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A RESPONSABILIDADE DO CONTABILISTA PERANTE O

1
NOVO CODIGO CIVIL

Benedito Ribeiro Lima2

Leonardo Nunes Ferreira3

Resumo
No dia 10 de janeiro de 2002 o Congresso Nacional aprovou a Lei nº 10.406,
a qual instituiu o Novo Código Civil Brasileiro – NCCB, que trouxe como uma das
principais novidades, modificações nas relações de responsabilidade entre o
Contador, como Preposto, e seus empregadores ou clientes. O trabalho apresenta a
nova realidade em que se insere o contabilista, notadamente a nova postura do
profissional contábil, frente as suas novas responsabilidades. Questões relacionadas
à ética, ao comportamento e a postura do contador, aqui serão tratadas. Por fim,
nosso principal objetivo aqui é o de transmitir aos contadores e demais interessados
neste trabalho, as informações necessárias para que possam melhor posicionar-se
junto a seus empregadores e clientes , diante das novas normas trazidas pelo Novo
Código Civil Brasileiro – NCCB.

Palavras-chave
Contabilista, Código Civil, Responsabilidade, Ética.

The responsibility of accounting before the new civil code

Abstract
On January 10, 2002 the National Congress approved the Law no. 10.406,
which instituted the New Brazilian Civil Code - NCCB, that brought as one of the
main novelties, modifications in the relationships of responsibility among the
Accountant, as Preposto, and its employee or customers. The work presents the new
reality in that he/she interferes the accounting, notedly the accounting professional's
new posture, front its new responsibilities. Related subjects the ethics, to the
behavior and the accountant's posture, here they will be treated. Finally, our main
one objectifies here it is it of transmitting to the accountants and too much interested
in this work, the necessary information so that they cannot better they be positioned
its employee and customers close to, before the new norms brought by the New
Brazilian Civil Code - NCCB.

Keywords
Accounting, Civil Code, Responsibility, Ethics.

1
Trabalho desenvolvido na disciplina Trabalho Final do Curso de Ciências Contábeis na UCB.
2
Graduando do 1º semestre de 2004.
3
Professor orientador do Trabalho.
1. Introdução

O Novo Código Civil – NCC entrou em vigor em 11 de janeiro de 2003, depois


de mais de 25 anos de debates e de estudos no Congresso Nacional e nas
entidades de classe de profissionais. O Novo Código Civil Brasileiro traz várias
alterações nas relações dos contabilistas com seus clientes no que concerne,
principalmente, a sua responsabilidade quando da elaboração de relatórios e
prestação de informações para tomada de decisão.

Uma das novidades que trouxe o Novo Código Civil Brasileiro foi o Livro II
que trata do Direito da Empresa. Esse livro caracteriza e regulamenta o Empresário,
as Sociedades em Geral, os Estabelecimentos e os complementares. No que tange
as principais mudanças Silva (2004), argumenta que:

A lei n° 10.406 de 10 de janeiro de 2002, revogou o Código Civil de 1916,


bem como a primeira parte do Código Comercial Brasileiro. Assim sendo,
tivemos consolidadas nesse diploma as normas de direito civil e do direito
comercial. Além dessa consolidação, tivemos nossa legislação enriquecida
pela incorporação, em seu bojo, da melhor jurisprudência e do melhor
pensamento doutrinário da sociedade em geral, em que pese às críticas e
propostas de reforma que borbulham por toda parte.

Os contabilistas brasileiros tiveram suas atribuições destacadas de forma


ampla no Novo Código Civil, que assegura à categoria, suas prerrogativas
profissionais, mostrando à sociedade a responsabilidade dos contabilistas diante do
Novo Código Civil Brasileiro. O Novo Código Civil aumentou as responsabilidades
dos contabilistas, por meio dos artigos 1.177 e 1178. As atribuições dos contabilistas
ficaram mais bem delineadas, tendo sido estabelecidas mais responsabilidades civil
aos contabilistas, em situações de culpa por seus atos. Será responsabilizado por
culpa dos seus atos perante o seu cliente, e de forma solidária, por atos dolosos
perante terceiros. Para esclarecer a essas questões, será desenvolvido um estudo
das atribuições do contabilista.

Não é objeto deste trabalho enfocar as transformações que ocorrerão nas


empresas de modo geral, mas aquelas que, doravante, e mais intrinsecamente,
tratarão das responsabilidades do contabilista nas suas relações com tomadores de
serviços.

1
De acordo com os critérios propostos por Vergara (1998), a metodologia de
pesquisa quanto aos fins será exploratória. Com relação aos meios será
bibliográfica.

A pesquisa será exploratória devido ao pouco conhecimento acumulado nos


meios acadêmicos, sobre as alterações das responsabilidades dos contabilistas no
Novo Código Civil Brasileiro.

Bibliográfica, pois será realizada através do estudo sistematizado de livros,


revista, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral, os quais
fornecem base teórica para trabalho.

Para tanto, será utilizada a Lei n° 10406 de 10/01/2002, artigos, reportagens e


livros.

Por fim, a pesquisa apresentará dentro do contexto legal da contabilidade, as


novidades trazidas pelo Novo Código Civil Brasileiro.

2. Conceito de Contabilidade

A contabilidade é um sistema de informação que tem como objetivo fornecer


informações úteis aos diversos interessados em obter informações, para uma melhor
tomada de decisão, a saber: o Governo, administradores, acionistas, funcionários,
sindicatos e todos aqueles interessados na continuidade da Empresa. O governo
utiliza a informação contábil na arrecadação de impostos, os administradores para
um melhor planejamento, já os acionistas interessam-se pelos lucros ou dividendos
que lhe cabem e para os funcionários a informação contábil é útil nas suas
reivindicações salariais, através dos seus sindicatos. Deste modo, o objeto de
estudo da contabilidade é o patrimônio das entidades, sejam elas com ou sem fins
lucrativos.

Assim sendo, a contabilidade procura entender as modificações sofridas pelo


patrimônio; qual a evolução do patrimônio; quais os mecanismos que contribuem
para essa evolução e, por meio de registros, balanços, auditorias e a divulgação das

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demonstrações financeiras, auxiliar na escolha da melhor decisão. Segundo
Iudícibus (2000. p. 23), “Os objetivos básicos da contabilidade, podem ser resumidos
no fornecimento de informações econômicas para os vários usuários, de forma que
propiciem decisões racionais”.

3. A Contabilidade e a Nova Ordem

3.1 Aspectos Preliminares

No início do ano de 1977, o Governo brasileiro instituiu uma comissão para


elaborar um Novo Código Civil, em substituição ao de 1916. Após mais de 25 anos
de tramitação no Congresso Nacional, o novo código entrou em vigor em 11 de
janeiro de 2003. As modificações, alterações e inovações trazidas pelo Novo Código
Civil Brasileiro afetou sobremaneira a vida das pessoas em nosso País e, no que
concerne, principalmente a atividade contábil, há de se destacar, a
Responsabilidade do Contabilista. Um dos objetivos iniciais do Novo código Civil é
reestruturar as instituições empresariais regidas por leis que, além de estarem
superadas pelo desenvolvimento econômico-social, estejam servindo de cobertura
de certos privilégios. Sob o prisma das novas responsabilidades do contador, o Novo
Código Civil que entrou em vigor em 11 de Janeiro de 2003, trouxe algumas
alterações nos procedimentos contábeis das empresas, bem como em relação à
responsabilidade do contador. Comentando agora, antes que se elenque as
principais alterações do Novo Código Civil, o novo diploma introduz a figura do
técnico em Ciências contábeis.

Ocorre que não há, em nosso país, ninguém habilitado como Técnico em
Ciências Contábeis. Tal categoria não existe para efeito do órgão fiscalizador do
exercício profissional e nem para fins de registro de diplomas. Diante dos outros
posicionamentos, em outros do código, a denominação “Técnico em Ciências
Contábeis” constitui-se como uma impropriedade, um descuido ou, no mínimo, um
inexplicável equívoco.

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3.2 Principais alterações

Com base em informações extraídas dos artigos 1.177 ao 1.195, que tratam
especificamente da profissão do contabilista e define sua responsabilidade civil
pelos atos praticados na escrituração contábil e fiscal, a seguir, serão informadas as
principais mudanças.

O profissional da contabilidade passa a ser preposto do empresário e pode


responder solidariamente com o seu cliente por atos dolosos praticados. No
caso de ato doloso, ocorrerá situação de solidariedade, devendo o
preponente ser demandado juntamente com o preposto para o ressarcimento
de prejuízos provocados a terceiros.

O Código Civil de 1916 não faz nenhuma alusão ao representante legal do


preponente ou patrão, sendo esta uma das novidades do Novo Código Civil
Brasileiro. Tal situação era tratada no antigo Código Comercial.

Exigência de assembléia de sócios nas sociedades limitadas com mais de


dez sócios participantes, e para aquelas como menos de dez, vale o que rege
no contrato social sobre reuniões. Neste item, o código anterior nada
mencionava.

O empresário rural e o pequeno empresário são dispensados das exigências


de manutenção de sistema de contabilidade, mas não ficam desobrigados
para registro de suas operações, do uso do livro diário ou fichas, no caso de
escrituração mecanizada ou eletrônica.

O Novo Código Civil Brasileiro traz a obrigatoriedade da escrituração contábil


e a exigência da realização de balanço anual e o de resultado econômico,
assinado por profissionais da contabilidade juntamente com o empresário.

Há a necessidade ainda mais agora de formalizar, por meio de contrato


escrito, a prestação de serviço a ser prestado dentro do escritório de contabilidade.
Numa eventual discussão sobre a entrega ou não de determinada documentação, o

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recibo de entrega e o contrato escrito valerão como prova. Este último delimita o que
deve ou não ser objeto da prestação de serviço.

3.3 O Novo papel do Contabilista como Preposto

No dia-a-dia das empresas existem circunstâncias em que seus


representantes não podem participar de forma efetiva de determinados atos
administrativos, operacionais, financeiros ou jurídicos, razão pela qual optam pela
figura do preposto, como sendo uma pessoa que substitui o titular do negócio ou do
ato a ser praticado e age como se titular fosse.

O preposto deve exercer suas funções com muito zelo e diligência, pois
embora pratique seus atos em nome do titular, poderá responder pelo uso
inadequado da preposição.

Nesse contexto, o Novo Código Civil enquadrou o contabilista, que nas suas
relações com seus clientes ou como empregado, são considerados prepostos,
ficando assim submetidos às determinações expressas do código. De acordo com
Fortes, (2003):

O que devemos observar é que o contabilista sendo preposto, como é


classificado pelo código, implica alguns pontos que merecem redobrados
cuidados. Parece-me habitual em alguns escritórios de contabilidade, a
colaboração entre vários colegas registrados no CRC, que na condição de
amigos, executam os trabalhos contábeis uns dos outros, sobretudo nas
sociedades contábeis de fato em que têm clientes em comum. Veja que
pelo Novo Código Civil, se não for expressamente permitido pela empresa,
esta prática poderá acarretar responsabilidade pessoal do contabilista
contratado, que repassou a preposição para terceiros.

De acordo com o texto acima, podemos concluir que a preposição dada pelo
preponente não pode ser sub-estabelecida, e se o serviço for executado por outro
contabilista que não o contratado pelo preponente, o contabilista contratado será o
responsável. Assim, a posição do profissional de contabilidade nos seus aspectos
fundamentais, passa a figurar no Novo Código Civil, emprestando-lhe maior
visibilidade junto à sociedade.

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O Novo Código Civil Brasileiro aponta de forma objetiva no sentido da
responsabilidade profissional do contabilista, que nos exercícios de suas funções e
sendo eles considerados prepostos, são pessoalmente responsáveis, perante os
preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o
preponente, pelos atos dolosos.

De acordo com Fortes (2003. p. 2):

o Novo Código Civil veio de forma frontal, responsabilizar também o


contabilista que age de forma voluntária conivente e dolosa junto com o
preponente. Isto reforça a posição de que o profissional, deverá atuar com
zelo, diligência e observância às normas legais, contábeis e de forma ética,
sob pena de, em alguns pontos, eximir o empresário das responsabilidades
e quando não, respondendo solidariamente pelos seus atos imprudentes ou
ilícitos.

Convém observar, ainda, um ponto importante sobre a responsabilidade do


contabilista na sua condição de preposto. Se o trabalho estiver sendo feito dentro do
estabelecimento do preponente e se foram realizadas de forma inadequada, o
preponente é responsável pelos atos dos prepostos, sejam eles contabilistas, desde
que praticados no estabelecimento e relativos à atividade da empresa, ainda que
não autorizados por escrito.

Já nas hipóteses em que os trabalhos ou tais atos forem praticados ou


realizados pelo contabilista fora do estabelecimento, somente obrigarão o
preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito.

Desta forma, se faz indispensável o contrato de prestação de serviços


contábeis por escrito, devidamente assinado pelas partes e subscrito por duas
testemunhas. Neste instrumento deverão constar de forma inequívoca os direitos e
obrigações das partes. Segundo Meireles (2002. p. 22):

...deve, porém ser esclarecido que o contabilista e outros auxiliares


contábeis, apesar de responderem de forma solidária perante terceiros
pelos seus atos dolosos, quando assim agem por vontade própria e
exclusiva, à revelia do preponente, respondem perante este de forma
regressiva pelos atos ilícitos ou no que exceder a prestação principal
inadimplida.

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4. A responsabilidade do contabilista e o Novo Código

As atribuições do contador aumentaram com Novo Código Civil. Deste modo,


ele pode responder civilmente, podendo ter de pagar indenização caso se comprove
fraude contábil. O Novo Código Civil usa o vocábulo contabilista em substituição a
Bacharel em Ciências Contábeis e técnico de contabilidade, que são efetivamente
as duas categorias profissionais registradas no Conselho Regional de Contabilidade.

O Código traz alguns artigos que tratam especificamente da profissão do


contabilista e definem a responsabilidade civil do contabilista pelos atos relativos a
escrituração contábil e fiscal praticados por este e quando houver danos a terceiros.

O artigo 1.177 versa sobre os lançamentos contábeis nos livros ou fichas da


empresa e tais procedimentos têm validade como se fossem feitos pelo preponente,
na hipótese de não haver erro. Caso contrário, o contabilista será responsabilizado.
Já o artigo 1.178, afirma que os preponentes são responsáveis pelos atos de
quaisquer prepostos, praticados no seu estabelecimento e relativos à atividade da
empresa, ainda que não autorizados por escrito. O parágrafo único do artigo acima
citado esclarece que, quando o preposto atua fora do estabelecimento, a
responsabilidade do preponente está circunscrita aos limites da preposição.

Para melhor compreensão,esclarecemos que dolo é quando há a intenção de


cometer um erro; e culpa é quando o ato praticado for involuntário. Como agora o
contabilista é tratado como preposto do sócio numa sociedade e responde à
empresa ou ao empresário pelos atos praticados com culpa, ou seja, quando não há
intenção de provocar o dano no exercício de sua atividade, mas o provoca por
imperícia, negligência ou imprudência ou seja, com dolo, quando o contabilista
praticar atos com intenção ou assumindo o risco de danos, são denominados atos
dolosos.

Torna-se interessante salientar aqui o artigo 1.080, do Novo Código Civil, o


qual tem o seguinte teor: “as deliberações infringentes do contrato ou da Lei tornam
ilimitada a responsabilidade dos que expressamente as aprovaram”. Entende-se aí
que, desde que as partes pactuaram, é porque estão de acordo. A menção deste
comentário tem apenas cunho preventivo, pois não ignoramos que o contabilista,

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não raras vezes é compelido a tomar decisões sobre registros contábeis, entre
outros afazeres que, direta ou indiretamente afetam o patrimônio da entidade. Desta
forma, segundo Silva (2004. p. 22):

A responsabilidade do contabilista foi severamente ampliada com a entrada


em vigor do Novo Código Civil, podendo o mesmo responder, pessoal e
solidariamente, perante a empresa e terceiros, inclusive com patrimônio
pessoal. Responderá pessoalmente quando agir com culpa. Tal qual no
ramo do direito penal: age com culpa aquele que age com negligência,
imprudência ou imperícia, onde o agente embora pratique o ato desconhece
ou não espera o resultado, ou seja, o resultado é alheio a vontade do
agente. Sob a responsabilidade pessoal. O contabilista responderá perante
seu contratante, o qual poderão exigir os reparos cabíveis. Responderá
solidariamente quando agir com dolo. A definição de dolo também emana
do direito penal. Age com dolo o agente que almeja o resultado e assume o
risco de produzí-lo.

Após a conceituação técnica é imprescindível registrar que quem vai exigir a


responsabilidade dos contabilistas com base no Novo Código Civil é seu contratante
ou o credor deste. Silva (2004. p. 28) ressalta que:

Isso nos leva a concluir que, salvo melhor juízo, doravante o contabilista
poderá ser severamente responsabilizado em qualquer hipótese, haja ele
com culpa ou dolo, pois em função dessa norma não poderá alegar
praticamente nada a seu favor. Eis que se alegar desconhecimento
profissional, por exemplo, terá agido com culpa (negligência, imperícia ou
imprudência), se errar tendo o conhecimento necessário, terá agido com
dolo, portanto, esperava o resultado.

De acordo com Martins (2002. p. 2):

...por ser Código Civil, provavelmente, nós profissionais da Contabilidade e


nossos órgãos mais relevantes da profissão na sua parte técnica, como o
Conselho Federal de Contabilidade e o IBRACON – Instituto Brasileiro de
Auditores Independentes, bem como outros órgãos que muito têm a ver com
nossas demonstrações, como a CVM – Comissão de Valores Mobiliários e o
Banco Central, acabam por não perceber que dentro da tramitação do
projeto que se tornou essa Lei, estavam inseridos tais artigos tão mal
preparados. Parece que agora há um movimento no sentido de se evitar a
calamidade, mas mesmo que isso ocorra, vale a pena verificar o porquê da
preocupação de tantos profissionais tão sérios ... Novamente os
legisladores e/ou seus auxiliares mostram parecer não entender nem de
Contabilidade nem de Economia...

5. Considerações Finais

O contabilista assume papel de destaque na vida empresarial, principalmente


nas médias e pequenas empresas, desempenhando funções fiscais, legais e

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gerenciais que às vezes extrapolam o seu campo profissional. Figura indispensável
no dia-a-dia destas, este profissional se encarrega das atribuições de controle
financeiro e patrimonial das empresas.

Este trabalho teve como foco principal evidenciar algumas alterações do Novo
Código civil Brasileiro, no que tange às responsabilidades do contabilista perante o
mesmo.
Desta forma, as novas normas do direito civil, principalmente aquelas que
dizem respeito diretamente à parte empresarial, além, é claro, da responsabilidade
do próprio contabilista enquanto profissional da contabilidade, vem auxiliá-los na
tomada de decisão junto aos seus clientes, empregadores e contratantes.
Diante disso, é necessário que os contabilistas estejam preparados para as
normas estabelecidas pelo Novo Código Civil Brasileiro, pois serão
responsabilizados por erros cometidos, sejam eles por culpa ou dolo. Assim sendo,
chegou a hora dos contabilistas atentarem para os preceitos éticos. A profissão,
uma das mais antigas do mundo, passou por constantes inovações.

Cabe ao contabilista, como sempre fez, e agora ainda mais, preocupar-se em


prestar melhores serviços junto a seus clientes, devendo ainda, ocupar-se de
renovar seus conhecimentos técnicos e de todos aqueles que com ele trabalham,
visando a melhoria contínua na orientação e solução de questões inerentes à
profissão contábil. Agora, com o Novo Código Civil Brasileiro, o contabilista tem uma
proteção e argumentação para dispensar trabalhos que poderão ser caracterizados
como fraudes ou corrupção, ou seja, os profissionais contábeis devem estar atentos
e lutarem para que além das regras do Novo Código Civil, seja também cumprido o
Código de Ética da profissão.

A edição do Novo Código Civil Brasileiro provocou reações nos meios


acadêmicos, nas entidades de classes representativas dos contabilistas e também
em profissionais que atuam em empresas de consultorias, dentre estes, advogados
e contadores. Pelo que se lê nas muitas publicações, por meio de livros, revistas e
artigos, as reações variam. Acredita-se que com o passar do tempo, a tendência é a
aceitação do Novo Código Civil Brasileiro, mesmo porque, trata-se de um texto
discutido pela sociedade e, sobretudo, aprovado pelo Congresso Nacional.

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Por fim, no que tange aos órgãos de classe, estes vem recomendando
cuidados redobrados na confecção dos relatórios com informações contábeis da
empresa. E aqui cabe recomendar que, quando do estabelecimento de um contrato
entre o contabilista e a empresa, neste deve constar claramente as atribuições do
contabilista.

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