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Breve estudo de desempenho do enfermeiro com o Método Mãe Canguru em uma UTI Neonatal da Bahia
DOI 10.24118/revsf2525.4383.4.2.2019.579
Resumo
Abstract
© REVSF. Rev. Saúde em Foco Rio de Janeiro, RJ v.4 n.2 p. 13-24 jul./dez. 2019
ARTIGO
Breve estudo de desempenho do enfermeiro com o Método Mãe Canguru em uma UTI Neonatal da Bahia
DOI 10.24118/revsf2525.4383.4.2.2019.579
Introdução
O presente estudo tem como objetivo analisar a atividade do enfermeiro de uma UTI
Neonatal, localizada no sudoeste da Bahia para verificar seu conhecimento sobre o
método canguru. Como resultado, identificou-se que os enfermeiros têm um bom
conhecimento a respeito do significado do método, porém, em relação aos objetivos há
falhas de informações importantes.
O método consiste na colocação do bebê na posição vertical sobre o peito da mãe com
a finalidade de obter um contato pele a pele o mais cedo possível e mantido
continuamente de forma prolongada, sendo realizado em três etapas:
Segundo Santos13 a oxitocina liberada pela mãe tem efeito positivo para ambos, pois
na mãe reduz a ansiedade, aumenta a temperatura do peito, promovendo maior vínculo
afetivo durante a amamentação e aumento da adrenalina no prematuro, assim gerando
o desenvolvimento de reflexos de procura da mama, favorecendo os aspectos
nutricionais que são fundamentais para o desenvolvimento do prematuro.
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O MMC proporciona menor tempo dentro da UTI, o que resulta em diminuição do risco
de infecção hospitalar. Portanto, diante desses inúmeros benefícios a mudanças na
forma do atendimento, partindo para uma assistência humanizada só traz benefícios
para mãe, RN, profissionais e instituição.7
Metodologia
Resultado
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Observou-se que são profissionais relativamente jovens, maior parte sem capacitação
adequada. Nascimento22 ressalta a necessidade de o profissional ter uma capacitação
adequada ao meio em que atua, pois, o ambiente exige comportamentos específicos
dos profissionais, cabendo-lhe o exercício de assistência e orientação correta, assim
como apoio psicológico, melhorando a atenção e as estratégias de saúde da população
a que atende, permitindo a resolução dos problemas de saúde e dos serviços em
questão.
No que tange à abordagem da temática, após a transcrição dos dados, foi possível o
delineamento de três categorias:
“Contato pele a pele, terapia simples, barata que é de grande ajuda na recuperação da
saúde mãe e filho” (E,2).
“Inicia o contato entre a mãe e o bebe o mais breve possível para o estreitamento de
vínculo, de maneira segura para ambos, estimular a lactação e participação dos
cuidados dos pais com o bebe, colocar na posição canguru sempre que possível e for
desejado” (E,1).
“Estimular o mais precoce possível desde que os dois tenham condições” (E,6).
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necessários para que o RN possa ser incluído no método, o que pode denotar uma falta
de conhecimento sobre o assunto.
“A partir do momento que o bebê e a genitora estejam aptos para ser realizado sob
supervisão da esquipe” (E,2).
Ao serem indagados sobre a aplicação do Método Mãe Canguru, na UTI, quais benefícios
são capazes de proporcionar ao bebê resultados satisfatórios por meio da melhora
clínica e maior vínculo entre mãe e filho, demonstraram um bom conhecimento, sendo
comprovado pelas falas abaixo. Mais uma vez indicando um conhecimento importante,
mas não aprofundado acerca do assunto.
“Aumenta o vínculo afetivo entre mãe e bebê; contato pele a pele promove melhora
clínica; estimula aleitamento materno; reduz o estresse e a dor; proporciona maior
competência e confiança aos pais” (E,5).
Quanto aos resultados esperados pela equipe de enfermagem com o Método Mãe
Canguru, indicaram uma melhor assistência ao binômio e um fortalecimento da ligação
entre os dois e uma recuperação mais rápida.
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Diminuição do estresse;
Melhor controle térmico;
Menor tempo na UTIN;
Maior competência e confiança dos pais no manuseio de seu filho de baixo peso,
mesmo após a alta hospitalar;
Melhor relacionamento da família com a equipe de saúde.
“Em minha opinião a equipe de enfermagem incentiva e tem boa adesão ao método
canguru, acredito que é preciso sensibilizar a família dos RN’s quanto a importância do
método e a disponibilidade dos mesmos para permanência maior na unidade” (E,5).
“É a conscientização de toda a equipe para começar algo novo que ira ser bom não só
p/ criança e família como também para a rotatividade da equipe” (E,2).
Segundo Veras e Yépez16 a falta de apoio familiar e fatores socioeconômicos são umas
das grandes dificuldades à efetivação do método, pois a maioria das famílias vivenciam
situações em que a renda familiar é baixa e a mulher necessite retornar para o trabalho
antes do término da licença maternidade.
Outro desafio é a participação do enfermeiro no método, que por não possuir atração
ou afinidade pelo tipo de trabalho desenvolvido; devido a mudança de atitudes em
relação ao cuidado e manuseio do bebê e à participação da família; precisa ter maior
entendimento sobre o estado do bebê, com abordagem comunicativa.24
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Considerações finais
Ao findar o estudo foi possível responder aos objetivos e verificar a visão do enfermeiro
sobre o Método Mãe Canguru em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, bem
como constatar o conhecimento dos mesmos em relação aos benefícios para o recém-
nascido, indicando que, apesar da compreensão acerca do método, é necessário ainda
um maior aprofundamento técnico científico.
Referências
2. Almeida AC, Jesus ACP, Lima PFT et al. Fatores de risco maternos para
prematuridade em uma maternidade pública de Imperatriz -MA. Rev Gaúcha
Enferm; 2012.
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neonatal. 9ª ed. São PauloSP: Sarvier; 2002.
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diferente: o bebê e sua família na UTI Neonatal. Fiocruz, Rio de Janeiro; 2003.
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8. Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: Método
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10.Gomes JATS, Martins MJL, Hertel VL. Método Mãe Canguru: percepção da equipe de
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11.Meira, Elizabeth Aparecida et al. Método Canguru: a visão do enfermeiro. Rev Inst
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17.Silva, Laura Johason et al. A adesão das enfermeiras ao Método Canguru: subsídios
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22.Nascimento ERP, Trentini M. O cuidado de enfermagem na unidade de terapia
intensiva (UTI): teoria humanística de Paterson e Zderad. Rev Latino-am
Enfermagem; 2004
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ANEXO
Questionário
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