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02/08/16 - terça-feira

08/08/16 - segunda-feira
FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO – Lei 11.101/2005
CF – artigos 1º, 3º e 170.

Sujeitos
Art. 1º.
Empresário e sociedade empresária.
Empresário: art. 966 do CC. Rural: art. 970.
Sociedade empresária: art. 981.
Para pedir recuperação, tem que estar regular. Porém, para sofrer falência, não.

Art. 2º. Esta lei não se aplica:


- Empresa pública e sociedade de economia mista: são compostas por capital público,
portanto, não vão à falência;
- Instituições financeiras públicas e privadas: Lei 4.595/64 dispõe que não pode haver
falência. A Lei 6.024/74 dispõe que pode haver falência, passando antes por uma liquidação,
onde o BACEN interfere e nomeia um interventor. Se o patrimônio do banco for inferior a 50%
do crédito quirografário, será decretada a falência;
- Cooperativas de crédito: Lei 5.764/71, art. 1.093 a 1.096 do CC e Lei 4.595/64. Não
têm fins lucrativos, por isso não pode haver falência. Somente pode haver intervenção do
BACEN;
- Consórcio: Lei 8.177/91. São controlados pelo BACEN e podem sofrer falência;
- Previdência complementar: art. 202, CF e LC 109/01. Pode ser aberta (art. 36:
qualquer um pode abrir – BrasilPrev, ItaúPrev) ou fechada (art. 31: somente profissionais da
área podem abrir – OABPrev). Somente as abertas poderão sofrer falência;
- Plano de saúde – são regulamentados pela ANS. Lei 9.656/98 e Lei 9.961/00. Podem
falir mediante requerimento da ANS;
- Seguradora: Decreto-lei 73/66 e Decreto Federal 60.459/67. São regulamentados
pela SUSEP. Não cabe falência, mas haverá intervenção da SUSEP. Se o patrimônio não suporta
50% do crédito quirografário, será decretada a falência;
- Planos de capitalização: Lei 10.190/01. São controlados pela SUSEP. Pode sofrer
falência;
- Outras entidades similares. Ex.: 7.565/86 – Código Aeronáutico – empresas aéreas
podem pedir recuperação judicial.
Todas elas prestam serviços públicos.
Art. 2º c/c art. 197. Enquanto não sobrevierem novas leis que regulamentam sobre o
assunto, permanecerão as existentes. As existentes regulamentam sobre todas essas
entidades, por isso há bancos, consórcios, planos de saúde, etc. falidos.

Art. 3º. Competência judicial: local do principal estabelecimento ou da filial com sede
no exterior.
09/08/16 - terça-feira
Disposições gerais
São comuns tanto para a falência, quando para a recuperação judicial.

Art. 5º. Não são exigíveis na falência e na recuperação:


- obrigações a título gratuito;
- despesas que os credores fizerem para tomar parte no processo, salvo custas em
litígio com o devedor.

Art. 6º. Consequências oriundas da:


- sentença de falência;
- decisão que defere o processamento da recuperação.
As consequências são a suspensão da prescrição, das outras ações e execuções
propostas pelo credor em face do devedor. Isso se estende aos sócios solidários.
§1º - ações com quantia ilíquida terão prosseguimento.
§2º - é legitimo ao credor pleitear perante o administrador judicial na vara falimentar,
habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho. Porém, a
ação trabalhista deve ocorrer na Justiça do Trabalho.
§3º - os detentores das ações trabalhistas e ilíquidas poderão fazer pedido de reserva
frente ao juízo de origem que, por sua vez, comunicará ao juízo falimentar para que se faça a
reserva. Uma vez configurado o crédito, poderá receber.
§4º - prazo de suspensão: máximo de 180 dias contados do deferimento da
recuperação. STJ decidiu que esse prazo não é absoluto.
§5º - os créditos trabalhistas poderão ser concluídos após o fim do prazo de 180 dias.
§6º - qualquer ação proposta contra o devedor em recuperação ou falência deverá ser
comunicada ao juízo da recuperação ou falimentar. A comunicação será feita:
- pelo juiz competente, quando do recebimento da petição inicial;
- pelo devedor, imediatamente após a citação.
§7º - na recuperação, crédito fiscal (oriundo de tributos) não se suspende, salvo se
houver parcelamento em favor do devedor.
§8º - a distribuição do pedido de falência ou recuperação previne a jurisdição para
qualquer outro pedido de recuperação judicial ou de falência, relativo ao mesmo devedor.
16/08/16 - terça-feira

22/08/16 - segunda-feira
Administrador judicial
Auxiliar do juiz.
Regras: art. 21 a 25.
Escolha: preferencialmente 4 profissões – advogado, contador, economista e
administrador de empresas. Uma pessoa jurídica especializada também poderá ser nomeada.
Atribuições: fiscalização na recuperação e administração na falência.
Responsabilidade: caso não cumpra as atribuições, será destituído e o juiz nomeará
outro. Também poderá ser responsabilizado financeiramente pelos danos que causar.
Remuneração: não excederá 5% do valor devido.
Comitê de credores
Art. 26.
Representação.
Órgão facultativo.
Representado por classes.
Sem remuneração.
Composição:
- credores trabalhistas (2);
- credores com direitos reais ou privilégios especiais (2);
- credores quirografários ou com privilégios gerais (2);
- credores de microempresas ou pequeno porte (2).
Atribuições: art. 27.
- fiscalizar;
- examinar contas;
- zelar pelo bom andamento do processo;
- requerer convocação da Assembleia Geral de Credores;
- etc.

Impedimento do administrador ou membro do comitê


Art. 30.
Quem nos últimos 5 anos teve contas desaprovadas ou não as apresentou.
Regras de parentesco, inimizade, amizade, dependência.

Destituição
Art. 31.

Responsabilidade
Art. 32.
No caso de dolo ou culpa.

Assembleia Geral de Credores


Art. 35.
Deliberação sobre temas coletivos dos credores.
Quem convoca é o juiz.

..................

30/08/16 - terça-feira
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Art. 47.
Objetivo: viabilizar a superação da crise, manter a fonte produtora, o emprego dos
trabalhadores, o interesse dos credores, preservando a empresa, sua função social e o
estímulo à atividade econômica.
Art. 48.
Para ser sujeito ativo na recuperação – requisitos cumulativos:
- Todo o devedor que estiver regular há mais de 2 anos;
- Não ser falido (só pode voltar a exercer a atividade se as obrigações forem extintas);
- Não ter há menos de 5 anos obtido concessão de recuperação judicial;
- Idem acima com base no plano especial (para micro e pequenas empresas);
- Não ter sido condenado ou pessoa condenada por qualquer crime previsto nessa lei.
*Pode ser o cônjuge sobrevivente, o herdeiro, o inventariante ou sócio remanescente.
*Fazenda que se torna pessoa jurídica deve cadastrar-se no órgão competente para
postular recuperação.

Art. 49.
Submetem-se à RJ todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não
vencidos.
- conservação dos direitos de regresso;
- condições originais das obrigações anteriores permanecerão intactas, salvo se outro
modo diverso se apresentar no plano;
- não se submetem à RJ quatro tipos de contratos: alienação fiduciária, arrendamento
mercantil, compra e venda com reserva de domínio e promessa de compra e venda cujos
respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade. Durante
180 dias não poderá exigir a retirada do bem se for essencial à atividade do devedor;
- não se submeterão os contratos do art. 86, II (Lei 4.728/65 – adiantamento de
contrato de câmbio);
- créditos com garantia serão renovados ou substituídos e o valor pago permanecerá
em conta vinculada ao juízo.

Art. 50.
Meios de recuperação, rol exemplificativo.

Pedido e processamento da recuperação judicial


Art. 50.
Petição inicial + documentos probatórios da sua condição.
Fatos e fundamentos.
Documentos contábeis, relação de credores, relação de empregados, bens dos sócios,
extratos bancários, certidão da junta comercial e cartórios, relação de todas ações que figure
como parte.

Art. 52.
Estando em termos a petição inicial, o juiz defere o processamento da RJ e:
- nomeia administrador judicial;
- determina a dispensa da apresentação de certidões negativas por parte do devedor;
- ordena a suspensão de todas as ações e execuções em face do devedor;
- ordena a prestação de contas mensais por parte do devedor;
- ordena a intimação do MP e comunicação das Fazendas Públicas (federal, estadual,
municipal).
Tudo isso é publicado em edital no diário da justiça.
Fixado prazo para habilitação do crédito.
A partir daí os credores podem pedir a realização da Assembleia para escolher os
membros do comitê.
Devedor é quem comunica as suspensões.
A partir daí o devedor não pode desistir da RJ, somente se a Assembleia autorizar.
05/09/16 – segunda-feira
Do plano de negociação judicial
Art. 53.
O devedor terá que apresentar seu plano no prazo de 60 dias, sob pena de conversão
em falência.
No plano deve constar:
- discriminação dos meios de recuperação a serem empregados;
- demonstração da viabilidade econômica;
- laudo técnico dos bens.
O plano será encaminhado ao juiz que mandará publicar um segundo edital
informando os credores sobre o plano.

Art. 54.
Limitação quanto ao pagamento. Os créditos trabalhistas e de acidente do trabalho
deverão estar quitados no prazo de um ano contado da aprovação do plano.
Parágrafo único. O devedor terá que quitar, no prazo de 30 dias, os salários dos
trabalhadores – até 5 salários mínimos do trabalhador dos três últimos meses trabalhados
antes do pedido.

Art. 55.
Os credores terão 30 dias para apresentar objeção referente ao plano.
Os 30 dias para objeção serão contados a partir:
- do primeiro edital (art. 52) se o plano foi apresentado junto com a inicial;
- do segundo edital (art. 53) se o plano foi apresentado após a inicial.

Art. 56.
Juiz convoca a Assembleia Geral de Credores para analisar o plano caso haja objeção –
até 150 dias contados do deferimento do processamento.
Soluções:
- aprovado sem alteração – expressa (art. 45) ou tácita (quando houver preclusão do
direito de objeção);
- aprovado com alterações (em Assembleia – art. 45);
- rejeitado – decreta a falência.

Art. 57.
Aprovado o plano, o devedor deve trazer aos autos certidões negativas de débitos
tributários.
Art. 58.
Cumpridas a exigências e aprovado o plano, o juiz defer3e a recuperação judicial.
Parágrafo primeiro. Quórum alternativo para a recuperação caso o devedor não tenha
conseguido aprovação no quórum do art. 45.
Requisitos:
50% + 1 dos créditos presentes;
4 classes – 2 aprovaram; 3 classes – 2 aprovaram, 2 classes – 1 aprovar;
+ de 1/3 dos créditos dependendo dos credores ou da origem.

Art. 59.
Aprovado o plano, esse passa a ter um critério de novação.
Tem força de título judicial, que pode ser cobrado via cumprimento de sentença.
Recurso cabível: agravo.

Art. 60.
Se o plano envolver alienação de filiais ou unidades produtivas, haverá a realização
(nos termos do art. 142) leilão, proposta ou pregão.
Quem comprar não será sucessor nas dívidas.

Art. 61.
Deferida a recuperação, haverá um vínculo do devedor ao judiciário por até 2 anos
contados da concessão.
Se houver o cumprimento das obrigações assumidas em até 2 anos, o juiz dá uma
sentença de encerramento da recuperação.
Se houver descumprimento antes de 2 anos, o juiz converte a recuperação em falência
(nesse caso as obrigações voltam ao estado original, abatendo-se eventual pagamento ao
longo desse período).
Se houver descumprimento após 2 anos, credor escolhe entre cumprimento de
sentença ou falência. Nesse caso vale a novação.

Art. 63.
Sentença de encerramento, determinando o pagamento do saldo de honorários do
administrador judicial.
06/09/16 - terça-feira
Art. 64.
Regra –

Art. 67.
Créditos posteriores a recuperação judicial serão considerados extraconcursais no caso
de conversão em falência.
Os créditos quirografários em contratos de continuação, essa continuação será
considerada privilégio geral de recebimento em caso de decretação de falência.

Art. 68
Estímulo ao parcelamento tributário.
As fazendas públicas + INSS procurarão parcelar os créditos frente aos devedores.
Micro e pequeno empresário: acréscimo de 20%.

Art. 69.
A partir da recuperação, o devedor deve acrescentar ao nome comercial a
denominação “em recuperação judicial”, bem como em todos os atos, contratos e
documentos.

Plano especial de recuperação judicial – micro e pequeno empreendedor


Art. 70-72.
Procedimento
Petição inicial + documentos.
Condições:
Abrange todos os créditos existentes na data do pedido (exceto os créditos oficiais e
art. 49, §§3º e 4º);
Haverá parcelamento até 36x mensais iguais, consecutivas + juros, taxa SELIC;
Primeiro pagamento em 180 contados da distribuição do pedido;
Autorização judicial para aumentar despesa ou contratar empregados.
13/09/16 - terça-feira
Convolação – recuperação judicial em falência
Art. 73.
- deliberação da Assembleia Geral de Credores;
- não apresentação do plano no prazo;
- rejeição do plano pela Assembleia;
- descumprimento das obrigações assumidas no plano;
Obs.: É possível ação de falência por descumprimento de obrigação diversa da
recuperação (art. 94).

Art. 74.
Os atos praticados durante a recuperação serão considerados válidos no caso de
conversão.

Recuperação extrajudicial
Art. 161-167.
O devedor que preencher a regra do art. 48 poderá negociar com os credores um
plano de recuperação extrajudicial.
Credores submetidos: todos. Exceção: crédito trabalhista + acidente de trabalho;
crédito fiscal; créditos descritos no art. 49, §3º e 86, II.
Obs.: não pode haver antecipação de pagamento e tratamento desfavorável a
credores não sujeitos ao plano.
O devedor não poderá pedir RE se pendente pedido de RJ ou tiver obtido RJ ou RE há
menos de 2 anos.
Não acarreta suspensão de direitos, ações e execuções dos credores não sujeitos.
Após a distribuição do pedido, o credor signatário não pode desistir da participação na
recuperação, salvo anuência dos demais.
A sentença de homologação tem força de título executivo judicial.

Art. 162.
Recuperação facultativa ou voluntária
Participam apenas os credores que aderiram.

Art. 163.
Recuperação obrigatória ou vinculada
Atinge todos daquela classe, se obtida a adesão de mais de 3/5 dos créditos daquela
classe.

O devedor deve apresentar petição inicial (fatos + fundamentos + exposição


patrimonial + documentação contábil + comprovação de que os credores têm poderes para
novar ou transigir).

Procedimento – art. 164


O devedor apresenta a petição, que vai para o juiz.
Juiz determina a publicação de edital contendo a pretensão do devedor (publicado no
Diário da Justiça, jornais locais e de grande circulação).
Prazo de 30 dias para impugnação.
Edital permite que os credores façam impugnação ao plano apresentado.
As matérias de argumentação estão no §3º.
O devedor tem 5 dias para defesa.
Vai para o juiz que tem 5 dias para decidir: homologa ou rejeita.
Cabe apelação sem efeito suspensivo.

Art. 165.
O plano homologado tem efeito ex nunc.
§1º - ex tunc.

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