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08/08/16 - segunda-feira
FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO – Lei 11.101/2005
CF – artigos 1º, 3º e 170.
Sujeitos
Art. 1º.
Empresário e sociedade empresária.
Empresário: art. 966 do CC. Rural: art. 970.
Sociedade empresária: art. 981.
Para pedir recuperação, tem que estar regular. Porém, para sofrer falência, não.
Art. 3º. Competência judicial: local do principal estabelecimento ou da filial com sede
no exterior.
09/08/16 - terça-feira
Disposições gerais
São comuns tanto para a falência, quando para a recuperação judicial.
22/08/16 - segunda-feira
Administrador judicial
Auxiliar do juiz.
Regras: art. 21 a 25.
Escolha: preferencialmente 4 profissões – advogado, contador, economista e
administrador de empresas. Uma pessoa jurídica especializada também poderá ser nomeada.
Atribuições: fiscalização na recuperação e administração na falência.
Responsabilidade: caso não cumpra as atribuições, será destituído e o juiz nomeará
outro. Também poderá ser responsabilizado financeiramente pelos danos que causar.
Remuneração: não excederá 5% do valor devido.
Comitê de credores
Art. 26.
Representação.
Órgão facultativo.
Representado por classes.
Sem remuneração.
Composição:
- credores trabalhistas (2);
- credores com direitos reais ou privilégios especiais (2);
- credores quirografários ou com privilégios gerais (2);
- credores de microempresas ou pequeno porte (2).
Atribuições: art. 27.
- fiscalizar;
- examinar contas;
- zelar pelo bom andamento do processo;
- requerer convocação da Assembleia Geral de Credores;
- etc.
Destituição
Art. 31.
Responsabilidade
Art. 32.
No caso de dolo ou culpa.
..................
30/08/16 - terça-feira
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Art. 47.
Objetivo: viabilizar a superação da crise, manter a fonte produtora, o emprego dos
trabalhadores, o interesse dos credores, preservando a empresa, sua função social e o
estímulo à atividade econômica.
Art. 48.
Para ser sujeito ativo na recuperação – requisitos cumulativos:
- Todo o devedor que estiver regular há mais de 2 anos;
- Não ser falido (só pode voltar a exercer a atividade se as obrigações forem extintas);
- Não ter há menos de 5 anos obtido concessão de recuperação judicial;
- Idem acima com base no plano especial (para micro e pequenas empresas);
- Não ter sido condenado ou pessoa condenada por qualquer crime previsto nessa lei.
*Pode ser o cônjuge sobrevivente, o herdeiro, o inventariante ou sócio remanescente.
*Fazenda que se torna pessoa jurídica deve cadastrar-se no órgão competente para
postular recuperação.
Art. 49.
Submetem-se à RJ todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não
vencidos.
- conservação dos direitos de regresso;
- condições originais das obrigações anteriores permanecerão intactas, salvo se outro
modo diverso se apresentar no plano;
- não se submetem à RJ quatro tipos de contratos: alienação fiduciária, arrendamento
mercantil, compra e venda com reserva de domínio e promessa de compra e venda cujos
respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade. Durante
180 dias não poderá exigir a retirada do bem se for essencial à atividade do devedor;
- não se submeterão os contratos do art. 86, II (Lei 4.728/65 – adiantamento de
contrato de câmbio);
- créditos com garantia serão renovados ou substituídos e o valor pago permanecerá
em conta vinculada ao juízo.
Art. 50.
Meios de recuperação, rol exemplificativo.
Art. 52.
Estando em termos a petição inicial, o juiz defere o processamento da RJ e:
- nomeia administrador judicial;
- determina a dispensa da apresentação de certidões negativas por parte do devedor;
- ordena a suspensão de todas as ações e execuções em face do devedor;
- ordena a prestação de contas mensais por parte do devedor;
- ordena a intimação do MP e comunicação das Fazendas Públicas (federal, estadual,
municipal).
Tudo isso é publicado em edital no diário da justiça.
Fixado prazo para habilitação do crédito.
A partir daí os credores podem pedir a realização da Assembleia para escolher os
membros do comitê.
Devedor é quem comunica as suspensões.
A partir daí o devedor não pode desistir da RJ, somente se a Assembleia autorizar.
05/09/16 – segunda-feira
Do plano de negociação judicial
Art. 53.
O devedor terá que apresentar seu plano no prazo de 60 dias, sob pena de conversão
em falência.
No plano deve constar:
- discriminação dos meios de recuperação a serem empregados;
- demonstração da viabilidade econômica;
- laudo técnico dos bens.
O plano será encaminhado ao juiz que mandará publicar um segundo edital
informando os credores sobre o plano.
Art. 54.
Limitação quanto ao pagamento. Os créditos trabalhistas e de acidente do trabalho
deverão estar quitados no prazo de um ano contado da aprovação do plano.
Parágrafo único. O devedor terá que quitar, no prazo de 30 dias, os salários dos
trabalhadores – até 5 salários mínimos do trabalhador dos três últimos meses trabalhados
antes do pedido.
Art. 55.
Os credores terão 30 dias para apresentar objeção referente ao plano.
Os 30 dias para objeção serão contados a partir:
- do primeiro edital (art. 52) se o plano foi apresentado junto com a inicial;
- do segundo edital (art. 53) se o plano foi apresentado após a inicial.
Art. 56.
Juiz convoca a Assembleia Geral de Credores para analisar o plano caso haja objeção –
até 150 dias contados do deferimento do processamento.
Soluções:
- aprovado sem alteração – expressa (art. 45) ou tácita (quando houver preclusão do
direito de objeção);
- aprovado com alterações (em Assembleia – art. 45);
- rejeitado – decreta a falência.
Art. 57.
Aprovado o plano, o devedor deve trazer aos autos certidões negativas de débitos
tributários.
Art. 58.
Cumpridas a exigências e aprovado o plano, o juiz defer3e a recuperação judicial.
Parágrafo primeiro. Quórum alternativo para a recuperação caso o devedor não tenha
conseguido aprovação no quórum do art. 45.
Requisitos:
50% + 1 dos créditos presentes;
4 classes – 2 aprovaram; 3 classes – 2 aprovaram, 2 classes – 1 aprovar;
+ de 1/3 dos créditos dependendo dos credores ou da origem.
Art. 59.
Aprovado o plano, esse passa a ter um critério de novação.
Tem força de título judicial, que pode ser cobrado via cumprimento de sentença.
Recurso cabível: agravo.
Art. 60.
Se o plano envolver alienação de filiais ou unidades produtivas, haverá a realização
(nos termos do art. 142) leilão, proposta ou pregão.
Quem comprar não será sucessor nas dívidas.
Art. 61.
Deferida a recuperação, haverá um vínculo do devedor ao judiciário por até 2 anos
contados da concessão.
Se houver o cumprimento das obrigações assumidas em até 2 anos, o juiz dá uma
sentença de encerramento da recuperação.
Se houver descumprimento antes de 2 anos, o juiz converte a recuperação em falência
(nesse caso as obrigações voltam ao estado original, abatendo-se eventual pagamento ao
longo desse período).
Se houver descumprimento após 2 anos, credor escolhe entre cumprimento de
sentença ou falência. Nesse caso vale a novação.
Art. 63.
Sentença de encerramento, determinando o pagamento do saldo de honorários do
administrador judicial.
06/09/16 - terça-feira
Art. 64.
Regra –
Art. 67.
Créditos posteriores a recuperação judicial serão considerados extraconcursais no caso
de conversão em falência.
Os créditos quirografários em contratos de continuação, essa continuação será
considerada privilégio geral de recebimento em caso de decretação de falência.
Art. 68
Estímulo ao parcelamento tributário.
As fazendas públicas + INSS procurarão parcelar os créditos frente aos devedores.
Micro e pequeno empresário: acréscimo de 20%.
Art. 69.
A partir da recuperação, o devedor deve acrescentar ao nome comercial a
denominação “em recuperação judicial”, bem como em todos os atos, contratos e
documentos.
Art. 74.
Os atos praticados durante a recuperação serão considerados válidos no caso de
conversão.
Recuperação extrajudicial
Art. 161-167.
O devedor que preencher a regra do art. 48 poderá negociar com os credores um
plano de recuperação extrajudicial.
Credores submetidos: todos. Exceção: crédito trabalhista + acidente de trabalho;
crédito fiscal; créditos descritos no art. 49, §3º e 86, II.
Obs.: não pode haver antecipação de pagamento e tratamento desfavorável a
credores não sujeitos ao plano.
O devedor não poderá pedir RE se pendente pedido de RJ ou tiver obtido RJ ou RE há
menos de 2 anos.
Não acarreta suspensão de direitos, ações e execuções dos credores não sujeitos.
Após a distribuição do pedido, o credor signatário não pode desistir da participação na
recuperação, salvo anuência dos demais.
A sentença de homologação tem força de título executivo judicial.
Art. 162.
Recuperação facultativa ou voluntária
Participam apenas os credores que aderiram.
Art. 163.
Recuperação obrigatória ou vinculada
Atinge todos daquela classe, se obtida a adesão de mais de 3/5 dos créditos daquela
classe.
Art. 165.
O plano homologado tem efeito ex nunc.
§1º - ex tunc.