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II – A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Tarefas administrativas:
Manutenção da ordem e segurança públicas: prevenção e repressão de actividades danosas
para a colectividade. Típica do Estado Liberal
Efectivação de prestações aos particulares: atribuição directa de benefícios e funcionamento
dos serviços públicos. Típica do Estado social providencial.
Direcção da vida social: realizada de acordo com o prescrito pela Constituição e pela Lei.
Acentua-se e é ligada por certos autores ao Estado social pós-providencial
Obtenção de recursos materiais exigidas pelas outras necessidades: administração fiscal
Gestão de meios materiais e humanos. Gestão do património público e actividades destinadas
a assegurar o funcionamento regular do aparelho administrativo
Sentido Formal
Modos de actuação da administração pública:
Doutrina portuguesa1: considerando a AP o complexo de órgãos e agentes que exercem a
função administrativa quando, de facto, exercem funções administrativas, recorrendo a poderes
de autoridade que lhe dão supremacia sobre os cidadãos.
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Este sentido ganha maior relevo nas ordens jurídicas, como a Portuguesa, em que a relação entre a AP e
particulares não se pauta pela paridade.
Doutrina alemã: conjunto de órgãos e agentes que exercem a função administrativa,
independentemente de, em concreto, realizarem tarefas administrativas.
Administração: utilização de certos meios (materiais e pessoais) com vista à obtenção de certos
resultados (bens, serviços), que estão ao serviço de certos fins.
Administração material
Heteronomia
À AP cabe a prossecução do interesse público definido pela Constituição e pela Lei (216º/1CRP).
Assim, a definição dos fins a prosseguir não é realizada pela Administração mas pela
Constituição e pela Lei. No fundo, é o poder político, mormente através da Lei, que define quais
os fins a alcançar pela AP que assume, pois, um carácter subordinado.
o Impossibilidade de prossecução, ainda que indirecta de interesses privados, embora nada
impeça que haja uma coincidência entre estes e o interesse público
o Vale para actividade administrativa exercida por privados e para a actividade
administrativa exercida por pessoas colectivas públicas, compostas por entes privados
o A APrivada é autónoma, ie, é ela própria que define os seus fins
o Quanto a meios, pode ou não haver vinculação
Heterogeneidade: a AP pode ser exercida por pessoas colectivas de direito público ou privado
(fenómeno de Privatização do exercício da função administrativa)
Outros
Vinculação ao Princípio da Tipicidade
Característica do modo de actuação da AP (que se contrapunha à APrivada). Actualmente,
contudo, existe um novo modele de administração Pública: Nova Gestão Pública.
Esta caracteriza-se por tentar replicar na AP os modos de actuaçãoda APrivada, nomeadamente
ao nível da liberdade e responsabilidade.
III- DIREITO ADMINISTRATIVO