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- Retoma
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Mote
Busque Amor novas artes, novo engenho,
Quem ora soubesse
para matar-me, e novas esquivanças;
onde o Amor nasce,
que não pode tirar-me as esperanças,
que o semeasse!
que mal me tirará o que eu não tenho.
Voltas
De Amor e seus danos Olhai de que esperanças me mantenho!
me fiz lavrador; Vede que perigosas seguranças!
semeava amor Que não temo contrastes nem mudanças,
e colhia enganos; andando em bravo mar, perdido o lenho1.
não vi, em meus anos,
homem que apanhasse
o que semeasse.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Vi terra florida
de lindos abrolhos,
lindos para os olhos,
duros para a vida; Que dias há que n'alma me tem posto
Mas a rês perdida um não sei quê, que nasce não sei onde,
que tal erva pasce vem não sei como, e doi não sei porquê.
em forte hora nasce.
1: embarcação Luís de Camões, Rimas
Lírica camoniana
Na lírica camoniana coexiste a poética
tradicional e o estilo renascentista.