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RESUMO
Este exemplar irá apresentar sua fundamentação na importância dos meios culturais, e de todos
os ramos que dele surgem. Através dos textos irá expor a importância da preservação dos
prédios históricos e culturais que transmitem o conhecimento e a cultura em suas formas mais
puras. A importância da difusão de aspectos culturais, linguísticos e todos os tipos de arte,
assim, gerando uma produção contínua de cultura e conhecimento, assim como a implantação
de novos locais e meios de acúmulo e absorção cultura. Apresenta também sobre a
preservação dos museus e dos espaços dedicados ao cultural, de forma a mostrar a sua grande
contribuição para o ensino, e para a geração de cultura. Estará também neste artigo, acerca das
instituições de ensino e seu papel na difusão de cultura e conhecimento, o que podem fazer
para melhorar este ponto, e qual é a solução para o problema cultural sofrido hoje no mundo.
No presente artigo também serão abordadas novas formas de criar cultura, e qual é o papel das
sociedades no acúmulo e preservação de suas culturas, assim, também será de importância no
presente documento, a formação cultural das sociedades. Haverá também neste artigo, uma
abordagem sobre como as organizações governamentais podem contribuir neste processo de
formação cultural, e se o Estado pode ajudar a dirigir uma cultura. A relevância deste tema
provém do visível empobrecimento cultural que o mundo sofre atualmente, em que tantos meios
de transmissão do conhecimento são abandonados ou ainda destruídos, causando assim,
preocupantes índices de problemas culturais como perdas de objetos valiosos para a ciência, ou
atentados terroristas que destroem importantes sítios arqueológicos, isso por conta da baixa
importância que está sendo dada aos meios culturais.
Rogério Nunes Pinto, Licenciado em Arte, pós-graduação em Arte, História e Museu. Leciona Artes
Visuais. E-mail: Rogério.np@hotmail.
ABSTRACT
This exemplar will present its rationale in the importance of the cultural means, and of all the
branches that arise from it. Through the texts will expose the importance of preserving the
historical and cultural buildings that transmit knowledge and culture in its purest forms. The
importance of the diffusion of cultural, linguistic and all kinds of art, thus generating a continuous
production of culture and knowledge, as well as the deployment of new places and means of
accumulation and absorption culture. It also presents about the preservation of museums and
spaces dedicated to culture, in order to show their great contribution to teaching, and to the
generation of culture. It will also be in this article, about the institutions of education and their role
in the diffusion of culture and knowledge, what they can do to improve this point, and what is the
solution to the cultural problem suffered in the world today. This article will also address new
ways of creating culture, and what is the role of societies in the accumulation and preservation of
their cultures, so it will also be important in this document, the cultural formation of societies.
There will also be in this article an approach on how government organizations can contribute to
this cultural training process, and whether the state can help drive a culture. The relevance of
this theme stems from the visible cultural impoverishment that the world is currently
experiencing, where so many means of transmitting knowledge are abandoned or even
destroyed, thus causing worrying indices of cultural problems such as loss of valuable objects for
science, or terrorist attacks that destroy important archaeological sites, due to the low
importance that is being given to cultural media.
Keywords: Museums and cultural spaces; Societies and culture; The formation of new cultural
means; Cultural recovery.
INTRODUÇÃO
Todos os meios culturais devem ser preservados, pois, como observado, o ser humano
só poderá se libertar da ignorância e de suas comorbidades se possuir cultura suficiente para
influir na sua conduta. A cultura é geradora de sociedades mais justas e igualitárias, um povo
com boa cultura de acolhimento, não praticará a xenofobia, ou ainda racismo de qualquer
gênero; deste ponto nota-se a força construtora de uma boa cultura.
A todo o momento, novas formas culturais estão sendo produzidas, mas o conceito de
‘’boa’’ cultura é urgente em ser observado, pois tudo gerado e comentado, criado e feito por
seres humanos é considerado cultural, no entanto, ‘’más’’ culturas podem ser criadas, e isto
apenas pode resolver-se por intermédio do conhecimento, da escolaridade. Definir os conceitos
de cultura não é julgar qual das culturas é maior ou melhor que as outras, mas sim afirmar que
existem culturas que violam leis, direitos e deveres.
Os prédios que abrigam a cultura devem por sua vez, receber periodicamente vistorias e
reformas, para manterem a atratividade, este aspecto pode ser auxiliado pelas organizações
governamentais, ou o Estado em si, mas não limitado a, visto que todos os cidadãos são
responsáveis por manter e prezar pelos patrimônios culturais.
A difusão da cultura também é fundamental para manter saudável, culturalmente falando,
a sociedade, pois, mesmo que existam bons meios de cultura; que prédios públicos sejam de
boa qualidade; se não houver difusão deste conhecimento, nada se aproveita, e esta situação é
observada em diversos cenários atuais.
Todos em sua vida, já visitaram algum espaço destinado a geração cultural, desta forma,
são de conhecimento geral, ainda que estas práticas não sejam estimuladas com a intensidade
que deveriam, pois são poucas as pessoas que mantém o hábito de continuar visitando-os
durante sua vida. Espaços como museus, pinacotecas, bibliotecas e relativos são a fonte
cultural mais apropriada e popular, e infelizmente em alguns locais não podem ter a visitação
que deveriam por conta do descaso, ou do abandono que sofrem por parte governamental ou
social.
As visitações a estes locais devem ser frequentes a todos aqueles que quiserem revestir-
se de conhecimento e praticar sua cultura, visto que, abrigam a fonte do conhecimento
verdadeiro, os documentos, objetos e outros inestimáveis instrumentos de cultura estão
presentes nestes espaços e a importância de sua preservação também provém deste princípio,
de fato os acervos estão tendo sua integridade ameaçada por conflitos políticos, civis, atentados
terroristas e descaso, é preocupante este pensamento, pois a cultura mundial pode ser
prejudicada caso qualquer destes inestimáveis objetos seja subtraído.
A importância da revitalização e proposição de novos meios de difusão cultural também é
sensível, pois todos os acervos que existem hoje, no cenário mundial, estão computados e
devidamente identificados, sendo assim, a proposta de criar cenários virtuais de conhecimento,
como acervos virtuais ou sites, pode não soar mal, visto que todas as crianças e jovens de hoje
sofrem com a impaciência de visitar pessoalmente um museu, e em casa ou na instituição de
ensino, com um profissional adequado ou um responsável disposto, é provável que se
desenvolva bem o aspecto.
A cultura sempre necessitou de um local para ser armazenada, onde esteja segura,
desde seus primórdios, é lamentável que nos dias atuais ela esteja tão ameaçada, a
importância destes locais para guardarem a grandeza humana e o conhecimento das eras
passadas é fundamental.
A geração contínua de cultura, requer novos espaços, e ideias de armazenagem, o povo
armazena sua cultura oral ao contá-la uns aos outros, mas o patrimônio material deve ser
homogêneo e sem corrupções e sua trajetória.
1. A ADAPTAÇÃO DA CULTURA AOS NOVOS MEIOS DE DISSEMINAÇÃO DE
INFORMAÇÕES E ACERVOS DIGITAIS.
A era da tecnologia trouxe ao meio cultural a inovação dos acervos, que passaram a não
só compor o meio material, mas também serem disponibilizados virtualmente em sites e
plataformas.
A medida tomada pelas instituições que zelam por este patrimônio, pode não soar tão
mal, visto que nesta atualidade, a maior parte da população possui acesso à internet e pelo
contrário, não dispõe de tanto tempo livre para visitar pessoalmente os museus.
“Ainda assim, faz-se necessário atentar para as armadilhas decorrentes das visões
simplistas que, por um lado, apostam na possibilidade de a tecnologia moderna reverter
qualquer impacto das atividades humanas sobre a natureza, e por outro, defendem que
as populações tradicionais figuram como "conservacionistas natos" ou profundos
conhecedores da dinâmica do mundo natural. Talvez, as saídas para esses impasses se
delineiem mediante o investimento em pesquisas sobre as possibilidades de se relativizar
a manutenção da diversidade biológica e a conservação da pluralidade cultural.”
(PELEGRINI, 2006)
A cultura pode ser definida como a base do conhecimento, este que é fundamental no
ensino acadêmico. Todos os meios culturais; sejam históricos, artísticos ou dentre outros,
contribuem para a solidificação do ensino acadêmico, visto que todas as competências
escolares se baseiam nela.
É fato que não podem ser julgados os meios culturais como sendo bons ou ruins, pois a
cultura pode mudar seus aspectos devido a região ou a formação política e civil do lugar. No
entanto, pode-se julgar uma má cultura por seu caráter imoral ou até mesmo criminoso.
Tomando por exemplo certas culturas que defendem pontos políticos com extremismo, e
acabam por distorcer ideais, doutrinando em suas instituições de ensino os alunos.
Para que a cultura não seja de valor desprezível, ela deve seguir certas veredas de
história e ciência, com bases verdadeiras e não tendenciosas.
“Há que se admitir que embora a definição de patrimônio cultural busque contemplar as
mais diversas formas de expressão dos bens da humanidade, tradicionalmente o referido
conceito continua sendo apresentado de maneira fragmentada, associado às distintas
áreas do conhecimento científico que o definem como patrimônio cultural, natural,
paisagístico, arqueológico e assim por diante.” (PELEGRINI, 2006)
“A defesa efetiva dos bens naturais e culturais do país acabou sendo implementada
através do Decreto-Lei no 25/1937, referente ao tombamento, porém os termos dessa
proteção se restringiram, conforme o artigo primeiro da lei, aos valores paisagísticos e
estéticos referentes aos "sítios e paisagens" distinguidos "pela feição notável com que
tenham sido dotados pela natureza ou agenciados pela indústria humana". Passados 51
anos, os bens enumerados no artigo no. 216 da Carta Constitucional do país (1988)
mantiveram-se articulados às noções de patrimônio ambiental circunscritas aos
"conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico". Nessa direção, se reconhece que o tombamento
ainda persiste como o instrumento mais eficaz para a proteção dos bens naturais e
culturais.” (PELEGRINI, 2006)
Não seria diferente que um país tão rico em história, proveniente de diversas etnias
possua tão grande cultura, e imponentes prédios públicos que guardam a grandeza de uma
nação. Embora o descaso com a cultura tenha se agravado desde as últimas melhorias
culturais na época da monarquia, onde foram impostas grandes obras como escolas de arte,
bibliotecas e jardins, hoje ainda o país guarda muitas riquezas culturais e históricas, marcas de
um povo que em sua trajetória acumulou centenas, milhares de peças artísticas, científicas e
de outras competências também.
Atualmente, existem diversos museus e prédios dedicados ao cuidado com as peças
nacionais, dos grandes artistas e pesquisadores, que contribuíram fortemente para compor tão
belo acervo, porém, infelizmente alguns problemas políticos, retiraram a atenção do patrimônio
histórico e cultural brasileiro, o que ocasionou diversas tragédias, incêndios em museus
importantes e que poderiam ter sido evitados, além de sua origem misteriosa, visto que
nenhum culpado foi apontado ainda.
As belas obras que jazem no Brasil, não são apenas brasileiras, mas têm sua origem
em diversos lugares do mundo, retratando o poderio brasileiro dentre as outras nações, que
doam seus acervos para os museus e prédios brasileiros. Deste ponto tira-se a importância da
preservação, não só de obras nacionais, como também das internacionais, que afloram em
nossos acervos.
O problema cultural no Brasil pode-se concluir que surge do descaso, e da falta de
estímulo à cultura, pois, um povo que não se preocupa com a cultura não poderia jamais
preservar e valorizar as preciosas obras que possui, para esta situação se resolver de forma
correta, é primordial que a população escola candidatos dispostos a proteger estes bens, com
real intenção, sem promessas falsas, aprendendo a ponderar sobre cada cargo público,
evitando assim o descaso político. Após esta medida, devem ser procurados os locais de
visitação, para que a população possa aprender a apreciar a cultura de forma espontânea, que
é quase franca, e gerar verba para nossas riquezas históricas, diretamente preservando os
acervos, e indiretamente ajudando a economia a se estabelecer também.
Tudo implica em uma grande rede de problemas que, caso não se tornem presentes
as devidas providências, dificilmente se resolverão de forma natural, e tendo em vista o
cenário atual, se ninguém mover-se para a mudança, tendem a agravar-se.
A unidade de uma nação é muito prejudicial ao curso da cultura, história e arte, pois os
indivíduos não têm contato com diferentes linhas de pensamento, assim resultando na
maioria das vezes em um grupo de pessoas ignorantes quanto aos estrangeiros que
possuem outro tipo de crença ou de arte.
Em países como o Brasil, nascidos da miscigenação de culturas e etnias, a diversidade
cultural é gigantesca, pois cada indivíduo toma seu pensamento e conhece o do outro, além
de que, em tese, não possam praticar qualquer tipo de discriminação, tendo como princípio
que todos podem expressar sua crença de forma livre.
A diversidade cultural é também importante para o desenvolvimento social do país, uma
vez que o seu povo é afeiçoado a este tipo de diversificação, e quando ela está presente, se
torna a identidade da pátria. Um povo com diversidade sabe respeitar a crença e a fé do
outro, consegue pôr-se em seu lugar de direito e respeitar o espaço individual do outro.
Como todos os campos das ciências humanas, a interligação é iminente e fundamental,
a arte que é composta por visões e sensibilidades da história, une-se a ela para criar a
cultura, muito antes dos tempos atuais, já era proposto que os seres criassem arte, fosse ela
rupestre como faziam os primitivos nas paredes de cavernas com tinturas naturais, ou ainda
refinadas pinturas renascentistas, ambas que exprimiam sempre o sentimento humano, e
também a história, que era retratada em forma de arte.
A cultura nasce então do encontro das duas formas de expressão, e por esse motivo
deve ser estendida ao maior número de seres possível, ela é a chave para as descobertas
futuras, para o pensamento construtivo e para a liberdade mental.
O mundo em geral tem este ideal, de fundir sua história e arte em cultura, gerando
assim uma forte influência do conhecimento sobre a população, a cultura deve ser difundida
como meio libertador e jamais como meio de detração ou de imposição dos mais sábios
sobre os mais simples, que não gozaram das mesmas oportunidades e nem das faculdades
mentais que certas parcelas da sociedade.
Todos os meios de criação de cultura são acadêmicos e históricos, são raras as
exceções que fogem à regra imposta pelo conhecimento, sendo a arte uma delas, e
indiretamente sendo também um conhecimento, visto que suas técnicas e métodos são
provenientes de alguma informação anteriormente usada, sendo assim, a arte volta à regra
do conhecimento, reiterando a ideia de que toda cultura é formada por conhecimento. O
conhecimento oral, aquele proveniente de histórias e contos, também constitui uma parte da
cultura, e pode-se observar sua influência sobre todas as nações da terra, aquele que é
acumulado por gerações e repassado pelos avós e bisavós, e todos os precedentes aos seus
descendentes, que por sua vez adicionaram a sua parcela de conhecimento.
Como é do saber geral, todos os países possuem desigualdades, sejam elas menores ou
maiores, a disparidade é completamente visível, e pode-se inferir que sempre haverá algum tipo
de benefício para aqueles que conhecem o poder da cultura e da informação, estes, poderão
ser usados como arma contra os que não puderam receber uma educação de qualidade. Os
privilégios de boa parte da população mundial são em relação ao saber estão diminuindo-se
visivelmente, pois a educação e a informação estão cada vez mais próximas e palpáveis. Em
outros países porém, os que por alguns fatores são mais emergentes ou ainda subsistem, a
disparidade é considerável e preocupante, parcelas grandes da população não possuem
escolarização alguma, e os que a têm recebem com extrema carência e dificuldade além do fato
de que podem ser de péssima qualidade os materiais que possuem á disposição. Por estes
motivos, é indispensável que as organizações governamentais e independentes se mobilizem
para levar a informação aos necessitados e abrir janelas de conhecimento, gerando assim, a
diminuição da pobreza, e da miséria, através da educação.
É fato que todos os argumentos apresentados, e todas as soluções disponíveis,
mostrarão seus efeitos apenas em alguns anos, pois são medidas muito minuciosas e que
tomarão tempo até se ajustarem corretamente a cada sociedade, mas devem ser tomadas com
urgência em busca de um futuro mais igualitário e com menor disparidade, quanto antes se
realizarem, antes serão observados os seus efeitos benéficos.
Os povos devem se unir para provarem sua força de vontade e com sinergia buscarem o
saber e o conhecimento, para seu próprio proveito.
A busca pelo conhecimento desde o século anterior proporcionou diversos avanços para
a raça humana, em campos como medicina nos quais as mudanças foram significativas, esta
busca pelo conhecimento também contribui para a visão de esperança depositada na cultura,
que tem o poder de transformar ideias, pensamentos e tantos outros tipos de raciocínio.
Uma população que possui ‘’cultura de conhecimento’’, que seria um definido pela
vontade de aprender, a atividade exercida pelos cidadãos de procurarem a informação e
desenvolverem um pensamento próprio, é uma população que não se deixará levar em direção
a caos político, ou às desigualdades sociais, pois compreende a real maneira de se compor
uma nação forte e estabelecida socialmente.
Aqueles lugares onde é implantado o conhecimento, os moradores se tornam críticos e
sensíveis a explorações e mentiras, ou seja, o saber liberta a mente dos grilhões da ignorância
e ensina a trilhar o caminho da sabedoria, é inimaginável que ainda possa haver alguma
comunidade que não possua estes benefícios, e infelizmente ainda existem em quantidade
preocupante que deve ser diminuída a todo custo, com esforços de ambos os lados;
governamentais e civis.
Os incontáveis benefícios do saber devem ser aplicados e ensinados desde a infância,
aos jovens e velhos, para que entendam o poder que o conhecimento é capaz de dar, esses
devem ser educados também para que repassem este conhecimento através da oralidade,
debatam, discutam e conversem entre si.
É fundamental que os países tenham um governo sólido e democrático, que possa
atender as necessidades de sua população fazendo-se elas presentes; um governo que se
importa com os habitantes da nação e cria sempre novos meios de diminuir as desigualdades.
Este governo eleito então pelo povo, serve de apoio para que todas as decisões possam ser
tomadas de forma justa e benéfica a todos.
Deste princípio igualitário surge o questionamento acerca da participação do Estado nas
modificações culturais, e como ele pode ajudar a difundir as mesmas. Assim, o Estado tendo
verba e poder para fazer qualquer alteração que beneficie culturalmente o povo, como
construção de museus e espaços destinados ao meio cultural, deve executar seu dever que é
definido pelo prezar público e por zelar o progresso da cultura e da educação.
Sendo assim, infere-se que o Estado com suas devidas instituições pode proporcionar o
bem-estar da população melhorando a qualidade das instituições de ensino e cultura, visto que
construir novas apenas aumentará o número de locais necessitando de auxílio. Tornar
acessíveis os espaços culturais como teatros e bibliotecas, com entradas francas e com auxílio
no deslocamento pode ser uma iniciativa muito proveitosa.
O povo então, deve escolher com sabedoria seus governantes pois eles que tomarão as
medidas necessárias para o desenvolvimento social e cultural, com base na educação,
solucionando assim, diversos problemas relativos à cultura e ao campo educacional.
A participação do povo nas decisões educacionais e sociais, assim como culturais é de
extrema importância, em um país democrático, especialmente as formas de governo intituladas
de ‘’República’’ são as que o povo tem a voz ativa para qualquer decisão que vá implicar na vida
do coletivo.
A cultura também é completamente composta por acúmulos civis, então, é de
obrigatoriedade que sejam eles os responsáveis por exigirem que medidas sejam tomadas para
as mudanças na sociedade acontecerem. Mas este ponto remete a outro tema já tratado no
presente artigo; o nível da escolaridade de alguns infelizmente não os dá capacidade para
utilizarem a força da cidadania em busca de seus direitos, o que implica em muitas falhas
governamentais.
O povo pode contribuir também para a cultura e educação do país com seu próprio modo
de vida ou tradição, as coisas típicas ou regionais por exemplo, compõem a diversificada cultura
de países como o Brasil.
Enquanto a população não atentar-se a questões como esta, culturais, sociais e
educacionais, não haverá mudança, tendo que a mudança só se inicia quando o povo
supervisiona e cobra seus governantes eleitos. Caso isso não aconteça, os bens públicos se
tornam ineficientes como é visível em muitos países no mundo atual.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluindo, pode-se dizer que todos os problemas culturais que surgem hoje, como a
deterioração e depredação de acervos, são resultantes de falhas tanto em sistemas
educacionais como na própria sociedade, os cidadãos não pensam mais no coletivo, e não
requerem seus direitos, não buscam reclamar seus direitos pois também não cumprem na
maioria das vezes seus deveres.
A maldição do século é então a desinformação e a perda da busca pelo conhecimento,
onde todos estão próximos do conhecimento que hoje é muito disponível e de fácil acesso, mas
tão longes de atingirem verdadeiros parâmetros do saber, com isso, todos se prejudicam, não
tendo como prosperar em aspecto algum.
A cultura e a arte, além da história, devem ser priorizadas nos planos de educação, para
que em longo prazo possam se resolver ao menos parte destes incômodos problemas. A
sociedade moderna está muito acostumada com o digital que perdeu o interesse por pesquisar
sob intermédio de meios analógicos, isto ocasiona a desvalorização da arte e dos museus,
assim como dos espaços dedicados a cultura.
Deve ser prezado o ensino da apreciação pela arte, e pela cultura, sempre ensinando a
preservação e o valor simbólicos das obras que identificam as etnias, desta forma, os países
que estão sob forte crise cultural, serão então libertos, através do pensamento e do saber, pelo
caminho do conhecimento.
Os museus devem também ser mais valorizados, por guardarem importante parte da
história nacional, assim como pinacotecas e edifícios artísticos, como galeria públicas, é
também uma solução que todos se unam para valorizar
A cultura como patrimônio imaterial humano, compõe parte fundamental dos quesitos
para o avanço da tecnologia, das ciências, dos estudos sociais e do progresso acadêmico,
deste ponto parte a importância que requer o cuidado para com as instituições que têm como
objetivo a preservação e a difusão do matéria cultural.
Todo e qualquer meio de distribuição cultural, como museus e espaços para exposições,
galerias de arte e demais propostas, devem, então, estar protegidos sob uma forte legislação e
fiscalização, com investimentos contínuos, que possam não só aprimorar a natureza destes
locais, como também atrair a atenção do público a eles.
Por fim, a preservação destes locais em que habita a cultura e é semeado o
conhecimento, é de suma relevância; sendo um dever de todos os frequentadores e habitantes.
A cultura não só tem o poder de expandir os horizontes do ser humano, como também moldar
suas condutas, não se esperando atitudes e ações reprováveis de cidadãos familiarizados com
a boa cultura. Sendo ela um direito de todos, já garantido por órgãos responsáveis,
governamentais e fiscalizados; que têm seu dever fundamentado na instituição de uma cultura
mais inclusiva e acessível.
As instituições de ensino, representadas por sua equipe profissional, devem ter
consciência doseu papel, compreendendo que é por meio do aprendizado cultural e social queo
indivíduo podeadquirir consciência do mundo e dele própria, e que esse aprendizado passa
pelodesenvolvimento da cultura.
REFERÊNCIAS
CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed,
2000