Vous êtes sur la page 1sur 34

03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.

htm

Curso on-line de Aperfeiçoamento em Agricultura Orgânica


Prof. Silvio Penteado
Aula 17

RECOMENDAÇÕES DE CONTROLE ALTERNATIVO

1. Características das doenças causadas por bactérias


Cancro-bacteriano: Clavibacter michiganensis subsp.. Sintomas: descoloração
vascular e a murcha total ou parcial da plantas, com queima dos bordos dos
folíolos. Surge pequenos cancros cor de palha nos pedúnculos, e manchas do tipo
olho-de-perdiz nos frutos, como o tomate.

Crestamento bacteriano de halo – Pseudomonas syringae. Nas folhas, os


sintomas são lesões necróticas, de tamanho reduzido, formato irregular ou
arredondado, pequenas pontuações, com pronunciados halos de coloração verde-
pálido a amarelado, de forma circular. Controle: uso de cultivares resistentes,
rotação de culturas, eliminação de restos culturais e pulverizações foliares com de
cobre.
Mancha-bacteriana: São doenças causadas por bactérias como: Xanthomonas
campestris pv. Sintomas: Nas folhas são semelhantes aos da pinta-bacteriana,
sendo distintos nos frutos, onde as lesões são maiores, mais claras e mais
profundas . Provoca queda de flores, no ataque por ocasião do florescimento.
Condições: temperaturas altas 20 a 30°C.

• Pinta- bacteriana ou Mancha-bacteriana pequena ou pústula-bacteriana: São


doenças causadas por bactérias como: (Pseudomonas syringae pv. Sintomas: Nos
frutos pontuações negras, superficiais, que podem ser arrancadas com a unha.
Primeiramente é observada nas folhas baixeiras, na forma de pequenas manchas
necróticas de coloração marrom, normalmente circundadas por um halo amarelo.
Durante a floração pode provocar intensa queda de flores. Condição: temperaturas
amenas (18 a 24°C) e alta umidade.

• Murcha-bacteriana: São doenças causadas por bactérias, como Ralstonia


solanacearum): Sintomas: Murcha da planta, de cima para baixo, a partir do início
da floração, permanecendo as folhas verdes. A parte inferior do caule se toma
amarronzada e ocorre a exsudação de um pus bacteriano quando se faz o "teste-do-
copo". Para o teste, colocar um pedaço de caule da plantas suspeita em um copo
com água. Em caso positivo, observa-se a exsudação de um pus ou gel bacteriano
na água. Condição: Solos encharcados e alta temperatura (comum no verão e em
regiões de clima quentes). A bactéria pode permanecer por vários anos no solo.

Talo-oco ou podridão mole dos frutos: São doenças causadas principalmente por
Erwinia carotovora subsp. carotovora e por E. chrysanthemi. Sintomas: A bactéria
penetra através de ferimentos, como de insetos que provocam furos nos frutos
Essas bactérias são as responsáveis pelas podridões em tomate. Condição:

cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 1/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

temperaturas e umidade elevadas e ferimentos para ocorrer a infecção.

++ = muito eficiente - + = pouco eficiente - - = sem eficiência ou eficiência muito baixa

2. Características das doenças causadas por fungos


(culturas anuais e hortaliças)
DOENÇAS SINTOMAS CONDIÇÕES CONTROLE
FAVORÁVEIS ALTERNATIVO
Antracnose – As folhas afetadas Ocorre com maior Uso de sementes
Colletotrichum apresentam lesões severidade onde as sadias, cultivares
lindemuthianum que ocorrem condições climáticas são resistentes,
inicialmente na face mais favoráveis, com tratamento
inferior da folha, temperaturas amenas alternativo das
caracterizando-se (14 a 20ºC) C) e alta sementes. Fazer
por um umidade relativa. O rotação de
enegrecimento das patógeno pode culturas, Utilizar
nervuras que se sobreviver em restos de chá de cavalinha;
estende aos culturas, sendo a macerado de
tecidos adjacentes. emente infectada a urtiga, calda
Nas hastes, vagens principal fonte de bordalesa, calda
e sementes, as disseminação da viçosa, calda
lesões são doença. sulfocálcica, ácido
geralmente de pirolenhoso e
coloração escura, sílica
arredondadas ou
ovaladas, e
deprimidas em
relação à superfície
do órgão.
DOENÇAS SINTOMAS CONDIÇÕES CONTROLE
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm Á 2/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

FAVORÁVEIS ALTERNATIVO
Ferrugem – Os sintomas se Em condições uso de cultivares
Uromyces manifestam nas favoráveis, temperatura resistentes,
phaseoli folhas como entre 20-27ºC e alta épocas
pequenos pontos umidade, intercalada por adequadas de
cloróticos, períodos de baixa plantio e
evoluindo para precipitação e grande tratamento
pústulas salientes quantidade de orvalho, alternativo com
de cor pode causar elevados caldas cúpricas e
esbranquiçada ou prejuízos para as sulfocálcica.
amarelada, que culturas.
aparecem
preferencialmente
na face inferior das
folhas. Em poucos
dias, surgem
pequenas.pústulas
de cor ferrugem em
ambas as
superfícies das
folhas, quase
sempre rodeadas
por um halo
amarelo. Folhas
severamente
atacadas tornam-se
amarelas, secam e
caem
Mancha angular Os sintomas desta A doença é favorecida A doença é
– Isariopsis doença podem ser por temperatura entre 18 transmitida pela
griseola observados no -25ºC associada com semente,
caule, folhas e períodos de alta devendo fazer o
vagens. Nas folhas umidade. Ocorre com uso de sementes
verdadeiras, as maior freqüência sadias
lesões são durante o estádio de
angulares, formação e maturação Rotação de
delimitadas pelas de vagens culturas, época
nervuras de adequada de
coloração pardo- plantio,
acinzentada, visível
na face inferior da e tratamento
folha. Nas hastes, alternativo com
as lesões podem caldas cúpricas.
ser alongadas e de
cor castanho-
escuro,sendo que
nas vagens as
lesões são quase
circulares, de
coloração
castanho-
avermelhado, com
os bordos escuros.
Mancha-de- Verifica-se a Temperatura elevada cultivares
estenfílio presença de (acima de 25º C) e resistentes, não
(Stemphyllium manchas umidade alta Plantas deixar que ocorra
spp.) pequenas, escuras com deficiência desequilíbrio

cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 3/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

e angulares nas nutricional são mais nutricional na


folhas. Algumas vulneráveis. O fungo planta e
manchas sobrevive de um ano incorporar os
apresentam para outro, restos culturais
rachaduras no saprofiticamente, nos imediatamente
centro das lesões. restos culturais e em após o fim da
Os sintomas hospedeiros última colheita.
começam a surgir alternativos. A doença e
nas folhas mais também transmitida pela
jovens. O ataque semente.
severo provoca
intensa queima das
folhas, devido ao
coalescimento das
lesões e necrose
das hastes. Os
frutos não
apresentam
sintomas.
DOENÇAS SINTOMAS CONDIÇÕES CONTROLE
FAVORÁVEIS ALTERNATIVO
Mela-de- As folhas e hastes Excesso de irrigação e Evitar solos
rizoctonia infestadas chuvas durante a fase compactados ou
(Rhizoctonia apresentam de maturação dos frutos. sujeitos a
solani) podridão mole e O ataque e mais severo encharcamentos,
aquosa (mela), em lavouras com alta evitar locais e
principalmente nas densidade de plantas, épocas favoráveis
partes que ficam conduzidas em solos a doença, adotar
em contato direto orgânicos, argilosos ou uma densidade
com o solo. Os compactados e onde ha adequada de
frutos doentes acúmulo de água na plantas, plantar
apresentam superfície do solo. A preferencialmente
podridão marrom, doença se desenvolve cultivares mais
mole e aquosa, mais em lavouras de eretas, controlar a
coberta por um plantio direto e em áreas irrigação de modo
mofo marrom-claro onde os restos da a evitar o excesso
Geralmente cultura anterior não de água no solo,
observam-se foram bem incorporados Planejar a data de
grânulos de solo ou ou decompostos. plantio para evitar
tecido foliar a ocorrência de
aderidos as lesões. chuvas na fase de
No início da frutificação e
infecção as lesões maturação dos
no fruto podem frutos e incorporar
apresentar anéis os restos culturais
concêntricos. imediatamente
após a última
colheita.
Murcha-de- Ocorre a murcha Temperatura alta (em O fungo
fusárium das folhas torno de 28°C), solos
(Fusarium superiores, arenosos e com pH é transmitido pela
oxysporum fsp. principalmente nas baixo. Baixos teores de semente e
Lycopersici). horas mais quentes nitrogênio e fósforo e sobrevive no solo
do dia. As folhas alto teor de potássio. O por vários anos.
mais velhas ataque de nematóides Uso de sementes
tornam-se aumenta a severidade sadias,
amareladas e da doença, em função tratamento
químico cultivares
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 4/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

muitas vezes dos ferimentos com resistência


observa-se murcha causados nas raízes. O as raças do
ou amarelecimento fungo sobrevive no solo patógeno, evitar o
de apenas um lado por períodos superiores plantio em áreas
da planta ou da a sete anos, sabidamente
folha . Os frutos principalmente através infestadas pelo
amadurecem ainda de microescleródios fungo e/ou por
pequenos e a (estrutura de resistência nematóides
produção e do fungo). mudas patogênicos ao
reduzida. Ao cortar infestadas, implementos tomateiro e fazer
o caule próximo as agrícolas e da água de rotação de cultura
raízes, verifica-se irrigação. com gramíneas.
necrose do sistema
vascular,
caracterizada pelo
escurecimento dos
tecidos periféricos à
região da medula
Não se observa
podridão na medula
e nem nas raízes,
mas estas ficam
atrofiadas.
DOENÇAS SINTOMAS CONDIÇÕES CONTROLE
FAVORÁVEIS ALTERNATIVO
Murcha-de- Murcha suave e Verticillium dahliae é Como medidas de
verticílium parcial da planta bem adaptado a regiões manejo,
(Verticillium nas horas mais de solos neutros ou recomendam-se
dahliae) quentes do dia. As alcalinos e com plantar cultivares
folhas mais velhas temperaturas amenas resistentes e
se tomam (20 a 24°C) e até mais fazer rotação da
amareladas e elevadas. O fungo cultura com
necrosadas nas sobrevive no solo por gramíneas.
bordas, em forma mais de oito anos
de "V" invertido. Os através de
frutos ficam microescleródios, e
pequenos e mal infecta mais de 200
formados e a hospedeiras.
produção é Disseminação:Sementes
reduzida. Leve infectadas, mudas de
redução de solos infestados e pela
crescimento e tem irrigação.
o sistema radicular
atrofiado. Cortando-
se o caule na
região do colo
verifica-se leve
necrose vascular,
porém não tão
intensa quanto a
causada por F.
oxysporum f.sp.
lycopersici.
Oídio – Os sintomas se Ocorre com maior uso de cultivares
Erysiphe manifestam nas intensidade em resistentes, época
polygoni folhas, hastes e condições de seca e de adequada de
vagens. Os temperaturas plantio e

cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 5/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

primeiros sintomas moderadas, podendo tratamento com


são manchas causar sérios danos à calda sulfocálcica
verde-escuras na cultura se ocorrer antes ;biofertilizante
parte superior das da formação de vagens. (residuo
folhas que logo fermentativo)
tornam-se
pulverulentas e
brancas, podendo
tomar toda a
superfície foliar.

As vagens afetadas
também
apresentam
crescimento
pulverulento e,
dependendo da
intensidade do
ataque, pode
causar
deformações e
queda de vagens.
DOENÇAS SINTOMAS CONDIÇÕES CONTROLE
FAVORÁVEIS ALTERNATIVO
Pinta-preta Esta doença afeta A doença ocorre tanto Não existem
(Alternaria toda a parte aérea na estação chuvosa cultivares
solani) da planta, a partir quanto na seca, sendo comerciais
das folhas mais favorecida por resistentes. Deve-
velhas e próximas temperatura elevada se pulverizar
ao solo. Na folha, a (24° a 34°C) e umidade preventivamente
doença caracteriza- alta. com os fungicidas
se pela presença cúpricos,
de manchas O fungo sobrevive nos registrados para
grandes, escuras, restos culturais e infecta essa doença.
circulares, com outras hortaliças como a Recomenda-se
anéis concêntricos. batata e a berinjela, também
O ataque severo além de invasoras como incorporar os
provoca desfolha o juá-de-capote. A restos culturais
acentuada e expõe doença é transmitida imediatamente
o fruto à queima de também por sementes. após a última
sol. Surgimento de colheita e fazer
cancro no colo e rotação de cultura
nas hastes. Nesse com gramíneas.
caso, o sintoma é
caracterizado por
lesões grandes,
com anéis
concêntricos,
semelhantes aos
que ocorrem nas
folhas.Os frutos,
apresentam uma
podridão deprimida,
grande, circular,
próxima ao
pedúnculo, coberta
por um mofo preto
na superfície.
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 6/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

Podridão presença de lesões alta compactação do Sementes sadias


radicular seca – avermelhadas na solo e a alta umidade do e rotação de
Fusarium solani raiz e na parte solo, que diminuem a culturas.
inferior do caule, de taxa de difusão de
tamanho emargens oxigênio, e a alta
indefinidos, temperatura .Além de
tornando-se mais ser transmitido pela
tarde pardo- semente, o patógeno
escuras. Como pode sobreviver em
conseqüência do restos de cultura
progresso da
infecção na raiz
principal, as raízes
laterais morrem e,
em condições
favoráveis,ocorre
morte parcial ou
total dos ramos.
Podridão-de- Plantas doentes A incidência da doença Em locais e
esclerócio apresentam uma é maior em períodos épocas favoráveis
(Sclerotium podridão mole e quentes (30 a 35°C) e à doença, adotar
rolfsii) aquosa, chuvosos, em lavouras menor densidade
principalmente nas conduzidas em solos de plantio e
folhas, hastes e muito argilosos e/ou plantar
frutos, que ficam compactados, com preferencialmente
em contato direto encharcamento do solo. cultivares de
com o solo.Em Ferimentos nas raízes e porte ereto. Evitar
condições de alta no colo das plantas excesso de água
umidade, há um também favorecem a no solo,
crescimento infecção e agravam o principalmente
micelial muito desenvolvimento da durante a floração
vigoroso, de cor doença. O fungo e frutificação, e
branca, semelhante sobrevive no solo por planejar a data de
a fios de algodão, vários anos na forma de plantio de modo a
na superfície dos escleródios e nos restos evitar chuvas na
tecidos afetados. É culturais. fase de
comum também a frutificação e
formação de maturação dos
pequenos grânulos frutos. A área de
de cor marrom- plantio deve ser
claro (escleródios) descompactada
na superfície dos
tecidos afetados.
DOENÇAS SINTOMAS CONDIÇÕES CONTROLE
FAVORÁVEIS ALTERNATIVO
Podridão-de- Os sintomas desta Os escleródios podem Não plantar sob
esclerotínia – doença aparecem permanecer viáveis por condição de clima
Mofo branco na fase reprodutiva mais de 10 anos no frio e chuvoso;
(Sclerotinia do tomateiro, solo. A sua não plantar em
sclerotiorum) durante a floração e disseminação ocorre solo compactado
formação de frutos. através dos sujeito a
A doença é implementos agrícolas. encharcamento;
observada em não fazer cultivos
reboleiras, O fungo afeta as sucessivos de
identificada pela solanáceas, batata, ervilha,
seca prematura e leguminosas, brássicas feijão, girassol,
localizada de várias e outras famílias pimentão, soja e
botânicas.
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 7/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

plantas. O fungo O ataque é mais severo tomate; adotar


causa "mela" das em lavouras cultivadas menor
folhas e das hastes sob condições de clima adensamento em
em contato com o ameno (15 a 21°C) e locais e épocas
solo. Com o umidade alta. A doença favoráveis à
amadurecimento da é agravada em solos doença; plantar
planta, o caule e as com problemas de cultivares de
hastes infectadas compactação, onde há porte ereto; evitar
apresentam uma acúmulo de água, e em o excesso de
podridão branca ou plantios muito densos água no solo;
cor de palha . com crescimento incorporar os
Podem provocar vegetativo vigoroso e restos culturais o
uma podridão mole, com baixa circulação de mais profundo
e cobrem-se ar. possível; e em
posteriormente por áreas novas e
uma densa massa ainda não
de micélio branco, infestadas, fazer
de aspecto rotação da cultura
cotonoso, na qual com gramíneas
se formam os
corpos duros e
pretos, que são os
esclerócios.
Requeima A requeima causa A doença é favorecida Deve-se evitar a
(Phytophthora manchas em condições de clima irrigação em
infestans) encharcadas, ameno e úmido. excesso e o
grandes e escuras Epidemias também plantio em local
nas folhas.Na face podem ocorrerem frio e úmido,
inferior da lesão regiões secas ou em sujeito a excesso
geralmente épocas relativamente de neblina e
observa-se um quentes, desde que a orvalho. Em
mofo pulverulento temperatura da noite épocas e locais
esbranquiçado, que permaneça em tomo de com clima
é a esporulação do 18 °C a 22 °C por favorável a
fungo. As brotações períodos prolongados e doença e em
jovens apresentam a umidade do ar seja áreas onde a
podridão alta (acima de 90%). requeima ocorre
encharcada e de forma
escura, semelhante endêmica,
aos sintomas nas pulverizar
folhas. Nos frutos, a preventivamente
podridão é dura, de ou logo no início
coloração marrom- do aparecimento
escura. O ataque dos primeiros
severo provoca sintomas.
grande desfolha e
podridão dos frutos.
Septoriose Doença A incidência é mais Devem-se fazer
(Septoria caracterizada pela severa nos cultivos pulverizações
lycopersici) presença de feitos durante o período preventivas com
manchas quente (25 a 30°C) e os fungicidas
pequenas, chuvoso do ano, porém cúpricos. É
circulares, ataques severos podem importante a
esbranquiçadas, ocorrer também no rotação de cultura
com pontuações período seco, desde que com gramíneas e
negras (picnídios) haja bastante orvalho ou a incorporação
no centro da lesão excesso de irrigação. O dos restos
nas folhas. 0 fungo fungo sobrevive nos culturais
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 8/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

infecta inicialmente restos culturais do imediatamente


as folhas mais tomateiro e é transmitido após a última
velhas. Ataques através das sementes. colheita.
severos causam Várias solanáceas são
também lesões nas hospedeiras alternativas
hastes, pedúnculo desse fungo, dentre elas
e cálice, porém os a batata e a berinjela.
frutos permanecem
sadios
Adaptado de: http://www.cnph.embrapa.br/sistprod/tomate/doencas.htm

3. Características das doenças causadas por vírus

Mosaico comum (VMCF):

Características: É uma doença amplamente disseminada e as


perdas na produção dependem da cultivar, da estirpe do vírus
e da idade da planta no momento da infecção. Esta doença é
transmitida pela semente e dentro da lavoura é disseminada
por várias espécies de pulgões, principalmente a espécie
Myzus persicae.
Os sintomas mais comuns são os em forma de mosaico,
manifestando-se em cultivares infectadas um mosaico
composto por áreas verde-claro intercaladas por áreas verdes
normais e na maioria das vezes apresentando rugosidade e
enrolamento das folhas. Estas folhas freqüentemente são
menores que as folhas sadias. As plantas infectadas
apresentam crescimento reduzido e às vezes atrofiamento
com deformações nas vagens e botões florais.
Controle: uso de cultivares resistentes, de sementes sadias e
controle do inseto vetor.

Mosaico dourado (VMDF)

Características: O vírus do mosaico dourado é transmitido


pela mosca branca, Bemisia tabaci, A cultura da soja,
excelente hospedeira para alimentação e reprodução da mosca
branca e pode favorecer sua disseminação.
Os sintomas iniciam-se nas folhas mais novas com um
alpicamento amarelo vivo, tomando posteriormente todo o
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 9/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

limbo foliar ou toda a planta, delimitado pela coloração verde


das nervuras, dando um aspecto de mosaico. Dependendo da
cultivar e do desenvolvimento das plantas na ocasião da
infecção, os sintomas podem variar, ocorrendo deformações,
encarquilhamento e redução no tamanho das folhas, vagens e
ramos. Quando a infecção ocorre antes ou até o
florescimento, provoca abortamento das flores e reduz o
número de vagens e grãos. Altas temperaturas, períodos
prolongados de umidade relativa baixa, alta população de
hospedeiros da mosca branca e cultivo contínuo de
leguminosas (feijão e soja) e outras hospedeiras, durante o
ano, são os principais responsáveis pelo agravamento da
doença.
Controle: uso de cultivares resistentes, época adequada de
plantio e aplicação de produtos alternativos de combate á
mosca branca.
Mosaico amarelo (VMAF)
Características: O vírus do mosaico amarelo é disseminado na
lavoura por afídeos (pulgão e tripés), não sendo transmitido por
sementes, o que constitui uma das principais diferenças entre o
vírus do mosaico amarelo e o vírus do mosaico dourado.
Os sintomas característicos são áreas cloróticas irregulares
intercaladas com áreas verdes normais da folha. No caso de
infecção precoce, as plantas tornam-se enfezadas, as folhas
adquirem mosaico brilhante, tornando-se quebradiças, e os
folíolos tornam-se enrolados. Pode ocorrer superbrotamento e
retardamento da maturação das plantas.
Controle: uso de cultivares resistentes e aplicações de produtos
alternativos para o controle do inseto vetor do vírus.
Viroses do complexo do vira-cabeça do tomateiro
Características: A doença vira-cabeça do tomateiro é causada
por várias espécies de tospovírus na família Bunyaviridae. No
Brasil em geral, os tospovírus causam grandes prejuízos
econômicos às hortaliças e ornamentais. Frequentemente surtos
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 10/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

epidêmicos são observados principalmente nas culturas de tomate,


pimentão e alface.
Transmissão: As espécies TSWV, TCSV, GRSV e CSNV
apresentam um amplo círculo de hospedeiros abrangendo mais de
1000 espécies botânicas principalmente nas famílias Solanaceae e
Compositae. as espécies de tripes, Frankliniella occidentalis e F.
Shultzei são importantes vetores dessas espécies de tospovírus.
Uma particularidade da transmissão do vírus pelo tripes é que o
vetor somente pode adquirir o vírus na fase de larva tornando-se
posteriormente apto a transmiti-lo por toda a sua vida. Outra
particularidade na transmissão é que também o vírus se multiplica
no vetor portanto, a relação de transmissão é do tipo
circulativa/propagativa
Os sintomas característicos observados em plantas doentes são:
em tomateiro arroxeamento ou bronzeamento das folhas, ponteiro
virado para baixo, redução geral do porte da planta e lesões
necróticas nas hastes. Os frutos quando maduros, apresentam
lesões anelares concêntricas
Controle: Controle dos afídeos. Não existem evidências de
transmissão por sementes. Atualmente existem no mercado várias
cultivares/híbridos com resistência aos tospovírus todas,
portadoras do gene de resistência Sw-5
Mosaico-do-fumo e mosaico-do-tomateiro
Características: Causada pelo TMV (Tobacco mosaic virus) e
virose mosaico-do-tomateiro, causada pelo ToMV (Tomato
mosaic virus) infectam diversas plantas. As perdas dependem da
época de infecção, sendo maiores em infecções precoces.
Sintomas: Freqüentemente no tomateiro estes vírus causam
infecção latente (sem sintomas), mas estirpes severas podem
induzir mosaico suave alternado com embolhamento foliar.
Transmissão: No campo, a transmissão destes vírus é
exclusivamente mecânica, através do contato direto entre plantas,
mãos de operários. Outra forma de transmissão muito eficiente é
através de sementes contaminadas
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 11/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

Potyvirus
Características: São comuns as estirpe do vírus Y da batata
(Potato virus Y - PVY) e o mosaico amarelo do pimentão (Pepper
yellow mosaic virus - PepYMV).
Transmissão: A transmissão desses vírus se dá através de várias
espécies de pulgões ou afídeos através de picadas de prova
(transmissão não persistente) portanto, a transmissão do vírus
ocorre em segundos. As formas aladas são mais importantes
epidemiologicamente do que as formas ápteras. As infecções após
a floração são menos danosas.
Sintomas: O sintoma do PVY se manifesta como mosaico e
necrose generalizada das nervuras das folhas ficando a planta com
aparência de pinheiro de natal. O PepYMV induz mosaico e
deformação foliar.
Medidas alternativas para controle das viroses
Para o controle de viroses devem ser tomadas medidas
preventivas e em conjunto por todos os produtores da região, pois
não existem medidas curativas. Recomenda-se:

plantar sementes de boa procedência ou, caso se faça a produção


própria, observar os cuidados constantes na produção de
sementes, produzir mudas em viveiro ou telado à prova de insetos
e em local isolado de campos cultivados com plantas hospedeiras
principalmente solanáceas e compostas;

manter sempre limpas as mãos, instrumentos e implementos,


lavando-os com sabão ou detergente após cada operação;

nunca fumar durante o manuseio das mudas;

evitar plantios seqüênciados e não sendo possível, não fazer novos


plantios ao lado de campos abandonados com alta incidência de
viroses;

controlar adequadamente as plantas daninhas.

cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 12/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

A aplicação de produtos alternativos não tem qualquer efeito no


controle de viroses de transmissão não persistente, como os
potyvirus.

Para vírus transmitidos de forma persistente ou circulativa, a


utilização de defensivos alternativos pode ter um efeito de reduzir
a incidência da doença desde que as medidas anteriores tenham
sido observadas.

Aplicação de solução de água e leite (5 a 10%), tem dados bons


resultados em testes do Instituto Agronômico de Campinas.

4. Características das doenças causadas por nematóides

Características: Em geral, terrenos arenosos ou franco-arenosos


são mais favoráveis, por facilitarem a movimentação e a migração
dos nematóides. Cultivos sucessivos de batata, quiabo, ervilha,
feijão, soja e tomate favorecem a multiplicação dos nematóides,
propiciando um ataque mais severo. Os nematóides sobrevivem
na lavoura, principalmente em plantas vivas, uma vez que são
parasitas obrigatórios. No entanto, ovos e larvas podem
sobreviver por períodos prolongados na matéria orgânica e nas
camadas mais profundas e úmidas do solo.
Prejuízos: Os danos causados por esses microrganismos podem
ser totais, dependendo da espécie, da cultivar e do estádio de
desenvolvimento da planta; umidade e temperatura do solo;
espécies, raça fisiológica e densidade populacional do nematóide.
Espécies: Dentre as espécies de nematóides identificadas, as mais
comuns são: Meloidogyne incognita, M. javanica e Pratylenchus
brachyurus.
Sintomas: Os sintomas mais característicos são observados nas
raízes, devido às alterações anatômicas e fisiológicas das células.
As raízes infectadas apresentam deformações chamadas galhas,
muitas vezes com diâmetro superior ao das raízes sadias e,
quando a infecção é severa, as galhas podem-se fundir umas às
outras, de modo que todo o sistema radicular fica completamente
deformado. As plantas infectadas por nematóides podem mostrar
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 13/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

sintomas de definhamento, amarelecimento das folhas e murcha


nas horas mais quentes do dia.
Controle: Rotação de cultura com gramíneas; não plantar
sucessivamente na mesma área, batata, ervilha, feijão, quiabo,
soja e tomate; não plantar em áreas muito infestadas; fazer aração
profunda; deixar o solo exposto ao sol antes de fazer a gradagem;
incorporar os restos culturais imediatamente após a ultima
colheita; plantar cultivares tolerantes, uso de cultivares
resistentes, plantio de adubos verdes, como crotalárias, que
funcionam como armadilhas para os nematóides e reduzem sua
população.
PRINCIPAIS INSETOS-PRAGAS

1.Vetores de viroses:

São consideradas pragas-chaves importantes, causando sérios


prejuízos ás plantas e hortaliças, quando o plantio e a colheita são
sucessivos numa mesma área, possibilitando aumento da
população da praga, devido às gerações de insetos contínuas e
superpostas.

Os vetores de viroses ocorrem na fase inicial da cultura, até os 60


dias da germinação, período em que as plantas são mais
suscetíveis, causando danos severos ao estande. A transmissão das
viroses ocorrem por uma simples “picada de prova” dos insetos
vetores.

Os principais insetos vetores de doenças são:

TRIPES: Frankliniella spp ( transmissor do vírus do vira-


cabeça), Franklinella schulzei Trybom; Trips tabaci Lindeman

São insetos pretos, finos e alongados e muito pequenos, com 2 a 3


milímetros de comprimento. Apresentam, os adultos, um par de
asas reduzidas a uma lâmina estreita e transparente, com pelos
longos em toda a volta, sendo que as formas jovens são
desprovidas de asas. Alimentam-se exclusivamente de seiva,

cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 14/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

tendo rápida multiplicação. Vivem no interior das flores, botões,


brotos e sob as folhas novas.

O trips é cosmopolita, ocorre em todas as regiões do Brasil e em


várias culturas. O aumento populacional está relacionado com o
desequilíbrio químico e hídrico na planta. Desde a formação da
muda até a planta adulta pode ocorrer a praga.

Como controle:o conjunto de técnicas, como a proteção física


(telamento)pulverização de repelentes naturais, caldas de proteção
de plantas, biofertilizantes, plantas repelentes (crotalária) são
importantes. Uso de armadilha em placas (azuis), servem para o
monitoramento e em lavoura não desequilibrada, surtem bom
efeito de controle.

PULGÕES: Myzus persicae (mosaico Y, mosaicos comum e


amarelos); Aphis gossypii

Forma alada

São insetos sugadores, brancos, azuis, cinzas, verdes, marrons


ou pretos, de 1 a 2mm de comprimento, vivendo em colônias
nos brotos, caules macios e parte de cima das folhas,
causando deformações e doenças.

cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 15/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

Os pulgões da espécie M. persicae medem 2 mm de


comprimento, com coloração verde clara, com a cabeça, tórax
e antenas pretas. Os pulgões ao se reproduzirem não
necessitam de macho, originando até 27 indivíduos cada vez.

Devido tipo de alimentação (sugadores de seirva), os pulgões


são importante transmissores de viroses. São encontrados
normalmente em brotações e folhas novas.

Nas plantações de morangos, os pulgões se associam às


formigas lava-pés que fazem seus formigueiros (montinhos de
terra) junto às plantas, protegendo os pulgões. O controle é o
mesmo recomendado para o tripes. As armadilhas adesivas,
de coloração amarela, são as mais eficientes para o pulgão.

MOSCA BRANCA (Bemisia spp)

O inseto adulto mede cerca de 1 mm de comprimento e


assemelham-se às moscas. Ela possui 4 asas membranosas
brancas, cobertas de partículas cerosas, sendo que as asas
anteriores são um pouco maiores que as posteriores. Possui 3
pares de patas, longas e finas. As ninfas nascem na parte
inferior das folhas, sugando sua seiva.

Transmite as doenças viróticas: Mosaico-dourado e


Geminivirus. Como controle: Detergente a 0,5%; armadilhas
adesivas de coloração amarela ou transparente e a mistura de
sabão e cal hidratada.

ÁCAROS: ( T. urticae e A.lycopersici)

cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 16/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

Os ácaros são sugadores de seiva e se localizam sob as folhas,


em colônias, praticamente imperceptíveis à olho nú.
Reproduzem-se muitas vezes, pôr partenogênese, tornando as
colônias mais numerosas.

Ocorrem quando tem-se períodos curtos de seca, em


temperaturas altas. Podem ocasionar perdas pelo atraso no
desenvolvimento das plantas. A identificação precoce do
aumento populacional e a aplicação de caldas com enxofre,
tornam o controle satisfatório, na maioria dos casos.

2. Lepidópteros (Mariposas e Borboletas)

São insetos-pragas que cujos prejuízos são geralmente


causados pelas formas larvais, que podem atacar na fase de
frutificação, afetando os frutos ou abrindo galeria nos caules
das plantas ou alimentando-se das folhas e brotações.
Broca dos frutos ( EX; Broca do tomate :Neoleucinodes
elegantalis, Guenée,1854).

O adulto é uma mariposa medindo em torno de 25 mm de


envergadura, com asas transparentes, sendo que nas anteriores
existe uma mancha cor de tijolo e nas posteriores manchas
marrons esparsas. O inseto tem hábito noturnos e faz as
posturas no fruto, próximo ao cálice ou sobre as sépalas.
Cerca de 3 a 4 dias após, surgem pequenas lagartas que
invadem os frutos, onde ficam num período larval de 25 –30
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 17/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

dias. As lagartas tem coloração rósea avermelhada, com 13


mm de comprimento.

A praga tem como hospedeiras várias espécies de solanáceas


silvestres, como jurubebas, que devem ser eliminadas das
proximidades. O uso de Baccillus thurigiensis e Beuaveria
bassiana mantém a população baixa. Soluções de inseticidas
naturais como nim, pirolenhoso e outros auxiliam o controle.
Usa-se armadilhas com feromômio, atualmente para
monitorar a entrada da praga na área, ou detectar aumento da
sua população. A catação de frutos caídos no chão, é também
necessário.

Broca grande dos frutos (Ex: Broca grande do


tomate:Heliothis zea)

O adulto é uma mariposa com 40 mm de envergadura, com


asas anteriores de coloração cinza esverdeada e as posteriores
esbranquiçadas, com manchas escuras. Os ovos são colocados
em qualquer parte da planta. Ao nascer as larvas raspam as
folhas e a película dos frutos e seguir penetram nos mesmos.
A broca grande é também conhecida como lagarta da espiga
do milho. Tem coloração escura, medindo em torno de 40
mm.

Como sua ocorrência está condicionada ao período de pico de


ocorrência em milho, sua importância está limitada a este
fato. No entanto, se não controlada, pode causar grandes
prejuízos. Os mesmos recomendados para a broca pequena

Traças dos frutos ( Ex: Traça do tomateiro Tuta absolula)

O inseto adulto é uma pequena mariposa de coloração geral


cinza prateada, medindo em torno de 3 mm de comprimento e
11 mm de envergadura. As fêmeas apresentam hábitos
noturnos, colocando cerca de 200 ovos nas folhas, caules e
frutos, com 95% de viabilidade. O prejuízos são causados
pelas larvas da Tuta absoluta, que atacam o tomateiro desde a
germinação, nos ponteiros, nas hastes e nos frutos,
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 18/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

principalmente quando há plantas adultas adjacentes. O fruto


é atacado de forma superficial na casca, como fosse minando
uma folha. A larva fica quase todo o tempo exposta ao
ambiente, ao contrário da broca pequena (N. elegantis), que
fica no interior do fruto.

Deve-se diagnosticar antecipadamente a sua entrada na


lavoura, pois após instalada, torna-se difícil o seu controle. Os
procedimentos para combate, são os mesmos recomendados
para a broca pequena. O emprego de armadilhas com
feromônio, de forma intensiva, tem proporcionado bom
controle.

Lagartas desfolhadoras ( Mechanitis eysmnia)

O adulto é uma mariposa de cores vivas, cuja fêmea faz a


postura na página inferior das folhas em grupos. As larvinhas
passam a viver também em grupo e alimentam-se das folhas,
afetando seu desenvolvimento.

A lagarta das folhas deve ser combatida pelo esmagamento


dos ovos das borboletas brancas ou alaranjadas,
principalmente nos repolhos, na couve, etc. Os ovos são
pontos amarelos ou alaranjados colocados nas folhas,
formando manchas que devem ser esmagadas. As lagartinhas
são escuras e devoram as folhas. O controle poderá ser feito
com inseticidas naturais, como nim e Bacillus

Lagarta Rosca

A lagarta rosca mata a alface, roendo o seu colo e as suas


raízes. Como são de hábitos noturnos, devemos cavar 10cm
de profundidade, nos pés mortos, matando as que forem
encontradas.
Mosca minadora (Lifiomyza sativae)
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 19/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

O inseto adulto é uma mosca com cerca de 1,5 mm de


comprimento, cuja fêmea faz a postura de ovos nas folhas do
tomateiro, abóbora ou outra planta. O dano é causado pelas
larvas da mosca, que abrem galerias nas folhas e galerias,
interferindo no desenvolvimento da planta. Quando o ataque é
muito severo, ocasiona a queda de folhas e mesmo a quebra
dos ramos.

Ocorrência: Ocorre em todas as épocas do ano,


principalmente porque tem vários hospedeiros de importância
agrícola, como o feijão, a batata, o pepino, etc.Controle: Os
mesmos recomendados para a broca pequena.

3. Outros insetos-pragas

Caracóis, lesmas e tatuzinhos

São moluscos cujo combate natural pode ser feito com a


construção de uma valeta cheia de água, ao redor de toda a
horta, para evitar que esses animais, existentes nas
proximidades, possam invadi-la. Outra técnica é espalhar
iscas colocadas dentro de "caxotinhos" ou latas espalhadas
por toda a horta. A isca pode ser um legume macio como
chuchu, com sal. Esses animais são atraídos pela isca e pelo
escuro de dentro da armadilha e morrem. Podemos, também,
fazer uma catação, pela horta, esmagando o que
encontrarmos.

Cochonilhas

São insetos sugadores que retiram a seiva das plantas,


definhando-as. O seu ataque está associado a presença de
formigas, que transportam os insetos para atacar outras
plantas. Há diversas espécies desses insetos sugadores.
Algumas possuem carapaças e podem ser marrons,
avermelhadas, pretas e outras, sem carapaça, são brancas ou
rosadas. Atacam os ramos, axilas e parte de cima das folhas
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 20/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

que ficam amareladas e encrespadas, prejudicando o


desenvolvimento das hortaliças.

Para combater as que não têm carapaça, usamos a solução de


fumo e para as que a possuem, empregamos a mesma calda, à
qual juntamos sabão e querosene, sendo preparada da
seguinte maneira: 3 colheres das de sopa de sabão em pó; 20
colheres das de sobremesa, de querosene e 10l de água.
Aquecer, deixar esfriar e juntar 1l de extrato de fumo.

Nematóides - Meloidogyne incógnita

São organismos minúsculos, que não podem ser vistos sem


microscópios, que atacam um número grande de plantas,
afetando o seu desenvolvimento. Os nemat[óides formam
galhas nas raízes. Os sintomas na parte aérea da planta,
mostra amarelecimento e queda prematura de folhas, fraco
desenvolvimento, baixa produção e morte da planta.

Sugestões de combate alternativo ás principais pragas

Ácaros: Grupo de aracnídeos, minúsculos, quase invisíveis.


Aparecem repentinamente, depois de períodos secos e
quentes. Produtos: Calda sulfocálcica; cravo-de-defunto;
enxofre em pó, pimenta-do-reino e sabão; pó sulfocálcico;
Polvilhar com cal; consorciar com alho; esguichar com jato
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 21/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

fino de água, solução de sabão e querosene, leite magro ou


soro de leite, nim, macerado de samambaia, etc.

Bicho furão: Ataca os frutos de citros. Uso de calda


sulfocálcica, proteína hidrolisada + inseticida, controle
biológico.

Bichos-bolo: Larvas subterrâneas de besouros escuros.


Atacam trigo, arroz, batatinha e hortaliças. Soltar galinhas na
área. Catação manual.

Besouro-serrador: Inseto que, em períodos mais úmidos,


corta árvores frutíferas e outras. Ocorre no Início da
primavera.. Usar dinamizado do próprio besouro.

Brocas: Larvas que se alojam nas raízes ou ramos ou troncos


de plantas formando galerias nos tecidos. Depositam ovos em
troncos e galhos. Plantar alho e cebola ao redor. Caiar os
troncos com misturas repelentes.

Brocas-dos-frutos: São larvas ou lagartas de mariposas ou


borboletas, que penetram nos frutos, alimentando-se da polpa.
Controle: armadilha luminosa, nim, inseticidas biológicos.

Carunchos: Larvas que se introduzem nos grãos, depreciando-os.


Praga de leguminosas armazenadas. Colocar junto ao chão, sob os
grãos, uma camada de folhas de louro ou eucalipto citridora.

Cascudinho: São pequenos besouros que devoram as folhas.


Controle: calda bordalesa; calda sulfocálcica; fumo e sabão;
pimenta-do-reino e sabão; repelente à base de fumo; solução de
água de fumo; solução de sabão neutro; solução de água de sabão.

Cigarrinha verde: calda bordalesa, controle biológico.

Cochonilhas: São insetos sugadores, que retiram os açúcares da


seiva. Atacam os mais diversos tipos de plantas. São insetos
pequenos, com ou sem carapaça, de cor marrom, violácea ou
branca, que se fixam na superfície das plantas, formando colônias
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 22/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

e sugando a seiva das folhas, frutos e ramos. Expelem, ainda, um


líquido açucarado que, caindo sobre a planta, favorece o
desenvolvimento de um fungo preto, denominando fumagina,
atraindo formigas também.. Controle: óleo mineral, solução de
alho, solução com água e sabão a 1%, calda sulfocálcica. Rega
sob pressão nas colônias. Pulverizar com sabão, fumo ou
sementes de mostarda. utilização de inimigos naturais (joaninha e
microhimenópteros)

Cupins: controle biológico

Formigas Cortadeiras: as mais encontradas são: cortadeiras


(saúva e quem-quem) e as lavapés, que embora não causem a
destruição direta a vegetais, a construção dos seus formigueiros
junto ao colo das plantas pode afetar seu desenvolvimento, além
de se tornarem um transtorno devido às suas picadas. A sua
presença é característica de solo ressequido e sem fertilidade.
Controle natural: galinhas, sapos e rãs. No formigueiro: cal
virgem e derramar água; água fervendo; farinha de mandioca;
cultivar gergelim próximo; destruição dos ninhos mecanicamente,
através de escavação e solução de creolina ou amoníaco.

Gafanhotos: Possuem diversas fases de desenvolvimento, sendo


que as duas últimas são as mais vorazes. Atacam trigo, aveia,
cevada, milho, pastagens, cana-de-açúcar e alfafa. Coletá-los e
queimá-los, colocando as cinzas sobre as plantas.

Grilos: Insetos prejudiciais às sementeiras e hortas; vivem em


solos úmidos. Atacam flores, plantas, hortigranjeiros, etc..
Sementeiras: enterrar folhas de tomateiro e ervas-de-santa-maria.
Canteiros: abrir galerias e colocar água com querosene.

Lagartas das folhas: são de coloração esverdeada, podendo


apresentar listras pretas no dorso, medindo, em geral, de 3 a 5 cm
de comprimento, que comem as folhas. cravo-de-defunto; fumo
em corda; fumo e sabão; solução de fumo; solução de sabão
neutro; solução de água e sabão; solução de pimenta e fumo; Nim,
controle biológico( B.thuringiensis, B. anticarsia, Trisolcus
basalis, etc). Armadilha luminosa; consorciar com ervas
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 23/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

aromáticas nas extremidades dos canteiros, pulverizar com


infusão de tomateiro e polvilhar com farinha de centeio. Usar
inimigos naturais (moscas, vespinhas e o fungo Bacillus
thurigiensis), calda de fumo, de cebolinha e de cebola.

LAGARTA-ROSCA: são lagartas escuras, grandes com 3 a 5 cm


de comprimento, que cortam as hastes das plantas novas, rentes ao
solo e, durante o dia, ficam escondidas na terra, perto da planta
cortada CONTROLE: inimigos naturais(moscas, vespinhas),
calda de fumo, de cebola ou de cebolinha.

Lesmas e caracóis: são moluscos terrestres, com concha


(caracóis), ou sem (lesmas), que têm atividade noturna, atacando
folhas tenras, furando-as, e ramos sem brotos e mudas novas.
CONTROLE: catação manual. Para evitá-los é necessário quem
se faça limpeza semanalmente no canteiro ou vaso. Para capturá-
los, utilizar um prato fundo com cerveja (enterrado, mas com a
borda do prato no nível do solo), deixando de um dia para o outro,
sendo utilizado como isca. Poder-se utilizar também sacos de
aninhagem ou estopa como isca. Evitar a umidade excessiva. sal;
armadilhas com estopa + leite, infusão de losna.

Mariposas (adultos de brocas): armadilha luminosa; armadilha


delta, iscas atrativas, Nim.

Minador de folhas: calda bordalesa, calda sulfocálcica, solução


de cal virgem + detergente, Nim.

Moscas das frutas: armadilhas (garrafas), ensacamento com


papel impermeável (pipoca); iscas atrativas, alho, Nim, urtiga.
Usar biofertilizantes de 50 a 100% na concentração. Aplicar leite
a cada 3 dias, principalmente depois das chuvas.

Nematóides: são vermes de corpo cilíndrico, na grande maioria


invisíveis a olho nu, localizados nas raízes, provocando
deformações destas, conhecidas como galhas, que alteram o
suprimento de água e nutrientes para a planta, provocando o
murchamento das folhas e posteriormente o amarelecimento das
folhas mais velhas. Controle: desinfeção do solo; .plantio de
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 24/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

Crotalária spectábilis, cravo de defunto (plantio em bordaduras ou


em rotação), macerado de alho (cultura do alho), Nim. Uso de
plantas resistentes; utilização de culturas-armadilhas, como o
cravo-de–defunto. Pulverizar caldo escorrido de mandioca
prensada sobre canteiros infestados.

Percevejos: são insetos sugadores de seiva das folhas, caules,


flores e frutos, possuindo odor característico que lhes confere o
nome de maria-fedida ou fede-fede. Controle: controle biológico,
solução de sal + inseticida em dose reduzida (1/4 a 1/8), iscas com
água e sal ou urina+inseticida inodoro (Neguvon) em "bandeiras"
(saco de aniagem ou algodão).

Pulgões: São insetos muitos pequenos, com asas ou não, que


vivem em colônias, principalmente nas folhas ou brotações novas.
Provocam um engruvinhamento das folhas e transmitem doenças
de vírus. Controle: Calda de fumo; sabão e querosene; cebola;
cravo-de-defunto; folhas de pessegueiro; fumo em corda; fumo e
sabão; macerado de alho, macerado de urtiga repelente à base de
fumo; solução de água de sabão; solução de sabão e querosene;
solução de pimenta e fumo; controle biológico, placas amarelas.
inimigos naturais (joaninha, algumas moscas), calda de fumo,
calda de cebolinha, ou cebola, ou folha de pessegueiro.

Saúvas (formigas cortadeiras): Em árvores, colocar saia plástica


ou fita plástica em volta do tronco com graxa grossa ou cola
adesiva; proteção da área com plantio de gergelim; Isolar
(barreiras contínuas de 15 cm) com carvão vegetal, cinzas, casca
de ovo ou farinha de ossos. Aplicar cal virgem no olheiro e
derramar água lentamente. Colocar sulfato de cobre no olheiro e
molhar. O pão molhado em vinagre pode ser colocado ao lado do
olheiro, sendo carregado pelas saúvas e provoca a morte do
sauveiro. Utilizar Mirex-S, que é permitido pela certificadora.
Fazer iscas com óleo de gergelim, óleo de mamona e bagaço de
citros.

Tatuzinhos:Pequeno crustáceo que, quando tocado, adquire o


formato de bola. Vivem ocultos, evitando a luz, debaixo de
plantas, vasos, troncos podres,etc., que se alimentam de folhas,
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 25/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

caules, brotos tenros, atacando na altura da superfície do solo.


Ocorrem com excesso de umidade, atacam cucurbitáceas, feijão e
ervilha. Pulverizar o solo com suco de pepino diluído, durante 3
ou 4 noites.

Tripes: são pequenos insetos, quase invisíveis a olho nu, que


vivem em colônias nas folhas novas ou nos locais mais
escondidos. Possuem asas e voam de uma planta para outra.
Controle: controle biológico, calda sulfocálcica + fumo, placas
atrativas azuis, extratos de plantas.

Vaquinhas: são pequenos besouros, de cores variadas,


alaranjados ou verdes com manchas amarelas, que comem as
folhas. Aparência de um cascudinho verde. Controle: fumo e
sabão; repelente à base de pimenta; calda de fumo; solução de
pimenta e fumo, coletar e triturar vaquinhas (Diabrotica speciosa)
na base de 700 insetos por há, iscas de Tajujá (Cayaponia tayuya
calda de cebola, de cebolinha, folha de pessegueiro, de pimenta
com sabão de coco.

DOENÇAS DAS HORTALIÇAS

Além daquelas doenças que ocorrem nas fruteiras, há


outras doenças importantes que podem afetar as
hortaliças, que são:

REQUEIMA – Agente: Phytophthora infestans.

As condições ideais para a ocorrência da doença são: alta


umidade relativa do ar (90 a 100%), com dias nublados e
chuviscos, com baixas temperaturas de 15 a 20ºC. À
temperatura de 15oC existe aumento na intensidade da
doença, devido à germinação indireta dos esporângios.

cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 26/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

A requeima é a mais grave doença do tomateiro e da batata,


podendo destruir culturas inteiras em pouco tempo. Nas
condições, favoráveis, podem-se observar, nas lesões da
página inferior das folhas, as estruturas do patógeno formadas
por esporangióforos e esporângios, com aspecto cotonoso
cinza-claro. Toda parte aérea da planta pode ser afetada.

Nos folíolos, as lesões apresentam forma irregular com


aspecto de tecido verde-escuro encharcado. Com o progresso
da doença, as lesões aumentam de tamanho, tornando-se de
cor parda, com tendência ao secamento.

Nas hastes, a infecção produz manchas longitudinais que


acarretam comprometimento dos tecidos terminais. Os frutos
infectados adquirem tonalidades amarronzadas a castanhas,
podendo evoluir atingindo a totalidade dos frutos da planta.

PINTA PRETA OU MANCHA DE ALTERNÁRIA –


Agente: Alternária solani.

É uma doença que pode se manifestar em todas as fases de


desenvolvimento da planta. Pode causar grandes danos,
devido a sua incidência nas folhas e frutos e, mais raramente,
no caule.

As lesões aparecem primeiramente nas folhas baixeiras (mais


velhas) na forma de pequenas pontuações pardo-escuras. Com
a evolução da doença, aumentam de diâmetro, tendendo a
formatos ovalados ou circulares de coloração parda com anéis
ou círculos concêntricos, tendendo a negros.

Nas hastes, as lesões são longitudinais e pardo-escuras. Nos


frutos, as perdas podem ser diretas, ocasionadas pela podridão
peduncular de formato circular, às vezes com fendilhamento.

MURCHA BACTERIANA: Agente: Ralstonia


solanacearum.
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 27/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

Os Insetos e práticas culturais podem disseminar a bactéria,


que desenvolve bem em condições de alta umidade e
temperatura ao redor de 30ºC. Em curto espaço de tempo,
ocorre murchamento e morte da planta. O sistema vascular
torna-se escuro, com a exsudação de “pus” bacteriano na
região dos vasos.

CANCRO BACTERIANO: Clavibacter michiganensis. É uma


doença transmitida pela semente, água de chuva ou irrigação,
insetos ou práticas culturais, principalmente na desbrota.

DISTÚRBIOS OU DOENÇAS FISIOLÓGICAS: Podridão


Apical que pode ser causada pela falta de cálcio e boro,
desequilíbrio hídrico, excesso de nitrogênio. Rachaduras do fruto
pode ser causada por desequilíbrio hídrico e variações bruscas de
temperatura. Queima-de-sol é resultante da exposição do fruto à
luz solar (regiões esbranquiçadas).

Várias doenças de natureza não-parasitária podem afetar as


hortliças. Entre elas a queima-de-sol, que é resultante da
exposição do fruto à luz solar, proporcionando uma coloração
esbranquiçada, depreciando o produto. Outra é a rachadura
resultante do desequilíbrio hídrico e variações bruscas de
temperatura. Os tecidos rompidos inutilizam o fruto e o
predispõem à invasão por organismos secundários.

O enrolamento fisiológico, frutos ocos e a queda de flores e


frutos são favorecidos pelo excesso de adubos ricos em
nitrogênio, principalmente quando aplicados antes do
florescimento. A adubação em cobertura deverá ser feita,
quando a planta já apresentar uma carga pesada de frutos e
estes começarem a amadurecer, que é uma fase de elevada
exigência em nitrogênio.
RECONHECIMENTO DAS PRINCIPAIS PRAGAS DAS FRUTEIRAS

cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 28/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

PRIVATEPRAGAS RECONHECIMENTO CONTROLE


Tripes(Heliothrips Atacam folhas e frutos. nas Defensivos alternativos, como
haemorrhoidalis) folhas produzem manchas extratos de plantas e calda
características que acabam por sulfocálcica
secar. Os frutos se desvalorizam
comercialmente, devido às
manchas que ficam ao terem a
seiva sugada .
Pulgões Pequenos insetos sugadores, de Pulverizações com
coloração preta ou verde-escura defensivos caseiros e/ou
brilhante, vivem em colônias, armadilhas
atacando as folhas, hastes,
flores e principalmente os brotos,
causando o enrolamento das
folhas
Cochonilhas Pequenos insetos recobertos por Eliminação das partes
escamas ou carapaças com afetadas. Pulverizações com
aspecto de vírgulas, cabeça de defensivos alternativos, óleo
prego, farinha, etc. e de mineral. Tratamento de
colocação pardacenta ou branca, inverno. Tratamento de
que sugam a seiva, inverno com calda
enfraquecendo a planta sulfocalcica. No período
vegetativo, pulverizações de
óleo mineral 1% diretamente.
Moscas-das-frutas Perfuram os frutos desde o início Uso de frascos caça-moscas.
(Anastrepha spp e da maturação até a colheita. Nos : instalação de caça iscas (2
Ceratitis spp) frutos verdes causam a mancha- frascos por hectare) ou então
parda e nos maduros, as fazer o ensacamento dos
podridões. Provocam queda frutos. Eliminar os frutos
acentuada de frutos. Atacam atacados. Uso de iscas
inúmeras fruteiras cultivadas, atrativas envenenadas.
dentre as quais as rosáceas. As
larvas das moscas alimentam-se
da polpa da fruta causando a
sua deterioração. As espécies do
gênero Anastrepha sp são
identificadas pelas manchas
amareladas na forma de “S”nas
asas.
Brocas-do-tronco Atacam os ramos e troncos, Logo que começa a surgir a
e ramos perfurando-os. O lenho é o serragem sobre o solo, injetar
alimento da larva, e as no orifício de entrada da larva
serragens, oriundas do processo uma solução de inseticida
de mastigação, são expelidas querosene ou gasolina,
através de buracos ou "janelas fechando logo em seguida,
construídos ao longo do tronco. com barro ou cera.
Ácaros -Ácaros Pontuações, bronzeamento, Pulverizações com calda
Tetranichus spp) engruvinhamento e queda das Sulfocálcica, visando à
folhas. Atraso no crescimento. página inferior da folha. Deve-
se molhar bem as folhas

PRIVATEPRAGAS RECONHECIMENTO CONTROLE


Formigas Cortam as folhas, paralisando o Preparar as iscas em sacos
crescimento das plantas plásticos e utilizar o cone para
proteção contra formiga
Vaquinhas Folhas perfuradas e, quando Aplicar defensivos
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 29/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

novas, podem ser totalmente alternativos, como extratos de


destruídas plantas
Gorgulho O local da postura não Inicia-se com os frutos ainda
acompanha o desenvolvimento verdes, do tamanho de uma
do restante do fruto, ficando azeitona. Ensacar os frutos
enegrecido. A larva penetra no ainda verdes
fruto e se alimenta da semente,
ficando parte das sementes e
polpa destruídas e enegrecidas
Lagartas Causam danos em ramos, Defensivos alternativos
brotos, folhas e troncos, específicos, como Dipel e
perfurando, roendo ou fungos entomopatogênos
mastigando
Moleque ou As larvas penetram e destroem Seleção e tratamento das
Broca-da- internamente o tecido da planta, mudas. Uso de iscas
Bananeira prejudicando seu envenenadas (pedaços de
desenvolvimento. Fazem pseudocaule) - Boveril
galerias no rizoma. As folhas
amarelecem, os cachos ficam
pequenos, e as plantas ficam
sujeitas ao tombamento.

PRINCIPAIS DOENÇAS DAS FRUTEIRAS:


RECONHECIMENTO E CONTROLE
As plantas frutíferas tropicais, subtropicais e temperadas
podem ser atacadas por diversas doenças e as mais comuns
estão relacionadas no quadro.

QUADRO. Principais doenças: reconhecimento e controle.


PRIVATEDOENÇA RECONHECIMENTO CONTROLE PLANTAS
ATACADAS
Antracnose Ataca ramos, folhas, O controle é Abacate Anona
flores e frutos. As folhas preventivo com Mamão Manga
Doença fúngica apresentam manchas pulverizações Maracujá, Figo,
escuras de tamanho e iniciadas antes do Maçã
contornos irregulares florescimento e
formando áreas prosseguindo até
necrosadas. As alguns dias antes
inflorescências da colheita
apresentam flores
enegrecidas e caem. Nos
frutos, surgem lesões
irregulares envolvendo a
casca com manchas
pardas deprimidas que
atingem a polpa. Surge
principalmente no período
chuvoso.
Ferrugem- doença Aparecem pústulas Pulverizações com Goiaba
fúngica arredondadas, recobertas defensivos Jabuticaba,
de massa pulverulenta alternativos Figo,
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 30/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

amarela ou parda na Pêssego.Ameixa


página inferior das folhas e Nectarina
e nos frutos
Fusariose Doença de natureza Rotação de Maracujá
vascular. Inicialmente culturas.
apresentam murcha das Fiscalização na
folhas nas extremidades lavoura. Erradicar e
dos ramos, que destruir as plantas
posteriormente se atacadas
generaliza por toda a
planta, vindo em
conseqüência um
amarelecimento e
posterior secamento de
toda a parte aérea,
produzindo aborto de
flores e não vingamento
dos frutos
Gomose O fungo ataca os troncos, Plantio alto, Abacate Citrus
raízes e ramos das capinas Mamão , Maçã
(Phytophthora) árvores. Na região cuidadosas,
afetada, a casca se evitando ferir o
rompe e deixa escorrer tronco e raízes.
um líquido de coloração Promover maior
parda. Formação de arejamento do
goma no fendilhamento tronco ao nível do
da casca. Quando há um solo. Em árvores
ataque em toda a afetadas, raspar a
periferia do tronco, a parte doente e
planta morre por pincelar a ferida
estrangulamento com pasta
bordalesa. Evitar
excesso de
umidade, adubo
orgânico e
nitrogenados ,
Pulverizar o tronco
e o solo com as
caldas bordalesa e
sulfocálcica.

PRIVATEDOENÇA RECONHECIMENTO CONTROLE PLANTAS


ATACADAS
Mal-do-panamá Amarelecimento Fazer plantios em solos Banana
progressivo, indo das folhas não infectados. Utilizar
mais velhas para as mais mudas sadias de
novas. Posteriormente, touceiras que não
essas murcham, secam e tenham apresentado a
quebram-se junto ao doença. Controle
pseudocaule, dando aspecto sistemático da broca da
de guarda-chuva fechado. bananeira com fungos
Em bananeiras atacadas, entomopatógenos.
cortes transversais do Inspeções periódicas no
peseudocaule mostram bananal para detectar
pontuações de coloração possíveis focos da
cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 31/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

pardo-avermelhados no doença. Eliminar as


início, tornando-se plantas atacadas. Usar
enegrecidas em estádios variedades resistentes.
mais avançados. Desinfecção de
equipamentos
Oídio Apresenta-se sob a forma Pulverizações com
Abacate
de um pó branco- produtos a base de
Mamão
acinzentado, que se enxofre
Manga,
deposita nas superfícies dos Maçã,
órgãos atacados, causando Videira
a queda das folhas, flores e
frutos
Verrugose Doença fúngica que ataca Pulverizações com calda Abacate,
os frutos no início do sulfocalcica Laranja
desenvolvimento,
apresentando lesões
corticosas irregulares e
salientes, de coloração
amarela e marrom clara.
MÍLDIO Nas folhas, causa “mancha Calda bordalesa e viçosa Videira
de óleo”e na página inferior
Plasmopara vitícola aparece uma eflorescência
branca - “mancha branca”.
Folhas muito atacadas
caem, interrompendo o
desenvolvimento do cacho e
sarmentos. Quando ataca o
cacho novo, os engaços
tornam-se marrons, com
crescimento branco do
bagos, podendo inutilizar
todo o cacho para produção.
NEMATÓIDES- Galhas nas raízes. Sintomas Adubos verdes Pêssego,
aéreos mostram grande
Meloidogyne amarelecimento e queda número de
incógnita prematura de folhas, fraco plantas
desenvolvimento, baixa
produção e morte da planta.
PODRIDÃO Sintomas de absorção Arrancar a planta e tratar Todas as
radicular deficitária. a cova com cal virgem plantas
DA RAÍZ Amarelecimento, murcha, perenes
queda das folhas, e morte
Rosellinia sp dos ramos. O fungo provoca
morte do tecido da raíz logo
abaixo da região do colo da
planta.
SARNA Manifesta nas folhas e Calda sulfocálcica, calda Maçã, pêra
frutos. Nas folhas aparecem bordalesa. cultivares e marmelo
Venturia inaequalis manchas necróticas de cor resistêntes
olivácea. Nos frutos formam-
se manchas semelhantes,
de cor escura, quase negra,
deformando-os quando
sofrem ataque nos frutos
novos.

cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 32/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

Ramos novos - aspecto


escamoso.
CERCOSPORIOSE As folhas tornam-se Calda bordalesa Marmelo,
OU avermelhadas, com caqui.
manchas pardas irregulares.
Cercospora kaki As folhas caem
prematuramente
prejudicando a planta.
PODRIDÃO Os sintomas, típicos de Calda sulfocálcica Pêssego,
PARDA maior importância nectarina,
econômica aparecem nos ameixa
DOS FRUTOS frutos, inicialmente sob a
forma de mancha parda ou
Monilia fruticola marrom escuro com
encharcamento dos tecidos
vizinhos. Os frutos atacados
sofrem desidratação
violenta. Quando em
condições de umidade ficam
recobertos de frutificações
do fungo de cor cinza.

7. Bibliografia

ASSOCIAÇÃO RIOGRANDENSE DE EMPREENDIMENTOS DE ASSISTÊNCIA


TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL. Faça sua horta doméstica. Porto Alegre, 1982.
16p.

GALLO, D. et alli, Manual de Entomologia Agrícola, 2a edição, Ed. Ceres, São Paulo,
649p. 1988.

GROPPO, G.A.; TESSARIO LINETO, S.; PAGOTTO, J.M. & TUCCI, M. L.


SANT’ANNA. Hortas. Campinas, CAT, 1985. 28p. (Indicações práticas, 230).

GUERRA, M. S. - Receituário Caseiro: Alternativas para o controle de pragas e doenças


de plantas cultivadas e de seus produtos. Brasília, Embrater,166pp, 1985.

GUIMARÃES, J.E.P. - Utilidades da cal no meio rural - Associação Brasileira dos


Produtores da Cal. 1996 - 50 p.

KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.;


REZENDE, J.A.M., Manual de Fitopatologia, vol.2, Doenças das Plantas Cultivadas 3a
edição, Ed. Ceres, São Paulo, 774p. 1997.

LIMA, E. R. S., Calda sulfocálcica - controle do ácaro da leprose - outras pragas e


doenças 18p. EMATER, Agropecuária Fluminense, Niteroi, 1993.

NORONHA, A. B. Curso de Agricultura Ecológica I - ComissÃo Técnica de


Agricultura Ecológica. 137-46, maio 1995, Campinas, SP, 210p.

PAIVA, A. F. de. É bom conhecer o cultivo de plantas medicinais. Fortaleza,


EMATERCE, 1995.28P. (EMATERCE. Informações técnicas, 56).

cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 33/34
03/09/2019 cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm

PENTEADO, SILVIO R. Defensivos Alternativos e Naturais- Campinas- Ed.


Grafimagem, 2000- 93 p.

PENTEADO, SILVIO R. Controle Alternativo de Pragas e Doenças- Campinas- Ed.


Grafimagem, 2001- 89 p.

Revista Guia Rural - Anuário Agrícola, 1991 - Agricultura Orgânica

RODRIGUES, F.Q., WADT, L. E PARRA, J.R.P. Controle alternativo de Diabrotica


speciosa (Germar, 1824) em nectarina (Prumus persica variedade Nuscipersica),
ESALQ, Piracicaba, 1996.

SILVA, A. J. das GRAÇAS BATISTA & DORILEO, Produção de hortas domésticas.


Cuiabá, EMATER-MT, 1988. 39p. ( EMATER-MT Série Informações Técnicas, S).

SILVA, F. R. & FREITAS, M. A. A. Horta doméstica. Sergipe, EMBRA, 1983. 22p.

SILVA & DORILEO (1988), PAIVA (1995). Associação Riograndense de


Empreendimentos Rurais e Assistência Técnica e Extensão Rural. (1982)

STOLL, G. Proteccion Natural de Cultivos (baseada em Recursos Locales en el Tropico


y Subtropico. Weikersheim: Margraf, 1989., MISEREOR., AGRECOL., Gaby STOLL.

TRES, F., Calda sulfocálcica, uma solução alternativa, Niterói, EMATER - RIO, 8p.
1994

VALDEBENITO-SANHUEZA, R.M. Possibilidades do controle biológico de


Phytophthora em macieira. In Bettiol, W. Controle biológico de doenças de plantas.
Jaguariúna, EMBRAPA, 1991, p. 303-305.

ZAMBERLAN, A. F. & FRONCHETI, A. Agricultura Alternativa: Um


enfrentamento à agricultura química. Passo Fundo: Ed. P.Berthien. 1994. 167p.

imprimir

cursos.infobibos.com/cursosonline/Aulas/Agrorganica/Aula17/Aula17.htm 34/34

Vous aimerez peut-être aussi