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Escrito por:
Robert Brian Dilts
Publicado em:
sab, 08/07/2006
O conflito é definido como "um estado de desarmonia entre pessoas, ideias ou interesses
incompatíveis ou opostos." Psicologicamente, o conflito é um luta mental, algumas
vezes inconsciente, que resulta quando representações diferentes do mundo são mantidas em
oposição ou exclusividade. Os conflitos podem ocorrer tanto entre as nossas próprias partes
internas (conflitos internos) como externamente com os outros (conflitos interpessoais).
Uma pessoa pode ter crenças ou valores conflitantes. O indivíduo pode acreditar que, por um
lado é apropriado aprender matemática, mas não acredita que ele possa aprender. Isso irá
conduzi-lo para uma luta com relação ao aprendizado de matemática. Os conflitos no nível
da identidade ocorrem muitas vezes com respeito ao papel que se deve exercer. Uma pessoa
pode experimentar conflitos entre seus deveres como progenitor por um lado e como
profissional pelo outro.
De modo interpessoal, os mapas da realidade de diferentes indivíduos são algumas vezes tão
diversos que surgem "turbulências" quando eles tentam se comunicar ou interagir juntos.
Suposições básicas, crenças, valorese pressuposições sobre o mundo se agrupam para criar
modelos diferentes da realidade. Quando esses modelos ou mapas não contém mecanismos
para reagir criativamente às "turbulências" com os outros mapas, a energia é liberada na forma
de discórdias, disputas, lutas ou outras formas de conflito. Negociação, mediação e arbitragem
são formas de administrar conflitos interpessoais.
'Partes' conflitantes
Algumas vezes, a pessoa experimenta estar "incongruente," estar num "conflito interno," com
"duas cabeças" ou "estranha" com ela mesma. Essas questões não se relacionam à pressões
externas, mas sim as estruturas muito profundas dentro da própria pessoa - a conflitos entre
diferentes 'partes’ do nosso próprio sistema mental. Em outras palavras, essas questões se
relacionam a conflitos entre o si mesmo e o si próprio. Freud acreditava que tais lutas internas
eram, basicamente, a causa de muitos problemas psicológicos. Como ele sustentava:
"Um lado da personalidade representa certos desejos, enquanto a outra parte luta contra
eles e age defensivamente para não ser prejudicada. Não existe neurose sem conflito
desse tipo."
Numa situação típica, se nós somos impedidos de atingir uma meta devido a um obstáculo
externo, nós mantemos o nosso foco no resultado, inibimos qualquer "ideia contrária" e
continuamos tentando outras possibilidades ou estratégias a fim de obter a meta.
Porém, se existir um conflito interno, altera a "razão do debate" interno, e uma batalha começa
entre as duas partes do eu da própria pessoa. Como Freud chama a atenção, a frustração
externa é suplementada pela frustração interna. É como se a pessoa estivesse "presa entre
uma rocha e um lugar duro." E quando a luta é entre as duas partes do eu da pessoa, o eu
nunca pode "vencer." Freud afirmou:
O conflito não é resolvido ajudando um lado a conquistar a vitória sobre o outro ... em
qualquer evento, um lado sempre vai ficar insatisfeito.
Tentar resolver esse tipo de conflito anulando um dos lados, como alguém previsivelmente faria
com "ideias contrárias," cria um ‘duplo laço’ no qual você é "culpado se fizer e culpado se não
fizer." É como se a luta fosse entre essas duas intenções conflitantes e não entre a intenção e
a incerteza de que se aquilo será concluído. Isso torna a situação diferente da que está dirigida
pela ressignificação, em que a questão fundamental é não entender a intenção da parte que
não está sendo ouvida. Neste caso, o foco está num comportamento problemático particular. A
resolução inclui descobrir a intenção por detrás do comportamento e produzir escolhas
alternativas a fim de atingir a intenção. No caso de conflito, entretanto, é a confrontação das
intenções contrárias que está em questão. Como as partes não se entendem, nenhuma
alternativa que satisfaça diretamente as duas intenções poderá ser apresentada.
Além disso, como o conflito interno não está baseado em eventos externos ou resultados, ele
não pode ser resolvido pelo feedback de alguma fonte externa. De fato, em tal situação,
qualquer coisa pode se tornar um estímulo (ou desculpa) para uma briga. Mesmo as mais
simples decisões conduzem para uma luta - a luta que nunca será resolvida porque não é
realmente sobre o teor da decisão mas sobre a estrutura mais profunda abaixo dela.
De acordo com Grinder e Bandler (A Estrutura da Magia Volume II, 1976), as etapas básicas
da integração de conflitos incluem:
O processo de integração dos conflitos que foi incluído no A Estrutura da Magia Volume II é a
identificação e reconhecimento das intenções positivas das duas partes envolvidas.
Uma grande parte do processo de integração dos conflitos da PNL inclui as experiências de
classificação em seus níveis apropriados a fim de evitar confusões e aborrecimentos
desnecessários. A típica abordagem para a resolução de conflitos na PNL é
primeiro segmentar para o nível acima do conflito para descobrir o consenso com relação as
intenções positivas de "nível mais elevado." O segundo passo inclui a segmentação para o
nível abaixo do qual está ocorrendo o conflito. Nesse "nível mais baixo" é possível descobrir
recursos "complementares" relacionados com as partes do sistema que aparentemente estão
em conflito.
A PNL fornece muitas habilidades e ferramentas destinadas a tratar e resolver conflitos tanto
internos como interpessoais. Isso inclui as técnicas de ressignificação, integração dos conflitos,
alteração de posições perceptivas e muitas habilidades de comunicação fundamentais como
o metamodelo, calibração e métodos de comunicação não verbais.
O processo de integração dos conflitos foi inicialmente desenvolvido para tratar conflitos
internos dentro de um indivíduo, e também se tornou o fundamento para os modelos
de negociação da PNL. Abaixo temos uma visão geral da abordagem básica da PNL para o
tratamento de conflitos.
Referências:
Artigo publicado no site www.nlpu.com de Robert Dilts com o título "Resolving Conflicts With
NLP"