Vous êtes sur la page 1sur 6

Um casal, uma dama negra e um rapaz, os dois de Nova Orleans, se apaixonaram e se

casaram. Várias tentativas para que tivessem um filho foram feitas e em todas a moça
perdeu o filho no início da gestação. O rapaz que a amava tentou de diversas formas,
inclusive recorrendo a meios não convencionais. Este foi para a estrada, numa
encruzilhada, ele estava disposto a tudo, já estavam comentando que eles não possuíam a
semente da vida, viviam numa comunidade muito religiosa, os comentários já estavam
incomodando o casal e foi aí que decidiram apelar para o sobrenatural.
Souberam de um homem que poderia ajudá-los, este homem lhe contou como poderia fazer
aquilo, todo o ritual, sempre advertindo os riscos que estava correndo, sendo ignorado em
todas as oportunidades fez uma última súplica, sentindo-se vencido desistiu, pois não era a
sua alma em jogo, ele preferia ter suas bolas arrancadas ao ter que lidar com a danação
eterna. Foi assim que o rapaz acabou ali naquela encruzilhada, ele cavou um pouco,
enterrou a caixa, esperou uns segundos e se virou, pra sua estupefação deu certo. Esperou
e quando se virou uma moça, negra, linda, descalça e de branco. Esta moça lhe perguntou
o que queria. Ele prontamente lhe respondeu que queria ser pai, queria ter o seu filho, ele e
sua esposa não conseguiam. Ela lhe perguntou o que ele estaria disposto a fazer, o que
sacrificaria e se estaria disposto a sacrificar tudo o que possuía para este objetivo, ele
respondeu que faria tudo, já fez tudo que estava a seu alcance com nenhum resultado.
A moça lhe propôs vender sua alma e de sua esposa, só se entregando totalmente eles
conseguiriam tal presente e ele aceitou de bom grado. Ela lhe entregou um papel estranho,
numa linguagem totalmente estranha e que ele deveria entregar a sua esposa para que os
dois assinassem, eles deveriam assinar com seu sangue o trato e assim o fizeram. Já em
sua casa quando terminaram de assinar e com um lenço em suas mãos o papel
desapareceu, como se nunca estivesse ali.
Alguns meses depois ele recebeu a notícia de que seria pai, mas quem lhe deu a notícia
não foi exatamente a sua esposa, a sua voz, e trejeitos, a cor de seus olhos era diferente,
não era sua mulher ali definitivamente aquilo era demoníaco. Assim se passaram as
semanas, alternando personalidades entre sua esposa e a coisa demoníaca o homem
esperou com esperança o resultado, e assim no nono mês eles tiveram um filho, um
homem.
Algo havia acontecido ali, algo horrível, dentro de sua casa todos os símbolos cristãos
começaram a se liquefazer, o tempo que estava ensolarado e sem nuvens de repente
começou a fechar, raios começaram a cair, algo estava acontecendo, algo sobrenatural, os
céus lançavam chuvas torrenciais na casa pequena e mal acabada, quase com força
suficiente para derrubá-la. A parteira que possuía um crucifixo em seu pescoço começou a
gritar e enlouquecer enquanto retirava a criança do ventre de sua mãe, o crucifixo começou
a queimar em seu pescoço formando uma marca horrenda, como uma cruz virada para
baixo, um cheiro de carne podre começou a vir de todas as direções, como se algo tivesse
em decomposição ao redor da casa, o homem foi para fora para ver de onde vinha toda
aquela podridão e nada encontrou. Começou a duvidar de si mesmo, de sua sanidade e a
dos presentes. Sua esposa da um grito final empurrando a criança e assim um raio cai
muito próximo a casa num estrondo gigantesco, como se algo tivesse finalizado, chegado,
simplesmente acabou, o parto havia acabado, mas também a vida de sua esposa que
parecia ter explodido, como se uma bomba tivesse explodido de dentro dela, ele nunca
havia visto algo assim em toda a sua vida. Ele procurou a parteira que correu enlouquecida,
descobriu naquela mesma tarde seu destino, ela deve ter corrido pelos pastos logo depois
de pegar a criança até cair e ser empalada por um tronco de uma cerca que estava mal
colocada, que cena absurda, ela estava presa e quem olhasse de longe conseguiria ver que
ela formava uma cruz com os braços abertos e corpo disposto daquela forma. O fedor da
morte havia se dissipado, a chuva foi embora tão rápido quanto chegou, os trovões e raios
cessaram, seu filho havia nascido. Chegando em casa pouco tempo depois e com seu filho
em seus braços ele se lembrou do nome que sua esposa havia decidido naquele mesmo
dia e o batizou com este nome. Que preço ele estava disposto a pagar por aquilo? Ele e sua
esposa haviam virado suas costas para Deus e pagaram por isso, seu destino apenas
adiado talvez, mas o dela havia sido reduzido.
Tafsir cresceu assistindo aos outros garotos brincarem, esse tipo de coisa nunca foi de seu
gosto, ele gostava de brincar sozinho, possuía bichos e eles os cortava, montava e
desmontava novamente, membro por membro. Crescendo um pouco mais ele sendo
extremamente inteligente conseguiu uma vaga numa universidade para negros, a primeira
daquele tipo nos Estados Unidos. Ele gostava da história, ele pensava que a história diria
que a humanidade foi, é, poderá ser ou se tornar. Com o tempo se interessou um pouco por
Demonologia, uma área pouquíssimo conhecida e extremamente difícil de entender.
Começou a ficar mais e mais curioso até que encontrou um culto dentro da universidade
para artes demoníacas e assim acabou conhecendo uma mulher. Ela era linda,
absurdamente linda, ela logo se interessou por ele quando soube de um burburinho em que
ele conseguia desfazer crucifixos em suas mãos, ele achava um truque de mágica barata,
ou que poderia ter algo, psicocinético talvez, mas ela sabia que não, não era aquilo. Ela
havia sido enviada ali por algo e iniciou o culto para atraí-lo em sua curiosidade.
Conversaram bastante e a sua beleza parecia tão não natural, ele parecia saber o que era
aquilo, mas não conseguia se expressar, os dois saíram uma noite e ele teve a chance de
conhecê-la um pouco melhor. Ela o levou para uma mansão, ele não sabia que ela era rica,
era tão raro um negro rico naquela época quanto um boi voando.
Conversaram bastante e assim ela iniciou um ritual para invocação, ele ali naquele lugar
assistindo uma linda mulher dizer palavras indizíveis de serem traduzidas. Com seu próprio
sangue que ela o pediu e o dela, ela invocou a criatura, ele achava aquilo pura balela,
conversa fiada até ver o que estava na sua frente, duvidou de sua sanidade e procurou em
suas lembranças se tinha bebido algo alcoólico naquela tarde, mas nada veio em sua
mente. A figura parecia ter saído de um terror abissal, era inexplicável o que apenas a
presença daquele ser lhe causava, era um misto de medo, poder em sua forma mais natural
e o mesmo tempo distorcido, negro, abissal, um terror que de nada parecia efêmero saído
dos piores pesadelos. Ele ficou apenas alguns segundos à mostra e quando retornou, ele
pode ver para algo no formato de uma adaga, forjada, linda de se olhar, mais tarde
observando ela com mais calma chegou a conclusão que estava absurdamente bem afiada,
sua empunhadura cabia muito bem em suas mãos, como se tivesse feita para ele,pra estar
com ele, como um presente de testamento dado por um parente rico.
Quando aquilo voltou a adaga, ele começou a escutar vozes em sua cabeça, a voz era
forte, um pouco gutural, quase como se estivesse controlando uma força titânica e a
transformando em algo que Tafsir pudesse compreender.
A mulher lhe ensinou muitas coisas, mesmo como humano ele possuía um dom natural
para qualquer coisa, a magia corria por suas veias junta com a podridão de sua
ascendência.
Os anos iam se passando e o aprendizado nunca parava, ele era um monstro, ávido por
conhecimento e poder, aos poucos ele foi aprendendo e começou a notar que não
envelhecia rápido como qualquer outra pessoa.
Ela lhe ensinou muitas coisas, mas a voz que vinha em sua mente sempre lhe dizia com
mais ênfase, quando ele segurava a adaga que ela segurava pouquíssimo por medo, ele
sentia que o poder corria por suas veias, como um pequeno comichão.
Ele aprendeu sobre magika, sobre alguns seres e poderes obscuros.
Na véspera do seu aniversário de 50 anos , ela lhe disse que agora ele estava pronto para
se tornar algo maior. Ela lhe disse que seu mestre havia decidido lhe dar o dom e que assim
ele pudesse viver para servi-lo e também buscar por mais poder. Ela iniciou o ritual,
enquanto ela puxava seu sangue rapidamente e sua visão obscurecida.
Ele acordou noutro lugar, parecia um labirinto inimaginável em tamanho, começou a andar
pra tentar sair de lá, se desesperou, enquanto ouvia risos demoníacos por todos os lados.
Aos poucos começou a andar e a tentar encontrar uma saída, após muitas centenas de
anos pelo que lhe parecia ele havia conseguido chegar numa porta no que lhe parecia ser o
final, ele adentrou e começou a cair, caiu por muitos e muitos anos num abismo sem fundo,
visões de destruição e caos começaram a inundar sua mente como uma chuva torrencial,
ele parecia próximo da loucura, viu coisas se movendo na escuridão que teriam
enlouquecido qualquer um, seres gigantescos, cheios de tentáculos, abominações que nem
o pior filme de terror conseguiria traduzir para uma linguagem cinematográfica.
Finalmente ele chegou num lugar, escuro, o cheiro da podridão já não lhe afetava mais
como antes, para ele era apenas mais um cheiro dentre muitos. Olhou ao redor e entendeu
que não havia saído de onde estava, como aquilo era possível ele não sabia, apenas era. A
voz voltou a martelar sua mente numa linguagem que antes lhe seria intraduzível, ele havia
aprendido uma nova língua, a língua negra, mais tarde entenderia por sua senhora que ele
havia aprendido a língua dos Nephandi e que de agora em diante ele já não se chamaria de
Tafsir, ele deveria procurar outro nome, ou vários, mas nunca mais ele deveria falar seu
nome para ninguém, que ele deveria ser esquecido nas areias do tempo, pois nomes
contém poder, poder sobre coisas e um ser sabendo seu nome verdadeiro poderia fazer o
que lhe aprouvesse.
O demônio agora começou a falar sobre sua herança, os presentes que ele havia lhe dado
em seu nascimento, lhe contou sobre sua descendência e um pouco sobre sua história, o
que ele faria com aquilo.
Lhe ensinou a investir a sua alma ou de outrem em pactos, que ele o alimentaria através
das almas dos homens e das mulheres que ousasse atravessar seu caminho. Ele foi
iniciado e apresentado a alguns membros de seu clã, aprendeu sobre a estrutura vampírica,
os clãs e tudo o que lhe passava pela mente.
Muitos Anos se passaram apenas alu dentro, nas bibliotecas da mansão de sua senhora,
com apenas a sua companhia, a de seu verdadeiro pai na adaga e de um ou outro grito
infame de um humano. Essas coisas foram se tornando cada vez mais e mais naturais para
ele ver e ouvir. De vez em quando seu pai lhe dizia algo, as vezes ficava anos sem dizer
uma só palavra, mas ele sabia que estava ali observando o tempo inteiro, como um
predador observa sua presa em quietude completa. Noutras ocasiões ele começava a
reclamar e a lhe ensinar, quando errava ele era sacudido dentro de sua cabeça, ele não
estava ali pra errar, nenhum erro era ou seria bem recebido por seu criador profano.
Ele aprendeu a se concentrar, a realizar múltiplas tarefas e a controlar tudo ao seu redor
com sua mente, apenas com a força de sua vontade, aprendeu a se alimentar tanto da vitae
como num ritual onde ele se alimentava do conhecimento do morto, ele estava fadado a
grandiosidade e a decadência advindas de sua descendência de tamanho colossal e
poderes incomensuráveis. Hoje em dia ele busca conhecimento por capelas do clã tremere,
do qual sua senhora e muitos outros de seu clã se infiltraram e fazem parte, aprendeu a
esconder sua habilidades e competências, aprendeu que falar demais nunca é bom desde
cedo, enquanto ouvir e aprender eram muito mais proveitosos.
Estamos no ano de 2018 quando sua senhora e seu criador que estava quieto havia 10
anos lhe ensinaram algo novo e que agora ele deveria andar consigo para sempre,
aprendeu a encantar aquela adaga num rituais tremere, a concentração requerida para
realizar qualquer ritual ou disciplina taumaturgia era menor enquanto segurava sua herança.
Mais um ano se passou e ele por muitas viagens trouxe muitas almas para alimentar a
vontade insaciável de seu criador, assim como bastante experiência.
No início de 2019 ele recebeu uma mensagem de sua senhora que estava há muito
desaparecida por meio de um ritual, que ele deveria ir para um país da América do Sul
chamado Brasil para aprender mais, já estava mais do que na hora de começar a expansão
para outros países menos favorecidos e para isso ele iria infiltrado num pedido de uma
capela incompetente para lhes ajudar num caso de morte final de um membro de uma
capela. Sua missão é e sempre será a de corromper e destruir, mas por enquanto sua força
e conhecimentos adquiridos até agora seriam utilizados para resolver um problema. Após
esta ligação ele usou o dom de seu sangue para conjurar milhares de dólares e se preparou
para ir para o tal país. Numa bolsa colocou após vários meses de preparação sua vitae
vampírica dia após dia, conseguiu deixar prontos cem pontos de vitae prontos para serem
utilizados, materiais para rituais, ternos e após um pequeno momento de confabulação com
seu criador, vestes que amortecem balas, pediu para outro membro de seu clã profano para
abençoar seus trajes todos aumentando sua qualidade de absorção, inclusive seus ternos,
tudo isso em troca de apenas uns segundos segurando sua adaga. Este não aguentou
segurar por muito tempo, seu braço caiu, como se tivesse apodrecido e ele começou a
gritar ensandecido, só parou de gritar algumas semanas depois. Rindo muito ele pegou a
adaga e ouviu um grito colossal de dentro, aquilo nunca havia lhe acontecido, seu sorriso
parou e quem pudesse olhar em sua face naquele momento veria o terror, seu criador havia
mostrado um pouco de sua face titânica num grito de ódio. NUNCA MAIS FAÇA ISSO OU
EU MESMO LHE DESTRUO!
Seu criador estava furioso, um ato de inocência, um erro e este foi um erro que poderia lhe
ser fatal. Após algumas noites, a raiva de seu criador já reduzindo pouco ele o explicou os
motivos pelos quais nunca deveria confiar em ninguém, nem nas sombras, pois existem
seres capazes de manipular inclusive as sombras.
Pegou um jatinho para o Brasil que seu dinheiro havia lhe proporcionado, afinal, ele poderia
conjurar o seu peso em ouro puro se assim o desejasse e assim o fez.

Vous aimerez peut-être aussi