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FUNDAMENTOS DE
ELETRÔNICA
GOVERNADOR VALADARES
2012
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior
FUNDAMENTOS DE ELETRÔNICA
Elaboração
GOVERNADOR VALADARES
2012
© 2012. SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais
SENAI/MG
Centro de Formação Profissional “Luiz Chaves”
Ficha Catalográfica
SENAI FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Av. do Contorno, 4456
Industrial Bairro Funcionários
Departamento Regional de Minas 30110-916 – Belo Horizonte
Gerais Minas Gerais
SUMÁRIO
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade,
responder às suas demandas de informações e construir links entre os diversos
conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
7
A partir desse conceito podemos então definir:
- CONDUTOR: material que possui grande quantidade de elétrons
livres.
- ISOLANTE: material que possui pouca ou nenhuma quantidade de
elétrons livres.
- SEMICONDUTOR: existem certos materiais, com moléculas
especiais, que se situam entre os dois grupos e não são nem bons
condutores, nem bons isolantes, chamam-se semicondutores, pois
possuem elétrons livres, mas em pequena quantidade. Destes
materiais os mais conhecidos são: o Germânio (Ge) e o Silício (Si).
Estrutura cristalina
8
lacuna. Verifica-se que essa lacuna, ou seja, uma carga negativa faltante na
ligação da rede, também pode ser considerada como uma partícula autônoma,
carregada positivamente.
Existem, pois, com a introdução de calor, elétrons livres e lacunas de
igual número, e ambas as espécies de portadores contribuem para a
condutividade do semicondutor.
Semicondutor extrínseco
Dopagem do semicondutor
9
Dopagem em tipo N (cristal N)
Figura 02
Figura 03
Exercícios
01 – O que são materiais semicondutores?
10
02 – Qual é o número de elétrons da última camada energética dos materiais
semicondutores?
04 – O que é dopagem?
06 – O que é material N?
09 – O que é cristal P?
11
2 – Diodo de Junção
2.1 – Junção PN
Se unirmos cristais do tipo P a cristais do tipo N, de maneira a
constituirmos um cristal único (junção na qual é mantida a continuidade da
estrutura cristalina), esta junção será denominada de JUNÇÃO PN ou DIODO
DE JUNÇÃO.
Observações:
Nos elementos tipo N, os elétrons livres serão denominados portadores
majoritários de carga, existindo também nesses elementos os portadores
minoritários de carga que são as lacunas.
Nos elementos tipo P, as lacunas serão denominadas portadores
majoritários de carga, existindo também nesses elementos os portadores
minoritários de carga que são os elétrons.
Figura 04 – Junção PN
12
terminais da junção, de tal forma que o pólo positivo está ligado ao material N,
e o negativo ao material P. Assim, os portadores majoritários são atraídos pela
bateria, ou seja, as lacunas do material P são atraídas pelo pólo negativo da
bateria e os elétrons do material N pelo positivo.
Como estes portadores se afastam da junção, a largura da barreira de
potencial é aumentada, e quando a força de resistência do campo da barreira
se iguala à da tensão aplicada, surge uma nova condição de equilíbrio, pois,
nestas condições, os campos internos (da barreira) e externos (da tensão
aplicada) somam-se; onde com a barreira aumentada, não pode haver fluxo de
corrente, pois a barreira age como se fosse um isolante.
13
corrente agora flui através da junção. E esta corrente aumenta rapidamente
com somente um pequeno aumento adicional na tensão.
Até agora tínhamos visto, para efeito de explicação, um modelo teórico
onde destacávamos os materiais P e N e os portadores de cargas. No entanto,
nos circuitos usamos uma representação simbólica, como indicado na figura
07.
14
Condução no diodo real
15
2.4 – Características e propriedades do diodo
A figura 10 representa a curva característica de um diodo, com
polarização direta e reserva.
16
apresenta alguma distorção, devido ao fato de que a característica do diodo
não é linear nesta região, (figura 11).
Figura 11
Figura 12
Corrente de condução ( If )
Tensão reversa ( Vr )
17
Corrente máxima de condução
18
- Máxima classificação e características elétricas
19
Resistência dinâmica
Exercícios
01 – Quais são as pastilhas que compõem um diodo semicondutor?
20
05 – Qual é a tensão típica da barreira de potencial nos diodos?
a) de silício:
b) de germânio:
21
15 – Que fatores diferenciam o diodo real do diodo ideal, no sentido de
condução?
19 – Que conclusão pode ser retirada a partir das tensões e correntes nos dois
pontos (“a” e “b”) da curva característica abaixo:
21 – Que conclusão pode ser retirada a partir das tensões e correntes nos dois
pontos (“a” e “b”) da curva característica abaixo:
22
23 – Que valores elétricos são importantes em um diodo semicondutor?
23
b)
24
3 – Retificadores
3.1 – Retificação de ½ Onda
A retificação de meia onda é um processo de transformação de CA em
CC que permite o aproveitamento de apenas um semiciclo da tensão de
entrada na carga, (figura 13).
1 ciclo
TENSÃO NA
CIRCUITO RETIFICADOR CARGA
ENTRADA DE MEIA ONDA
Funcionamento
Primeiro semiciclo
Figura 14
Figura 15
25
O valor de pico de tensão sobre a carga é menor que o valor de pico da
tensão da entrada, porque o diodo, durante a condução, apresenta uma
pequena queda de tensão Vd (0,7V para o silício e 0,3V para o germânio).
Entretanto, na maioria dos casos, a queda de tensão sobre o diodo pode ser
desprezada porque o seu valor é muito pequeno em relação ao valor total do
pico de tensão sobre a carga.
Segundo semiciclo
Figura 16
Figura 17
26
Tensão na
entrada
Tensão no
Diodo
Tensão na
carga
Tensão de saída
27
Tensão Média
VP Vd
VDC
Corrente de saída
I média
28
Inconvenientes da retificação de meia onda
Exercícios
01 – O que é retificação?
29
06 – Desenhe o símbolo dos diodos nas retificações abaixo.
V VD
08 – Para que serve a equação P ?
30
13 – Uma fonte CC apresenta uma CA na saída. O possível defeito é:
a) fusível queimado
b) diodo aberto
c) primário do transformador aberto
d) diodo em curto
e) nenhuma delas
31
3.2 – Retificação de onda completa
É um processo de conversão de corrente alternada em corrente contínua
que faz o aproveitamento dos dois semiciclos da tensão de entrada, (figura 21).
1 ciclo
TENSÃO NA
CIRCUITO RETIFICADOR CARGA
ENTRADA DE ONDA COMPLETA
32
Funcionamento
Tensão na entrada
Tensão no
Diodo D1
Tensão no
Diodo D2
Tensão na carga
Figura 23
V V
Vcc 2 P D desconsiderando Vd têm-se:
2.VP
Vcc como VP VCA . 2
2.VCA. 2 2
Vcc simplificando: têm-se:
33
Corrente de saída
Figura 24
Figura 25
Funcionamento
Primeiro Semiciclo
Considerando a tensão positiva no terminal de entrada superior,
teremos:
34
Segundo Semiciclo
Figura 26
Tensão de Saída
Tensão CC média
2.VP
na saída Vcc
35
Figura 27
Figura 28
Corrente de saída
Exercícios
01 – O que significa a expressão “retificação de onda completa”?
36
04 – Desenhe os diodos no circuito abaixo de forma que a polaridade da
tensão sobre a carga seja conforme a indicada.
37
entrada (VCA) saída (Vdc) carga (RL) na carga (Idc)
12V 1 ,5 KΩ
18V 43mA
27 0Ω 130mA
6V 8m A
38
13 – Defina em que situações pode ser aplicadas cada uma das equações
abaixo:
V 2VD
a) VDC 2 P b) VDC VCA 0,9
39
17 – O que acontece na saída de uma fonte retificadora de onda completa se
um dos diodos abrir?
18 – Que providência se deve tomar antes de substituir um fusível rompido em
um circuito eletrônico?
40
4 – F i l t ro s
Uma tensão alternada, após ser retificada, reduz-se a uma tensão
contínua pulsativa, ou seja, ainda guarda em si as ondulações da CA. Contudo,
a corrente contínua (CC) que desejamos não pode conter tais ondulações, e
para melhorar a retificação a fim de minimizar o efeito destas ondulações,
utilizamos um circuito com filtro (figura 29).
Figura 31
41
A tensão de saída com o capacitor é mostrada na figura 32.
Figura 32
Figura 33
Vond PP Vp VMIN
42
Figura 34
Figura 35
Figura 36
Essa figura mostra Vdc (um sinal contínuo e constante) somado a uma
senoide.
Medindo esta tensão com o voltímetro DC, obteríamos o valor médio ou
contínuo, isto é, Vdc. Se medirmos essa mesma tensão com um voltímetro AC,
mediríamos somente o valor eficaz da senóide, que é a ondulação indesejável.
Vond PP Vond PP
r% 100
2 2
r
2 2
Vdc Vdc
43
Filtro capacitivo em onda completa
Figura 37
Figura 38
Figura 39
44
O valor contínuo ou Vdc é dado por: E a tensão de ondulação pico-a-pico é:
1 I ( A)
VDC VP Vond PP Vond PP MAX (V )
2 C f ( F )( Hz )
Exercícios
01 – Qual a finalidade de um filtro em uma fonte de alimentação?
45
12 – Tomando como base o circuito retificador a seguir (circuito padrão)
determine se a ondulação nos circuitos seguintes é maior ou menor que no
circuito padrão.
46
5 – Outros tipos de diodos
Diodo emissor de luz - LED
47
LED bicolor
LED infra-vermelho
Fotodiodo
-Tensão direta nominal (Vf): Especificação que define a queda de tensão típica
do diodo no sentido de condução. A queda de tensão nominal (Vf) ocorre no
componente quando a corrente direta tem valor nominal (If).
48
- Tensão reversa máxima (Vr): Especificação que determina o valor máximo de
tensão que o LED suporta no sentido inverso sem sofrer ruptura. A tensão
inversa máxima dos LED’s é pequena, da ordem de 5V.
Dimensionamento de Circuito
V V VLED
R RS
I I
Diodo Zener
49
Através da curva característica do diodo zener é possível notar que,
quando diretamente polarizado, o diodo zener tem seu funcionamento idêntico
a um diodo comum, porém, ao trabalharmos na região reversa com corrente
maior que iz min e menor que Iz máx, a tensão no diodo permanecerá
praticamente constante. Esta característica do diodo zener permite que o
mesmo seja utilizado como regulador de tensão, pois para qualquer variação
de tensão de entrada no circuito, a tensão sobre o componente permanecerá a
mesma.
Veja abaixo a simbologia adotada para o diodo Zener, (figura 47).
50
Iz máx = Pz
Vz
O valor de Iz mínimo é definido como 10% do valor de Iz máximo.
- Tolerância: a tolerância do diodo zener informa a variação que pode
existir entre o valor especificado e o valor real da tensão reversa do diodo
zener. Isto significa que um diodo zener de 12V pode ter uma tensão reversa
real, por exemplo, de 11,5V.
Exercícios
01 – Qual é a característica fundamental de um diodo LED?
51
14 – Qual é a equação da potência zener?
52
a) 10V 1W
b) 6V 0,4W
c) 12V 10W
53
6 – Estabilização de tensão com zener
Toda fonte de tensão apresenta variações na tensão de saída, tanto em
função do consumo de corrente imposto pela carga quanto pelas mudanças na
tensão de entrada. Para solucionarmos este problema podemos utilizar uma
fonte de tensão estabilizada, obtida a partir de um circuito retificador, utilizando
na saída um estágio de regulação de tensão com um diodo zener, (figura 48).
Exercícios
01 – Com relação ao circuito abaixo, qual a tensão sobre a carga (VRL) e sobre
RS (VRS) se a tensão de entrada (Vi) e a tensão zener forem:
54
a) Vi = 9V; Vz = 6V c) Vi = 5V; Vz = 3V
b) Vi = 25V; Vz = 15V d) Vi = 10V; Vz = 15V
55
07 – Com base nas respostas da questão 06, assinale V (verdadeira) ou F
(falsa) cada uma das afirmativas que seguem.
( ) A tensão sobre RS varia quando a tensão de entrada se altera.
( ) A tensão sobre a carga é diferente da tensão sobre o zener.
( ) A potência do diodo zener não é atingida, de forma que o diodo zener não
corre o risco de ser danificado por sobre aquecimento.
( ) A queda de tensão em RS é dada por VRS = Vi – Vz.
( ) A corrente no zener pode ser encontrada através da equação Iz = IRS –
IRL
14 – Nas situações das questões 11, 12 e 13, a potência zener máxima foi
atingida?
56
* As questões de 15 a 17 se referem ao circuito apresentado a seguir:
Tabela E-12: 10, 12, 15, 18, 22, 27, 33, 39, 47, 56, 68, 82
Potência para resistores: 1/8 – ¼ – ½ – 1,0 – 2,0 – 3,0 – 5,0 – 10 – 20W
57
7 – Transistor bipolar de junção (TJB)
Os transistores são muito mais utilizados e de funções mais complexas
se comparados com os diodos de junção. Seu uso vai desde amplificação de
sinais até a lógica digital.
O nome transistor bipolar reflete do fato que o fluxo de corrente nestes
elementos é direcional, ou seja, uma parte é formada por elétrons e outra por
lacunas. Outro fato curioso está na morfologia da palavra transistor: o prefixo
TRANS vem da palavra inglesa TRANSFER e o sufixo SISTOR de RESISTOR.
Combinando ambas, temos algo semelhante a resistor de transferência. À
medida que aprofundarmos no estudo do dispositivo, mostraremos esta
característica fundamental.
Enfim, o transistor de junção (que fora desenvolvido no início da década
de 50) revolucionou a tecnologia até alcançar o estágio atual. Para se ter uma
idéia do significado da invenção do transistor, historiadores da ciência referem-
se à nossa época como a Era do Transistor!
E C E P N P C
N P N
B
B
Figura 49 - Estruturas físicas
58
Simbologia
COLETOR EMISSOR
BASE BASE
EMISSOR COLETOR
NPN PNP
Figura 50 – Simbologias
59
pois da base para o coletor ou da base para o emissor vê-se um diodo PN.
Primeiramente identificamos a polaridade do transistor e o terminal de base e
depois os terminais de coletor e emissor.
A região de emissor do transistor é mais dopada do que a região de
coletor. Essa característica é utilizada para a identificação do emissor e do
coletor, pois a tensão de condução do emissor é levemente superior a tensão
de condução do coletor. No exemplo a seguir o transistor BD135 é testado com
um multímetro digital.
60
Vamos considerar na análise um transistor NPN, porem o mesmo
procedimento poderia ser aplicado a um transistor PNP.
CAMADA DE DEPLEÇÃO
-- -- - - - -
E -- -- - - - - C
-- -- - - - -
-- -- - - - -
Figura 53
Denominação do modo de
Diodo emissor Diodo coletor
polarização
Corte Reverso Reverso
Não se aplica Reverso Direto
Ativo Direto Reverso
Saturação Direto Direto
61
Figura 54
Relação entre as correntes Ib, Ic e Ie
α = Ic e β = Ic
Ie Ib
Figura 55
62
Obs.: É freqüente o uso de HFE (índices maiúsculos) para representar o β
envolvendo Ic e Ib contínuos. Muitos se referem a ele como βcc. O βca é
representado por hfe (índices minúsculos).
BASE COMUM
EMISSOR COMUM COLETOR COMUM
Figura 56
63
Especificações básicas
Esquema do circuito
64
Figura 57
65
1ª etapa – O resistor Rc normalmente é a carga que se deseja acionar.
É imprescindível conhecer sua resistência elétrica ou a corrente de
funcionamento. Esta corrente deverá ser tida como Icsat.
2ª etapa – Podemos calcular Ib usando um beta crítico igual a 10,
IC
portanto, I b SAT
10
3ª etapa – Encontramos o valor de Rb usando a lei de Ohm, já que
sabemos que a tensão nos terminais dele deve ser Vbb – 0,7V.
Vbb 0, 7
Rb
Ib
Acionando carga com o transistor
Figura 58
Obs.:
Toda vez que um transistor chavear cargas indutivas é necessário
acrescentar um diodo, reversamente polarizado, em paralelo com a carga. Isto
porque quando a carga está sendo acionada (transistor saturado) a indutância
da carga recebe energia da fonte. Durante o desligamento (transistor indo para
o corte) ocorre a inversão da tensão nos terminais da carga (lei de Lenz) para
manter a corrente circulando no mesmo sentido. Essa tensão pode ser
suficientemente alta e destruir o diodo coletor. O diodo D faz o retorno da
corrente e dissipa a energia armazenada na indutância da carga, protegendo o
transistor.
66
7.4 – Outros transistores especiais
Fototransistor
67
Transistor multiemissor e multicoletor
Figura 61
68
Obs.:
No caso do transistor multiemissor, basta que um dos transistores tenha
o emissor colocado no terra para que todas as bases estejam em 0,7V. De
forma equivalente, se no símbolo um dos emissores vai ao terra, a base
assume 0,7V de potencial e circulam as correntes Ic e Ib correspondentes à
quantidade de emissores em condução. No caso do multicoletor é necessário
que pelo menos um dos transistores tenha o coletor em Vcc, através de Rc,
para existir Ib e Ie.
Transistor Darlington
Figura 62
Exercícios
01 – Quais são os dois tipos de transistores bipolares?
69
06 – Em que situação os transistores podem ser analisados como dois diodos
ligados em oposição?
70
71
11 – Complete o símbolo dos transistores com base nas medidas de
resistência apresentadas, considerando que os transistores estão em boas
condições.
72
12 – Identifique que defeitos apresentam os transistores abaixo, analisando as
medidas de resistência.
a)
b)
73
c)
74
19 – O que é VBE?
75
24 – Determine o valor de corrente solicitado em cada um dos itens a seguir.
IE IE IB
a) IB=45µA β=125
b) IB=1,3mA β=90
c) IB=70mA β=50
76
32 – Determine o ganho de corrente e a corrente de emissor de um transistor
sabendo que Ic=35mA e IB=530µA.
77
7.5 – Curvas características do transistor
As curvas características do transistor representam o comportamento do
dispositivo polarizado numa certa configuração.
Os manuais dos fabricantes informam de modo gráfico o comportamento
do transistor em condições de teste e que também podem ser obtidos através
de ensaios de laboratório.
Figura 63
Ic ≅ α . Ie
78
Figura 64
Na configuração emissor comum e coletor comum, a família de curvas (figura
65) é obtida pela relação:
Ic ≅ β . Ib
Figura 65
79
Figura 66
Figura 67
PCmáx=VCEmáx.ICmáx
PCmáx=VCBmáx.ICmáx
80
A figura 68 mostra a região de máxima dissipação de potência
sobreposta à família de curvas características.
Figura 68
81
do circuito podemos fixar o ponto de operação dentro da área útil de trabalho
do transistor, que pode operar no corte, saturação ou na região ativa (linear).
Na figura 69 e figura 70, temos um exemplo de pontos de operação
diferentes para um transistor operando em corte (Qc), na região ativa (Qb) e na
saturação (Qa).
82
A seguir serão apresentados os circuitos polarizadores mais comuns e a
análise desses circuitos em corrente contínua, com o objetivo de se obter as
relações que permitem determinar o ponto de operação ou dimensionar o valor
dos resistores que polarizam o transistor.
Figura 71
A seguir (figura 72) são mostrados dois circuitos na configuração base
comum. O primeiro circuito tem somente uma fonte de tensão contínua para a
polarização do transistor, que tem a base ligada ao divisor de tensão, que fixa
as tensões entre base-emissor e base-coletor de modo adequado. Ao lado, um
circuito idêntico ao primeiro apresentado, porém em outra posição.
Figura 72
83
Análise do circuito base comum
Figura 73
Ic ≅ α . Ie
84
Para representar a reta num plano cartesiano, devemos conhecer dois
de seus pontos obtidos a partir da equação.
Para IC = 0 → VBC = VCC e Para VBC = 0 → IC = VCC
RC
Figura 74
Figura 75
85
Análise do circuito emissor comum
Figura 76
Ic ≅ β . Ib
86
IC = VCC – VCE
RC
Figura 77
Portanto, para IB ≅ 0:
87
IE ≅ VCC – VBE
RE
RE = VCC – VBE
IE
Figura 78
88
A elevação da temperatura aumenta o β do transistor, que traz como
conseqüência o aumento da corrente de coletor, pois IC= β.IB, mesmo que a
corrente de base permaneça constante. A corrente de saturação inversa dobra
de valor nos transistores de silício a cada 10°C de elevação na temperatura. A
tensão VBE diminui 2,5mV a cada grau de elevação na temperatura. Portanto a
temperatura influencia consideravelmente no comportamento dos transistores.
Figura 79
89
Figura 80
Figura 81
90
Adotando o valor da corrente IB2, e o valor de VRB2 obtido a partir de
VBE e VRE, temos:
RB2.IB2 = VBE + VRE
Portanto:
RB2 = VBE + VRE
IB2
Uma vez obtido o valor de VRB2 então podemos determinar o valor de
RB1. Analisando o divisor de tensão, temos:
Como:
VRB1 = VCC – VRB2
Então:
VRB1 = RB1.IB1
Portanto:
RB1 = VCC – VRB2
IB1
IB1 = IB + IB2
91
a) VCE=5,3V VCC=15V VRC=?
b) VCC=8V VRC=3,7V VCE=?
c) VCE=12,8V VRC=11,5V VCC=?
05 – Considerando que VCC VCE VRC e que VRC RC .I B . , pode-se afirmar que
a equação VCC VCE ( RC .I B . ) é correta?
06 – Determine os valores de Ic, VRC e VCE no circuito abaixo, para IB=65µA
e para IB=45µA.
92
07 – Tomando como base o circuito que segue, determine o que é necessário
fazer com IB (aumentar ou diminuir), para que se obtenha o resultado
desejado:
93
10 – Por que a dissipação de potência do transistor deve ser limitada?
a) VCE=12V IC=14,3mA
b) VCE= 8V IB= 119µA
c) VRC= 16V
d) VCB=9V VBE= 0,6V IC=18,6mA
94
17 – Quais são os parâmetros elétricos utilizados para a construção das curvas
características do transistor?
95
23 – Trace a reta de carga do circuito, escolha um ponto de operação de forma
V
que VCEQ CC e determine os valores de ICq, VCEq, VRCq e IBq deste ponto
2
de operação.
96
26 – Um transistor tem o seu ponto de operação na região ativa. O que é
necessário fazer no resistor de base para que o ponto de operação se
desloque mais para: a) a região do corte b) a região da saturação
97
30 – Determine as variáveis que cada instrumento indica e assinale as suas
polaridades.
98
31 – Qual é a tensão VBE aplicada ao transistor no circuito a seguir?
99
36 - Determine: Ic, Ib, Vrb, Rb para o circuito da figura 4.
37 - Determine :Ic, Ib, β, Re, Vrb, Vc para o circuito da figura 5.
38 - Determine: Ic, Vce, Vrb1, Vrb2, Vrc, Vre, β, para o circuito da figura 6.
100
Referências Bibliográficas
BOYLESTAD, R.L. Introdução à Análise de Circuitos. 8.ed. Rio de Janeiro:
LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.,2001.
101