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Escrevemos em um clima de um deleuzianismo e anti-deleuzianismo generalizados.

A
retomada de uma linguagem filosófica, foi iniciada e deve continuar e o Discurso Indireto Livre
é a forma potente dessa expressão maior. Assim, um deleuzo-hegelianismo se impõe pela
necessidade da contigencia, que no pensamento sem imagem tem seu espaço preenchido pela
figura de um futuro posterior, totalmente anverso ao futuro anterior deste mesmo. Para Vermos
tal imagem, visaremos o momento deste mesmo, o momento em que um foi o outro. Hegel foi
deleuzeano em seu ultimo momento, tal qual Deleuze foi hegeliano em seu ultimo momento.
Aqui, independentemente da posição teórica, inevitavelmente “Eu é um Outro”, mas não o
Mesmo. O que é o mesmo é o momento, e não a equivalência do elementos, que pressuporia
uma estrutura entre ambos os autores

Havia uma antropologia hegeliana reinante em França, em meados do século XX, que gerou
ações e reações academcas e polítcas, em torno de figuras como Kojéve, Lacan, Hippolyte,
Weil, para citar os mais óbvios. Contudo, é evidente a linha que vai de Hegel, Kojéve à Lacan e
esta pressupõe a mesma antropologia, a saber, áqüea exposta nos cursos de Introdução à
Hegel oferecidos por Kojéve. Não é Hegel ou Lacan, o inimigo de Deleuze, mas Kojéve. Desde
sua leitura de Hegel apoiada em Hippolyte, Deleuze esta a se opor a leitura antropológica que
Kojéve faz da filosofia hegeliana, onde, para ele, há a projeção da Forma do Estado em outras
esferas da vida humana. E onde a Forma platônica ganha ares que sugerem aplicações
forçosas. Assim como o significante “dá” forma ao informal, o Estado “dá” forma ao Natural, e a
relação entre Natureza e Cultura aparece em seu modo alienado. É este hegelianismo, e não à
Hegel que Deleuze se opõe, talvez por isso mesmo, nunca tenha escrito uma monografia sobre
(ou contra) Hegel, como fez com Kant ou Platão e Descartes, que apesar de não terem um livro
dedicados à si, como Kant, são tão longamente mencionados, que tal material comporia
facilmente um livro todo. Mas à Platão Deleuze dedica ainda um texto exclusivo e direto, que
faz de Platão quase o primeiro anti-platonco.

Em O Anti-Édipo, Deleuze síntetiza as premissas antroplógicas lançadas em Diferença e


Repetição e Lógica do Sentido, esta antropologia crítica elaborada com Guattari, traz consigo
uma noção muito particular de Esquizofrenia, (este conceito é utilizado por W.Burroughs e a
Schizo-Culture, na Semiotext) conceito este proposto e criado por Guattari, e que não aparece,
justamente por este motivo, nas obras primas de Deleuze, citadas a pouco. Em Lógica do
Sentido e Diferença e Repetição não há uma antropologia, mas sugere ainda uma definição do
que é o humano, do que é propriamente humano, à saber a Bêtise, a besteira. Não há,
também, até Lógica do Sentido uma definição, um conceito de Essquizofrenia, como dito, é
Guattari quem sugere à Deleuze, que em suas cartas ao mesmo, esclarece sua adimiração por
tal criação conceitual, atribuindo então, à Guattaria a exclisividade deste conceito, o mesmo
ocorre com o conceito de Ursaat em O Anti-Édipo, que ainda mantém a idéia de Bêtise como
propriamente humana, expressa nessa obra sob o título de Imbecialidade.

Em Deleuze há uma contraposição entre Besteira e Bestialidade (bêtise). Expressas nas


figuras de Carroll e Artaud, que em Lógica do Sentido parecem se apresentar como sínteses-
disjuctivas entre linguagem e o corpo. As bobagens e besteiras do non-sense de Carroll são
como sublimações da bestialidade contida nos corpos, como expressa Artaud em seus gritos-
sopros. Máquina infernal dionsíaca de expressão imediata das forças e Sistema alógico de
instalação do ponto aleatório, ou de não-sentido, na linguagem, na proposição que é sua
Estrutura de Significação. Dobra e desdobramento de força e sentido. E o Sentido não é o
significado, nem o significante. Menos ainda a cadeia significante e seu efeito de significado,
como no ponto de estofo lacaniano. Passa se na verdade, do lado oposto, ao proposto por
Lacan. Não a questão de como o Significante gera efeito de significado, mas como o
significado torna se um Significante. E então Deleuze lança Gustave Guillaume contra
Saussure. Deleuze não está apoiado nos conceitos de Significado advindos da semiótica, nem
do Siginificante da lingüística, mas sim o conceito de Significado da lingusitica, especificamente
o Significado de Poder de Gustave Guillaume.

Pretende se evidenciar esta operação, visando distingui la das operações de significado da


semiótica e das operações de significante da lingüística, ou mesmo da psicanálise. Contudo
não queremos sugerir que Deleuze pouco se importa com tais noções, queremos sim dizer,
que ele se relaciona com tais conceitos pelo outro lado do espelho. Deleuze não é lacaniano,
mas interage com o lacanismo em seu reflexo, isto é, tal qual Serge Lecraire o fez em sua
apresentção de 1969 no Congresso de Psicanalise. Assim, tal leitura sugere uma perspectiva
mais sóbria e sombria, esperamos em nome de um entendimento porvir.

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