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Mesmo que o STF tenha feito a tentativa de abrir uma exceção para as
denominações religiosas que reprovam o comportamento homossexual — e a
crítica ao comportamento nunca foi cerceada por lei em nenhum lugar
minimamente civilizado — existem militantes que gostariam de calar qualquer
tipo de dissidência.
Embora a lei ainda não esteja em vigor, já existem movimentos para aplicá-la de
forma a calar os religiosos — e quaisquer pessoas — que não concordem com
ela. Como a Gazeta do Povo reportou , no último dia 30 de junho, ao final de
uma missa dominical na capela São João Batista, na zona oeste de Recife, o
padre Rodrigo Alves de Oliveira Arruda pediu que os fiéis assinassem um abaixo-
assinado para que o Senado aprovasse um projeto de lei limitando a decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF) que criminaliza a homofobia.
Mais uma vez é importante ressaltar que não se deseja aqui fazer uma defesa
da humilhação dos homossexuais, que merecem ter sua integridade e dignidade
plenamente protegidas. Mas, como frisa o editorial da Gazeta do
Povo intitulado “Homofobia no STF, ativismo judicial e liberdade de expressão” :
“Isso não significa que essas escolhas e a defesa que se faz delas devam ser
juridicamente blindadas de qualquer crítica, embora muitos estejam dispostos a
confundir os dois conceitos, criminalizando todo discurso que desagrade certa
militância.”
Ninguém deseja passe livre para ofender homossexuais. Mas esta lei pode se
tornar um instrumento para calar toda crítica, chegando ao absurdo de colocar
pessoas na cadeia por praticar o saudável hábito do debate civilizado.
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