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ACÓRDÃO
Documento: 1005020 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 18/10/2010 Página 1 de 8
Superior Tribunal de Justiça
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das
notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não conhecer do pedido e conceder
"Habeas Corpus" de ofício, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs.
Ministros Gilson Dipp, Laurita Vaz e Napoleão Nunes Maia Filho votaram com o Sr.
Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Honildo Amaral de Mello
Castro (Desembargador convocado do TJ/AP).
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Superior Tribunal de Justiça
HABEAS CORPUS Nº 168.666 - SP (2010/0064374-0)
RELATÓRIO
Informações prestadas.
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Superior Tribunal de Justiça
A douta Subprocuradoria-Geral da República opinou (fls. 85 a 90) pela
concessão parcial da ordem.
É o relatório.
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Superior Tribunal de Justiça
HABEAS CORPUS Nº 168.666 - SP (2010/0064374-0)
VOTO
A propósito, veja-se:
"HABEAS CORPUS . PENAL. HOMICÍDIO TENTADO. PENA-BASE
FIXADA NO MÍNIMO LEGAL. INEXISTÊNCIA DE
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. REGIME
PRISIONAL. OBSERVÂNCIA DO ART. 33, § 2.º, ALÍNEA B, DO
CÓDIGO PENAL. FIXAÇÃO DO REGIME SEMIABERTO.
ADMISSIBILIDADE. LEI N.º 11.464/2007. IRRETROATIVIDADE.
PRECEDENTES.
1. Nos termos da jurisprudência desta Corte Superior, diante da
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Superior Tribunal de Justiça
declaração de inconstitucionalidade, pelo Supremo Tribunal Federal,
do § 1.º do art. 2.º da Lei 8.072/90, para os crimes hediondos
cometidos antes da publicação da Lei n.º 11.464/2007, o regime
inicial fechado não é obrigatório, devendo se observar, para a
fixação do regime de cumprimento de pena, o art. 33, c.c. o art. 59,
ambos do Código Penal.
2. Fixada a pena-base no mínimo legal, porque inexistentes
circunstâncias judiciais desfavoráveis ao réu, não é possível
infligir-lhe regime prisional mais gravoso apenas com base na
gravidade genérica do delito.
3. A previsão constante da Lei n.º 11.464, de 28/03/2007, a qual
estabelece, em seu art. 1.º, o cumprimento da pena privativa de
liberdade em regime inicial fechado independentemente do quantum
de pena aplicado – por ser, no particular, mais gravosa, não pode
retroagir em prejuízo do réu.
4. Ordem concedida, para estabelecer o regime inicial semiaberto
para o cumprimento da pena reclusiva imposta ao Paciente." (HC n.
53.506/BA, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado
em 18/02/2010, DJe 15/03/2010)
É o voto.
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Superior Tribunal de Justiça
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUINTA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro JORGE MUSSI
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro JORGE MUSSI
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. FRANCISCO XAVIER PINHEIRO FILHO
Secretário
Bel. LAURO ROCHA REIS
AUTUAÇÃO
IMPETRANTE : GIOVANNA BLANCO MAGDALENA - DEFENSORA PÚBLICA
IMPETRADO : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PACIENTE : ADONIAS FRANCISCO DA SILVA
ASSUNTO: DIREITO PENAL - Crimes Previstos na Legislação Extravagante - Crimes de Tráfico Ilícito e
Uso Indevido de Drogas
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUINTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Turma, por unanimidade, não conheceu do pedido e concedeu "Habeas Corpus" de
ofício, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator."
Os Srs. Ministros Gilson Dipp, Laurita Vaz e Napoleão Nunes Maia Filho votaram com o
Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Honildo Amaral de Mello Castro
(Desembargador convocado do TJ/AP).
Brasília, 16 de setembro de 2010
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