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Polímeros termoplásticos e

termofixos
Por Renata Tomaz Quevedo
Graduação em Química (Faculdades Anhanguera, 2016)

Os materiais polímeros podem ser classificados com relação á sua característica de


fusibilidade, ou seja, a propriedade de se fundir ou plastificar através do emprego de
temperatura no material.

Alguns polímeros possuem a capacidade de se fundirem através da aplicação de


temperatura mesmo depois de terem passado pelo processo de transformação, são os
chamados Polímeros Termoplásticos, que são materiais recicláveis.

Os materiais que não apresentam essa propriedade, são chamados Polímeros Termofixos
ou Termorrígidos, ou seja, não podem ser reprocessados com o emprego de temperatura.
Esses materiais ao serem submetidos à temperatura degradam-se, devido ao rompimento
das reticulações de sua estrutura. Para entendermos melhor como isso acontece, vamos
estudar individualmente esses materiais e suas características, esses materiais não são
recicláveis, apenas reutilizáveis.

Termoplásticos
São polímeros que possuem suas cadeias poliméricas unidas por forças de atração
intermolecular secundárias. Essas forças de atração são relativamente baixas, por esse
motivo, com o emprego de temperatura são facilmente rompidas, possibilitando que
esses materiais se fundam e sejam reprocessados diversas vezes, sem que haja total
degradação dos mesmos. A cada reprocessamento, os materiais termoplásticos perdem
algumas de suas propriedades, pois, apesar de o emprego de temperatura sobre o
material não degradar o mesmo no que se refere às forças intermoleculares, há a
degradação de alguns dos monômeros das cadeias principais ou de aditivos e cargas
presentes no termoplástico. Por esse motivo, as empresas de transformação
de plásticos utilizam material reciclado em frações, adicionados às resinas virgens, que
possuem suas propriedades e características inalteradas, garantindo a qualidade dos
produtos.

Os polímeros termoplásticos são 100% recicláveis, por esse motivo, desde que sejam
feitos os processos de descarte e coleta seletiva adequados, são ambientalmente
corretos.

Aplicações
Os polímeros termoplásticos podem ser utilizados para fabricação de produtos em
diversos segmentos de mercados, são materiais extremamente versáteis, que podem ser
moldados por diversos processos de transformação, podendo ser aplicados de peças
extremamente simples à peças técnicas, com geometrias complexas. Os produtos
confeccionados em termoplásticos vão de brinquedos, utensílios domésticos, peças para
indústrias automotiva, construção civil, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, dispositivos
médico-hospitalares, tubos e conexões, mangueiras, recobrimentos de fios e cabos,
embalagens, filmes, sacos e sacolas, peças para indústria naval e aeronáutica, indústria
aeroespacial, instrumentos musicais, indústria têxtil, calçados, artigos infantis,
sinalização viária, bijuterias, enfim, há uma infinidade de aplicações onde podemos
utilizar os polímeros termoplásticos. Atualmente é difícil imaginar como seria nossa
vida sem esses materiais, pois cada vez mais, os materiais tradicionais, principalmente
os que não podem ser reciclados, vem sendo substituídos por materiais termoplásticos.

Principais características e propriedades


Os polímeros termoplásticos possuem suas características variáveis, de acordo com a
composição química que forma a cadeia polimérica de cada material, por esse motivo,
são classificados em commodities, materiais de engenharia, materiais de alto
desempenho e materiais de ultra desempenho. Cada classificação caracteriza os
materiais de acordo com suas propriedades, sendo os commodities, os que possuem
propriedades mais simples e valor comercial reduzido, e os de ultra desempenho
materiais com elevadas propriedades e alto custo. Em geral, as propriedades que todos
os polímeros termoplásticos apresentam em comum é a propriedade de fusibilidade com
emprego de temperatura, serem materiais 100% recicláveis, passíveis de pigmentação e
de fácil processamento.

Processos de Transformação
Os polímeros termoplásticos podem ser transformados e moldados através de
injeção, extrusão, sopro, termoformagem, rotomoldagem e usinagem.

Exemplos de Polímeros Termoplásticos


Polietileno (PE), Polipropileno (PP), Polestireno (PS), Poliamidas (PA), Policloreto de
Vinila (PVC), Policarbonato (PC), Polimetil (metacrilato) de Metila ou Acrílico
(PMMA), Poliéster Saturado (PET), Acrilo Butadieno Estireno (ABS), Poliacetal
(POM), Politetrafluoretileno ou Teflon® (PTFE), Poliestireno Expandido ou Isopor ®
(XPS), entre outros diversos materiais que encontramos no mercado.

Termofixos ou termorrígidos
São polímeros que possuem suas cadeias poliméricas unidas através de reticulações ou
ligações cruzadas, que são forças de atração intermoleculares primárias. Essas forças de
atração são elevadas, por esse motivo, se há o emprego de temperatura, há o
rompimento dessas ligações, degradando o material polimérico. Por esse motivo, os
polímeros termofixos não são recicláveis, contudo, podem ser reutilizados através de
redução dos tamanhos de suas partículas através do processo de moagem, sendo
utilizados como cargas em outros materiais, como por exemplo, a moagem de pneus
velhos utilizados como cargas em asfalto e concreto.

Aplicações
Os polímeros termofixos são materiais amplamente utilizados na fabricação de diversos
produtos em diversos segmentos de mercado como, engrenagens, compensados, móveis,
utensílios domésticos, bijouterias, roupas e tecidos, mangueiras, adesivos, tanques e
peças técnicas, pneus, luvas, peças automotivas como pastilhas de freio e
amortecedores, espumas para fabricação de estofados, colchões, enchimentos e
travesseiros, isolantes térmicos, solados de calçados, artigos e dispositivos médico –
hospitalares, entre diversos outros produtos.

Principais Características e propriedades


São materiais resistentes e duráveis, possuem elevada resistência à altas temperaturas de
uso contínuo, boa resistência mecânica e química, podem ser rígidos ou flexíveis,
podem formar compósitos com adição de cargas e reforços como fibras, por exemplo.
Os termorrígidos degradam-se termicamente em baixas temperaturas. São
comumente resinas líquidas, que quando misturadas aos iniciadores ou catalisadores,
iniciam sua reação de polimerização, formando as reticulações entre as cadeias durante
o processo chamado cura da resina, tonando-se infusíveis.

Processos de transformação
Os polímeros termorrígidos podem ser moldados através de diversos processos de
transformação, tais como, moldagem por compressão, injeção a frio, fundição,
usinagem, entre outros.

Exemplos de Polímeros Termofixos


Resina Epóxi, Resina Poliéster Instaurado, Baquelite, Vinil Éster, Borrachas
Vulcanizadas, Resina Fenólica, Éster Cianato, Poliimida, Bismaleimida, Silicones,
Poliuretanos, Resinas Fenólicas, Poli-isocianurato, Estireno Acrilonitrila (SAN), entre
muitos outros polímeros termoplásticos existentes no mercado.

Referências:

Canevarolo Jr., Sebastião V. – Ciência dos Polímeros: um texto básico para Tecnólogos
e Engenheiros. São Paulo, Editora Artiliber, 2002.

https://pt.slideshare.net/00008963/polmeros-40430744

https://pt.slideshare.net/DaniloTMonteiro/termofixos?next_slideshow=1

http://www.sindiplast.org.br/site/os-plasticos/processos-de-transformacao

Arquivado em: Materiais


Você consegue pensar na sua rotina atual sem o uso de plásticos? Celular,
escova de dentes, partes do carro, peças do computador, utensílios de cozinha,
brinquedos do seu filho... tudo tem plástico e não é por acaso.

Ao longo das últimas décadas, o material entrou com peso em diversos ramos
industriais (construção civil, eletrônica, embalagens, móveis, etc.), substituindo
metal, vidro, cerâmica, madeira e papel devido a algumas vantagens, como
facilidade de transporte e de processamento, o menor consumo de energia e a
grande durabilidade. Em termos de embalagens, o plástico é imbatível, pois
apresenta boas características com relação à higiene, além de resistência ao
ataque de animais e manutenção da qualidade do produto nela contido. Mas,
afinal, de onde vêm e o que são plásticos?

Origens
A palavra “plástico” vem do grego plastikos, que significa “próprio para ser
moldado ou modelado”. Os plásticos são originados a partir de resinas
derivadas do petróleo e pertencem ao grupo dos polímeros, que são longas
cadeias moleculares. Existem tipos diferentes de plásticos que são
determinados pela extensão e estrutura dos polímeros. De maneira básica, é
possível dividir os plásticos em dois grandes grupos:

Termoplásticos
Essa é a categoria dos plásticos mais “moles”. Eles não sofrem alteração em
suas estruturas químicas após o aquecimento. Portanto, podem ser fundidos
novamente para constituírem um novo material. Exemplos são o polipropileno
(embalagens de massas e biscoitos), polietileno de alta densidade
(embalagens de detergentes), polietileno de baixa densidade (sacolas de
mercado), polietileno tereftalato (garrafas PET), poliestireno (potes de iogurte),
policloreto de vinila (embalagens de água mineral), entre outros. São
recicláveis.

Termorrígidos:
São plásticos que não se fundem com o aquecimento, sendo também
insolúveis e não recicláveis. Lentes de óculos, certos utensílios de cozinha e
algumas peças plásticas de aparelhos televisores são plásticos termorrígidos.

Refinamento
O plástico é formado a partir do petróleo, que é constituído por uma mistura de
compostos orgânicos, principalmente hidrocarbonetos (ricos em carbono e
hidrogênio). O processo se dá da seguinte forma: nas refinarias, o petróleo cru
é destilado e tem como resultado algumas frações: o gás liquefeito, a nafta, a
gasolina, o querosene, o óleo diesel, as graxas parafínicas, os óleos
lubrificantes e o piche. Para compor o plástico, é necessário submeter as
substâncias da fração nafta a um processo de craqueamento térmico
(aquecimento na presença de catalisadores). Feito esse processo, são
formados os petroquímicos básicos, como etileno e propileno. Depois de outro
processo de refinamento, o petroquímicos básicos se transformam em
petroquímicos finos, como polietileno, polipropileno, policloreto de vinila, entre
outros.

Para reciclar seus objetos de plástico, visite a seção Postos de


Reciclagem da eCycle.

Veja também:

 Plásticos: como se dá a reciclagem e no que se transformam?


 Conheça os tipos de plástico
 Saiba o que fazer com plásticos que não são recicláveis
 Prós e contras do plástico para o meio ambiente

Conheça os tipos de plásticos


Equipe eCycle

 FACEBOOK
 TWITTER
 LINKEDIN
 EMAIL

Associe o tipo de plástico aos produtos do seu dia a dia e
saiba como destiná-lo corretamente

O plástico é um dos materiais mais presentes no nosso cotidiano. Os


diversos tipos de plásticos servem como matéria-prima para a fabricação de
escovas de dente, brinquedos, bijuterias, peças do computador, utensílios de
cozinha, entre outros. Seu emprego nos mais variados produtos se deve a
fatores como alta durabilidade, baixo consumo de energia e facilidade de
transporte e processamento.

Eles são, basicamente, divididos em termoplásticos e termorrígidos, sendo,


respectivamente, recicláveis e não recicláveis a altas temperaturas.

Sendo reciclável ou não, o descarte incorreto do plástico pode ser muito


nocivo para o ambiente e para a saúde humana, à medida que, ao escapar, ele
pode contaminar o ambiente e entrar na cadeia alimentar. Por isso, é preciso
tomar cuidado para não deixar o plástico ir parar no meio ambiente, seja
reutilizando-o, destinando-o para a reciclagem (quando for reciclável) ou para
aterros sanitários (quando não for possível reciclá-lo).

 Há microplásticos no sal, nos alimentos, no ar e na água. Saiba


como ele surge e previna-se
 Entenda o impacto ambiental do lixo plástico para a cadeia
alimentar

O plástico é um polímero originado de uma fração do petróleo chamada nafta


e também de fontes renováveis, como o plástico feito a partir do milho, da
beterraba, da mandioca, da cana-de-açúcar, etc. O plástico se subdivide de
acordo com a composição de sua cadeia de moléculas. A seguir, veremos a
diferenciação mais básica entre os tipos de plásticos, que pode ser feita a
partir da extensão e estrutura dos polímeros, e como identificar se esses
materiais são próprios ou não para a reciclagem:

Como eu identifico o tipo de plástico que adquiri?

Para os consumidores saberem de qual tipo de plástico é feito o produto que


estão adquirindo, há um padrão utilizado pelas fábricas. Você já deve ter
reparado que existem números cercados por um triângulo com setas nos
rótulos dos produtos de plástico que você compra. Eles têm a função de
alertar os consumidores sobre o descarte seletivo, além de orientar a
separação devida de cada material.

No Brasil, a norma técnica do plástico(NBR 13.230:2008) foi concebida de


acordo com critérios internacionais. A numeração separa o material em seis
diferentes tipos de plásticos (PET, PEAD, PVC, PEBD, PP, PS) e ainda há
uma sétima opção (outros), normalmente empregada para os produtos
de plástico fabricados com uma combinação de diversas resinas e materiais.
Confira a figura abaixo:
O problema é que, no Brasil, uma porção significativa dos objetos
de plástico não é identificada ou é identificada erroneamente.

Termoplásticos, termorrígidos e a reciclagem


Os termoplásticos são um tipo de plástico sintético que pode ser aquecido
sem que suas propriedades químicas mudem. Isto é muito vantajoso para
a reciclagem, pois o material pode ser moldado em outros formatos e,
portanto, reciclado. Dessa forma, todos os termoplásticos são potencialmente
recicláveis.

Veja abaixo uma sequência de tipos de plásticos que se enquadram na


categoria de termoplásticos:

PET: poli (tereftalato de etileno)


Polietileno tereftalato, ou PET, é um tipo de plástico formado pela reação
entre o ácido tereftálico e o etileno glicol. O plástico PET normalmente
compõe frascos e garrafas para uso alimentício/hospitalar, cosméticos,
bandejas para micro-ondas, filmes para áudio e vídeo e fibras têxteis. É um
material muito utilizado por ser transparente, inquebrável, impermeável e leve.
Por ser um termoplástico, o PET é reciclável. A desvantagem é que o PET é
feito a partir do petróleo - uma fonte não renovável - e, quando misturado a
outros tipos de materiais, como fibras de algodão - no caso das roupas de PET
- a sua reciclagem fica inviabilizada.

PEAD: polietileno de alta densidade


O polietileno de alta densidade, ou PEAD, está presente em embalagens de
detergente e óleos automotivos, sacolas de supermercados, garrafeiras,
tampas, tambores para tintas, potes, utilidades domésticas, entre outros. É um
material plástico muito utilizado por ser inquebrável, resistente a baixas
temperaturas, leve, impermeável, rígido e com resistência química. Por ser um
termoplástico, o PEAD é reciclável. Ele pode ser obtido a partir do petróleo ou
de fontes vegetais, quando ocorre o último caso, ele é chamado
de plástico verde.

PVC
O plástico PVC, ou melhor dizendo, policloreto de polivinila, é um tipo de
plásticomuito encontrado em embalagens para água mineral, óleos
comestíveis, maioneses, sucos, perfis para janelas, tubulações de água e
esgoto, mangueiras, embalagens para remédios, brinquedos, bolsas de
sangue, material hospitalar, entre outros. Ele é muito utilizado por ser rígido,
transparente (se desejável), impermeável, resistente à temperatura e
inquebrável.

O PVC é formado por 57% de cloro (derivado de um sal do mesmo tipo do sal
de cozinha) e 43% de eteno (derivado do petróleo). No Brasil, a taxa
de reciclagem do PVC tem crescido ao longo do tempo. O reaproveitamento do
material, quando bem separado, pode ser feito de forma simples e menos
onerosa. Entretanto, uma desvantagem é que ele possui dioxina, uma
substância que se acumula no organismo e pode causar câncer. Saiba mais
sobre esse tema na matéria: "Dioxina: conheça seus perigos e previna-se".
Dependendo da aplicação final podem ser adicionados plastificantes,
estabilizantes e outros. Saiba mais sobre ele na matéria "PVC: material muito
usado na indústria pode trazer problemas ambientais".

PEBD ou PELBD

O polietileno de baixa densidade, ou PEBD, está presente em sacolas para


supermercado e boutiques; filmes para embalar leite e outros alimentos;
sacaria industrial; filmes para fraldas descartáveis; bolsa para soro medicinal;
sacos de lixo, entre outros. É um tipo de plástico muito utilizado por ser
flexível, leve, transparente e impermeável. Por ser um termoplástico, o PEBD é
reciclável. Ele pode ser obtido a partir do petróleo ou de fontes vegetais,
quando ocorre o último caso, assim como o PEAD já mencionado, ele é
chamado de plástico verde.

PP: polipropileno
Esse tipo de plástico tem como características conservar o aroma, ser
inquebrável, transparente, brilhante, rígido e resistente a mudanças de
temperatura. É muito utilizado em filmes para embalagens e alimentos,
embalagens industriais, cordas, tubos para água quente, fios e cabos, frascos,
caixas de bebidas, autopeças, fibras para tapetes e utilidades domésticas,
potes, fraldas e seringas descartáveis, etc.

É um termoplástico derivado do propeno (plástico reciclável). Ele possui


propriedades semelhantes às do polietileno, mas com ponto de amolecimento
mais elevado.

O PP possui uma variação chamada BOPP, um plástico metalizado de


difícil reciclagem, usual em embalagens de salgadinhos e biscoitos. Leia mais
sobre ele em "BOPP: plástico que embala doces e salgadinhos tem
reciclagem?".

PS: poliestireno
O poliestireno, utilizado em potes para iogurtes, sorvetes, doces, frascos,
bandejas de supermercados, geladeiras (parte interna da porta), pratos,
tampas, copos descartáveis, aparelhos de barbear descartáveis e brinquedos é
uma resina do grupo dos termoplásticos. Além de ser reciclável, o poliestireno
possui características como leveza, capacidade de isolamento térmico, baixo
custo, flexibilidade, e a moldabilidade sob a ação do calor, que o deixa em
forma líquida ou pastosa.

Plástico PLA
PLA: poli (ácido lático)

O plástico PLA é produzido a partir do ácido lático obtido pela fermentação do


amido de beterraba, mandioca e outros vegetais. É
compostável, biodegradável, reciclável (mecânica e
quimicamente), biocompatível e bioabsorvível. O plástico PLA pode ser
utilizado em copos, recipientes, embalagens de alimentos, sacolas, pratos
descartáveis, garrafas, canetas, bandejas, filamentos de impressora 3D e
outros. O problema é que, como no caso dos filamentos de impressoras 3D, ele
acaba sendo misturado a outros tipos de plásticos, o que inviabiliza
sua reciclagem. Para saber mais sobre o plástico PLA, confira a matéria:
"PLA: o plástico biodegradável e compostável".

Termorrígidos
Os termorrígidos, termofixos ou termoendurecidos são plásticos que não se
fundem mesmo em elevadas temperaturas. Pelo contrário, em altas
temperaturas esses materiais se decompõem, o que inviabiliza a reciclagem.
Dessa forma, o plásticotermorrígido é de difícil reciclagem.

Confira abaixo uma sequência de materiais termorrígidos:

PU: poliuretano
Flexibilidade, leveza, resistência à abrasão, possibilidade
de design diferenciado são suas principais características positivas. A aplicação
se dá em espumas macias para colchões e estofados, espumas rígidas,
solados de calçados, interruptores, peças industriais elétricas, pranchas de
surfe, peças para banheiro, pratos, travessas, cinzeiros, telefones, etc. O maior
problema do poliuretano é que ele ainda é um material de difícil reciclagem.

Como todo plástico, o poliuretano é um polímero feito a partir da reação de


duas substâncias principais: um poliol e um di-isocianato. As matérias-primas
do processo podem variar de acordo com a necessidade da aplicação. Na
parte dos polióis, os mais utilizados são o óleo de mamona e o polibutadieno.
Entre os di-isocianatos, são destaques os “famosos” difenilmetano di-isocianato
(MDI) e hexametileno di-isocianato (HDI), entre outros nomes complicados.

No caso das esponjas de cozinha, a solução mais viável é substituí-las


pela bucha vegetal. Para saber o que fazer com a esponja de cozinha de
poliuretano confira a matéria: "O que fazer com a esponja de cozinha?" Para
saber mais sobre o poliuretano, dê uma olhada na matéria: "O que é
poliuretano?".

EVA: acetato-vinilo de etileno

A principal característica do EVA, acetato-vinilo de etileno, é a capacidade de


ser flexível e resistente ao mesmo tempo. Como o próprio nome já diz, ele é
feito de uma mistura de alta tecnologia de etil, vinil e acetato, sendo
comumente usado como solados de tênis e chinelos, em equipamentos de
academia, brinquedos, materiais de artesanato e outros. Assim como o
poliuretano, o problema do EVA é que é de difícil de reciclagem.
Baquelite

A baquelite é, quimicamente falando, o polioxibenzimetilenglicolanidrido. Ela é


formada pela junção do fenol com o formaldeído, que dá origem a um polímero
chamado polifenol. É uma resina sintética resistente ao calor, infusível, forte e
que pode ser moldada na fase inicial da manufatura. Além disso,
a baquelite tem baixo custo e pode ser incorporada em vernizes e lacas. A
aplicação ocorre em cabos de panela, componentes de rádios, telefones,
interruptores, casquilho de lâmpadas, etc.

 O que fazer com verniz?


A baquelite é pouco usada. Produtos antigos de baquelite costumam ser itens
de coleção e são de difícil reciclagem.

Resina fenólica

As resinas fenólicas são polímeros termofixos, ou termorrígidos, produzidos por


meio de reações químicas de condensação entre um fenol (álcool aromático
derivado do benzeno), ou um derivado de fenol, e um aldeído, em especial
o formaldeído. As resinas fenólicas têm bom comportamento térmico, alto nível
de força e resistência, longa estabilidade térmica e mecânica, boa capacidade
de agir como isolante elétrico e térmico.

Esse tipo de resina é muito empregado em bolas de sinuca, revestimentos,


adesivos, tintas e vernizes. Infelizmente, não é reciclável. Mas assim como
qualquer tipo de plástico, também exige um descarte correto para que não
contamine o ambiente.
Fique atento
Oxidegradável

O plástico oxidegradável, também chamado de "oxibiodegradável", tem como


bases principais o polietileno (PE), o polipropileno (PP), o poliestireno (PS) e
o politereftalato de etileno (PET), termoplásticos já mencionados. Mas o que
determina sua condição de oxidegradabilidade (degradação pelo oxigênio) é
que são utilizados aditivos pró-degradantes que possuem a propriedade de
fragmentar o plástico, facilitando a decomposição. Esse tipo de plástico tem
uso controverso, principalmente em relação à viabilidade de sua reciclagem e
resíduos gerados, como o microplástico. Para entender esse tema com mais
detalhes, confira a matéria: "Plástico oxibiodegradável: problema ou solução
ambiental?".

Bisfenóis

Os bisfenóis não são bem um tipo de plástico em si, mas são substâncias
presentes em alguns tipos de plásticos. Eles são utilizados como
revestimentos de embalagens, utensílios, maquinários, pisos e outros objetos
para aumentar a resistência e a durabilidade do material. O problema destas
substâncias é que elas causam uma série de prejuízos aos organismos
humanos e animais.

Os bisfenóis são disruptores endócrinos presentes em embalagens de


alimentos, maquiagens, produtos de higiene, recibos, jornais, etc. Eles acabam
migrando da embalagem para os alimentos e pele por meio do contato e vão
parar na corrente sanguínea humana, proporcionando problemas em tireoide,
ovários, testículos, entre outros (problemas sérios, como câncer, podem ser
estimulados por disruptores endócrinos). Quando o plástico contendo bisfenol
é descartado de modo incorreto, os bisfenóis contaminam a água, o solo e a
atmosfera, prejudicando a reprodução de golfinhos, baleias, veados, e outros
animais.

Para saber mais sobre esse tema, confira nossa matéria "BPS e BPF:
alternativas ao BPA são tão ou mais perigosas. Entenda". Para conhecer
os tipos de poluição, dê uma olhada na matéria: "Poluição: o que é e quais os
tipos existentes".

Destino correto, efetivamente

Como você já deve saber, é muito importante diferenciarmos os plásticos


recicláveis dos não recicláveis, principalmente para evitar consumir os não
recicláveis e destinar os recicláveis para a reciclagem.

Seria muito complicado banir esse tipo de material completamente do nosso


dia a dia. Mas devemos sim, evitá-los - principalmente aqueles cuja
reciclabilidade ainda não é viável econômica, física ou quimicamente, como é o
caso do plástico BOPP - preferindo consumir, no lugar destes, produtos
recicláveis, de vidro (mais seguros, pois não contêm disruptores endócrinos) ou
alumínio.

Também é importante saber se o item que você adquiriu com boa intenção é
realmente reciclável. Exemplo: camisetas feitas com PET reciclado podem
conter em sua composição uma mistura com fibras de algodão, o que
inviabiliza uma nova reciclagem, sem contar que a lavagem de roupas
contendo fibras têxteis sintéticas é responsável por soltar microplásticos na
água.

 Estudo revela que lavagens de roupas feitas com fibras sintéticas


soltam microplásticos
Mas não basta consumir recicláveis no lugar dos não recicláveis, é preciso
garantir a reciclagem. Nem todo material reciclável acaba sendo reciclado.
Para aumentar a chance de reciclagem do plástico é preciso embalá-lo
corretamente e destiná-lo a postos de coleta e reciclagem ou à coleta da
prefeitura.

Em seguida, é preciso pressionar governos, empresas fabricantes e outros


consumidores para garantirem a reciclagem, uma vez que, legislativamente, é
estabelecido que a responsabilidade pela gestão dos resíduos é de todos.

Então, após destinar corretamente seus resíduos recicláveis, ligue para a


subprefeitura da sua cidade, mostre interesse em saber se o lixo selecionado
recolhido está sendo efetivamente reciclado. Procure pelo SAC da empresa do
produto plástico que você consumiu e cobre sobre a garantia
da reciclagem dos materiais vendidos, lembrando que a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS)estabelece que a responsabilidade pelo retorno do
resíduo na cadeia também é das empresas.

Para ficar mais ligado ainda, confira a matéria: "Você sabe o que é reciclagem?
E como ela surgiu?".

Se você quer descartar corretamente os seus materiais de diversos tipos de


plásticos e deixar a sua pegada mais leve, consulte os postos de
descarte mais próximos de sua residência.

Veja também:

 De onde vêm os plásticos?

https://www.ecycle.com.br/component/content/article/35/676-de-onde-vem-e-o-que-
sao-os-plasticos.html
 Página Inicial

 >

 Na mochila

 >

 Como era, como ficou, como será

 >

 Do petróleo ao plástico

Do petróleo ao plástico
20
MAR/13
Os plásticos são subprodutos da indústria de petróleo, derivados tanto do
óleo, pela extração de matérias-primas durante o processo de refino do
petróleo bruto, quanto do gás natural.

Antes de saber mais dos plásticos, vamos falar um pouquinho sobre o


petróleo. O chamado “óleo de pedra” é, em nosso tempo, a principal fonte de
energia do mundo. Por meio da utilização dos produtos de seu refino é
possível gerar desde energia elétrica até os mais variados produtos, como a
base de um batom.

O Brasil é um importante produtor mundial de petróleo e sua produção


promete tornar-se ainda mais relevante após a descoberta e início de
exploração da chamada Camada Pré-Sal, na qual o país é pioneiro.

A utilização do petróleo é bastante antiga, com relatos de uso de betume


para pavimentação de estradas antes dos tempos cristãos. Sabe-se que os
chineses perfuravam poços rasos utilizando bambu no século IV a.C.
procurando óleo bruto. Contudo, a indústria do petróleo teve início nos anos
1850, quando houve uma série de perfurações de poços e também se chegou
ao modelo de refino que, com aprimoramentos, é utilizado ainda hoje.

Mas ninguém nunca comprou petróleo no supermercado ou num posto de


combustíveis. É que a indústria petrolífera não vende o óleo bruto
diretamente extraído do subsolo. Ele precisa passar por um processo
chamado refino, que consiste em retirar suas impurezas. Com o refino são
obtidos os produtos comerciais da indústria do petróleo que adquirimos e as
matérias-primas de muitos outros.

No refino, durante o aumento da temperatura, o óleo atinge determinados


níveis em que começam a ser extraídos os diferentes tipos de derivados. O
primeiro é o gás, que é obtido quando o óleo bruto está ainda com menos de
40°C. Na faixa entre 60°C e 100°C, aproximadamente, recolhe-se a nafta que,
além de matéria-prima para a gasolina, é também o material essencial da
produção de plástico. Após a obtenção da nafta, o processo de refino do
petróleo continua com a obtenção de querosene, diesel e óleos lubrificantes.
E na etapa final do processo se obtêm ceras e base de asfalto.

Os materiais que serão utilizados para a obtenção de produtos plásticos,


como a nafta e a parafina, dão a origem de outro tipo de cadeia produtiva, a
chamada Indústria Petroquímica. Essa indústria é responsável por
transformar os derivados de petróleo, por meio de processos químicos, em
uma variedade de outros materiais.

Para a produção dos plásticos, o mais comum é a utilização de nafta. A nafta


passa por um processo chamado “craqueamento”. Como diz o termo,
originado da palavra em inglês cracking, a nafta tem suas moléculas
complexas divididas em moléculas mais simples, com a “quebra” de algumas
ligações químicas. Estas moléculas mais simples são denominadas
monômeros e a obtenção de vários tipos delas é que define o futuro plástico.
Entre os monômeros mais utilizados estão o eteno e o propeno.

Mas para chegar ao plástico falta um último passo. É o processo de


polimerização, no qual, novamente por meio de reações químicas, uma série
de moléculas monoméricas são agrupadas e ordenadas, dando origem ao
polímero. Os polímeros formam longas cadeias, e suas propriedades variam
em relação ao tamanho, à composição, à estrutura química e às interações
moleculares existentes. É por isso que os plásticos são tão diferentes entre
si. Com tantas variações, os plásticos podem ser em duas categorias:
Termofixos e Termoplásticos.

Agora que fomos do petróleo até a fabricação da chamada resina plástica


podemos continuar para entender um pouco melhor não só a complexidade
como, principalmente, a importância dos plásticos atualmente.

Leia também:

Como surgiu o plástico

Usos do plástico

A importância da reciclagem

A chegada dos bioplásticos


Conheça a Linha do Tempo do plástico

Publicado por Denise Conselheiro


da Equipe Edukatu - Equipe Gestora
 Quem Somos

 Conexões

 Contato

História do Plástico.
25 de outubro de 2011 por Luiz Jacques

Tudo começou por volta de 1860 quando o inglês Alexandre Pakers


iniciou seus estudos com o nitrato de celulosa, um tipo de resina que
ganhou o nome de “Parkesina”. O material era utilizado em estado
sólido e tinha como características principais flexibilidade, resistência
a água, cor opaca e fácil pintura.

http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/plasticos/historia-do-plastico.

Em 1862, ocasião da Exposição Internacional de Londres, Pakers


apresentou as primeiras amostras do que podemos considerar o
antecessor da matéria-plástica, ponto central de uma grande família
de polímeros que nos dias de hoje contém centenas de componentes.

No mesmo ano, o tipógrafo americano John Wesle Hyatt (1837 –


1920) soube de um concurso em Albany, no estado de Nova York
(EUA), lançado pela empresa Phelan and Collander, que produzia
bolas de bilhar. Quem fosse capaz de desenvolver um material que
pudesse substituir o marfim, que estava ficando raro na fabricação das
bolas de bilhar, ganharia dez mil dólares. A partir disso, Hyatt começou
a pesquisa do marfim artificial ou qualquer novo material que pudesse
satisfazer as expectativas da empresa.
Hyatt obteve sucesso em 1870, aperfeiçoando a celulóide – uma
versão comercial do nitrato de celulosa com adição de piroxilina,
cânfora, álcool, polpa de papel e serragem. Nasceu, então, a primeira
matéria plástica artificial. Neste mesmo ano foi inaugurada a primeira
fábrica da nova matéria-prima, batizada de Albany Dental Plate
Company, nome que provém do fato da celulóide ter sido utilizada
primeiramente por dentistas.

Três anos mais tarde (1872), a Dental Plate Company mudou para
Celluloid Manufacturing Company. Esta foi a primeira vez que o nome
celulóide foi registrado. Por sua facilidade de trabalho, a celulóide foi
um sucesso e nos anos posteriores acabou definindo a nomenclatura
das matérias plásticas que eram criadas a partir da celulóide.

Em 1920, Hermann Staudinger iniciou seus estudos teóricos de


estrutura e propriedade dos polímeros naturais (celulosa e isoprene) e
sintéticos. Staudinger mostrou que os polímeros são constituídos de
moléculas em forma de longas cadeias formadas a partir de moléculas
menores, por meio da polimerização. Anteriormente, se acreditava que
os plásticos eram compostos de anéis de moléculas ligados. Porém,
as teorias de Staudinger não foram bem aceitas por todos os
cientistas e a discussão continuou durante os anos 20.

Por volta dos anos 30 nasceu o poliestireno, que tem como material
base o eteno e o benzeno. Mas sua produção comercial só foi iniciada
em 1936, na Alemanha.

Em 1949 foi inaugurada a primeira fábrica de poliestireno, a Bakol S.A,


em São Paulo. Logo foi iniciada a produção comercial do poliestireno
de alto impacto. No início dos anos 60, F.H. Lambert desenvolveu o
processo para moldagem de poliestireno expandido. O plástico
substitui com vantagens uma série de matérias-primas utilizadas pelo
homem há milhares de anos, como vidro, madeira, algodão, celulose e
metais. Além disso, ao substituir matérias-primas de origem animal,
como couro, lã e marfim, possibilitou o acesso a bens de consumo
pela população de baixa renda.

Depois da descoberta do poliestireno, polietileno, PVC, poliamidas


(Nylon) e poliéster, o conhecimento dos mecanismos de polimerização
contribuiu, nos últimos anos, para o nascimento de outros materiais
plásticos com características físico-mecânicas e de alta resistência ao
calor, os chamados tecnopolímeros ou polímeros para engenharia.
A partir de 1945, as matérias-primas plásticas entraram com tudo na
casa das pessoas, independentemente de condição social. Foi um
fenômeno, pois, na época, o aço predominava.

A substituição progressiva dos materiais tradicionais pelas novas


substâncias sintéticas mudou o conceito de forma, ergonomia e
utilidade dos objetos que o homem estava acostumado a manusear
em seu dia-a-dia.

Com a introdução do plástico no mercado mundial novas demandas


foram surgindo, como produtos descartáveis, artigos para o lazer,
eletroeletrônicos entre outros. No setor de eletrodomésticos, por
exemplo, a utilização do plástico está em constante crescimento e
evolução.

Nos dias de hoje, o plástico é considerado essencial para o progresso


da humanidade. O aperfeiçoamento das tecnologias de transformação
viaja na mesma intensidade da história dos polímeros.

Fonte: www.innova.ind.br

OS PRIMÓRDIOS DO PLÁSTICO

Em toda a história da humanidade percebe-se que a ‘necessidade’ é a


mola que impulsiona o homem a criar soluções e fazer novas
descobertas, com o plástico também foi assim.

Primeiramente, foi Alexander Parkes que em 1862 descobriu um


material orgânico derivado da celulose, chamada de parkesina em
referência ao seu descobridor, que quando aquecido podia ser
moldado e permanecia desta forma quando esfriava. A necessidade
de substítuir a borracha que até então era a matéria prima de muitos
produtos fez com que a parkesina fosse descoberta, mas o seu custo
elevado de produção desestimulou os investidores.
O segundo, foi o tipógrafo americano John Wesley Hyatt que tentando
receber o prêmio de dez mil dólares, oferecido pela empresa Phelan
and Collander para substituir o marfim na fabricação de bolas de
bilhar, esporte tão popular que já ameaçava a população de elefantes,
tornando-se necessário a substituição do mesmo. Com este objetivo
em vista, Hyatt descobriu acidentalmente que um material a base de
nitrato de celulose tornava-se um filme sólido e flexível, estava então
descoberta a Celulóide ( originada de fibras de algodão com certos
ácidos). Por ser altamente volátil, Hyatt percebeu que poderiam
explodir com o choque entre si quando usada em bolas de bilhar, e
adicionou cânfora chegando a formulação final da Celulóide que foi
registrada no dia 12 de julho de 1870. Jonh W. Hyatt e seu irmão Isiah
foram homens inovadores e descobridores de vários inventos que
resultaram em mais de 200 patentes e em 1914 ganhou a Medalha de
Perkin, mas seu nome ficou registrado na história como o primeiro
fabricante de material plástico.

Finalmente, devemos citar o terceiro e mais importante homem que


participou na descoberta e consolidação do plástico em nosso mundo,
que foi : Leo Hendrik Baekeland o criador da baquelita em 1909.
Baekeland após ter ganho dinheiro com a venda do Velox, um papel
de impressão fotográfico que podia ser usado sob a luz artificial à
Eastman Kodak, dedicou-se a desenvolver um aparato que permitia o
controle para variar o calor e a pressão da combinação de ácido
carbólico ( fenol ) com formaldeído, que era o grande desafio da época
para se fabricar uma resina plástica. Com este feito ele criou a
primeira resina totalmente sintética, a Baquelita.

Este material foi empregado para substituir inúmeros materiais


naturais provenientes de animais, como marfim, cascos de tartarugas,
madeira, etc , fabricando-se pentes, manivelas de facas, botões, bolas
de bilhar, materiais elétricos, jóias e em produtos fabricados até hoje
com ela.

Existiram várias descobertas nesta época e em partes diferentes do


mundo quase que simultaneamente de homens que buscavam novos
materiais sintéticos, mas estes três homens traduzem o que de mais
importante surgiu para a evolução do plástico como o conhecemos
hoje. Para mostrar esta evolução acompanhe a cronologia abaixo:

1835- Regnault apresenta o monômero de cloreto de vinil.


1838- É descoberto o nitrato de celulose.
1839- Charles Goodyear descobre o processo de vulcanização da
borracha.
1865- É descoberto o acetato de celulose.
1870- Irmão Hyatt patenteiam a celulóide.
1884- Hilaire Chardonnet inventa a primeira fibra sintética, a rayon de
viscose.
1905- Brandenburg inventa a celofane.
1909- Leo Baekeland descobre a baquelita.
1922- Hermann Staudinger sintetiza a borracha.
1928- Ziegler começa a estudar a química orgânica princípio da
descoberta do PE e PP.
1929- A empresa Dunlop cria a primeira borracha de espuma.
1931- J. A Hansbeke desenvolve o neoprene.
1933- Primeiros produtos injetados com Poliestireno.
1938- Começa produção comercial de Poliestireno.
1938- Roy Plunkett descobre o PTFE.
1939- ICI patenteia a cloração do Polietileno.
1940- O PMMA começa a ser utilizado na aviação.
1948- George deMestral inventa o Velcro.
1950- O Poliestireno de alto impacto começa a ser produzido
comercialmente.
1952- Começa aparecer os primeiros produzidos fabricados em PVC.
1953- O Polietileno de alta densidade começa a ser produzido
comercialmente.
1954- O Polipropileno começa a ser desenvolvido com o uso de
catalisadores de Ziegler-Natta.
1958- O Policarbonato começa a ser produzido.
1963- Ziegler e Natta ganham o Prêmio Nobel de Química.

A partir de então, a evolução do plástico tomou o rumo das pesquisas


de matérias plásticas feitas pela grandes companhias, voltadas para
as novas tecnologias de transformação em diversas áreas como a
indústria espacial, utilização do plástico que jamais os percursores
poderiam imaginar.

Fonte: www.plasticoscarone.com.br

Os plásticos são materiais sintéticos produzidos a partir de matérias


químicas básicas chamadas monômeros. São formados pela união de
grandes cadeias moleculares, os polímeros. Do grego, poli, que
significa muitas, e mero, partes. Existem polímeros naturais e
sintéticos. Os sintéticos são produzidos industrialmente e dão origem
aos plásticos. Os polímeros naturais podem ser encontrados em
plantas e animais. A madeira, o algodão e o látex são alguns deles.
1838 – O francês Victor Regnault polimeriza o cloreto de vinila (PVC)
com auxílio de luz solar.
1839 – O norte-americano Charles Goodyear descobre a vulcanização
da borracha natural, possibilitando o uso desse material.
1835-1900 – São desenvolvidos derivados de celulose como o nitrato
de celulose, a celulóide, fibras de viscose rayon, entre outros.
1898 – Os químicos Einhor e Bischoff descobrem, por acaso, o
policarbonato, que seria desenvolvido apenas em 1950.
1907 – O norte-americano Leo Hendrik Baekeland sintetiza resinas de
fenol-formaldeído, que ficariam conhecidas como baquelites. O
baquelite é o primeiro plástico totalmente sintético que surge em
escala comercial.
1920-1950 – Neste período, são desenvolvidos os polímeros:
policloreto de vinila (PVC), polimetacrilato de metila (PMMA),
poliestireno (PS), nylon, polietileno, silicone, poliuretano, acrinolitrina
butadieno estireno (ABS) e poliéster, além de fibras sintéticas de
poliéster e acrílico, entre outros.
1924 – São criadas as fibras de acetato de celulose.
1950 – Os anos 50 são marcados pela popularização da tecnologia de
polímeros e pelo surgimento do polipropileno, espumas de poliuretano,
polietileno linear, poliacetais e policarbonatos.
1960 em diante – Surgem os plásticos de engenharia, materiais de
alto desempenho com diversas aplicações. Também são
desenvolvidos, a partir da engenharia de macromoléculas, os
elastômeros termoplásticos, além de tanques de combustível e sacos
de supermercado feitos em polietileno de alta densidade (PEAD),
lentes de contato flexíveis e garrafas de polietileno tereftalato (PET)

Como o plástico invadiu o mundo, nos setores da informação há


alguns termos cuja significação nem sempre é bastante conhecida.
Comecemos pela definição do que é plástico.
Plástico é a denominação de uma numerosa e prolífica família de
materiais sintéticos formados por grandes moléculas. São materiais
“amolecíveis” por calor ou solventes e, neste estado, facilmente
moldáveis. Aliás, o vocábulo “plástico” indica a relativa facilidade de
levar-se tais materiais ao estado plástico. Podem receber aditivos,
como estabilizadores, que lhes conferem resistência a ácidos, calor e
raios solares, e também pigmentos, que lhes dão as cores e
tonalidades desejadas.

A expressão “resina sintética” aparece geralmente associada a


plásticos. Faz supor que a resina sintética, elaborada pelos químicos
nos laboratórios, é a reprodução servil de uma resina natural. No
entanto, as resinas sintéticas que dão origem à maioria dos plásticos,
geralmente não são produtos artificiais que copiam com exatidão a
estrutura química das resinas encontradas na natureza. Ao contrário,
são resinas que não existem na natureza, mas, sim, foram criadas
pelo homem após observações e experiências das mais diversas.

Assim, há plásticos que tem como matéria-prima uma resina sintética


proveniente, por sua vez, de outras substâncias que, combinadas, lhe
deram origem. E também há plásticos que não procedem de resinas
sintéticas, mas, sim, de substâncias naturais, como é o caso, por
exemplo, da celulose (substância proveniente de vegetais) e da
caseína (proteína encontrada no leite).

Monômeros e Polímeros

Na produção de resinas sintéticas entram compostos químicos, como


o fenol, formaldeído, uréia, melamina, acetato de vinilo, etileno e
outros, conhecidos como monômeros, isto é, são constituídos de
moléculas simples. Toma-se um destes materiais monoméricos, ou
uma seleção de dois ou mais deles, e faz-se com que as suas
moléculas se combinem para formar moléculas maiores
(macromoléculas), constituídas, portanto, de grande número de
pequenas moléculas combinadas. Essa combinação de moléculas de
monômeros é chamada de polimerização e as substâncias
decorrentes de tal combinação são chamadas de polímeros. Portanto,
polimerização – palavra muito encontrada nas publicações de nossos
dias – é uma operação química em que as moléculas iguais ou os
conjuntos de moléculas se ligam, formando cadeias compridas ou
redes sem que sua estrutura molecular se altere. O produto destas
ligações é uma nova substância com propriedades específicas, que
podem ser fixadas de antemão.

Exemplifiquemos com o etileno. O etileno é um gás que se desprende


da nafta, durante o processo de fracionamento, na indústria
petroquímica. As moléculas do etileno se contentam com apenas seis
átomos – dois de carbono e quatro de hidrogênio – o que lhes atribui
um peso atômico de apenas 28. Com a polimerização, porém, as
moléculas em miniatura do etileno se agigantam e se tornam
macromoléculas, e o etileno, por sua vez, transforma-se em
polietileno, material sólido, com um peso molecular de 60.000.

Os polímeros são a base de grande número de matérias plásticas. De


uma forma geral, quanto maiores as moléculas dos polímeros,
melhores as propriedades físicas dos plásticos que produzem.
Citamos alguns monômeros e, dentro de parênteses, os polímeros
que eles formam: fenol, formaldeído (resina de fenol formaldeído),
uréia, formaldeído (resina de uréia formaldeído), acetato de vinilo
(acetato de polivinilo), etileno (polietileno). Dessa forma, o polietileno é
um polímero do etileno (gás extraído do petróleo). O poliestireno é um
polímero extraído do estireno (por sua vez, um líquido incolor que
pode vir da reação do benzeno com o etileno, na presença de um
catalisador, o cloreto de alumínio). O polipropileno é um termoplástico
obtido pela polimerização do gás propileno, este extraído do petróleo.
Isto, quanto a matérias-primas plásticas.

As Categorias

Quanto aos plásticos, classificam-se em duas categorias: os


termoplásticos, que, sob pressão e calor, passam por uma
transformação física, não sofrem mutação em sua estrutura química, e
se tornam reversíveis, isto é, podem ser reaproveitados em novas
moldagens; e termoestáveis ou termofixos, quando sofrem uma
transformação química sob efeito de calor e pressão, tornam-se
irreversíveis, não podendo ser reaproveitados. Pertencem à primeira
categoria os derivados de celulose, PVC rígido e não rígido, polietileno
de alta e baixa densidade, polipropileno, poliestireno, policarbonato,
“nylon” e outros.

E pertencem à categoria dos termoestáveis os plásticos fenólicos,


uréicos, o poliéster e a melamina. Os artigos plásticos são produzidos
em máquinas de injeção (armários, assentos sanitários, gaveteiros,
garrafeiras), de extrusão (chapas, laminados, tubos), de sopro
(frascos, brinquedos), de compressão (também assentos, pratos,
xícaras), de calandragem (chapas planas transformadas em
onduladas).

O Mundo do Plástico

Não é sem razão que já se convencionou chamar ao nosso tempo de


Era do Plástico. Surgido há um século e meio, o plástico evoluiu da
posição de sucedâneo à de matéria-prima essencial para um sem
número de especificações, e a cada nova necessidade da vida
moderna logo emerge das provetas um material sintético mais
racional, mais abundante, mais uniforme, mais econômico. A ciência e
a técnica trouxeram à luz segredos da natureza escondidos no mundo
das reações macrocelulares, e esta epopéia de descobrimentos ainda
está longe de chegar ao seu epílogo.
Raros foram os materiais tradicionais que não sentiram a competição
do plástico ou mesmo não perderam sua liderança. A borracha
sintética substituiu o cautchu; as fibras de “nylon” e outras competem
com o algodão, a seda, a lã e o couro; a baquelite, a galalite, o
polopás, o poliestireno, o polipropileno e outros tantos ocupam a
posição até então indisputada da pedra, da madeira e do ferro; a
melamina concorre com a louça e a cerâmica; o PVC, o poliéster e o
policarbonato substituem o vidro. Versátil e numeroso, o plástico
aparece em todos os campos das atividades dos nossos dias e não há
quem possa prognosticar as fronteiras das suas perspectivas.

Já hoje não existe atividade em que o plástico não tenha seu lugar, às
vezes modesto, mas em geral prioritário. Ele é remédio e adorno,
estrutura e revestimento, brinquedo e ferramenta. O plástico, que
começou copiando a natureza, terminou por arrancar-lhe os seus
segredos e superá-la, ampliando assim o domínio do homem sobre o
mundo que habita e ainda abrindo-lhe caminhos para a própria
conquista do espaço.

Cronologia

Reaumur, físico e naturalista francês, que viveu entre l683 e 1757,


criador de um termômetro que leva o seu nome e autor de uma
monografia sobre “a arte de converter o ferro fundido em aço” previu
com bastante antecedência que uma dia se fariam, nos laboratórios,
sínteses dos materiais encontrados na natureza. E assim foi,
realmente.

Por volta de 1840, Keller, modesto produtor de linho caseiro em


Hainichen, na Saxônia, e seu amigo Heinrich Volker, igualmente
humilde fabricante de papel cuja matéria-prima eram os trapos
recolhidos nas redondezas, partiram de caroços de cereja reduzidos a
pó e criaram o papel de polpa de madeira. Era, na realidade, a
primeira realização química, prática e com aproveitamento em larga
escala da celulose, atrás da qual viriam os mais potentes explosivos,
os filmes fotográficos, o “rayon”, os plásticos sintéticos, as lacas e os
vernizes.

A celulose é o material de que são formadas as paredes das células


de todos os vegetais. É insolúvel na água, no álcool, no éter e em
todos os solventes habituais de laboratório, mas se dissolve no ácido
sulfúrico , numa solução amoniacal de óxido de cobre, e depois de
tratada com soda cáustica, no bissulfeto de carbono. Quimicamente é
um hidrato de carbono, parente do açúcar e do amido e reagindo
como um álcool. Em forma quase pura, é extraída das fibras do
algodão, mas qualquer vegetal a contém: folhas de capim, cascas de
árvores, bagaço de cana. Estruturalmente, a celulose é uma dessas
moléculas encadeadas e polimerizadas, como a borracha natural.

A década de 1840-50 foi rica de importantes descobertas sobre a


celulose. John Mercer, estampador de Blackburn, na Inglaterra,
mergulhando panos de algodão num banho de soda cáustica, criou o
algodão mercerizado, mais suave ao tacto e mais fácil de tingir. Assim,
o algodão mercerizado foi a primeira das numerosas fibras têxteis
naturais modificadas pelo homem.

Em 1846, o químico Christian Schönbein, professor na Universidade


de Basiléia, tratou o algodão com ácido nítrico e produziu a
nitrocelulose, ou o chamado algodão-pólvora. Tal descoberta, porém,
ou se perdeu ou não foi devidamente patenteada, e sua autoria é
geralmente atribuída ao inglês Alexander Parker, em 1861.

Naquele mesmo ano de 1846, o pintor Louis Nicolas Ménard,


desejando obter uma substância para revestir suas telas paisagísticas
de Brabizon, dissolveu o algodão-pólvora numa mistura de álcool e
éter obtendo uma película de celulose lisa, dura e límpida. Tinha
descoberto o colódio, básico para as lacas e vernizes e hoje tão
largamente usado…

O Plástico no Mundo

Uma das características mais impressionantes da nossa época é o


que se pode chamar de convergência entre a ciência e a tecnologia,
ou seja, a distância no tempo entre uma descoberta científica e a sua
aplicação tem sido cada vez mais reduzida. Dezenas de anos, no
início do século XX, medeavam entre uma descoberta e sua utilização
prática. Assim, o aproveitamento do plástico, que até a II Guerra
Mundial foi lento, acelerou-se vertiginosamente no quarto de século
seguinte.

Um exemplo desse desenvolvimento, inicialmente em ritmo vagaroso,


pode ser aquilatado através da importância que ganharam no mercado
norte-americano algumas das primeiras resinas sintéticas. Um desses
materiais, o PVC (“Poly Vinil Chloryde”), ou cloreto de polivinilo,
lançado em 1928, demorou 21 anos, até 1949, para chegar a um
faturamento de US$100 milhões e mais 15 anos para triplicar esse
faturamento (em 1964, US$277 milhões). O estireno, lançado em
1937, demorou apenas 14 anos para quase quadruplicar essa
importância (em 1964, US$362 milhões). E, finalmente, para só citar
mais um exemplo, o polietileno, lançado em 1941, demorou 13 anos
para chegar a US$100 milhões e apenas 10 anos para quase
quintuplicar esse nível (em 1964, US$471 milhões).

Embora criado há um século e meio, o plástico somente alcançou


desenvolvimento em escala industrial nas últimas três décadas, ou
seja, mais acentuadamente no após-guerra, como dissemos.
Deve-se assinalar que, dentre os vários fatores que contribuíram para
aquele desenvolvimento, acelerado nestes últimos vinte e cinco anos,
figura prioritariamente o aprofundamento da teoria da química
macromolecular, novos métodos de pesquisa, análise e ensaio, que
permitiram a formulação das tarefas do químico com muito maior
precisão, e também o progresso na construção de equipamentos de
transformação que, por sua vez, possibilitaram a produção racional de
grandes quantidades de produtos uniformes.

Em matéria de equipamentos, a indústria dos plásticos está bastante


adiantada, podendo-se até dizer que o chamado obsoletismo neste
setor ocorre de ano para ano. Eles existem em número crescente, de
várias procedências, altamente sofisticados. Prensas e injetores
moldam, em alguns segundos, peças de grandes dimensões,
complexas e com muitos quilos de peso. Além do progresso
puramente tecnológico, é notável o aperfeiçoamento dos controles
eletrônicos e de computadores. As injetoras mais modernas são
equipadas com sistema de autoajustagem, seleção e controle de
qualidade, orientados por unidades de computadores.

O Plástico na História

Essa verdadeira revolução – a criação de novas matérias-primas –


filha tão legítima da Revolução Tecnológica, não detonou tão
revolucionariamente como se poderia supor. Ao contrário, principiou
timidamente e caminhou passo a passo, às vezes retrocedendo, até o
instante em que, de fato, pôde eclodir e, aí, sim, adquiriu caráter
revolucionário.

Até meados do século XIX, existia uma separação intransponível entre


a natureza orgânica e a inorgânica. As leis gerais da energia e, até
certo ponto, o princípio da evolução de Darwin, começaram a unificar
ambos os reinos aos olhos dos estudiosos. Em 1828, Friedrich
Woehler, eminente mestre de Gotingue, conseguiu efetivamente,
dispensando rins de animais, obter uréia, partindo de matéria
inorgânicas. Tal descoberta, pelo menos em teoria, pôs por terra,
definitivamente, o divórcio até então existente entre os corpos vivos e
os minerais.

Mas as comunicações não eram fáceis como as de hoje, não reinava


ainda uma mentalidade científica imune aos preconceitos e,
principalmente, não existiam laboratórios de pesquisa, nem o
instrumental adequado, nem métodos, nem muito menos uma visão
bastante lúcida dos fenômenos químicos e físicos. O que existia era
alguma pesquisa nas universidades (Alemanha, França e Inglaterra),
mas muitas descobertas se perderam, ou não foram entendidas, ou
então demoraram a vir a público, permanecendo como simples
curiosidade. Para que serve isto, afinal?

Um exemplo. Quando, segundo o Livro do Êxodo, Moisés tirou os


judeus do Egito e levou-os para o deserto, faltou alimento. Mas, certa
manhã, apareceu sobre as plantas e o solo algo parecido ao orvalho e
que se podia colher e comer antes que o sol o derretesse. Era o
“maná” – “o pão que o senhor vos deu para comer” – na explicação de
Moisés ao seu povo.

Que coisa era esse maná tão mencionado na tradição mediterrânea,


onde há traços vivos da passagem do árabe? – quis saber, em 1806, o
químico francês Joseph Louis Proust, então a serviço do rei Carlos IV
da Espanha. Pesquisou e descobriu que 60% do maná, uma goma
natural, um composto, consistem em álcool (manitol), branco e
cristalino, levemente adocicado ao paladar e solúvel na água.

O maná ainda hoje continua a ser colhido nos desertos da Arábia e,


sintetizado, figura em xaropes e laxativos. Mas, naquele distante 1806,
serviu apenas para dar maior renome a Proust, sem nenhuma
conseqüência para a economia espanhola nem para a ciência em
geral. Dois séculos antes, Proust teria pago essa heresia com a morte
numa fogueira da Inquisição.

Dadas essas condições é que se registram tantos “achados” casuais.


O pesquisador, procurando um resultado, dava com outro, às vezes de
maior valor, e desistia. Só a pesquisa sistemática, levada a cabo por
cérebros privilegiados ou temperamentos muito teimosos é que
permitiu, com o tempo, já na última década do século IXX e na
primeira do século XX, abrir caminho para a comunhão da física, da
química e da matemática, cujas fronteiras entre si já não são bastante
definidas, e que juntas formam o fundamento de todas as outras
ciências naturais.

Foi, por exemplo, o que aconteceu com o precoce alemãozinho Adolf


von Baeyer que, aos 13 anos de idade, em 1848, realizando uma
tarefa a pedido do seu mestre de química em Heidelbergue, apanhou
uma mancheia de anil natural e, muito simplesmente, separou dele o
seu ingrediente corante ativo, a indigotina. Nem por isso mereceu
elogios. Só 22 anos mais tarde, Baeyer, superando-se, realizou uma
síntese do complexo pó azul, extraindo-o do alcatrão. Mas foi preciso
esperar até 1897 para que a sua síntese do índigo entrasse na luta
dos corantes travada entre a Alemanha e a Inglaterra.

Friedrich Woehler e m ais alguns poucos homens foram fundamentais


para chegarmos à compreensão dos fenômenos físico-qímicos. Um
deles é outro alemão, Emil Fischer, que viveu entre 1852 e 1919.
Ocupou a cadeira de química em várias universidades de sua pátria e,
em Berlim, já no fim do século, como diretor do Instituto de Química,
criou uma famosa escola de pesquisadores. Fischer é um dos maiores
nomes da química orgânica sintética, pois não apenas formou toda
uma geração de pesquisadores, como ainda realizou importantes
trabalhos sobre corantes e compostos do grupo uréico, dedicando-se
também à síntese de açúcares, proteínas, ácidos, matérias tanantes,
graxas e fermentos. Foi um dos pioneiros da química dos ésteres.
Prêmio Nobel de Química em 1902. Observe-se que o Nobel foi criado
em 1901 e já na segunda vez em que foi atribuído, distinguiu um dos
pioneiros do plástico.

O grande químico francês Marcellin Berthelot, professor do Colégio de


França e que chegou a senador, ministro da Instrução Pública e do
Exterior, consagrou boa parte da sua vida, nos últimos trinta anos do
século IXX, a pesquisas de química orgânica, detendo-se
particularmente no estudo dos ésteres e da reprodução, em
laboratório, dos compostos químicos existentes nos seres vivos.
Berthelot realizou grande número de sínteses, como as do álcool,
metano e acetileno, e inventou vários aparelhos, um dos quais, o
calorímetro de precisão, foi na sua espécie um dos primeiros a figurar
no instrumental da nova tecnologia que surgia. Berthelot veio por isso
a ser chamado o pai da termo-química – a parte da química que
considera o calor o fator integrante das reações. Mas ainda se estava
em pleno reino do empirismo. Já se produzira um material sintético, o
celulóide, não se sabendo, porém, exatamente, do que e como ele se
formara. Somente mais tarde, com os misteriosos raios X é que se
sairia da atmosfera do mistério para a compreensão do fenômeno.

Fio Sintético

Em 1850, Charles George, suíço, esteve a ponto de criar a primeira


fibra sintética. Um século antes, Cochot e Louis Bon, na França,
chegaram a enrolar fios contínuos de “seda de aranha”, realmente
extraídos da gosma produzida por esse aracnídeo e, com ele,
fabricaram luvas e meias com razoável resistência. Audemars,
revendo tal experiência, ferveu a casca interior da amoreira na soda e
adicionou-lhe sabão, tratando depois a mistura com cal dissolvida em
ácido nítrico, álcool e éter, à qual juntou, finalmente, uma solução de
borracha. Assim, obteve um fio ininterrupto, que não se sabe ter
chegado ao mercado.

Em 1880, quando preparava chapas fotográficas revestidas de


colódio, o conde Hilaire de Chardonnet, em Besançon, produziu a
primeira fibra sintética que patenteou com esta explicação, em 1884:
“…une matière artificielle ressemblant à la soje”. Naquela cidade
mesmo instalou sua própria fábrica de têxteis e, na Exposição de Paris
de 1889, apresentou a “seda Chardonnet” com enorme êxito.

Afinal, o “Nylon”

Infelizmente, a seda Chardonnet, extraída da nitrocelulose, era


facilmente inflamável e levou a resultados desastrosos. Pouco mais
tarde, os ingleses Charles F. Cross e Ernest J. Bevan, submetendo a
branca e fiável celulose alcalina ao bissulfato de carbono, obtiveram a
viscose. Esta mesma viscose sofreu posteriormente novos
tratamentos, como, por exemplo, sua transformação em acetato de
celulose, e então surgiram no mercado vários tipos de “rayons” sob
marcas diferentes.

Por volta de 1930, os químicos alemães conseguiram dominar a


polimerização industrial e, extraindo a acetona do PVC, produziram
uma massa de fiação que, pressionada numa tubeira, solidificava-se
em fios e fibras. Chamou-se a essa fibra PC, que possuía muitas
vantagens, como as de ser insensível a ácidos, água e agentes de
putrefação. Infelizmente, não podia servir para vestidos e costumes: a
simples lavagem em água quente e o ferro de passar representavam
para ela “perigo de vida”.

O criador da fibra inteiramente sintética – liberta da celulose – foi o Dr.


Fritz Klatte que, já em 1913, na fábrica de Griesheim, conseguiu
produzir em escala industrial o cloreto de vinilo, então só conhecido
como preparado de laboratório. No entanto, por essa época, não se
sabia como levar o cloreto de vinilo ao estado sólido, de polimerizá-lo
de forma racional. Quase nada se sabia sobre substâncias altamente
polímeras.

A solução final para toda a indústria sintética de fios foi dada por um
jovem e brilhante químico norte-americano, Wallace Hume Carothers
que, com seu auxiliar John Hill, em 1929, nos laboratórios da Du Pont,
criou o “nylon”, material que não contém a menor parcela de celulose.
O “nylon” pertence à família dos termoestáveis – as poliamidas – em
cuja composição entram, a grosso modo o fenol, ácido nítrico, óleo de
rícino e soda cáustica. Era algo absolutamente novo, virgem. Os mais
sóbrios cientistas saudaram o “nylon” de Carothers “como a mais
importante descoberta química desde o processo de Fritz Haber para
extrair nitrogênio do ar”. A fibra começou a ser vendida às fábricas de
meias em maio de 1940.

Quatro anos antes, nos mesmo laboratórios, Carothers, admirável


arquiteto de moléculas, criara um produto muito semelhante à
borracha natural, o isopreno. A nova molécula foi o cloropreno, devido
ao cloreto que continha, em substituição ao hidrogênio do isopreno.
Atribui-se a Carothers, por causa do cloropreno e do “nylon”, a
consolidação da técnica de polimerização, isto é, o processo de
enganchar uma molécula a outra, soldagem molecular que se produz
através de calor e pressão, na presença dos mais diversos
catalisadores.

Caseína

Já em 1871, o ilustre químico Adolf von Baeyer, famoso pela síntese


do anil, investigara as reações de diferentes fenóis e aldeídos,
membros de dois grupos que contêm os nossos conhecidos
desinfetantes, mas as abandonara, pois formavam substâncias
alcatroadas que endureciam em massas resinosas insolúveis. Em
torno de 1890, o Dr. Adolf Spitteler, de Hamburgo, vertendo aldeído
fórmico na coalhada do leite, obteve um “quadro negro” de cor branca
que lhe fora encomendado. Era o primeiro plástico derivado da
caseína, que logo teve imediato aproveitamento na indústria de
botões.

Enfim, o verdadeiro plástico

As resinas fenólicas – ou fenoplásticos – constituem a primeira família,


na genealogia das resinas sintéticas. Por volta de 1870, Leo Hendrik
Baekeland, químico e físico belga laureado em quatro universidades
de seu país, que chegou aos Estados Unidos no começo do nosso
século, criou um papel fotográfico chamado “Velox”, sensível à luz
artificial, e cujos direitos vendeu, por um milhão de dólares, a George
Eastman, criador da Kodak.

Ora, além de cientista, Baekeland, como vimos, tinha muito tino


comercial. Leu e releu tudo quanto havia sobre fenóis e aldeídos.
Estava convencido de que o caminho para se descobrir uma goma-
laca sintética, com possibilidades comerciais, era a reação do fenol e
do aldeído fórmico, ambos abundantes e baratos. Repetiu todas as
experiências já conhecidas, com os mesmos resultados desastrosos,
formando substâncias alcotroadas, sujas e intratáveis, resistentes a
todos os solúveis. Baekeland sabia que todo o segredo se resumia em
interromper no instante exato a polimerização (processo pelo qual as
pequenas moléculas se engancham como “clips” umas nas outras
para formar uma molécula gigante, como já explicamos). Tentou todos
os solventes possíveis, juntou à miscela ácidos e álcalis, mas ora
obtinha um produto pétreo, ora uma massa esponjosa…

Um dia, deu-lhe um “estalo”. Bem, se o fenol e o aldeído fórmico


geravam uma substância tão rija, por que não pesquisar essa virtude,
que lhe vinha parecendo um defeito? Deixou de pensar na goma-laca
e pôs-se a pesquisar uma resina que pudesse ser fundida e
modelada, que fosse imutável no contorno e na substância, enfim, um
material que pudesse substituir o marfim dos elefantes nas bolas de
bilhar!

Agora, ao invés de empregar meios de retardar a polimerização,


Baekeland buscou como apressá-la. Lançou mão do calor. Numa
autoclave, a 200 graus C, obteve, afinal, uma massa esférica, cor de
âmbar, cuja superfície já era uma impressão exata, em negativo, do
fundo da autoclave, inclusive as junturas e as cabeças dos parafusos.
Estava criada a baquelite – oriunda do seu nome – que,
posteriormente, bastante aperfeiçoada, deu origem a objetos dos mais
diversos, inclusive as sonhadas bolas de bilhar. A baquelite foi o
primeiro plástico real e inteiramente sintético.

A família começa a crescer

Como todas as famílias prolíficas, a dos plásticos não tardou a


crescer. Façamos, embora por alto, a biografia de alguns dos seus
descendentes. O acrílico pertence ao grupo das resinas chamadas
metacrílicas, cujos polímeros derivam do ácido acrílico. É um material
termoplástico. A sua descoberta, os primeiros estudos teóricos,
aplicações e primeiras realizações no campo industrial estão ligados
ao nome do Dr. Otto Roehm, cuja tese de doutoramento, na
Universidade de Tubingem, em 1901, já teve por tema o acrílico.
Somente em 1930, entretanto, o acrílico começou a ser industrializado
na Inglaterra e na Alemanha.

Arthur D. Little, que não era um especialista, mas um erudito e um


homem rico, em 1893, nos Estados Unidos, já fabricava folhas de
acetato de celulose. Mais tarde, associando-se a William H. Walker,
grande mestre de química industrial, produziu uma película de acetato
não inflamável, cuja patente foi vendida a George Eastman.

Em 1910, igualmente, os irmãos Camille e Henry Dreyfus, trabalhando


com acetato de celulose de baixa inflamabilidade, já forneciam filmes
à Pathé Fréres, uma da pioneiras do cinema. Nesta mesma época, o
químico suíço Jacques Edwin Brandenberger criava o celofane, que
só muitos decênios mais tarde viria a ter larga utilização como material
de embalagem.

O poliestireno aparece na literatura científica por volta de 1839,


quando o professor P. L. Simon, da Academia Berlinense de
Arquitetura, o obteve casualmente por polimerização espontânea do
estireno exposto à luz solar. Por quase um século, não passou o
poliestireno de um exercício acadêmico. Não se sabia sequer
interpretar a sua síntese, e somente em 1845 os químicos Blyche e
Hoffman lograram explicar o processo de polimerização que dava
como resultado aquele material.

Finalmente, em 1869, Marcellin Berthelot produziu o estireno


monômero partindo do etilbenzeno. Antes disso, o estireno era obtido
do estoraque, uma resina odorífera vegetal vinda da Ásia Menor.
Dufraisse e Mureau, em 1922, descobriram os agentes inibidores da
polimerização, indispensáveis para a conservação do monômero em
estado líquido. Entre 1900 e 1911, o poliestireno já era indicado para
substituir objetos então fabricados com celulóide, madeira ou ebanite.
A sua verdadeira fase industrial, porém, só se iniciou em 1935, quando
alemães e americanos passaram a produzi-lo em larga escala.

O cloreto de polivinillo, ou PVC, se obtém através da polimerização do


cloreto de vinilo. Este monômero foi sintetizado pela primeira vez em
1835, pelo químico francês Regnault, que não lhe deu importância. Foi
o químico Baumann, em 1872, quem pôs em destaque a tendência do
cloreto de vinilo a polimerizar-se sob a ação da luz solar,
transformando-se num termoplástico. Estas descobertas, porém, não
levaram o PVC a ser industrializado.

Na fábrica de Griesheim, ligada a Hoechst, na Alemanha, Fritz Klatte,


retornando as experiência de Baeyer e outros, expôs garrafões de
éster vinílico líquido à luz solar e obteve uma polimerização natural:
uma massa sintética, patenteada em 1913 como “Mowilit”. Submetida
a solventes e a evaporações, servia esse material para esmaltes,
filmes, fios, etc. Era o acetato de polivinilo, PVA, que viria mais tarde a
encontrar tantas aplicações no mundo moderno. Foi o mesmo químico
quem descobriu, pela mesma época, a síntese do cloreto de vinilo,
partindo do ácido clorídrico gasoso e do acetileno em presença de
cloretos metálicos como catalisadores. A produção, em escala
industrial, de ambos os materiais só começou em 1933. Os ingleses E.
W. Fawcett e R. Gibson foram os primeiros a descobrir traços de
polietileno sob a forma de um pó branco. A ICI (Imperial Chemical
Industries) o patenteou em 1937. Tratava-se de polietileno de baixa
densidade. O de alta densidade foi criado pelo Prof. Ziegler,
trabalhando para a Philips Petroleum, patente de 1954.

O policarbonato da família dos poliésteres, tem por pai o Dr. Hermann


Schnell, da Bayer alemã. Por ésteres, conhecem-se em química, os
produtos de reação dos álcoois e ácidos. São muito freqüentes. As
gorduras assimiladas pelo nosso organismo figuram entre os ésteres,
isto é, os ésteres da glicerina.

O precursor do policarbonato foi o químico austríaco Alfred Einhorn


que, num trabalho puramente acadêmico, fez uma comunicação
científica a respeito em 1898. Em 1902, nova comunicação, agora dos
químicos Bischoff e Von Hedenstrom. Carothers, de quem falaremos
adiante, pouco mais tarde também estudou a matéria. Partiu, em suas
experiências, das resinas poliésteres, mas caiu num campo
imprevisto, o das poliamidas. O policarbonato passou a ser
industrializado em 1956.

O polipropileno, termoplástico que parte do propileno polimerizado, é


um dos sintéticos mais recentes. É o primeiro produzido
industrialmente no mundo mediante o chamado processo de
polimerização estereoespecífica., descoberto e realizado na
Politécnica de Milão pelo Professor Giulio Natta que, com Karl Ziegler,
químico de Mülheim, mereceu o Prêmio Nobel de Química de 1963.
Ambos foram distinguidos por aquela láurea pelas suas descobertas
no campo da química e da tecnologia dos polímetros de índice
elevado. E se relacionam com métodos fundamentais que permitem
edificar macromoléculas orgânicas por polimerização catalítica, a partir
de carbonetos simples não saturados.

Muitos outros sintéticos foram em seguida ou ao mesmo tempo


criados e comercializados. Pela sua importância, registramos mais
este, com as datas em que passaram a ser industrializados em larga
escala: melamina, 1935; silicone, 1941; ABS, 1946; epoxy, 1947;
poliuretana, 1952; e poliacetal, 1953.

Celulóide

As primeira notícias que se tem a respeito da criação do celulóide, que


só parcialmente é um material sintético, nos vêm da França, de
estudos levados a cabo por H. Braconnete, em 1833. Registram-se
também as experiências de Schönbein, na Alemanha em 1845. Mas
quem patenteou o novo artigo, em 1865, resguardando os solventes e
plastificantes da chamada nitrocelulose, foi um impressor de Albany,
Nova York, de nome John Wesley Hyatt, que com sua descoberta
ganhou a medalha “Perkin”, conferida pela “British Society of Chemical
Industry”.

Hyatt e seu irmão Isaías obtiveram o celulóide produzindo um caldo de


duas partes de nitrato de celulose e uma parte de cânfora,
gelatinizando depois a mistura sob pressão, na presença de solventes.
Dizem os pesquisadores, comentando tal descoberta, não
compreender com Hyatt e o irmão sobreviveram às experiências a que
submeteram a nitrocelulose. Alexander Parker, Daniel Spill e outros,
mais conscientes da explosividade da mistura, não se atreveram a
fazê-lo. Daí Hyatt, que não era um químico, vir a tornar-se o pai da
celulóide – um sintético mestiçado, digamos assim – e também o
pioneiro da sua industrialização em larga escala.
Por que o fizera? Para ganhar um prêmio então instituído nos Estados
Unidos, de 10 mil dólares, para quem inventasse uma substância
capaz de substituir o marfim dos elefantes para bolas de bilhar. Hyatt
não ganhou o prêmio, mas ganhou muito mais com a produção do
celulóide – o arauto da Era Plástica.

Moldagem de Produtos Plásticos

Os produtos plásticos podem ser moldados em vários processos


fabris, sendo:

Processos mecânicos de moldagem, onde as diversas resinas


poliméricas em formato de grânulos, matéria-prima, depois de
aquecidas podem ser processadas pelos métodos de :

Extrusão

A matéria-prima amolecida é expulsa através de uma matriz instalada


no equipamento denominada extrusora, produzindo um produto que
conserva a sua forma ao longo de sua extensão. Os produtos
flexíveis, como embalagens, sacolas, sacos e bobinas também
conhecidos como filme, após o processo de extrusão, podem ser
gravados sendo modelados o produto final com soldas e cortes. Os
produtos rígidos ou semi-rígidos, como tubos, perfis, mangueiras e
chapas, tem o mesmo processo, havendo mudança da matéria-prima
e matriz.

Injeção

A matéria-prima amolecida pelo calor e sob pressão é injetada através


de pequenos orifícios do molde, modelo do produto a ser fabricado,
instalado num equipamento denominado injetora. O produto, depois
de resfriado suficiente para manter a forma e medidas necessárias, é
extraído do molde.

Sopro

A matéria-prima amolecida pelo calor é expulsa através de uma matriz


e ou fieira, formando uma mangueira quando o molde fecha sobre
esta mangueira é introduzido uma agulha onde o ar é soprado, que
força o material a ocupar as paredes ocas do molde, sendo moldada
então a peça e após resfriamento extraída.
Injeção / Sopro

Pré-forma

é um processo conjugado de injeção e sopro. Desenvolvido para


moldar a matéria-prima PET. A resina Pet tem características muito
peculiares, onde o produto pode ser moldado em dois processos
distintos, sem comprometer suas características de resistência e
transparência. A matéria-prima Pet é injetada mantendo o formato de
uma embalagem, sem nenhum ar internamente, denominada
preforma. Quando aquecida no segundo processo, dentro do
equipamento próprio e especial, o ar é soprado internamente tomando
o formato do produto final. Este processo é para produtos de frascaria,
usados em refrigerantes, água mineral. Possui alto índice de
transparência e bom desempenho no envase de gaseificados.

Rotomolagem

A matéria-prima fluída e sob rotação modela os produtos. Este


processo é muito utilizado nas resinas elastoméricas (emborrachado)
para produzir cabeças de bonecas, peças ocas, câmeras de bola,
grandes contenair, peças rígidas de alta complexidade na extração do
molde.

Fundição

é um processo para baixa produção, quase sempre utilizado


protótipos. Consiste em despejar a resina líquida adicionada a outras
substâncias enrijecedotas dentro de um molde. Na fundição podem
ser utilizadas tanto resinas termoplásticas como resinas termorrígidas,
mesmo que termofixas, não é empregado aquecimento ou pressão.
Este método é usado para a produção de brindes, pequenos adornos,
dentre outros.

Termoformagem

Moldagem de produtos a partir do aquecimento de uma chapa de


resina termoplástica, que introduzida no molde fixado em uma prensa
e acionado molda o produto. A moldagem pode ser feita com a
utilização de ar quente, o qual suga a chapa dentro da cavidade ou
aquecimento do molde, moldando a chapa sem utilização de ar. Este
processo é utilizado na maioria dos produtos de vasilhames
descartáveis, como copos, pratos, etc… Existem ainda os processos
complementares tipo caladragem com ou sem laminação, onde são
agregados outros materiais não plásticos como tecidos, metais para
produção de mancais, isolantes, toalhas de mesa, bem como
embalagens de várias camadas com papel, metal e outros.

Laminação

Este processo com superposição de materiais como papel, papelão,


metais, previamente tratados com resina termoplástica, forma um
“sanduíche” que é prensado com aquecimento, proporcionando a
aderência total das camadas, resultando em produtos altamente
resistentes. Havendo indicação técnica em ter as espessuras
uniformes e ou dimensionalmente controladas utiliza-se o sistema de
caladragem, ou seja o estiramento por dois ou mais cilindros.

Fonte: www.simpep.com.br

O americano de origem belga Leo Hendrik Baekeland produziu, em


1909, a primeira substância plástica sintética, a baquelita. Foi o início
da indústria dos plásticos, que revolucionou a vida cotidiana e criou
um dos maiores problemas ambientais do fim do século XX: a
eliminação do lixo plástico, que não pode ser reciclado e produz gases
tóxicos ao ser incinerado.

Plástico é todo composto sintético ou natural que tem como


ingrediente principal uma substância orgânica de elevado peso
molecular. Em seu estado final é sólido, mas em determinada fase da
fabricação pode comportar-se como fluido e adquirir outra forma. Em
geral, os plásticos são materiais sintéticos obtidos por meio de
fenômenos de polimerização ou multiplicação artificial dos átomos de
carbono nas grandes correntes moleculares dos compostos orgânicos,
derivados do petróleo ou de outras substâncias naturais. O nome
plástico vem do grego plastikos, “maleável”. Os polímeros, moléculas
básicas dos plásticos, estão presentes em estado natural em algumas
substâncias vegetais e animais como a borracha, a madeira e o couro.
Há substâncias, como a celulose, que apesar de terem propriedades
plásticas não se enquadram nessa categoria.

Histórico.

Substâncias elásticas extraídas de resinas naturais, como a da


seringueira, já eram conhecidas em certas regiões da América,
Oceania e Ásia em épocas primitivas. Das crônicas de viajantes
europeus medievais, como Marco Polo, constam relatos sobre a
existência dessas substâncias, que foram introduzidas na Europa
durante o Renascimento. Até o século XIX o aproveitamento desses
materiais foi muito pequeno, mas o desenvolvimento da química
permitiu seu aperfeiçoamento e o melhor aproveitamento de suas
propriedades. Em 1862 o inglês Alexander Parkes criou a parquesina,
o primeiro plástico propriamente dito. Sete anos mais tarde John
Wesley Hyatt descobriu um elemento de capital importância para o
desenvolvimento da indústria dos plásticos: a celulóide. Tratava-se de
um material fabricado a partir da celulose natural tratada com ácido
nítrico e cânfora, substância cujos efeitos de plastificação foram muito
usados em épocas posteriores.

A fabricação dos plásticos sintéticos teve início com a produção da


baquelita, no início do século XX, e registrou um desenvolvimento
acelerado a partir da década de 1920. O progresso da indústria
acompanhou a evolução da química orgânica que, principalmente na
Alemanha, permitiu o descobrimento de muitas substâncias novas.
Hermann Standinger comprovou em 1922 que a borracha se
compunha de unidades moleculares repetidas, de grande tamanho,
que passaram a ser chamadas de macromoléculas. Essa
comprovação abriu caminho para a descoberta, antes da metade do
século, dos poliestirenos, do vinil, das borrachas sintéticas e das
poliuretanas e silicones, todos de amplo uso e obtidos a partir de
matérias-primas vegetais e minerais.

Constituição dos plásticos.

O mecanismo químico de formação dos plásticos recebe o nome de


polimerização e consiste na construção de grandes cadeias de
carbono, cheias de ramificações, nas moléculas de certas substâncias
orgânicas. A molécula fundamental do polímero, o monômero, se
repete um número elevado de vezes por meio de processos de
condensação ou adição aplicados sobre o composto. Os polímeros de
condensação são obtidos mediante a síntese de um conjunto de
unidades moleculares, feita pela eliminação de unidades moleculares,
como a água. O mecanismo de adição forma macromoléculas pela
união sucessiva de unidades químicas.

Para que ocorram os processos de polimerização é necessário que


seja mantida uma temperatura elevada, o que, a princípio, se
consegue graças ao caráter exotérmico das reações. Esse
desprendimento do calor produzido pela dinâmica interna da própria
reação alimenta transformações em cadeia que diminuem, geralmente
de modo espontâneo e gradual, até cessar por completo. Em algumas
ocasiões se faz necessário o uso de elementos estabilizadores que
impeçam reações descontroladas e explosivas. Uma vez formados, os
polímeros se mantêm unidos por forças de dispersão, débeis atrações
elétricas entre as moléculas e o próprio emaranhado das ramificações
moleculares.

Classificação e usos.

As numerosas substâncias plásticas existentes, naturais ou artificiais,


são classificadas em dois grandes grupos, chamados de
termoplásticos e termoestáveis devido a seu comportamento ante as
variações de temperatura. Materiais termoplásticos.

Os materiais termoplásticos são substâncias caracterizadas por sua


propriedade de mudar de forma sob a ação do calor, o que permite
seu tratamento e moldagem por meios mecânicos. Com o
resfriamento, esses materiais recuperam sua consistência inicial.
Entre eles estão os derivados da celulose, os polímeros de adição e
os polímeros de condensação. Os derivados da celulose são obtidos
mediante a adição de substâncias ácidas ou alcalinas à celulose
vegetal ou sintetizada. O polietileno, as resinas acrílicas, o vinil, o
poliestireno e os polímeros de formaldeído constituem as principais
variedades de polímeros de adição com propriedades termoplásticas.
O cloreto de polivinila tem um grande número de aplicações, da
fabricação de roupas e brinquedos a isolantes elétricos e móveis. As
resinas acrílicas são obtidas do ácido acrílico e entre elas sobressai o
metilmetacrilato, substância altamente transparente utilizada nas
janelas de aeronaves e cujo uso na fabricação de móveis e objetos
decorativos se difundiu na década de 1970. Os poliestirenos
aparecem em grande variedade e são em geral obtidos por meio da
polimerização de uma resina de cor branca. Suas propriedades de
dureza, transparência e brilho unidas ao alto poder como isolante
elétrico os transformaram num dos materiais mais úteis na fabricação
de objetos por injeção em moldes. Já os formaldeídos polimerizados
possuem elasticidade e alta resistência a impactos, sendo usados na
indústria automotiva e na construção. Entre os polímeros de
condensação se destacam os policarbonatos e as poliamidas, como o
náilon, muito usadas na indústria têxtil. Diferentes tipos de náilon,
obtidos por modificações externas no comprimento das moléculas, são
usados também em máquinas.
Materiais termoestáveis.

Os plásticos termoestáveis se amoldam por aquecimento, mas depois


de um certo tempo adquirem uma estrutura peculiar na qual
endurecem rapidamente e se convertem em materiais rígidos que, se
aquecidos em excesso, se carbonizam antes de recuperar a
maleabilidade. As poliuretanas, reduzidas a lâminas, são usadas como
isolantes térmicos e espumas de recheio em almofadas. Os
aminoplásticos, como as resinas de uréia, são transparentes e
resistem a pressões externas. Já os plásticos fenólicos, dos quais a
baquelita é um dos tipos principais, derivam do fenol ou álcool de
benzeno. Os poliésteres são fabricados habitualmente a partir de
ácidos e álcoois não saturados e são usados na fabricação de tintas,
fibras têxteis e películas. Quanto aos silicones, cadeias moleculares
que usam átomos de silício em vez de carbono, são usados na
fabricação de lâminas de alta resistência mecânica e de substâncias
dielétricas. Devido à inocuidade fisiológica, são muito usados em
próteses, para substituir elementos do corpo humano.

Manufatura dos plásticos.

As principais fontes naturais dos plásticos são a celulose, extraída dos


vegetais, o carbono e sobretudo o petróleo, o gás natural e seus
derivados. Esses materiais são tratados mediante processos de
craqueamento, ou ruptura química das cadeias moleculares de que
são formados, na presença de catalisadores. Posteriormente, são
submetidos à polimerização e outros processos de transformação.
Nos processos de tratamento dos plásticos acrescentam-se a sua
estrutura determinadas substâncias com a finalidade de manter suas
características. Entre elas estão corpos plastificantes, que consistem
normalmente de ésteres de elevado ponto de ebulição e baixa
volatilidade, que melhoram sua flexibilidade ao incrustar-se nas
correntes moleculares dos polímeros. Outros aditivos freqüentes são
os estabilizadores e os antioxidantes cujo uso depende do tipo de
polímero que se quer obter. Também são adicionados corantes de
origem mineral ou orgânica, substâncias anticombustão e elementos
de recheio e reforço das cadeias de polímeros.

Existem vários métodos de fabricação de plásticos, tais como a


moldagem por aquecimento em molde único, os processos de injeção
a vácuo, com ação centrífuga mediante dispositivos giratórios, a
termoestabilização em prensas hidráulicas e a extrusão. Este último é
o método predominante na indústria e consiste na fusão e compressão
da substância plástica, que é introduzida num recipiente capaz de
sofrer variações de temperatura. A extrusão também é empregada em
lâminas ou películas para a obtenção de finas camadas de polietileno.
O método de sopro, que consiste na introdução de ar sob pressão
entre lâminas de material termoplástico, é usado na fabricação de
corpos ocos.

Outros usos.

Casas inteiras, feitas de plástico, já foram construídas em vários


países. No Brasil a primeira foi criada em 1964 por Edgar Duvivier. Os
Estados Unidos construíram, para seu pavilhão na Exposição de
Osaka, no Japão, a maior bolha de plástico inflável do mundo, com
89m de largura e 155m de comprimento. Bolhas menores, feitas de
polietileno, vinil ou náilon, podem ser infladas em poucas horas para
uso como abrigos ou armazéns. Bolhas pequenas, do mesmo
material, podem ser usadas como almofadas e até substituir camas.

Os plásticos são cada vez mais empregados na indústria


automobilística e a empresa alemã BMW foi a pioneira na criação de
automóveis com toda a carroçaria feita de um monobloco de plástico.
A elaboração dos diversos processos de gravação e reprodução de
imagem e som só se tornou possível graças ao uso de plásticos. As
fitas de gravação em áudio e vídeo são feitas de polietileno. Há discos
feitos de vinil e os filmes fotográficos e cinematográficos são
fabricados em celulóide.

Fonte: www.cafebandeira.com.br

As sacolas de plástico podem permanecer mil anos no meio ambiente.


Com a quantidade de petróleo necessária para fabricar uma bolsa de
plástico, um carro poderia percorrer 115 metros.

Usa-se 70% a menos de energia para reciclar plástico do que para


fabricar plástico novo. Na remota ilha Midway, no Oceano Pacífico,
encontraram-se restos de sacolas de plástico nos esôfagos de 90%
das crias de albatroz. O plástico mata cada ano cerca de 1 milhão de
aves marinhas, 100.000 mamíferos e inumeráveis peixes. Em
Bangladesh, Taiwan, Austrália, África do Sul e algumas zonas da
Índia, é proibido o uso de certo tipo de sacolas de plástico nas lojas.
Na Irlanda e Dinamarca existe um imposto pelo uso de sacolas de
plástico, para reduzir seu consumo. O presidente do Clean Up the
World, Ian Kiernan, fundou a campanha ao notar enquanto navegava
ao redor do mundo, a quantidade de plástico e resíduos que bóia no
oceano. Exija que seu supermercado use sacolas biodegradáveis que
já existe no mercado.

Hoje o plástico faz parte de nossa vida. Observando o ambiente, nota-


se que grande parte dos utensílios – dos óculos à sola de sapato, do
móvel de cozinha ao painel do automóvel – é feita deste material.

MAS DE ONDE VÊM OS PLÁSTICOS?

O plástico vem das resinas derivadas do petróleo e que pode ser


moldado de várias formas, sem se quebrar. Pertence ao grupo dos
polímeros, moléculas muito grandes, com características especiais e
variadas.

Algumas das razões para tanto sucesso do plástico são sua leveza (o
que facilita o transporte), o fato de ser maleável e não se estilhaçar
quando se quebra.

As sacolas de plástico podem permanecer mil anos no meio ambiente.


Com a quantidade de petróleo necessária para fabricar uma bolsa de
plástico, um carro poderia percorrer 115 metros. Usa-se 70% a menos
de energia para reciclar plástico do que para fabricar plástico novo. Na
remota ilha Midway, no Oceano Pacífico, encontraram-se restos de
sacolas de plástico nos esôfagos de 90% das crias de albatroz. O
plástico mata cada ano cerca de 1 milhão de aves marinhas, 100.000
mamíferos e inumeráveis peixes. Em Bangladesh, Taiwan, Austrália,
África do Sul e algumas zonas da Índia, é proibido o uso de certo tipo
de sacolas de plástico nas lojas. Na Irlanda e Dinamarca existe um
imposto pelo uso de sacolas de plástico, para reduzir seu consumo.

O presidente do Clean Up the World, Ian Kiernan, fundou a campanha


ao notar enquanto navegava ao redor do mundo, a quantidade de
plástico e resíduos que bóia no oceano. Exija que seu supermercado
use sacolas biodegradáveis que já existe no mercado.

Hoje o plástico faz parte de nossa vida. Observando o ambiente, nota-


se que grande parte dos utensílios – dos óculos à sola de sapato, do
móvel de cozinha ao painel do automóvel – é feita deste material.
TIPOS DE PLÁSTICOS

Existem muitos tipos de plásticos. Os mais rígidos, os fininhos e fáceis


de amassar, os transparentes, etc.. São divididos em dois grupos de
acordo com as suas características de fusão ou derretimento:
termoplásticos e termorígidos. Os termoplásticos são aqueles que
amolecem ao serem aquecidos, podendo ser moldados, e quando
resfriados ficam sólidos e tomam uma nova forma.

Esse processo pode ser repetido várias vezes. Correspondem a 80%


dos plásticos consumidos. Os termorígidos ou termofixos são aqueles
que não derretem e que apesar de não poderem ser mais moldados,
podem ser pulverizados e aproveitados como carga ou serem
incinerados para recuperação de energia.

A RECICLAGEM …

O plástico pode ser reaproveitado de três maneiras:

RECICLAGEM ENERGÉTICA

– ele é queimado liberando um calor muito forte (superior ao do carvão


e próximo ao produzido pelo óleo combustível) que é aproveitado na
forma de energia.

RECICLAGEM QUÍMICA

– ele é “desmontado” por aquecimento e a matéria-prima pode então


ser utilizada novamente na indústria petroquímica.

RECICLAGEM MECÂNICA

– no Brasil, é a mais utilizada; é mais barata e mantém uma boa


qualidade do produto: Para facilitar a separação dos materiais
plásticos para a reciclagem, foram estabelecidos códigos para
diferenciar cada tipo.

Alguns exemplos dos tipos mais utilizados:


PET – (polietileno tereftalado) – garrafas de refrigerante, sucos e óleo
de cozinha, Essas embalagens são transparentes e fabricadas em
diversas cores.

PEAD – (polietileno de alta densidade) – frascos de shampoo e


maquiagem, baldes, utensílios domésticos.
V ou PVC – (policloreto de vinila) – tubos e conexões de
encanamento; alguns frascos de detergente, pastas para material
escolar, calçados. É mais rígido, porém resistente.

PEBD – (polietileno de baixa densidade) – plástico “filme” – sacos


plásticos de lixo, brinquedos. São finos e bastante flexíveis. PP –
(poliproprileno) – plásticos “filme” de proteção de alimentos, peças de
automóveis.

PS – (poliestireno) – copos plásticos; sacos de batata. OUTROS –


Utilizados em eletrodomésticos, aparelhos telefônicos, revestimentos
diversos, pisos, etc.

Fonte: www.cafebandeira.com.br
A HISTÓRIA DO PLÁSTICO E SUA RECICLAGEM

Desde 1862, quando o inglês Alexandre Parker produziu o primeiro


plástico, a fabricação de produtos com a utilização dessa matéria-
prima nunca mais parou. Hoje o plástico é considerado um material de
fabricação de produtos de alta resistência, durabilidade e de baixo
custo. A preferência pelo plástico também é dada à praticidade de
conservação do produto, que muitas vezes até pode ser de finalidade
descartável. Porém, quando ocorre o descarte irregular do plásticono
ambiente, este torna-se nocivo devido a sua demorada decomposição,
as diversas formas de poluição por ele geradas, problemas ambientais
e urbanos, e por propiciar o surgimento de doenças, tais como
Dengue e Tétano. No entanto, uma saída responsável e eficiente é a
reciclagem que além de beneficiar o meio ambiente, diminui a
demanda de extração natural e dos resíduos plásticos que são
acumulados no lixo. Esse processo de reciclagem do plástico é bem
simples, quando comparado com o processo de remediação
decorrentedo seu impacto em longo prazo gerado no meio ambiente,
além de ser bem significativo para melhora da qualidade de vida.

Simbologia da Reciclagem:

Fonte: apiceplastic.com.br

Plástico está, nas suas mais diversas formas, presente no dia-a-dia de


cada um de nós e, na maioria das vezes, nem damos conta da sua
importância nos mais ínfimos aspectos da vida humana. O Plástico é
indissociável do estilo de vida moderno, e este extraordinário material
conseguiu, ao longo dos últimos 150 anos, mudar radicalmente a
sociedade em que vivemos, contribuindo para o aumento do nível de
vida e bem-estar geral: se pensarmos nos avanços tecnológicos, na
medicina cirúrgica, ou mesmo na Internet, é fácil concluir que nada
disso seria possível sem o Plástico…
A prova cabal de que o material do Século XXI é o Plástico está à
frente dos nossos olhos, bastando para tal contar quantos dos
objectos que nos rodeiam neste preciso momento são de plástico…

Existem, hoje em dia, mais de 1000 plásticos diferentes, usados para


os mais diversos fins.

Mas afinal, o que é o Plástico?

A palavra plástico tem origem no grego plastikos, que significa


moldáveis, uma característica essencial destes materiais. Os plásticos
são materiais constituídos por longas cadeias de moléculas chamadas
polímeros.

Classificação (por propriedades físicas)

Termoendurecíveis: ganham forma de produtos rígidos por acção do


calor e de reacções químicas e não são susceptíveis de serem
moldados novamente por acção do calor;

Elastómeros: vulgarmente conhecidos como borrachas, podem ser


classificados em dois grandes grupos, as naturais (por exemplo,
Látex) e as sintéticas (por exemplo, SBR);
Termoplásticos: amolecem quando aquecidos e endurecem de novo
quando arrefecem, o que permite moldá-los sucessivas vezes. Mais
de 80% dos plásticos vulgarmente utilizados são deste tipo.

A TRANSFORMAÇÃO DO PLÁSTICO

No final do processo de polimerização, ao polímero poderão ser


adicionados alguns aditivos de modo a conferirem: as propriedades
desejadas. Abaixo são referidos alguns dos tipos de aditivos mais
usados na indústria de plásticos

Estabilizantes e anti-oxidantes – evitam a degradação;

Pigmentos – dotam o plástico da cor desejada;

Plastificantes – conferem maior flexibilidade;

Materiais minerais – rigidificam ou modificam o aspecto, a textura;

Agentes anti-estáticos – reduzem a atracção de poeiras devido à


electricidade estática;

Agentes anti-UV – limitam a degradação do plástico por acção da luz;

Agentes de expansão – tornam o plástico mais leve;

Agentes anti-fogo – dotam o plástico de maior resistência ao fogo.

VANTAGENS DO PLÁSTICO

• O Plástico tem infinitas possibilidades de utilização


• O Plástico é um material higiénico e asséptico
• O Plástico é um óptimo isolante térmico
• O Plástico é um material leve
• O Plástico é flexível e maleável
• O Plástico é um material resistente
• O Plástico é durável e fiável
• O Plástico é reutilizável
• O Plástico é reciclável
PLÁSTICO E MEIO AMBIENTE

É Preciso Esclarecer!

Nem sempre o que se diz corresponde à verdade, e muitas são as


ideias erradas que existem relativamente ao plástico na sua relação
com o Meio Ambiente:
1 – A produção de plástico contribui para o esgotamento das reservas
de petróleo;
1.1 – Apenas 4% do petróleo consumido no mundo ocidental se
destina à produção de plásticos.
2 – A produção de plástico é altamente poluente;
2.1 – Com a utilização da tecnologia apropriada, a produção de
plástico é totalmente eficiente, pois não há desperdício: os restos de
plástico voltam a entrar no processo produtivo, os gases emitidos na
sua produção são aproveitados, etc.
3 – A produção e utilização do plástico faz desperdiçar energia;
3.1 – Na fabricação de plástico consome-se actualmente menos 40%
a 70% de energia do que há 20 anos atrás.
O plástico é o material mais usado nos equipamentos de produção de
energias alternativas, como a energia eólica e a energia solar… ou
ainda nos veículos verdes, pela sua leveza uso eficiente dos
combustíveis.
4 – Os plásticos no final do ciclo de vida servem apenas para poluir o
meio ambiente;
4.1 – Pelo contrário, na Europa Ocidental o ciclo de vida do plástico,
através da reciclagem é cada vez mais prolongado, e o plástico é, por
si só, uma valiosa fonte alternativa de energia.

Fonte: www.intraplas.pt

Plástico

Plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias


moleculares chamadas polímeros que, por sua vez, são formadas por
moléculas menores denominadas monômeros. A origem da palavra
plástico vem do grego plastikós, que significa adequado à moldagem.
Plástico é um material hoje utilizado em quase todos os setores da
economia, tais como: construção civil, agrícola, de calçados, móveis,
alimentos, têxtil, lazer, telecomunicações, eletroeletrônicos,
automobilísticos, médico-hospitalar e distribuição de energia.
Os plásticos são reunidos em sete grupos ou categorias:
PET (polietileno tereftalato) PEAD (polietileno de alta densidade) PVC
(policloreto de vinila) PEBD (polietileno de baixa densidade) PP
(polipropileno) PS (poliestireno) Outros (ABS/SAN, EVA, PA, PC). .
O símbolo da reciclagem com um número ou uma sigla no centro,
muitas vezes encontrado no fundo dos produtos, identifica o plástico
utilizado.

Reciclagem

A reciclagem mecânica consiste na conversão dos descartes plásticos


pós-industriais ou pós-consumo em grânulos que podem ser
reutilizados na produção de outros produtos, como sacos de lixo,
solados, pisos, conduítes, mangueiras, componentes de automóveis,
fibras, embalagens não-alimentícias e muitos outros.

Principais etapas para produção do plástico granulado

SEPARAÇÃO

Separação em uma esteira dos diferentes tipos de plásticos, de


acordo com a identificação ou com o aspecto visual. Nesta etapa são
separados também rótulos de materiais diferentes, tampas de garrafas
e produtos compostos por mais de um tipo de plástico, embalagens
metalizadas, grampos, etc. Por ser uma etapa geralmente manual, a
eficiência depende diretamente da prática das pessoas que executam
esta tarefa. Outro fator determinante da qualidade é a fonte do
material a ser separado, sendo que aquele oriundo da coleta seletiva é
mais limpo em relação ao material proveniente dos lixões ou aterros.

MOAGEM

Após separados os diferentes tipos de plásticos, estes são moídos e


fragmentados em pequenas partes.

LAVAGEM

Após triturado, o plástico passa por uma etapa de lavagem com água
para a retirada dos contaminantes. É necessário que a água de
lavagem receba um tratamento para a sua reutilização ou emissão
como efluente.

AGLUTINAÇÃO

Além de completar a secagem, o material é compactado, reduzindo-se


assim o volume que será enviado à extrusora. O atrito dos fragmentos
contra a parede do equipamento rotativo provoca elevação da
temperatura, levando à formação de uma massa plástica. O
aglutinador também é utilizado para incorporação de aditivos – como
cargas, pigmentos e lubrificantes.

EXTRUSÃO

A extrusora funde e torna a massa plástica homogênea. Na saída da


extrusora, encontra-se o cabeçote, do qual sai um “espaguete”
contínuo, que é resfriado com água. Em seguida, o “espaguete” é
picotado em um granulador e transformado em pellet (grãos plásticos).

Plástico

Plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias


moleculares chamadas polímeros que, por sua vez, são formadas por
moléculas menores denominadas monômeros. A origem da palavra
plástico vem do grego plastikós, que significa adequado à moldagem.
Plástico é um material hoje utilizado em quase todos os setores da
economia, tais como: construção civil, agrícola, de calçados, móveis,
alimentos, têxtil, lazer, telecomunicações, eletroeletrônicos,
automobilísticos, médico-hospitalar e distribuição de energia.

Os plásticos são reunidos em sete grupos ou categorias:

PET (polietileno tereftalato) PEAD (polietileno de alta densidade) PVC


(policloreto de vinila) PEBD (polietileno de baixa densidade) PP
(polipropileno) PS (poliestireno) Outros (ABS/SAN, EVA, PA, PC). .

O símbolo da reciclagem com um número ou uma sigla no centro,


muitas vezes encontrado no fundo dos produtos, identifica o plástico
utilizado.

Reciclagem

A reciclagem mecânica consiste na conversão dos descartes plásticos


pós-industriais ou pós-consumo em grânulos que podem ser
reutilizados na produção de outros produtos, como sacos de lixo,
solados, pisos, conduítes, mangueiras, componentes de automóveis,
fibras, embalagens não-alimentícias e muitos outros. Principais etapas
para produção do plástico granulado
SEPARAÇÃO

Separação em uma esteira dos diferentes tipos de plásticos, de


acordo com a identificação ou com o aspecto visual. Nesta etapa são
separados também rótulos de materiais diferentes, tampas de garrafas
e produtos compostos por mais de um tipo de plástico, embalagens
metalizadas, grampos, etc. Por ser uma etapa geralmente manual, a
eficiência depende diretamente da prática das pessoas que executam
esta tarefa. Outro fator determinante da qualidade é a fonte do
material a ser separado, sendo que aquele oriundo da coleta seletiva é
mais limpo em relação ao material proveniente dos lixões ou aterros.

MOAGEM

Após separados os diferentes tipos de plásticos, estes são moídos e


fragmentados em pequenas partes.

LAVAGEM

Após triturado, o plástico passa por uma etapa de lavagem com água
para a retirada dos contaminantes. É necessário que a água de
lavagem receba um tratamento para a sua reutilização ou emissão
como efluente.

AGLUTINAÇÃO

Além de completar a secagem, o material é compactado, reduzindo-se


assim o volume que será enviado à extrusora. O atrito dos fragmentos
contra a parede do equipamento rotativo provoca elevação da
temperatura, levando à formação de uma massa plástica. O
aglutinador também é utilizado para incorporação de aditivos – como
cargas, pigmentos e lubrificantes.

EXTRUSÃO

A extrusora funde e torna a massa plástica homogênea. Na saída da


extrusora, encontra-se o cabeçote, do qual sai um “espaguete”
contínuo, que é resfriado com água. Em seguida, o “espaguete” é
picotado em um granulador e transformado em pellet (grãos plásticos).
Relação entre o tempo de decomposição entre papel e o plástico

Fonte: www.pzmreciclagem.com.br
Composição

O plástico vem das resinas derivadas do petróleo e pertence ao grupo


dos polímeros (moléculas muito grandes, com características
especiais e variadas). A palavra plástico tem origem grega e significa
aquilo que pode ser moldado. Além disso, uma importante
característica do plástico é manter a sua forma após a moldagem.

Fonte: www.recicloteca.org.br

Essa verdadeira revolução – a criação de novas matérias-primas –


filha tão legítima da Revolução Tecnológica, não detonou tão
revolucionariamente como se poderia supor. Ao contrário, principiou
timidamente e caminhou passo a passo, às vezes retrocedendo, até o
instante em que, de fato, pôde eclodir e, aí, sim, adquiriu caráter
revolucionário.

Até meados do século XIX, existia uma separação intransponível entre


a natureza orgânica e a inorgânica. As leis gerais da energia e, até
certo ponto, o princípio da evolução de Darwin, começaram a unificar
ambos os reinos aos olhos dos estudiosos. Em 1828, Friedrich
Woehler, eminente mestre de Gotingue, conseguiu efetivamente,
dispensando rins de animais, obter uréia, partindo de matéria
inorgânicas. Tal descoberta, pelo menos em teoria, pôs por terra,
definitivamente, o divórcio até então existente entre os corpos vivos e
os minerais.

Mas as comunicações não eram fáceis como as de hoje, não reinava


ainda uma mentalidade científica imune aos preconceitos e,
principalmente, não existiam laboratórios de pesquisa, nem o
instrumental adequado, nem métodos, nem muito menos uma visão
bastante lúcida dos fenômenos químicos e físicos. O que existia era
alguma pesquisa nas universidades (Alemanha, França e Inglaterra),
mas muitas descobertas se perderam, ou não foram entendidas, ou
então demoraram a vir a público, permanecendo como simples
curiosidade.

Para que serve isto, afinal?

Um exemplo. Quando, segundo o Livro do Êxodo, Moisés tirou os


judeus do Egito e levou-os para o deserto, faltou alimento. Mas, certa
manhã, apareceu sobre as plantas e o solo algo parecido ao orvalho e
que se podia colher e comer antes que o sol o derretesse. Era o
“maná” – “o pão que o senhor vos deu para comer” – na explicação de
Moisés ao seu povo.

Que coisa era esse maná tão mencionado na tradição mediterrânea,


onde há traços vivos da passagem do árabe? – quis saber, em 1806, o
químico francês Joseph Louis Proust, então a serviço do rei Carlos IV
da Espanha. Pesquisou e descobriu que 60% do maná, uma goma
natural, um composto, consistem em álcool (manitol), branco e
cristalino, levemente adocicado ao paladar e solúvel na água.

O maná ainda hoje continua a ser colhido nos desertos da Arábia e,


sintetizado, figura em xaropes e laxativos. Mas, naquele distante 1806,
serviu apenas para dar maior renome a Proust, sem nenhuma
conseqüência para a economia espanhola nem para a ciência em
geral. Dois séculos antes, Proust teria pago essa heresia com a morte
numa fogueira da Inquisição.

Dadas essas condições é que se registram tantos “achados” casuais.


O pesquisador, procurando um resultado, dava com outro, às vezes de
maior valor, e desistia. Só a pesquisa sistemática, levada a cabo por
cérebros privilegiados ou temperamentos muito teimosos é que
permitiu, com o tempo, já na última década do século IXX e na
primeira do século XX, abrir caminho para a comunhão da física, da
química e da matemática, cujas fronteiras entre si já não são bastante
definidas, e que juntas formam o fundamento de todas as outras
ciências naturais.

Foi, por exemplo, o que aconteceu com o precoce alemãozinho Adolf


von Baeyer que, aos 13 anos de idade, em 1848, realizando uma
tarefa a pedido do seu mestre de química em Heidelbergue, apanhou
uma mancheia de anil natural e, muito simplesmente, separou dele o
seu ingrediente corante ativo, a indigotina. Nem por isso mereceu
elogios. Só 22 anos mais tarde, Baeyer, superando-se, realizou uma
síntese do complexo pó azul, extraindo-o do alcatrão. Mas foi preciso
esperar até 1897 para que a sua síntese do índigo entrasse na luta
dos corantes travada entre a Alemanha e a Inglaterra.

Friedrich Woehler e mais alguns poucos homens foram fundamentais


para chegarmos à compreensão dos fenômenos físico-qímicos. Um
deles é outro alemão, Emil Fischer, que viveu entre 1852 e 1919.
Ocupou a cadeira de química em várias universidades de sua pátria e,
em Berlim, já no fim do século, como diretor do Instituto de Química,
criou uma famosa escola de pesquisadores. Fischer é um dos maiores
nomes da química orgânica sintética, pois não apenas formou toda
uma geração de pesquisadores, como ainda realizou importantes
trabalhos sobre corantes e compostos do grupo uréico, dedicando-se
também à síntese de açúcares, proteínas, ácidos, matérias tanantes,
graxas e fermentos. Foi um dos pioneiros da química dos ésteres.
Prêmio Nobel de Química em 1902. Observe-se que o Nobel foi criado
em 1901 e já na segunda vez em que foi atribuído, distinguiu um dos
pioneiros do plástico.

O grande químico francês Marcellin Berthelot, professor do Colégio de


França e que chegou a senador, ministro da Instrução Pública e do
Exterior, consagrou boa parte da sua vida, nos últimos trinta anos do
século IXX, a pesquisas de química orgânica, detendo-se
particularmente no estudo dos ésteres e da reprodução, em
laboratório, dos compostos químicos existentes nos seres vivos.
Berthelot realizou grande número de sínteses, como as do álcool,
metano e acetileno, e inventou vários aparelhos, um dos quais, o
calorímetro de precisão, foi na sua espécie um dos primeiros a figurar
no instrumental da nova tecnologia que surgia. Berthelot veio por isso
a ser chamado o pai da termo-química – a parte da química que
considera o calor o fator integrante das reações. Mas ainda se estava
em pleno reino do empirismo. Já se produzira um material sintético, o
celulóide, não se sabendo, porém, exatamente, do que e como ele se
formara. Somente mais tarde, com os misteriosos raios X é que se
sairia da atmosfera do mistério para a compreensão do fenômeno.

CRONOLOGIA SUCINTA SOBRE AS DESCOBERTAS DE


MATERIAIS PLÁSTICOS:

Reaumur, físico e naturalista francês, que viveu entre l683 e 1757,


criador de um termômetro que leva o seu nome e autor de uma
monografia sobre “a arte de converter o ferro fundido em aço” previu
com bastante antecedência que uma dia se fariam, nos laboratórios,
sínteses dos materiais encontrados na natureza. E assim foi,
realmente.

Por volta de 1840, Keller, modesto produtor de linho caseiro em


Hainichen, na Saxônia, e seu amigo Heinrich Volker, igualmente
humilde fabricante de papel cuja matéria-prima eram os trapos
recolhidos nas redondezas, partiram de caroços de cereja reduzidos a
pó e criaram o papel de polpa de madeira. Era, na realidade, a
primeira realização química, prática e com aproveitamento em larga
escala da celulose, atrás da qual viriam os mais potentes explosivos,
os filmes fotográficos, o “rayon”, os plásticos sintéticos, as lacas e os
vernizes.

A celulose é o material de que são formadas as paredes das células


de todos os vegetais. É insolúvel na água, no álcool, no éter e em
todos os solventes habituais de laboratório, mas se dissolve no ácido
sulfúrico , numa solução amoniacal de óxido de cobre, e depois de
tratada com soda cáustica, no bissulfeto de carbono. Quimicamente é
um hidrato de carbono, parente do açúcar e do amido e reagindo
como um álcool. Em forma quase pura, é extraída das fibras do
algodão, mas qualquer vegetal a contém: folhas de capim, cascas de
árvores, bagaço de cana. Estruturalmente, a celulose é uma dessas
moléculas encadeadas e polimerizadas, como a borracha natural.

A década de 1840-50 foi rica de importantes descobertas sobre a


celulose. John Mercer, estampador de Blackburn, na Inglaterra,
mergulhando panos de algodão num banho de soda cáustica, criou o
algodão mercerizado, mais suave ao tacto e mais fácil de tingir. Assim,
o algodão mercerizado foi a primeira das numerosas fibras têxteis
naturais modificadas pelo homem.

Em 1846, o químico Christian Schönbein, professor na Universidade


de Basiléia, tratou o algodão com ácido nítrico e produziu a
nitrocelulose, ou o chamado algodão-pólvora. Tal descoberta, porém,
ou se perdeu ou não foi devidamente patenteada, e sua autoria é
geralmente atribuída ao inglês Alexander Parker, em 1861.

Naquele mesmo ano de 1846, o pintor Louis Nicolas Ménard,


desejando obter uma substância para revestir suas telas paisagísticas
de Brabizon, dissolveu o algodão-pólvora numa mistura de álcool e
éter obtendo uma película de celulose lisa, dura e límpida. Tinha
descoberto o colódio , básico para as lacas e vernizes e hoje tão
largamente usado.

O Celulóide

As primeira notícias que se tem a respeito da criação do celulóide, que


só parcialmente é um material sintético, nos vêm da França, de
estudos levados a cabo por H. Braconnete, em 1833. Registram-se
também as experiências de Schönbein, na Alemanha em 1845. Mas
quem patenteou o novo artigo, em 1865, resguardando os solventes e
plastificantes da chamada nitrocelulose, foi um impressor de Albany,
Nova York, de nome John Wesley Hyatt, que com sua descoberta
ganhou a medalha “Perkin”, conferida pela “British Society of Chemical
Industry”.

Hyatt e seu irmão Isaías obtiveram o celulóide produzindo um caldo de


duas partes de nitrato de celulose e uma parte de cânfora,
gelatinizando depois a mistura sob pressão, na presença de solventes.
Dizem os pesquisadores, comentando tal descoberta, não
compreender com Hyatt e o irmão sobreviveram às experiências a que
submeteram a nitrocelulose. Alexander Parker, Daniel Spill e outros,
mais conscientes da explosividade da mistura, não se atreveram a
fazê-lo. Daí Hyatt, que não era um químico, vir a tornar-se o pai da
celulóide – um sintético mestiçado, digamos assim – e também o
pioneiro da sua industrialização em larga escala.

Por que o fizera? Para ganhar um prêmio então instituído nos Estados
Unidos, de 10 mil dólares, para quem inventasse uma substância
capaz de substituir o marfim dos elefantes para bolas de bilhar. Hyatt
não ganhou o prêmio, mas ganhou muito mais com a produção do
celulóide – o arauto da Era Plástica.

A Caseína

Já em 1871, o ilustre químico Adolf von Baeyer, famoso pela síntese


do anil, investigara as reações de diferentes fenóis e aldeídos,
membros de dois grupos que contêm os nossos conhecidos
desinfetantes, mas as abandonara, pois formavam substâncias
alcatroadas que endureciam em massas resinosas insolúveis. Em
torno de 1890, o Dr. Adolf Spitteler, de Hamburgo, vertendo aldeído
fórmico na coalhada do leite, obteve um “quadro negro” de cor branca
que lhe fora encomendado. Era o primeiro plástico derivado da
caseína, que logo teve imediato aproveitamento na indústria de
botões.

Enfim, o verdadeiro plástico

As resinas fenólicas – ou fenoplásticos – constituem a primeira família,


na genealogia das resinas sintéticas. Por volta de 1870, Leo Hendrik
Baekeland, químico e físico belga laureado em quatro universidades
de seu país, que chegou aos Estados Unidos no começo do nosso
século, criou um papel fotográfico chamado “Velox”, sensível à luz
artificial, e cujos direitos vendeu, por um milhão de dólares, a George
Eastman, criador da Kodak.

Ora, além de cientista, Baekeland, como vimos, tinha muito tino


comercial. Leu e releu tudo quanto havia sobre fenóis e aldeídos.
Estava convencido de que o caminho para se descobrir uma goma-
laca sintética, com possibilidades comerciais, era a reação do fenol e
do aldeído fórmico, ambos abundantes e baratos. Repetiu todas as
experiências já conhecidas, com os mesmos resultados desastrosos,
formando substâncias alcotroadas, sujas e intratáveis, resistentes a
todos os solúveis. Baekeland sabia que todo o segredo se resumia em
interromper no instante exato a polimerização (processo pelo qual as
pequenas moléculas se engancham como “clips” umas nas outras
para formar uma molécula gigante, como já explicamos). Tentou todos
os solventes possíveis, juntou à miscela ácidos e álcalis, mas ora
obtinha um produto pétreo, ora uma massa esponjosa…

Um dia, deu-lhe um “estalo”. Bem, se o fenol e o aldeído fórmico


geravam uma substância tão rija, por que não pesquisar essa virtude,
que lhe vinha parecendo um defeito? Deixou de pensar na goma-laca
e pôs-se a pesquisar uma resina que pudesse ser fundida e
modelada, que fosse imutável no contorno e na substância, enfim, um
material que pudesse substituir o marfim dos elefantes nas bolas de
bilhar!

Agora, ao invés de empregar meios de retardar a polimerização,


Baekeland buscou como apressá-la. Lançou mão do calor. Numa
autoclave, a 200 graus C, obteve, afinal, uma massa esférica, cor de
âmbar, cuja superfície já era uma impressão exata, em negativo, do
fundo da autoclave, inclusive as junturas e as cabeças dos parafusos.
Estava criada a baquelite – oriunda do seu nome – que,
posteriormente, bastante aperfeiçoada, deu origem a objetos dos mais
diversos, inclusive as sonhadas bolas de bilhar. A baquelite foi o
primeiro plástico real e inteiramente sintético.

A família começa a crecer

Como todas as famílias prolíficas, a dos plásticos não tardou a


crescer. Façamos, embora por alto, a biografia de alguns dos seus
descendentes. O acrílico pertence ao grupo das resinas chamadas
metacrílicas, cujos polímeros derivam do ácido acrílico. É um material
termoplástico. A sua descoberta, os primeiros estudos teóricos,
aplicações e primeiras realizações no campo industrial estão ligados
ao nome do Dr. Otto Roehm, cuja tese de doutoramento, na
Universidade de Tubingem, em 1901, já teve por tema o acrílico.
Somente em 1930, entretanto, o acrílico começou a ser industrializado
na Inglaterra e na Alemanha.

Arthur D. Little, que não era um especialista, mas um erudito e um


homem rico, em 1893, nos Estados Unidos, já fabricava folhas de
acetato de celulose. Mais tarde, associando-se a William H. Walker,
grande mestre de química industrial, produziu uma película de acetato
não inflamável, cuja patente foi vendida a George Eastman.

Em 1910, igualmente, os irmãos Camille e Henry Dreyfus, trabalhando


com acetato de celulose de baixa inflamabilidade, já forneciam filmes
à Pathé Fréres, uma da pioneiras do cinema.

Nesta mesma época, o químico suíço Jacques Edwin Brandenberger


criava o celofane, que só muitos decênios mais tarde viria a ter larga
utilização como material de embalagem.

O poliestireno aparece na literatura científica por volta de 1839,


quando o professor P. L. Simon, da Academia Berlinense de
Arquitetura, o obteve casualmente por polimerização espontânea do
estireno exposto à luz solar. Por quase um século, não passou o
poliestireno de um exercício acadêmico. Não se sabia sequer
interpretar a sua síntese, e somente em 1845 os químicos Blyche e
Hoffman lograram explicar o processo de polimerização que dava
como resultado aquele material.

Finalmente, em 1869, Marcellin Berthelot produziu o estireno


monômero partindo do etilbenzeno. Antes disso, o estireno era obtido
do estoraque, uma resina odorífera vegetal vinda da Ásia Menor.
Dufraisse e Mureau, em 1922, descobriram os agentes inibidores da
polimerização, indispensáveis para a conservação do monômero em
estado líquido. Entre 1900 e 1911, o poliestireno já era indicado para
substituir objetos então fabricados com celulóide, madeira ou ebanite.
A sua verdadeira fase industrial, porém, só se iniciou em 1935, quando
alemães e americanos passaram a produzi-lo em larga escala.

O cloreto de polivinillo, ou PVC, se obtém através da polimerização do


cloreto de vinilo. Este monômero foi sintetizado pela primeira vez em
1835, pelo químico francês Regnault, que não lhe deu importância. Foi
o químico Baumann, em 1872, quem pôs em destaque a tendência do
cloreto de vinilo a polimerizar-se sob a ação da luz solar,
transformando-se num termoplástico. Estas descobertas, porém, não
levaram o PVC a ser industrializado.

Na fábrica de Griesheim, ligada a Hoechst, na Alemanha, Fritz Klatte,


retornando as experiência de Baeyer e outros, expôs garrafões de
éster vinílico líquido à luz solar e obteve uma polimerização natural:
uma massa sintética, patenteada em 1913 como “Mowilit”. Submetida
a solventes e a evaporações, servia esse material para esmaltes,
filmes, fios, etc. Era o acetato de polivinilo, PVA, que viria mais tarde a
encontrar tantas aplicações no mundo moderno. Foi o mesmo químico
quem descobriu, pela mesma época, a síntese do cloreto de vinilo,
partindo do ácido clorídrico gasoso e do acetileno em presença de
cloretos metálicos como catalisadores. A produção, em escala
industrial, de ambos os materiais só começou em 1933.

Os ingleses E. W. Fawcett e R. Gibson foram os primeiros a descobrir


traços de polietileno sob a forma de um pó branco. A ICI (Imperial
Chemical Industries) o patenteou em 1937. Tratava-se de polietileno
de baixa densidade. O de alta densidade foi criado pelo Prof. Ziegler,
trabalhando para a Philips Petroleum, patente de 1954.

O policarbonato da família dos poliésteres, tem por pai o Dr. Hermann


Schnell, da Bayer alemã. Por ésteres, conhecem-se em química, os
produtos de reação dos álcoois e ácidos. São muito freqüentes. As
gorduras assimiladas pelo nosso organismo figuram entre os ésteres,
isto é, os ésteres da glicerina.

O precursor do policarbonato foi o químico austríaco Alfred Einhorn


que, num trabalho puramente acadêmico, fez uma comunicação
científica a respeito em 1898. Em 1902, nova comunicação, agora dos
químicos Bischoff e Von Hedenstrom. Carothers, de quem falaremos
adiante, pouco mais tarde também estudou a matéria. Partiu, em suas
experiências, das resinas poliésteres, mas caiu num campo
imprevisto, o das poliamidas. O policarbonato passou a ser
industrializado em 1956. O polipropileno, termoplástico que parte do
propileno polimerizado, é um dos sintéticos mais recentes. É o
primeiro produzido industrialmente no mundo mediante o chamado
processo de polimerização estereoespecífica., descoberto e realizado
na Politécnica de Milão pelo Professor Giulio Natta que, com Karl
Ziegler, químico de Mülheim, mereceu o Prêmio Nobel de Química de
1963. Ambos foram distinguidos por aquela láurea pelas suas
descobertas no campo da química e da tecnologia dos polímetros de
índice elevado. E se relacionam com métodos fundamentais que
permitem edificar macromoléculas orgânicas por polimerização
catalítica, a partir de carbonetos simples não saturados.

Muitos outros sintéticos foram em seguida ou ao mesmo tempo


criados e comercializados. Pela sua importância, registramos mais
este, com as datas em que passaram a ser industrializados em larga
escala: melamina, 1935; silicone, 1941; ABS, 1946; epoxy, 1947;
poliuretana, 1952; e poliacetal, 1953.

O fio sintético

Um pouco da história do fio sintético.

Em 1850, Charles George, suíço, esteve a ponto de criar a primeira


fibra sintética. Um século antes, Cochot e Louis Bon, na França,
chegaram a enrolar fios contínuos de “seda de aranha”, realmente
extraídos da gosma produzida por esse aracnídeo e, com ele,
fabricaram luvas e meias com razoável resistência. Audemars,
revendo tal experiência, ferveu a casca interior da amoreira na soda e
adicionou-lhe sabão, tratando depois a mistura com cal dissolvida em
ácido nítrico, álcool e éter, à qual juntou, finalmente, uma solução de
borracha. Assim, obteve um fio ininterrupto, que não se sabe ter
chegado ao mercado. Em 1880, quando preparava chapas
fotográficas revestidas de colódio, o conde Hilaire de Chardonnet, em
Besançon, produziu a primeira fibra sintética que patenteou com esta
explicação, em 1884: “…une matière artificielle ressemblant à la soje”.
Naquela cidade mesmo instalou sua própria fábrica de têxteis e, na
Exposição de Paris de 1889, apresentou a “seda Chardonnet” com
enorme êxito.

Afinal, o “Nylon”

Infelizmente, a seda Chardonnet, extraída da nitrocelulose, era


facilmente inflamável e levou a resultados desastrosos. Pouco mais
tarde, os ingleses Charles F. Cross e Ernest J. Bevan, submetendo a
branca e fiável celulose alcalina ao bissulfato de carbono, obtiveram a
viscose. Esta mesma viscose sofreu posteriormente novos
tratamentos, como, por exemplo, sua transformação em acetato de
celulose, e então surgiram no mercado vários tipos de “rayons” sob
marcas diferentes.
O criador da fibra inteiramente sintética – liberta da celulose – foi o Dr.
Fritz Klatte que, já em 1913, na fábrica de Griesheim, conseguiu
produzir em escala industrial o cloreto de vinilo, então só conhecido
como preparado de laboratório. No entanto, por essa época, não se
sabia como levar o cloreto de vinilo ao estado sólido, de polimerizá-lo
de forma racional. Quase nada se sabia sobre substâncias altamente
polímeras.

Por volta de 1930, os químicos alemães conseguiram dominar a


polimerização industrial e, extraindo a acetona do PVC, produziram
uma massa de fiação que, pressionada numa tubeira, solidificava-se
em fios e fibras. Chamou-se a essa fibra PC, que possuía muitas
vantagens, como as de ser insensível a ácidos, água e agentes de
putrefação. Infelizmente, não podia servir para vestidos e costumes: a
simples lavagem em água quente e o ferro de passar representavam
para ela “perigo de vida”.

A solução final para toda a indústria sintética de fios foi dada por um
jovem e brilhante químico norte-americano, Wallace Hume Carothers
que, com seu auxiliar John Hill, em 1929, nos laboratórios da Du Pont,
criou o “nylon”, material que não contém a menor parcela de celulose.
O “nylon” pertence à família dos termoestáveis – as poliamidas – em
cuja composição entram, a grosso modo o fenol, ácido nítrico, óleo de
rícino e soda cáustica. Era algo absolutamente novo, virgem. Os mais
sóbrios cientistas saudaram o “nylon” de Carothers “como a mais
importante descoberta química desde o processo de Fritz Haber para
extrair nitrogênio do ar”. A fibra começou a ser vendida às fábricas de
meias em maio de 1940. Quatro anos antes, nos mesmo laboratórios,
Carothers, admirável arquiteto de moléculas, criara um produto muito
semelhante à borracha natural, o isopreno. A nova molécula foi o
cloropreno, devido ao cloreto que continha, em substituição ao
hidrogênio do isopreno. Atribui-se a Carothers, por causa do
cloropreno e do “nylon”, a consolidação da técnica de polimerização,
isto é, o processo de enganchar uma molécula a outra, soldagem
molecular que se produz através de calor e pressão, na presença dos
mais diversos catalisadores.

O Plástico no Mundo

Uma das características mais impressionantes da nossa época é o


que se pode chamar de convergência entre a ciência e a tecnologia,
ou seja, a distância no tempo entre uma descoberta científica e a sua
aplicação tem sido cada vez mais reduzida. Dezenas de anos, no
início do século XX, medeavam entre uma descoberta e sua utilização
prática. Assim, o aproveitamento do plástico, que até a II Guerra
Mundial foi lento, acelerou-se vertiginosamente no quarto de século
seguinte.

Um exemplo desse desenvolvimento, inicialmente em ritmo vagaroso,


pode ser aquilatado através da importância que ganharam no mercado
norte-americano algumas das primeiras resinas sintéticas. Um desses
materiais, o PVC (“Poly Vinil Chloryde”), ou cloreto de polivinilo,
lançado em 1928, demorou 21 anos, até 1949, para chegar a um
faturamento de US$100 milhões e mais 15 anos para triplicar esse
faturamento (em 1964, US$277 milhões). O estireno, lançado em
1937, demorou apenas 14 anos para quase quadruplicar essa
importância (em 1964, US$362 milhões). E, finalmente, para só citar
mais um exemplo, o polietileno, lançado em 1941, demorou 13 anos
para chegar a US$100 milhões e apenas 10 anos para quase
quintuplicar esse nível (em 1964, US$471 milhões).

Embora criado há um século e meio, o plástico somente alcançou


desenvolvimento em escala industrial nas últimas três décadas, ou
seja, mais acentuadamente no após-guerra, como dissemos.

Deve-se assinalar que, dentre os vários fatores que contribuíram para


aquele desenvolvimento, acelerado nestes últimos vinte e cinco anos,
figura prioritariamente o aprofundamento da teoria da química
macromolecular, novos métodos de pesquisa, análise e ensaio, que
permitiram a formulação das tarefas do químico com muito maior
precisão, e também o progresso na construção de equipamentos de
transformação que, por sua vez, possibilitaram a produção racional de
grandes quantidades de produtos uniformes.

Em matéria de equipamentos, a indústria dos plásticos está bastante


adiantada, podendo-se até dizer que o chamado obsoletismo neste
setor ocorre de ano para ano. Eles existem em número crescente, de
várias procedências, altamente sofisticados. Prensas e injetores
moldam, em alguns segundos, peças de grandes dimensões,
complexas e com muitos quilos de peso. Além do progresso
puramente tecnológico, é notável o aperfeiçoamento dos controles
eletrônicos e de computadores. As injetoras mais modernas são
equipadas com sistema de autoajustagem, seleção e controle de
qualidade, orientados por unidades de computadores.
Fonte: www.simplago.org.br

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