Tarô Terapia

Por Paulo Pinheiro Vieira

O Tarô, oráculo utilizado desde a antiguidade como um processo adivinhatório tamento que dificultem sua realização de
do futuro, nos remete, hoje, a situações mais realistas com enfoques terapêuticos, vida.
onde vemos interligados o passado e o presente. O que denominamos “problemas Coloca-se o consulente diante dos
pessoais” foram criados por vivências e decisões tomadas no passado e que se fazem fatos que são as origens dos seus pro-
presente em nossas dúvidas cotidianas. Assim, o sentido se inverte ao buscarmos as blemas, buscando melhor compreensão,
causas que nos fizeram tornar o que somos e sentimos hoje, para que possamos nos criando nova trajetória de conduta e
preparar melhor para um futuro mais adequado ao que desejamos. Se não for assim, pensamento, eliminando o que agride o
a leitura de um provável “futuro” será somente o reflexo do agora e nada mais. seu bem-estar físico, mental, psicológico
O processo de simples adivinhação passou a ser visto como forma de retorno e espiritual.
às origens e consequentemente a descoberta de caminhos, orientações através de A alteração nos padrões de compor-
jogos estabelecidos conforme a busca e tamento a partir do entendimento nos
necessidade de cada um. remete, inevitavelmente, às mudanças
A interação do consultor tarólogo,
A Terapia através do que tanto desejamos e necessitamos.
cartas e consulente tornou-se, com o Tarô tem como objetivo Somos responsáveis por tudo que nos
passar dos séculos, a prática para uma acontece. É uma questão de causa e
nova “modalidade” já intrínseca, isto é, expor e sintonizar o efeito. Decisões tomadas a partir de
a terapia que remete ao cliente desven- indivíduo à sua própria “verdades” impostas a nós e cumpridas
dar seus mistérios e traumas do passado impensadamente e de forma automática,
traduzidos hoje nas suas faltas, nas suas essência. transformam-se em crenças e paradig-
necessidades de transformação com um mas para o resto de nossas vidas.
entendimento mais claro da sua cami- O ser humano resistente a mudanças àquilo que chamamos de “mal”, vê como
nhada existencial e redirecionamento de resposta negativa os acontecimentos pessoais. Na verdade, a criação mental que nos
conduta e pensamento. impomos e que nos conduz dia após dia, uma vez instalada, gera os distúrbios os
Surgiu daí o que chamamos de “Ta- quais denominamos “doenças” e que se desenvolvem nos aspectos: físico, mental,
rô Terapia”. psicológico e espiritual.
A Terapia através do Tarô tem como O tarô e sua terapia nos faz enxergar que já possuímos o potencial de entendi-
objetivo expor e sintonizar o indivíduo mento e realização, ou seja, a capacidade de aprendizado, os meios de se obter as
à sua própria essência, identificando e nossas conquistas e no final da jornada, desfrutar com sabedoria o caminho conquis-
dando orientações para as soluções dos tado (futuro). A sorte se apresenta a quem está pronto para recebê-la.
bloqueios, medos e padrões de compor- Assim, deixamos de culpar a vida e os outros pelos nossos desacertos. Vislum-

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bramos um novo horizonte a partir da “forma
pensamento” que edificamos com um novo
modelo de vida, invocando assim uma res-
posta do Universo a estas mudanças.
O Tarô como processo terapêutico
sempre verá cada um dentro do seu univer-
so pessoal, transformando a sua “verdade
absoluta” em verdade relativa, pois o certo
e o errado, o bem e o mal podem ter signi-
ficados antagônicos na concepção de cada
pessoa. Tudo está certo até que se prove o
contrário ou seja visto por outro prisma.
O que denominamos doenças, distúr-
bios, traumas, nada mais são que “formas
pensamento” impostas a nós mesmos, dia a
dia. Somos capazes de reverter tudo isso a
partir do entendimento e da recondução de
nossas vidas, cientes de que os caminhos se
multiplicam à nossa frente, a cada momento
em que nos dispomos às mudanças.
O presente se conecta ao passado e re-
tornamos a ele para revivermos e vê-lo sob
uma nova concepção, aceitando-o como ex-
periência positiva que, consequentemente,
dará um novo rumo ao nosso futuro. Assim,
compreendemos que os intervalos de tempo
são meros coadjuvantes de nossas experi-
ências que se interligam indefinidamente.
O Terapeuta Tarólogo tem a função de
organizar e decodificar essas informações
que devem ser repassadas ao consulente
de forma terapêutica, com entrosamento,
conhecimento e vivência na prática, condu-
zindo o consulente ao entendimento, para
que por vontade própria efetue as mudanças
pessoais de acordo com suas necessidades.
O Dr. Carl Gustav Jung, famoso psiquia-
tra e psicoterapeuta suíço, era profundo
estudioso da terapia através dos oráculos e
deu a eles novos enfoques científicos, aper-
feiçoando formas interativas na psicoterapia
com o recurso do tarô e outras ferramentas
como a astrologia e o I Ching.
O que conduz o atendimento terapêu-
tico através do tarô é a carga emocional do
consulente que ao formular suas questões
não atina a profundidade do problema. No
desenrolar da consulta, as cartas poderão
levar a outras prioridades mais obscuras, a
real fonte causadora daquilo que denomina-
mos desequilíbrio.
Basta dizer aos senhores leitores que
experimentem, vivenciem esse processo que
pode vir a ser o limitante entre o “velho ago-
ra” e o “novo agora” em suas vidas.
Paulo Pinheiro Vieira, Psicoterapeuta Holísti-
co, Terapeuta Tarô, Terapeuta Reiki e Terapeuta
Quântico. ABRATH - CRTH-BR 1134.
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Para ter dinheiro é preciso
ouvir mais e melhor
Por Conrado Navarro
Prioridades são coisas bem interessantes. Tem quem consiga
manter uma agenda perfeita de compromissos com amigos no boteco
quase todo dia, nas peladas de sábado e por aí vai. Certas escolhas
são tão automáticas que se tornam hábitos; estes hábitos represen-
tam nossas prioridades de vida.
Pense por um instante: você é mesmo o responsável por definir
suas prioridades hoje em dia? Perguntando de outra forma: você faz
realmente o que quer, quando quer e com quem quer?
Costumamos nos esconder atrás das expectativas dos outros
para fazer o tempo passar e chamar menos atenção – decidimos,
consciente ou inconscientemente, que 90% (ou mais) das nossas prio-
ridades consistem em parecermos ocupados demais com “afazeres” e
“compromissos” para desejar apenas descansar quando possível (“Oh,
férias que não chegam nunca…”).
O resultado disso para o bolso costuma ser catastrófico, com fa-
mílias endividadas, sem diálogo e avessas ao planejamento financeiro.
Poucas famílias entendem que o dinheiro deve ser uma das priorida-
des.
Legal, mas como começar? Ouvindo mais e melhor o que seus
entes queridos dizem, desejam e procuram. Sim, porque o ambiente
doméstico parece ter perdido o ingrediente fundamental de união: a
atenção ao outro.
Já reparou como você sabe o que seu cônjuge e seus filhos estão
postando nas redes sociais, mas não faz a menor ideia do que eles
querem/pensam sobre o próprio futuro profissional, suas aspirações
e prioridades?
Planejamento financeiro não se faz apenas com ferramentas. Pelo
contrário, ele começa no entendimento de que a motivação é mais im-
portante que a planilha utilizada. Neste sentido, acredito que algumas
decisões simples podem surtir efeito tremendo:
ªª Puxe conversa, mas com carinho, de forma agradável e esta-
belecendo contato visual efetivo;
ªª Defina refeições diárias com a presença de todos, mas sem
celulares e televisão;
ªª Escreva suas metas pessoais e incentive seus familiares a fa-
zer o mesmo. Conversem sobre cada uma destas metas sem fazer
piadas ou tratá-las como coisas desimportantes.
Nós não somos ruins em definir e respeitar prioridades, embora
pareça ser este o caso. A mudança precisa vir no sentido de questionar
mais as atividades automáticas e as distrações impostas pelo atual es-
tilo de vida (redes sociais, informação demais e conectividade full time).
O convite, portanto, é para que você dedique mais de seu tempo
a você e sua família, mas não nas redes sociais. Pare de vigiar e procure
participar!
Conrado Navarro, consultor educacional da Rico.com.vc, idealizador do Di-
nheirama.com e autor do livro “Dinheiro é um Santo Remédio”, entre outros.
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