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A GUERRA FRIA

Trabalho realizado por Norberto Rafael Azevedo, n.º 14, 9.º A

Maio de 2018
História
Prof. Luísa Guerreiro
Colégio Minerva
Maio de 2018

I NTRODUÇÃO

Neste trabalho, vai ser abordado o tema da Guerra Fria, que foi escolhido para
aprofundar os conhecimentos desta matéria.
Resolvi começar por fazer a bibliografia para extrair a informação necessária para a
elaboração do trabalho. Depois, fiz o desenvolvimento com toda a informação
recolhida, e, por fim fiz esta introdução e a conclusão.
Os objetivos deste trabalho são aprofundar e aplicar conhecimentos da matéria de
História referente à Guerra Fria, utilizar corretamente a língua portuguesa, fazer uso do
computador para a pesquisa e elaboração do trabalho, utilizar corretamente a
informação disponibilizada na sala de aula e na internet e, por último, realizar o trabalho
com rigor e criatividade.

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1- O I NÍCIO

Depois da 2.ª Guerra Mundial, surgiram duas grandes potências: os EUA e a URSS.
Com toda a ajuda prestada aos Aliados, estes países com uma área territorial extensa
e ricos em matérias primas eram assim grandes potência económicas e políticas.
Apesar de serem superpotências, tinham modelos políticos muito diferentes. Enquanto
que os EUA seguiam um regime político liberal onde eram aceites diversos partidos
políticos e tinham uma economia capitalista baseada no mercado, a URSS tinha uma
ditadura de proletariado com uma economia coletivizada, onde a propriedade pertencia
ao estado, e planificada, com um único partido político.
Com a expansão das áreas de influência, a rivalidade entre os dois países aumentou.
Os EUA consideravam o comunismo como uma ameaça ao “mundo livre” e a URSS
considerava o capitalismo e o imperialismo.

1.1. DOMÍNIO ECONÓMICO -FINANCEIRO E MILITAR DOS


EUA

Os EUA tornaram-se uma grande potência económica no pós-2.ª Guerra Mundial, uma
vez que o seu território não foi afetado. Isto permitiu o desenvolvimento tecnológico
americano, especialmente no armamento, já que, depois do término da guerra, várias
fábricas de material bélico foram reconvertidas e originaram novas indústrias.
Com a Europa e o Japão
completamente devastados, os Principais potências exportadoras em 1950
EUA tornaram-se assim os 37%
44.6%
principais fornecedores de
11.3%
produtos agrícolas e industriais e
foram considerados a maior 1.4%
2.2% 3.5%
potência industrial e comercial do
EUA Reino Unido Alemanha
mundo (Fig. 1).
França
Fig. 1 - Principais Japão
potências Resto
exportadoras em 1950do(%
Mundo
das
Beneficiaram ainda de circulação exportações mundiais)
A cabeça de viado
de capitais provenientes dos empréstimos e investimentos no estrangeiro. Como no
tratado de Bretton Woods foi estipulado que o dólar era a moeda fundamental das

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trocas internacionais, os EUA também obtiveram o controlo de diversas organizações


mundiais como o FMI e o BIRD1.
Quanto ao ponto de vista militar e geoestratégico, os EUA também estavam na linha
da frente. Foram o único país com a bomba atómica durante alguns anos, tinham muita
alianças militares com outros países e possuíam uma grande rede bases militares e
navais espalhada por todo o mundo que permitia aos EUA responder a qualquer ataque
em qualquer parte do mundo.

1.2. O EXPANSÃO DO MUNDO COMUNISTA

Contrariamente aos EUA, a URSS ficou com suas infraestruturas e territórios


completamente danificados. Contudo a guerra permitira-lhe afirmar o seu prestígio
internacional e alargar a influência do seu modelo do socialismo na Europa.
Por outro lado, a guerra permitira-lhe afirmar o seu prestígio internacional e alargar a
influência do seu modelo de socialismo na Europa. Nas conferências de lalta e de
Potsdam, reconhecera-se que os países do leste europeu, libertados pelo Exército
Vermelho, se integravam na zona de influência soviética. A manutenção de tropas
soviéticas nesses países (Polónia, Roménia, Bulgária, Checoslováquia e Hungria)
facilitou a ascensão ao poder, entre 1946 e 1949, os partidos comunistas nacionais.
Na Jugoslávia e na Albânia, onde os partisans comunistas tinham conseguido derrotar
os exércitos de Hitler, também se instauraram regimes comunistas, logo em 1945. Nos
novos Estados do leste da Europa instituíram-se «democracias populares.
Inicialmente, tratava-se de um tipo de regime que se propunha fazer a transição para
o socialismo, para uma sociedade mais justa, admitindo a existência de diversos
partidos e a realização de eleições. Não tardou, porém, que as democracias populares
sujeitas à influência do modelo soviético, adotassem, total ou parcial mente, o tipo de
instituições existentes na URSS. Se inicialmente aqueles Estados tinham alguma
autonomia, passaram a ser dominados pela União Soviética. A União Soviética.
ganhou assim a hegemonia política sobre a Europa oriental. Com uma exceção: a da
Jugoslávia que, sob a chefia de Tito, foi expulsa, em 1948, do bloco chefiado pela
URSS.

1 Acrónimo de Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento

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2. M UNDO B IPOLAR

Com a emergência destas duas


potências, estas quiseram espalhar
a sua área de influência: os EUA
queriam difundir a sua democracia
representativa e o seu capitalismo
liberal, enquanto que a URSS
difundia o comunismo e a economia
planificada.
Para auxiliar a consolidação destas
áreas, foram criados a OTAN
(integrada pelo Bloco Ocidental) e o
Pacto de Varsóvia (integrado pelo Figura 2 – Estados membros da OTAN e do Pacto de Varsóvia
com a “Cortina de Ferro” a verde.
Bloco do Leste). Entre os estados membros das duas organizações, caiu um “Cortina
de Ferro”, que separou o mundo capitalista do comunista.

Rapidamente, a rivalidade entre os dois países


aumentou. Ambos começaram a constituir,
juntamente com os seus aliados, um forte bloco
económico, político e militar. Durante quase toda a
2.ª metade do séc. XX, o mundo iria ser dominado
por estas duas potências. Tinha início o mundo
bipolar.

Figura 3 – A rivalidade das duas


potências

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2.1. A POLÍTICA DE “ CONTENÇÃO ” DO COMUNISMO

Com o aumento dos partidos comunistas nos países europeus, o presidente americano
Truman, alarmado com a situação, proclamou a necessidade de os EUA conter o
avanço do comunismo, quer através de intervenções militares, quer de ajuda
económica. A chamada doutrina Truman levou os EUA propor aos países europeus
um plano de auxílio financeiro – Plano Marshall – que se destinava a promover a
recuperação económica e a estabilidade política. Os principais objetivos desta medida
foram:
 Possibilitar a reconstrução material dos países capitalistas destruídos
na 2.ª Guerra Mundial;
 Recuperar e reorganizar a economia dos países capitalistas,
aumentando o vínculo deles com os Estados Unidos, principalmente
através das relações comerciais;
 Fazer frente aos avanços do socialismo presente, principalmente, no
leste europeu e comandado pela extinta União Soviética.
Este plano permitiu a reconstrução de vários países ocidentais europeus, que além de
aumentar o poder de compra destes países, contribuiu para o enriquecimento da
economia americana. Estes acontecimentos marcaram o primeiro passo na
consolidação do bloco ocidental europeu, liderado pelos EUA.
Mais tarde, em 1948, foi criada a OECE2 com a finalidade de coordenar a distribuição
dos fundos fornecidos do Plano Marshall.

2.2. A EXPANSÃO DO COMUNISMO

Embora devastada por causa da 2.ª Guerra mundial, a URSS recuperou rapidamente
a sua economia, através da obtenção de matérias primas dos territórios ocupados por
causa da guerra, tornando-se assim a segunda superpotência mundial. A sua área de
influência abrangia a Europa do Leste e algumas regiões asiáticas. Para certificar-se
que estes países estavam em segurança e que estavam libertos dos nazis, Estaline
decidiu manter blocos militares nos países em questão, exceto na Jugoslávia, a partir
de 1948. Surgiram, assim, democracias populares pluripartidárias, porém com o

2 Sigla de Organização Europeia de Cooperação Económica

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Partido comunista como o favorito. No entanto, mais tarde, acabaram por adotar o estilo
soviético com ditaduras do proletariado com um único partido, o comunista.
Na Ásia, a expansão do comunismo foi auxiliada pela Revolução Chinesa (1949), que
teve apoio dos soviéticos, liderada por Mao Tsé-Tung.
Obviamente, a URSS não aderiu ao Plano Marshall, para poder concorrer com os EUA.
Aliás, os soviéticos não permitiram a aderência dos países na área de influência. Com
a finalidade de fazer frente ao Plano Marshall, Estaline criou:
1. O KOMINFORM3 – um organismo que controlava a ação dos partidos
comunistas de todo o mundo.
2. O COMECOM4 – conselho que definia o apoio financeiro da URSS aos Estados-
Membros
Todas estas medidas foram fortalecer a consolidação do Bloco Leste, dirigido pela
URSS.

3 Acrónimo russo para Secretariado da Informação dos Partidos Comunistas e


Operários
4 Acrónimo para Conselho de Ajuda Económica Mútua

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3. O DESENVOLVIMENTO DA G UERRA F RIA

Através da propaganda política, do


fortalecimento do armamento
nuclear e das chamadas lutas por
zonas de influências5, a rivalidade
entre as duas superpotências
aumentava.
Nestes períodos em que, ora havia
um momento de apaziguamento,
ora um momento de maior tensão,
Figura 4 – O mundo bipolar
dava-se então a chamada Guerra
Fria.
Uma expressão que define o clima que se vivia nesta época é um clima de “paz
armada”, onde países, apesar de estarem em paz com outros, faz despertar um clima
que a qualquer momento, pode despoletar uma 3.ª Guerra Mundial.

3.1. A ALEMANHA NA G UERRA F RIA

Durante toda a Guerra Fria, houve uma sucessão alternada de conflitos e de fases de
acalmia. O primeiro incidente grave foi o bloqueio da cidade de Berlim. Como é sabido,
a Alemanha e a própria cidade de Berlim estavam divididas em 4 partes pela Grã-
Bretanha, pelos EUA, pela URSS e pela França.

Figura 5– Divisão da Alemanha e da cidade de Berlim

5 Quando as potências se envolviam num conflito localizado que poderia surgir

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Quando, em 1948, as potências ocidentais decidiram unir os seus territórios e criar a


RFA, a URSS respondeu bloqueando todas as vias de comunicação em volta de
Berlim, exceto na fronteira soviética. Durante quase, um ano a parte ocidental de Berlim
recebia mercadoria das potências ocidentais através de uma ponte aérea.
Em 1949, depois da URSS suspender o bloqueio, deu-se a divisão da Alemanha: a
ocidente criou-se a RFA – República Federal Alemã – com Bona como capital e a
oriente criou-se a RDA – República Democrática Alemã – com Berlim como capital. E
foi com este acontecimento que se criou o Muro de Berlim, com a finalidade de não
permitir a passagem de pessoas da RDA para a RFA.

3.2. CONFLITOS NA Á SIA

Na Ásia, destacaram-se dois conflitos por causa do estabelecimento de bases militares


na Ásia por parte dos americanos, que estavam receosos da expansão do comunismo:
 Guerra da Correia – em 1950, a Coreia
do Norte, comunista e apoiada pela
China, invadiu a Coreia do Sul,
capitalista e apoiada pelos EUA que
acabaram por intervir do lado sul
coreano. Como a URSS temia a
utilização de armas nucleares por parte
dos EUA, não intervieram diretamente
na guerra, e os EUA também decidiu não
as usar. Este temer de conflito nuclear Figura 6- Guerra na Coreia

evitou o confronto direto entre as duas potências


 Guerra da Indochina – entre 1946 e 1954, nesta ex-colónia francesa, o
facto de as forças independentistas lideradas por Ho Chi Minh terem
sido apoiadas pelos comunistas chineses, levou à derrota dos franceses
e à vitória dos países da Indochina. Aliás, este conflito levou à
independência do Laos e do Camboja e à divisão do Vietname em
Vietname do Norte, comunista, e Vietname do Sul, capitalista.

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3.3. A COEXISTÊNCIA PACÍFICA

Depois da morte de Estaline em 1953, houve um período de certa acalmia na Guerra


Fria. Na URSS, sobe ao poder Nikita Kruschëv que defendeu o restabelecimento das
relações diplomáticas com os EUA.

3.4. OS MÍSSEIS DE C UBA

Em 1962, foram instalados mísseis nucleares na ilha de Cuba de forma a poder atingir
os EUA. Este acontecimento ocorreu no seguimento da revolução cubana liderada por
Fidel Castro, uma revolta que não agradou nada aos EUA. Kennedy ordenou a retirada
dos mísseis sob ameaça atómica. Os mísseis acabaram por ser retirados e os EUA
prometeram não atacar Cuba.

3.5. O PRINCÍPIO DO FIM DA G UERRA FRIA

Depois de vários conflitos locais para evitarem a perda do controlo de zonas


estratégicas em África e na Ásia, os EUA assinaram com a URSS em 1987 que privava
a utilização de certos tipos de armas nucleares. A Guerra Fria estava a chegar ao fim.

Figura 7 – Gorbachev (esq.) e Reagan (dir.), na cimeira de Washington em 1987.

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CONCLUSÃO

Neste trabalho, foi abordado o tema da Guerra Fria. Esta guerra travou-se entre as
duas superpotências que surgiram no pós-2.ª Guerra Mundial, os EUA e a URSS, onde
não houve conflito direto entre os dois países. Esta guerra durou cerca de 50 anos uma
vez que começou, como já foi dito, no pós-2.ª Guerra Mundial (1945) e teve o seu
término na dissolução da URSS, em 1991. Ao longo deste período, houve diversos
conflitos armados, como a Guerra da Coreia e do Vietname onde as superpotências
davam apoio a uma das frentes, tentando assim espalhar a sua ideologia política e
enriquecer. Ao longo da 2.ª metade do séc. XX, foram criadas diversas medidas,
tratados e organizações como a OTAN, o Pacto de Varsóvia, o Plano Marshall, a
Kominform e a COMECON.
Foi utilizada uma metodologia baseada na pesquisa por subtópicos e depois na escrita
resumida da pesquisa efetuada.
Neste trabalho, a dificuldade mais sentida foi a organização por causa da
grande quantidade de testes e outros trabalhos.

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BIBLIOGRAFIA:
TAVARES, Adérito, et alli, História nove, 2017, Raiz editora, 5.ª edição
OLIVEIRA, Ana R., et alli, O fio d História, 2017, Texto, 1.º edição

W EBGRAFIA:
https://www.suapesquisa.com/guerrafria/plano_marshall.htm, consultado a 27-
05-2018
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Fria, consultado a 22-05-2018
http://www.sohistoria.com.br/ef2/guerrafria/, consultado a 27-05-2018
https://www.suapesquisa.com/guerrafria/, consultado a 23-05-2018
http://guerra-fria.info/o-que-foi-a-guerra-fria.html, consultado a 27-05-2018

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