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SEMINÁRIO ASSEMBLÉIA DE DEUS – PIONEIRA

ANGELO DE SÁ DUARTE

RESENHA CRÍTICA:
Antropologia - a Doutrina do Homem

MACAPÁ – AP
2019
RESENHA CRÍTICA:
Antropologia - a Doutrina do Homem

ANGELO DE SÁ DUARTE

Resenha critica apresentada ao Seminário


Teológico da Assembleia de Deus.
SETAD, em cumprimento as exigências da
Disciplina Teologia Sistemática IV-
Antropologia e Hamartiologia.
Orientador꞉ Prof. Esp. Pr. Luiz Eduardo G.
Oliveira.

MACAPÁ– AP
2019
RESENHA CRÍTICA: ANTROPOLOGIA – A DOUTRINA DO HOMEM

GILBERTO, ANTÔNIO. Teologia Sistemática Pentecostal: Antropologia – A


Doutrina do Homem. ed. CPAD – Casa publicadora das Assembleias de Deus, 2015.

A construção do homem - Como vimos, o homem é diferente dos animais, pois,


enquanto estes têm instinto e agem segundo essa condição, o homem tem autoconsciência
e autodeterminação, por ter pessoalidade; e, como tal, possui o que o irracional não tem:
intelecto, vontade e emoções. A respeito deste tópico A.B. Langston diz: “ Compõem-se
o homem de corpo e alma. Esta dupla divisão da constituição do homem é a mais
geralmente observada na vida. É a divisão que ressalta logo à vista quando ele começa a
pensar a respeito da sua própria natureza ”

A formação da parte física do homem - A parte física do homem veio “do pó da


terra”... com os elementos químicos que se encontram no barro, ou na argila, Deus, de
modo sobrenatural, formou cada parte do corpo humano, combinando-as de maneira
jamais compreendida pela mente humana. Deus combinou os aminoácidos, as proteínas,
os sais minerais e demais substâncias para compor o corpo humano é algo que transcende
a qualquer especulação científica. Pode-se dizer que o corpo é o tabernáculo onde o
Espírito de Deus habita. O corpo como sendo o órgão dos sentidos nos liga ao mundo
espiritual daí concordo com o autor de que nenhuma ciência por mais precisa que seja
conseguirá explicar a criação inicial do primeiro homem, a célula mater.

A formação da parte interior do homem - Alma e espírito, como a alma é gerada?


Como ela se multiplica? E o espírito, difere da alma, ou é sinônimo dela? Como a alma
entra no embrião? Há diversas correntes de pensamento quanto à constituição do homem.

a) Unitarianismo ou monismo - É uma corrente doutrinária que ensina


que o homem é um só todo, uma só parte, não havendo qualquer divisão em sua
constituição. O ser humano se constitui de uma unidade indivisível. Para
contribuir com o autor gostaria de citar os principais defensores do monismo: O
filósofo Baruch Espinoza e Hegel
b) Dicotomismo - Essa doutrina ensina que só há dois elementos, ou
partes constitutivas, do homem: a parte material e a imaterial. Baseiam-se no fato
de os termos “alma” e “espírito”, às vezes, na Bíblia, serem sinônimos, ou
intercambiáveis entre si. E sustenta sua opinião partindo de textos que lhes
parecem indicar esse entendimento (cf. Jó 27.3). Com este pensamento venho
apenas corroborar o pensamento dos dicotomistas; o homem que se divide em
corpo (material) e alma e ou o espírito (imaterial). Só ressaltando que para eles
alma e espírito são a mesma coisa.

c) Tricotomismo - Entendem que o homem é formado de três partes


distintas: corpo, alma e espírito. Os mesmos usam como base a passagem de I Ts
5.23 – E o mesmo Deus de vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma,
e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo. Fui em busca dos principais defensores da Tricotomia da
antiguidade: Irineu ensinava que enquanto os incrédulos possuíam somente almas
e corpos, os crentes adquiririam espíritos adicionais, que eram criados pelo
Espírito Santo. Apolinário de Laodicéa dizia que o homem tinha corpo, alma e
espírito ou mente (pneuma ou nous), e que o Logos ou a natureza divina de Cristo
tomou o lugar do espírito humano na natureza que Cristo assumiu.

Vamos falar sobre essas partes do homem segundo a visão tricotomista:


1- O espírito do homem – o espírito é a parte imaterial do homem,
que, juntamente com alma, forma “o homem interior”. Podemos dizer que
corpo “homem interior”, é o conjunto espiritual, formado pela alma e pelo
espírito ( I Ts 5.23)

2- A alma do homem – Alma pode ter três áreas de significados: “(a)


psyche, no sentido da base impessoal da vida, a própria vida; (b) a parte
interior do homem; (c) uma alma independente em contraste com o corpo”.

a) No sentido da base impessoal da vida, a própria vida. No


sentido de ser “parte interior do homem”. A palavra Alma possui vários
sentidos: própria pessoa; a vida do corpo, dos tecidos, que são alimentados
pelo sangue e vida de toda carne. Tanto nepesh (hb.) como psyche (gr.)
indicam o princípio da vida humana, física ou animal. No entanto, como
vimos em item anterior, o homem é distinto do animal, por várias razões:
autoconhecimento e autodeterminação, por exemplo.

b) No sentido teológico, a alma é a sede das emoções e dos


sentimentos. O texto que melhor distingue alma de espírito é I Ts 5.23 –
“E o mesmo Deus de vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e
alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. Aqui temos a palavra “alma”
significando a parte interior do ser, distinta do espírito, porém,
intrinsicamente a ele ligada, formando o “homem interior” (Rm 7.22).

Horton assevera: A alma sobrevive à morte porque é energizada pelo


espírito, mas alma e espírito são inseparáveis porque o espírito está entretecido na
própria textura da alma. São fundidos e caldeados numa só substância. Como
vimos, a alma faz parte do “homem interior” do ser, unida ao espírito. Há,
basicamente, três teorias acerca da origem da alma, todas elas evocando
fundamento bíblico.

Teoria da preexistência - E um dos fundamentos da doutrina espírita.


Segundo essa ideia, as almas existem, em esferas diversas do mundo espiritual, e
entram no corpo gerado, no processo chamado reencarnação. Orígenes (séc III)
o principal expoente desta teoria, considerou que a existência material presente no
homem, com todas as suas desigualdades e irregularidades físicas e morais, é um
castigo pelos pecados cometidos em uma existência anterior. O pecado, portanto,
teve entrada no mundo dos homens num estado pré-temporal, e isso fez com que
o homem já entrasse no mundo numa condição de pecado. Para os defensores
dessa doutrina, a alma peca, na vida presente, e, para se redimir, precisa purificar-
se, voltando a se integrar num outro corpo humano, sucessivamente, durante
inumeráveis existências. Vejamos algumas objeções quanto a esta teoria:
 Em primeiro lugar essa corrente ideológica é vazia de bases
bíblicas e filosóficas (Berkhof);
 Esse pensamento tem origem na visão dualista entre matéria
e espírito, ensinado pela filosofia pagã; (Berkhof)
 Se a alma é preexistente, e apenas um ato consciente de
autodeterminação poderia explicar as deficiências morais do homem,
como não temos a menor lembrança desse estágio? (Strong)
 Se a alma é preexistente, mas não é consciente de sua
existência nem pessoal para tomar decisões, ela deixa de explicar as
deficiências morais do homem; (Strong)

Teoria criacionista - Trata-se de uma teoria segundo a qual Deus “faz as


almas diariamente”, conforme ensinava Aristóteles. Polano dizia que “Deus sopra
a alma nos meninos quarenta dias após a concepção, e nas meninas oitenta” (sic);
Alguns teólogos que defendem tal posição são: Berkhof, Hodge, Jerônimo e
Pelágio. Os dois últimos são símbolos de uma geração antiga de pensadores
cristãos, que influenciados pelos pensamentos de Aristóteles, chegaram a
conclusão que Deus criou imediatamente a alma de cada ser humano e a uniu a
um corpo, na concepção, no nascimento, ou em algum momento entre esses dois
eventos. Hodge e Berkhof tem pensamento semelhante ao demonstrado acima.
Sobre isso Berkhof afirma que “cada alma individualmente deve ser considerada
como uma imediata criação de Deus, devendo sua origem a um ato criador direto,
cuja ocasião não se pode determinar com precisão “.
Para Strong, os criacionistas se baseiam nos seguintes textos bíblicos: “e
o espírito volte a Deus, que o deu” (Ec 12.7); “palavra do Senhor... e que forma o
espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1); “... e as almas que eu fiz” (Is 57.16).
Mas a Bíblia não dá respaldo a essa teoria. Como observado, o criacionismo é,
em síntese, a declaração da criação direta de Deus para cada alma. Sobre isso
pode-se objetar que:
 Se Deus é o responsável pela criação das almas, e esta tem
tendências depravadas, faz com que Deus seja diretamente autor do mal moral;
 Se as almas são criadas absolutamente puras, Deus é culpado
indiretamente pela criação do mal moral, pois permite que uma alma pura venha
a se perverter em um corpo depravado que, com obviedade, a corromperia;
 Se o pai natural é apenas responsável pelo corpo, os animais têm
maior dignidade que os homens, pois reproduzem segundo sua própria imagem;
 A atividade criadora de Deus parece ter sido interrompida após a
criação do homem, completo com alma.

Teoria participativa – Leite Filho afirmou: “Quando se afirma que a


alma é criada é necessário fazer algumas distinções: a criação é uma produção
do nada; a alma é produzida na matéria e não da matéria; a produção da alma
necessita de uma realidade criada já existente; a ação divina não tem como
objetivo uma alma separada e sim o homem completo”. Toda nova pessoa
humana é fruto da ação imediata de Deus e da dos pais: Deus e os pais produzem
o sujeito inteiro, mas os pais podem produzi-lo somente enquanto é um ser
material vivo, isto é, tem um corpo, e Deus o produz imediatamente enquanto é
um ser pessoa, isto é, tem uma alma.
Myer Pearlman, explicando a origem das almas, após a criação do homem,
corrobora com esse entendimento: A origem da alma pode explicar-se pela
cooperação do Criador com os pais. No princípio duma nova vida, a divina
criação e o uso criativo de meios agem em cooperação. O homem gera homem
em cooperação com “O Pai dos espíritos”. O poder de Deus domina e penetra o
mundo (At 1 7.28; Hb 1.3) de maneira que todas as criaturas venham a ter
existência segundo as leis que Ele ordenou. Portanto, os processos normais da
reprodução humana põem em execução as leis de vida, fazendo com que a alma
nasça no mundo.”

Assim, podemos concluir que a alma humana se forma, segundo as leis da


procriação, deixadas por Deus, numa cooperação entre os pais biológicos, e “o pai
dos espíritos” (Hb 12.9). Cada vez que um gameta masculino funde-se com um
feminino, no casamento, ou fora dele, pela lei do Criador, forma-se um conjunto
espírito+alma dentro do homem.

O CORPO HUMANO

O Pastor Elienai Cabral diz que o corpo: É a parte inferior do homem que
se constitui de elementos químicos da terra como oxigênio, carbono, hidrogênio,
nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro, iodo, ferro, cobre, zinco
e outros elementos em proporções menores. Porém, o corpo com todos esses
elementos da terra, sem os elementos divinos, são de ínfimo valor. No hebraico,
a palavra corpo é basar. No grego do Novo Testamento, a palavra corpo é somma.
Portanto, o corpo é apenas a parte tangível, visível e temporal do homem (Lv 4.11;
1Rs 21.27; Sl 38.4; Pv 4.22; Sl 119.120; Gn 2.24; 1Co 15.47-49; 2Co 4.7). O
corpo é a parte que se separa na morte física.
Na visão tricotômica do ser humano, o corpo tem papel importantíssimo.
É através dele que a alma se comunica com o mundo exterior. Graças à ciência,
hoje podemos conhecer o corpo humano melhor do que qualquer pessoa do
passado, inclusive as que tenham vivido no tempo em que a Bíblia foi escrita. Nos
dias atuais, podemos conhecer melhor a grandeza, a perfeição (relativa) e o
maravilhoso funcionamento do corpo humano, como obra prima das mãos de
Deus, o Criador maravilhoso e absoluto de todas as coisas.

A DIMENSÃO ESPIRITUAL DO CORPO

Homem exterior (2 Co 4.16). Disse Paulo: “Por isso, não desfalecemos;


mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova
de dia em dia”. Aqui, o apóstolo, ensinando sobre a ressurreição (2 Co 4.14),
acrescenta que não devemos desfalecer diante das lutas que passamos nesta vida,
pois, mesmo que o “homem exterior” — o corpo — se corrompa, envelheça e
venha até a morrer, contudo o “homem interior” (espírito+alma), renova-se
continuamente.

Para concluir este breve resumo, quero destacar duas coisas acerca da
constituição do ser humano.
1- Seremos dicotomistas, quando afirmarmos que o nosso ser é
composto por uma parte material (o homem exterior) e por uma imaterial (o
homem interior).
2- Seremos tricotomistas, quando ensinarmos que o homem é a soma
do corpo, da alma e do espírito. A alma e espírito são inseparáveis, formando
assim a nossa interioridade ou dimensão espiritual.

Na ocasião da morte, Deus recolhe o nosso homem interior: espírito e


alma. Quando de nossos corpos forem glorificados no fim dos tempos ou seja na
ressurreição dos santos, passaremos a ser constituídos por uma única substância:
a celestial, seremos iguais aos anjos. Nosso corpo, alma e espírito serão uma única
substância. Estando de posse da imortalidade, nosso ser não estará mais sujeito
quer à morte, quer a divisibilidade. O mesmo pode-se dizer quanto aos que
ressurgirem para o lago de fogo.

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