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Direito processual penal II

30-09-2019 (aula teórica)

Atos de instrução do inquérito

Inquérito: Art. 572º e ss. Do CPP

Nos atos de inquérito quem os faz é o MP. Principio do inquisitório em que o MP está a
investigar os factos. – art. 267º do CPP

Art. 268º do CPP - os atos de instrução também podem ser feitos pelo juiz de instrução
(porque é o juiz das liberdades – sempre que estejam em causa direitos, liberdades e
garantias). – remete para o art. 141º do CPP (medidas de coação- não podem ser aplicadas
pelo MP, apenas por um juiz de instrução. A exceção do art. 196º do CPP que é a medida de
coação de termo de residência e identidade em que a aplicação é feita pelos agentes e
automaticamente quando se dá a constituição do arguido art. 58º do CPP.)

Nas buscas ao escritório de advogados tem que ser autorizado pelo Juiz de Instrução e tem
que estar presente no escritório o responsável por ele da ordem dos advogados. Não podem
abrir qualquer documento apreendido, apenas o Juiz pode abrir esses documentos. – Estes
atos podem ser pedidos por requerimento pelos indicados no nº2 do art. 268º do CPP (ele
pratica pessoalmente).

Art. 269º do CPP (pode delegar estes atos) – Ex: buscas e revistas (remete para o art 32º da
CRP).

Art. 270º do CPP – quem faz sempre o OPC tem que falar com as outras entidades
responsáveis e tem que ser autorizadas a quem tenha que delegar esses atos. Estão no fundo
da cadeia alimentar.

Nº1 – regra geral Nº2- não pode Nº3 – também pode (em caso de urgência quem tem
que agir é o OPC, mas logo que possa tem que informar a entidade competente sob pena de
nulidade).

Art. 271º do CPP – declaração para memória futura, em que eu peço para a testemunha fazer
a sua inquirição e gravado, porque não a posso ter presente, ou correr o risco da não a ter cá
para fazer a inquirição mais tarde.

Art. 272º do CPP – “é obrigatório interroga-la”, sob pena de nulidade do inquérito por
insuficiência (art. 120º nº2 al. D)). – nulidade insanável.

Nº3 – (art. 141º e ss.do CPP – matéria de interrogatórios NÃO ESQUECER). Art. 27º /4 e 20º/2
da CRP. Mandato de comparência.

Art. 264º do CPP – certificados, etc. Auto de inquérito, tem que ser tudo passado a auto senão
tem a consequência da art. 120º /2.

Art. 276º do CPP – como é que acaba o inquérito?? (muito importante, sai no teste) Por
arquivamento ou deduzindo acusação. (6 meses para aqueles que estão privados da liberdade
e 8 meses para os que não estão privados da liberdade (regra geral)) exceções nas alíneas.
(especial complexidade – número de testemunhas, quando existe muitos arguidos, gravidade
do facto, etc.). (art. 215º do CPP).

Justamente ou sem justiça! – expressão para o juiz tem em atenção o que está a dizer. Porque
é muito grave. À parte.

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Direito processual penal II

Art. 277º do CPP - arquivamento simples (porque não é definitivo, pois pode se dar uma
reabertura do inquérito). 3 situações diferentes que levam ao arquivamento. Nº3: na parte do
75º é importante para que eu seja informada do arquivamento (pedido de indemnização cível,
direito de personalidade do artigo 70º. Esse pedido tem que ser pedido á parte quando existe
o arquivamento do inquérito, e isso pode constituir um problema para o lesado). Nº4:, por
notificação, etc. saber quem é que foi notificado e como; Nº5: parecer procuradoria geral da
republica, pratica do próprio magistrado, alguém fez alguma coisa e fez mal. A instrução pode
ser arguida pelo assistente ou pelo … - a intervenção hierárquica. (temos apenas o prazo de 20
dias para um ou outro, temos que escolher, o tempo não acumula de um para o outro).

Se o MP não conseguir saber quem era os arguidos, eles tornam-se inexistentes, não podemos
acusar ninguém sem provas.

Art. 279º do CPP – esgotado o prazo a que se segue o art. anterior … .

Art. 280º do CPP – arquivamento em caso de dispensa da pena. Art. 74º do CP. Estamos a falar
de um arquivamento definitivo.

Se se verificar os pressupostos do artigo 280º ou 281º o MP deve de suspender o processo,


mas sempre com concordância do Juiz de Instrução. Pode suspender provisoriamente, mas
sempre com algumas exigências e se ele não cumprir o processo suspende definitivamente.

As vitimas de violência domestica normalmente tem tinha dependência económica e não tinha
dinheiro para pagar, por isso abre-se a exceção do nº7.

Temos que saber quais são os pressupostos. Art. 281º do CPP e o que acontece se se verificar
os pressupostos e se não se verificarem o que acontece.

Art. 283º do CPP – acusação publica: o que são indícios ?? nº2 . Cada acusação, mesmo que
não feita pelo MP, tem que ter estes requisitos senão cai sobre pena de nulidade, ou seja, não
vale rigorosamente nada.

A acusação nos crimes públicos e semipúblicos quem acusa é o MP e a acusação do assistente


vem por trás do MP. Enquanto que no crime particular quem acusa em primeiro lugar é o
assistente e em segundo lugar é o MP.

Uma situação em que seja preciso mais uma testemunha, passando já o limite, tenho que
justificar fundamentando que aquela testemunha é fundamental para descobrir a verdade
material. Para ver se o juiz aceita ou não.

Quer os artigos do arquivamento e a acusação são muito importantes.

Acusação particulares art. 285º do CPP: pressupostos, tem que os ter todos, é obrigatório. B)
principio da irr… dos factos. 10 dias para acusação

Acusação particular -> crimes particulares.

08-10-2019 (aula prática)

A denuncia é uma queixa? Se se tratar de crime publico estamos a falar de uma denuncia, mas
se estivermos a falar de crime semipúblico ou particular estamos a falar de uma queixa.

Pergunta 3: onde estão previstos os atos de inquérito da competência do juiz de instrução


criminal, Art..

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Direito processual penal II

Quem manda o processo na fase de inquérito é o juiz de instrução criminal que pratica alguns
atos nesta fase, porque o juiz de instrução é o juiz das liberdades porque é chamado quando
estão em causa as liberdades e as garantias e nenhum dos demais magistrados pode
interceder nesta matéria. Sempre que for precisa a intervenção do juiz de instrução no
inquérito não pode ser ele a julgar o caso.

Pergunta 4: temos que fazer a noticia do crime á autoridade competente (art. 242º do CPP). O
OPC não pode aceitar apenas a noticia de crime apenas quando assiste ao crime. Não tem que
estar presente no local do crime.

Crime que exige a apresentação de queixa do particular do seu titular. (A pessoa quando chega
lá para apresentar a queixa tem o prazo de 6 meses, mas os OPC tem o prazo de 10 dias para
proceder a queixa). O preço de prescrição dos crimes é diferente – podem ser mais tempo,
temos que acrescentar mais artigos 115º e ss. do CPP para ver se se acrescenta mais tempo ou
menos tempo.

Auto de noticia: existe sempre que existe um crime e a PSP tem sempre que dar noticia dele.
Mesmo que não tenha sido eu próprio a ter conhecimento direito do crime. Mesmo que seja
outro agente a ter este conhecimento outro tem sempre que ser feito o auto de noticia. Mas é
sempre melhor que eles tenham tido conhecimento direto do crime, mas nem sempre isso
acontece. Eles próprios tem que identificar no auto de noticia se presenciaram o crime
diretamente ou não.

A) Art. 113 do CP – tinha que apresentar queixa, senão o MP não podia proceder o
processo. Porque o crime semipúblico depende de queixa do respetivo titular para
proceder.
B) Que procedimento podia proceder o agente da PSP, deve conter a data, local, etc. no
prazo máximo de 10 dias. Art. 55º do CPP.
C) O MP recebendo a queixa do crime estariam preenchidos os prossupostos e por isso
poderia proceder com o processo.
D) Para além da apresentação da queixa também teria que se constituir assistente (art. )
e ainda … .
E) Quem e que tem legitimidade para requerer a abertura de instrução, é o assistente e é
obrigatória a representação.

Acusação secundária subordinada. O MP acusa e o assistente vai acusar com os mesmos


factos.

Art. 287º do CPP – o assistente é que tem o interesse de o processo seguir em frente.

CP1: No requerimento de abertura de instrução o arguido solicita que lhe sejam tomadas
declarações e requer ainda que sejam tomadas declarações ao assistente. Poderia o Juiz
indeferir este pedido? Art. 292º do CPP – sempre que estes solicitarem que o arguido prestem
declarações, porque existem arguidos que abusam. A não repetição dos atos. O juiz pode não
indeferir, mas se for com intenção de atrasar o processo pode rejeitar, se tiver sempre a pedir.
Se for apenas uma vez pode aceitar.

No caso do assistente Art. 145º do CPP podem ser admitidos se for pedido pelo arguido.

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Direito processual penal II

14-10-2019 (aula teórica)

Fase de instrução

Caraterização importa sempre ter presente a sua natureza facultativa Art. 286º CPP. Natureza
de faze de controlo da fase de instrução, não é uma fase de investigação, mas não quer dizer
que não se possa cometer atos para esse fim. É também uma fase acusatória, porque destina-
se, nesse contexto de controlo judicial, a ver se a fase que se tem em conta se se deve
prosseguir para julgamento ou não. Submeter a julgamento judicial de uma pessoa. Tem
interesse de acusação.

É também é uma fase contraditória, advém do seu fundamento normativo. Para permitir um
contraditório prévio perante o juiz, antes do julgamento. Permitir o exercício total do
contraditório e contraditória no seu conteúdo tem uma fase processual de carater obrigatório
– debate instrutório art. 289º do CPP.

É uma fase processual que está sobre a égide do principio da publicidade, pode estar sujeito a
segredo de justiça. Esta fase já não é aplicável o segredo de justiça, apenas pode haver
restrições a esta publicidade.

Á quem diga que o facto de instrução ser facultativa é inconstitucional, pois no art. 40º da CRP
diz que a estrutura acusatória do processo ser bem feita terá que ter uma fase de instrução.

O juiz também que decide se o arguido deve ou não ser julgado não pode julgar o caso de
proceder a julgamento, porque se decidiu que o arguido deveria de ser julgado no julgamento
vai ter a mesma opinião.

Matéria já dada nas aulas anteriores: Ilícito da instrução, problemática dos requisitos á
abertura da instrução, …

Art. 287º do CPP - determina que a abertura do requerimento pelo assistente deve de ser tido
como uma verdadeira acusação e sobre os requerimentos da acusação sob pena de nulidade
(art. 283º do CPP).

Interesse em agir, o arguido e o assistente não tem legitimidade plena para fazer o
requerimento da abertura da instrução, temos que ver sempre se existe interesse em agir.
Apenas tem legitimidade nos casos previstos na lei.

O assistente não tem legitimidade para requerer a abertura de instrução nos crimes
particulares, pois se tem legitimidade para deduzir acusação não faz sentido depois requerer.

Despacho de pronuncia.

O assistente só pode abrir requerimento da abertura da instrução em casos de crimes públicos


ou semipúblicos, nunca em crimes particulares e mesmo assim tem que se ter preenchido o
valor do interesse em agir.

Conteúdo de instrução, debate instrutório

Atos de instrução – eventuais que podem ser pedidos ou não e o juiz pode aceitar ou deferir.
Não é admitido recurso. …

Debate instrutórios – obrigatório, ….

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Direito processual penal II

Art. 303º do CPP – onde ficamos, regula o problema da alteração dos factos. O PP é
essencialmente forma, e isto para dizer, que estas questões de alteração dos factos são atos
de forma. Durante o inquérito o objeto do processo são os factos, que procura sustentar com
provas.

Durante a fase de instrução o objeto de processo o objeto do processo é essencialmente


flexível. O MP vai investigar tudo aquilo eu chega ao seu conhecimento e pode investigar
outros factos colaterais que lhe chegam ao ouvido durante a investigação, tudo pode mudar
durante esta investigação. Mas existem factos do objeto que têm que ficar rígidos – os juízes
tem o poder de investigação com algumas restrições e em algum tempo o objeto do processo
tem que estar delimitado, pois esse poder de investigação oficioso também é delimitado pelo
que está definido no objeto do processo.

Na abertura de instrução temos que saber as delimitações essenciais do objeto do processo


para que o juiz saiba ao que é chamado para se pronunciar. Esse requerimento vai delimitar o
processo e o poder do juiz, por isso é que tem que ter a mesma estrutura da acusação. Temos
que apresentar aqueles factos e apenas podem ser aqueles, o juiz não pode conhecer mais
nenhum facto que não estejam ali apresentados. Temos que ter em conta diversos princípios.
Temos uma clara limitação. Temos o objeto do processo num sentido material. O objeto do
processo fica delimitado na acusação. Art. 283º do CPP.

2º parte da gravação

Regime jurídico aplicável á fase de instrução: Esta regra está aqui para proteger o interesses do
arguido na sua defesa.

Regras aplicável á alteração dos factos nas fases de julgamento (art. 357º e 358º do CPP) .
alteração de factos que se desdobram em dois substancial e não substancial e mara
qualificação jurídica.

 Alteração substancial e não substancial: pressupõem uma alteração de factos.


diferença de alteração substancial de factos (Art. 1º do CPP al. F)) e alteração não
substancial de factos (são todas as situações que não se encaixem na modalidade de
alteração substancial de factos). É preciso haver o que, a saber:
o Alteração de factos – ver se existe ou não identidade sobre o auto acusatório
e a instrução;
o Produz ou não uma alteração a nível da qualificação jurídica – podemos ter
uma alteração da gravidade do crime (o crime é o mesmo), ou então uma
alteração para um crime diverso daquele que está disposto; (?) Perante uma
alteração não substancial de factos o juiz tem que garantir o principio do
contraditório, senão não pode ser admitida.
o Art. 309º CPP – a consequência é a nulidade da decisão instrutória.
o
 Mera qualificação jurídica: mudança das disposições legais aplicáveis sobre factos que
estão apresentados.

15-10-2019 (aula prática)

Ficha de resolução de casos práticos nº1:

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Direito processual penal II

II

1- Segundo o art. 277º do CPP o MP procedeu ao arquivamento por falta de indícios de


quem tenha praticado o crime previsto, no nº 2 deste mesmo artigo. Neste caso o
denunciante pode suscitar uma intervenção hierárquica previsto no art. 278º nº2 do
CPP, ou então esgotado o prazo de 20 dias após da data em que a abertura da
instrução já não é possível, o A só pode prosseguir á reabertura do inquérito caso
apareçam novos elementos de prova que validem os fundamentos invocados pelo MP
no despacho de arquivamento como está previsto no art. 279º do CPP, que vale como
acusação.
As decisões de legalidade estão previstas pelo principio da legalidade e por isso estão
previstas na lei, e por isso não pode haver aberturas. A decisão está justificada. Não é
admitido recurso neste caso porque eles servem para impugnar decisões judiciais e as
decisões do MP não são judiciais. A forma de impugnar decisões do MP é as
reclamações hierárquica, reclamação dentro da hierarquia do MP - Vale para qualquer
decisão do MP dentro do inquérito./regra geral que não vem previsto na lei.
Não se pode considerar a abertura da instrução porque tem que ser sobre os factos
pelos quais o MP tiverem deduzido acusação, por isso em caso de arquivamento não é
possível arguir a abertura da instrução, mesmo que tenham legitimidade para a arguir
SÓ HAVENDO ACUSAÇÃO É QUE EXISTE INTERESSE EM AGIR.
Quem tem legitimidade para arguir a instrução é o arguido, o defensor, o assistente e
o denunciante, desde que junte no requerimento de abertura de instrução a sua
constituição como assistente como é previsto no art. 68º do CPP.
Objeto do processo (tem dois elementos que tem que estar presentes para a
determinação do a objeto estar concluído: objetivos- tem que ser por factos
determinados e subjetivos – a pessoa tem que estar determinada).
Art. 57º do CPP – sempre que for aberta uma abertura de instrução e apresentando
um ofensor ele passa a ser arguido automaticamente. Art. 287º nº3 do CPP.
2- Porque é que tem prazos de duração máxima? O inquérito e a instrução que são fazes
estruturantes do julgamento facultativas e são sujeitas a prazos – são prazos
meramente ordenadores, qualquer prova realizada após o decurso do prazo é válida
na mesma, não é determinada a sua invalidade. Art. 276º e 306º do CPP – são os
artigos que regulam esta matéria. Quais os tipos de prazos em processo penal?
Perentórios (após a ultrapassagem do prazo o direito que estava dependente desse
ato não pode ser feito noutra altura, extingue) ou meramente orientadores (a
ultrapassagem não determina a invalidade dos atos, não existe qualquer consequência
probatória ou processual).
Art. 276º do CPP – o prazo máximo do inquérito será o prazo de 6 meses. Embora
neste caso esse prazo ainda não começou a contar pois segundo o nº4 do mesmo
artigo diz que apenas o prazo começa a correr quando se determina a pessoa ou
quando se constitua arguido. Este inquérito está a correr sem decorrência de prazo.

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Direito processual penal II

22-10-2019 (aula prática)

Acabamos o julgamento. Alteração de factos

CP III

A instrução (tem que haver determinados requisitos e ter alguns pressupostos) tem que haver
inquérito, sem inquérito não pode haver instrução. Pois a instrução é uma fase processual que
tem como fundamento o principio do contraditório em que as partes podem requerer uma
apreciação da decisão final de inquérito ao qual não concordam.

O que se vai apreciar é o objeto daquela causa. Para saber se aquele processo deve de ir para
julgamento ou não. Temos que ter uma decisão final de inquérito.

Quais os requisitos que tem que estar reunidos para a abertura de instrução? Tem que ser
apresentado um requerimento (com os seus requisitos/formalidades especiais que se pedem),
temos que ter legitimidade (que não são todas as partes processuais – assistente, arguido e o
defensor) – tem que estar ligado ao interesse em agir, tem que haver uma decisão de inquérito
de acusação (quando for o arguido), para o assistente tem que ser apenas em crimes que não
sejam particulares porque é nestes que ele desempenha uma acusação – não fazia sentido
requerer contra a sua própria decisão, perante um despacho de arquivamento ou de acusação,
quando pretenda imputar ao arguido que implica uma alteração substancial. Art. 287º nº1 al.
B) do CPP. Temos que ver outros requisitos necessários para que o Juiz de Instrução aceite a
abertura de instrução, tais como: tem que haver uma alteração para outro tipo de crime ou
alterações substancial de factos (que só existe se houver alteração de factos), (pode ser uma
alteração de factos, se houver alteração de factos. Se não houver alteração de factos tínhamos
que sair da ideia que apenas era uma alteração de tipificação do tipo de crime - art. 284º do
CPP.

Sim tem legitimidade para abrir instrução á luz do art. 287º nº1 al. B) do CPP, mas temos um
problema é a da admissibilidade de instrução. Não poderia ser aberta porque tem que ter um
objeto processual definido quer do seu parâmetro objetivo quer seja adjetivo, tem que ter por
base uma acusação em sentido material. Tem que existir uma alternativa que seria o próprio
requerimento de abertura de instrução feito pelo assistente que seria propriamente uma
acusação, porque a lei remete para o art. 833º do CPP, tem que ser dirigido contra uma pessoa
determinada, não pode ser sem ter uma pessoa determinada – era juridicamente inexistente,
não apenas nulo.

Art. 57º do CPP nº1 – a pessoa que essa pessoa deduz o requerimento ela passa a ser arguido
sem que tenha sido praticado qualquer ato formal.

CP IV

Problema que se coloca na fase de julgamento do processo. Art. 311º e ss. Do CPP

O Julgamento está subordinado a diversas subfases (permitir a realização do momento


processual da fase de julgamento que é a fase de…. Atos preliminares , seguida da audiência e
a partir dai a sentença). Cada subfase tem a sua própria legislação.

Em que subfase é que o problema se coloca é nos atos preliminares em que o Juiz determinou
o arquivamento do processo com fundamento em que os factos indicados no despacho de
pronuncia não constituem crime. Qualquer apreciação só pode ser de carater formal e mais
nada, da regularidade formal da instancia. Tem que fazer o saneamento stritu senso –

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Direito processual penal II

apreciação do mérito da causa, decidir de nulidades, tem que verificar se o texto tem todas as
formalidades necessárias.

Quando é que os factos apresentam um crime? Quando preencham todos os elementos de um


determinado tipo de crime previsto por lei.

O juiz olhando para aqueles factos não preenchem qualquer norma penal ordenadora. É
previsto no art. 311º nº3 al. F) do CPP em que a acusação é considerada infundada. Os factos
não são crime, por isso não faz sentido fazer um julgamento.

28-10-2019 (aula teórica)

Fase de julgamento – tema da aula

Conteúdo desta fase:

 Fase inicial com a finalidade especifica de preparar da fase seguinte – atos


preliminares art. 311º a 320º do CPP, o julgamento enquanto fase processual principia
com o saneamento do processo, ou seja, cujo objetivo é o de permitir que o Juiz
presidente aprecie e decida de todas as questões que de uma forma ou de outra ver se
o processo pode ser ou não a ser apreciado de mérito. O Juiz deve de verificar os seus
pressupostos. Saneamento:
o Saneamento strito sensu art. 311º nº1 do CPP – decidir de nulidade ou de
questões previas que deva tomar conhecimento. Verificação e apreciação
formal da acusação que não tenha sido objeto de apreciação judicial anterior.
Verificação da regularidade formal da acusação – art. 311º nº2 al. A) (quando
a deve rejeitar que é quando a considere infundada – requisitos formais da
acusação art. 183º do CPP exceto uma situação que é a alínea D) – que esta
alínea não preenche as situações em que o Juiz considere insuficientes os
indícios indicados apenas se pode aplicar quando o crime não preencha
qualquer tipo de crime). Identidade entre a acusação subordinada e acusação
principal (crime publico e semipúblico em que tem este crime é do MP, mas
também pelo assistente caso o MP deduza acusação, mas apenas nesse factos
ou se isso não cause uma alteração dos factos essenciais apresentados pelo
MP o que se chama uma acusação subordinada) – nos crimes particulares
também se dá, mas os papeis invertem-se.
Havendo estas duas acusações o Juiz Presidente tem que ver essa acusação
subordinada e ver se ela apresenta uma alteração substancial de factos e tem
que a rejeitar. Art. 311º nº2 do CPP.
Decisão de fixar da data, hora e local para a audiência de discussão e
julgamento– despacho art. 312º e 313º do CPP. Prazo de 2 meses – prazo de
tipo ordenador e não existe qualquer consequência quando se dá a sua
ultrapassagem. Regra da segunda data. Regra da precedência, proteção da
agenda do advogado. Formalidades: Art. 313º do CPP – exige o cumprimento
de determinados requisitos de forma, devem de ser respeitados sob pena de
nulidade (nulidade sanável, art. 118º do CPP). Deve conter os factos e as
disposições aplicáveis (prevê a possibilidade poder dar cumprimento a esta
situação havendo apenas remissão – principio da economia processual),
qualificação jurídica (art. 313º nº1 al. A) do CPP – permite ao Juiz de alterar a
qualificação de uma qualificação jurídica sempre que não concorde, mas isto é
muito restrito, deve fazê-lo mediante o despacho), indicação da hora, local e

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Direito processual penal II

data, etc. Notificações (Quais as entidades que devem de ser notificadas?


Todos eles desde que existam no processo). O despacho deve de ser
acompanhado pela cópia da acusação ou da pronuncia ou ambas. Prazos – a
notificação deve de ser recebida com 30 dias de antecedência antes da data
designada para a audiência de discussão e julgamento. Al. A) e B) do nº1 do
Art. 313º do CPP, (domicilio processual). Quando o arguido não tenha termo
de identidade e residência já não tem que ser por via postal simples mas sim
com notificação por contacto pessoal ou por carta registada com aviso de
receção que tem que ser assinada pelo arguido. Quando a notificação não é
possível de ser feita o procedimento não pode prosseguir por não ter
condições para isso.
Contumácia – naqueles casos em que se revela impossível a notificação do
arguido. Art. 335º/3 (efeito intraprocessual da contumácia – o processo fica
suspenso até que ele apareça no processo. É da competência do presidente.),
336º e 337º (nº1 passagem imediata de mandato de detenção com vista a
que o arguido apareça em tribunal- também intraprocessual. Extraprocessual
– todos os negócios patrimoniais feitas pelo arguido a partir da data da
notificação serão consideradas nulas, também serão proibidas o
levantamento de diversos documentos em diversas entidades publicas ao
arguido, também não poderá fazer arrestos – visão de desmotivação á
prática de contumácia) de do CPP. Entra a figura da 1º passo notificação por
editais para se apresentar em juízo sobre o prazo de 30 dias sobre pena de
incorrer em contumácia. 2º passo – sujeitá-lo as regras de formação de
arguido e aplicar o termo de identidade e residência, 3º passo – submete-lo a
certos direitos que antes não tinha conhecimento, podendo o arguido
requerer a abertura da instrução, o procedimento recua, para que ele possa
fazer os atos a que tenha direito. Caduca no momento em que o arguido logo
que se apresente ou no momento em que o arguido for detido.
O despacho que designa a data para o julgamento não é recorrível Art. 313º
nº4 do CPP, pode, embora, ser impugnado por reclamação para o próprio
tribunal que o proferiu.
o Momento processual da defesa que é a contestação criminal – o arguido após
a notificação tem o prazo de 20 dias a contar da data da notificação para
apresentar a contestação criminal. Pode requerer a produção a prova que seja
suscetível de defesa, e que seja importante para a sua defesa. É neste prazo
que o arguido apresenta a sua defesa e as suas testemunhas que pretende que
sejam ouvidas Art. 315º nº3 do CPP. É um direito que assiste ao arguido e
daqui não decorre que sobre o arguido esteja associado qualquer ónus de
contestação ou impugnação ou dever de contestação, é um direito. Significa
que não existe qualquer consequência processual ou probatória do não
exercício deste direito. Não se podem considerar factos que não sejam
contestados pelo arguido.
Provas pessoais que o arguido ache importante para a sua defesa, momento
decisivo para o arguido apresentar estas provas, indicar as testemunhas que
ele ache importante que sejam ouvidas na audiência de audiência e de
julgamento para constituir a sua defesa. Desde que sejam apresentadas
dentro do prazo o tribunal apenas tem que as aceitar e é obrigado a ouvi-las. O
sujeito processual é que as indica e o tribunal nada pode disser sobre isso, a

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Direito processual penal II

não ser que essa testemunha esteja indicada pelo MP ou se forem indicadas
passado o prazo. O rol é vinculativo para o Tribunal. Ou outras provas
documentais que ache importante juntar ao processo. A contestação não está
sujeitos a preceitos formais Art. 315º nº2 do CPP. Este Rol pode ser alterado,
mas tem que ter lugar até 3 dias antes da data designada para a audiência de
discussão e julgamento. Art. 317º do CPP – notificação das testemunhas
o Possibilidade de produção antecipada de prova. – principio da imediação
(forma de norma – art. 355º do CPP), também temos que ter presente o
principio da oralidade – não valem em julgamento quaisquer provas que
tenham sido produzidas em audiência, só a prova que o juiz analisa mediante
os seus sentidos é que valem. Em determinadas situações podem se dar a
formação de provas antecipadas, são situações de exceção. Art. 318º do CPP –
se se verificarem estes requisitos cumulativos presentes neste artigo. Outra
situação de exceção é apresentada no art. 319º do CPP- declarações ao
domicilio, que deveriam de ser tomadas em audiência. Quando estejam
impossibilitados de comparecer em audiência será enviada uma pessoa para
que se desloca ao domicilio. Terceira e ultima exceção que é a realização das
atos urgentes (consagradas para assegurar o meio de prova que de outra
forma poderiam ficar prejudicadas). Temos que ter aqui em conta o principio
da verdade material em que o principio da imediação tem que recuar sobre
este. Declarações de memória futura. Art. 320º do CPP.
 Fase da audiência de discussão e julgamento: fase principal mais relevante dentro do
julgamento. É neste fase que vai ter lugar toda a produção da prova para efeitos de
afirmação de convicção do tribunal, tirando certas exceções como já vimos
anteriormente. Art. 321º e ss. do CPP até ao art. 364º do CPP. Temos que destacar os
princípios fundamentais que regem esta fase: principio da publicidade, principio da
averiguação da verdade material e da investigação, principio da contraditoriedade,
regra da continuidade, concentração, imediação, oralidade, etc.
 Fase da sentença

29-10-2019 (aula prática)

Verificar a irregularidade formal desta acusação.

Também temos que ver que o prazo para deduzir a acusação de 6 meses e esta acusação foi
deduzida 1 ano depois de o facto ocorrerem. Art. 276º do CPP. Mas o passagem deste prazo
não tem nenhuma causa, pois é um prazo meramente ordenador. No entanto, pode haver
uma consequência administrativa para o magistrado.

Conexão de processos tem que estar presente uma situação penal plural. Temos que ver se
temos todos os requisitos preenchidos. (art. 25º e 264º nº5 do CPP). O tribunal poderia nestas
situações organizar apenas um só processo e foi o que aconteceu. – também não se encontra
nenhum problema nesta situação. – temos uma conexão subjetiva e objetiva.

Se estes requisitos não estiverem cumpridos a consequência é a nulidade - Da acusação pelo


MP.

Temos um erro na tipificação dos crimes em que Salvador tinha que ser acusado por dois
crimes também tinha que se falar do crime de reincidência no crime, pois á dois anos também
já tinha estado preso pelo mesmo crime e um erro no tipo de crime imputado a Celestino em
que não poderia ser imputado um crime de menor gravidade.

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Direito processual penal II

Quando não existe fase de inquérito como é que se deve proceder á fase de julgamento? O
que acontece neste caso. Esta qualificação jurídica deve de ser alterada.

Na fase de julgamento temos numa primeira subfase temos o saneamento do processo (art.
311º do CPP) em que é feito pelo Juiz presidente. Que passa pela fase em que o Juiz presidente
avalia o processo para saber se a regularidade formal do processo está bem para prosseguir
para a fase seguinte. Tem que proferir despacho de saneamento que é necessário e outro
despacho que é apenas facultativo. Depois do saneamento deve proferir despacho quanto á
nulidades, questões previas ou incidentes no processo, tem que dizer que existem ou que não
ah nulidades. O nº2 do mesmo artigo aplica-se apenas em alguns casos em que o Juiz antes de
proferir tem que fazer uma análise formal da acusação.

O juiz tinha que aceitar a acusação porque este problema não se encaixa em nenhuma das
tipologias do art. 311º do CPP. Para dar continuidade ao processo em que é obrigado a aceitar
o Juiz Presidente devia de dar continuidade ao processo com o despacho de audiência previsto
no art. 312º do CPP em que tem que obedecer a alguns requisitos que estão previstos no art.
313º do CPP.

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