até tarde da noite no escritório.
No começo, pensei que era apenas gana de provar seu valor, mas, com o
tempo e frieza em relação a mim, fui percebendo que meu noivo, poderia estar
se envolvendo com outra mulher.
― Eu não sei. ― diz baixinho. Ele sabe o que estou perguntando. ― Fui
tão estúpido, Sara. ― murmura com pesar. ― Eu... Me encantei com o meu
novo posto e o assédio, das colegas, começou a ficar cada vez mais constante...
Não sinto mais nada por ele, mas, íamos nos casar.
― Por favor, não me lembre do quanto fui tolo, Sara. ― pede com
desespero na voz.
― Sim, estou aqui no hotel. Cheguei esta noite. ― seu olhar desliza por
todo o meu rosto. ― Apenas segui o itinerário da banda, na página e no site
deles. ― seu rosto fica um pouco mais duro, quando menciona a banda. ―
Você... Não está com ele, está? ― pergunta num fio de voz.
Eu bufo.
― Não, eu não estou com ele. Tenho um caso crônico de dedo podre,
quando se trata de homens, como você já deve saber. ― cuspo com desprezo.
― Não temos mais nada para conversar, André. Pensei que tinha tomado
a deixa, quando o cortei dos meus contatos. ― estalo, me dirigindo para a
porta, abrindo-a. ― Volte para o Brasil e me esqueça.
― Bem, você tem uma forma estranha, pra caralho de demonstrar amor.
― revido entre dentes. ― Eu passo, querido. Dê esse amor todo, para uma das
putas, que você comeu, pelas minhas costas.
― Não! ― ele diz com ferocidade. ― Eu amo você, Sara. Fiz besteira, mas,
recobrei meus sentidos a tempo.
Liam sorri meio de lado, passando as mãos pelos cabelos. Sua respiração
está meio alterada e seu rosto corado.
― Sara, entre. ― diz, abrindo espaço. Passo para dentro do quarto. ― Mel
está no banho. ― avisa, indo para o closet. Hum... No banho, hein? Sorrio
maliciosa.
Ei, amigos, estou sem sexo há quase um mês aqui! Tenham compaixão,
por favor. Quero pedir.
― Te vejo mais tarde, amor. ― ele completa, com mais um beijo suave em
sua boca e vai em direção à porta. ― Até daqui a pouco, cunhada. ― eu aceno.
Ela está se referindo ao fato, de que o cuzão veio mesmo conosco, no jato
da banda.
Elijah quase teve uma síncope quando André apareceu no lobby do hotel
há dois dias e se juntou a nós para o aeroporto.
Elijah quis partir para cima do André e as coisas quase ficaram feias, se
não fosse por Greg e Mat controlá-lo. Uma parte de mim, a parte má, gostou de
ver o ciúme e medo estampado no rosto do vira-lata. Liam não pareceu nada
feliz em ter André a bordo, mas, aceitou. Ele e Elijah ficaram a maior parte da
viagem trancados, em um dos quartos.
Provavelmente meu cunhado estava tentando evitar que seu parceiro
esquentado, jogasse André para fora do avião, em pleno voo.
― Isso sou eu, colocando um ponto final, nessa história fodida com
Elijah, maninha. ― digo sem rodeios.
― Você ainda o ama, maninha. Está escrito em seu rosto, quando olha
para ele. ― me diz com expressão pesarosa. ― Sei que vai achar que estou
bancando a advogada do diabo, mas, querida, Eli mudou. Isso é nítido. Liam
disse que nunca o viu assim, sério e compenetrado. Não festejando,
dispensando as groupies, que não param de assediá-lo.
É uma tortura cada vez que vejo mulheres se insinuando para ele. O
medo e depois o alívio, que sinto, quando as dispensa me deixa doente. Se eu
voltasse para Elijah viveria assim, eternamente sobressaltada, com medo. Não
tenho mais estrutura para suportar isso, por mais que ainda o ame.
Mas, nesse caso, só o amor não é o suficiente. Não consigo passar por
cima de tudo que me fez.
― Mas?
― Sua relação com o Liam é forte e calma. ― aponto. ― Não vejo vocês,
deixando de se amar no futuro.
― Estou dizendo que vou voltar para o Brasil, após a turnê. Pedi
demissão ao Liam ontem. ― ela puxa uma respiração, seus olhos lacrimosos.
Isso aperta meu coração. Meus olhos se enchem d’água também. ― Comprei
uma passagem, para logo depois do show de amanhã, maninha. Me perdoe,
querida. Eu... Eu não posso mais...
Isso nos faz chorar mais. Ficamos as duas chorando abraçadas por um
tempo até que ela puxa para trás, para me olhar nos olhos.
― Sei que tudo parece ruim agora, Sara. ― diz suavemente, limpando o
nariz. ― Mas, siga seu coração, maninha. Promete que vai fazer isso? Se em
algum momento, até o final do show de amanhã, você sentir que deve dar uma
chance à Eli, a vocês, prometa que não vai pensar, muito sobre isso. Prometa
que seguirá o que pede, o seu coração?
― Por que esse tipo de amor, que vocês sentem um pelo outro, só vem
uma vez na vida, querida. Todos nós vemos a forma como olham, um para o
outro, quando pensam que ninguém está vendo. Todos nós estamos torcendo
para que se acertem. ― sussurra com sua calma e serenidade invejável. ― Só se
ama com essa intensidade uma vez, maninha. Se deixá-lo escapar agora, pode
se arrepender mais tarde. Eu sei o quanto ele te machucou, mas, tente ouvir, o
que diz seu coração.
Aceno, embora, discorde em parte. Sim, sei que nunca mais vou amar
alguém como o amo. Mas, ouvi meu coração desde o começo e veja aonde isso
me levou. É hora de ouvir a razão.
Fico com ela mais algum tempo antes de voltar para meu quarto.
Me visto, enquanto Sia canta Big Girls Cry. Letra fodida e cai como uma
luva para meu atual estado de coração completamente partido.
Chamo meu pai antes de sair. Conversamos pouco tempo. Ele ficou
dividido, com minha decisão de ir embora. Feliz porque estou voltando para
perto dele, mas, triste porque estou voltando, com um coração quebrado. No
final, ele acabou me dando o mesmo conselho da Mel: para eu seguir meu
coração. Não sei o que mudou. Na semana passada, ele estava tão puto com
Elijah.
Mando tudo isso para longe e deixo meu quarto, para o lobby do hotel.
Mel não nos acompanhou hoje, ficou no hotel com o Chay. As viagens
estão cobrando seu preço e minha irmã está poupando energias, para o gran
finale amanhã.
Ele toca sua guitarra, bem perto da primeira fileira e as fãs mais
exaltadas, se desmancham gritando que o amam, que ele é lindo, gostoso.
Grrrr! Vadias assanhadas do caralho!
Ele olha para trás, direto para mim. Seus olhos estão duros, com raiva.
Está assim desde que descobriu que André estava na Alemanha a meu
convite. Ele não veio falar comigo, mas, posso sentir sua ferocidade emanando
por cada poro, quando está perto de mim.
O fim...
Meu coração dói vendo-o tocar sua guitarra, numa arrogância furiosa.
O melhor.
Vou sentir falta disso, de vê-lo tocando tão de perto. Mas, tem que ser
assim.
Elijah
Essa dúvida está martelando na porra da minha cabeça. Ela disse que o
convidou para vir. Quando começou a falar com o infeliz? Ou eles nunca
pararam de se comunicar esse tempo todo?
Collin está tão merda quanto eu, porque Selena não veio como
prometido. Parece que a merda entre eles só fica pior.
― Ela não veio, porra. ― ele rosna com uma voz quebrada.
― Nós estamos fodidos, irmão. ― diz com o rosto torcido. ― Mas, sua
menina está aqui. Ainda está aqui. ― frisa, se referindo ao fato de que Sara,
pediu demissão ontem.
Meu coração sangrou quando Liam me disse isso, logo que encerrou a
conversa com ela.
Sara está realmente decidida a ficar longe de mim. Deus, isso dói como o
inferno. O que eu preciso fazer para provar o meu amor?
Ela está escorregando por entre os meus dedos sem que eu possa fazer
nada.
Dançando não é bem o termo, para o que estão fazendo. Eles estão
praticamente fodendo a seco.
Oh, Cristo, não quero acreditar no que meus olhos estão vendo.
As mãos dele estão no corpo dela. No corpo que é meu. Porra, que era
meu e eu joguei fora.
Antes que eu possa pensar direito, estou pulando a grade para a pista,
descartando a escada. Ouço Mat gritar atrás de mim:
Chego finalmente até eles e o arranco de cima dela. Antes que possa
sequer pensar, dou um gancho de direita em seu queixo, jogando-o no chão.
Há gritos, euforia.
A música para.
― Eu vou te matar, seu filho da puta! ― rosno, pulando para cima do seu
corpo, ainda atordoado no chão. Ele me acerta um ou dois socos, mas, eu não
sinto nada. Estou anestesiado, completamente possuído pelo ódio, ciúme e
rejeição. Então, eu bato repetidamente, sem lhe dar qualquer chance de defesa.
Sua cara está sangrando, mas, não estou satisfeito. Estou ofegando, bufando
como um touro enfurecido, ao mesmo tempo em que as lágrimas derramam,
sem o meu consentimento.
Esse sentimento horrível esmagando o peito, uma dor tão grande que
não pode ser mensurada.
Sou puxado de cima do infeliz sangrento. Rosno, mas, Mat é mais forte e
treinado. Ele me arrasta com força e eu cedo.
― Fique longe da minha mulher, seu saco de merda! ― digo com dentes
cerrados, enquanto o imbecil se levanta, trôpego, mas, com um sorriso na
boca, cheia de sangue.
― Ela não é a sua mulher, porra! ― cospe no chão e limpa a boca. ― Ela
vai voltar comigo para o Brasil, ouviu? Você perdeu, rock star!
Gelo desliza em minha coluna e olho Sara, que está sendo amparada por
Collin. Sean, Paul e suas meninas estão por perto também.
― Isso é verdade? ― pergunto num fio de voz. ― Você, porra, vai voltar
com esse infeliz traidor? Você está fodendo com ele? ― grito essa última parte e
há comoção entre os presentes.
― Isso não é da sua conta, Elijah. ― ela rosna. Sua voz está trêmula e há
lágrimas em seus olhos também.
Eu a olho por mais alguns momentos, então, lhe dou as costas antes que
faça mais merda.
***
O fundo do poço.
― Por que ela foi muito machucada, irmão. ― Liam diz num tom sério. Eu
levanto o olhar para ele. ― Acho que agora sabe com exatidão como Sara se
sentiu quando o viu com a vadia.
Sim. Porra, sim. Mas, ainda assim essa merda dói demais.
― Sim, acabo de ter uma conversa com ela. ― Liam informa. ― André foi
despachado para o aeroporto por Greg e Mat.
Isso me agrada.
Meu coração afunda lentamente. Seus olhos continuam fixos nos meus,
como se ponderasse sobre algo importante, que precisa me dizer.
― O que...
Eu fecho os olhos com força, meu coração doendo nessa dor crônica que
nunca passa.
O que vou fazer da minha vida sem ela? Que porra vou fazer agora?
Estou a caminho da morte porque sei, com uma certeza feroz dentro de
mim, que um sentimento tão forte assim, só se sente uma vez na vida.
CAPÍTULO VINTE E UM
Elijah
Estádio de France...
Meus olhos permanecem nela. Ela está, porra, tão linda esta noite.
Usa um vestido negro curto e colado ao corpo esguio. Umas meias pretas
e esses sapatos foda-me, que são a sua marca. Meu íntimo se agita com a
tentativa desesperada, que preparei para daqui a pouco.
Os caras ficaram pasmos quando contei a eles o que vou fazer durante o
show. Estou seguindo o conselho da Mel. Estou saindo da minha zona de
conforto. Não há mais tempo. O relógio está correndo contra mim como um
maldito carrasco.
Depois que a névoa da raiva, do ciúme feral, que senti dela ontem, foi
embora, veio uma espécie de calmaria. Me forcei a me concentrar no que é
importante: tê-la de volta.
Nunca pensei que diria isso, mas, a ajuda de um psicólogo, não é o fim
do mundo e meu maldito pau não caiu, por precisar de um.
― Claro que sim, meu gostosinho. ― vejo-a sussurrar para Chay, roçando
seu nariz no dele.
Ela é tão amorosa com ele. Será uma ótima mãe um dia. Meu peito
aquece quando começo a imaginá-la carregando um filho meu em seu ventre.
Jesus. Eu estou irremediavelmente perdido de amor por ela. Nunca sequer
cogitei ter filhos e isso, só veio em minha mente agora, como se fosse a coisa
mais natural. Sorrio mais.
Seguro seu olhar, tentando fazê-la ver o amor, que deve estar claro em
meu rosto.
Ela está com lágrimas nos olhos. Emoção clara em seu rosto bonito.
Quero puxá-la bem perto e dizer tudo que está em meu coração. Mas,
não dá tempo e desconfio, que não fosse ouvir.
Seguimos atrás, lado a lado. Admiro seu perfil bonito. Ela fez uns cachos
bonitos pra caralho, em seus cabelos negros, que caem em uma massa
volumosa sobre os ombros e costas. Seu olhar está à frente, o queixo
levantado, estoicamente. Sei que isso está sendo tão doloroso para ela quanto
está sendo para mim.
Os gritos do público vão ficando cada vez mais perto.
Essa não é a sua última vez nos bastidores, porra. Você é minha e estará
comigo todos os dias a partir de hoje. Quero rosnar.
― Elijah... ― sua voz é apenas um sussurro, mas, estou tão ligado, meus
sentidos todos atentos a ela, que eu consigo ouvir. Eu me viro de frente e
ficamos bem próximos. Seus olhos marrons estão brilhantes de emoção e
lágrimas de novo. ― eu... Eu queria desejar um bom show.
― Sara...
― Você precisa ir. ― está dizendo em mais de um sentido, seu tom deixa
isso claro. Uma lágrima rola lentamente pela sua face. Ela não a afasta. ― Vá,
garoto da guitarra. ― ouvi-la me chamando dessa forma pelo que pode ser a
última vez, me rasga em pedaços. Encosto minha testa na sua, respirando
ruidosamente.
Lágrimas queimam meus olhos. Ela funga e eu sei que estamos chorando
os dois.
Seu rosto mostra confusão. Olho para trás e faço contato visual com
Mat. Ele já sabe o que fazer se Sara, tentar deixar o show, antes de terminar.
Essa é a segunda vez que vou tocar com o coração pesado. A primeira vez
foi há dois anos, quando meu avô faleceu, enquanto estávamos em turnê.
*********
― Eu disse aos caras, que Paris era o lugar para o encerramento da
turnê. ― Liam, sorri ao microfone, bajulando os fãs, elogiando sua empolgação.
Eles se agitam ainda mais. Sorrio. Meu parceiro está ofegante, depois da
sequência de rock pesado, que acabamos de tocar. Uma hora de show
ininterrupta e ele anuncia um pequeno intervalo, para descansar e nos
hidratar.
Espero que não tenham trazido tomates, ovos e outras coisas que
possam arremessar em mim.
― Obrigado pelo apoio, mano. ― rosno. Ele gargalha e vem para perto de
mim.
― Relaxe, idiota. ― passa o braço, por cima dos meus ombros. ― Só estou
tentando deixá-lo à vontade. Você parece que vai borrar as calças, a qualquer
momento. ― diz como se isso, fosse me deixar mais relaxado. Eu ranjo os
dentes. Ele sorri, me dando tapas amigáveis. ― Vá pegar a sua mulher, cara.
Você consegue essa merda. É claro que não faz isso tão bem quanto o Stone...
― Collin, cale a maldita boca, idiota. ― Liam lhe dá um tapa, por trás da
cabeça. ― Não escute o bastardo, mano. ― ele me olha com firmeza.
― Ei, você não me deixou terminar, cara. ― Collin resmunga para Liam,
massageando a cabeça. ― Eu ia dizer que Liam, também não toca guitarra tão
bem quanto você.
― Collin cale a boca, porra! Você não está ajudando nosso parceiro. ―
Sean entra na conversa, soltando uma onda de fumaça, pelo nariz. Ele sorri
com provocação e acrescenta: ― No entanto, ele está certo, Stone. Você não
toca a guitarra tão bem, quanto o idiota apaixonado aí.
Sara está numa conversa séria com a Mel. Ela não me olha quando
passo para o palco. Tocamos alternando entre rock agitado e as músicas mais
românticas da banda. O show está se encaminhando para o final, mas, ainda
estamos tão ligados.
Meu coração está apertado, ainda assim feliz. Como é possível isso? O
palco é a minha segunda casa. Joguei toda a minha confusão sentimental,
para segundo plano, toquei com a mesma energia e dedicação, do começo da
turnê.
― Irresistível para vocês! Cantem comigo, caralho! ― Liam berra se
encaminhando para o piano, em seguida olha em direção à sua mulher, seu
semblante amolecendo. ― Para você, Srª Stone. Eu te amo, baby. ― murmura.
Sim, porra, Sara é a minha mulher e ela está prestes a saber disso.
Eu subo no piano.
Essa última parte é gritada pelas fãs mais atrevidas, perto da passarela.
Sorrio mais e encerro, respirando alto. Toco o punho contra o de Liam e
saltamos de volta, para frente do palco. Roubo a garrafa d´água de Paul, perto
da sua bateria. Ele sorri e pisca para mim, me incentivando. Meus cabelos
estão molhados de suor, meu peito arfando.
Tomo um grande gole.
― Paris, temos uma surpresa para esta noite. ― Liam diz ao seu
microfone, vindo para perto de mim, passando o braço pelos meus ombros. Ele
sabe que Collin tem razão. Eu estou me borrando na porra das calças! Cacete.
― Elijah insistiu em fazer uma música para vocês. ― a euforia diminui um
pouco. Eles devem estar surpresos como o inferno. ― Todos sabem que ele é
mestre na guitarra... ― meu parceiro sorri do seu jeito provocador e eu sei que
o idiota vai dizer, alguma asneira a seguir: ― Só para conferir, antes de deixá-lo
começar... Alguém aí com tomates, repolhos, ou outras merdas, que possam
sujar a roupa do meu parceiro? ― uma onda de gritos e gargalhadas estoura.
― Make You Feel My Love! Não me deixe sozinho aqui, Paris. ― sorrio,
tentando descontrair.
A olho de novo. Ela está bem perto e posso ver seus olhos, cheios de
lágrimas. Corro os dedos pelas teclas suaves, tão diferente das minhas
belezinhas. Fecho os olhos e começo a tocar.
Sara
Todo o tempo seus olhos verdes incríveis, estão presos aos meus. E de
repente, como se uma cortina fosse retirada da minha frente, eu vejo tudo lá.
Ele me ama.
Ele me ama!
Comecei essa noite com o coração oprimido, doído por ter que deixá-lo.
Meu voo está marcado para daqui a pouco. Já teria que estar a caminho do
aeroporto agora. Na verdade, essa era a minha intenção, sair antes do final,
porque eu não conseguiria me despedir, de nenhum deles.
Sobretudo, dele.
Não sei por que tinha tanto receio de fazer isso em público.
Eu tinha razão. Ele canta bem pra caralho e saber que está fazendo isso,
só para mim, faz com que me sinta a cadela mais sortuda nesse estádio.
Ele me ama.
Essa foi a coisa mais bonita e inesperada, que alguém já fez para mim.
Oh, Deus, meu rock star todo fodão, meu garoto mau.
Seus olhos se fixam nos meus e eu arfo com a intensidade que vejo lá.
Ele chega mais perto e sei que não há mais a menor chance de pegar
aquele avião.
Deus...
― Oh... ― é tudo que sai da minha boca, meu corpo sendo sacudido
violentamente pelo choque.
Oh, meu Deus! Ele disse mesmo isso?
Mais lágrimas turvam a minha visão e ele cai sobre o joelho direito,
puxando uma pequena caixa do bolso das calças.
Fico sem fôlego, quando a abre com mãos trêmulas e vejo o anel mais
perfeito, em toda a face da Terra, lá dentro.
― Case comigo, baby. ― repete com voz levemente embargada, seus olhos
brilhantes de lágrimas. E o mais assustador é que está dizendo tudo isso ao
microfone, se expondo completamente.
― Sei que tem um voo reservado para daqui a pouco e se eu deixar você
entrar naquele avião, vou te perder para sempre. ― suas narinas tremulam,
enquanto puxa o ar bruscamente. ― Não sei mais o que fazer para provar o
meu amor, Sara. Esse anel sou eu me dando para você, pequena tempestade.
― sua voz treme. ― Sou eu pedindo para confiar em mim e ser minha outra vez.
Dessa vez para sempre. Isso é o quanto eu te amo. Eu amo você, Sara. Deixe-
me mostrar isso todos os dias, a partir de agora, baby. Prometo nunca mais te
decepcionar. Apenas me dê essa chance. Uma única chance, é o que estou
pedindo. ― estou chorando alto, soluçando sem controle. Duas lágrimas
grossas descem pelas suas faces angustiadas, à espera que eu diga alguma
coisa. ― Seja minha de novo. Case comigo, meu amor. ― suas últimas palavras
sussurradas, me invadem o peito, aquecendo-o, varrendo para longe, qualquer
resquício de dúvida, dor, decepção.
Seu rosto é tomado pelo alívio e o sorriso mais bonito, se abre em sua
boca.
― Sara... Meu amor... ― sussurra, sua mão direita, tocando meu rosto
suavemente, como se não acreditasse ainda. ― Senti tanto a sua falta, pequena
tempestade. Tanto.
― Isso é o que vai ganhar, assim que a porra do show do terminar, baby.
Estou morrendo para comer a minha cachorra... ― Oh, cara... Eu alago
completamente. Ele me brinda com seu familiar sorriso perverso e morde o
meu lábio inferior. Gemo em sua boca. ― Eu preciso ir. ― lamenta.
Sorrio.
― Não ouse se mover até eu voltar. Não posso perder você de vista. ―
murmura, me beijando suavemente e volta para o centro do palco.
Tudo que consigo ver é o meu guitarrista lindo, arrasando nos solos. Ele
parece revigorado, tocando com uma energia contagiante. Elijah tem me
emocionado desde o primeiro show da turnê, quando apareceu usando o meu
presente de aniversário.
***
Fale sobre uma reviravolta... Sorrio, suspirando pelo que deve ser a
milésima vez, nos braços de Eli.
Antes de sairmos, Elijah me deixa um minuto e vai até Collin que está
cercado pelos parceiros. Eles rugem palavrões e batem em suas costas, como
se o incentivando em algo. Elijah o abraça daquele jeito estranho que os
homens fazem. Ouço-o rosnar claramente: vá pegar sua mulher, irmão.
Meu coração aperta um pouco, ao lembrar seu problema com Selena. Ela
nem mesmo veio para a turnê. Espero que tudo se resolva. Eles se amam.
Qualquer um pode ver isso.
Acabo de entender que quando existe amor, sempre vale a pena tentar.
Cachorro gostoso.
Seus olhos se iluminam com humor, descendo pelo meu corpo e eu sinto
isso, como uma carícia, em minha pele.
― Diga isso de novo. ― rosna bem perto da minha boca. ― diga que
nunca vai me deixar porque eu morro, se você fizer. ― suas mãos estão
tremendo, me deixando saber, o quanto esse momento o está afetando
também.
― Por favor, baby... ― imploro. Mas, ele tem outros planos. Começa a me
torturar com beijos, lambidas, chupadas, mordidas; por cada centímetro da
minha pele. ― Eu preciso...
― Ohhh! Eli... Deus... ― gemo alto quando lambe o meu clitóris. Ele faz
isso lentamente no começo, apenas me torturando, me deixando na borda, sem
fazer pressão, para eu gozar. ― Seu vira-lata! Cão sarnento... Ohhh, puta
merda... ― meus xingamentos viram gemidos ofegantes, quando chupa com
vontade e me dá tapas fortes, nas nádegas. Enfia dois dedos em minha vulva e
rosna, passando a me foder com força. Estou quase lá. Ofego, minha
respiração rasa. Eli puxa os dedos, fazendo aquela coisa, de massagear meu
ponto G. ― Oh, Deus, baby... Eu vou... Estou... ― balbucio e grito a seguir,
gozando forte, esguichando em seus dedos.
Caio no colchão, mole, tentando respirar. Não sei como consegue fazer
isso. É tão perfeito. Ele lambe todo o meu gozo, levando os líquidos para o
ânus, massageando-o com maestria. Logo está metendo dois dedos lá,
enquanto continua a comer a minha vagina, com a boca, enfiando a língua na
vulva, cavando todo o creme.
― Por favor, amor... Preciso do seu pau todo dentro de mim... Me dê isso,
droga!
― Porra, se continuar assim, implorando pelo meu pau, vou rasgar você,
cachorra gostosa... ― gemo, lamuriosa, meu tesão subindo a níveis
estratosféricos, com sua linguagem chula e seu olhar malvado.
Ele inala, seus olhos muito brilhantes, passa os dedos numa carícia
suave pelas minhas faces, me olhando, como se eu fosse uma obra de arte
preciosa.
― Então, não perca isso. ― seu olhar deslizou pelo meu rosto a última vez. ― não
perca o grande amor da sua vida.
― Shh, não. ― a voz áspera que tanto, amo me puxa de volta dos meus
pensamentos. Eli está me olhando com tanta ternura... Seus dedos tocando
meus lábios. ― Não vamos mais falar dessas coisas. Tudo isso ficou para trás,
no momento em que me disse sim, naquele palco. ― diz baixinho, mas, com
firmeza.
― Você foi perfeito lá em cima. ― embargo de novo, tanta emoção
enchendo o meu peito. ― Lindo, baby. Lindo demais.
― Eu também, baby. Ver a Mel grávida pela segunda vez me deixou meio
sensível. ― murmuro um pouco ofegante, pelo seu peso me esmagando.
Ele sorri baixinho e rola comigo, me colocando por cima, mas, ainda
permanece dentro de mim e duro.
Sara
Um dia depois...
Uau! Isso me faz sorrir mais. Estou tão feliz por ele.
Peter Pan: Garoto mau, hein? Rsrs. Você está feliz? É isso que realmente
quer?
Pequena Fada: Sim! Delirantemente feliz! Ele é tudo que mais quero. Sou
louca por aquele homem. Eu estava tão iludida, achando que podia ficar longe
dele. E você? Como conseguiu sua garota?
Peter Pan: Ele sabe que você o chama assim, com adjetivos tão
pejorativos, Pequena Fada?
Gargalho. Deus, não sei o que há entre nós. Sinto essa intimidade com
ele.
Pequena Fada: Oh, Peter, ele sabe e adora, quando está sendo mau
comigo na cama...
Eli sorri da sacada. Eu o olho. Ele está entretido, digitando em seu
celular.
Pequena Fada: Bem, foi ótimo falar com você, mas, meu noivo muito
gostoso, está me aguardando para irmos a nosso primeiro encontro!
Peter Pan: Cara de sorte esse seu noivo, Pequena Fada... A propósito,
você está muito gostosa nesse vestido. Amarelo valoriza essa pele morena, linda
do caralho.
O que... Quando levanto o olhar, Eli está vindo da varanda, seus olhos
verdes, brilhando com humor.
Ele sorri; seus olhos incríveis brilhando, com diversão e algo perverso.
― Não teve graça essa parte. Você é tão idiota... ― resmungo. Ele me
levanta do chão e gira comigo, então, sua boca está na minha de novo. Eu rio
contra seus lábios, me deixando ser seduzida, pelo beijo delicioso. ― Onde
estamos indo? ― pergunto, tentando não soar tão curiosa.
― É surpresa, baby. Não há nada que possa fazer, para arrancar essa
informação de mim. ― ele aperta os lábios juntos, com uma expressão divertida
no rosto.
Deslizo as mãos pelo seu peito, meus olhos e sorriso lançando uma
proposta devassa. Seu sorriso se abre lentamente.
― Tem certeza, baby? ― mordo seu lábio inferior. Ele geme e me coloca
no chão.
Saímos e damos de cara com Mat do lado de fora da suíte. Ele nos
cumprimenta, avisa que vai tomar outro elevador e nos aguardar no
estacionamento. Pouco depois, nos juntamos a ele no carro alugado. Elijah
puxa uma venda, do bolso das calças e me lança um sorriso safado.
― Tenho tara em você, baby. ― grunhe, puxando meu lábio inferior entre
os dentes. Gemo. ― Amo você vendada. Me excita. Meu pau está tão duro
agora, porra. Vai me custar muito não enfiá-lo nessa boquinha linda, durante o
percurso.
― Seu bruto... ― mio, meu centro umedecendo e aquecendo ainda mais,
com seu tom sexual.
Devo admitir que isso me excita também. Amo esse lado excêntrico do
meu roqueiro fodão.
― Sr. Allen, é um prazer tê-lo conosco esta noite. ― diz uma voz
masculina, cerimoniosa.
― Prometo pegar umas dicas com o Stone. Aquele bastardo sim, sabe ser
romântico. ― resmunga e eu rio mais.
― Não. Eu amo você do jeito que é. ― digo, ficando séria. ― Não mude
nada, baby. Você é perfeito para mim.
Meu coração aquece com tudo que preparou para mim e meus olhos
lacrimejam. Meu olhar volta para o seu.
Seu belo rosto amolece, com meu tom amoroso e seus olhos brilham,
como duas pedras preciosas.
I couldn't see
Sei inequivocamente que nunca fui tão feliz. E sei, com uma certeza
nova, dentro de mim que haverá muitos, muitos momentos como esse, em
nosso futuro.
Cross my heart
― Tão lindo, baby. Amo a sua voz. Eu amo você. Muito. ― digo olhando
em seus incríveis olhos verdes. Sua mão vem suave, para minha face, limpando
uma lágrima que eu nem sabia que tinha caído.
Sorrio tremulamente.
― Paris já é a nossa coisa, baby. Acho que essa cidade tem algum tipo de
poder, sobre o meu garoto da guitarra. ― provoco-o.
Oh, Deus. Estou extasiada aqui. Ele certamente está se esforçando nessa
merda cor-de-rosa.
― Sim, perfeito. ― ele repete, olhando-me com esses lindos olhos, cheios
de amor.
Sim, sei que isso é apenas o começo da nossa felicidade. Sinto em todo o
meu coração que agora é pra valer. Vejo em seus olhos que é para sempre.
***
Um ano depois...
― Ei, maninha, você não pode chorar agora, ou vai borrar a maquiagem.
― Mel pede suavemente, mas, ela própria tem lágrimas nos olhos amendoados.
Meu pai não gostou muito da ideia, mas, precisou aceitar. Seu Pedro
precisa entender que tem dois roqueiros como genros. Não é para qualquer
um...
― Você está tão linda, querida. ― a voz suave da minha irmã, me puxa de
volta.
― Você é a melhor irmã mais velha, que uma garota poderia querer,
sabia disso? ― sussurro em seu ouvido. ― Eu te amo, maninha.
― Suspeitei, uma vez que já estão vivendo juntos. ― ele torce o nariz. Eu
sorrio porque ele não queria mais uma filha, casando na surdina, em Vegas.
Mat dirige a limusine, que nos leva até a praia. O pequeno percurso
parece o mais longo para mim, dado o meu nervosismo e ansiedade. Mel tem
razão. Não há como não ficar nervosa, mesmo com toda a certeza que tenho, do
amor do meu marido.
Deus, ele está de tirar o fôlego. Seus cabelos estão mais longos agora e
ele os prendeu, em um rabo de cavalo, deixando-o todo fodão, mesmo vestindo
um elegante terno escuro.
Oh, cara...
Quero fazer uma surpresa para Sara. Estive trabalhando nessa música.
Ainda faltam alguns ajustes e o Stone me ajudará com isso, mas, quero cantar
para a minha mulher, nesse dia especial. Liam me bate nos ombros me dando
força. Ele sabe que me borro nas calças para soltar a voz. Sorrio para meu
parceiro. Collin, Sean e Paul me dão polegares para cima, de onde estão do
lado do altar. Puxo uma respiração alta, tentando acalmar a porra dos nervos.
Não sei por que estou tão nervoso, cacete. Sara já é minha mulher. Nos
casamos em Vegas, há alguns meses.
Senhoras, não me julguem, ok? Eu disse que não ia perder essa mulher
e estou trabalhando intensamente, para mantê-la do meu lado. Meu sogro não
gostou nada da ideia, mas, já estava feito e ele teve que aceitar.
Sara anda de braços dados com seu pai e para na ponta do tapete, há
alguns metros de mim. Meu coração acelera e meus olhos ardem. Não há nada
maior do que esse sentimento esmagador, que sinto por ela.
Sim, tenho absoluta certeza que só se ama assim uma vez e vou me
assegurar de que isso, nunca se perca.
É isso que fez comigo desde o primeiro momento: inflamou toda a porra
do meu corpo.
Inflamável
Me perder em você,
Inflamável, baby!
Eu já era tão louco por ela naquela época. Mas, não sabia e me perdi, a
perdi no processo. Porém, Deus deve gostar de mim um pouco, por me permitir
viver esse momento. Ver a mulher da minha vida andando para se dar para
mim, definitivamente. Nunca mais serei tolo de deixá-la ir.
Tenho me esforçado para mostrar o meu amor todos os dias. Esse ano
não foi fácil. Ela ainda tinha desconfianças. Eu sabia que tinha trabalhar, para
merecer sua confiança e é isso que fiz, vou continuar fazendo, até o meu último
suspiro.
Yeah! Inflamável
Somos fogo
Fogo!
Rio do pensamento.
Tive que viajar para Nova Iorque com o Liam para sondar uma banda que
parece promissora. Sara disse que a viagem veio a calhar, porque teríamos
uma noite de núpcias bem movimentada, ficando uma semana de abstinência.
― Ainda faltam alguns ajustes, mas, eu queria cantar para você hoje. ―
digo, trincando os dentes, pelo tesão, se agigantando dentro de mim.
Ok, eu acho que nossos olhares não estavam muito adequados, para
uma cerimônia...
― Eu, Elijah Allen Mitchell, recebo a ti, Sara Mendonça Nogueira, como
minha esposa. ― digo, com voz embargada, olhando-a bem dentro dos olhos. ―
Prometo-te ser fiel, amar-te, respeitar-te, na saúde e na doença, na alegria e na
tristeza, todos os dias da minha vida. ― empurro a aliança em seu dedo e
levanto sua mão, depositando um beijo reverente, no símbolo do nosso amor e
entrega. ― E se houver algo além da existência, na Terra, nos encontraremos e
nos amaremos outra vez. ― ela inala bruscamente, os olhos marrons,
confirmando minhas palavras. ― Porque você é minha, baby. Você sempre será
minha e eu sempre serei seu.
Ela chora baixinho e acena, pegando a minha aliança. Diz os seus votos,
com voz muito emocionada e trêmula e repete o meu gesto, beijando sobre o
grosso aro, em meu dedo.
Então, mal o padre abriu a boca para me mandar beijar a noiva, minha
boca já estava sobre a dela. Eu gemo de puro prazer, apertando-a contra mim,
enrolado em sua pequena cintura e devoro sua boca, sem me importar com os
presentes.
Aplausos, risos e assovios soam em nossos ouvidos. Rimos na boca um
do outro, não parando o beijo até que ouço um resmungo.
Linda demais.
Fui esperto pra caralho em me casar agora, porque terei dois meses para
foder a minha mulher ininterruptamente, antes das coisas ficarem loucas com
o fluxo de trabalho intenso, próprio das turnês.
Sara está dançando agora com seu pai. Eu a olho encantado, enquanto
saboreio meu uísque, junto dos caras. Mel está dançando com tio Ben. Espero
que ele não lhe conte nenhuma de suas piadas infames. Toda a minha família
está aqui e boa parte das famílias, dos caras, também veio. Minha avó já
assustou a todos, com seus comentários muito avançados para sua idade.
Minha mãe e meu pai me disseram palavras bonitas pra caralho, antes da
cerimônia. Eles estão felizes, que resolvi minhas merdas, a tempo de não
perder a mulher da minha vida. Minhas irmãzinhas também estão radiantes.
Todos eles adoraram Sara, desde o primeiro encontro. Jess também veio. Ela
nos cumprimentou logo no começo da recepção e teve que voltar para LA, em
seguida.
Minha prima está livre. Livre nos dois sentidos. Está completamente
limpa das drogas e cumpriu sua pena, no caso do Liam. Está de partida para
Nova Iorque. Ela me confessou que queria reconstruir sua carreira e sua vida,
distante de LA. Consegui um bom emprego, com uma produtora famosa. Eu
nunca a deixaria desamparada. Jess, por mais que tenha errado, é minha
irmã.
Entretanto, no cômputo geral, temos uma boa relação agora. Eles estão
crescendo cada vez mais e aprenderam a lidar com o dinheiro, uma vez que
quase ficaram na miséria, se não fosse pelo coração enorme do Liam.
Ele ri e olha para sua mulher, que está conversando com Carlie e os avós
do Stone, em uma das mesas próximas. Eles revolveram suas merdas e se
casaram há alguns meses. Selena sorri de volta, para o marido e acaricia sua
barriga de sete meses. Uma garotinha de pele morena, para do lado da mesa e
Selena a olha com amor.
Ela teve alguns problemas... Hum, deixa pra lá. Essa história é deles
para contar.
― Papai!
― Pare de zoar nosso parceiro, idiota. ― Liam diz, mas, abre um sorriso
comedor de merda. ― quem diria, mano, você com as bolas totalmente presas e
com esse sorriso idiota, escancarado no rosto... ― o pequeno Liam, que está
nos braços do meu parceiro, sorri também, como se estivesse entendendo tudo.
O moleque é a cara do Stone. E sim, eu e os caras, somos seus padrinhos. O
Stone é tão previsível.
Bufo, me segurando para não lhe oferecer meu dedo do meio, em respeito
ao meu afilhado e à pequena de Collin. Sean e Paul caem na gargalhada. Cães
sarnentos.
Sorrio para isso. Parece que muito em breve nossas turnês serão
preenchidas com fraldas e mamadeiras, em vez de álcool e noitadas com
groupies.
É uma boa mudança, no entanto. Nunca me senti tão leve e feliz em toda
a minha vida. Só falta o meu moleque, que Sara e eu já estamos
providenciando.
Bem, pelo menos estamos treinando pra caralho.
Meus olhos voltam para a minha deliciosa mulher no salão. Seu pai a
beija carinhosamente na bochecha e em seguida começa a dançar com a Mel.
Sara se vira e seus olhos vêm diretamente para os meus. Uma energia crua,
pulsante se instala entre nós, enquanto ela avança, cortando as mesas, em
minha direção.
Meu olhar bebe dela devagar, o leve gingar dos quadris, seus peitinhos
apertados, no modelo sem alças. Ela queria trocar de roupa para a recepção,
mas, a proibi. Disse-lhe que tenho planos para ela, vestida exatamente do jeito
que está. E meu pau já está impaciente, pressionando o zíper das calças, doido
para ter alguma ação, em uma semana inteira. Porra.
***
― Seu bruto... ― mia, os olhos marrons me dizendo que está tão louca
para me dar, quanto estou para fodê-la. ― É nossa noite de núpcias... Você não
devia ser mais romântico? ― geme quando começo a moer meu pau entre suas
coxas. Enfio uma mão em seus cabelos e sorrio perversamente, aproximando
nossas bocas.
― Sim, a tal fada está certa, baby... ― desliza a língua pelo lábio inferior e
meu pau dá uma guinada, testando o zíper das calças. Ela sorri mais quando
vê o meu desespero.
― Oh, merda... ― ela junta as coxas, miando, mas, em seguida faz o que
eu disse.
― Então, você entende que vou comer você, com esse vestido lindo
primeiro... Você me deixou louco, imaginando o que tem aqui embaixo... ― rio
sacana, juntando o tecido nas mãos e começando a levantar a longa saia. Ela
geme e rebola a bundinha firme em meu pau. Dou um tapa forte do outro lado.
Ela mia, estremecendo. Porra, ela adora esse meu jeito brusco. ― Minha puta...
― eu chupo seu ombro nu, indo para a lateral do pescoço. Ela pende a cabeça
me dando mais acesso. ― Gostosa... ― ranjo, descendo o zíper nas costas,
desnudando seu torso. Desço o nariz pelas costas esguias, nuca; sentindo seu
cheiro, como um macho cheirando sua fêmea antes de acasalar. ― Fiquei a
porra da cerimônia inteira, antecipando o momento em que eu a colocaria bem
assim, do jeito que está agora, só esperando para ser fodida pelo seu dono,
bem forte por trás. — ela geme cheia de luxúria. Sorrio, tomando o meu tempo,
cheirando, lambendo sua pele, beijando, mordendo. Afasto a massa de cabeços
negros e o véu, por cima do ombro e enfio meu nariz em sua nuca, inspirando
longamente. Isso aqui é o céu. Não há cheiro mais delicioso do que o seu.
Rosno, cavando meu pau grosseiramente ,entre suas bochechas. Mordo sua
nuca e ela se desmancha, em meus braços.
— Eu sei, baby... — minha mão cava entre suas pernas, amassando sua
bocetinha, com possessividade. — Diga minha cachorra. Você quer o pau do
seu cachorro, bem fundo aqui? É isso? — aperto sua pélvis e enfio os dedos
pelo cós da calcinha empapada, deslizando em seus lábios inchados e melados.
Arreganho suas bochechas e meu pau baba, com a visão do seu cuzinho
rosado e a bocetinha toda melada mais embaixo. Minha boca saliva e me curvo,
lambendo seu creme, cavando entre os lábios, empurrando minha língua em
sua vulva vermelha. Ela ofega alto, rebolando em minha boca. Não posso mais
esperar. Me levanto, abrindo minhas calças com pressa.
Sorrio puxando sua boca para a minha e devoro o seu gozo, num beijo
esfomeado de olhos abertos. Seu corpo sofre espasmos violentos, me
apertando, em seu canal insuportavelmente quente. Me enrolo nela, colando-
nos, fundindo-nos com desespero.
Sorrio arrogante e vou até o sistema som. Seleciono uma pasta mista
com metal love, pop rock e baladas românticas dos anos 80. Pego o balde com
a garrafa de champanhe, uma travessa com morangos e mangas e os coloco
sobre o recamier.
― Isso é tão lindo, amor. Parece que alguém aprendeu mesmo a lidar com
a merda cor-de-rosa... ― ela provoca, mas, seu rosto está todo amolecido, cheio
de amor.
― Você está bem, baby? ― pergunto, só agora me vindo à mente que ela
não bebeu na recepção. E minha garota gosta de beber. Aprecio isso nela. Uma
mulher sem frescuras.
Ela pega a minha mão, beija minha aliança com olhos brilhantes de
lágrimas e em seguida a espalma sobre sua barriga plana. Ela continua me
olhando, mandando uma mensagem silenciosa que, ainda não decifrei. Então,
olho para minha mão em seu ventre e a ficha cai.
― Claro. É por uma boa causa. Nosso moleque, ou princesa merece todo
o cuidado. ― sussurro e a beijo, lenta, gostosa e apaixonadamente, por muito
tempo. Ficamos apenas namorando, tocando o corpo um do outro. Tomando o
nosso tempo. Sussurrando, jurando nosso amor. ― Quero isso aqui para
sempre, baby.
Rolo, ficando por cima dela. Ela geme, abrindo as coxas para me
acomodar. Suas mãos vêm para o meu rosto, delineando-o, suaves como
plumas. Minhas mãos vão para suas faces bonitas. Ficamos assim, nos
olhando, bem dentro dos olhos e reverenciando o outro.
― Diga que sabe o quanto significa para mim. ― murmuro, bem próximo
da sua boca. Esses lindos olhos marrons estão me venerando de volta. ― Diga
que sabe, que não há nada mais importante para mim, do que você, esse bebê
e todos os outros, que ainda vamos ter.
Ela sorri.
Nos agarramos com força, suas mãos passam pelas minhas costas,
ombros, me puxando para ela, da mesma forma que a puxo para mim. O beijo
se torna mais urgente, chupamos nossas línguas, o desejo crescendo voraz
outra vez. Deslizo a boca para o seu ouvido e lambo o lóbulo lentamente,
esfregando meu pau duro, direto em seu clitóris. Ela ofega de boca aberta. Já
pronta para mim também.
― Agora tenho outro plano, bom pra caralho, que preciso por em
prática... ― murmuro, puxando o seu lóbulo com os dentes, descendo minha
boca gananciosa, para o seu pescoço. Suas mãos enfiam, em meus cabelos da
nuca. Gemo longamente, me refestelando, chupando e mordendo-a, da forma
que sei, a enlouquece.
― Qual plano, baby? ― geme tão safada, que me faz rosnar. Vira o rosto
para me olhar nos olhos. Não respondo, apenas aproximo nossos rostos,
olhando-a de perto, enquanto me alinho em sua vulva estreita. Ela resfolega,
sua respiração suspensa. Então, vou afundando nela devagar, até o fundo.
― Fazer amor com a mulher da minha vida. ― digo baixinho, vendo seus
olhos, sendo preenchidos do mesmo amor por mim.
Nunca haverá outra para mim. Não é apenas uma letra de música.
EPÍLOGO
Sara
Sua língua desliza pelo vale entre os seios até meu pescoço. Pendo a
cabeça para trás, perdida em luxúria. Ele chupa meu pescoço e estoca mais
fundo, arrancando gemidos de lamento, da minha boca.
Seu corpo serpenteia pelo meu, esfregando nossas peles suadas juntas,
dançando sensualmente, no compasso da música. Se abaixa e em seguida
sinto sua língua em meu clitóris. Seus dedos separam os lábios e me ataca,
chupando faminto, rosnando, sussurrando, como meu gosto é perfeito. Como
ele ama me comer assim. Estou esgotada, mas, a excitação vai se construindo
de novo. Seus dedos cavam minha vulva, reunindo líquidos e os leva para meu
ânus, sondando.
― Sim, amor. Sua... ― mio. ― Faça tudo. Tudo, baby... Não tenha dó de
mim...
Puxa para fora, deixando só a cabeça e volta a meter tudo, com força.
Grito! Me bate do outro lado da bunda e começa a me comer, com a ferocidade
que tanto amo. Seus braços vêm pela minha frente, alavancando em meus
ombros e me fode impiedosamente, arrancando lamúrias delirantes da minha
boca.
Ele ruge como um animal comendo sua fêmea. Amo isso.
Me perco ainda mais em cada som, que sai da sua boca. Uma mão vai
para minha vagina e manipula meu montinho castigado, pelas atividades da
noite. Minha respiração trava. Estou quase lá... Gemo de boca aberta e o
orgasmo me rasga feroz, com força incomum. Meu corpo sacode, ondulando,
enquanto pequenos arquejos saem dos meus lábios.
Seu sorriso se alarga e ele roça o nariz em meu rosto, inalando meu
cheiro. Eu amo quando faz isso.
Temos gostos parecidos tanto na cama quanto fora dela. Somos os dois
impulsivos, passionais, loucos por uma boa briga, mas, acima de tudo, há o
amor imenso, que sentimos um pelo outro. Isso só cresce e se fortalece a cada
ano, que passamos juntos.
Mat resmungou me dizendo que era muita informação para ele. Tenho
uma boa relação com Mat. Além disso, ele é meu aliado, para chutar bundas de
vadias nas turnês. Sim, preciso chutar as groupies de perto do meu marido.
Desconfio que esse será um trabalho para o resto da vida, porque ele não pode
mudar quem é.
Certa vez, uma puta sem noção, desnudou os peitos enormes bem na
cara de Eli e pediu, na maior cada dura, para ele autografar. Eu bufei e disse
no tom mais doce que consegui: Querida, eu, no seu lugar, não deixaria nada
pontiagudo chegar perto desses silicones... Nunca se sabe o que pode acontecer,
não é? Meus olhos diziam inequivocamente, para ela se mandar ou eu enfiaria
a caneta, em cada uma das bolas gigantes.
Eli passou uma semana rindo de mim a cada vez que se lembrava do
episódio. Cachorro vira-lata.
Sei que estão curiosas para saber mais sobre isso, mas, não posso
contar, ok? Ela me pediu segredo, esqueceram? Meninas, sosseguem essas
perequitas roqueiras e esperem o casal lhes contar essa história... Minha boca
é um túmulo. Mas, posso falar sobre Sean, que tem um menino e Eva está
grávida de uma menina.
Minha Nossa Senhora dos roqueiros viris! Nossos caras realmente não
brincam em serviço...
Ele gargalha, seu rosto todo iluminando. Deus, ele é tão bonito.
― Você gosta de uma vida difícil, baby... ― diz, entranhando uma mão em
meus cabelos da nuca e descendo a outra, lentamente, dedilhando a minha
coluna. Choramingo de boca aberta. Ele sorri perversamente. ― E eu, fico mais
do que feliz em dar isso à minha cachorra gostosa, safada e linda. ― rosna e em
seguida, puxa minha cabeça para trás, forçando-me a arquear as costas. Seus
lábios quentes se fecham na carne macia do meio seio direito, chupando forte,
do jeito que amo e nos perdemos em nossa fome mútua, uma vez mais...
Não tenho ideia de quem esses meninos puxaram essa travessura toda...
― Papai! Mamãe!
Eli levanta Ruby nos braços, rindo todo bobo e sei que a bronca
provavelmente ficará a meu encargo. De novo. Ele é tão permissivo com os
gêmeos.
É isso mesmo! Nossos pimentinhas são gêmeos.
Ele filmou tudo. E amei ver o rosto que tanto amo em nossos filhos.
Levanto Noah nos braços também, beijando sua cabeleira loira escura.
Culpada.
Elijah
Me sinto o bastardo mais feliz do mundo por ser o único a receber esse
olhar.
Eles são fisicamente parecidos comigo, mas, geniosos como sua mãe e
isso me amolece. Não é segredo pra ninguém que amo esse gênio atrevido dela.
― ...E eles se casaram. Sim, a linda garota era uma fã muito apaixonada
pelo seu guitarrista e não podia mais viver longe dele... ― ela rola os olhos mais
uma vez. Ofereço-lhe uma piscadela perversa.
― Baby, você não deve falar palavrões para nossos filhos. ― levanto uma
sobrancelha zombando dela.
Retomo a história.
― Ok, o pobre guitarrista não teve chance... Teve que se render, porque
era completamente doido pela linda e geniosa garota... ― esses olhos marrons
lindos, amolecem completamente, me olhando com adoração. Arfa levemente.
Eu a olho com meu coração nos olhos, meus sentimentos espelhando os seus.
― Ele jurou fazê-la feliz para sempre. ― murmuro.
― ...E a garota continua uma fã apaixonada. Ela tem sido feliz todos os
dias, tesouros da mamãe. ― diz com voz embargada, seu olhar nunca deixando
o meu. ― Esse lindo roqueiro deu tudo a ela.
Porra. Ela acaba comigo quando diz essas coisas lindas do caralho.
― Um pequeno detalhe numérico, baby. Você sabe que para mim, sempre
estará em primeiro.
Amoleço com seu elogio apaixonado e a levanto nos braços, nos levando
para a cama. Deita a cabeça em meu peito nu. Me delicio com seu cheiro e
corpo gostoso, junto ao meu. Me deito segurando-a, me enrolando ao seu
redor, mantendo-a bem pertinho.
Sorrio e beijo sua boca, roçando meus lábios nos seus, de forma ao
mesmo tempo carinhosa e sedutora.
Seu olhar corre por todo o meu rosto e sua mão vem suave, tocando
minha barba de dois dias.
― Boa noite, meu amor. ― sussurro em meu pescoço. Meu tom relaxado,
feliz.
Sim, nós tivemos mais um moleque, Peter, que fará doze anos em breve.
Sara quis homenagear seu velho e também meu pseudônimo. Ah, nós ainda
utilizamos nossos perfis falsos para falar sacanagens, de vez em quando.
Mesmo depois de quinze anos juntos, ainda mantemos a chama acesa. Sorrio
malicioso. Muito acesa... Ela levanta uma sobrancelha para meu sorriso
perverso. Avanço até ela, enlaçando-a por trás.
― Humm, só umas duas vezes, acho. Você está perdendo o jeito, Sr.
Allen? ― me provoca, atrevida.
Nossos olhares se fixam e minha boca desce suave sobre a dela. A aperto
contra mim. O beijo vai se tornando mais intenso, dentro de instantes, estamos
gemendo e moendo um outro. Sorrio, puxando seu lábio inferior entre os
dentes. Ela sorri também, ofegante, linda.
― Cachorra... ― rosno e dou outro tapa em sua bunda. ― Vem, antes que
eu resolva ser mau para você, baby. ― digo com uma suavidade, que não está
em meus olhos. Ela mia, mas larga meu pau. ― Você fica tão linda quando está
com tesão e não pode gozar no pau do seu cachorro. ― provoco-a, quando
saímos do quarto.
― Dois podem jogar esse jogo, amor. ― ela sorri com algo perverso por
trás disso.
Gargalho. Já ansioso para saber o que ela fará para me torturar mais
tarde. Minha linda menina atrevida.
Vou cumprimentar os caras e Sara vai para suas mulheres, que já estão
reunidas, no seu complô habitual e contando as últimas dos nossos filhos.
Devo dizer que nossos moleques nos mantém ocupados. Estão todos na
adolescência, naquela fase em que se acham as porras dos donos da verdade.
Sorrio. Exatamente como seus pais.
Só estou zoando mesmo. Estamos bem para quarentões. Mas, claro, que
não perco a oportunidade de alfinetá-los, dizendo que um está ficando
barrigudo, o outro careca e por aí vai. Os bastardos fazem o mesmo comigo,
principalmente Collin. O idiota continua sendo um pé no saco.
Quem diria, hein? Eu que pensei que morreria entediado se tivesse que
comer a mesma boceta, pelo resto da vida...
― Baby, eu quero que veja algo... ― A voz suave da minha mulher corta
meu fluxo de pensamentos. Ela segura a minha mão. Percebo que as mulheres
de meus parceiros também estão junto deles, com caras de quem sabem um
segredo só delas.
― Cacete! ― guincho.
― Porra!
― Caralho!
Puxo Sara pela cintura, ela se aconchega em meu peito. Está fungando.
Esse moleque...
Meu sogro, meus pais e minha avó saem para a área externa e quase
morrem de susto, ao ver seus netos cantando e tocando guitarra. Bem pra
caralho, devo acrescentar. Nossos pequenos também vêm conferir os irmãos
mais velhos. Eles sorriem, obviamente achando que estão pagando o que essa
garotada chama de “mico”.
Olho cada um dos meus parceiros, que estão agora dançando bem
juntinhos com suas meninas. Eles me olham de volta. Sorrimos. Sim, nós
conseguimos tudo. Estamos ficando velhos, mas, e daí? Esse é o destino de
todos os malditos habitantes desse planeta. O importante é a herança que
estamos deixando, para a nova geração.
Peço a Deus algo que sempre peço, ao fim do dia: que Ele continue sendo
gentil conosco e nos permita ficar assim, nos braços um do outro, pelo resto de
nossas vidas.
FIM
Em breve...